Ahistória - Afeal

Órgão de Divulgação da Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio
I n f o r m a t i v o edição
AFEAL, 25 anos de presença
ativa no mercado das
esquadrias
história recente da humanidade
A pode ser contada pelas conquistas
tecnológicas alcançadas nas últimas
décadas. A velocidade e a força das soluções
desenvolvidas nas mais diversas
áreas do conhecimento, aliadas à
globalização, imprimiram uma cultura
homogênea aos povos, com mínimas
variações. A nova ordem se manifesta
na construção civil, quando países
de cultura milenar, como a China e a
Índia, constroem torres de vidro similares
às dos Estados Unidos, Austrália
ou Brasil. O que muda é a capacidade
de investimento de cada país e de seus
incorporadores, manifestada no uso
de sistemas construtivos e tecnologias
que resultam em edificações de maior
qualidade. No caso das esquadrias e
fachadas de alumínio, a qualidade diz
respeito ao conforto que cria para os
ocupantes da edificação, e ao isolamento
térmico e acústico dos ambientes.
Portanto, tem papel importante na
sustentabilidade da construção.
A distância tecnológica entre o Brasil
e a Europa, 25 anos atrás, quando a
AFEAL – Associação Nacional de Fabricantes
de Esquadrias de Alumínio – foi
criada, era muito maior que a atual.
Naquele momento, pouco mais de uma
década separava a produção de es-
quadrias de alumínio das soluções em
ferro. A indústria, engatinhava e, pior,
como os demais setores produtivos, se
debatia para sobreviver a uma inflação
estonteante de 211% ao ano. Na
mesma proporção em que empresas
contavam com departamentos de projeto
competentes, tropeçavam diante
de parcos meios de produção. Os insumos
– das linhas de perfis de alumínio
aos componentes – respondiam às
necessidades de janelas e portas simplificadas.
As primeiras fachadas cortinas
eram comemoradas como grandes
feitos, desenvolvidas a partir de referências
estrangeiras. O vidro oferecido
pelas duas multinacionais no país era
pouco mais do que ‘commodity’: quando
o arquiteto queria algo melhor, tinha
que importar.
Ao organizar o setor, a AFEAL pro-
sumário
03
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06
Ano XI - 2008 Out/Nov/Dez
81
PSQ de especiais qualidica 15 empresas
Sustentabilidade chegou aos fabricantes
A concorrida “Ilha Afeal”
curou valorizar fabricantes e produtos
para que oferecessem caixilhos de
qualidade ao consumidor. Um longo
percurso foi percorrido até que conquistassem
o real ‘status’ de indústrias
de caixilhos de alumínio, deixando para
trás a condição de ‘serralheiros’. Na
década de 90, as viagens promovidas,
anualmente, pela entidade às feiras
internacionais – especialmente a de
Saiedue, na Itália – encantou dezenas
de fabricantes. O produto final que tinham
à sua frente exigia muito mais do
que detinham em meios de produção -
no máximo, uma boa máquina de corte.
Nem todos conseguiram remodelar
rapidamente suas indústrias, mas, aos
poucos, foram se equipando. Máquinas
italianas computadorizadas estão presentes
na maioria das empresas de expressão,
enquanto um número menor
de unidades dotadas de sistema CNC
(controle numérico) facilita a produção
de um rol seleto de indústrias.
A elaboração de normas técnicas foi
a primeira providência da AFEAL para
dar ao setor o suporte necessário para
a fabricação de esquadrias estanques
ao ar e à água, e resistentes a pressões
de ventos. Esse trabalho conta
com o empenho dos consultores de
esquadrias e fachadas, que colaboram
1

2
Editorial
25 anos da AFEAL
Criada num momento histórico, em
que os militares se despediam do
poder no país e a economia acendia
a luz vermelha de uma inflação que
batia o recorde de 211% no ano, a
AFEAL construiu sua trajetória e hoje
completa 25 anos. É instigante percorrer
essa linha do tempo e constatar
o quanto éramos jovens. Não
porque o tempo passou, mas porque
tudo apenas começava. Vivemos de
tudo um pouco: do desejo de democratização
à democracia plena,
inclusive com o ‘impeachment’ de
um presidente e a eleição de um operário
para a presidência da República;
da inflação que chegou a 1037,56%,
há exatos 20 anos, à estabilidade
econômica; da ‘década perdida’ aos
avanços surpreendentes da construção
civil nos últimos dois anos.
