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Policentrismo Funcional em Portugal - FEP - Working Papers

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3. <strong>Policentrismo</strong>: sist<strong>em</strong>atização das principais linhas de investigação <strong>em</strong>píricaO conceito de policentrismo não é um conceito consensual, não existindo ainda umadefinição clara, com robustez teórica e <strong>em</strong>pírica de policentrismo (Davoudi, 2003). Opolicentrismo pode ser aplicado à escala urbana local (Roberts et al., 1999), regional(Hall e Pain, 2006; Parr, 2004; Meijers, 2007), nacional (Waterhout et al., 2005) eeuropeia (CEC - ESDP, 1999), podendo, no entanto, assumir diferentes interpretaçõespara os diferentes níveis espaciais (Kloosterman e Mustered, 2001; Davoudi, 2003;Hague e Kirk, 2003; Eskelinen e Fritsch, 2009). Mesmo apresentando, face aomonocentrismo e do ponto de vista económico, mais vantagens do que desvantagens(Parr, 2004), segundo estudos recentes (Kloosterman e Musterd, 2001; Bailey e Turock,2001; Davoudi, 2003; Meijers e Romein, 2003; Parr, 2004; Faludi, 2006; Meijers et al.,2007), a operacionalização e aplicação territorial do policentrismo revela-se complexa,difícil de definir com precisão e extr<strong>em</strong>amente exigente, do ponto de vista da suaimpl<strong>em</strong>entação (Carmo, 2008).Entre outros obstáculos, são referidos os de natureza identitária, isto é, oreconhecimento por parte das populações da sua pertença a uma mesma região(Kloosterman e Mustered, 2001), a não evidência da sua aplicabilidade a territórios queapresent<strong>em</strong> uma morfologia sob a forma de arquipélago, b<strong>em</strong> como os probl<strong>em</strong>asassociados à coordenação de políticas entre diferentes níveis de administração (Bailey eTurock, 2001; Davoudi, 2003; Meijers e Romein, 2003). Por outro lado, a abordag<strong>em</strong>do policentrismo não pode ser dissociada de aspectos relacionados com as novastendências de organização espacial de territórios (Parr, 2004), isto é, da necessidade decombinar aspectos de transformação social e económica - modelos da Nova EconomiaUrbana - com aspectos de localização, que se tornaram paradigmas da organizaçãoespacial - modelos da Nova Geografia Económica (Meijers e Sandberg, 2008).Desta forma, a <strong>em</strong>ergência de novas e diferentes perspectivas de abordag<strong>em</strong> dopolicentrismo incentivou a aplicação de metodologias fora do contexto teóricodisciplinar de orig<strong>em</strong> do conceito (Green, 2007; Meijers, 2008).Existe já na literatura investigação aplicada ao estudo do modelo urbano policêntrico. Aleitura, análise e avaliação destes trabalhos consolida a ideia de que, até aos anosnoventa, os diversos estudos <strong>em</strong>píricos efectuados enfatizaram a análise do impacto dossubcentros sobre o valor das rendas e intensidade do uso do solo (McDonald, 1987) e do5

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