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02. A culpa é da barreira - Fisica.net

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A U A UL LA22A <strong>culpa</strong> é <strong>da</strong> <strong>barreira</strong>!A torci<strong>da</strong> vibra. Daquela distância é gol nacerta, é quase um pênalti. O árbitro conta os passos regulamentares. A regra diz:são 10 passos (9,15 metros) para a formação <strong>da</strong> <strong>barreira</strong>, mas ela nunca fica naposição correta. Os jogadores avançam, o árbitro ameaça, mostra o cartãoamarelo para um ou outro jogador, eles se afastam, voltam a avançar e a faltaacaba sendo bati<strong>da</strong> assim mesmo. É gol?Figura 1Nem sempre e, muitas vezes, a <strong>culpa</strong> é <strong>da</strong> <strong>barreira</strong>. Todos concor<strong>da</strong>m,torci<strong>da</strong>, comentaristas, árbitros, dirigentes, mas parece que na<strong>da</strong> se pode fazer.Afinal quem garante que a distância não estava certa? Será que os passos do juizsão um instrumento de medi<strong>da</strong> confiável ? E se ele for baixinho ou muito alto ouestiver mal-intencionado, querendo prejudicar um dos times? Você comprariaum terreno medido desse jeito?Muitas sugestões já foram feitas - até proibir a formação <strong>da</strong> <strong>barreira</strong> -, masninguém pensaria em <strong>da</strong>r uma trena ao juiz para que ele, com o auxílio dobandeirinha, medisse a distância correta. Seria tão absurdo como levar um juiz defutebol para medir um terreno. São coisas diferentes que exigem formas diferentesde agir. No futebol, a precisão <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s não é muito necessária e, de certaforma, to<strong>da</strong> aquela movimentação na cobrança de uma falta também faz parte dojogo. Muita gente até acha que se fosse tudo muito certinho o futebol perderia agraça, mas certamente medir um terreno desse jeito não teria graça nenhuma.


Entretanto, durante muito tempo, as medi<strong>da</strong>s de comprimento foramfeitas assim, utilizando partes do corpo humano como instrumentos de medi<strong>da</strong>.O diâmetro de um dedo, o tamanho de um palmo, pé ou braço, o comprimentode um passo foram utilizados como medi<strong>da</strong>s de comprimento duranteséculos por todos os povos <strong>da</strong> Antigüi<strong>da</strong>de. É comum, até nos dias de hojeouvir dizer: “esta mesa tem 10 palmos” ou “esta sala tem 30 pés”. E, assim,todos os objetos são medidos comparando-os com outros “objetos especiais”que hoje chamamos de padrões.À medi<strong>da</strong> que o comércio entre os povos foi se desenvolvendo, surgiu anecessi<strong>da</strong>de de criar padrões utilizáveis por todos. Pense na dificul<strong>da</strong>de doschineses em comercializar sua se<strong>da</strong> com os europeus se ambos não usassem umpadrão comum de comprimento?Porém, de na<strong>da</strong> adiantaria criar padrões se não fosse possível compará-los.Para isso foram criados instrumentos de medi<strong>da</strong> que, com o tempo, foramsendo tão aperfeiçoados que exigiram que se adotassem padrões mais precisos.A história <strong>da</strong>s grandezas físicas é a história <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de fazer medi<strong>da</strong>se de todo o progresso que <strong>da</strong>í resultou. Apesar de existir uma quanti<strong>da</strong>de enormede grandezas, uni<strong>da</strong>des e instrumentos de medi<strong>da</strong>, a Física procura operar como menor número possível para simplificar sua tarefa e tornar mais fácil a troca