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nos hospitais de todo o Brasil. Cerca de<br />
um milhão de acidentes com queimaduras<br />
acontece anualmente no País, destes,<br />
em torno de 200 mil são notificados pelos<br />
hospitais e 10 mil se tornam vítimas. Das<br />
pessoas atendidas anualmente, 40% estão<br />
na faixa entre 3 a 12 anos de idade.<br />
O quadro torna-se ainda mais preocupante<br />
quando consideramos o desconhecimento<br />
da população em relação aos problemas<br />
envolvendo a queimadura e suas<br />
conseqüências.<br />
O Ministério da Saúde traz algumas<br />
recomendações que devem ser seguidas<br />
pelos amantes da fogueira e do quentão:<br />
Apenas pessoas adultas podem ter<br />
contato com fogos leves; Mesmo os mais<br />
velhos precisam observar recomendações,<br />
como só soltar foguetes utilizando varas<br />
longas, não usar fogos em ambientes fechados<br />
e não apontá-los para pessoas ou<br />
janelas.<br />
Muito cuidado também com as fogueiras<br />
e jamais realimente o fogo com álcool,<br />
pois a garrafa pode explodir. Em caso de<br />
acidentes, a orientação dos especialistas é<br />
colocar a área atingida em água corrente<br />
até o alívio da dor, não usar nenhuma pomada<br />
ou substância sobre a lesão sem ouvir<br />
um médico e procurar imediatamente<br />
atendimento especializado (o atendimento<br />
de emergência funciona em todo o Brasil<br />
pelo telefone 192).<br />
De acordo com a nova Lei de Crimes<br />
Ambientais, Lei Nº 9.065, de fevereiro de<br />
1998, não somente soltar balões agora é<br />
“crime”, como também fabricar, vender ou<br />
transportar. A pena prevista é de detenção<br />
de um a três anos ou multa, ou ambas as<br />
penas cumulativamente.<br />
O balão pode produzir grandes prejuízos<br />
patrimoniais, ameaça ao nosso meio<br />
ambiente e até mesmo colocando a integridade<br />
física e a vida das pessoas em risco<br />
(nosso bem maior).<br />
A brincadeira de alguns pode ser a tristeza<br />
de muitos. Entre os inúmeros contratempos<br />
que representam, os balões podem<br />
ainda oferecer sérios riscos à aviação,<br />
principalmente, às pequenas aeronaves.<br />
Os balões maiores podem atingir com facilidade<br />
cerca de cinco a sete mil metros,<br />
invadindo o espaço aéreo. Até mesmo os<br />
balões pequenos podem vir a atingir as<br />
turbinas dos aviões quando estes estiverem<br />
próximos ao pouso ou decolagem.<br />
As queimaduras também são consequências<br />
da queda de balões, podendo ser de<br />
primeiro, segundo ou terceiro grau. As de<br />
primeiro grau apresentam dor e vermelhidão;<br />
as de segundo, vermelhidão e bolhas;<br />
e as de terceiro, bolhas, vermelhidão e<br />
queimadura dos tecidos da pele, musculatura<br />
e perfuração dos ossos.<br />
Se um acidente ocorrer com um convidado,<br />
ou se houver algum problema com a<br />
organização em geral que impeça a realização<br />
do evento, e, se além disso ainda for<br />
preciso arcar com despesas decorrentes<br />
desse tipo de imprevisto, com certeza tudo<br />
pode ficar ainda pior. Por isso, os seguros<br />
específicos para eventos e de responsabilidade<br />
civil podem ser um produto interessante<br />
para quem gosta de se precaver e<br />
sobretudo para quem pretende fazer um<br />
grande investimento na festa.<br />
<strong>REVISTA</strong> <strong>JRS</strong> - <strong>EDIÇÃO</strong> <strong>178</strong> - 40