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técnicas básicas de técnicas básicas de morfologia vegetal ... - people

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53• segurar o material com uma das mãos e com a outra seccioná-lo com navalha oulâmina cortante nova;• receber os cortes em vidro-<strong>de</strong>-relógio contendo água;• selecionar os mais <strong>de</strong>lgados, transportando-os com pincel ou estilete;• se necessário, diafanizar com solução <strong>de</strong> cloral hidratado a 60% ou <strong>de</strong> hipoclorito<strong>de</strong> sódio a 20%;• lavar os cortes com água;• corá-los com reagentes ou corantes a<strong>de</strong>quados;• para preparação temporária, confeccionar as lâminas utilizando como meio <strong>de</strong>montagem água ou solução <strong>de</strong> etanol a 30%, cobrindo com lamínula;• para preparação semipermanente, confeccionar as lâminas com solução <strong>de</strong>glicerina a 60% ou gelatina glicerinada, cobri-las com lamínula e lutar com esmalteincolor;• para preparação permanente, <strong>de</strong>sidratar progressivamente os cortes em sérieetanólica (50, 70, 90, 100 e novamente 100%) e diafanizar em série etanol-xilólica(3:1, 1:1, 1:3 e xilol puro); montar as lâminas com bálsamo-do-canadá ou resinasintética.CORTES EM MICRÓTOMOO micrótomo permite que se obtenham cortes com espessura <strong>de</strong>finida, apartir <strong>de</strong> material rígido ou, quando frágil, infiltrado em suporte a<strong>de</strong>quado. Omicrótomo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slize secciona o material em cortes individuais, enquanto que orotatório possibilita a formação <strong>de</strong> uma “fita”, com cortes sequenciais.O preparo das amostras para seccionamento geralmente envolvefixação, <strong>de</strong>sidratação, infiltração e emblocamento.FixaçãoO processo <strong>de</strong> fixação procura preservar a estrutura celular, sem alterara química da célula. Os fixadores são agentes físicos (calor, frio, <strong>de</strong>ssecamento) ou


55material passa sucessivamente por soluções cada vez mais concentradas <strong>de</strong> etanol(50, 70, 90, 100 e 100%), por um tempo <strong>de</strong>terminado.InfiltraçãoQuando a matriz escolhida é insolúvel em etanol, este <strong>de</strong>ve sersubstituído gradualmente por um solvente on<strong>de</strong> a mesma seja solúvel, para quepossa penetrar no interior da célula. No caso da matriz ser parafina, após<strong>de</strong>sidratação, o material passa por série etanol-xilólica (3:1, 1:1, 1:3, xilol puro), o queo torna apto a receber a matriz. Proce<strong>de</strong>-se à substituição gradativa do xilol pelaparafina, adicionando-se parafina fundida em estufa ao solvente e <strong>de</strong>scartando-semeta<strong>de</strong> da mistura, repetidamente após tempo a<strong>de</strong>quado.Frequentemente, a matriz <strong>de</strong> escolha é a parafina, por ser menosonerosa e apresentar bons resultados. Entretanto, po<strong>de</strong>-se optar por :♦ paraplast - mistura <strong>de</strong> parafina altamente purificada com polímeros plásticos edimetilsulfóxido, que permite melhor penetração e infiltração (a<strong>de</strong>rência);♦ celoidina - nitrato <strong>de</strong> celulose, que se solubiliza em mistura <strong>de</strong> álcool e éter, emambiente anidro;♦ metacrilato - historresina ou metacrilato glicol diestearato, solúvel em água e usadopara materiais duros.Inclusão ou emblocamentoO material <strong>de</strong>vidamente infiltrado é colocado em um mol<strong>de</strong> (caixinha <strong>de</strong>papel ou <strong>de</strong> plástico), que é preenchido pela matriz, <strong>de</strong> modo a formar um pequenobloco. Este é aparado e po<strong>de</strong> ser encaixado no micrótomo para ser seccionado.Seccionamento em micrótomoO bloco <strong>de</strong>vidamente aparado é colocado sobre suporte, fixado nomicrótomo e seccionado. A fita formada ou os cortes individuais são apoiados emfundo escuro para facilitar a visualização.


56Distensão dos cortesOs cortes são a<strong>de</strong>ridos a lâminas histológicas, geralmente utilizando-sedos a<strong>de</strong>sivos <strong>de</strong> Haupt ou Bissing. Essas lâminas são colocadas em placaaquecedora até distensão dos cortes (ficam translúcidos) e <strong>de</strong>pois levadas à estufapara secar.Desparafinização e diafanizaçãoAs lâminas são retiradas da estufa e imersas em xilol para retirada daparafina (matriz). São coradas, usualmente por meio <strong>de</strong> reidratação, solução <strong>de</strong>corante e <strong>de</strong>sidratação, como se segue : série etanol-xilólica (1:3, 1:1, 3:1 e etanol a100%), série etanólica <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte (100, 90, 70 e 50%), coloração com solução <strong>de</strong>corante a 50% em etanol, série etanólica ascen<strong>de</strong>nte (50, 70, 90, 100 e 100%) e sérieetanol-xilólica (3:1, 1:1, 1:3 e xilol puro). O xilol favorece a transparência dos cortes.MontagemÀ lamínula adiciona-se o meio <strong>de</strong> montagem (bálsamo-do-canadá,euparal ou resinas sintéticas: Harlecco, Permount etc.) e esta é sobreposta na lâmina,<strong>de</strong>ixando secar.DISSOCIAÇÃO DE ELEMENTOS CELULARESOs cortes histológicos apresentam as estruturas bidimensionalmente.Para se obter uma visão tridimensional, os elementos celulares <strong>de</strong>vem estar isolados,mediante técnica <strong>de</strong> dissociação ou maceração. Essa técnica consiste na separaçãomecânica e química das células, por meio <strong>de</strong> reagentes que <strong>de</strong>sintegram a lamelamédia. Vários métodos po<strong>de</strong>m ser aplicados, tais como :⇒ método <strong>de</strong> Jeffrey - mistura <strong>de</strong> ácido nítrico a 10% e ácido crômico a 10%,na proporção <strong>de</strong> 1:1;⇒ método <strong>de</strong> Foster - mistura <strong>de</strong> etanol a 70% e ácido clorídrico concentrado(3:1);


