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um estudo sobre os principais fatores na implantação de ... - UTFPR

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁCAMPUS PONTA GROSSADEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃOPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃOPPGEPLINDOMAR SUBTIL DE OLIVEIRAUM ESTUDO SOBRE OS PRINCIPAIS FATORES NAIMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS ERPPONTA GROSSANOVEMBRO - 2006


LINDOMAR SUBTIL DE OLIVEIRAUM ESTUDO SOBRE OS PRINCIPAIS FATORES NAIMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS ERPDissertação apresentada como requisito parcialà obtenção do título <strong>de</strong> Mestre em Engenharia<strong>de</strong> Produção, do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduaçãoem Engenharia <strong>de</strong> Produção, Área <strong>de</strong>Concentração: Gestão Industrial doDepartamento <strong>de</strong> Pesquisa e Pós-Graduação,do Campus <strong>de</strong> Ponta Gr<strong>os</strong>sa, da <strong>UTFPR</strong>.Orientador: Prof. Kazuo Hatakeyama, Ph.D.PONTA GROSSANOVEMBRO - 2006


TERMO DE APROVAÇÃOLINDOMAR SUBTIL DE OLIVEIRAUM ESTUDO SOBRE OS PRINCIPAIS FATORES NAIMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS ERPDissertação <strong>de</strong> Mestrado aprovada como requisito parcial à obtenção do grau <strong>de</strong>Mestre em Engenharia <strong>de</strong> Produção, do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação emEngenharia <strong>de</strong> Produção, Área <strong>de</strong> Concentração: Gestão Industrial, doDepartamento <strong>de</strong> Pesquisa e Pós-Graduação, Campus Ponta Gr<strong>os</strong>sa, da <strong>UTFPR</strong>,pela seguinte banca exami<strong>na</strong>dora:Orientador: Prof. Kazuo Hatakeyama, Ph.D.Departamento <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção, Universida<strong>de</strong> TecnológicaFe<strong>de</strong>ral do Paraná – <strong>UTFPR</strong> – Campus Ponta Gr<strong>os</strong>sa.Prof. Alexandre Reis Graeml, Dr.Departamento <strong>de</strong> Informática – <strong>UTFPR</strong> – Campus Curitiba.Prof. Fábio Favaretto, Dr.Departamento <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção – PUC - PRProf. Fer<strong>na</strong>ndo J<strong>os</strong>é Barbin Laurindo, Dr.Departamento <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção, Escola Politécnica – USP.Ponta Gr<strong>os</strong>sa, 17 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2006PPGEP – Gestão Industrial (2006)


DEDICATÓRIADedico este trabalho à minha família e aspessoas amadas que sempre estiveram aomeu lado, com carinho especial a<strong>os</strong> meusquerid<strong>os</strong> pais Vilmar e Maria, pela força eincentivo em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> moment<strong>os</strong> da minhavida.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


AGRADECIMENTOSA Deus, fonte suprema <strong>de</strong> amor que me protege e guia meus pass<strong>os</strong> em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong>moment<strong>os</strong>.Agra<strong>de</strong>ço imensamente ao meu estimado orientador professor Kazuo Hatakeyama,por todas as oportunida<strong>de</strong>s que me proporcionou, pel<strong>os</strong> seus conselh<strong>os</strong>,ensi<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> e por sua nobre sabedoria e profissio<strong>na</strong>lismo.À tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> <strong>de</strong>mais Professores do Programa <strong>de</strong> Pós Graduação, pelo apoio,amiza<strong>de</strong>, <strong>de</strong>dicação e oportunida<strong>de</strong>.A<strong>os</strong> meus amig<strong>os</strong> e colegas <strong>de</strong> Mestrado, pela força e companheirismo.A<strong>os</strong> professores doutores Alexandre Reis Graeml, Fábio Favaretto e Fer<strong>na</strong>ndo J<strong>os</strong>éBarbin Laurindo que compuseram a banca exami<strong>na</strong>dora.À Universida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná (<strong>UTFPR</strong>), Campus Ponta Gr<strong>os</strong>sa,pela oportunida<strong>de</strong> e recurs<strong>os</strong> oferecid<strong>os</strong>.À CAPES pelo apoio fi<strong>na</strong>nceiro concedido para a realização <strong>de</strong>ste trabalho.Às empresas participantes da pesquisa.E a todas as <strong>de</strong>mais pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para oresultado <strong>de</strong>ste trabalho.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


