20.04.2015 Views

julho/2008 - ABRH-RJ

julho/2008 - ABRH-RJ

julho/2008 - ABRH-RJ

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Revista da Associação Brasileira de Recursos Humanos - Rio de Janeiro<br />

Ano 14 No. 149 <strong>julho</strong> de <strong>2008</strong> - Distribuição Dirigida<br />

As novidades do CONARH <strong>2008</strong><br />

Entrevista com o professor Marco Túlio<br />

Zanini, da Fundação Dom Cabral<br />

A importância dos indicadores de<br />

performance para as empresas<br />

Parceira da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong><br />

A RHnews tem o apoio<br />

da Qualitymark Editora<br />

Patrocinador de Gestão da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong><br />

RHnews •<strong>julho</strong> <strong>2008</strong> • 1


2<br />

RHnews • <strong>julho</strong> <strong>2008</strong> •


editorial<br />

O maior de todos os congressos da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong><br />

O tema “Admirável Tempo Novo - A (R)evolução Humana para uma Gestão Transformadora” não poderia<br />

ser mais apropriado para a 34ª edição do Congresso Estadual de Recursos Humanos (RH-RIO <strong>2008</strong>). O<br />

evento foi um divisor de águas para o maior encontro de gestores do Rio. Como poderão conferir na nossa<br />

Reportagem do Mês, pela primeira vez, realizamos o encontro em um centro de convenções, refletindo<br />

a importância da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong> entre as empresas fluminenses. De 35 expositores em 2007, reunimos este<br />

ano 72 grandes empresas e 800 congressistas. O retorno não poderia ter sido diferente. Ganhamos mais<br />

visibilidade não só entre os empresários fluminenses como também na mídia, que gerou mais de cem<br />

notícias sobre o RH-RIO.<br />

Leyla Nascimento<br />

Presidente Executiva<br />

Nossos olhos estão direcionados agora para o CONARH <strong>2008</strong>, maior evento voltado para gestores de<br />

pessoas da América Latina, que acontecerá entre 19 e 22 de agosto em São Paulo (SP). Como de costume,<br />

a <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong> estará presente para trocar experiências e se atualizar com os ensinamentos dos maiores<br />

especialistas em recursos humanos da atualidade.<br />

Com palestra programada para o primeiro dia do CONARH, o professor da Fundação Dom Cabral,<br />

Marco Túlio Zanini, adianta nesta edição da RHNews como a confiança pode melhorar a gestão de uma<br />

organização. Para o autor do livro “Confiança, o principal ativo intangível de uma empresa”, lançado<br />

em março deste ano pela editora Campus Elsevier, as empresas precisam criar um ambiente de confiança<br />

baseado em transparência nas relações internas, percepção de justiça e qualidade da comunicação entre<br />

os colaboradores.<br />

Para tanto, é preciso obter indicadores de performance das empresas. É o que mostra o diretor da <strong>ABRH</strong>-<br />

<strong>RJ</strong>, João Arquimedes, na seção Tendências.<br />

Boa leitura e até a próxima edição.<br />

Até lá!<br />

SUMÁRIO<br />

4<br />

TENDÊNCIAS<br />

Performance das empresas<br />

5<br />

ENTREVISTA<br />

Professor Marco Túlio Zanini<br />

A confiança e a gestão de qualidade<br />

8<br />

REPORTAGEM DO MÊS<br />

<strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong> realiza o maior congresso de todos os tempos<br />

11<br />

ACONTECE<br />

Eventos da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong> para o mês de <strong>julho</strong> e agosto<br />

12<br />

ARTIGO ESPECIAL<br />

Como enfrentar situações de crise nas empresas<br />

RHnews •<strong>julho</strong> <strong>2008</strong> • 3


tendências<br />

Performance, a forma<br />

viva de gestão<br />

Por João Arquimedes*<br />

Durante o 34º Congresso Estadual de<br />

Recursos Humanos, organizado pela nossa<br />

<strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong>, presenciamos muitas cenas de<br />

