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ANGOLA - Interfurniture

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Hugo Vieira<br />

“Estão laNçados os dados Para o sucEsso da FEira”<br />

“Estamos a falar da primeira edição de<br />

uma feira em Angola que já existe em<br />

Portugal, a Export Home. Trata-se do seu<br />

projeto de internacionalização. A APIMA,<br />

como parceira da Exponor tomou conheci-<br />

O final de um período de 27 anos de guerra civil trouxe a Angola a estabilidade para se focar em questões vitais para o seu futuro. Assistiu-se<br />

nos últimos anos a altas taxas de crescimento, sobretudo no setor da construção. O país é o principal destino das exportações<br />

extra-comunitárias de Portugal. Em termos da indústria do mobiliário, é o nosso terceiro principal cliente, devido ao crescimento exponencial<br />

do setor da construção civil. Angola tem um imenso potencial de crescimento e constitui uma verdadeira oportunidade para o tecido<br />

empresarial português, favorecida pelo elo cultural que existe entre os dois países.<br />

A Associação Portuguesa de Indústrias de Mobiliário e Afins – APIMA – é a parceira natural da internacionalização da principal feira da<br />

indústria em Portugal, e está a cumprir o seu papel na luta em prol das necessidades e expectativas do setor do mobiliário. Hugo Vieira,<br />

diretor executivo da APIMA, mostra uma atitude bastante positiva em relação à primeira edição da Export Home Angola. No entanto,<br />

considera imperativo para Portugal a criação de uma marca nacional de mobiliário, bem como uma comunicação intensiva junto dos<br />

mercados chave para o setor.<br />

Em entrevista ao Mobiliário em Notícia, Hugo Vieira fala no trabalho de preparação efetuado pela APIMA em conjunto com a Exponor, nos<br />

apoios prestados às empresas e nas expetativas em relação a este projeto de internacionalização da Export Home.<br />

mento deste processo durante o primeiro<br />

trimestre deste ano. Mal as negociações<br />

com os responsáveis angolanos estiveram<br />

concluídas e a APIMA teve conhecimento<br />

de que este projeto ia avante, fez todos os<br />

esforços para incluir a feira no seu projeto<br />

de internacionalização. Todos os anos, ao<br />

abrigo dos Fundos Comunitários de Apoio<br />

à Internacionalização, a APIMA apresenta<br />

um plano de ações nos mercados que considera<br />

prioritários. Quando a candidatura<br />

foi apresentada, em Novembro do ano passado,<br />

a Export Home Angola ainda estava<br />

numa fase embrionária. Num curto espaço<br />

de tempo, a associação encetou negociações<br />

junto das instituições governamentais<br />

para que, como medida excecional, esta<br />

feira fosse incluída no seu projeto de internacionalização<br />

e as empresas pudessem<br />

beneficiar de subsídios em certo tipo de<br />

despesas.”<br />

“São cerca de 100 empresas que vão estar<br />

presentes na feira. Em termos de investimento,<br />

as nossas projeções iniciais apontavam<br />

para um milhão de euros em investimento<br />

direto. Criamos, em conjunto com a<br />

Exponor, um projeto de chave na mão, para<br />

facilitar todo o processo. O cliente compra<br />

um pacote de serviços que inclui viajem,<br />

alojamento, deslocação entre o hotel e o<br />

recinto da feira, a contrução do stand e o<br />

transporte do mostruário. Consideramos<br />

que desta forma o sucesso da feira será<br />

maior, porque é mais difícil organizar este<br />

tipo de evento em Angola do que no próprio<br />

país.”<br />

“A APIMA, para além da organização da<br />

participação coletiva portuguesa, tem um<br />

papel de apoio institucional. A Exponor, à<br />

semelhança do que já nos habituou em<br />

Portugal, idealizou uma campanha de comunicação<br />

para a Export Home Angola,<br />

para o mercado e para os meios de comunicação<br />

angolanos. É um trabalho que<br />

eu considero bem elaborado de raiz. Os<br />

dados estão lançados no que diz respeito<br />

aos prescritores, compradores e outros<br />

profissionais que nos interessa ter presentes.<br />

O plano de comunicação geral e, mais<br />

concretamente, o que foi idealizado para<br />

as pessoas – chave estão a construir o<br />

sucesso da feira.”<br />

“As nossas expetativa em relação ao mercado<br />

angolano nos próximos anos, mais<br />

concretamente em relação ao setor do<br />

mobiliário, são elevadas. O executivo angolano<br />

pretende passar de país importador<br />

a país exportador, criando condições para<br />

as empresas, neste caso as portuguesas,<br />

se instalarem e começarem a produzir a<br />

partir de Angola. Para isso, vai ter de haver,<br />

efetivamente, investimento direto e a<br />

cooperação oficiosa entre elas vai ser preponderante.<br />

O modelo de exportação vaise<br />

esgotar a curto prazo. Creio que a maior<br />

parte das empresas que vai participar na<br />

feira ainda vai com base no modelo antigo<br />

de abordagem ao mercado angolano,<br />

através de um agente local. Mas espero<br />

que esta feira, no prolongamento do que a<br />

APIMA já desenvolveu a uma escala menor,<br />

abra a visão dos empresários. A curto<br />

prazo este modelo ainda vai funcionar, por<br />

necessidade do próprio mercado angolano.<br />

Mas temos aqui uma premissa que terá de<br />

ser considerada. Luanda, que até há bem<br />

pouco tempo ainda era uma imagem da<br />

antiga colónia portuguesa, é uma cidade<br />

efervescente, em plena reconstrução, que<br />

avança a um ritmo alucinante. Angola recebe-nos<br />

de braços abertos e tem um carinho<br />

especial pelo que é português.”<br />

“Acreditamos que a Export Home Angola<br />

seja para continuar, embora, naturalmente,<br />

tenhamos de esperar pelo balanço desta<br />

primeira edição. Um projeto desta dimensão<br />

tem de ter uma duração a longo prazo.<br />

Já temos uma edição prevista para 2010,<br />

embora sem data marcada, e esperamos<br />

que seja ainda melhor do que a deste ano,<br />

em termos da contrução de uma plataforma<br />

de negócios e contactos. É óbvio que<br />

as feiras evoluem. Não se pode esperar um<br />

retorno imediato.<br />

Mas existem também outros mercados<br />

relevantes que estão a ser observados e<br />

esperamos no futuro termos também uma<br />

Export Home Moçambique, e porque não<br />

uma Export Home Cabo Verde, embora<br />

seja um país de menor dimensão. O que<br />

importa é começar pelos países de língua<br />

oficial portuguesa.”

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