4 Semana do dia 10/08/2013 a 17/08/2013 Locais <strong>Pais</strong> <strong>de</strong> <strong>hoje</strong> são <strong>mais</strong> <strong>participativos</strong> Ao longo do tempo algumas mudanças ocorreram no papel do pai que aos poucos tem <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> ser apenas a figura que provê, mas que participa ativamente da criação dos filhos – o que antes era uma tarefa <strong>de</strong>legada apenas às mães. Aquela imagem comum <strong>de</strong> homem sisudo e <strong>de</strong> poucas palavras aos poucos tem se transformado em alguém que fala sobre diferentes assuntos, apren<strong>de</strong> com os filhos e ainda divi<strong>de</strong> as tarefas do lar com a esposa. O psicólogo clínico Daniel Almeida Santiago lembra que nos tempos <strong>mais</strong> remotos o papel do homem (pai) era o <strong>de</strong> caçar para a sobrevivência da família e isso se perpetuou ao longo do tempo. O pai era o responsável pelo sustento da casa enquanto a mãe se <strong>de</strong>dicava à educação dos filhos. Hoje em dia a realida<strong>de</strong> é outra. Pai e mãe trabalham fora e a responsabilida<strong>de</strong> da educação dos filhos e do sustento da casa passou a ser dos dois. “Aquele mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> família patriarcal per<strong>de</strong>u força fazendo com que o pai <strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong> ser aquele que ‘mandava’. Ele passou a ser aquele que participa Os irmãos Dráusio, Antônio e Sérgio com o pai Rogerio Cavalcanti <strong>de</strong> Brito (já falecido) Lucas Eugênio Dias com a esposa, filhos e netos. <strong>mais</strong> ativamente da vida dos filhos”, completa. De acordo com ele essa aproximação <strong>de</strong> pais e filhos abriu um canal muito maior <strong>de</strong> comunicação. Os filhos tem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem amigos <strong>de</strong> seus pais, trocar confidências, segredos e i<strong>de</strong>ias. Não há <strong>mais</strong> aquela distância, a imagem <strong>de</strong> figura castradora que o pai <strong>de</strong> antigamente representava para os filhos. “Atualmente o que existe é a criação da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas experiências, não só como pais e filhos, <strong>mais</strong> sim como pessoas autônomas que se respeitam e se reinventam humanamente melhores”. ERROS, ACERTOS E DESAFIOS. Erros e acertos fazem parte <strong>de</strong>ssa aventura que os pais vivem na tentativa <strong>de</strong> criar seus filhos da melhor maneira possível. Mas <strong>de</strong> acordo com o psicólogo não há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acertos sem viver os erros que <strong>de</strong>vem ser usados para apren<strong>de</strong>r e continuar na missão <strong>de</strong> fazer o melhor. “Isso é importante até para que nossos filhos não cresçam com a ilusão <strong>de</strong> que somos perfeitos, pois um dia <strong>de</strong>scobrirão que somos seres humanos, portanto suscetíveis a erros”. Para Daniel, o erro <strong>mais</strong> cometido pelos pais <strong>hoje</strong> em dia é a superproteção. “Devido ao amor extremo que sentimos por um filho temos a tendência <strong>de</strong> querermos protegê-los <strong>de</strong> todos os perigos. E na ânsia <strong>de</strong> ensinarmos tudo acabamos engessando nossos filhos e passando a visão errada <strong>de</strong> satisfação plena nesse mundo. Com isso eles passam a não saber lidar com as frustrações, dando origem a todos os problemas que conhecemos atualmente como falta <strong>de</strong> limites, birras, <strong>de</strong>ntre outros”. Na opinião do psicólogo o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para os pais <strong>hoje</strong> é conseguir ter ações que possam inspirar seus filhos a lidar com as dificulda<strong>de</strong>s e a resolvê-las <strong>de</strong> maneira satisfatória e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, tornando-se pessoas seguras e <strong>mais</strong> autônomas, não <strong>mais</strong> buscando mamãe e papai a todo o momento. Para ele os pais precisam reassumir uma postura humil<strong>de</strong>, retomando as regras da natureza. Ou seja, os filhos <strong>de</strong>vem ser criados para o mundo. “É preciso estimular os filhos a lidarem com as inevitáveis limitações da realida<strong>de</strong>, dizer não sempre que necessário, não incentivar a fantasia <strong>de</strong> harmonia e satisfação plena nesse mundo, ensiná-los a admitir e assumir as ré<strong>de</strong>as <strong>de</strong> suas próprias existências sem atropelos ou <strong>de</strong>srespeito pelos companheiros <strong>de</strong> vida”, assinala. A IMPORTÂNCIA DO PAI Daniel <strong>de</strong>staca que o papel do pai na vida do filho é fundamental. QUAL A MAIOR LIÇÃO QUE APRENDEU COM SEU PAI? “Aprendi com meu querido pai a ser humil<strong>de</strong> e honesto acima <strong>de</strong> tudo. Parabéns pais pelo seu dia!”