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Rua Prudente de Morais, 1356 - rio.rj.gov.br

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PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIROSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor IndividualRUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong> N o <strong>de</strong> ARQUIVO folha nº 01En<strong>de</strong>reço: rua <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>Estado do ImóvelA.R.: VI Bairro: Ipanema Caracterização ConservaçãoProprietá<strong>rio</strong>: ----Uso Original: resi<strong>de</strong>ncialcaracterizado <strong>de</strong>scaracterizado excelente regularAtual: resi<strong>de</strong>ncialData <strong>de</strong> elaboração: ----Autor do Projeto: ----Tipologia: residência térreaProteçãoExistente: tombado Decreto: 23161/03Processo: não houve Data: 21.07.2003Proposta: tombamentoProcesso: ---- Data: ----Conferido por: Selma TavaresruínasPesquisaTextoFotosbomHistórica: Sonia Zylberberg – SergioBarra - estagiá<strong>rio</strong>Arquitetura: Angélica GalettiHistórico: Sonia Zylberberg – SergioBarra - estagiá<strong>rio</strong>ruimData: 2003Data:2003Data: 2003Arquitetura: Angélica Galetti Data: 2003Angélica GalettiN o filme/CD Data: 2003Atualizada emSITUAÇÃO E AMBIÊNCIAO logradouro on<strong>de</strong> está situado o imóvel é estritamente resi<strong>de</strong>ncial, arborizado e <strong>de</strong> modogeral apresenta um fluxo <strong>de</strong> veículos regular, com exceção para as horas do “rush”, on<strong>de</strong> aconcentração <strong>de</strong> ônibus acarreta engarrafamentos. Ao longo do passeio estão dispostoscanteiros <strong>de</strong> formatos retagulares, ajardinados ou acolhendo árvores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, visandoimpedir o estacionamento irregular.DESCRIÇÃO ARQUITETÔNICAA residência térrea está implantada com afastamento frontal, colada às divisas do terreno.Na sua área frontal há um canteiro ajardinado on<strong>de</strong> estão plantados coqueiros <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. O


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual2 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-acesso para pe<strong>de</strong>stres é feito por um vão vedado por um portão em ma<strong>de</strong>ira, so<strong>br</strong>e o qual estáum pequeno telhado para a proteção da chuva e intempéries, la<strong>de</strong>ado por pequenos pilares. Nalateral direita é feito o acesso para veículos através <strong>de</strong> um vão vedado por um portão em ma<strong>de</strong>ira.So<strong>br</strong>e o muro esta assente uma gra<strong>de</strong> em ferro, executada com elementos verticais sendocertamente um elemento <strong>de</strong> acréscimo, aí colocado por questões <strong>de</strong> segurança.As entradas para pe<strong>de</strong>stres e veículos são feitas separadamenteA sua arquitetura se <strong>de</strong>staca no logradouro, não só pelo seu caráter unifamiliar em meio àedificações <strong>de</strong> elevado gabarito, mas pelas suas características; tais como a forte inclinação daságuas do telhado, on<strong>de</strong>, no frontão <strong>de</strong>finido pelas mesmas, se <strong>de</strong>staca o trabalho em ma<strong>de</strong>iracom elementos ortogonais, <strong>de</strong>finindo uma trama em xadrez. A água do telhado voltada para ologradouro também apresenta uma forte inclinação e po<strong>de</strong> se afirmar que a linguagemarquitetônica do imóvel faz referência à arquitetura dos chalés.


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual3 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-O embasamento da construção é executado em pedras aparelhadas, sendo todos os vãos<strong>de</strong> portas e janelas guarnecidos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e vidro, alguns <strong>de</strong>les possuindo cercaduras em pedra.Os elementos adotados na arquitetura do imóvel fazem referência à arquitetura dos chalés


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual4 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-Um muro à meia- altura <strong>de</strong>limita o imóvel do logradouro, tendo sido a ele superposta uma gra<strong>de</strong> em ferro


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual5 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-IPANEMAPesquisa e texto: Sonia Zylberberg e Sérgio Barra (estagiá<strong>rio</strong>)*A restinga <strong>de</strong> Ipanema e Leblon, que separa a lagoa Rodrigo <strong>de</strong> Freitas do mar, eraconhecida nos tempos coloniais como Praia <strong>de</strong> Fora ou Praia Gran<strong>de</strong>. Para se chegar até lá seusava como ponto <strong>de</strong> partida um ancoradouro existente na praia da Peaçaba, no fundo da LagoaRodrigo <strong>de</strong> Freitas (local on<strong>de</strong> hoje estaria, aproximadamente, a saída do túnel Rebouças). Osaventureiros (pescadores, principalmente) que vinham da cida<strong>de</strong>, alcançavam a praia da Peaçabatomando o caminho <strong>de</strong> São Clemente, em Botafogo. Cruzavam a Lagoa <strong>de</strong> canoa até a praiaFunda, localizada na enseada do Cantagalo. A partir <strong>de</strong>sse ponto, seguiam a pé pela trilha dospescadores, ou caminho dos Caniços, on<strong>de</strong> hoje existe o Corte do Cantagalo. Chegando,finalmente, à praia <strong>de</strong> Copacabana e atingindo o Arpoador por terra. Aqueles que não <strong>de</strong>sejavamalcançar o Arpoador, preferiam <strong>de</strong>sembarcar em qualquer outro ponto da Lagoa entre a Ponta doPau (próximo ao local on<strong>de</strong> hoje se encontra o Clube Caiçaras) e a encosta do Cantagalo.Tomavam, então, diversas trilhas que chegavam à Praia <strong>de</strong> Fora, atravessando um matagalrasteiro.Ainda era possível alcançar Ipanema por dois caminhos por terra que exigiam uma árduacaminhada. O primeiro margeava a Lagoa a partir da Fonte da Sauda<strong>de</strong>. Ao atingir a Ponta doPires (atual Curva do Calombo), os viajantes eram o<strong>br</strong>igados a vencer o Morro dos Ca<strong>br</strong>itospassando, no alto, pelas Catacumbas e <strong>de</strong>scendo até atingirem o Saco das Catacumbas (atualParque da Catacumba). Voltavam, então a margear a Lagoa até atingir aquela trilha dos Caniços.Por fim, o percurso mais longo se fazia pelas terras dos atuais bairros do Jardim Botânico, Gáveae Leblon.Até o início do século XIX, essas terras faziam parte da Fazenda Nacional da Lagoa, queincluía as terras entre os atuais Leme e Avenida Niemeyer. Leiloadas pela Coroa, estas terrasforam se <strong>de</strong>smem<strong>br</strong>ando à medida que mudavam <strong>de</strong> donos. No final do mesmo século, emIpanema havia ainda pouquíssimas casas, espalhadas por imensas chácaras, em terras<strong>de</strong>svalorizadas. Em 1886, o Comendador José Antônio Moreira Filho, II Barão <strong>de</strong> Ipanema,adquiriu ao Comendador Francisco José Fialho os terrenos no quadrilátero formado pela Pedra doBaiano (Jardim <strong>de</strong> Alah), rua da Igrejinha (atual Francisco Otaviano), praia <strong>de</strong> Fora (avenida VieiraSouto) e a lagoa Rodrigo <strong>de</strong> Freitas, e <strong>de</strong>cidiu <strong>de</strong>sfazer-se <strong>de</strong>ste gran<strong>de</strong> areal, loteando-o.