EPÍGRAFE"Agra<strong>de</strong>ço todas as dificulda<strong>de</strong>s que enfrentei;não f<strong>os</strong>se por elas, eu não teria saído dolugar... As facilida<strong>de</strong>s n<strong>os</strong> impe<strong>de</strong>m <strong>de</strong>caminhar. Mesmo as críticas n<strong>os</strong> auxiliammuito." Chico Xavier.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


RESUMOA implantação <strong>de</strong> sistemas Enterprise Resource Planning (ERP), a partir das últimasdécadas do século XX, tornou-se <strong>um</strong> ícone <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> no cenárioempresarial. O surgimento <strong>de</strong>sses sistemas representou <strong>um</strong> importante avançotecnológico com vistas a aprimorar e elevar o <strong>de</strong>sempenho organizacio<strong>na</strong>l,oferecendo às empresas maior eficiência e sustentabilida<strong>de</strong> ao negócio. No contextoatual, outras tecnologias, tais como: CRM, BI, EDI e Data Warehouse tambémpassaram a incorporar e dar suporte ao ERP, tor<strong>na</strong>ndo mais eficiente a suautilização e refletindo no alcance <strong>de</strong> melhores resultad<strong>os</strong> para a organização. Anotável expansão d<strong>os</strong> sistemas ERP gerou muitas discussões entre especialistas,pesquisadores e empresári<strong>os</strong>, no intuito <strong>de</strong> buscar <strong>um</strong>a explicação para <strong>os</strong> divers<strong>os</strong>cas<strong>os</strong> <strong>de</strong> sucess<strong>os</strong> e insucess<strong>os</strong> <strong>na</strong> implantação <strong>de</strong>sses sistemas. As informações<strong>sobre</strong> esses fat<strong>os</strong> culmi<strong>na</strong>ram por gerar o problema da pesquisa, a qual preten<strong>de</strong>uverificar <strong>os</strong> <strong>principais</strong> <strong>fatores</strong> que interferem <strong>na</strong> implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP.Assim sendo, objetivou-se apresentar <strong>um</strong> <strong>estudo</strong> para i<strong>de</strong>ntificar, <strong>na</strong>s maioresempresas industriais atuantes no Brasil, quais <strong>os</strong> <strong>principais</strong> <strong>fatores</strong> que contribuemou que dificultam o processo <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> sistemas ERP. Quanto àmetodologia da pesquisa optou-se pelo método indutivo, tendo em vista ser <strong>um</strong>apesquisa aplicada e exploratória. Para a coleta <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>, utilizou-se como fonteindireta o levantamento bibliográfico apropriado <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> assunt<strong>os</strong>. Como fontedireta, aplicou-se <strong>um</strong> questionário, o qual foi enviado a 50 empresas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>porte, além <strong>de</strong> <strong>um</strong>a entrevista com dois funcionári<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa consi<strong>de</strong>radarelevante nesta pesquisa. Os resultad<strong>os</strong> auferid<strong>os</strong> <strong>de</strong>monstraram que <strong>os</strong> <strong>fatores</strong>relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> às dificulda<strong>de</strong>s funcio<strong>na</strong>is do sistema, i<strong>de</strong>ntificação e adaptação a<strong>os</strong>process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negócio, bem como as carências do ERP no apoio a<strong>os</strong> plan<strong>os</strong>estratégic<strong>os</strong>, foram alguns d<strong>os</strong> pont<strong>os</strong> consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> mais complex<strong>os</strong> pelasempresas. Ainda, outr<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> concernentes à qualificação técnica d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>,trei<strong>na</strong>mento e engajamento das <strong>principais</strong> li<strong>de</strong>ranças, também foram consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong>relevantes. I<strong>de</strong>ntificou-se, no entanto, que o principal fator crítico e que concorrepara o êxito ou fracasso <strong>na</strong> implantação do sistema, está relacio<strong>na</strong>do com o aspectocomportamental d<strong>os</strong> colaboradores. Ao fi<strong>na</strong>l <strong>de</strong>ste trabalho, as sugestõesdirecio<strong>na</strong>ram-se para nov<strong>os</strong> <strong>estudo</strong>s acerca da influência do ser h<strong>um</strong>ano <strong>na</strong>implantação do sistema, bem como avaliar a participação <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> outr<strong>os</strong>grup<strong>os</strong> envolvidas <strong>na</strong> empresa. Como sugestão adicio<strong>na</strong>l, propõe-se também <strong>os</strong><strong>estudo</strong>s <strong>sobre</strong> o impacto da utilização das novas tecnologias <strong>de</strong> informação,consi<strong>de</strong>radas <strong>um</strong>a extensão do ERP.Palavras-chave: Sistemas ERP; Resultad<strong>os</strong> Eficazes; ComportamentoOrganizacio<strong>na</strong>l; Fatores Crític<strong>os</strong>; Process<strong>os</strong> <strong>de</strong> Negócio.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


