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10 Teorias das condições de verdade: mundos possíveis e ...

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Página | 151os <strong>mundos</strong> nos quais F 1 também o é; ou seja, o conjunto <strong>de</strong> <strong>mundos</strong> que constitui o significado<strong>de</strong> F 2 é um subconjunto do significado <strong>de</strong> F 1 .Assim, a efectuação <strong>das</strong> condições <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> em termos <strong>de</strong> <strong>mundos</strong> possíveis salvaesta versão sofisticada da teoria proposicional da objecção 3 <strong>de</strong> Harman (capítulo 5), poisdiz-nos o que é uma “proposição” em termos que po<strong>de</strong>m ser trabalhados in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente:uma proposição é um conjunto <strong>de</strong> <strong>mundos</strong>. (Po<strong>de</strong>-se ter reticências metafísicasquanto à i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> um “mundo possível inefectivo,” mas pelo menos já sabemos o que é,supostamente, um mundo.) Esta perspectiva evita também a nossa segunda objecção àsteorias i<strong>de</strong>acionais, que afectava também a teoria proposicional, pois diz-nos o que é um“conceito” abstracto: é uma função <strong>de</strong> <strong>mundos</strong> para extensões. (Irei já <strong>de</strong> seguida introduziruma complicação.)Por fim, há um argumento directo a favor da versão <strong>de</strong> <strong>mundos</strong> possíveis da teoria<strong>das</strong> condições <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, apresentado muito brevemente em Lewis (1970):Para dizer o que é um significado, po<strong>de</strong>mos perguntar primeiro o que faz um significado,para <strong>de</strong>pois encontrar algo que faça isso.Um significado para uma frase é algo que <strong>de</strong>termina as condições sob as quais a fraseé verda<strong>de</strong>ira ou falsa. Determina o valor <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> da frase em vários estados <strong>de</strong> coisaspossíveis, em vários momentos do tempo, em vários lugares, para vários locutores, e assimpor diante.(p. 22)Penso que a i<strong>de</strong>ia é esta: se compreen<strong>de</strong>mos uma dada frase F e nos mostrarem ummundo possível qualquer — voamos até lá e <strong>de</strong>ixam-nos nesse mundo, fazendo-nos milagrosamenteomniscientes quanto aos seus factos — então saberemos imediatamente se F éverda<strong>de</strong>ira ou falsa. (Se conhecemos todos os factos sem excepção <strong>de</strong>sse mundo e mesmoassim não sabemos se F é verda<strong>de</strong>ira nesse mundo, então não é possível que tenhamoscompreendido F.) Assim, uma coisa que um significado faz é <strong>de</strong>sembuchar um valor <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>para qualquer mundo possível dado. O mesmo é dizer que um significado é pelomenos uma condição <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, no sentido <strong>de</strong> um conjunto particular <strong>de</strong> <strong>mundos</strong>. (Isto<strong>de</strong>ixa em aberto que um significado possa incluir mais do que apenas uma condição <strong>de</strong>verda<strong>de</strong>.)Vantagens relativamente à perspectiva <strong>de</strong> DavidsonA perspectiva dos <strong>mundos</strong> possíveis tem algumas vantagens importantes relativamente àversão <strong>de</strong> Davidson da teoria <strong>das</strong> condições <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>. Especificamente, evita as objecções4 e 5 que fizemos a Davidson.

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