57⇒ método <strong>de</strong> Franklin - mistura <strong>de</strong> água oxigenada 20 vol. e ácido acéticoglacial (1:1).DIAFANIZAÇÃO OU CLARIFICAÇÃOA técnica <strong>de</strong> tornar semitransparentes peças vegetais <strong>de</strong> tamanhosvariados, geralmente laminares, é <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> diafanização ou clarificação.Basicamente consiste na dissolução do conteúdo celular, restando apenas a pare<strong>de</strong>celular, o que se presta eficientemente para o estudo da nervação foliar.Os reagentes empregados para diafanização comumente são soluçõesaquosas <strong>de</strong> hidróxido <strong>de</strong> sódio a 5-20%, cloral hidratado a 30-60% ou hipoclorito <strong>de</strong>sódio a 10-20%. Para se confeccionar lâminas permanentes, o material diafanizado écorado, <strong>de</strong>sidratado em série etanólica e etanol-xilólica e montado com bálsamo ouresina, entre lâmina e lamínula.FixadoresPREPARO DE SOLUÇÕESNawaschinácido crômico a 1%ácido acético glacialformalina75ml5ml20mlF A A 50 (ou70 )formalinaácido acético glacialálcool etílico a 50% (ou 70%)Craft IIIácido crômico a 1%ácido acético a 10%formalinaágua <strong>de</strong>stilada5ml5ml90ml30ml20ml10ml40ml


58Corantes e reagentesSudan IVSudan IVetanol a 80%glicerina5g100ml10mlLugoliodoio<strong>de</strong>to <strong>de</strong> potássioágua <strong>de</strong>stilada1g3g300mlCloreto <strong>de</strong> zinco iodadocloreto <strong>de</strong> zinco30giodo 0,9gio<strong>de</strong>to <strong>de</strong> potássio5gágua <strong>de</strong>stilada14mlFloroglucinol clorídricoetanol a 95%ácido clorídricofloroglucinolágua <strong>de</strong>stilada100ml25ml1g25mlSulfato férricosulfato férricoformalinaágua <strong>de</strong>stilada10g5ml100mlCloreto férricocloreto férricocarbonato <strong>de</strong> cálcioágua <strong>de</strong>stilada10gtraços100mlAzul <strong>de</strong> astraazul <strong>de</strong> astra 0,5gácido tartárico2gágua <strong>de</strong>stilada100ml


59Fucsina básicafucsina básica 0,5getanol a 50%100mlSafraninasafranina1getanol a 95%100ml* no momento do uso, diluir em água <strong>de</strong>stilada (1:1).A<strong>de</strong>sivosA<strong>de</strong>sivo <strong>de</strong> Hauptgelatinafenolglicerinaágua <strong>de</strong>stilada1g2g15g100mlA<strong>de</strong>sivo <strong>de</strong> Bissingformalinaa<strong>de</strong>sivo <strong>de</strong> Hauptágua <strong>de</strong>stilada6ml1,4ml194mlMeio <strong>de</strong> montagemGelatina glicerinada <strong>de</strong> Kaiserglicerina70mlgelatina10gfenol 1,4gágua <strong>de</strong>stilada60ml


60BIBLIOGRAFIA RECOMENDADABERLYN, G.P. & MIKSCHE, J.P. Botanical microtechnique and cytochemistry.Ames: Iowa Sate University Press, 1976.BUCHERL, W. Técnica microscópica. 3.ed. São Paulo: Polígono, 1962.FOSTER, A.S. Practical plant anatomy. 2.ed. Princeton: D. Van Nostrand, 1949.FRANKLIN, G.L. Preparation of thin sections of synthetic resins and wood-resincomposites, and a new macerating method for wood. Nature, London, v. 155,n. 3924, p. 51, 1945.JOHANSEN, D.A. Plant microtechnique. New York: McGraw-Hill Book, 1940.ROESER, K.R. Die Na<strong>de</strong>l <strong>de</strong>r Schwarzkiefer-Massenprodukt und Kunstwerk <strong>de</strong>rNatur. Mikrokosmos, Stuttgart, v. 61, n. 2, p. 33-36, 1962.SASS, J.E. Botanical microtechnique. 2.ed. Ames: Iowa State College Press,1951.

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