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual6 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-José Antônio Moreira Filho, nasceu no Rio <strong>de</strong> Janeiro em 28/10/1830 e faleceu nessamesma cida<strong>de</strong> em 27/01/1899. Recebeu o título <strong>de</strong> Barão em 13/03/1885, elevado às honras <strong>de</strong>gran<strong>de</strong>za em 05/07/1888. Era um dos sete filhos <strong>de</strong> José Antônio Moreira e da ca<strong>rio</strong>ca LaurindaRosa Ferreira dos Santos. O industrial paulista José Antônio Moreira recebeu o título <strong>de</strong> Barão <strong>de</strong>Ipanema em 14/03/1847 (elevado às honras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za em 25/03/1849), passando a Viscon<strong>de</strong>em 02/12/1854, e finalmente elevado a Con<strong>de</strong> em 20/02/1868. A origem do título Ipanema vem dafreguesia <strong>de</strong> São João <strong>de</strong> Ipanema, a oeste da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, criada em 19/10/1917. Onome da freguesia homenageia D. João VI e o <strong>rio</strong> Ipanema, às margens do qual ficava o lugarejo.Aí existia aquela que seria a primeira fá<strong>br</strong>ica <strong>de</strong> ferro do Brasil, e sendo Moreira <strong>de</strong>dicado àindústria do ferro, ao receber seu título nobiliárquico teria escolhido a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> Ipanemacomo forma <strong>de</strong> homenagear tal fá<strong>br</strong>ica, localizada no seu estado natal. Apesar <strong>de</strong> Ipanema emtupi-guarani significar “água ruim”, parece não se relacionar com as águas da Lagoa ou do mar, esim com as do citado <strong>rio</strong> às margens do qual estava situada a freguesia <strong>de</strong> São João <strong>de</strong> Ipanema.O nome do bairro, por sua vez, teria se originado do título do seu fundador.O loteamento inicial <strong>de</strong> Ipanema <strong>de</strong>u-se como uma continuação do loteamento aberto emCopacabana, a partir <strong>de</strong> 1892, entre a atual rua Figueiredo Magalhães e a Igrejinha (terrenos daantiga Chácara do Fialho) pela empresa que contava como sócios com o Barão <strong>de</strong> Ipanema, oCoronel Antônio José Silva, José Luís Guimarães Caipora e Constante Ramos. Sozinho ou nacompanhia dos outros sócios, o Barão a<strong>br</strong>iu e doou à prefeitura as ruas Sousa Lima, Sá Ferreira,Domingos Ferreira, Guimarães Caipora (atual Bolivar), Constante Ramos, Ipanema (atual Barão<strong>de</strong> Ipanema), Almirante Gonçalves, João Francisco (atual Miguel Lemos) e Pereira Passos (hojeincorporada à Barata Ribeiro).O Barão possuía também terras do outro lado do canal que hoje separa os bairros <strong>de</strong>Ipanema e Leblon, na localida<strong>de</strong> então conhecida como Pedra do Baiano (área on<strong>de</strong> hoje seencontram a Cruzada São Sebastião e o Clube Monte Líbano). Essas terras haviam sidoadquiridas ao Comendador João Soares Paiva e a Antônio Lopes Marinho. Em 1881, o Barãomandou elaborar um projeto para a construção <strong>de</strong> um canal ligando a lagoa com o mar, através<strong>de</strong> um tubo <strong>de</strong> um metro <strong>de</strong> diâmetro. Parece que, na mesma ocasião, o Barão haveria tentadoa<strong>br</strong>ir, sem sucesso, aquela que seria a primeira rua projetada do Leblon, ligando a Praia do Pintoà Barra da Lagoa.As chácaras adquiridas pelo Barão em Ipanema foram transformadas em um só terreno, edivididas em cerca <strong>de</strong> 40 quadras, e estas subdivididas em 40 lotes cada, que, na sua maioria,mediam 10 metros <strong>de</strong> frente e 50 metros <strong>de</strong> fundo. Estes foram distribuídos numa teia urbanística,


