FILIPE SOUSA EXPULSO DO PS - Cidade NET
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quarta-Feira, 21 de setembro de 2011<br />
Contas<br />
A Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM) classificou ontem de “infundada” e “irresponsável” a notícia de que teria<br />
recebido um novo empréstimo do Governo Regional de 220 milhões de euros para fazer face a despesas correntes.<br />
Regional<br />
7<br />
José Manuel Rodrigues<br />
teme o aparecimento<br />
de “mais buracos”<br />
O candidato<br />
do CDS/PP à<br />
presidência do<br />
Governo Regional,<br />
José Manuel<br />
Rodrigues, teme<br />
que até às eleições<br />
de 9 de Outubro,<br />
apareçam mais<br />
buracos financeiros<br />
na Região.<br />
Em declarações ao Diário<br />
<strong>Cidade</strong> o candidato,<br />
e deputado eleito pelo<br />
círculo da Madeira na<br />
Assembleia da República,<br />
afirmou estar com<br />
receio do que ainda está<br />
para vir, “temo que continuem<br />
a existir esqueletos<br />
no armário, designadamente,<br />
aquele que<br />
tem a ver com as empresas<br />
de construção civil<br />
que fizeram obras, mas<br />
que não facturaram porque<br />
sabiam que não iam<br />
receber a curto prazo. E<br />
portanto temo que haja<br />
uma dívida administrativa<br />
não contabilizada às<br />
empresas de construção<br />
civil”, alertou.<br />
O líder do CDS/Madeira<br />
considera que o último<br />
buraco financeiro, de 220<br />
milhões, anunciado na<br />
passada terça-feira, pelo<br />
jornal Público, é mais<br />
“uma trapaça” do executivo<br />
madeirense que quis<br />
enganar a Assembleia<br />
Regional e os seus deputados<br />
com um Orçamento<br />
Rectificativo que serviu<br />
para pagar despesas<br />
de funcionamento.<br />
“O GR apresentou ao<br />
Parlamento da Madeira<br />
um Orçamento Rectificativo<br />
pedindo o aumento<br />
da concessão de um aval<br />
para a Empresa de Electricidade<br />
da Madeira no<br />
valor de 220 milhões de<br />
euros para pagar investimentos<br />
e depois desviou<br />
esse dinheiro para<br />
pagar despesas de funcionamento<br />
e salários do<br />
governo”, criticou, acrescentando<br />
que “o governo<br />
enganou os representantes<br />
do povo, os deputados,<br />
enganou a Assembleia<br />
Legislativa e tentou<br />
enganar o Tribunal de<br />
Contas mas, infelizmente,<br />
foi descoberto mais<br />
este buraco financeiro”.<br />
José Manuel Rodrigues<br />
acusa o GR de faltar<br />
a verdade e de dar uma<br />
imagem da Madeira péssima<br />
a nível nacional e<br />
internacional com consequências<br />
que vão ser gravíssimas<br />
para o turismo<br />
regional, mas pior do que<br />
isso vai ter “consequências<br />
muito graves no plano<br />
das finanças públicas<br />
regionais”.<br />
O candidato centrista<br />
espera que o presidente<br />
da República, o primeiroministro<br />
e outras instituições<br />
do Estado quando<br />
negociarem o plano<br />
de resgate da Região não<br />
confundam aquilo que<br />
é a falta de seriedade do<br />
GR com o povo da Madeira<br />
que é um povo sério,<br />
honrado e cumpre os<br />
seus compromissos.<br />
No que concerne ao<br />
plano de resgate Rodrigues<br />
defende que a austeridade<br />
tem de recair<br />
sobre governo, câmaras<br />
municipais e sector público<br />
empresarial, “que<br />
são os despesistas, os esbanjadores<br />
e aqueles que<br />
têm um endividamento<br />
excessivo e não sobre as<br />
famílias e as empresas<br />