No setor de esquadrias de alumínio,
como nos demais setores produtivos,
nem todos sobreviveram.
A ‘ciranda’ financeira e o seqüestro
da poupança sufocaram empresas e
empresários. Alguns deles estavam
lá, na origem da AFEAL, criada para
defender o setor nos momentos bons
e ruins. Quem ficou se fortaleceu. E
foi convocado pela AFEAL, em várias
frentes, para se configurar como um
parque fabril moderno. A agenda da
gestão empresarial levou os fabricantes
de esquadrias e fachadas de
alumínio a implementar recursos,
como a certificação ISO e bens de
produção atualizados, para a obtenção
de maior produtividade. A qualidade
veio do comprometimento com
as normas técnicas e os ensaios, da
exigência do mercado de arquitetura
e do PBQP-H.
Há, ainda, muito por fazer. O Programa
Setorial da Qualidade, por
exemplo, ainda se debate com o
‘lobby’ indecoroso dos que praticam
a não-conformidade. Empresas sólidas
e sérias, ao contrário, se qualificam
e conquistam mercados. As exigências
da sustentabilidade batem à
porta das empresas associadas da
AFEAL, que se ajustam rapidamente
à nova agenda.
Nesses 25 anos, as mesmas pessoas
que construíram a AFEAL, constroem
todos os dias suas empresas. E, se
deu certo, é porque acreditaram!
Boa leitura!
Roberto Papaiz
Diretor-presidente AFEAL
Capa
nos debates e na elaboração dos textos
normativos, com toda a sua ‘expertise’
e imparcialidade. Cumprem, ainda, o
papel de monitorar o que é produzido
pela indústria e utilizado nas obras,
orientando no sentido da qualidade e
elevado desempenho dos caixilhos.
A NBR 10821, que passa hoje por
mais uma revisão, é a base para garantir
aos caixilhos um mínimo de
qualidade. Base, também, para a adesão
da AFEAL ao PBQP-H – Programa
Brasileiro da Qualidade e Produtividade
no Habitat, há sete anos. O PSQ
- Programa Setorial da Qualidade das
Esquadrias de Alumínio começou com
apenas nove empresas, timidamente,
identificando os principais problemas
dos caixilhos padronizados. Dois anos
depois de muito investimento em projeto,
na reformulação das fábricas e
dos produtos, o depoimento de um dos
participantes traduzia o esforço: “Os
investimentos são elevados na organização
fabril; em ferramentas de extrusão;
e em profissionais. Foi necessário
destruir o que se tinha para construir
um produto novo”. Hoje, são 26 empresas
fabricantes de portas e janelas
padronizadas, e outras 40 indústrias de
caixilhos especiais, incluindo fachadas
cortinas. Há dois anos, o PSQ passou a
ser co-gerido pela ABAL – Associação
Brasileira do Alumínio.
Internamente, uma nova geração de
fabricantes, originária dos grupos de
trabalho de gestão empresarial e da
certificação ISO 9000, entendeu que
poderia colaborar com o segmento e
arregaçou as mangas. Alinhados com
a estratégia de valorização do setor
através de ações diversas, investiram
durante anos para a criação da cultura
de ensaios entre os construtores
e fabricantes. Afinal, o CTA – Centro
Tecnológico do Alumínio da AFEAL estava
em plena operação e, pouco depois,
agregava uma câmara de testes
inédita na América Latina – a Câmara
Azul, ideal para ensaios de fachadas de
até três pavimentos. As grandes construtoras
aderiram ao novo laboratório
que, em agosto de 2006, mudou de
nome e de mãos: nascia o ITEC – Instituto
Tecnológico da Construção Civil,
laboratório independente que, em dois
anos, realizou mais de 500 ensaios, um
número recorde até então.
Mais confortáveis com o suporte
oferecido pela AFEAL – jurídico, técnico,
de qualificação da mão-de-obra
– os empresários passaram a propor
ao mercado produtos nunca vistos no
país. Já contavam, nesse momento,
com insumos atualizados – as extrusoras
sofisticaram os sistemas de perfis,
a indústria de componentes trouxe
de fora soluções mais completas e os
custos da pintura eletrostática equipararam-se
com os da anodização. A
principal novidade foram as esquadrias
integradas, fabricadas com palhetas
inicialmente importadas. Têm a vantagem
de assegurar iluminação e ventilação
integral, além de maior conforto
térmico e acústico, enquanto a janela
de correr peca por esconder 50% do
vão, comprometendo o bem-estar dos
moradores. Mais de uma década depois,
as integradas estão consolidadas
no segmento de obras residenciais de
médio e alto padrão, e seu uso se amplia
nas demais faixas de imóveis. As
janelas abre e tomba, alçar e paralelas,
apesar de produzidas por poucos,
dependia principalmente de ferragens
que fizessem o trabalho. Solução da
preferência dos arquitetos, vêm sendo
assimiladas pelo mercado de residências.