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual7 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-com suas ruas e praças em traçado reticulado, do tipo clássico, chamado renascentista, com ruasparalelas ao mar, cortadas pelas transversais, formando uma espécie <strong>de</strong> tabuleiro enxadrezado,tendo no centro alguns quarteirões, a igreja e as praças públicas.O termo <strong>de</strong> fundação da Vila Ipanema foi assinado em 26 <strong>de</strong> a<strong>br</strong>il <strong>de</strong> 1894, instituindo aabertura <strong>de</strong> 19 ruas e duas praças: as praças Marechal Floriano Peixoto (hoje General Osó<strong>rio</strong>) eCoronel Henrique Valadares (hoje Nossa Senhora da Paz), a avenida Vieira Souto, e as ruasAlberto <strong>de</strong> Campos, General Gomes Carneiro, Igrejinha <strong>de</strong> Copacabana, Doutor Bulhões <strong>de</strong>Carvalho, Nascimento Silva, 28 <strong>de</strong> Agosto (hoje Barão da Torre), 20 <strong>de</strong> Novem<strong>br</strong>o (hoje Viscon<strong>de</strong><strong>de</strong> Pirajá), <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, 16 <strong>de</strong> Novem<strong>br</strong>o (hoje Janga<strong>de</strong>iros), 4 <strong>de</strong> Dezem<strong>br</strong>o (hoje Teixeira<strong>de</strong> Melo), Farme <strong>de</strong> Amoedo, Montenegro (hoje Vinícius <strong>de</strong> Moraes), Praia da Saneada, OscarSilva (hoje Joana Angélica), Otávio Silva (hoje Maria Quitéria), Pedro Silva (hoje Garcia D’Ávila),Da<strong>rio</strong> Silva (hoje Aníbal <strong>de</strong> Mendonça) e Irineu Silva, que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> existir.O Coronel Antônio José Silva (sócio do Barão nos seus empreendimentos tanto emCopacabana quanto em Ipanema e também proprietá<strong>rio</strong> <strong>de</strong> algumas terras aí) era responsávelpela venda dos terrenos e mandou colocar trilhos <strong>de</strong>smontáveis ao longo da rua 20 <strong>de</strong> Novem<strong>br</strong>o,a primeira a ser aberta, on<strong>de</strong> um pequeno bon<strong>de</strong> puxado a burro conduzia os interessados nacompra dos terrenos. Consta que o Coronel Silva foi uma figura popular daqueles tempos, e jáhavia usado <strong>de</strong> semelhante expediente em ocasião ante<strong>rio</strong>r. Antes do loteamento <strong>de</strong> Ipanema, oCoronel Silva já lá morava e, no mesmo imóvel, mantinha um restaurante. Como os bon<strong>de</strong>s sóchegavam até a Igrejinha, ele pôs um bondinho gratuito daí até o seu restaurante para atrair afreguesia.Assim como Copacabana, Ipanema também foi vendida como um “bairro saudável ehigiênico”, conforme dizia o Álbum Ilustrado em 1902. O mesmo periódico anunciava casas epalacetes em “solo fertilíssimo e salubérrimo, o melhor ponto para residência, quer <strong>de</strong> famíliaselegantes, quer da classe média, ou mesmo do operariado”. Da mesma forma que Copacabana,Ipanema era recomendada para tuberculosos, “doentes <strong>de</strong> fe<strong>br</strong>es <strong>de</strong> mao caráter, sezões (sic),etc...”, pois o ar benéfico daquele “Ël-doirado” curava sem o auxílio da medicina. Mas os terrenosforam sendo vendidos com certa dificulda<strong>de</strong> (ao preço <strong>de</strong> um conto e quinhentos mil réis cadaum). Ninguém queria investir naquele fim <strong>de</strong> mundo.


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual8 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-Ipanema e Leblon c.1900Em 1898, a Prefeitura promulgou <strong>de</strong>creto que isentava a construção <strong>de</strong> residências na VilaIpanema por qualquer pessoa, do pagamento <strong>de</strong> quaisquer impostos que recaíam so<strong>br</strong>e aconstrução urbana em geral, durante os cinco anos seguintes. Prazo que, por outro <strong>de</strong>creto, foiampliado para <strong>de</strong>z anos em 1902. Ambos os <strong>de</strong>cretos foram revogados em 1905. Mesmo ano emque, <strong>de</strong>vido ao lento crescimento do bairro, assumiu a sua urbanização a Companhia Construtora<strong>de</strong> Ipanema, <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Raul Kennedy <strong>de</strong> Lemos e Otávio Rocha Miranda, com o objetivo<strong>de</strong> combater os alagados e focos <strong>de</strong> mosquito que entravavam o crescimento do bairro. Essafirma encerrará suas ativida<strong>de</strong>s somente em 1927.Ajudou na ocupação do novo bairro o prolongamento, em 1902, da linha <strong>de</strong> bon<strong>de</strong>s doramal da Igrejinha até a Praça General Osó<strong>rio</strong>. O Barão <strong>de</strong> Ipanema já havia sido um dosprincipais responsáveis, quando do loteamento <strong>de</strong> Copacabana, pela chegada dos bon<strong>de</strong>s daCompanhia Jardim Botânico até a Igrejinha. Juntamente com Guimarães Caipora e os sócios daEmpresa <strong>de</strong> Construções Civis (a outra empresa responsável pelo loteamento <strong>de</strong> Copacabana),firmou contratos com a Jardim Botânico para a construção <strong>de</strong> cocheiras e estações, além <strong>de</strong>contribuir com gran<strong>de</strong>s somas para a construção <strong>de</strong>ste ramal e, até mesmo, ressarcir aCompanhia dos gastos que esta fez com a inauguração do ramal.Por isso também, a ocupação resi<strong>de</strong>ncial do bairro começou a partir da fronteira comCopacabana em direção ao canal da barra da Lagoa (atual Jardim <strong>de</strong> Alah). Na ocasião dafundação do bairro, o Barão <strong>de</strong> Ipanema presenteou o então Presi<strong>de</strong>nte da República, o MarechalFloriano Peixoto, com os lotes 1 e 2 quadra 5 da rua Vieira Souto, e com os lotes 21 e 22 quadra 5da rua <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, com frente para a praça que recebeu o seu nome. Sabe-se que,quatro anos mais tar<strong>de</strong>, Floriano Peixoto ven<strong>de</strong>u seu lote 21, para Maria Theodora Fialho, que já