que já estão sobrecarregadas”.<br />
Instigado a comentar<br />
as reacções que tem recebido<br />
do Parlamento Nacional<br />
sobre a dívida da<br />
Madeira, José Manuel<br />
Rodrigues, refere que todos<br />
estão estupefactos<br />
com os sucessivos buracos<br />
que vão sendo conhecidos,<br />
contudo, o deputado<br />
do PP, revela que para<br />
si e para o CDS/M não<br />
houve grandes surpresas<br />
pois já esperavam que isso<br />
viesse a acontecer.<br />
O líder do PP/M considera<br />
urgente que se conclua<br />
a auditoria que está<br />
a ser feita às finanças públicas<br />
da Madeira para<br />
que se formalize o mais<br />
depressa possível um<br />
programa de assistência<br />
financeira à Região.<br />
“Depois da auditoria<br />
é necessário partir para<br />
um programa de assistência<br />
financeira da Madeira,<br />
um plano de resgate<br />
que tem de ser de longo<br />
prazo, tem de ter um<br />
programa de pagamento<br />
das dívidas do governo e<br />
das câmaras às empresas<br />
e aos fornecedores. Tem<br />
de ter um programa de<br />
recuperação dos sectores<br />
produtivos e sobretudo<br />
ter um programa<br />
de redução da despesa<br />
pública corrente do GR”,<br />
vincou. F.S<br />
PND dramatiza buraco<br />
financeiro da Madeira<br />
A candidatura do PND<br />
esteve ontem, no Jardim<br />
do Campo da Barca, para<br />
criticar mais um buraco<br />
financeiro nas contas<br />
públicas da Madeira.<br />
Desta vez a iniciativa foi<br />
realizada pelo popular<br />
“Manuel Bexiga”, personagem<br />
interpretada por<br />
Márcio Amaro, e teve<br />
por objectivo caricaturar<br />
“os buracos financeiros<br />
da Região”, que aumentam<br />
de dia para dia.<br />
“Manuel Bexiga” fezse<br />
acompanhar de um<br />
BE acusa GR de colocar<br />
“Região no prego”<br />
armário e declarou concordar<br />
com o Alberto<br />
João. “Se Portugal deu<br />
dinheiro às ex-colónias,<br />
agora eles devem mandar<br />
o dinheirinho para<br />
aqui. Mas para Lisboa<br />
nada, para aqui, para a<br />
Mamadeira, para o dr.<br />
Alberto João enterrar lá<br />
em cima, na Quinta Vigia,<br />
num buraco que eles<br />
têm lá. Dizem que eles<br />
têm lá uma burraqueira,<br />
e que no fundo do buraco,<br />
há uma poça, com cada<br />
tubarão mesmo grande<br />
para morder o nosso<br />
dinheirinho, é verdade”,<br />
ironizou Dando continuidade<br />
a interpretação<br />
do sua personagem o actor<br />
fez sair um esqueleto,<br />
do armário, que simbolizava<br />
o buraco de 220<br />
milhões da Empresa de<br />
Electricidade da Madeira.<br />
“Este esqueleto é mais<br />
pequeno que os outros<br />
“é só de 220 milhões”,<br />
observou mostrando-se<br />
preocupado com o aparecimento<br />
de mais dois<br />
ou três buracos. F.S<br />
O Bloco de Esquerda<br />
realizou ontem mais<br />
uma acção de pré-campanha,<br />
no Largo do Chafariz,<br />
onde defendeu que<br />
a “dívida da Região não<br />
é culpa do povo madeirense”.<br />
O candidato bloquista,<br />
Roberto Almada,<br />
voltou a dizer que o plano<br />
de resgate financeiro<br />
da Região não pode penalizar<br />
mais as famílias<br />
e as empresas.<br />
Os bloquistas não<br />
admitem que a população<br />
madeirense seja<br />
mais “crucificada” por<br />
uma situação que consideram<br />
ser da exclusiva<br />
“responsabilidade<br />
do Governo Regional<br />
que colocou a Região no<br />
prego”. F.S<br />
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