A evolução das fachadas cortinas
contou com alguns aliados. A começar
pela exigência da arquitetura que desejou
acompanhar a tendência internacional
em envelopamento. Os consultores
responderam, prontamente, com
soluções técnicas e cálculos de projetos,
além da indicação de materiais,
que permitiram a construção de fachadas
cortinas ‘up to date’. A indústria
vidreira, por sua vez, acordou diante
da demanda por vidros mais complexos.
Ao mesmo tempo, expandiu-se o
número de empresas transformadoras,
oferecendo laminados, temperados,
duplos insulados e serigrafados
de alta qualidade. As persianas entre
vidros duplos foi o toque que faltava.
Tornaram-se disponíveis os sistemas
de fachadas pele de vidro, ‘structural
glazing’ e ‘unitizing’, realizados com
competência, cada vez maior, pela indústria
de esquadrias especiais.
Em 2008, surge um novo desafio que
veio para ficar: o desenvolvimento de
soluções em fachadas sustentáveis.
Desta vez, a construção civil brasileira
não poderá adiar o futuro em nome de
conveniências mercadológicas.

Fesqua 2008
A concorrida ‘Ilha AFEAL’
Foram 18,5 mil pessoas circulando
entre os mais de 200 estandes durante
os quatro dias de realização da
Fesqua 2008, em outubro passado, em
São Paulo – refletindo um crescimento
de 50% em relação à sua última edição.
José Roberto Sevieri, presidente
do Grupo Cipa, organizador do evento,
acredita que a feira deverá gerar mais
de R$ 165 milhões em negócios no prazo
de 90 dias. “Mais uma vez, pudemos
comprovar a posição de referência que
a Fesqua ocupa no setor”, destaca César
Tavares, que realiza a feira em parceria
com o Grupo Cipa.
No centro do burburinho, a ‘Ilha AFE-
AL’ foi o ponto de encontro da cadeia
produtiva das esquadrias e fachadas.
Reuniões de negócios, encontro entre
amigos e empresas parceiras, além da
solenidade de qualificação das empresas
de esquadrias especiais (pág. 3)
deram vibração ao espaço. Desenhada
no formato de condomínio, com sala
‘vip’ e serviço de bar, a ‘Ilha’ de 240 m2 contou com a participação de estandes
de seis empresas associadas: Angular,
Boltinox, Dow Corning, Eagle, Ibrap,
Selta Metais e Stamp Spumas. Seus dirigentes
fazem, aqui, um breve balanço
dessa bem-sucedida Fesqua 2008.
Alejandro Hector Rodriguez, diretor
da Eagle, expôs pela primeira vez na
Fesqua, evento que superou suas expectativas.
“Na próxima edição da feira,
com certeza estaremos na”Ilha AFEAL”,
porque essa é a minha casa”, diz ele,
relatando que o lançamento de um
novo software produzido por empresa
Fesqua superou suas
expectativas quanto à
qualidade e quantidade de
contatos com fabricantes de
esquadrias e sistemistas.
espanhola representada pela Eagle no
Brasil foi sucesso absoluto.
Público profissional, grande fluxo de
visitantes e ótima organização. Esses
são os aspectos destacados por Julio
Bordin, gerente comercial da Stamp
Spuma. “O objetivo foi fazer com que a
marca seja lembrada por nossos clientes”,
diz. Sua única crítica é quanto ao
público heterogêneo “basicamente,
curiosos” do último dia do evento. “O
ideal seria começar na 3ª feira e eliminar
o sábado”, sugere Bordin.
“Consideramos positiva a nossa participação
na Fesqua e, principalmente,
na Ilha AFEAL, pois conseguimos estar
perto dos nossos clientes e identificar
novos contatos e oportunidades
em outras empresas de esquadrias
de alumínio que queremos ter como
clientes”, afirma Gislene Attilio Meyer,
do departamento de Marketing da Dow
Corning. Ela diz que a empresa identificou
algumas necessidades específicas
deste segmento de mercado e,
com isso, “serão planejadas ações que
atendam exatamente o que eles esperam
de uma empresa como a Dow
Corning”.