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual9 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-possuía diversos terrenos na Villa Ipanema. As primeiras famílias que povoaram o bairro foram osAlvim, os Catão, os Mello Franco, os Nogueira da Gama e os Mo<strong>de</strong>sto Leal. As primeirasresidências parecem ter pertencido ao primeiro diretor da Seção <strong>de</strong> Manuscritos da BibliotecaNacional, Teixeira <strong>de</strong> Melo; ao con<strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>sto Leal; a Cesá<strong>rio</strong> Alvim; ao oculista Moura Brasil e aopintor Magalhães Pinto. Em 1906, o bairro contava com 1006 moradores, ocupando 118residências <strong>de</strong> um ou dois pavimentos.Em 1910, registravam-se já 175 residências. Durante essa década ocorre o primeiroimpulso <strong>de</strong>senvolvimentista do bairro. Então, em 1914, a linha <strong>de</strong> bon<strong>de</strong>s é prolongada até o Bar20, localizado no fim da antiga rua 20 <strong>de</strong> Novem<strong>br</strong>o, e do qual já há referências <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1913,constituindo-se, provavelmente, no mais antigo estabelecimento do gênero no bairro. Nessamesma década, em 1918 iniciou-se a construção da Igreja Nossa Senhora da Paz. E, no mesmoano, da primeira ponte so<strong>br</strong>e a barra da Lagoa, ligando as Avenidas Vieira Souto e Delfim Moreira,permitindo que a linha <strong>de</strong> bon<strong>de</strong> “Jardim Botânico” pu<strong>de</strong>sse vir até Ipanema, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passarpela Gávea e Leblon, fazendo o retorno no largo do Bar 20 e voltando pela praia do Leblon.É importante ressaltar a presença <strong>de</strong> estrangeiros neste período inicial <strong>de</strong> urbanização dobairro. Des<strong>de</strong> 1904, o cônsul geral da Suécia, Johan Edward Jansson, já havia construído o seuCastelinho em estilo mourisco, na Avenida Vieira Souto. Construção que se manteria <strong>de</strong> pé até1965 e se tornaria famosa na história do bairro. Muitos estrangeiros vieram como funcioná<strong>rio</strong>s <strong>de</strong>empresas estrangeiras que no início do século trabalhavam no <strong>de</strong>senvolvimento da cida<strong>de</strong>, comoa cana<strong>de</strong>nse The Rio <strong>de</strong> Janeiro Tramway, Light & Power Co. Ltda. (a atual Light), ou TheBotanical Gar<strong>de</strong>n Rail Road (a já citada companhia <strong>de</strong> bon<strong>de</strong>s Jardim Botânico). Em 1916, acolônia anglo-americana resi<strong>de</strong>nte no bairro funda The Rio <strong>de</strong> Janeiro Country Club, em terrasarrendadas por 10 anos a Raul Kennedy <strong>de</strong> Lemos. O sucesso do clube foi tamanho que a suadiretoria resolveu comprar a área menos <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong>pois da fundação.


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual10 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-Ipanema e Leblon c.1920Em 1920, o engenheiro Carlos Sampaio assumiu a Prefeitura do Distrito Fe<strong>de</strong>ral (1920-1922) com a incumbência <strong>de</strong> preparar a cida<strong>de</strong> para as comemorações do Centená<strong>rio</strong> daIn<strong>de</strong>pendência. Em 1921, durante a sua gestão, é aprovado o projeto <strong>de</strong> arruamento da área <strong>de</strong>Ipanema compreendida entre a Avenida Henrique Dumont e a rua Teixeira <strong>de</strong> Melo e as avenidasVieira Souto e Epitácio Pessoa. Foi apresentado o traçado em xadrez, <strong>de</strong> quadras retangularescomo os já traçados pelo próp<strong>rio</strong> Barão. Também nessa mesma época, como parte das o<strong>br</strong>asempreendidas pelo prefeito Carlos Sampaio visando o saneamento da Lagoa Rodrigo <strong>de</strong> Freitas,a antiga praia da Saneada (<strong>de</strong>pois Avenida Ipanema), que ficava <strong>de</strong> frente para a Lagoa, passou aintegrar a recém-aberta avenida Epitácio Pessoa.Foi Carlos Sampaio quem alterou, através <strong>de</strong> <strong>de</strong>cretos, os primitivos nomes <strong>de</strong> algumasruas <strong>de</strong> Ipanema, para homenagear <strong>br</strong>asileiros que tiveram participação ativa nas lutas pelain<strong>de</strong>pendência do Brasil como Joana Angélica, Maria Quitéria, Garcia D’Ávila, Barão da Torre,Barão <strong>de</strong> Jaguaribe e Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pirajá. A <strong>de</strong>nominação das ruas e das praças abertas peloBarão <strong>de</strong> Ipanema havia seguido três crité<strong>rio</strong>s: em primeiro lugar, homenagear mem<strong>br</strong>os da suafamília ou datas <strong>de</strong> acontecimentos ligados a ela; em segundo, homenagear os integrantes dafamília do Coronel Antônio José Silva; e finalmente, homenagear todas as autorida<strong>de</strong>s queestiveram envolvidas no <strong>de</strong>ferimento do processo <strong>de</strong> construção.Na década <strong>de</strong> 1930, acentua-se a expansão resi<strong>de</strong>ncial em direção ao vetor sul dacida<strong>de</strong>, fruto <strong>de</strong> uma nova mentalida<strong>de</strong> que se difun<strong>de</strong>, principalmente, entre a elite, para a qualagora “bem viver” implica em <strong>de</strong>sfrutar do clima fresco da orla oceânica, usufruir a beleza das