emoção, de aprendizado e de aumento<br />

da rede de relacionamento. Vamos fazer<br />

uma breve viagem no tempo e recordar<br />

o momento de abertura do Congresso,<br />

em que aparece a cena do filme “Perfume<br />

de Mulher”, quando o Al Pacino convida<br />

uma bela mulher para dançar. Quem não<br />

se emocionou? O momento repetiu-se<br />

nos outros dias e pude ver que as pessoas<br />

se emocionaram, inclusive aqueles que o<br />

assistiam pela terceira vez.<br />

O filme de abertura pode ser<br />

c o n s i d e r a d o u m i n d i c a d o r d e<br />

performance de satisfação medido<br />

através da emoção percebida nos olhos<br />

das pessoas. Impossível ou loucura, se<br />

o Presidente da sua empresa solicitasse<br />

ao RH: desenvolva e apresente um<br />

indicador que possa medir a satisfação<br />

das pessoas, tendo como base a emoção<br />

delas em relação ao evento. No período<br />

atual, essa determinação seria pouco<br />

provável, considerando os freqüentes<br />

momentos de redução ou otimização<br />

dos custos, em busca do negócio se<br />

manter competitivo no mercado.<br />

Peter Senge lembrou, durante palestra<br />

no congresso, do ensinamento do grande<br />

mestre Deming, da década de 50. Ele<br />

defendia a tese de que somente podemos<br />

fazer gestão do que é medido, ou seja,<br />

gerenciamos o que medimos. Um conceito<br />

com mais de meio século, utilizado no<br />

grande boom da Qualidade. Considerando<br />

estes conceitos e princípios, vamos medir<br />

tudo para termos uma gestão eficaz total.<br />

Não devemos levar ao pé da letra ou a<br />

ferro e fogo, pois tudo deve ser muito bem<br />

balanceado e equilibrado, sobre o valor do<br />

que é medido, controlado e Homens/Hora<br />

envolvidos.<br />

Então, como definir os indicadores<br />

de performance da organização? Como<br />

distribuí-los? Todos nós temos uma<br />

missão na vida. Isto quer dizer que não<br />

estamos aqui por acaso. O nascimento<br />

de um ser tem uma razão de existência.<br />

Por analogia, não é diferente quando<br />

falamos de uma empresa. Uma empresa<br />

para continuar vivendo deve ter uma<br />

missão, uma visão, objetivos definidos e<br />

uma estratégia desenhada com caminhos<br />

traçados para alcançar estes objetivos.<br />

Estes são os principais passos para<br />

definir os indicadores de performance da<br />

organização.<br />

Os indicadores e suas metas devem<br />

constituir um painel de bordo para que os<br />

gestores possam conduzir a nave, conforme<br />

seu plano de vôo, ajustando onde for<br />

necessário em direção ao alvo de chegada.<br />

O piloto de fórmula 1 possui exatamente<br />

o descrito anteriormente, uma equipe de<br />

escuderia que monitora o conjunto, carro<br />

e piloto, dando orientações, abastecendo<br />

o carro e trocando os pneus de forma<br />

adequada, além de acompanhar o meioambiente<br />

(carros competidores, pista de<br />

corrida, sol e chuva). Nas empresas onde<br />

trabalhamos não é diferente, a operação e<br />

gestão ocorrem de maneira similar.<br />

A quantidade de indicadores deve ser<br />

em número suficiente para que se possa<br />

controlar e com decorrentes ações eficazes.<br />

Como diz um velho ditado: “Ao alcance<br />

dos olhos e das mãos e perto do coração”.<br />

O painel de bordo dos indicadores, com<br />

acompanhamento e atualização eficiente,<br />

terá valor agregado para a organização.<br />

A distribuição e balanceamento dos<br />

indicadores devem considerar os pilares<br />

da organização e a matriz dos objetivos<br />

estratégicos: Finanças, Cliente, Processos<br />

Internos e Aprendizagem e Crescimento.<br />

As metas dos indicadores precisam ser<br />

desafiantes, porém viáveis para serem<br />

alcançadas. Indicadores e suas metas<br />

devem ser acompanhados conforme<br />

prazos acordados.<br />

Depois de apurar os dados, é hora de<br />

acompanhar os resultados e estabelecer<br />

planos de ação. Acompanhar os planos<br />

estabelecidos. Alterar indicadores e metas,<br />

ajustando a realidade. Alterar e sem medo<br />

de ser feliz. Alterar, como é alterado o<br />

painel de bordo de um modelo novo de<br />

carro lançado no mercado, para atender às<br />

necessidades dos consumidores. Porém<br />

alguns indicadores não podem sair do<br />

painel, tais como volume de combustível<br />

e temperatura do óleo do carro, porque são<br />

essenciais.<br />

No mundo corporativo não é diferente.<br />

Alguns indicadores são essenciais,<br />

tais como o retorno sobre o capital<br />

investido; dividendos pagos mantendo<br />

a sustentabilidade da empresa; taxa<br />

de acidentes com afastamento e sem<br />

afastamento e os índices de satisfação e<br />

de engajamento dos colaboradores.<br />

E quem faz a gestão? A alta<br />

administração deve fazer a gestão dos<br />

indicadores corporativos e os demais<br />

indicadores devem ser realizados<br />

pelas lideranças dos processos. O<br />

responsável pela estratégia e desempenho<br />

empresarial na organização deve ser o<br />

catalisador e facilitador de todo este<br />

processo, estimulando todos a medirem<br />

a performance das atividades que são<br />

responsáveis e os resultados gerados.<br />

O indicador mede a performance. O<br />

conjunto dos indicadores traduz a saúde<br />

da organização. Os livros e fontes sobre<br />

o tema Performance estão disponíveis no<br />

site da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong>, www.abrhrj.org.br.<br />

* João Arquimedes Cesário da Silva é diretor de<br />

performance da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong> e gerente de Estratégia e<br />

Desempenho Empresarial da TBG.<br />

4<br />

RHnews • <strong>julho</strong> <strong>2008</strong> •


entrevista<br />

Professor da Fundação Dom Cabral, Marco Túlio Zanini<br />

“Gestão de qualidade<br />

passa por uma relação<br />

de confiança”<br />

Por Gustavo Fernandes<br />

Responsável por conduzir a palestra “O poder transformador da confiança” durante o primeiro dia do<br />

CONARH <strong>2008</strong>, evento que acontecerá entre os dias 19 e 22 de agosto em São Paulo (SP), o professor<br />

da Fundação Dom Cabral, Marco Túlio Zanini, adianta nesta entrevista que a gestão de qualidade<br />

passa obrigatoriamente por uma relação de confiança. Em sua apresentação, Zanini mostrará ainda<br />

que, em processos produtivos, a parceria é importante para reduzir custos. Autor do livro “Confiança,<br />

o principal ativo intangível de uma empresa”, lançado em março deste ano pela editora Campus<br />

Elsevier, Zanini ressalta que colaboradores que confiam no superior ou no colega de trabalho têm<br />

maior predisposição em cooperar. Para empresas que ainda não adotam esse tipo de posicionamento,<br />

o professor, que é doutor pela Universidade de Magdeburg, na Alemanha, diz que para se criar um<br />

ambiente de confiança dentro das empresas é preciso transparência nas relações internas, percepção<br />

