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Boletim - Câmara Municipal de Almodôvar

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42 boletim almodôvar janeiro a junho.201343` Entrevista` Entrevistalações para trabalhadores que trabalham no exterior, sejamtrabalhadores na área da construção civil, jardinagem, limpezaurbana, transportes, das várias oficinas – carpintaria, eletricida<strong>de</strong>,canalização. Essas infraestruturas vão ser construídasno nosso parque industrial, é também um investimento bastantesignificativo que inclui também o armazém da Câmara,o parque <strong>de</strong> viaturas e uma pequena área social para essestrabalhadores. Temos também outras, <strong>de</strong> menor intervenção.Queria salientar também a escola do Rosário. É a única escola,daquelas que pensamos a manter em funcionamento no Concelho<strong>de</strong> Almodôvar on<strong>de</strong> ainda não intervimos – já melhoramostodas as outras do 1.º Ciclo do Ensino Básico – Almodôvar,Al<strong>de</strong>ia dos Fernan<strong>de</strong>s, Santa Clara e Telhada, agora falta-nosintervir na escola do Rosário. Depois há outras obras queestão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> financiamentos comunitários. Temosprojetos prontos – temos um projeto concluído que tem a vercom a recuperação da zona histórica da Vila <strong>de</strong> Almodôvar ecompreen<strong>de</strong> as ruas da Praça, <strong>de</strong> Beja, da Malpica, do Afonso,do Arco, do Relógio e a Travessa da Escondidinha. Queremosintervir na requalificação <strong>de</strong>ssa zona toda, numa intervençãomuito semelhante à que fizemos na Rua do Convento e que<strong>de</strong>pois vai ligar ao arranjo que estamos a concluir no Bairro25 <strong>de</strong> Abril e também nos arranjos exteriores do Convento<strong>de</strong> Nossa Senhora da Conceição. Seria uma mancha enormerecuperada, requalificada, com infraestruturas enterradascompletamente novas, é um sonho que nós queremos realizar.É evi<strong>de</strong>nte que estes são investimentos com peso, e só ospo<strong>de</strong>remos fazer se efetivamente tivermos comparticipaçãofinanceira <strong>de</strong> fundos comunitários. Se isso não acontecer, émais complicado. Por último, existem alguns outros projetos,como por exemplo o Poli<strong>de</strong>sportivo Descoberto <strong>de</strong> SantaClara, também praticamente. Nós <strong>de</strong>finimos também <strong>de</strong>ntroda estratégia <strong>de</strong> investimentos que as localida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>viamter Poli<strong>de</strong>sportivo Descoberto seriam Al<strong>de</strong>ia dos Fernan<strong>de</strong>s,Rosário e Santa Clara, enfim pela sua ativida<strong>de</strong>, vida e juventu<strong>de</strong>que têm, pela sua prática <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto, que é conhecida ecorrespon<strong>de</strong> a uma realida<strong>de</strong> concreta. Destas, Santa Clara é aúnica que ainda não tem este investimento realizado, pela dificulda<strong>de</strong>que temos tido em relação ao local para o fazer. Existemmais dois também muito importantes, a recuperação doGimno<strong>de</strong>sportivo, que é antigo, e que neste momento já nãocorrespon<strong>de</strong> àquilo que são as exigências duma infraestruturamo<strong>de</strong>rna para a prática do <strong>de</strong>sporto como enten<strong>de</strong>mos queele <strong>de</strong>ve ser praticado. Fizemos um projeto <strong>de</strong> alteração <strong>de</strong>todo o edifício, que também está concluído, e que também,por maioria <strong>de</strong> razão, necessita <strong>de</strong> financiamentos comunitários.Por último, a questão do parque <strong>de</strong> campismo, a instalarno nosso parque <strong>de</strong> merendas, cujo projeto também está concluídomas que é um projeto que, se não for realizado nestequadro comunitário, dado que tem sempre <strong>de</strong> ser realizadocom financiamentos comunitários, terá <strong>de</strong> ficar para o iníciodo próximo quadro comunitário <strong>de</strong> apoio. Gostaria <strong>de</strong> referiruma outra vertente <strong>de</strong> intervenção da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>Almodôvar, também muito importante, e que tem merecidoa nossa melhor atenção – a parceria que temos li<strong>de</strong>rado emconjunto com a ADPM relativamente ao projeto PROVERE,na valorização <strong>de</strong> todas as nossas potencialida<strong>de</strong>s, no Concelhoe na Região, realçando os nossos produtos endógenos,a sua gran<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e aquilo que po<strong>de</strong> representar paraum futuro melhor para todos. Os produtos excelentes quetemos, o nosso riquíssimo património num sentido muito lato,a nossa posição geográfica, com muito boas acessibilida<strong>de</strong>s,constituem uma aliança importante que po<strong>de</strong> sustentar ofuturo <strong>de</strong>senvolvimento do Concelho.Ficamos com a sensação que a Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Almodôvaranda em contraciclo com a situação do País. Há 15 anos, quandotudo corria melhor a nível nacional, a situação financeira doMunicípio não era tao positiva. Agora as posições inverteram-se.Como foi possível construir e manter esta saú<strong>de</strong> financeira naaltura em que os efeitos da crise se fazem sentir por todo lado? Oque correu bem para Almodôvar?Quando chegámos à Câmara <strong>de</strong> Almodôvar, no início <strong>de</strong>2002, verificámos que havia uma situação que, não sendouma situação muito complicada, era uma situação que traziaalguma preocupação do ponto <strong>de</strong> vista da saú<strong>de</strong> financeira doMunicípio. O segredo, que não é segredo nenhum, tem a vercom filosofias <strong>de</strong> intervenção. Passa pela aprovação <strong>de</strong> documentosprovisionais, Orçamentos e Gran<strong>de</strong>s Opções do Plano,que realmente sejam o mais realistas possível. Porque o queconduz as autarquias ao endividamento excessivo é a realização<strong>de</strong> orçamentos em que acabam por sobrevalorizar muitoas receitas que vão arrecadar. Depois fazem-se <strong>de</strong>spesasem função <strong>de</strong>ssas receitas irreais. Elas têm cabimento orçamental,é possível realizá-las em termos <strong>de</strong> documentos, emtermos <strong>de</strong> cabimentação daquilo que está escrito, mas issonão correspon<strong>de</strong> a dinheiro efetivo, real, a fundos disponíveisque a autarquia tem <strong>de</strong> ter. Isso cria endividamento. Depois,houve também autarquias que, face à diminuição <strong>de</strong> receitas,sejam das transferências do orçamento geral do estado, ou<strong>de</strong> receitas próprias, que começaram a diminuir, começarama financiar-se junto dos fornecedores. E em lugar <strong>de</strong> pagarema um mês, começaram a pagar a 5, 10 meses, um ano, e iamadquirindo os bens que eram necessários sem os pagar. Nósnunca tivemos essa política, mantemos sempre uma políticacompletamente oposta. Isso foi conduzindo gradualmente àsituação financeira atual, associada naturalmente também àeliminação <strong>de</strong> toda e qualquer <strong>de</strong>spesa que nós não consi<strong>de</strong>ramosessencial. Eliminámos muitas <strong>de</strong>spesas, diminuímos afatura energética, das telecomunicações, diminuímos as faturas<strong>de</strong> outro tipo <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> serviços que se revelavamdispensáveis. Por outro lado, conseguimos aumentar algumasreceitas próprias da autarquia. Por exemplo, através <strong>de</strong>investimentos como o parque eólico que temos no Concelho.A receita no que diz respeito às energias renováveis aumentou,e é consi<strong>de</strong>rável. É uma almofada importante. Temosaumentado também receitas no <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> outras ativida<strong>de</strong>sda autarquia e gerimos muito bem a dívida <strong>de</strong> médio elongo prazo. Temos tido também a preocupação em ter umaequipa na Câmara <strong>Municipal</strong> que possa estudar tudo aquiloque são financiamentos comunitários, e todos os projetos queé possível candidatar nós temo-lo feito, atingindo em <strong>de</strong>terminadaaltura um patamar que é já po<strong>de</strong>rmos lançar as obras,já po<strong>de</strong>mos ter obras com uma maturação muito gran<strong>de</strong> semestar à espera muitas vezes pela sua aprovação em termos <strong>de</strong>financiamentos comunitários, porque temos suporte financeiropróprio. Depois, quando vêm os financiamentos comunitários,acabamos por ficar ainda mais à vonta<strong>de</strong>. Todas essassituações conduziram àquilo que acontece hoje, o Município<strong>de</strong> Almodôvar é referência em termos nacionais como municípioque cumpre as suas obrigações em tempo muito aceitável,muito rápido, e que consegue fazer investimentos. E essa éa questão mais importante. Estamos em contraciclo provavelmente,mas este contraciclo <strong>de</strong>corre naturalmente <strong>de</strong>staspolíticas, que não são políticas <strong>de</strong> curto prazo, são políticasque, a montante, têm já uns anos <strong>de</strong> aplicação.Como vamos para 2013? Quais são as suas preocupações paraeste ano que se adivinha, no mínimo, difícil?No que diz respeito ao Município <strong>de</strong> Almodôvar, nós encaramoso ano <strong>de</strong> 2013 com muita tranquilida<strong>de</strong>, vamos dar umaresposta a<strong>de</strong>quada àquilo que são os problemas que po<strong>de</strong>meventualmente surgir no Município. Seja do ponto <strong>de</strong> vistasocial, seja na área dos investimentos, na estratégia que estamosa <strong>de</strong>senvolver. No que diz respeito ao País, on<strong>de</strong> realmentetemos mais preocupações, é um ano que vai ser muito difícil,que exige muita pon<strong>de</strong>ração, muita responsabilida<strong>de</strong> e serieda<strong>de</strong>na abordagem dos problemas. Temos <strong>de</strong> construir umPaís que seja sustentável, não po<strong>de</strong>mos embarcar em facilitismosque po<strong>de</strong>m ser facilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> curto prazo mas que maistar<strong>de</strong> têm uma fatura muito mais pesada para toda a gente.Por isso, aquilo que eu <strong>de</strong>sejo é que, da parte do Governo, hajacapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer propostas, <strong>de</strong> estabelecer consensos comos parceiros e <strong>de</strong> procurar soluções equilibradas que gradualmenteconduzam o País a uma situação sustentada do ponto<strong>de</strong> vista das suas finanças públicas e do seu défice externo,para que realmente nós possamos ter um ano <strong>de</strong> 2013 que,apesar <strong>de</strong> todas as dificulda<strong>de</strong>s, possa chegar ao seu últimotrimestre com outra perspetiva, com mais investimento, comsinais mais positivos que tragam mais confiança às pessoasno futuro e uma vida melhor para todos. Julgo que este ano <strong>de</strong>2013 exige muito <strong>de</strong>bate, muita concertação, muito diálogo, esobretudo muita serieda<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos aquelesque querem um Portugal melhor.

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