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual13 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-jornalistas, fotógrafos, cineastas, dramaturgos, roteiristas, cenógrafos, figurinistas, atores eestilistas <strong>de</strong> moda <strong>de</strong> que se tem notícia no Brasil. E todos eles, homens e mulheres comcaracterísticas em comum: libertá<strong>rio</strong>s, boêmios, lúdicos, corajosos e excêntricos. O que marca aforte ligação do bairro com a história cultural e artística da cida<strong>de</strong>. Por isso, mais do que pela suaarquitetura ou por alguma marca característica que guar<strong>de</strong> no seu espaço físico, Ipanema setornou famosa pela sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inventar, popularizar ou exportar modismos.Em 1945, o comerciante português Raul Veloso a<strong>br</strong>iu o Bar e Mercearia O Botineiro, queficou mais conhecido pelo nome do dono: Bar Veloso (Garota <strong>de</strong> Ipanema, a partir <strong>de</strong> 1967). AliVinícius <strong>de</strong> Moraes e Tom Jobim, freqüentadores habituais, compuseram o clássico Garota <strong>de</strong>Ipanema, em 1962. No final dos anos <strong>de</strong> 1950, já era famoso o bar Mau Cheiro (atual Barril 1800,na esquina da Avenida Rainha Elizabeth com Vieira Souto), seu nome oficial era Recreio <strong>de</strong>Ipanema. Era freqüentado predominantemente por motoristas <strong>de</strong> ônibus e se tornou o localpreferido pelo pessoal do Cinema Novo na década seguinte.Em 1971, começou a construção do “píer” que ajudaria na instalação do emissá<strong>rio</strong>submarino do bairro, entre as ruas Teixeira <strong>de</strong> Melo e Farme <strong>de</strong> Amoedo. Até 1974, quando foi<strong>de</strong>smontado, o “píer” tornou-se um dos mais famosos points da praia. Ali conviviam surfistas,intelectuais e artistas. A areia dragada do mar e <strong>de</strong>spejada na praia formava dunas que atraíram acantora Gal Costa, e com ela vieram os compositores Jards Macalé, Jorge Mautner e NelsonJacobina; as atrizes O<strong>de</strong>te Lara, Sonia Braga e Tania Alves; os cineastas Julio Bressane, Nevilled’Almeida e Rogé<strong>rio</strong> Sganzerla, entre outros expoentes da contra-cultura que caracterizaram oambiente cultural <strong>de</strong> Ipanema. Ali se ven<strong>de</strong>ram os primeiros sanduíches naturais, os livros <strong>de</strong>poesia da Geração Mimeógrafo e gibis, revistas e jornais alternativos. Foi também nas dunas doPíer, ou “Dunas da Gal”, que Leila Diniz se apresentou grávida <strong>de</strong> biquíni, em agosto <strong>de</strong> 1971,chocando a socieda<strong>de</strong> conservadora ca<strong>rio</strong>ca e sendo instantaneamente seguida por uma legião<strong>de</strong> outras grávidas. Era como uma “república in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte” nos piores tempos do regime militar:os anos Médici (1969-1974). Anos <strong>de</strong>pois, haveria uma tendência difundida em românticos artigosna imprensa, a consi<strong>de</strong>rar o píer um foco <strong>de</strong> resistência ao regime militar. Mas como nada do quese fazia ali era secreto, sendo do conhecimento geral, inclusive do <strong>gov</strong>erno, a impressão que setem é que toda aquela liberda<strong>de</strong> era apenas uma “liberda<strong>de</strong> consentida” pelo <strong>gov</strong>erno.Depois <strong>de</strong> lançar, no final da década <strong>de</strong> 1950, a Bossa Nova para o mundo pelas mãos <strong>de</strong>ipanemenses como Tom Jobim, Vinícius <strong>de</strong> Moraes, Ronaldo Boscoli e Carlos Lyra (entre outros);surgia no Arpoador, em 1982, o Circo Voador (que se popularizaria <strong>de</strong>pois na Lapa). Espaçoprivilegiado para o surgimento e divulgação <strong>de</strong> outro estilo musical: o Rock Nacional. Ali estrearam


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual14 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-o ipanemense Cazuza e o Barão Vermelho, a Blitz, Lulu Santos, Kid Abelha entre outros. Damesma forma, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> servir <strong>de</strong> berço para a Banda <strong>de</strong> Ipanema, que <strong>de</strong>sfilou pela primeira vezno carnaval <strong>de</strong> 1965, surgiu no bairro, no carnaval <strong>de</strong> 1985, o bloco carnavalesco Simpatia éQuase Amor, um dos responsáveis pela revitalização do carnaval <strong>de</strong> rua na cida<strong>de</strong>.O bairro se caracterizou também por conjugar vida diurna, ligada à prática <strong>de</strong> esportes napraia (primeiro o surfe e <strong>de</strong>pois o volêi <strong>de</strong> praia), e vida noturna. Dessa forma, foi criado o ParqueGarota <strong>de</strong> Ipanema no Arpoador, e a Pedra do Arpoador foi tombada e iluminada em 1989,permitindo a prática do surf à noite. Ao mesmo tempo, a boemia se faz presente por todos oscantos do bairro. Aos tradicionais bares, existentes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do século, juntaram-se outrosque fizeram a fama da vida noturna do bairro.No campo da moda, Ipanema também se tornou uma referência. Tanto pelo surgimento alidas grifes que ditavam a moda <strong>de</strong> praia, como a Company e a Bum-Bum, nas décadas <strong>de</strong> 1970 e1980; quanto pela Feira Hippie da Praça General Osó<strong>rio</strong>. Essa última começou como um pequenoponto <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> trabalhos artísticos, instalado naquela praça por alguns artistas plásticosincentivados por Hugo Bi<strong>de</strong>t, um dos fundadores da Banda <strong>de</strong> Ipanema. A estes se juntarama<strong>de</strong>ptos do movimento hippie em ascensão. Até receber permissão do Departamento <strong>de</strong> Parquese Jardins para o seu funcionamento, em 1969, eram comuns as perseguições policiais aos artistase artesãos.Medidas visando a preservação do patrimônio cultural do bairro <strong>de</strong> Ipanema foram tímidasaté a década <strong>de</strong> 1990. Somente a partir <strong>de</strong>ssa década começou a se dar mais atenção àpreservação <strong>de</strong>ste patrimônio, notadamente durante a execução do projeto Rio Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Ipanema, entre 1994 e 1996, na primeira gestão do prefeito César Maia (1993-1996).A primeira medida <strong>de</strong> preservação tomada no bairro fora o tombamento, a nívelfe<strong>de</strong>ral, do chafariz das Saracuras, localizado na praça General Osó<strong>rio</strong>, em 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1938,ano da criação do Serviço <strong>de</strong> Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), atual IPHAN,(processo 99-T, inscrição nº 66, Livro Belas Artes Volume 1, e inscrição 156, Livro Histórico,Volume 1). O chafariz das Saracuras foi construído em 1795, por mestre Valentim (mesmo autordo chafariz existente na Praça XV <strong>de</strong> Novem<strong>br</strong>o), para ser implantado no claustro do Convento <strong>de</strong>Nossa Senhora da Ajuda. Esse convento ficava no Largo da Ajuda, no local on<strong>de</strong> na segundadécada do século XX foi construída a atual Praça Marechal Floriano (Cinelândia). E lá esteve atéser vendido à Companhia Rio <strong>de</strong> Janeiro Light & Power, que o <strong>de</strong>moliu em fins <strong>de</strong> 1911,