de justiça e a qualidade da comunicação entre os colaboradores.<br />

RHnews- Por que a confiança é<br />

essencial na gestão com pessoas?<br />

Zanini – Quando há baixo índice de<br />

confiança, o gestor passa a gastar o seu<br />

tempo monitorando resultados. Já quando<br />

há confiança na equipe, ele proporciona<br />

autonomia, deixando de olhar o ser humano<br />

como um incapaz de ter responsabilidade.<br />

A confiança é um mecanismo social que<br />

se relaciona a um conjunto de elementos<br />

da gestão, principalmente motivação,<br />

satisfação e comprometimento dos<br />

empregados. Portanto, está intimamente<br />

relacionada, por exemplo, à formação<br />

de lideranças, ao compartilhamento do<br />

conhecimento e da informação dentro de<br />

uma empresa. Se eu confio no meu superior<br />

ou no meu colega de trabalho, tenho<br />

uma maior predisposição em cooperar,<br />

compartilhando minhas melhores idéias<br />

e oferecendo meus melhores esforços,<br />

não temendo que as minhas contribuições<br />

sejam desconsideradas, ou pior, usurpadas<br />

pelos outros.<br />

RHnews - As empresas brasileiras<br />

adotam esse ponto de vista?<br />

Zanini- A maioria não. O problema é<br />

que o modelo brasileiro de administração<br />

é baseado em resultados de curto prazo,<br />

que acabam gerando demissões. Ou seja,<br />

o bom desempenho é recompensado com<br />

reconhecimento e ganhos financeiros,<br />

e o mau desempenho com ameaças. Tal<br />

estilo coloca o futuro muito dependente<br />

das ações do presente e, muitas vezes, está<br />

“É preciso estimular o<br />

comprometimento para<br />

que seja maior do que a<br />

média. Essa é a base para<br />

que o processo possa<br />

funcionar melhor e as<br />

contribuições apareçam<br />

facilmente.”<br />

relacionado com uma baixa tolerância ao<br />

erro das pessoas. Hoje no mercado há muita<br />

estratégia de cortar custo com diminuição de<br />

quadros, o que pode não dar resultado em<br />

alguns casos. Por isso, é necessário garantir<br />

que as pessoas tenham perspectivas de longo<br />

prazo.<br />

RHnews - Provavelmente, muitos<br />

empresários garantem que já têm<br />

RHnews RHnews •<strong>julho</strong>• <strong>2008</strong> junho • <strong>2008</strong>5•


entrevista<br />

Professor da Fundação Dom Cabral, Marco Túlio Zanini<br />

consciência dessas necessidades. Então, o<br />

que é preciso fazer na prática para mudar<br />

essa realidade?<br />

Zanini - É necessário<br />

investimento e estratégia. É<br />

preciso, por exemplo, estimular<br />

o comprometimento para que<br />

seja maior do que a média. Essa<br />

é a base para que o processo<br />

possa funcionar melhor e<br />

as contribuições apareçam<br />

facilmente. Com isso, as<br />

tarefas delegadas passam a ser<br />

acolhidas sem estresse.<br />

RHnews - E o que as empresas<br />

precisam fazer para criar ambientes de<br />

confiança?<br />

Zanini - Para se criar um ambiente de<br />

confiança dentro das empresas é preciso<br />

transparência nas relações internas,<br />

percepção de justiça e qualidade na<br />

comunicação entre os colaboradores. As<br />

empresas têm que trabalhar a qualidade<br />

da gestão, o desenvolvimento da pessoa.<br />

Para tanto, o gestor precisa passar uma<br />

integridade da gestão, com o índice de<br />

rotatividade controlado e de forma ética. O<br />

colaborador precisa perceber uma justiça.<br />

Se jogar bem, será reconhecido. Deve haver<br />

“Para se criar um ambiente de<br />

confiança dentro das empresas é preciso<br />

transparência nas relações internas,<br />

percepção de justiça e qualidade na<br />

comunicação entre os colaboradores”.<br />

um comportamento moral dos gestores. Sem<br />

isso, a empresa pode até ganhar dinheiro,<br />

mas não privilegia a gestão.<br />

RHnews - Mas como fica a<br />

concorrência entre os colaboradores?<br />

Zanini - Para se alcançar esses objetivos,<br />

algumas dimensões da cultura e a política<br />

de incentivos devem ser observadas. Todo<br />

trabalhador tem estratégia pessoal, mas<br />

é preciso estar bem alinhada com os<br />

interesses da empresa. Ainda nessa linha, é<br />

importante que o mau comportamento seja<br />

evitado. Se o líder começa a estimular a<br />

concorrência interna de forma agressiva, por<br />

exemplo, não vai criar ambiente<br />

de confiança. É preciso regular a<br />

concorrência interna e deixar as<br />

regras claras. Para construir esse<br />

ambiente, a comunicação interna<br />

é fundamental.<br />

RHnews - Poderia listar<br />

as dicas para a empresa que<br />

quer estabelecer essa troca de<br />

confiança?<br />

Zanini- Primeiro, é preciso<br />

ter foco na contratação e desenvolvimento<br />

de pessoas, o que pode significar um<br />

gasto a mais de dinheiro, mas também a<br />

escolha certa. Outro detalhe importante é<br />

uma comunicação interna que transmita<br />

exatamente o que se faz. Além disso, é<br />

preciso consistência e integridade,<br />

controlando as demissões e respeitando a<br />

dignidade das pessoas. Por último, o líder<br />

precisa estabelecer responsabilidades e<br />

resultados para que não haja ambigüidades<br />

ou jogos de interesse conflitantes.<br />

6<br />

RHnews • <strong>julho</strong> junho <strong>2008</strong> •


RHnews •<strong>julho</strong> <strong>2008</strong> • 7


eportagem do mês<br />

RH-RIO <strong>2008</strong><br />

supera todas as<br />

expectativas<br />

O consultor Peter Senge com o moderador da<br />

conferência Magna, Nelson Savioli<br />

Com consultores internacionais e mais de 70 empresas, 34ª edição do Congresso Estadual<br />

de Recursos Humanos recebe 1.200 visitantes no Centro de Convenções SulAmérica<br />

