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dinamica da estrutura organizacional - UTFPR

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1DINÂMICA DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL: ESTUDOCOMPARATIVO DE CASOS ENTRE ORGANIZAÇÃO PÚBLICA EPRIVADAResumoEliton Luiz Moreira – UNICENTRO (elitonlmoreira@hotmail.com)Antônio João Hocayen-<strong>da</strong>-Silva – UNICENTRO (hocayen@yahoo.com.br)O presente artigo possui como objetivo a analise <strong>da</strong>s <strong>estrutura</strong>s de duasorganizações: uma estabeleci<strong>da</strong> no setor público, pertencente ao governo do estadodo Paraná e a outra uma socie<strong>da</strong>de anônima, tentando verificar a existência desimilari<strong>da</strong>des ou diferenças quanto as seus processos e relações de trabalho. Acompreensão <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> torna-se um passo importante para odesenvolvimento <strong>organizacional</strong>. A partir dessa compreensão, o conhecimento <strong>da</strong>srelações que ocorrem dentro <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong>, torna-se possível à implementação demu<strong>da</strong>nças para que ela alcance de forma mais eficaz os seus objetivos. Classificasecomo estudo comparativo de caso, com enfoque qualitativo e explicativo. Foramrealiza<strong>da</strong>s 12 entrevistas semi-<strong>estrutura</strong>s, e submeti<strong>da</strong>s à análise de conteúdo.Destaca-se que a integração entre os departamentos deve ser trabalha<strong>da</strong>, para queas barreiras existentes sejam quebra<strong>da</strong>s e a relação entre os departamentos sejamaior, nos dois tipos de organização. Conclui-se que to<strong>da</strong> a <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong>é responsável pela realização dos processos e a caracterização <strong>da</strong>s organizaçõespermite perceber como os processos se desencadeiam dentro <strong>da</strong> dinâmica<strong>estrutura</strong>l. A principalcaracterística observa<strong>da</strong> nas duas organizações foi afuncionali<strong>da</strong>de que ca<strong>da</strong> departamento possui dentro do todo, sendo uma integraçãode trabalho.Palavras-Chave: Estrutura Organizacional; Organização Pública; OrganizaçãoPriva<strong>da</strong>.AbstractThis article has aimed to analyze the structures of two organizations: one establishedin the public sector, belonging to the state of Paraná and the other a corporationtrying to verify the existence of similarities or differences in the processes andworking relationships. Understanding the organizational structure becomes animportant step for organizational development. From this understanding, theknowledge of the relationships that occur within the structure, it becomes possible to


2implement changes to make it achieve more effectively their goals. It is classified asa comparative case study, focusing on qualitative and explanatory. 12 interviewswere conducted semi-structured, and subjected to content analysis. It is noteworthythat the integration between departments should be crafted so that they can breakdown barriers between departments and the ratio is higher in both types oforganization. We conclude that the entire organizational structure is responsible forconducting the processes and the characterization of organizations allows us tounderstand how processes are triggered within the structural dynamics. The mainfeature observed in both organizations was the feature that each department haswithin the whole, being an integration of work.Key Words: Organizational Structure; Public Organization, Private Organization.1 INTRODUÇÃOO estudo <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> é realizado por diversos autores, quedefinem o termo de diferentes formas, a partir destas definições utiliza<strong>da</strong>s ca<strong>da</strong>organização tem sua <strong>estrutura</strong> e pode ser defini<strong>da</strong> de diferente forma. Este trabalhonão teve como objetivo a definição do termo <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong>, mas teve aaju<strong>da</strong> de algumas definições para a compreensão do assunto.A compreensão <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> torna-se um passo importante parao desenvolvimento <strong>organizacional</strong>, sendo que alguns tipos de <strong>estrutura</strong>s possuemcomo vantagem à eficácia e o desenvolvimento. A partir dessa compreensão, oconhecimento <strong>da</strong>s relações que ocorrem dentro <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong>, e também a relaçãodos processos encontrados nas organizações, torna-se possível à implementaçãode mu<strong>da</strong>nças nessa <strong>estrutura</strong> para que ela alcance de forma mais eficaz os seusobjetivos, e a partir de um planejamento estratégico a organização possa alinharseus colaboradores em prol de sua missão <strong>organizacional</strong>.O que se pretende com este artigo é realizar uma discussão quanto aimportância do estudo <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> <strong>da</strong>s organizações, não somente no que dizrespeito aos processos, mas para que se compreen<strong>da</strong> a dinâmica e as relações detrabalho existente dentro de uma <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong>, havendo a necessi<strong>da</strong>dede mu<strong>da</strong>nças a compreensão <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> auxilie nesse processo. O presente artigopossui como objetivo a análise <strong>da</strong>s <strong>estrutura</strong>s de duas organizações: umaestabeleci<strong>da</strong> no setor público, pertencente ao governo do estado do Paraná e aoutra uma socie<strong>da</strong>de anônima, tentando verificar a existência de similari<strong>da</strong>des ou