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual16 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-Escola Municipal Henrique Dodsworth (Dec. 14924/96 <strong>de</strong> 26.06.1996), da igreja Nossa Senhorada Paz (Dec. 14924/96 <strong>de</strong> 26.06.1996), do Jardim do Chapeuzinho Vermelho (Dec. 15003/96 <strong>de</strong>29.07.1996). Em 2004, o Decreto Municipal 23959 tombaria o imóvel <strong>de</strong> nº 35 da rua Farme <strong>de</strong>Amoedo.A Escola Municipal Henrique Dodsworth está localizada na esquina da Avenida EpitácioPessoa com a rua Re<strong>de</strong>ntor. Foi projetada, em 1940, pelo arquiteto Raul Pennafirme, e construídaentre 1941 e 1943, quando foi inaugurada tendo o próp<strong>rio</strong> interventor (1937-1945) como patrono.O prédio foi construído ao gosto neo-colonial, optando-se por linhas retas e curvas pouco nítidasno contorno dos vãos <strong>de</strong> portas e janelas.A Igreja <strong>de</strong> Nossa Senhora da Paz situa-se em frente à praça <strong>de</strong> mesmo nome, no número339 da rua Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pirajá. A idéia <strong>de</strong> se construir uma igreja sob essa invocação surgiu apóso término da Primeira Guerra Mundial. Para a sua construção foi utilizado o dinheiro dain<strong>de</strong>nização da <strong>de</strong>molição da igrejinha <strong>de</strong> Copacabana, que acabara <strong>de</strong> ocorrer, além do dinheiroarrecadado com doações. O projeto da igreja, em que dominam características e influênciasbizantinas, é <strong>de</strong> autoria do arquiteto Gastão Bahiana. Seu culto e administração estão sob adireção dos fra<strong>de</strong>s da Or<strong>de</strong>m Franciscana.Nas duas décadas seguintes, fatores diversos levaram à intensificação do processo <strong>de</strong>ocupação da Zona Sul da cida<strong>de</strong>, acompanhada da verticalização da área edificada e daocupação <strong>de</strong> encostas por case<strong>br</strong>es erguidos por segmentos <strong>de</strong> baixa renda, como solução <strong>de</strong>moradia face ao estrutural déficit habitacional da cida<strong>de</strong>. A proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>trabalho nas o<strong>br</strong>as <strong>de</strong> infra-estrutura e construção civil e no setor <strong>de</strong> serviços presentes nesteprocesso dariam origem às favelas também em Ipanema, a exemplo do que ocorreu a outrostantos bairros da cida<strong>de</strong>. No morro do Cantagalo, localizado próximo ao limite do bairro comCopacabana, já na década <strong>de</strong> 1930 iniciou-se a formação das favelas do Cantagalo, Pavão ePavãozinho. Diferentes levas migratórias oriundas <strong>de</strong> estados do nor<strong>de</strong>ste, <strong>de</strong> Minas Gerais, entreoutros, formaram a crescente população daí, com variadas características culturais.No ano em que o bairro comemorou o seu centená<strong>rio</strong>, o Jornal do Brasil (17/04/1994) e arevista Veja Rio (20/04/1994) anunciaram o lançamento do projeto Rio Cida<strong>de</strong> Ipanema,concebido pelo escritó<strong>rio</strong> Paulo Casé e Luiz Acioli Arquitetos Associados, e escolhido através <strong>de</strong>concurso promovido pela Secretaria Municipal <strong>de</strong> Urbanismo, assim como os projetos <strong>de</strong>intervenção nos outros bairros incluídos no Rio Cida<strong>de</strong> I . A equipe projetista optou por reforçar,com o seu projeto, a vocação urbana do bairro para o lazer e a cultura.O projeto previa três pontosprincipais <strong>de</strong> intervenção: a rua Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pirajá, principal eixo comercial do bairro; a Praça