Com o tema “Admirável Tempo<br />

Novo - A (R) Evolução Humana para uma<br />

Gestão Transformadora”, a 34ª edição do<br />

Congresso Estadual de Recursos Humanos<br />

(RH-RIO <strong>2008</strong>) entrou para a história da<br />

<strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong>. O crescimento, que começou<br />

pelo local do encontro, ocupando pela<br />

primeira vez as instalações do moderno<br />

Centro de Convenções SulAmérica,<br />

na Cidade Nova, foi consolidado pelo<br />

balanço do evento. Entre os dias 22 e 24<br />

de junho, mais de 1.200 visitantes - um<br />

crescimento de 142% em relação a 2007 -<br />

aperfeiçoaram seus conhecimentos sobre<br />

os novos tempos na gestão com pessoas em<br />

palestras de especialistas. A apresentação<br />

mais concorrida ficou por conta do<br />

consultor americano Peter Senge, professor<br />

do Massachusetts Institute of Technology<br />

(MIT). Paralelamente ao congresso, a feira<br />

de negócios EXPO RH-RIO ganhou 70%<br />

de estandes a mais, alcançando o total de<br />

72 empresas.<br />

Durante o congresso, a presidente da<br />

<strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong>, Leyla Nascimento, ressaltou<br />

que há cerca de cinco anos reinava no Rio o<br />

desânimo entre os profissionais de recursos<br />

humanos em função do fluxo de saída das<br />

empresas da cidade. Mas, atualmente,<br />

disse, há um clima de entusiasmo entre o<br />

empresariado.<br />

Eduardo Giannetti: escolha<br />

para trocas intertemporais<br />

- O crescimento do nosso evento reflete<br />

o bom momento vivido pelas empresas do<br />

estado do Rio - afirmou Leyla.<br />

A apresentação de abertura do RH-RIO<br />

ficou sob a responsabilidade do economista<br />

Eduardo Giannetti. Durante a palestra “O<br />

tempo e a dinâmica da evolução humana”,<br />

o especialista ressaltou a importância<br />

de as pessoas poderem fazer escolhas<br />

levando em consideração as chamadas<br />

trocas intertemporais. Neste caso, na sua<br />

opinião, há duas posições: a credora, na<br />

qual se aceita um sacrifício e um custo<br />

em função de um objetivo lá na frente; e<br />

a devedora, na qual se vive o prazer agora<br />

e se paga mais tarde. Giannetti destacou<br />

que ambas são viáveis, o problema está no<br />

fato de que o ser humano costuma fazer<br />

escolhas equivocadas. Logo em seguida,<br />

foi a vez de Ken O`Donnell, diretor para a<br />

América Latina da ONG Brahma Kumaris.<br />

Ele destacou que os executivos devem<br />

destinar mais tempo para tomar decisões<br />

do que para apagar incêndios.<br />

Já no segundo dia do RIO-RH, o guru<br />

dos executivos das principais empresas do<br />

mundo, Peter Senge, apresentou-se pela<br />

primeira vez para uma platéia carioca. Ele<br />

enfatizou que todos estariam na Era da<br />

Informação se os gerentes das empresas<br />

realmente vivessem a mudança de maneira<br />

verdadeira.<br />

- É ótimo o RH mundial saudar o<br />

crescimento das pessoas e pedir que as<br />

empresas o façam, mas sabemos que na<br />

prática isso não ocorre - disse.<br />

uma sessão do Cine Fórum com o filme<br />

“A Máquina – O amor é o combustível”,<br />

dirigido por João Falcão. Uma das<br />

protagonistas do filme, a atriz Mariana<br />

Ximenes ressaltou que é preciso colocar<br />

sempre muita energia, envolvimento e<br />

comprometimento em qualquer trabalho.<br />

A transposição das cenas do filme ficou<br />

por conta de Heloisa Machado, diretora da<br />

Divisão de Desenvolvimento e Benefícios<br />

da Central Globo de Pesquisa e RH.<br />

Último dia<br />

Já o último dia do RH-RIO começou<br />

com a apresentação do ex-ministro das<br />

Relações Exteriores do Brasil, na gestão<br />

FHC, Luiz Felipe Lampreia. Ele citou<br />

como o fenômeno da globalização fez<br />

os Estados Unidos perderem ao longo<br />

do tempo a capacidade de desempenhar<br />

seu papel. Em sua palestra “Cenários,<br />

Conexões e Desafios Globais”, ressaltou<br />

que a globalização funciona como se fosse<br />

um trem, ou seja, só está preparado para<br />

recebê-lo quem tem estações.<br />

- Quem é bom passageiro deve partir<br />

nas horas certas ou perderá o jogo - disse.<br />

O RH RIO <strong>2008</strong> foi concluído com o<br />

painel “Geração do Novo Tempo”. O batepapo,<br />

mediado pelo apresentador da TV<br />

Globo, Márcio Gomes, teve a participação<br />

ainda da jornalista de tecnologia Cora<br />

Rónai; do Presidente da Federação de<br />

Empresas Juniores, José Luiz Ferreira; do<br />

professor de História e político Alessandro<br />

Molon e da médica Rosa Célia Barbosa.<br />

Cine Fórum<br />

Ainda no dia 23 de junho, a<br />

diretora Cultural da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong>,<br />

Myrna Brandão, coordenou<br />

8<br />

RHnews • <strong>julho</strong> <strong>2008</strong> •<br />

Mariana Xinenes ressaltou<br />

o comprometimento nos<br />

trabalhos


eportagem do mês<br />

EXPO RH-RIO<br />

A cada ano, a EXPO RH-RIO, feira com<br />

entrada franca que acontece paralelamente<br />

ao congresso, recebe mais empresas<br />

interessadas em expor seus projetos de<br />

recursos humanos. Principal patrocinadora<br />

da edição de <strong>2008</strong>, a Amil aproveitou o evento<br />

para chamar atenção para o crescimento<br />

do mercado de saúde privada no país,<br />

principalmente dos planos odontológicos.<br />

Durante a feira, Alfieri Casalecchi, da<br />

diretoria corporativa da Amil, que também<br />

é patrocinadora de gestão da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong>,<br />

O diretor da Amil, Alfieri Casalecchi e a consultora<br />

comercial Norina Calvano: proximidade com os<br />

profissionais de RH<br />

os visitantes puderam conhecer um pouco<br />

mais sobre a estratégia e a história da empresa<br />

de telefonia.<br />

- Está sendo uma experiência de<br />

aprendizado, disse o diretor de Gente da Oi,<br />

Júlio Fonseca, que também participou como<br />

palestrante no terceiro dia do congresso.<br />

Além da Amil, outras empresas ligadas à<br />

área de saúde estiveram presentes na feira. O<br />

Grupo Notre Dame Intermédica levou para a<br />

Expo RH-Rio o conceito de sustentabilidade<br />

como algo não só necessário à saúde e<br />

Coral da Fundação Bradesco se apresenta durante celebração de enceramento<br />

do RH-RIO <strong>2008</strong><br />

O diretor de gente da Oi, Júlio Fonseca, e o vice-presidente da <strong>ABRH</strong>-RIO, Fábio Ribeiro<br />