3diferenças quanto as seus processos e relações de trabalho. Este trabalho pode seraplicado a qualquer tipo de organização, escolheu-se os tipo de organizações devidoa facili<strong>da</strong>de de acesso e o interesse <strong>da</strong>s mesmas na pesquisa. Para pesquisas emoutras organizações recomen<strong>da</strong>-se que se estabeleça outras categorias pertinentesa organização e também um foco maior nas relações pessoais existentes.Após breve introdução, sobre <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong>, o presente trabalho esta<strong>estrutura</strong>do <strong>da</strong> seguinte forma: i) revisão de literatura; ii) procedimentosmetodológicos; iii) apresentação e análise de resultados; iv) considerações finais ev) referências bibliográficas.2 REVISÃO DE LITERATURA2.1 ORGANIZAÇÕESEm uma visão geral, as organizações são o aglomerado de pessoas realizandodetermina<strong>da</strong>s tarefas, que sozinhas não conseguiriam realizá-las, para alcançar umdeterminado objetivo. Dentro desse contexto, verifica-se que as pessoas são oprincipal elemento de uma organização. As quais elas trabalham de formacoordena<strong>da</strong>, com aju<strong>da</strong> de sistemas <strong>estrutura</strong>dos, relacionando uns com os outros(DAFT, 1999).Existem diversas definições a respeito de organizações, onde o que mais seevidencia é um grupo de pessoas trabalhando junto a fim de alcançar uma meta.Conforme Barnard (1938 apud ETZIONI, 1978) ele destaca que a organizaçãocaracteriza-se por um sistema cooperativo, onde existem componentes que serelacionam sistematicamente, para o alcance de um determinado fim, sendo elesfísicos, biológicos, pessoais e sociais.As pessoas trazem consigo um conjunto de hábitos e costumes, que fazemparte de grupos externos à organização, “ca<strong>da</strong> participante de um grupo leva para omesmo suas crenças, seus valores, suas atitudes enfim sua herança” (FARIA, 1997,p. 57). Por meio disto, busca-se habili<strong>da</strong>des técnicas e administrativas para trabalharcom tais influencias ambientais, destacando-se a liderança, toma<strong>da</strong> de decisão, acomunicação, sendo todos destinados ao alcance de uma maior coordenação econtrole, dentro do sistema cooperativo (ETZIONI, 1978).Dessa forma pode-se notar que a organização afeta a socie<strong>da</strong>de e osindivíduos. Partindo do pressuposto de que as organizações interagem com oambiente externo, com as comuni<strong>da</strong>des e os indivíduos, podendo gerar impactossobre os mesmos, isso pode ser evidenciado pelo fato de as pessoas estarem


4liga<strong>da</strong>s às organizações no alcance de metas, e também pelo fato de que o trabalhopode exercer influência em ambos os casos. Essas pessoas também fazem parte domercado <strong>da</strong> empresa, sendo ele caracterizado como mercado interno, com ospróprios colaboradores <strong>da</strong> empresa retratando a imagem <strong>da</strong> organização, e omercado externo, com os clientes. Assim a <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong>, as relaçõesentre as pessoas podem se tornar um dos diferenciais que a organização pode terfrente às mu<strong>da</strong>nças ambientais.As organizações existem desde os primórdios <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de e sempreestiveram em constante interação com o seu ambiente, assim as formas de gestãopara o alcance de objetivos e metas acompanharam constantemente as mu<strong>da</strong>nçasambientais podendo se considerar que os processos organizacionais e os sistemas<strong>estrutura</strong>dos estão em constante aprimoramento para possibilitar o desenvolvimento<strong>da</strong> organização, <strong>da</strong>s pessoas e <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong>de.Dentro <strong>da</strong>s organizações existem dois tipos de <strong>estrutura</strong>s, a <strong>estrutura</strong> formal,que as organizações a instituem para os indivíduos executarem suas funçõesbásicas. Esse tipo de <strong>estrutura</strong> esta vincula<strong>da</strong> em to<strong>da</strong> a organização, em todos osníveis hierárquicos, “estabelece as relações de hierarquia e comando,responsabili<strong>da</strong>de e papéis funcionais, visando como as interações devem procederpara operacionalizar diversos processos [..]” (CRUZ, 2005, p. 112). Ascaracterísticas existentes dentro <strong>da</strong>s organizações, divisão de trabalho,especialização, hierarquia, autori<strong>da</strong>de, responsabili<strong>da</strong>de racionalismo e coordenaçãofazem parte dos princípios <strong>da</strong> organização formal (FARIA, 1997).O segundo tipo de <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> é a <strong>estrutura</strong> informal, ela pode serdefini<strong>da</strong> de várias formas, vamos somente relatar quais são os comportamentos emuma <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong>, devido ao vasto referencial teórico existente a respeitode <strong>estrutura</strong> informal. Consiste num grupo informal de atores que compartilhamsentimento de pertença, algum grau de intimi<strong>da</strong>de e reconheci<strong>da</strong>s normas decomportamento, existindo um relacionamento afetivo entre seus membros, ain<strong>da</strong>dentro dessa <strong>estrutura</strong> o que pode-se analisar como <strong>estrutura</strong> informal as‘panelinhas’ que ocorrem dentro <strong>da</strong>s empresas. Conforme Chanlat e Bé<strong>da</strong>rd (2007)na <strong>estrutura</strong> informal e nas suas relações se identifica que ca<strong>da</strong> pessoa pertencenteao grupo informal sente-se como sujeito e enxerga no seu interlocutor o seuver<strong>da</strong>deiro significado, ou seja a satisfação de falar e poder ser ouvido.