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual17 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-General Osó<strong>rio</strong> e o Largo do Bar 20, formado pela esquina da rua Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pirajá com aavenida Henrique Dumont.Para a rua Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pirajá, cuidou-se basicamente da remo<strong>de</strong>lação das calçadas, queforam setorizadas em três faixas distintas (<strong>de</strong> serviço, circulação e passeio) com texturas ecoloração diferenciadas no piso. Se, por um lado, essa regularização impôs um tratamentouniforme à calçada; por outro, nas esquinas e cruzamentos procurou-se enfatizar a singularida<strong>de</strong>através da diferenciação no tratamento dos pavimentos. Nos cruzamentos com as ruas JoanaAngélica, Garcia D’ Ávila e Farme <strong>de</strong> Amoedo foi aplicado no asfalto um <strong>de</strong>calque colorido. Aí,segundo o projeto, a pista dos carros seria elevada até o nível das calçadas e os pe<strong>de</strong>stresatravessariam a rua numa espécie <strong>de</strong> calçadão. Os cruzamentos elevados e com asfalto pintadofuncionariam “como um que<strong>br</strong>a-molas psicológico”, segundo o arquiteto Paulo Casé. Idéia quedividiu os moradores, quando começou a sair do papel, entre aqueles que aprovaram a novida<strong>de</strong>e os que a acharam feia e sem sentido. Além disso, ao longo <strong>de</strong> toda a via foi a<strong>de</strong>nsada aarborização, foram construídas floreiras, instaladas coberturas nos pontos <strong>de</strong> ônibus, renovado omobiliá<strong>rio</strong> urbano e organizados estacionamentos rotativos.Para a Praça General Osó<strong>rio</strong> estavam previstos, no projeto, um estacionamentosubterrâneo para 450 carros; um painel eletrônico anunciando a programação <strong>de</strong> eventos dobairro; além <strong>de</strong> duas passarelas que se entrecruzariam, por on<strong>de</strong> circulariam pe<strong>de</strong>stres efreqüentadores. Uma <strong>de</strong>las terminaria no alto <strong>de</strong> uma pirâmi<strong>de</strong> <strong>de</strong> 9,5 metros <strong>de</strong> altura, todaforrada <strong>de</strong> grama, projetada para ser erguida num dos cantos da praça, e <strong>de</strong>stinada a registrar earmazenar a história do bairro, o Arquivo <strong>de</strong> Ipanema, em cima do qual seria montado um coreto.Estavam projetados também uma escultura <strong>de</strong> Leila Diniz e três palcos para espetáculos.Poste<strong>rio</strong>rmente, com o projeto já em execução, foram <strong>de</strong>scartadas as modificações na praça.O ponto mais polêmico do projeto foi a urbanização do Largo do Bar 20. Esse trecho é <strong>de</strong>especial valor histórico para o bairro, pois nesse largo o bon<strong>de</strong> que ligava Ipanema ao centro dacida<strong>de</strong> chegava àquilo que seria o seu “ponto final”, fazendo o retorno. Numa alusão a esse fato,pretendia-se <strong>de</strong>senterrar os trilhos do bon<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixando-os à vista no seu local <strong>de</strong> origem, e seriaexposta uma carcaça <strong>de</strong> bon<strong>de</strong> <strong>de</strong> época, que seria doada pela Light, e ficaria semi-enterrada.Diante <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m técnica, e da dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se conseguir a carcaça do bon<strong>de</strong>,<strong>de</strong>sistiu-se <strong>de</strong>ssa idéia. O pavimento acabou por ganhar um <strong>de</strong>calque colorido que <strong>de</strong>senhava noasfalto a rótula <strong>de</strong> retorno dos trilhos com uma rosácea no inte<strong>rio</strong>r. No centro <strong>de</strong>ste espaço foierguido um obelisco iluminado. Foi construída também uma passarela em forma <strong>de</strong> arco, ligandoas duas calçadas, à guisa <strong>de</strong> pórtico. O obelisco e a passarela teriam a função <strong>de</strong> representar,


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual18 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-simbolicamente, o portão <strong>de</strong> entrada do bairro, assinalando os seus limites com o vizinho bairro doLeblon.Des<strong>de</strong> o início, a criação <strong>de</strong>sse marco já se apresentava como o ponto mais polêmico doprojeto. Segundo <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> Casé para o ca<strong>de</strong>rno especial <strong>de</strong> 100 anos <strong>de</strong> Ipanema,publicado pelo Jornal do Brasil, a passarela não teria nenhum objetivo prático: “É algo assim comoo Arco do Triunfo e a Torre Eiffel”. O seu ponto mais alto tem 8 metros e o arquiteto pretendia queas pessoas subissem nela para observar, <strong>de</strong> um lado, o Jardim <strong>de</strong> Alah e, do outro, a Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong>Pirajá. Porém, quando começou a ser construída, os moradores dos prédios vizinhos reclamaramque a passarela <strong>de</strong>vassaria os seus apartamentos e, por fim, <strong>de</strong>cidiu-se não se instalar as suasescadas laterais <strong>de</strong> acesso, inviabilizando a sua função pensada pelos projetistas. Temia-se aindaque o obelisco, localizado em meio ao largo, prejudicasse o trânsito.O projeto previa também um tratamento especial à rua Farme <strong>de</strong> Amoedo. Seria, essa via,entre as ruas Barão da Torre e Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pirajá, toda elevada ao nível da calçada, e a partir <strong>de</strong>sexta-feira à noite ela virtualmente se transformaria numa rua <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres, <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong>concentração <strong>de</strong> bares naquele trecho. Essa parte do projeto não foi executada, aten<strong>de</strong>ndo aoprotesto <strong>de</strong> moradores, contrá<strong>rio</strong>s ao fechamento da rua.Para <strong>de</strong>senvolver as suas idéias, os autores do projeto tiveram a assessoria <strong>de</strong> AlbinoPinheiro, Carlos Leonan, Francisco Brito, Má<strong>rio</strong> Peixoto e João Luiz Albuquerque. Profundosconhecedores da história do bairro, que teriam como tarefa levantar as ocorrências e ospersonagens presentes no imaginá<strong>rio</strong> dos antigos moradores. Essas memórias ficariamregistradas em placas <strong>de</strong> <strong>br</strong>onze afixadas nas calçadas no ponto exato on<strong>de</strong> ocorreram ouexistiram. Algumas placas foram afixadas ao longo da rua Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pirajá, assinalando oslocais em que haviam residido artistas e intelectuais como o jornalista João Saldanha, o escritorAníbal Machado (pai da teatróloga, atriz e também escritora Maria Clara Machado), e o ator MíltonMoraes; assim como aqueles em que funcionaram estabelecimentos marcantes para a memória<strong>de</strong> moradores e freqüentadores do bairro – o Bar Vinte, a Sorveteria <strong>Morais</strong>, o Bar Zeppelin, oCinema Pirajá.O Rio Cida<strong>de</strong> Ipanema foi executado pela Construtora Ferreira Gue<strong>de</strong>s Ltda, durante o ano<strong>de</strong> 1996, sendo inaugurado no dia 15 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong>sse mesmo ano. A sua execução a<strong>br</strong>angeuuma área <strong>de</strong> 9,3 ha, com a instalação <strong>de</strong> 4,2 km <strong>de</strong> galerias pluviais, <strong>de</strong> 97 postes <strong>de</strong> iluminação,<strong>de</strong> 82 coletores <strong>de</strong> lixo e 8 a<strong>br</strong>igos <strong>de</strong> ônibus; o plantio <strong>de</strong> 416 árvores; e a pavimentação <strong>de</strong> 81km 2 <strong>de</strong> ruas e 41 km 2 <strong>de</strong> calçadas.