( à esquerda na foto): foco em patrocínio de eventos voltados para gestão com pessoas<br />

destacou o papel da empresa no evento como<br />

fundamental para seu crescimento.<br />

- As empresas crescem porque as pessoas<br />

crescem. São eles (o pessoal de RH) que<br />

mostram os caminhos para cuidar das pessoas.<br />

Queremos entender esse público cada vez<br />

melhor - disse Alfieri.<br />

Já a Oi, presente em muitos dos grandes<br />

eventos brasileiros, estreou este ano na RH-<br />

RIO como patrocinadora de um evento voltado<br />

inteiramente para o mercado de recursos<br />

humanos. A empresa montou o CyberOi, onde<br />

Para a presidente da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong>, Leyla Nascimento,<br />

sucesso do evento mostrou crescimento das<br />

empresas fluminenses<br />

ao bem-estar das pessoas como também<br />

para o ambiente de negócios. Segundo o<br />

diretor executivo da Intermédica, Paulo<br />

Ricardo Cardoso, a empresa persegue esse<br />

posicionamento desde os anos 90.<br />

Crescimento econômico do Rio<br />

A importância do Rio de Janeiro para<br />

o crescimento das empresas foi destacada<br />

por Álvaro Ribeiro, gerente regional<br />

da Omint. O estado, de acordo com o<br />

executivo, possui segmentos da economia<br />

que nenhuma outra região dispõe, como<br />

petróleo, gás e indústria naval.<br />

A Expo RH-Rio teve a participação das empresas:<br />

ADP Brasil, Aliança Francesa, Allianz Seguros, Amil, Asserttem, Assim, Bovespa, Chronos RH, CIEE, Citifinancial, Correcta<br />

Seguros, CRA-Conselho Regional de Administração, Djan Madruga, ECX CARD S/A, Editora Abril, Editora EDC/Grupo Record,<br />

Editora Globo, Editora Qualitymark, Editora Segmento, Feedback Idiomas, Fetranspor, FI<strong>RJ</strong>AN, FUNENSEG, Grupisa, Hotel<br />

Fazenda Cascatinha, Hotel Fazenda Galo Vermelho, Hotel Fazenda Ribeirão, Hotel Solar do Império, IBEU, Instituto Brasil,<br />

Intermédica, Solidário, Instituto Capacitare, Integração, Jani-King, JP Monteiro, Kazazen, LG Informática, Lonier Eventos, Master<br />

Med, Medial Saúde, Milestone, Motivendas/Projeto Turma Cidadã - Cefet-Fagga Eventos, Odontoprev, Oi, Omint, On Time,<br />

Parador Maritacas, Practice, Prontoclinica, Prontodente, Puc-Rio, Quickmind, Rebouças e Associados, Rede D’Or, Revitality,<br />

RH Med, Rufollo, RVS, Sebrae, Senac Rio, Senior Sistemas, Smartech, Sol/Coca-Cola, SulAmérica, Template, Ticket, Totvs,<br />