deinformações entre todos aqueles que com ela trabalham ou dela precisam. É oque vamos ver em segui<strong>da</strong>.A U L A2Grandezas, padrões e uni<strong>da</strong>desNem tudo pode ser medido. Como medir a preguiça de uma pessoa ou oamor que ela sente por outra? Seria possível criar um “amorômetro”? Para osfísicos isso é impossível, preguiça e amor não são grandezas físicas. Não dápara dizer que alguém tem 300 de preguiça e 689,5 de amor. Esses números nãosignificam na<strong>da</strong> porque não existe um padrão para essas grandezas. . Grandezafísica é alguma coisa que pode ser medi<strong>da</strong>, isto é, que pode ser representa<strong>da</strong>por um número e uma uni<strong>da</strong>de.Veja alguns exemplos:l A distância <strong>da</strong> bola à <strong>barreira</strong> deve ser de 10 jar<strong>da</strong>s ou 9,15 metros.l A bola deve ter entre 400 gramas e 500 gramas.l O tempo de uma parti<strong>da</strong> é de 90 minutos.No primeiro exemplo, a grandeza física é o comprimento e a uni<strong>da</strong>de é ajar<strong>da</strong> ou o metro. No segundo, a grandeza física é a massa, a uni<strong>da</strong>de é ograma, um submúltiplo <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de quilograma. No terceiro exemplo, agrandeza física é o tempo, a uni<strong>da</strong>de é o minuto, um múltiplo <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>desegundo.Nesses exemplos estão três grandezas fun<strong>da</strong>mentais: comprimento, massae tempo. A partir dessas grandezas fun<strong>da</strong>mentais, pode-se definir outrasgrandezas que, por isso, chamam-se grandezas deriva<strong>da</strong>s. São exemplos degrandezas deriva<strong>da</strong>s a área de uma superfície, o volume e a densi<strong>da</strong>de de umcorpo, a veloci<strong>da</strong>de e aceleração de um automóvel, a força exerci<strong>da</strong> por ummotor e muitas outras.Veja alguns exemplos práticos onde aparecem grandezas (*) deriva<strong>da</strong>s esuas uni<strong>da</strong>des:l Um terreno retangular tem 8 metros de frente por 25 metros de fundo. A suaárea (A) é: A = 8 m · 25 m = 200 m 2 ou 200 metros quadrados, que é umauni<strong>da</strong>de de área.(*) Essas grandezas foram coloca<strong>da</strong>s aqui apenas para servir de exemplo. Elas serãoestu<strong>da</strong><strong>da</strong>s mais adiante no curso.


A U L Al Uma lata de óleo de 900 cm 3 (centímetros cúbicos) contém 720 g (gramas)de óleo. A densi<strong>da</strong>de (d)* desse óleo é: d = 720 g ÷ 900 cm23 = 0,8 g/cm 3 ou0,8 gramas por centímetro cúbico, que é uma uni<strong>da</strong>de de densi<strong>da</strong>de.l Um carro percorre 120 km (quilômetros) em 2 h (horas). A sua veloci<strong>da</strong>demédia (v m)* é: v m= 120 km ÷ 2 h = 60 km/h ou 60 quilômetros por hora,que é uma uni<strong>da</strong>de de veloci<strong>da</strong>de.To<strong>da</strong>s essas uni<strong>da</strong>des são deriva<strong>da</strong>s. O metro quadrado deriva do metro, ograma por centímetro cúbico deriva do quilograma e do metro, o quilômetropor hora deriva do metro e do segundo.Até há algum tempo, não havia ain<strong>da</strong> um conjunto de uni<strong>da</strong>des fun<strong>da</strong>mentaisque fosse reconhecido e adotado em todo mundo (é por isso que no futebol,inventado pelos ingleses, as distâncias costumam ser medi<strong>da</strong>s em jar<strong>da</strong>s). Apartir de 1948, esse conjunto começou a ser estabelecido e, em 1960, recebeu onome de Sistema Internacional de Uni<strong>da</strong>des (SI). Atualmente, só os EstadosUnidos ain<strong>da</strong> não adotam o SI, mas passarão a utilizá-lo em breve.O Sistema Internacional de Uni<strong>da</strong>des (SI)O SI estabelece 7 grandezas físicas fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong>s quais são deriva<strong>da</strong>sto<strong>da</strong>s as outras. São elas:COMPRIMENTO MASSATEMPOCORRENTEELÉTRICATEMPERATURAQUANTIDADEDE MATÉRIAINTENSIDADELUMINOSAA Mecânica utiliza as três primeiras e suas deriva<strong>da</strong>s.Ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de fun<strong>da</strong>mental tem um padrão, alguma coisa que pode serreproduzi<strong>da</strong> em qualquer lugar. Por exemplo, se alguém for verificar se umarégua tem suas divisões corretas deve utilizar o padrão adequado.Os padrões de comprimento, o metro e, de tempo, o segundo, têm definiçõesmuito complica<strong>da</strong>s devido às exigências <strong>da</strong> Ciência e <strong>da</strong> Tecnologia modernas.O padrão de massa é o mais antigo, criado em 1889, e também o maissimples (Quadro 1). Ca<strong>da</strong> país deve ter laboratórios capazes de reproduzir ospadrões ou cópias devi<strong>da</strong>mente aferi<strong>da</strong>s e cui<strong>da</strong>dosamente guar<strong>da</strong><strong>da</strong>s.No Brasil essa tarefa é desempenha<strong>da</strong> pelo Inmetro, Instituto Nacional deMetrologia, Normalização e Quali<strong>da</strong>de Industrial, do Ministério <strong>da</strong> Indústria edo Comércio.Não é necessário saber essas definições, entretanto é importante saber queexistem os padrões, as uni<strong>da</strong>des fun<strong>da</strong>mentais e deriva<strong>da</strong>s e formas corretas deexpressá-las (Quadro 2 - ver página 19).GRANDEZAComprimento Metro mQUADRO 1 - TRÊS UNIDADES FUNDAMENTAIS DO SINOMESÍMBOLODEFINIÇÃODistância percorri<strong>da</strong> pela luz, no vácuo, numintervalo de tempo de 1/299792458 s.Massa Quilograma kgMassa de um cilindro padrão de platina--irídio conserva<strong>da</strong> no Bureau Internacional dePesos e Medi<strong>da</strong>s em Sèvres, na França.Tempo Segundo sDuração de 9.192.631.770 períodos <strong>da</strong>radiação de transição de dois níveis do estadofun<strong>da</strong>mental do átomo do césio 133.Observações1. Note que os símbolos não são abreviaturas, por isso não têm ponto final.2. As definições serão discuti<strong>da</strong>s mais adiante no curso, por isso, não é necessário decorá-las.


GRANDEZAÁreaVolumeVeloci<strong>da</strong>deAceleraçãoDensi<strong>da</strong>deQUADROQUADRO 2 - ALGUMASALGUMAS UNIDADES DERIVADAS DO SINOMEMetro quadradoMetro cúbicoMetro por segundoMetro por segundo ao quadradoQuilograma por metro cúbicoSÍMBOLOm 2m 3m/sm/s 2kg/m 3A U L A2Existem inúmeras uni<strong>da</strong>des práticas ain<strong>da</strong> em uso devido ao costume ou àssuas aplicações tecnológicas. Muitas dessas uni<strong>da</strong>des, principalmente as deorigem inglesa, tendem a desaparecer com o tempo e serem substituí<strong>da</strong>s poruni<strong>da</strong>des do SI. Por enquanto elas ain<strong>da</strong> são muito usa<strong>da</strong>s e é interessanteconhecê-las (algumas delas se encontram no Quadro 3).QUADRO 3 - ALGUMAS UNIDADES PRÁTICAS MAIS USADASGRANDEZA NOME(S) SÍMBOLO(S)RELAÇÃO COM A UNIDADECORRESPONDENTE DO SIMilímetro v mm0,001 mCentímetro v cm0,01 mComprimento Quilômetro R km1.000 mPolega<strong>da</strong> Yin0,0254 m ou 2,54 cmPé Yft 0,3048 m ou 30,48 cmJar<strong>da</strong> Yyd 0,9144 m ou 91,44 cmMilha Ymi 1.609 m ou 1,609 kmGrama vg0,001 kgTonela<strong>da</strong> Rt1.000 kgMassaQuilate Y-0,0002 