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O presidente do Banco
Central Europeu (BCE),
Jean-Claude Trichet, disse
ontem que os Governos
devem considerar a criação
de um Ministério das
Finanças com competências
na zona euro e defendeu
uma “ação mais
decidida” contra países
incumpridores.
“Seria muito ousado,
no campo económico,
com um mercado único,
uma moeda única e
um banco central único,
conceber um Ministério
das Finanças da
União?”, perguntou Trichet,
citado pela agência
de informação financeira
Bloomberg, na cerimónia
em que recebeu ontem, em
Aaachen (Aix-la-Chapelle),
o Prémio Carlos Magno.
Segundo o responsável,
este gabinete não teria
“necessariamente” de
administrar “um grande
orçamento federal”, tendo
funções em três domínios.
“Em primeiro lugar,
a vigilância das políticas
orçamentais e da concorrência”,
defendeu Trichet,
acrescentando que esse
ministério deveria ainda
ter “responsabilidades diretas”
sobre os países em
dificuldades.
Trichet considerou que
essa instituição teria também
as competências “típicas
do poder executivo
no que diz respeito ao setor
financeiro da União,
de modo a acompanhar a
MADEIRA, Sexta-Feira • 3 de Junho de 2011 • Ano 4 • nº 979
Director: Edgar R. Aguiar
Trichet sugere criação
de um Ministério das Finanças europeu
integração completa dos
serviços financeiros”. Em
terceiro, seria o “representante
da União nas instituições
financeiras internacionais”.
Trichet mostrou-se também
favorável a que a
União Europeia tenha
poderes para vetar medidas
orçamentais dos países
com graves constrangimentos
financeiros,
defendendo uma ação
“mais decidida” contra
países da zona euro que
se endividaram e não
fazem o suficiente para
equilibrar as contas públicas.
“As autoridades da
zona euro devem ter uma
influência mais profunda e
vinculativa sobre a política
económica de um país, caso
este entre em derrapagem”,
afirmou o presidente
do BCE na cerimónia
onde participaram todos
os membros do conselho
executivo do BCE, incluin-
BREVE
268 mortos
nas estradas
até Maio
Os acidentes nas estradas portuguesas
provocaram 268 mortos desde o
início do ano, mais seis que em igual
período de 2010, revelam dados
ontem divulgados pela Autoridade
Nacional de Segurança Rodoviária
(ANSR).
Segundo a ANSR, que reúne dados
da PSP e da GNR, 268 pessoas morreram
em acidentes rodoviários entre
01 de janeiro e 31 de maio, enquanto
no mesmo período do ano passado se
registaram 262 vítimas.
Foi no distrito de Lisboa que os acidentes
provocaram mais mortos, 39,
seguindo-se o Porto, 34, e Leiria, 27.
Já os distritos com menos vítimas
mortais nas estradas nos primeiros
cinco meses do ano foram Guarda,
que registou uma vítima, Bragança,
duas, e Portalegre, com quatro vítimas
mortais.
Por sua vez, os feridos graves diminuíram
5,8 por cento nos primeiros
cinco meses deste ano. De acordo
com a ANSR, 888 pessoas ficaram
gravemente feridas entre 01 janeiro
e 31 de maio, enquanto no mesmo
período do ano passado sofreram
ferimentos graves 943 pessoas.
do o vice-presidente português,
Vítor Constâncio.