Unisuam e Valevan.<br />

RHnews •<strong>julho</strong> <strong>2008</strong> • 9


eportagem do mês<br />

CONARH <strong>2008</strong> cheio de novidades<br />

O Diretor Geral do CONARH <strong>2008</strong>, Luiz Edmundo<br />

Prestes Rosa: congresso está dividido em três eixos<br />

temáticos<br />

Contabilizado o sucesso do RH-<br />

RIO, as atenções se voltam agora para<br />

o Congresso Nacional sobre Gestão de<br />

Pessoas - CONARH <strong>2008</strong>, maior evento<br />

direcionado aos gestores de pessoas da<br />

América Latina, que acontecerá entre 19<br />

e 22 de agosto em São Paulo (SP). Este<br />

ano, o evento traz como tema principal a<br />

construção de uma Cultura de Valor, uma<br />

ferramenta de gestão que transcende em<br />

importância todas as demais variáveis<br />

que levam uma empresa ao sucesso.<br />

O Diretor Geral do CONARH <strong>2008</strong>,<br />

Luiz Edmundo Prestes Rosa, explica<br />

que o congresso está dividido em eixos<br />

temáticos que reforçam a importância de<br />

três conceitos essenciais para o sucesso<br />

das modernas organizações que atuam<br />

em mercados globais: o engajamento,<br />

a inspiração voltada para a inovação,<br />

e a orientação para os resultados,<br />

que garantem a sobrevivência das<br />

organizações e seu desenvolvimento.<br />

Para direcionar os debates, serão<br />

apresentadas palestras magnas voltadas<br />

para cada eixo.<br />

- A definição dos temas do congresso<br />

é o resultado de uma série de encontros<br />

regionais e nacionais envolvendo<br />

gestores de pessoas, que apontam suas<br />

necessidades de informação e orientação<br />

- ressalta.<br />

Palestrantes:<br />

Entre os palestrantes que participarão<br />

do CONARH <strong>2008</strong>, estão o professor<br />

da Fundação Dom Cabral, Marco<br />

Túlio Zanini, com a palestra “O poder<br />

transformador da confiança”; o professor<br />

do IBMEC, Jean Bartoli, que fará palestra<br />

sobre “O impacto da cultura de valor<br />

na estratégia”; o presidente da Idea<br />

Connection Systems, Bob Rosenfeld, que<br />

falará sobre o desafio de “Inovar para o<br />

futuro em um mundo de curto prazo”;<br />

a presidente da Society For Human<br />

Resource Management (SHRM), Susan<br />

Meisinger, que abordará o tema “RH:<br />

uma profissão de valor”, evidenciando a<br />

evolução das áreas de gestão de pessoas<br />

nas organizações; o Diretor da Área de<br />

Performance Organizacional da Right<br />

Management, Felipe Westin, que falará<br />

sobre a importância do engajamento<br />

profissional por meio da remuneração, do<br />

reconhecimento e da recompensa; entre<br />

outros. A programação completa está<br />

disponível no site www.abrhnacional.org.br.<br />

Expo <strong>ABRH</strong><br />

Paralelamente ao CONARH, a Expo<br />

<strong>ABRH</strong> vai reunir 140 expositores em<br />

um espaço de 33.000 m². Segundo Ralph<br />

Arcanjo Chelotti, Presidente da Associação<br />

Brasileira de Recursos Humanos - <strong>ABRH</strong>-<br />

Nacional, a idéia é reunir um segmento<br />

econômico que ainda é pouco conhecido e<br />

que reúne cerca de 1 milhão de profissionais<br />

em todo o País, de acordo com dados<br />

estimados pela associação com base em<br />

informações da CNI e do IBGE.<br />

Uma das novidades da feira neste<br />

ano é o Giro de Negócios. A Expo <strong>ABRH</strong><br />

programou um espaço direcionado para<br />

pequenas e médias empresas que atuam no<br />

segmento de gestão de pessoas. O “Giro<br />

de Negócios” vai reunir áreas temáticas<br />

voltadas para consultorias, tecnologia da<br />

informação, qualidade de vida, educação,<br />

treinamento e terceirização. O propósito<br />

é dar visibilidade a pequenas e médias<br />

empresas desses segmentos que, em muitos<br />

casos, atendem grandes clientes no Brasil<br />

e até na América Latina.<br />

Um dos espaços preparados pela Expo<br />

<strong>ABRH</strong> para difusão de conhecimento é a<br />

Arena Social, que acontece já pelo quinto<br />

ano consecutivo. Neste ano, oito empresas<br />

apresentarão casos de sucesso relacionados<br />

ao tema “Humanização do Trabalho –<br />

Trabalho Decente”, vinculado diretamente<br />

aos Oitos Objetivos do Milênio, definidos<br />

em 2000 pela ONU. Já no Espaço Mulher,<br />

além de empresas voltadas para o universo<br />

feminino, os visitantes encontrarão<br />

palestras gratuitas que abordam temas<br />

de interesse das mulheres, como saúde,<br />

trabalho e bem-estar. A Expo <strong>ABRH</strong><br />

abrigará, ainda, um espaço para difusão de<br />

arte, cultura e conhecimento.<br />

10<br />

RHnews • <strong>julho</strong> <strong>2008</strong> •


acontece<br />

Associe-se à <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong><br />

e tenha todos esses<br />

benefícios:<br />

• No próximo dia 30 de <strong>julho</strong>,<br />

profissionais ligados às áreas de recursos<br />

humanos participarão do I Encontro de<br />

Inovação Estratégica em Gestão com<br />

Pessoas. Durante o evento, promovido<br />

pela <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong>, o diretor Presidente<br />

da GE Celma, Marcelo Soares,<br />

ficará responsável pela palestra “RH<br />

Aumentando a Produtividade”. Logo<br />

depois, será realizado o debate com o<br />

tema “O que podemos aplicar dessas<br />

experiências em nossas empresas”.<br />

Já o vice-presidente de Marketing e<br />

Vendas da Intelig Telecom, Alexandre<br />

Torres, falará sobre “A gestão da<br />

cultura como diferencial estratégico”.<br />

Em seguida, será realizado o debate<br />

“O que podemos aplicar dessas<br />

experiências em nossas empresas”. O<br />

evento será realizado das 8h30 às 12h,<br />

na Intelig Telecom, Praia de Botafogo,<br />

370, 13º andar. Inscrições podem ser<br />

feitas pelo site www.abrhrj.org.br ou pelo<br />

telefone (21) 2533-2806.<br />

• A Associação Brasileira de Recursos<br />

Humanos - <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong> - promoverá,<br />

no próximo dia 6 de agosto, o evento<br />

Indicadores em Recrutamento & Seleção.<br />

Com entrada franca para associados, o<br />

encontro abordará temas como Conceitos<br />

sobre Indicadores em Recrutamento<br />

e Seleção e apresentação de cases de<br />

empresa que usam indicadores. Inscrições<br />

pelo site da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong> (www.abrhrj.org.br)<br />