5As constantes e rápi<strong>da</strong>s evoluções do ambiente competitivo exigem odesenvolvimento de posturas estratégicas mais eficientes para que as organizaçõesse mantenham competitivas no mercado. As organizações que se apresentam maisprepara<strong>da</strong>s para agir, em virtude <strong>da</strong>s novas configurações ambientais,possivelmente obtêm resultados mais eficazes, em virtude <strong>da</strong> conquista devantagens diferencia<strong>da</strong>s em relação aos concorrentes (HOCAYEN -DA-SILVA,2007).Para melhor entendimento do significado <strong>da</strong>s organizações, existem aOrganização priva<strong>da</strong>, que possui diversos objetivos de acordo com seuplanejamento, mas não podemos definir um objetivo principal desse tipo deorganização pois ca<strong>da</strong> organização possui uma finali<strong>da</strong>de. Já na Organizaçãopública pode-se definir o seu objetivo conforme, Quintana (2009) a finali<strong>da</strong>de dessaorganização é atender ao ci<strong>da</strong>dão, como um cliente dos serviços do Estado, quepaga seus impostos e cobra a contraparti<strong>da</strong> dos seus governantes. A principalcaracterística dos dois tipos de organizações é a missão de ambas, atender os seusclientes, os quais são definidos de formas diferentes.Assim compreender algumas <strong>da</strong>s várias definições de organizações, se torna opasso inicial, para se compreender a <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong>. A partir doconhecimento <strong>da</strong>s relações pessoais, processos de trabalho, funcionali<strong>da</strong>de dentrode uma organização se constitui uma <strong>estrutura</strong>, a qual pode reger a maioria dosfatos que ocorrem em um ambiente <strong>organizacional</strong>, mostrando dessa forma aligação direta entre os dois conceitos.2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONALConforme Hall (2004) as organizações variam de acordo com suacomplexi<strong>da</strong>de, pois no mercado competitivo existem diversos tipos de organizaçõese a <strong>estrutura</strong> torna-se um componente de grande importância nas relações <strong>da</strong>smesmas com o ambiente.Como pode ser destaca<strong>da</strong>, com relação à hierarquia nas organizações, a<strong>estrutura</strong>ção tem o objetivo de organizar e dispor as partes, mas segundo Hall(2004) a definição de <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong>, implica na divisão de trabalho, nadefinição de níveis hierárquicos, na elaboração de regras para a conduta <strong>da</strong>spessoas, e nas interações <strong>da</strong>s pessoas dentro <strong>da</strong>s organizações.A <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> tem grande ligação com os processosorganizacionais, sendo que é a partir dela que os processos acontecem e as


6decisões são toma<strong>da</strong>s. Um elemento de destaque a respeito de <strong>estrutura</strong>sorganizacionais é a complexi<strong>da</strong>de, que envolve a hierarquia, a divisão de tarefas, osdepartamentos e o controle.Por meio dessas formas de avaliação de complexi<strong>da</strong>de, pesquisas indicam quea maioria <strong>da</strong>s empresas é complexa, sendo que empresas que sobrevivem e sedesenvolvem ficam a ca<strong>da</strong> momento mais complexas, dificultando a comunicação,coordenação e controle (HALL, 2004).A relação entre <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> e processos organizacionais édemasia<strong>da</strong>mente extensa, variando de acordo com a situação e o processo. Masdentro desse tema, pode-se destacar que to<strong>da</strong> a <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> éresponsável pela realização dos processos, e a caracterização <strong>da</strong>s organizaçõespermite perceber como os processos se desencadeiam dentro <strong>da</strong> dinâmica<strong>estrutura</strong>l.Para que a organização tenha a sua gestão eficiente é preciso que to<strong>da</strong>s essasquestões de complexi<strong>da</strong>de, especificação, incerteza e etc. sejam analisa<strong>da</strong>s paraque sua <strong>estrutura</strong> se a<strong>da</strong>pte melhor com as questões do ambiente, por isso a análisedo ambiente permite que a <strong>estrutura</strong> esteja de acordo com o ambiente e os objetivosorganizacionais.Assim sendo para que a empresa tenha uma <strong>estrutura</strong> adequa<strong>da</strong> as suastarefas ela deve-se levar em consideração a situação atual <strong>da</strong> organização etambém alguns aspectos, como, natureza <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des, controle interno, execuçãoe etc., para isso existem alguns tipos de <strong>estrutura</strong>s que podem colaborar com to<strong>da</strong>sas questões de complexi<strong>da</strong>de, especialização, tamanho <strong>da</strong> organização, grau deincerteza e relações de funções.2.3 MODELOS DE ESTRUTURASDentro <strong>da</strong> classificação <strong>da</strong>s <strong>estrutura</strong>s organizacionais, podem ser destacadoscinco tipos, os quais são: <strong>estrutura</strong> funcional, <strong>estrutura</strong> divisional, <strong>estrutura</strong>geográfica, <strong>estrutura</strong> híbri<strong>da</strong> e <strong>estrutura</strong> matricial.O modelo de Estrutura Funcional se aplica as especializações <strong>da</strong>s funções ederiva suas origens de Taylor (CHI AVENATO, 2001). Neste tipo de <strong>estrutura</strong><strong>organizacional</strong> “as ativi<strong>da</strong>des são reuni<strong>da</strong>s por funções comuns do nível mais baixoaté o topo <strong>da</strong> organização” (DAFT, 1999, p. 141).Deste modo, as formas de coordenar e controlar a organização sãoprincipalmente feitas por meio <strong>da</strong> hierarquia. As metas departamentais são a


