Edição 125 - Unifenas

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2 Informativo Unifenas - Setembro/2009 Campus de Alfenas Odontologia da Unifenas presente à 16ª Jome Alunos de Farmácia visitam indústria de medicamentos Da redação Informativo da UNIFENAS Publicação da Assessoria de Comunicação da Unifenas Reitora: Profª Maria do Rosário Araújo Velano Vice-Reitora Dra. Larissa Araújo Velano Grupo de alunos do 7º período do curso de Farmácia que participou da visita Como forma de promover intercâmbio entre Universidade e indústria ,com consequente aprendizagem técnico-cientifica, alunos do 7º período do curso de Farmácia do campus de Alfenas visitaram a indústria de medicamentos do Grupo Cimed, em Pouso Alegre. A professora da disciplina de tecnologia farmacêutica Maria Paula Mello Alves acompanhou os estudantes durante a visita. Em seus relatos os futuros farmacêuticos ficaram satisfeitos com a recepção e com a oportunidade de verem ilustradas as atividades teóricas e práticas vivenciadas por eles na Universidade. A Cimed é uma indústria 100% nacional. Em seu quadro de funcionários possui vários egressos da Unifenas. Como ressalta a coordenadora do curso de Farmácia Maria Tereza Bernardes, os alunos do campus de Alfenas “sempre são selecionados para participarem dos estágios obrigatórios e são muito elogiados pelos supervisores da empresa”. Unifenas gradua alunos de diversos cursos Da redação Unifenas (Universidade José A do Rosário Velano) graduou alunos dos cursos de Administração, Agronomia, Ciência da Computação, Direito, Enfermagem, Farmácia, Odontologia, Pedagogia, Psicologia e Zootecnia (foto). A colação de grau, em separado, no campus de Alfenas, ocorreu no dia 9 de junho, no Salão de Eventos II. A solenidade foi presidida pela supervisora pedagógica Daisy Fabris de Almeida Singi. Chefe de Gabinete da Reitoria Dra. Viviane Araújo Velano Cassis Jornalista Responsável, Editoração e Pauta: Marcilene Silva Nogueira(Mtb 6.183) Colaboração: Everton Luiz Marques Professora Roseli (primeira à direita) com os alunos que participaram da jornada Everton Marques Alunos do 5º e 7º períodos da Faculdade de Odontologia da Unifenas, campus de Alfenas, participaram da 16ª Jome (Jornada Mineira de Estomatologia). O evento congrega Faculdades de Odontologia de todo o estado de Minas. Organizada pela Sociedade Mineira de Estomatologia, a jornada ocorreu entre os dias 18 e 20 de junho, na cidade de Pirapora, MG. A Jome se caracteriza por ser voltada para estudantes, que apresentam oralmente casos clínicos que envolvem a estomatologia. Este ano foram apresentados mais de 100 casos, sendo seis expostos por alunos da Unifenas. Supervisionados pela professora da João Batista Cruz Fotos: Galvone Praga de Oliveira Câmpus de Alfenas Rod. MG 179 Km 0 Cx P. 23 - Cep 37130-000 Alfenas - MG disciplina de estomatologia, doutora Roseli Teixeira Miranda, há 13 anos, alunos do campus de Alfenas participam da jornada. O evento é uma oportunidade a mais para que eles conheçam as várias lesões que acometem o complexo maxilomandibular. A Unifenas foi representada na Jome por 11 acadêmicos, uma estagiária do Centro Pró-Sorriso do Hospital Universitário Alzira Velano e a professora Roseli. A estagiária Lívia Máris R. Paranaíba, que também é doutoranda pela Unicamp, apresentou dois dos casos clínicos. Os outros quatro foram apresentados pelos alunos Débora Lívia S. Oliveira, Isabela Cristina R. Rocha, Carlos Eduardo Toledo Neto, Ronaldo F. Lopes e Diego Henrique Cezário. Liga promove curso em seu simpósio Profissionais da Unifenas e da UFMG estiveram reunidos para a realização do primeiro curso de propedêutica e urgências cirúrgicas cardiovasculares. Proposto pela Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular, o curso ocorreu dentro da programação do 7º simpósio da liga, do campus de Alfenas. Na foto, público presente à abertura do evento. Impressão: Atenas Assessoria e Consultoria Ltda(Arte Gráfica Atenas) Tel.: (35) 3299 3847 e 3299 3844
Campus de Alfenas Informativo Unifenas - Setembro/2009 3 Entrevista: Eduardo Luiz Barros Barbosa Inclusão social: uma questão a ser resolvida Eduardo Barbosa: “...não é da noite para o dia que a gente começa a enxergar o mundo com a possibilidade de respeito à adversidade humana...” Presidente da Federação Nacional das Apaes durante a palestra na Unifenas Everton Marques presidente da Federação Nacional das Apaes O (Associação de Pais e Amigos dos excepcionais) Eduardo Luiz Barros Barbosa, em entrevista a Central de Jornalismo da Unifenas, destaca a sua visão no que tange às políticas de ação inclusiva e se mostra crítico ao modelo de educação inclusiva proposto pelo MEC. Graduado em Medicina pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Eduardo Barbosa é deputado federal, pelo PSDB mineiro, e está no seu quarto mandato. Nesta entrevista, o deputado observa que a inclusão social é “um desafio desta geração e que não é fácil fazê-la”. O tema em questão foi abordado por ele