ou pelo telefone 2533-2806.<br />

Próximos eventos - confira no<br />

nosso site<br />

•14 de agosto - Premiação das Melhores<br />

Empresas para Trabalhar no Rio de Janeiro<br />

•26 de agosto - II Fórum da Baixada<br />

Fluminense<br />

A oportunidade de interagir<br />

com mais de 1.000 profissionais<br />

e organizações;<br />

Mais de 250 empresas<br />

associadas têm acima de 500<br />

funcionários;<br />

Acesso à revista RHnews, que<br />

mensalmente aborda temas<br />

e apresenta reportagens<br />

exclusivas e artigos de<br />

especialistas sobre assuntos de<br />

alto valor para os gestores de<br />

pessoas;<br />

Compartilhar experiências e<br />

obter descontos em fóruns,<br />

eventos e congressos como o<br />

RH-RIO e o CONARH, Congresso<br />

Nacional sobre Gestão de<br />

Pessoas, e nos cursos de MBA da<br />

Academia <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong>.<br />

Pertencer a uma associação<br />

de classe que tem visibilidade,<br />

competência e qualidade<br />

nas atividades que promove<br />

e é filiada à Federación<br />

Interamericana de Asociaciones<br />

de Gestión Humana.<br />

RHnews •<strong>julho</strong> <strong>2008</strong> • 11


Artigo especial da Qualitymark<br />

www.qualitymark.com.br<br />

À Espera da CrisePor Bruce T. Blythe*<br />

Nenhuma empresa está livre de ter de<br />

passar por uma crise traumática. Atos de<br />

terrorismo, atentados ao local de trabalho,<br />

exposição a produtos tóxicos, desastres<br />

naturais ou agitação social podem acontecer<br />

bem pertinho de você. No entanto, com uma<br />

boa preparação, os efeitos das catástrofes<br />

podem ser minimizados. Só a preparação<br />

em si já assusta. Afinal de contas, você<br />

precisa se proteger de alguma coisa que<br />

não sabe bem o que é, quando ou onde vai<br />

atacar e quais os danos possíveis. E pior: a<br />

empresa pode estar vulnerável em muitas<br />

frentes. A maneira de enfrentar esse desafio<br />

e se preparar para um eventual desastre é<br />

seguir estas seis etapas:<br />

1. Analise as suas vulnerabilidades.<br />

Analise os aspectos nos quais é mais provável<br />

que a empresa esteja vulnerável a<br />

catástrofes. Não espere que um promotor,<br />

um advogado, uma entidade normativa ou<br />

um repórter apontem riscos que você deveria<br />

ter previsto – quando já for tarde demais.<br />

Faça uma análise ampla antes que alguma<br />

coisa aconteça.<br />

Comece por pensar em todas as<br />

situações possíveis. Considere todos<br />

os aspectos das operações. Talvez,<br />

por exemplo, a empresa trabalhe com<br />

materiais perigosos ou equipamentos que<br />

sejam fontes potenciais de acidentes. Ou<br />

talvez as instalações sejam vulneráveis a<br />

pessoas mal intencionadas. Ou então,<br />

os empregados viajem freqüentemente<br />

de avião, arriscando-se a desastres<br />

aéreos, ou se dirijam a locais onde a<br />

segurança seja insuficiente, tornandose<br />

possíveis vítimas de seqüestros ou<br />

atos de terrorismo.<br />

A seguir, determine a probabilidade<br />

de ocorrências e o perigo relativo de<br />

cada situação. Atribua valores numéricos<br />

às probabilidades e ao grau de perigo,<br />

fazendo então um gráfico. Esta análise vai<br />

permitir que você estabeleça prioridades<br />

para os seus esforços.<br />

12<br />

RHnews • <strong>julho</strong> <strong>2008</strong> •


Artigo especial da Qualitymark<br />

www.qualitymark.com.br<br />

2. Avalie os procedimentos<br />

existentes. Avalie os procedimentos<br />

preventivos, para determinar sua<br />

adequação aos riscos que você enfrenta.<br />

Veja se são válidos e confiáveis. São<br />

capazes de atender às situações para as<br />

quais foram projetados? Pode-se contar<br />

com eles no caso de desafios repetidos?<br />

Talvez alguns procedimentos devam ser<br />

melhorados. Organize três colunas: 1) A<br />

lista dos riscos; 2) A lista das estratégias,<br />

procedimentos ou outros mecanismos de<br />

controle que você possui; e 3) A lista de<br />

medidas preventivas, indicando como<br />

aperfeiçoá-las ou alavancá-las, para que<br />

tenham o máximo efeito.<br />

3. Identifique os novos procedimentos<br />

de que necessita. Crie novos procedimentos<br />

para os riscos que ainda não<br />

contam com uma estratégia de resposta.<br />

Procure conhecer empresas que enfrentem<br />

ameaças ou vulnerabilidades semelhantes.<br />

Se entre os riscos possíveis estiverem<br />

terremotos ou furacões, descubra<br />

quais as medidas preventivas tomadas por<br />

organizações situadas nas proximidades e<br />

serviços locais de emergência. Se for enviar<br />

funcionários para lugares inseguros,<br />

veja quais são os procedimentos adotados<br />

por outras empresas cujo pessoal viaje<br />

para a mesma localidade. E solicite ao seu<br />

pessoal que contribua com sugestões.<br />

Tenha em mente dois tipos de<br />

prevenção: primária e secundária. A<br />

prevenção primária (segurança física,<br />

procedimentos para o caso de viagens<br />

e programas de segurança) evita que<br />

incidentes aconteçam. A prevenção<br />

secundária impede que um incidente<br />

tenha conseqüências ainda mais sérias,<br />

ao resolver questões como assistência<br />

a empregados traumatizados e suas<br />

famílias, relações com a mídia e retomada<br />

das operações normais. Para cada<br />

vulnerabilidade, a pergunta a ser feita é:<br />

“Como impedir que isto se transforme em<br />

uma catástrofe completa?”<br />

4. Organize o plano. Organize o seu<br />

plano de modo a incluir as operações<br />

e a cultura. Isso significa classificar as<br />

tarefas do plano conforme a prioridade,<br />

comunicar as intenções ao pessoal, obter<br />

apoio, agir e documentar o processo de<br />

prontidão de maneira legalmente defensável.<br />

Organizações que se consideravam<br />

imunes a certos riscos têm de aprender<br />

a conviver com perigos recentemente<br />

reconhecidos. Talvez haja resistência interna<br />

aos novos procedimentos, mas os<br />

funcionários precisam ser informados e<br />

organizados. No caso de o desastre acontecer,<br />