7principal motivação que os funcionários possuem. Assim sendo uma <strong>estrutura</strong>reuni<strong>da</strong> em departamentos, tem os planejamentos e orçamentos elaborados porfunção (DAFT, 1999).Por sua vez, o modelo de Estrutura Divisional apresenta funções planeja<strong>da</strong>s eorganiza<strong>da</strong>s a partir dos produtos (DAFT, 1999). A partir <strong>da</strong> análise essascaracterísticas podem ser observa<strong>da</strong>s facilmente, pois os produtos possuem osmesmos departamentos, sendo que os produtos são diferentes, e separados.Dentre as características principais dessa <strong>estrutura</strong> destaca-se, formapirami<strong>da</strong>l, centralização <strong>da</strong>s decisões, linhas formais de comunicação(CHIAVENATO, 2001).Essa <strong>estrutura</strong> também é chama<strong>da</strong> de <strong>estrutura</strong> de produtos, essa <strong>estrutura</strong>tem maior capaci<strong>da</strong>de de trabalhar com as mu<strong>da</strong>nças ambientais, a toma<strong>da</strong> dedecisão é mais descentraliza<strong>da</strong>, sendo a autori<strong>da</strong>de em nível mais baixo, dessaforma interferindo nos processos de comunicação e relações de poder (DAFT,1999).A Estrutura Geográfica é basea<strong>da</strong> nos “usuários <strong>da</strong> organização ou clientes”(DAFT, 1999, p. 145). A partir desta base percebe-se que em ca<strong>da</strong> região existe umgrupo de crenças e valores, desejos, onde a organização que utiliza adota talmodelo de <strong>estrutura</strong> tem a capaci<strong>da</strong>de de produzir e comercializar seus produtos(DAFT, 1999). Este tipo de <strong>estrutura</strong> é utilizado geralmente por empresas quetrabalham em grandes áreas e seus mercados são amplos.Complementarmente, a Estrutura Híbri<strong>da</strong> caracteriza-se como uma mistura devários tipos de <strong>estrutura</strong>s, <strong>da</strong> forma que o seu foco pode estar nos produtos, nageografia e por funções, sendo que to<strong>da</strong>s se manifestam simultaneamente.Conforme Daft (1999, p. 146) o principal valor desse modelo de <strong>estrutura</strong> é que“ela possibilita que a organização persiga a a<strong>da</strong>ptabili<strong>da</strong>de e a eficácia dentro <strong>da</strong>sdivisões de produto simultaneamente com a eficiência nos departamentosfuncionais”. Dentre outras vantagens destaca<strong>da</strong>s por Daft (1999, p. 148), salienta-seo fato de que por meio deste modelo <strong>estrutura</strong>l “consegue a coordenação dentro eentre as linhas de produto”.Normalmente, este modelo <strong>estrutura</strong>l é aplicado em um ambiente comincertezas e em empresas que são classifica<strong>da</strong>s como sendo de grande porte. Asdesvantagens encontra<strong>da</strong>s na aplicação <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> híbri<strong>da</strong> são a sobrecarga


8administrativa e a geração de conflito entre divisões de produtos e departamentos(DAFT, 1999).Por fim, destaca-se a Estrutura Matricial, como um modelo de <strong>estrutura</strong>aplica<strong>da</strong> em um ambiente incerto, mas em empresas de médio porte. Essa <strong>estrutura</strong>traz a organização flexibili<strong>da</strong>de, destaca<strong>da</strong> por Cury (1990, p. 202):A adoção <strong>da</strong> organização matricial proporciona à empresa condições deflexibili<strong>da</strong>de e de funcionali<strong>da</strong>de adequa<strong>da</strong>s para atender às mu<strong>da</strong>nçasambientais e à sua própria dinâmica, possibilitando a adoção de umasistemática a<strong>da</strong>ptável de utilização de recursos e de processos de trabalho,para a consecução de objetivos preestabelecidos.Para se estabelecer qual a <strong>estrutura</strong> a ser utiliza<strong>da</strong> por uma organização, aprimeira questão a ser observa<strong>da</strong> é o ambiente global em que ela se encontra, apartir dessa análise é possível estabelecer alguns parâmetros que se a<strong>da</strong>ptam osdiversos tipos de <strong>estrutura</strong>s existentes. Existem diversas <strong>estrutura</strong>s, algumas <strong>da</strong>antigui<strong>da</strong>de e outras mais contemporâneas, neste trabalho foram destaca<strong>da</strong>s asprincipais existentes.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOSO trabalho foi realizado mediante um estudo comparativo de casos (YIN, 2005)em uma instituição pública do estado do Paraná e uma organização priva<strong>da</strong>, comoforma de compreender sua <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong>, tendo sido ambas seleciona<strong>da</strong>sem função de similari<strong>da</strong>de entre as <strong>estrutura</strong>s organizacionais de ambas, e tambémpelo acesso para a coleta de <strong>da</strong>dos e pelo interesse <strong>da</strong> ambas na pesquisa.Por se tratar de uma pesquisa que envolve diretamente a ativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>spessoas e suas relações dentro <strong>da</strong> organização, a pesquisa classifica-se comoqualitativa “preocupa-se com um nível de reali<strong>da</strong>de que não pode ser quantificado”(MINAYO,1998, p. 20), em que se pondera a relação dinâmica entre o mundo real eo sujeito, ou seja, uma relação integra<strong>da</strong> entre o mundo objetivo e a subjetivi<strong>da</strong>de dosujeito em que não há quantificação ou mensuração em números (GIL, 1991 apudSILVA, 2008, p. 14).Conforme Gil (1991, p. 58) “pelo estudo profundo e exaustiv o de um ou depoucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento”assim a pesquisa se classifica como estudo comparativo de casos, possibilitandoretratar uma reali<strong>da</strong>de particular, mas que revela uma infini<strong>da</strong>de de aspectosglobais, comuns a diversos e diferentes participantes, pois ao reunir um númerosignificativo de <strong>da</strong>dos com um maior cui<strong>da</strong>do no detalhamento, colabora para a