kg ou 0,2gLibra Ylb0,454 kg ou 454gArroba Y-14,688 kgMinuto Rmin60 sTempoHora Rh60 min ou 3.600 sDia Rd24 h ou 86.400 sHectare Rha10.000 m 2ÁreaAlqueire (SP) Y -2,42 haAlqueire (MG, RJ e -4,84 haGO) YVolumeLitro R l 0,001 m 3 ou 1.000 cm 3Quilômetro km/h(1/3,6) m/sVeloci<strong>da</strong>depor hora RMilha por hora Y mi/h1,609 km/hNó Y-1,852 km/hv Submútiplos do SI R Múltiplos do SI Y Uni<strong>da</strong>des não-pertencentes ao SIvocê deveter notado quealgumas uni<strong>da</strong>destêm símbolosdiferentes, como apolega<strong>da</strong> o pée a jar<strong>da</strong>.Essasuni<strong>da</strong>des forama<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s doinglês:polega<strong>da</strong> é inches,<strong>da</strong>í o símbolo in;pé é feet, por issoseu símbolo ft e ajar<strong>da</strong> é yard, porisso seu símboloyd. Atualmente écomum utilizar osímbolo pol. paraindicar a uni<strong>da</strong>depolega<strong>da</strong>.Algarismos significativosQuando se trabalha com medi<strong>da</strong>s quase sempre aparece uma dúvi<strong>da</strong>: comquantos algarismos se escreve uma medi<strong>da</strong>?Tente medir o diâmetro do seu lápis. Que resultado você obteve?7 mm? 7,1 mm? 7,15 mm?Essa pergunta tem inúmeras respostas, e to<strong>da</strong>s podem estar certas!


A U L A2Se você mediu com uma régua comum, provavelmente achou 7 mm, ou talvez7,5 mm ou ain<strong>da</strong> 0,7 cm. Se você dispõe de um instrumento mais preciso, como ummicrômetro ou um paquímetro, pode ter achado 7,34 mm ou 7,4082 mm. Se vocêrepetir a medi<strong>da</strong> várias vezes pode ser que em ca<strong>da</strong> uma ache um valor diferente!Como saber qual é o valor correto? Como escrever esse valor?Na ver<strong>da</strong>de, nem sempre existe um valor correto nem uma só forma deescrevê-lo. O valor de uma medi<strong>da</strong> depende do instrumento utilizado, <strong>da</strong> escalaem que ele está graduado e, às vezes, do próprio objeto a ser medido e <strong>da</strong> pessoaque faz a medi<strong>da</strong>.Por exemplo, a medi<strong>da</strong> do diâmetro do lápis com uma régua comum seráfeita na escala em que ela é gradua<strong>da</strong> (centímetros ou milímetros) e dificilmentealguém conseguirá expressá-la com mais de dois algarismos. Nesse caso, certamenteo segundo algarismo é avaliado ou duvidoso.Se for utilizado um instrumento mais preciso, é possível fazer uma medi<strong>da</strong>com um número maior de algarismos e, ain<strong>da</strong>, acrescentar mais um, o duvidoso.Todos os algarismos que se obtêm ao fazer uma medi<strong>da</strong>, incluindo oduvidoso, são algarismos significativos. Se outra pessoa fizer a mesma medi<strong>da</strong>,talvez encontre um valor um pouco diferente mas, ao escrevê-lo, deverá utilizaro número correto de algarismos significativos.Paquímetro e micrômetro - instrumentos de precisãoFigura 2 - PaquímetroFigura 3 - MicrômetroUma régua comum não permite medi<strong>da</strong>s muito precisas porque nãohá como subdividir o espaço de 1 mm: a distância entre os traços é muitopequena. O paquímetro e o micrômetro são instrumentos que utilizamduas escalas, uma fixa, semelhante à escala de uma régua comum e umaescala móvel que, de maneira muito engenhosa, permite dividir a menordivisão <strong>da</strong> escala fixa. No paquímetro, essa escala corre junto à escalafixa, enquanto que no micrômetro ela está grava<strong>da</strong> numa espécie decilindro móvel que gira à medi<strong>da</strong> que se ajusta ao instrumento paraefetuar a medi<strong>da</strong> (veja as Figuras 2 e 3).