na abertura do 8º Congresso de Psicologia da Unifenas, campus de Alfenas. Central de Jornalismo Unifenas – Como estão as questões ligadas às políticas de ação inclusiva? Eduardo Barbosa – A gente percebe um discurso cada vez mais amplo em relação a esta defesa: que as políticas sejam realmente inclusivas! E o que é isso? É você identificar aqueles segmentos da população que foram excluídos daquilo que o homem construiu para o bem comum, mas que a maioria das pessoas não conseguiu acessar. Isso significa no mundo acadêmico, no trabalho, nas condições de dignidade de vida, de moradia. Então, o termo política de ação inclusiva é um desafio dessa geração, mas não é fácil fazê-la. Mesmo porque a formação dos profissionais que estão atuando foi excludente. E não é da noite para o dia que a gente começa a enxergar o mundo com a possibilidade de respeito à adversidade humana e planejar ações políticas em função das necessidades dos outros. Hoje ainda há o poder de você decidir em gabinetes, de forma racionalizada ou acadêmica aquilo que é bom para o outro. Mas você só consegue, de fato, construir políticas inclusivas quando ouve quem é a pessoa ou o indivíduo na sua necessidade e planeja as coisas que venham ao encontro dessas necessidades. Isto tem sido um aprendizado para todos os profissionais. CJU – E como quebrar o discurso e partir para a prática? Começa mesmo pela educação, com a formação dos jovens? Uma vez que, como o senhor disse, os profissionais de hoje não têm essa consciência porque foram formados com questões preestabelecidas e excludentes! EB- É, o processo participativo de você aprender com o outro, ver que cada um traz a sua riqueza e você criar ambientes acadêmicos muito mais abertos, com currículos mais flexíveis, trabalhando o homem na sua lógica de cronologia de vida, com suas necessidades específicas, talvez nos possibilite profissionais que tenham essa visão quando estiverem em posições estratégicas. A gente vê que em alguns ambientes educacionais, como aqui eu vi no curso de Psicologia, já há essa preocupação. Então eu acho que talvez seja essa a maior estratégia: a gente trabalhar uma nova visão de formação humana. CJU – Durante a sua explanação, o senhor falou de lógica inclusivista. E qual seria essa lógica? EB – A lógica inclusivista é perceber que as pessoas são diferentes. Característica humana é de diversidade! Nós pensamos e agimos diferentes; temos características físicas e linhas de pensamento diferenciadas; há pessoas que nascem mais diferentes do que as outras: com uma limitação, uma deficiência, com comprometimento, raças distintas, valores distintos, crenças distintas. E como é que você que quer padronizar tudo isso? Como é que você quer que as pessoas se acomodem e se moldem a um único sistema? Isso não existe! Então nós precisamos perceber que essas realidades estão à nossa volta. Precisamos flexibilizar os nossos sistemas, nunca trazer rigidez, sempre permitir que um sistema se construa com a participação daquele novo que chega. Eu acho que este é o desafio também. CJU – Na Câmara o senhor observa que seus companheiros compartilham da sua ideologia? EB – Não! Isso são ideologias muito recentes. Elas não são impregnadas na nossa sociedade e em nenhuma esfera. Seja no Congresso Nacional, que é o corte fiel da sociedade, lá a sociedade está representada com todas as suas qualidades e seus defeitos e ela não é diferente do que está no botequim da esquina. Você pode ter certeza! Então, quando você vai ao botequim da esquina, por exemplo, tem gente defendendo a pena de morte. Se você for ao Congresso vai ter gente que vai defender a pena de morte! Então é o corte fiel. Essa mudança, essa transformação não se dá com uma varinha de condão e sim em processos que vão sendo incorporados gradativamente na alma, na mente, na razão e na formação das pessoas. CJU – Como o senhor tem atuado na Câmara com relação à educação inclusiva? EB – Nós somos críticos ao modelo que o MEC quer implantar: uma política nacional de educação especial com enfoque inclusivo. E não uma política nacional de educação inclusiva! Tem uma diferença muito grande. Uma política de educação inclusiva é aquela que flexibiliza todos os modelos educacionais, que a escola tem autonomia para planejar e orçamentos adequados para aquele aluno que chega, em função da sua necessidade. Isto é um longo período a ser percorrido no país. E nós não acreditamos que acabar com as escolas especiais a gente constrói um modelo inclusivo. Pelo contrário, ela tem que ser ressignificada. A escola especial pode ser tão inclusiva quanto a escola comum. Porque o que tem que ser liberado ali é um processo de definição de autonomia dos indivíduos, onde as pessoas possam adquirir a condição de autodeterminação. E quando a escola oferece isso, independente de onde ela estiver, se ela constrói essa condição de autodeterminação do indivíduo, assim eu posso falar que ela foi inclusivista.
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