9compreensão de um determinado fato, e oportuniza desenvolvimento, ampliação ereformulação de teorias já existentes, porém escassas a respeito do assunto(CHIZZOTTI, 1995).Esta pesquisa tem uma abor<strong>da</strong>gem explicativa, sendo um relato do significado<strong>da</strong>s coisas, ou seja, “visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para aocorrência dos fenômenos”. Ain<strong>da</strong>, de acordo com Silva (2008, p. 15) a pesquisaexplicativa é um “método de observação aplicado nas ciências sociais”.A coleta e análise dos <strong>da</strong>dos executaram-se de acordo com os princípios dométodo de pesquisa qualitativa. Fachin (2002, p. 82) argumen ta que este tipo depesquisa “é caracteriza<strong>da</strong> pelos seus atributos e relaciona aspectos não somentemensuráveis, mas também definidos descritivamente”.Para a coleta de <strong>da</strong>dos foram realiza<strong>da</strong>s 12 entrevistas semi-<strong>estrutura</strong><strong>da</strong>s,sendo 8 entrevistas com os diretores e gerentes de departamento <strong>da</strong> empresapriva<strong>da</strong> e 4 funcionários na empresa pública. Utilizou-se entrevista semi-<strong>estrutura</strong>para que houvesse um roteiro a ser seguido, mas com um pouco de flexibili<strong>da</strong>depara que os assuntos fossem coletados de forma coerente e exploradosamplamente. Vale destacar que os funcionários <strong>da</strong> organização pública pertencem aum escritório regional.Por uma questão de ética profissional, conforme solicitações dos funcionários<strong>da</strong> instituição pública, não foram anexados os relatos dos servidores, pois osmesmos não queriam a divulgação de suas falas. Dessa forma, para que a pesquisativesse uma maior credibili<strong>da</strong>de, foram realiza<strong>da</strong>s observações não participantes.Conforme Dorigan de Matos (2005, p. 23), a observação é utiliza<strong>da</strong> quan do um“pesquisador com o propósito de atender as necessi<strong>da</strong>des especificas dedetermina<strong>da</strong> pesquisa”, para que o objetivo <strong>da</strong> pesquisa fosse alcançado, ain<strong>da</strong> naquestão de observação Lakatos (1996, p. 79), complementa “a observação aju<strong>da</strong> opesquisador a identificar e a obter provas a respeito de objetivos sobre os quais osindivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento”. Aobservação caracterizou-se como não participante, onde o pesquisador tomacontato com a organização, mas sem integrar-se a ela (LAKATOS, 1996)Já no que diz respeito à análise de <strong>da</strong>dos, to<strong>da</strong>s as entrevistas realiza<strong>da</strong>sforma grava<strong>da</strong>s e transcritas, para melhor compreensão e analise <strong>da</strong>s mesmas. Os<strong>da</strong>dos forma submetidos à análise de conteúdo, segundo Vergara (2006, p. 15) aanálise de conteúdo serve para “identificar o que está sendo dito a respeito de