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual19 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-A preocupação com a preservação <strong>de</strong> características arquitetônicas das diferentes fases dahistória do bairro e da memória <strong>de</strong> locais e personagens marcantes para a cultura local e nacionalculminou com o Decreto 23161 <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2003 que “Reconhece o Sítio Cultural <strong>de</strong>Ipanema, cria a Área <strong>de</strong> Proteção do Ambiente Cultural <strong>de</strong> Ipanema [APAC], VI RegiãoAdministrativa, tomba os bens que menciona e dá outras providências”.Foram tombados provisoriamente 16 imóveis em diferentes logradouros do bairro. Imóveisestes <strong>de</strong> uso predominantemente resi<strong>de</strong>ncial, ou originalmente resi<strong>de</strong>ncial mas adaptados para ofuncionamento <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> diversas naturezas. Além <strong>de</strong>stes, o Decreto <strong>de</strong>termina, em seuartigo 10, que "Ficam tombados, <strong>de</strong>finitivamente, nos termos do artigo 1º, da Lei nº 166 <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong>maio <strong>de</strong> 1980, a Praça Nossa Senhora da Paz e Monumento a Pinheiro Machado.”Para além do conceito “fachadista” <strong>de</strong> bem cultural, centrado no valor arquitetônico, o artigo13 traduz uma preocupação com “a preservação e valorização da memória cultural do bairro <strong>de</strong>Ipanema”, através <strong>de</strong> “inventá<strong>rio</strong>, registro e <strong>de</strong>claração ...dos bens materiais e imateriais quecompõem a dinâmica urbana do bairro...”. Determinando, por fim, que o órgão executivo doPatrimônio Cultural organize um banco <strong>de</strong> dados so<strong>br</strong>e tais bens, a ser <strong>de</strong>nominado “Núcleo <strong>de</strong>Referência Cultural Albino Pinheiro”.* Texto elaborado em 2003 e atualizado em julho <strong>de</strong> 2005.


PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRORUA PRUDENTE DE MORAIS, <strong>1356</strong>En<strong>de</strong>reço: <strong>Rua</strong> <strong>Pru<strong>de</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>Morais</strong>, <strong>1356</strong>A.R: VIBairro: IpanemaSecretaria Municipal das CulturasDepartamento Geral <strong>de</strong> Patrimônio CulturalDivisão <strong>de</strong> Cadastro e PesquisaCadastro <strong>de</strong> Bens Imóveis com Valor Individual20 -N o <strong>de</strong> ARQUIVO:-BIBLIOGRAFIA:1) livros:ABREU, Marilúcia; BARATA, Carlos Eduardo; GASPAR, Claudia Braga & PEIXOTO, Ma<strong>rio</strong>.Villa Ipanema. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Novo Quadro, 1994.ABREU, Maurício. A evolução urbana do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Rio <strong>de</strong> Janeiro: IPLANRIO/Zahar,1988.AIZEN, Ma<strong>rio</strong>; ALBERNAZ, Maria Paula; CARDOSO, Elizabeth Dezouzart; PECHMAN,Roberto Moses & VAZ, Lilian Fessler. Copacabana. Rio <strong>de</strong> Janeiro: João Fortes Engenharia/Ed.In<strong>de</strong>x, 1986.CASTRO, Ruy. Ela é ca<strong>rio</strong>ca. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.FRAIHA, Silvia ; LOBO, Tiza & RIBAS, Martha (coord.). Ipanema e Leblon. (Coleção Bairrosdo Rio). Rio <strong>de</strong> Janeiro: Casa da Palavra/Fraiha 1998.GÉRSON, Brasil. A história das ruas do Rio. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Brasiliana, 1965.Rio Cida<strong>de</strong>: o urbanismo <strong>de</strong> volta às ruas. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Mauad, 1996.ROUCHOU, Jöelle & BLANC, Lúcia (org.). Memórias <strong>de</strong> Ipanema: 100 anos do bairro. Rio<strong>de</strong> Janeiro: SMC, 1994.SANTOS, Noronha. As freguesias do Rio antigo. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Edições O Cruzeiro, 1965.SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA, TURISMO E ESPORTES, DGPC. Rio <strong>de</strong>Janeiro, uma cida<strong>de</strong> no tempo. Secretaria Municipal <strong>de</strong> Cultura, Turismo e Esportes, DGPC, RJ:Diagraphic Projetos Gráficos e Editoriais Ltda., 1992.2) periódicos:Ca<strong>de</strong>rno Especial – Ipanema 100 anos. Jornal do Brasil. 17 <strong>de</strong> a<strong>br</strong>il <strong>de</strong> 1994.Sauda<strong>de</strong> do Porvir.Veja Rio. 20 <strong>de</strong> a<strong>br</strong>il <strong>de</strong> 1994.Mãos à o<strong>br</strong>a. Jornal do Brasil. 04 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1995.Cruzamentos ganham colorido. Jornal do Brasil. 29 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1996.Ipanema <strong>de</strong>pois dos Tapumes.O Globo. 08 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1996.Vieira Souto: o metro vale ouro. O Globo Ipanema. 27 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1983.

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