Passo a passoSuponha que, ao medir o diâmetro desse lápis com um paquímetro, Maristelaencontre o valor 7,34 mm e Rosinha 7,37 mm. Pelo resultado, percebe-se que elastêm certeza do 7 e do 3, mas o último algarismo é incerto.Imagine agora que elas resolvam entrar num acordo e considerar, comomelhor medi<strong>da</strong>, um valor que seja igual à média aritmética dos seus resultados.Qual será esse valor?Para achar a média aritmética m basta somar as medi<strong>da</strong>s de ca<strong>da</strong> um e dividirpor 2 (que é o número total de medi<strong>da</strong>s). Assim teremos:7,34mm +7,37mmm =2m = 14,71mm= 7,355 mm2A U L A2Será correto expressar o diâmetro do lápis com tantos algarismos?É claro que não! Se ca<strong>da</strong> uma só teve certeza de dois algarismos e avaliaram,discor<strong>da</strong>ndo, mais um, não tem sentido <strong>da</strong>r uma resposta com quatroalgarismos!Nesse caso, para manter a coerência e expressar a medi<strong>da</strong> com o númerocorreto de algarismos significativos, deve-se desprezar o último algarismoobtido no cálculo <strong>da</strong> média aritmética.É comum utilizar a seguinte regra: quando esse algarismo (o que deve serdesprezado) for maior ou igual a 5 acrescenta-se 1 ao último algarismo que restou.Teremos então 7,355 mm = 7,36 mm, que é a melhor forma de expressar amédia aritmética <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s de Maristela e Rosinha: mantêm-se os mesmosdois algarismos dos quais têm certeza, o 7 e o 3, mas o algarismo duvidoso passaa ser o 6. É provável que esse valor seja, provisoriamente, o melhor valor dessamedi<strong>da</strong>. Se outras pessoas participarem e fizerem outras medi<strong>da</strong>s, a médiaaritmética terá um número muito maior de parcelas e o seu valor representarámelhor o diâmetro do lápis.Talvez não haja um só dia em nossas vi<strong>da</strong>s em que não se conviva comalguma forma de medi<strong>da</strong>. Ao nascer ganham-se os primeiros números: alturae peso (seria melhor, comprimento e massa). A partir de então, as grandezas eas medi<strong>da</strong>s povoam nosso dia-a-dia, tornando-se ca<strong>da</strong> vez mais varia<strong>da</strong>s ecomplexas. Temos que nos familiarizar com novos instrumentos de medi<strong>da</strong>,relógios, balanças, termômetros, medidores de combustível, de pressão, deconsumo de água ou energia elétrica e o que mais o progresso exigir. Noentanto, mais importante que tudo isso, é entender que to<strong>da</strong> medi<strong>da</strong> resulta deum esforço do homem para compreender e interpretar a natureza. Fomos nós,seres humanos, que criamos as grandezas, os padrões, as uni<strong>da</strong>des e osinstrumentos de medi<strong>da</strong>. Portanto, nenhuma medi<strong>da</strong> é a expressão <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de,independentemente do número de algarismos significativos que possua.Há, certamente, medi<strong>da</strong>s e instrumentos mais confiáveis, processos de mediçãomais adequados a determinados fins. E é importante distinguir uns dosoutros. A vi<strong>da</strong> tem mais <strong>barreira</strong>s do que parece e é preciso ser capaz deperceber se elas estão à distância correta, se o juiz mediu corretamente ospassos regulamentares, se os jogadores não avançaram. Caso contrário, comodizem os jogadores, fazer um gol fica muito difícil!