10determinado tema”, já Baptista (2007, p. 266) salienta que a análise de conteúdo“tem um objetivo de primeiro que permite interpretar os significados dos fenômenosapresentados ao pesquisador, os quais tanto a pessoa como a socie<strong>da</strong>de nãocompreendem”.Para a interpretação dos <strong>da</strong>dos, conforme Laville e Dionne (1999 apudVERGARA, 2006, p. 19) existem as seguintes formas “a interpretação dosresultados pode ser realiza<strong>da</strong> por meio do emparelhamento (pattern-matching) ou <strong>da</strong>construção interativa de uma explicação”. Para este estudo foi adota<strong>da</strong> a primeiramo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de, tendo em vista que se buscou promover a associação dos resultadoscom o referencial teórico adotado.Conforme Holsti (1969, p. 14) “a análise de conteúdo é a aplicação de métodoscientíficos a uma evidência documentária”. Dessa forma a pesquisa utilizou a técnicado emparelhamento sugeri<strong>da</strong> por Vergara (2006). Dentro dessa forma deinterpretação de <strong>da</strong>dos também se utilizou a técnica de análise temática sugeri<strong>da</strong>por Richardson (1999), utilizando alguns temas importantes de um texto de acordocom a pesquisa, realizando operações de desmembramento do texto em uni<strong>da</strong>des,ou seja, descobrir os diferentes núcleos de sentido que constituem a comunicação, eposteriormente, realizar o seu reagrupamento em classes ou categorias de forma aabarcar todo o conteúdo do discurso dos entrevistados em função do objetivoproposto neste trabalho (BARDIN, 2002).4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS4.1 INSTITUIÇÃO PÚBLICAPode-se evidenciar que devido às características <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong><strong>da</strong> instituição ela se classifica como híbri<strong>da</strong>. De acordo com Daft (1999, p. 146) oprincipal valor desse modelo de <strong>estrutura</strong> é que “ela possibilita que a organizaçãopersiga a a<strong>da</strong>ptabili<strong>da</strong>de e a eficácia dentro <strong>da</strong>s divisões de produtosimultaneamente com a eficiência nos departamentos funcionais”. Este modelo de<strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> oferece vantagens que foram evidencia<strong>da</strong>s nos discursosdos entrevistados, como a a<strong>da</strong>ptabili<strong>da</strong>de e eficácia de ca<strong>da</strong> departamento.Contudo, em relação ao alcance <strong>da</strong> coordenação, aspecto também tido como umavantagem de tal <strong>estrutura</strong>, torna-se mais dificultosa, pela questão <strong>da</strong> existência dedepartamentos isolados.


11Como to<strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> oferece vantagens e desvantagens, a <strong>estrutura</strong> <strong>da</strong>organização tem como desvantagens: conflito e sobrecarga administrativa. Naquestão do conflito o que foi evidenciado é que dentro de alguns níveisorganizacionais existem conflitos quanto à questão <strong>da</strong> legislação ambiental vigente etambém quanto aos interesses.Conflito em relação à legislação ambiental ocorre pela existência dedepartamentos que realizam funções similares, diferenciando-se somente porinteresse e nome. Algumas ativi<strong>da</strong>des exerci<strong>da</strong>s por um departamento também sãoexerci<strong>da</strong>s por outro, acarretando assim conflitos de interesse.Buscando-se evidenciar as características específicas de ca<strong>da</strong> departamentoem relação ao todo <strong>organizacional</strong>, destaca-se que na tabela 1 é apresenta<strong>da</strong> àclassificação de ca<strong>da</strong> departamento quanto ao tipo de <strong>estrutura</strong>, levando-se emconsiderações os modelos teóricos adotados.Tabela 1 – Classificação dos departamentos <strong>da</strong> instituição.DepartamentoTipo de Estrutura1. Diretoria Administrativa Financeira Híbri<strong>da</strong>2. Diretoria de Estudos e Padrões Ambientais Híbri<strong>da</strong>3. Diretoria de Controle de Recursos Ambientais Funcional4. Diretoria de Biodiversi<strong>da</strong>de e Áreas Protegi<strong>da</strong>s Funcional5. Diretoria de Desenvolvimento Florestal FuncionalFonte: Site <strong>da</strong> intuição Pública (2011).Nos departamentos predomina a <strong>estrutura</strong> funcional, que traz vantagens comoespecialização, desenvolvimento <strong>da</strong> experiência e controle centralizado de decisões.As desvantagens são conflitos funcionais, dificul<strong>da</strong>de de coordenação funcional elimite de desenvolvimento interno (CERTO; PETER, 2005). Em função de suascaracterísticas, como funções rotineiras previamente estabeleci<strong>da</strong>s e altamenteespecializa<strong>da</strong>s, justifica-se assim o predomínio do modelo funcional.Os outros departamentos não possuem essa classificação devido às funçõesexerci<strong>da</strong>s e aos serviços oferecidos. A complexi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> <strong>da</strong> instituição égrande, pois existem muitas subdivisões que exigem coordenação e controle e,quanto mais complexa uma organização, mais difícil se torna coordenar e controlar,sendo uma instituição pública sua complexi<strong>da</strong>de ao longo do tempo aumenta.