. Antônio Carlos An<strong>de</strong>ri <strong>de</strong> Brito – sócio da Cacife Tintas “Uma das lições que aprendi com meu pai foi a religiosida<strong>de</strong>, caráter, carida<strong>de</strong>, humilda<strong>de</strong>, entre outras, que o mesmo apren<strong>de</strong>u com meu avô”. Marco Dias – sócio do Hotel Dias e diretor <strong>de</strong> SPC e TI da Acipa “Meu pai me passou sempre muitas virtu<strong>de</strong>s, como o amor incondicional a Deus e a humilda<strong>de</strong> para com o próximo. Sempre presente, passa sua gran<strong>de</strong>za por meio <strong>de</strong> seu olhar e seu jeito simples <strong>de</strong> falar. Nasceu e cresceu no campo, apren<strong>de</strong>u a trabalhar na capital e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> jovem <strong>de</strong>dica sua vida ao seu maior bem: sua família. Agra<strong>de</strong>ço cada dia por ele fazer parte da minha vida, sou eternamente grato por tudo que tenho. Mais que um pai, um exemplo <strong>de</strong> vida”. Márcio Dias – cirurgião-<strong>de</strong>ntista Fabiana e Cristiana com o pai Ernani <strong>de</strong> Menezes Vilhena. “As maiores lições que apren<strong>de</strong>mos com nosso pai se refletem diariamente em nossa vida pessoal e profissional. Apren<strong>de</strong>mos com ele a observar a vida, refletir sobre cada fato, assunto ou situação. Des<strong>de</strong> pequenas, nosso pai nos incentivou a raciocinar, analisar e construir nossa visão e conclusão sobre os acontecimentos e contextos diversos. Ele sempre foi um “pai construtivista” e isso, <strong>hoje</strong>, faz gran<strong>de</strong> diferença em nosso viver. Mas, sobretudo, a maior lição que nos ensinou foi sem dizer uma palavra e é o que nos <strong>de</strong>sperta admiração, gratidão e profundo amor: seu exemplo como ser humano”. Cristiana e Fabiana L. Vilhena – diretoras do Sítio Escola Evolução Benedito Magno <strong>de</strong> Moura com a esposa, o filho Alexandre, nora e neta. “Meu Pai me ensinou a ser homem, sempre cumprir com minha palavra, a valorizar as pessoas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da situação social. Ensinoume a viver a vida sempre com esperança <strong>de</strong> que amanhã sempre será melhor”. Alexandre Magno <strong>de</strong> Moura – presi<strong>de</strong>nte da Acipa e do Sindvale. Além <strong>de</strong> espelho, o pai é a figura cujo conhecimento das regras sociais é inconfundível. Ele ensina o que po<strong>de</strong> e o que não po<strong>de</strong> ser feito e ao mesmo tempo tem o sentimento <strong>de</strong> proteção. “Geralmente a figura paterna é aquela que nos dá alento e ao mesmo tempo coloca os limites necessários para que possamos crescer na socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma construtiva, respeitando o próximo. Às vezes até nos frustra, mas é para o nosso próprio bem”. Na opinião <strong>de</strong>le, a criança que conta com a família completa - pai e mãe - tem uma segurança muito maior, pois cada um tem seu papel na formação do filho. “Família é imprescindível para o estabelecimento da socieda<strong>de</strong>, sendo inclusive uma dinâmica <strong>de</strong> convivência grupal fundamental para a nossa sobrevivência. Portanto, a presença do pai é indispensável. Sou a<strong>de</strong>pto, inclusive, daqueles que dizem que os ‘melhores’ cidadãos ou pessoas <strong>de</strong> sucesso e ascensão social são aquelas cuja estrutura familiar lhes foi favorável”. “Aprendi entre outras coisas a sorrir sempre, a não carregar magoa ou rancor das pessoas. Aprendi que emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças. Aprendi que o sorriso, a fala, a palavra é uma Lilian e o pai Luiz Gonzaga excelente terapia para se Tiburzio viver melhor!!!”. Lilian M. Tiburzio – sóciadiretora do Spectrum Line. Renato e seu pai Simão Pedro Toledo (já falecido). “Ao longo <strong>de</strong> sua existência meu pai sempre primou pela retidão e <strong>de</strong>dicação em suas ativida<strong>de</strong>s, valorização da família, fé em Deus e solidarieda<strong>de</strong> para com o próximo, valores fundamentais a serem <strong>de</strong>senvolvidos e que, certamente, são para mim razão <strong>de</strong> orgulho e lição que procuro trazer para minha vida”. Dr. Renato Riera Toledo – cirurgião vascular
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