“Marcamos presença com a marca
Esaf de esquadrias e boxes, reforçamos
o contato com nossos representantes
e distribuidores, e ainda, estabelecemos
novos parceiros vindos de todo o
país”, comenta Rodrigo Fontanela, supervisor
de vendas. Ele se diz satisfeito
com todo o apoio recebido da equipe
da AFEAL na ‘Ilha’, formato de exposição
que pretende repetir na próxima
edição da Fesqua. Ronald Spilborghs,
diretor da Boltinox, diz que a Fesqua
superou suas expectativas quanto à
qualidade e quantidade de contatos
com fabricantes de esquadrias e sistemistas.
“Muitos deles nos remetem
para perspectivas futuras de negócios”,
diz, acrescentando que “por tudo
isso, é uma ação que vale a pena”.
A Selta Metais lançou sua fachada
SP-Glasing na Fesqua 2008 e despertou
o interesse de clientes com o uso
da câmera européia. “O sucesso pode
ser medido pelo número de visitantes,
que elogiaram sua praticidade e peso
por m². Com vários negócios fechados,
a Selta Metais já está se preparando
para a Fesqua 2010”, antecipa o diretor,
José Carlos de Paula. Expondo
pela segunda edição consecutiva na
‘Ilha AFEAL’, a Angular ampliou suas
relações com o mercado e lançou uma
nova linha de esquadrias - a Orion.
“Consideramos esse um bom espaço
para mostrar a marca e fazer novos
contatos com fornecedores e distribuidores”,
diz Ricardo Santos, diretor
comercial, que já garante presença na
próxima feira.
6

PBQP-H
PSQ de especiais qualifica 15 empresas
Roberto Papaiz, presidente da AFEAL
Quinze empresas fabricantes de esquadrias
especiais receberam, em
16 de outubro último, em concorrido
evento na ‘Ilha AFEAL’, na Fesqua, documento
da qualificação de seus produtos
pelo PSQ – Programa Setorial da
Qualidade de Esquadrias de Alumínio.
Os sistemas utilizados por esses fabricantes
são homologados pela Alcoa,
Belmetal, CBA e Hydro, atendendo os
padrões da Norma Técnica de Caixilhos
(NBR 10821). Os documentos de qualificação
- condição válida por um ano -
foram entregues aos empresários, por
Luis Carlos Loureiro Filho, presidente
da ABAL, e Roberto Papaiz, presidente
da AFEAL.
A cerimônia foi aberta por Edson
Fernandes, gerente nacional do PSQ
de Esquadrias de Alumínio. Em seu
discurso, lembrou que “a qualificação
dessas empresas é a consolidação de
um processo iniciado há dois anos,
quando a ABAL assumiu junto com a
AFEAL a co-gestão do programa”. Ele
lembrou que a associação do alumínio
estimulou seus filiados a homologarem
seus sistemas, o que permitiu a
adesão de 40 empresas fabricantes de
esquadrias especiais ao PSQ. “Em breve,
todas estarão qualificadas”, disse
Fernandes.
O presidente da ABAL, Luis Carlos
Loureiro, ressaltou o importante papel
do setor de esquadrias para a indústria
do alumínio, mesmo estando o
mercado de obras muito aquém do seu
3
potencial consumidor. “A construção
civil representa menos que 15% do
consumo de alumínio. É pouco, temos
que ultrapassar os 20%, sempre com a
preocupação de oferecer produtos com
qualidade. É verdade que temos uma
crise, mas não vamos esmorecer, pois
o momento da construção civil ainda
não chegou e conto com vocês nessa
conquista”, afirmou Loureiro em discurso
aos fabricantes de caixilhos.
Para o presidente da AFEAL, Roberto
Papaiz, “exibir a qualificação conquistada
junto ao PBQP-H é a única forma
de oficializar ao mercado que a empresa
fabrica produtos acreditados,
que respeitam o projeto e as normas
da ABNT”. Segundo ele, com a qualificação
a empresa ganha o direto de
competir de forma justa, com isonomia
técnica e de custo. “Em breve, toda a
indústria de esquadrias associada à
Afeal sentirá a necessidade da qualificação”,
alertou Papaiz.