12Pelas observações frente aos funcionários, devido ao tempo de trabalho deca<strong>da</strong> um, a partir do conhecimento que ca<strong>da</strong> pessoa tem sobre seu colega, observaseque devido ao conflito e a sobre-carga administrativa dos departamentos, essesmesmos funcionários buscam a eficácia do seu trabalho a partir do isolamento, poispara os funcionários, a resolução dos processos e do trabalho ocorre dentro doescritório regional mesmo, assim os processos administrativos do escritório nãochegam a fazer parte <strong>da</strong>s funções dos departamentos. Vale destacar que issoacontece com a maioria dos processos administrativos, mas não com sua totali<strong>da</strong>de,variando de acordo com o interesse e o tipo de processo.4.2 INSTITUIÇÃO PRIVADACom o contato com os chefes de departamentos pode-se observar que todosreconhecem a cultura <strong>da</strong> organização como sendo predominantemente familiar. Nasconversas, para a obtenção de <strong>da</strong>dos a respeito <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> <strong>da</strong> organização ocaráter familiar foi uma <strong>da</strong>s características predominantes no modelo <strong>da</strong>organização.“A empresa é estritamente familiar, de todos os que compunham a parte administrativaera familiar depois aos poucos foi mu<strong>da</strong>ndo um pouco, mas o critério de comandocontinua sempre familiar, então isso facilita a toma<strong>da</strong> de decisões, se você tem umadúvi<strong>da</strong> você já consulta a diretoria então, automaticamente já entroso se é contrário jáesta decidido se você vai altera o plano ou não ou vai segui o plano” (GerenteFinanceiro).Dessa forma observa-se que a empresa baseia-se na tradição <strong>da</strong> família,principalmente devido ao processo de sucessão familiar que atualmente está eman<strong>da</strong>mento. Mas isso não quer dizer que a empresa seja uma organizaçãotradicional, por mais que apresente características deste tipo de organização. Acaracterística fun<strong>da</strong>mental é a centralização na toma<strong>da</strong> de decisões, concentra<strong>da</strong> nonível <strong>da</strong> diretoria.Cabe também a partir desta <strong>estrutura</strong> destacar as vantagens que aorganização pode obter: promoção <strong>da</strong> especialização e aperfeiçoamento,possibili<strong>da</strong>de de melhores salários e maior rendimento, maior facili<strong>da</strong>de dea<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des e aptidões à função e promoção <strong>da</strong> cooperação e otrabalho em equipe. Sendo as desvantagens principais: difícil aplicação, requermaior e mais difícil coordenação, difícil manutenção <strong>da</strong> disciplina, divisão de controlee elevado custo (CURY, 2000, p. 231). Contrariando as características <strong>da</strong>sorganizações tradicionais, a empresa é basea<strong>da</strong> na informali<strong>da</strong>de, o que permiteuma relação a partir do contato pessoal.


13“Existem reuniões informais, aqui uma empresa como essa não tem, tipo você vai perdermuito tempo na reunião, a turma conversa muito no escritório na hora do café, algumacoisa assim, mais que isso não é preciso, é mais informal” (Gerente de Quali<strong>da</strong>de).As relações interpessoais <strong>da</strong> organização como um todo, são predomina<strong>da</strong>spor dois modelos: a horizontali<strong>da</strong>de e verticali<strong>da</strong>de. A horizontali<strong>da</strong>de é a granderelação existente entre os diversos departamentos <strong>da</strong> organização, e a verticali<strong>da</strong>dese dá a partir <strong>da</strong> presença constante <strong>da</strong> diretoria. O repasse de informaçõescotidianas no ambiente <strong>organizacional</strong> ocorre primeiramente pela diretoria eposteriormente a partir do setor responsável.Destaca-se ain<strong>da</strong> que a <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> é basea<strong>da</strong> principalmente naquestão <strong>da</strong> família, predominando a informali<strong>da</strong>de, “resultado <strong>da</strong> interaçãoespontânea dos membros <strong>da</strong> organização, o impacto <strong>da</strong>s personali<strong>da</strong>des dos atoressobre os papéis que lhes foram destinados” (CURY, 2000, p. 117).5 CONSIDERAÇÕES FINAISO estudo <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> torna-se um auxílio para todo odesenvolvimento <strong>organizacional</strong>, pois aju<strong>da</strong> na questão <strong>da</strong>s relações de trabalho,planejamento estratégico e gestão de mu<strong>da</strong>nças. O presente artigo cumpriu com oseu objetivo em analisar as <strong>estrutura</strong>s de 2 (duas) organizações de diferentesorigens. Dentro do trabalho se levantou vários aspectos e constructos que podemVale destacar que a integração entre os departamentos deve ser trabalha<strong>da</strong>, paraque as barreiras existentes sejam quebra<strong>da</strong>s e a relação entre os departamentosseja maior, nos dois tipos de organização. A relação entre <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> eprocessos organizacionais é demasia<strong>da</strong>mente extensa, variando de acordo com asituação e o processo.Destaca-se que to<strong>da</strong> a <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> é responsável pela realizaçãodos processos e a caracterização <strong>da</strong>s organizações permite perceber como osprocessos se desencadeiam dentro <strong>da</strong> dinâmica <strong>estrutura</strong>l.A principal característica observa<strong>da</strong> nas duas organizações foi a funcionali<strong>da</strong>deque ca<strong>da</strong> departamento possui dentro do todo, caracterizando-se como umaintegração informal de trabalho. Recomen<strong>da</strong>-se que para que a organização públicaaumente sua eficiência dentro <strong>da</strong> funcionali<strong>da</strong>de dos departamentos, realize-se umlevantamento detalhado de forma sumária <strong>da</strong> função de ca<strong>da</strong> departamento, paraque se diminua o conflito e que todos tenham um maior foco dentro <strong>da</strong> missão/meta<strong>da</strong> instituição. Na organização priva<strong>da</strong> recomen<strong>da</strong>-se que as relações de trabalhodevem serem eleva<strong>da</strong>s a um grau estratégico para que os processos de trabalho


