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BATALHA ESPIRITUAL<br />
informações sobre outros demônios. Ela afirma que não é correto basear sua<br />
teologia no que demônios dizem, mas acrescenta "...tenho a impressão que<br />
aquele demônio dizia a verdade..." (p.216). Esse é apenas um exemplo. Nos<br />
ensinos e práticas do movimento há muitas outras informações sobre os<br />
demônios adquiridas pelo mesmo método.<br />
Pesquisas psicológicas. Uma outra fonte extra-bíblica utilizada para se<br />
obter conhecimento sobre o mundo espiritual são as pesquisas científicas. Mais<br />
conhecimento sobre os sintomas da possessão demoníaca em contraste a<br />
distúrbios mentais tem sido buscado através desse método. Estudiosos na área<br />
de psicologia pastoral têm publicado relatórios onde procuram distinguir a<br />
possessão demoníaca de doenças mentais pela observação e análise em seus<br />
consultórios médicos.(27) A Bíblia narra diversos casos de possessão<br />
demoníaca mas nos oferece pouca informação acerca dos seus sintomas. No<br />
geral, os autores bíblicos não estão interessados na psicologia desses casos, e<br />
os narram apenas do ponto de vista teológico, para mostrar o poder libertador<br />
de Deus através de Cristo, e sua soberania sobre o reino das trevas.<br />
Devemos obter toda a ajuda que pudermos para diagnosticar as<br />
verdadeiras causas do sofrimento das pessoas. Nesse sentido, pesquisas assim<br />
são bem-vindas. Mas, não é fácil distinguir entre possessão demoníaca e<br />
distúrbios mentais. O Senhor Jesus e os apóstolos não tinham qualquer<br />
dificuldade em saber quem era o que, mas gozavam de uma posição especial<br />
que não nos parece ser a mesma dos cristãos em geral. Muito embora os<br />
cristãos tenham discernimento espiritual, é patente que muitos erros e abusos<br />
têm ocorrido nessa área, por parte de pastores, conselheiros e obreiros em<br />
geral, especialmente nos chamados "ministérios de libertação". Num recente<br />
artigo acerca do tratamento dos distúrbios da "múltipla personalidade" (um<br />
estado psiquiátrico doentio em que as pessoas apresentam várias diferentes<br />
personalidades), Christopher Rosik adverte que os pastores devem ter cuidado<br />
para não diagnosticar DMP (distúrbios de múltipla personalidade) como sendo<br />
possessão demoníaca. Usar exorcismo num paciente de DMP é uma atitude<br />
inaceitável, e muitos terapeutas a consideram como sendo extremamente<br />
prejudicial ao paciente.(28)<br />
A necessidade de cautela fica ainda mais patente quando descobrimos,<br />
para nosso desânimo, que os pesquisadores nessa área não conseguem chegar<br />
a um acordo quanto aos sintomas que claramente distinguem possessão<br />
demoníaca de desordens mentais. Alguns estudiosos, como Isaacs, afirmam<br />
que a perda do auto controle, ouvir vozes ou ter visões, a presença de outras<br />
personalidades dentro da pessoa, rejeição de itens religiosos, flutuações entre<br />
personalidades, comportamento suicida e destrutivo, ocorrências paranormais<br />
ou parapsicológicas, são sintomas claros de possessão demoníaca.(29)<br />
Geralmente apontam para abuso sexual na infância como sendo uma das<br />
portas de entrada dos demônios. Rosik, por outro lado, identifica um passado<br />
de abuso sexual, ouvir vozes dentro da cabeça, comportamento anormal do<br />
qual o paciente não se lembra, tratamentos anteriores que não funcionaram,<br />
comportamento auto destrutivo, depressão e dor de cabeça severa, como<br />
sintomas de DMP. Afirma ainda que o doente típico de DMP pode ter até<br />
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