As 15 empresas fabricantes de esquadrias
especiais pioneiras na obtenção
da qualificação de seus produtos
EXPEDIENTE
O “Informativo AFEAL” é uma publicação
da Associação Nacional de Fabricantes de
Esquadrias de Alumínio, AFEAL, dirigida aos
associados e entidades do setor da construção
civil. Está disponível no site da AFEAL.
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente - Roberto Papaiz
Vice-presidente - Harry Wottrich
Diretor Tesoureiro - Waldir Trózo
Diretor Secretário - Antonio M. Spina
Secretário-Executivo - Fernando Rosa
Público da ‘Ilha AFEAL’
Luís Carlos Loureiro, presidente da ABAL
Edson Fernandes, gerente nacional do PSQ
de Esquadrias de Alumínio
no PSQ são:
No estado de São Paulo – Alus Aluminium,
Artalum, Cosbiem, Inovação,
Inovatta, Kro, Orca, Prismatech, Prodal,
Reinstal e Alumarte.
Em Minas Gerais – Anobel e SBA.
No Paraná – Alupar e Mannala.
R. Dr. Elias Chaves, 122, Campos Elíseos
CEP 01205-010, São Paulo - SP
F: (11) 3221-7144
afeal@afeal.com.br - www.afeal.com.br
Editora Responsável: Hosana Pedroso
(MTb 11.656)
Criação/Diagramação: Vertical Design
Impressão: Corset
Tiragem: 12.000 exemplares
Periodicidade: Trimestral
Distribuição Gratuita

Matéria Técnica
A sustentabilidade chegou aos fabricantes
As boas práticas da construção sustentável
desembarcaram no Brasil
há cerca de dois anos, exigindo dos fabricantes
de fachadas posturas inéditas.
Até o momento, duas certificações
internacionais de impacto ambiental
dos edifícios atuam no mercado: o
norte-americano LEED - Leadership
in Energy and Environmental Design,
emitido pelo GBC – Green Building
Council; e o selo AQUA – Alta Qualidade
Ambiental, baseado no sistema
francês HQE - Haute Qualité Environnementale,
adaptado às condições
brasileiras pela Fundação Vanzolini, da
POLI/USP, lançado este ano.
Hoje, 68 edifícios são candidatos ao
LEED. Entre eles, o Eldorado Business
Tower, da Gafisa; o Rochaverá, em São
Paulo, e Ventura, no Rio de Janeiro,
ambos da Tishman Speyer. O engenheiro
Nelson Faversani Junior, diretor
da Tishman, explica que a produção e
instalação das fachadas envolvem alguns
pré-requisitos para pontuação.
É o caso da quantidade de perfis de
alumínio originária de processos de reciclagem.
“Isto vale tanto para perfis
reciclados no pós-uso, quanto no processo
industrial de extrusão”, afirma
Faversani.
Domingos Cordeiro, diretor da Adalume,
informa que no caso da obra de
fachadas do Eldorado Business Tower,
a principal exigência da certificadora
foi a comprovação da origem da matéria-prima
envolvida. “Além disso, todos
os procedimentos de produção e instalação
foram acompanhados pelos consultores,
o que não é usual em obras
comuns”, relata.
“Uma das exigências do LEED é que
o fabricante tenha ISO 9001 e informações
sobre a distância entre a produção
da matéria-prima e a nossa fábrica,
além do custo dos perfis”, revela
José Carlos dos Santos, da Luxalum,
empresa responsável pelas fachadas
do Rochaverá. “Temos que documentar
todos os nossos processos de fabricação
e instalação na obra. E informar
o que fazemos com o material, onde
ele é armazenado e descartado, e o
seu manuseio na obra. Montamos uma
pasta só para a Método Engenharia”,
afirma Santos.
4
Todos os procedimentos
de produção e instalação
foram acompanhados pelos
consultores
Edifício Eldorado Business Tower
Resíduos
O LEED pontua, também, o uso de
adesivos e selantes com baixa emissão
de compostos orgânicos voláteis
(VOC), como silicone, borrachas, fitas
e colas. “São materiais que emitem gases
para o ambiente, danosos para a
saúde das pessoas. Um produto usado
de forma inadequada pode comprometer
a pontuação, pois existem compostos
que contém mais VOC que a obra
inteira”, observa Faversani, lembrando
que não existe emissão zero de VOC
em compostos derivados de petróleo.