14originem informações úteis a seu determinado público. Ain<strong>da</strong> que a <strong>estrutura</strong> <strong>da</strong>organização continue com a mesma configuração, faz-se necessária atençãoespecial com relação à integração e coordenação e para tanto podem ser aplica<strong>da</strong>stécnicas como desenvolvimento de equipes e/ou gestão de projetos, gerando ummaior grau na formali<strong>da</strong>de nas relações existentes, para que se garante uma maiorsegurança dentro <strong>da</strong>s combinações informais estabeleci<strong>da</strong>s na organização,incluindo o estabelecimento de políticas proporciona<strong>da</strong>s pela direção, que segundoO’Hair, Friedrich e Dixon (2002) apresentam como comunicação formal nasempresas.Importante destacar que, a empresa priva<strong>da</strong> possui uma missão, que difere <strong>da</strong>missão <strong>da</strong> organização pública, assim o estudo <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> <strong>organizacional</strong> permiteque a empresa, indiferentemente de sua origem, analise o seu desenvolvimentofrente às relações existentes na devi<strong>da</strong> <strong>estrutura</strong>.A pesquisa e a análise <strong>da</strong> <strong>estrutura</strong> não significa somente verificar acaracterística <strong>da</strong> empresa, sua comunicação e formali<strong>da</strong>de, mas permite verificarinúmeros aspectos que podem levar a melhoria contínua, destaca-se: visão doscolaboradores, relações e integrações funcionais, possibili<strong>da</strong>de e caminha pararealização de mu<strong>da</strong>nças e coordenação de trabalho.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBAPTISTA, Makilim Nunes; CAMPOS, Dinael Correâ. Metodologias de pesquisaem ciências: análises quantitativa e qualitativa. Rio de Janeiro: LTC, 2007.BARDIN, L. Análise de conteúdo. Trad. Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro.Lisboa: Edições 70, 2002.CERTO, S. C., PETER, F. P. Administração Estratégica: Planejamento eImplementação <strong>da</strong> estratégia. São Paulo: Prentice Hall, 2005.CHANLAT, Alain; BÉDARD, Renée. Palavras: a ferramenta do executivo. In.CHANLAT, Jean-François et al. O indivíduo na organização – dimensõesesqueci<strong>da</strong>s. São Paulo: Atlas, 2007. p. 125-148.CHIAVENATO, I<strong>da</strong>lberto. Teoria Geral <strong>da</strong> Administração. Rio de Janeiro: Campus,6 ed., 2001.CHIZZOTTI , Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo:Cortez, 1995.


15CRUZ, Tadeu. Sistemas, Métodos e Processos: Administrando Organizações pormeio de Processos de Negócios. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2005.CURY, Antônio. Organização e Métodos: perspectiva comportamental &abor<strong>da</strong>gem contingencial. São Paulo: Atlas, 1990.CURY, Antônio. Organização e Métodos: Uma Visão Holística. 7 ed. São Paulo:Atlas, 2000.DAFT, Richard L. Teoria e projeto <strong>da</strong>s organizações. Rio de Janeiro: Editora JC,1999.DORIGAN DE MATOS, Raquel. Controle e sofrimento no trabalho: estudo decaso em uma organização de transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana.Dissertação de mestrado. UFPR: Curitiba, 2005.ETZIONI, Amitai. Organizações complexas: estudo <strong>da</strong>s organizações em face dosproblemas sociais. São Paulo Editora Atlas , 1978.FACHIN, O. Fun<strong>da</strong>mentos de Metodologia. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2002.FARIA, José Carlos. Administração: introdução ao estudo. 5 ed. São Paulo:Pioneira, 1997.GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2007.HALL, Richard H. Organizações: <strong>estrutura</strong>s, processos e resultados. São Paulo:Pearson Prentice Hall, 2004.HOCAYEN-DA-SILVA, Antonio João. Mu<strong>da</strong>nças Estratégicas na perspectiva deuma Abor<strong>da</strong>gem Integradora: um estudo de casos múltiplos no setor hoteleiroem Curitiba. 2007. 198 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Programa dePós Graduação em Administração, Universi<strong>da</strong>de Federal do Paraná, Curitiba, PR,2007.HOLSTI, Ole. Content anlysis for the social sciences and humanities. Boston:Addison Wesley, 1969.LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de Pesquisa:planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas,elaboração, análise e interpretação de <strong>da</strong>dos. São Paulo: Atlas, 1996.MINAYO, Maria Cecília de S. Ciência, técnica e arte: o desafio <strong>da</strong> pesquisa social.In: (org.). Pesquisa Social: teoria método e criativi<strong>da</strong>de. 10 ed. Petrópolis: Vozes,1998. p. 9-30.


16QUINTANA, Ronaldo Costa. O processo de formação e desenvolvimento decompetências organizacionais em uma instituição do setor público. Dissertaçãode mestrado. PUC/RS: Porto Alegre, 2009.RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e técnicas. SP. EditoraAtlas, 1999.SILVA, Cassandra R. De O. e. Metodologia e organização do processo depesquisa: Guia Prático: disponível:. Acesso em 16/05/11.VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de pesquisa em administração. 2 ed. SãoPaulo: Atlas, 2006.Área temática: Gestão (Processos).

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