são eles que vão ter de executar a<br />

resposta.<br />

5. Utilize o plano. Isso significa comunicar<br />

o plano, treinar aqueles que ficarão<br />

responsáveis por cumpri-lo e testá-lo em<br />

exercícios e simulações. Depois disso,<br />

você deve ouvir os relatos dos participantes<br />

– o debriefing – e fazer as correções<br />

necessárias com base nas informações<br />

que recebeu. Forme uma Comissão<br />

de Gerenciamento da Crise e indique<br />

Líderes para a Resposta à Crise que ocupem<br />

posições-chave. Os elementos do<br />

plano devem ser organizados conforme<br />

a prioridade, e deve ser estabelecido um<br />

calendário para sua implementação. Os<br />

novos procedimentos devem ser reunidos<br />

em um manual. Ouvir os participantes<br />

dos exercícios e simulações pode fazer a<br />

diferença entre o fracasso e uma resposta<br />

eficaz, quando a crise vier.<br />

6. Examine-se regularmente. Assim<br />

como existem sistemas de gerenciamento<br />

para monitorar todas as outras funções<br />

vitais, um sistema semelhante deve ser<br />

estabelecido, com vistas à prontidão para<br />

a crise. Os gerentes de primeira linha<br />

devem dar apoio. O sistema deve ser incluído<br />

no orçamento e testado regularmente.<br />

Revisão e avaliação periódicas são<br />

essenciais para manter o plano ajustado.<br />

Pelo menos uma vez por ano, analise o<br />

que mudou a avalie o funcionamento da<br />

Comissão de Gerenciamento da Crise.<br />

Com a revisão dos planos, faça um teste<br />

por meio de uma nova rodada de simulações,<br />

exercícios e debriefings.<br />

Pode ser que o simples fato de ter<br />

um plano lhe dê uma falsa sensação de<br />

segurança. Mas não se deixe enganar;<br />

somente a avaliação e o aperfeiçoamento<br />

contínuos mantêm o plano confiável. A<br />

saúde da empresa, a vida e o sustento de<br />

muita gente podem estar em perigo. E o<br />

emprego – ou a vida – que você salvar<br />

pode ser o seu.<br />

* Bruce T. Blythe é CEO da Crisis Management<br />

International (www.cmiatl.com) e autor de Blindsided: a<br />

Manager’s Guide to Catastrophic Incidents.<br />

RHnews •<strong>julho</strong> <strong>2008</strong> • 13


Presidente-Executiva: Leyla Nascimento<br />

Vice-Presidente: Fábio Santos Ribeiro<br />

Diretor Financeiro: José Pinto Monteiro<br />

Presidente do Conselho Deliberativo: Nelson Savioli<br />

Vice-Presidente do Conselho Deliberativo:<br />

Robson Santarém<br />

Diretoria de Gestão<br />

Academia <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong>: Rosana De Rosa<br />

Comercial: Carlos Porto<br />

Desenvolvimento: Ivânia Morgado<br />

Eventos: Sirley Carvalho<br />

Grupo de Conhecimento em Gestão de Pessoas:<br />

Maria Alice Ferruccio<br />

Marketing: Patrícia Bomfim<br />

Núcleos Regionais: Claudia Tinoco<br />

Pesquisa: Geraldo Gonçalves<br />

Planejamento: José Carlos de Freitas<br />

Tecnologia: Andréa Lebre<br />

Diretoria Institucional<br />

Relações com Associados: Rodrigo Campos<br />

Relações Educacionais: Márcia Constantine<br />

Relações com Empresas Juniores: Sergio Benkhen<br />

Relações com Entidades Representativas: Marcelo Leite<br />

Relações com Grupos de RH: Patrícia Scott<br />

Relações com Micro e Pequenas Empresas:<br />

Cezar Kirszenblatt<br />

Diretorias Temáticas<br />

Carreira: Ângela Lins<br />

Consultoria Interna: Carla Uchoa<br />

Cultural: Myrna Silveira Brandão<br />

Desenvolvimento de Liderança: Carlos Vitor Strougo<br />

Desenvolvimento Organizacional: Paulo Sardinha<br />

Jurídico e Relações do Trabalho: Magda Hruza<br />

Performance: João Arquimedes Cesário da Silva<br />

Recrutamento e Seleção: Jaqueline Arruda<br />

Remuneração e Benefícios: Carmem Pereira<br />

Responsabilidade Social: Sônia Couto<br />

Treinamento: Sandra Leal<br />

Universidades Corporativas: Ana Rosa Chopard<br />

Bonilauri<br />

Varejo: Márcio José Ressol<br />

Conselho Fiscal<br />

Conselheiro: Abílio Thomaz de Freitas<br />

Conselheiro: Thadeu do Couto<br />

Conselheiro: Walmir Silva<br />

Conselheiro Suplente: Antonio Luiz Mendes de Almeida<br />

Junior<br />

Conselheiro Suplente: Fernando Cataldi<br />

Conselheiro Suplente: Marcos Jardim Freire<br />

Demais Conselheiros<br />

Antonio Carlos dos Santos Conrado, Antonio Carlos<br />

Guimarães, Carlos Miguel Aranguren, Celso Niskier, Érico<br />

Eduardo Magalhães, Fany Malin Tchaikovsky, Fernando<br />

Guimarães, Guilherme Cruz, Heitor Cordeiro Chagas de<br />

Oliveira, Heloisa Coelho, João Ricardo Siqueira, Joaquim<br />

Correia de Souza, Joaquim Lauria, Saidul Mahomed,<br />

Sandra Marques e Walter Brito.<br />

RHnews<br />

Publicação mensal de distribuição dirigida aos associados e<br />

parceiros da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong><br />

Conselho Editorial: José Carlos de Freitas, Leyla<br />

Nascimento, Myrna Silveira Brandão e Robson Santarém<br />

Produção: Euro Comunicação<br />

Edição e Redação: Gustavo Fernandes<br />

Colaboração: Alexandre Peconick<br />

Comercial e Publicidade: Fabíola Palo – <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong> –<br />

fabiolapalo@abrhrj.org.br<br />

Diagramação: Nobrasso Brasil Comunicação<br />

Os artigos assinados e depoimentos são de responsabilidade<br />

de seus autores e necessariamente não representam a<br />

opinião da <strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong>. Os conteúdos podem ser reproduzidos<br />

desde que pedida prévia autorização e citada a fonte da<br />

seguinte forma: RHnews <br />

Tiragem: 1.500 exemplares<br />

FALE CONOSCO<br />

<strong>ABRH</strong>-<strong>RJ</strong><br />

Presidente-Executiva: Leyla Nascimento<br />

Gerente Geral: Flávia Serretti<br />

Gerente de Marketing: Fabíola Palo<br />

Endereço: Av. Pres. Vargas, 463 – conj. 1102 – Centro<br />

20071-003 – Rio de Janeiro – <strong>RJ</strong> – Tel. (21) 2533-2806<br />

abrhrj@abrhrj.org.br/ www.abrhrj.org.br<br />

14<br />

RHnews • <strong>julho</strong> <strong>2008</strong> •


RHnews •<strong>julho</strong> <strong>2008</strong> • 15


16<br />

RHnews • <strong>julho</strong> <strong>2008</strong> •

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!