E, no caso da colagem de vidros, esses
materiais ainda são insubstituíveis.
“Portanto, é preciso usar, mas com limites
e de forma correta”, diz.
A separação e classificação de todo
o resíduo no canteiro para reciclagem
é procedimento fundamental, não somente
para a obtenção da certificação,
mas para o atendimento de legislação
municipal. “É preciso treinar os funcionários
para que direcionem os materiais
para a reciclagem. Os resíduos
relativos à produção e instalação das
esquadrias precisam estar integrados
na gestão de resíduos no canteiro”,
alerta Faversani. Segundo ele, para o
edifício ganhar pontos no LEED, a em-
O LEED pontua o uso de
adesivos e selantes com baixa
emissão de VOC, como silicone,
borrachas, fitas e colas.
balagem do silicone, por exemplo, é
material que não será reciclado, mas
enviado para um aterro. “Se a obra decidir
que vai reciclar porque terá relevância
na pontuação, é preciso garantir
que, de fato, será reciclado”, destaca.
“Na obra do Ventura, depositamos as
embalagens menores de silicone nos
tambores grandes e enviamos para
uma área reservada do canteiro. Fizemos
um contrato com uma empresa
que retira esses resíduos e leva aos locais
determinados pelo órgão do meio
ambiente”, diz Clóvis Paganini, diretor
da Algrad. Segundo ele, a responsabilidade
cabe ao fabricante das fachadas,
“no canteiro, cada um toma conta de
seu próprio resíduo”. Ele entende que
essas são práticas saudáveis, que envolvem
tecnologia e cooperação com o
meio ambiente, apesar do custo financeiro
que gera para o fabricante. “Todo
mundo tem que fazer a sua parte”, defende
Paganini.

Curtas
Café nas fábricas
Já se tornou uma tradição: a cada Fesqua, a AFEAL organiza e leva
grupos de profissionais para conhecerem as instalações de fábricas
do setor. Com direito a ‘brunch’, almoço e café. Desta vez, os visitantes
tiveram oportunidade de ver de perto a extrusão de perfis de alumínio
na Hydro e conhecer os sistemass da Schüco; acompanhar os
processos de anodização e pintura na Prodec; assistir a produção de
acessórios na Fise e silicones na Sika; além dos sofisticados sistemas
de automação da Somfy. Os anfitriões comentam o evento:
Na Schüco, foi o coordenador comercial,
Edmundo Brito, quem recebeu os
visitantes. “Para quem não expôs na
Fesqua, como nós, é importante contar
com essa visitação de profissionais.
Apresentamos a eles as inovações e os
diferenciais das linhas da empresa. Ao
nos visitarem, os fabricantes vêem, de
perto, a tecnologia e o alto padrão de
produção que temos”, comenta.
O novo centro de treinamento da
Somfy, assim como os novos serviços
de assistência técnica, garantia e
atendimento ao cliente, tudo foi devidamente
exposto aos visitantes. “O
grupo também recebeu, em primeira
mão, as informações e materiais que
levamos para nosso estande na Fesqua
2008.”, explica Pedro Maia, gerente de
Marketing. “Pudemos revelar os diferenciais
que a estrutura brasileira da
Somfy oferece ao cliente”, conclui.
O grupo que esteve na fábrica da
Hydro Alumínio, em Itu, interior de
São Paulo, foi recebido por engenheiros
e técnicos que apresentaram as
tecnologias empregadas no processo
de extrusão de perfis. “A relação pessoal
com os fabricantes é muito produtiva.
Estamos sempre abertos para
recebê-los”, explica a assistente de
Marketing, Alessandra Nunes.
“Quem visitou a Fise, mesmo aqueles
que conhecem indústrias similares
no exterior, puderam constatar que
a indústria de acessórios no Brasil é
bastante diversificada e complexa”,
diz André Martinho, diretor Comercial
da empresa. Laboratório e produção
foram abertos para os profissionais,
surpresos com a sofisticação de máquinas
que produzem um amplo leque
de produtos.
“Foi show”! A expressão do diretor
Thierry Caradec resume a visita à fábrica
da Prodec. Depois do café da manhã,
os profissionais conheceram as linhas de
pintura, anodização, jateamento, polimento
e o processo de efeito madeira, além do
laboratório. “Muitos conheciam apenas o
perfil já pronto, tratado. A verem tudo isso
pela primeira vez, passaram a entender os
processos. Mas todos ficaram impressionados”,
conta.