A U L A Exercício 1Nas palavras a seguir, procure distinguir quais são, ou não, grandezasfísicas: cansaço, calor, energia, rapidez, curiosi<strong>da</strong>de, trabalho, honesti<strong>da</strong>-de, pontuali<strong>da</strong>de, temperatura, força, aceleração e coragem.2Exercício2Siga os exemplos e faça as transformações de uni<strong>da</strong>des pedi<strong>da</strong>s ao lado:Exemplos5 cm = 5 · 0,01 m = 0,05 m0,75 km = 0,75 · 1.000 m = 750 m5,8 in = 5,8 · 0,0254 m = 0,14732 m1 m = 1 000 mm1 m = 100 cm1 m = 0,00 1kmTransformeI a) 3 cm em mb) 2,5 mm em mc) 0,8 km em md) 1,2 ft em me) 4,5 in em mf) 20 yd em mg) 500 mi em mII a) 5 m em mmb) 0,4 m em mmc) 3 m em cmd) 1,2 m em cme) 150 m em kmf) 180.000 m em km3,5 g = 3,5 · 0,001 kg = 0,0035 kg III a) 12 g em kgb) 20 t em kgc) 50 lb em kg1 kg = 1.000 g1 kg = 0,001 t5 min = 5 · 60 s = 300 s1 h 20 min = 1h + 20 min == (1 · 3.600 s) + (20 · 60 s) == 3.600 + 1.200 = 4.800 sIV a) 0,7 kg em gb) 8,2 kg em gc) 300 kg em td) 630.000 kg em tV a) 1,5 min em sb) 2 h 15 min em sc) 5 h 22 min13 s em s2,8 l = 2,8 · 0,001 m 3VI a) 500 l em m 34,5 l = 4,5 · 1.000 cm 3 = 4.500cm 3 b) 69 l em cm 3Exercício 3O diâmetro de muitas peças cilíndricas (canos, roscas, parafusos etc.)costuma ser <strong>da</strong>do em polega<strong>da</strong>s ou frações de polega<strong>da</strong>s. Seguindo oexemplo ao lado, faça as tranformações pedi<strong>da</strong>s.ExemplosI) Transformar 4,5 in em mm:4,5in=4,5 · 25,4 mm = 114,3 mmII) Transformar 3/4 in em mm:3/4 in = 0,75 in = 0,75 · 25,4 mm = 19,05 mmTransforme em mma) 3,0 inb) 6,8 inc) 1/4 ind) 5/16 in


Exercício 4É comum encontrar em nossas estra<strong>da</strong>s uma placa onde está escrito: Velo-ci<strong>da</strong>de máxima 80 km. Você acha que essa placa está certa?A U L A2Exercício 5Três pessoas, utilizando um paquímetro, medem o diâmetro de um cilindroe obtêm as seguintes medi<strong>da</strong>s: 38,45 mm, 38,41 mm e 38,42 mm. Qual é ovalor médio dessa medi<strong>da</strong>, expresso com o número correto de algarismossignificativos?Exercício 6Uma estrela está a 400 anos-luz <strong>da</strong> Terra. Isso significa que a luz dessaestrela demora 400 anos para chegar à Terra. Qual é a distância entre essaestrela e a Terra?(Dado: veloci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> luz no vácuo = 3 · 10 8 m/s ou 300.000.000 m/s).Sugestões· A distância <strong>da</strong> estrela à Terra é a distância percorri<strong>da</strong> pela luz. Comovamos ver na próxima aula, essa distância pode ser calcula<strong>da</strong> multiplicando-sea veloci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> luz pelo tempo que ela gasta para vir <strong>da</strong>estrela à Terra.· O tempo deve ser <strong>da</strong>do em segundos, logo você deve transformar anosem segundos. Admita que 1 ano = 365 dias.

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