A Sika, que está introduzindo no Brasil
sua linha mundial de silicones estruturais
e para vedação, desejou firmar a marca
junto aos fabricantes de esquadrias de
alumínio. “Na Fesqua, tínhamos um estande
de 30 m 2 . Ambas as ações tiveram o
objetivo de dizer ao mercado que a Sika
entrou para competir e conquistar importante
fatia no segmento de silicones”, diz
Adriano Demambro, gerente de mercado.
5

Mercado
Linha 3M Perfis de
Alumínio Atenta às demandas
por
t r a n s f o r m a -
ções do cenário
urbano atual,
a 3M do Brasil
passa a atuar
em um novo
segmento com
o lançamento
da ‘Linha
3M Perfis de Alumínio’, um novo conceito
em janelas de correr para edifícios com
fachada em vidro structural glazing. Voltada
para edifícios residenciais, pode ser
colada somente com aplicação da fita VHB
4972TM , da 3M. A linha foi desenvolvida
pelo consultor e engenheiro civil Antonio
Cardoso, a pedido da 3M e será comercializada
pela rede Alumínio e Cia da Alcoa. A
nova esquadria, com vista total de vidro,
oferece todas as garantias de desempenho
do caixilho de alumínio. Alia praticidade
e estética as esquadrias, simplificando a
mão-de-obra, pois eliminam o uso de baguete.
Possibilita a pintura do puxador e
tem cantos arredondados que facilitam a
limpeza. A segurança da ‘Linha 3M Perfis
de Alumínio’ é garantida porque atende à
NBR 10821, que atesta a vedação, carga
de vento, resistência aos esforços de uso
e a acústica.
Consulte: 0800 013 23 33
Novas linhas da
V.BRASIL
O sucesso e a receptividade marcaram o
lançamento das linhas ‘Bem-Te-Vi’ e ‘Beija-Flor’
na Fesqua 2008. Trata-se de uma
confirmação de confiança do mercado da
construção civil, da qualidade da marca
V.BRASIL. Os visitantes e clientes que
estiveram presentes na feira puderam
avaliar essas novidades, e demonstraram
satisfação e entusiasmo com as características
de economia, praticidade, beleza,
fácil instalação e durabilidade das novas
linhas. Em plena expansão, a V.BRASIL
está satisfeita com o êxito alcançado,
mais uma vez, no lançamento de seus
produtos.
Consulte: 55 19 3869 1511
www.fitasvbrasil.com.br
Lançamentos da Alcoa
Alcoa apresenta, em primeira mão, o projeto
da fachada fotovoltaica com sistema
unitized, para montagens por módulos. O
painel dessa fachada sustentável captará
a luz solar e a converterá em energia
elétrica para diferentes usos, promovendo
uma economia considerável. Lança,
também, a ‘Soluta’, uma nova linha de fachada
que utiliza um aperfeiçoamento do
sistema stick e permite a instalação pelo
lado interno da obra, dispensando o custo
e o risco da utilização de andaimes e balancins.
Outra atração da Alcoa na Fesqua
foi a Linha Única, assinada pelo arquiteto
Ruy Ohtake, que acrescenta diferenciais
estéticos e funcionais aos sistemas existentes.
Além de seu design moderno, a
‘Linha Única’ apresenta melhorias como
a facilidade da montagem, o isolamento
termoacústico e a leveza ao deslizar.
Consulte: www.alcoa.com.br ou
www.aluminioecia.com.br
Sika, silicones para
vidros duplos
A Sika destaca a linha de silicones para
fachadas, com os selantes específicos
para fabricação de vidros duplos. A linha
é composta por três produtos: ‘Sikasil IG-
16’, selante de silicone monocomponente
fornecido em três opções de embalagens:
Unipac de 600ml, balde de 20 litros ou
tambor de 200 litros. Já os silicones ‘Sikasil
IG-25’ ou ‘Sikasil IG-25 HM’ são selantes
de silicone bicomponentes, porém,
este último com alto módulo específico
para vidros duplos, com enchimento de
gás e estão disponíveis somente na embalagem
tipo ‘kit’, ou seja, tambor de 200
litros (componente A) + balde de 20 litros
(componente B). A Sika também comercializa
ou disponibiliza os equipamentos
para aplicação dos silicones e oferece
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