ABSTRACTThe implementation of Enterprise Resource Planning (ERP) system has become, inthe last few <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s, a reference of competitiveness to the business enterprise as awhole. The introduction of these systems has represented an important technologicaladvancement, which brought more improvement and better results to theorganizatio<strong>na</strong>l performance, promoting more efficiency to the company andsustai<strong>na</strong>bility to its businesses. Nowadays, there are also other technologies, forinstance, CRM, BI, EDI and Data Warehouse, which have been efficient supportsaiming at better organizatio<strong>na</strong>l results. The large utilization of ERP system hasbecome scope of much discussion by specialists, researchers and professio<strong>na</strong>ls ofthe area, with the purp<strong>os</strong>e of finding an answer for success and failure cases upon itsimplementation. M<strong>os</strong>t of these related aspects contributed to origi<strong>na</strong>te the problem ofthis research, which inten<strong>de</strong>d to check “what are the main factors that influence onERP system’s implementation?” Therefore, the main objective of this work was topresent a study to i<strong>de</strong>ntify which the main factors that help or difficult the ERPimplementation processes are. Concerning the methodological procedures, thisresearch used an inductive method characterized by an applied and exploratoryresearch. On the data collection, firstly an appropriate bibliography survey about thesubject was ma<strong>de</strong>, representing an indirect source. Regarding the direct source, aquestion<strong>na</strong>ire was mailed to 50 large companies, besi<strong>de</strong>s the interview with twoemployees from a relevant company. The data results illustrated the factorsconcerning functio<strong>na</strong>l difficulties, i<strong>de</strong>ntification and adjustment on businessprocesses, as well as lack of support by ERP system on strategic plans, were othercritical questions consi<strong>de</strong>red by the companies. In addition, the aspects regardinguser’s technical qualification, training and engagement of the main lea<strong>de</strong>rs have alsobeen evaluated as of great importance. However, it can be seen that behavioralaspects means the main critical factors that represent the success or failure on thesystem implementation. At the end of this research, suggestions are presented fornew studies regarding the h<strong>um</strong>an influence on the system implementation, in or<strong>de</strong>r toevaluate the importance of involvement of different groups of people among theorganization’s participants. Another suggestion that had been prop<strong>os</strong>ed is concerningthe studies on the impacts of new information technologies utilization, consi<strong>de</strong>red asan extension ERP system application.Key-words: ERP systems; Effective results; Organizatio<strong>na</strong>l behaviors; Criticalfactors; Business processes.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


LISTA DE FIGURASFIGURA 1 – Fases da evolução d<strong>os</strong> Sistemas ERP .................................................28FIGURA 2 – Módul<strong>os</strong> que compõem o ERP .............................................................31FIGURA 3 – Módul<strong>os</strong> que compõem o MRPII...........................................................33FIGURA 4 – Visão integrada da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> distribuição ............................................43FIGURA 5 – Cálculo no MRP a partir da gestão <strong>de</strong> pedid<strong>os</strong>.....................................49PPGEP – Gestão Industrial (2006)


LISTA DE TABELAS E QUADROSQUADRO 1 - Módul<strong>os</strong> que compõem o ERP............................................................32QUADRO 2 - Benefíci<strong>os</strong> tangíveis e intangíveis d<strong>os</strong> sistemas ERP .........................50QUADRO 3 - Diferenças entre melhoria e reengenharia ..........................................58PPGEP – Gestão Industrial (2006)


LISTA DE GRÁFICOSGRÁFICO 1 - Dificulda<strong>de</strong>s em relação a cust<strong>os</strong>, pessoas e adaptação do sistemaERP....................................................................................................................86GRÁFICO 2 - Dificulda<strong>de</strong>s em relação às funcio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>s e operacio<strong>na</strong>lização d<strong>os</strong>istema ERP ......................................................................................................88GRÁFICO 3 - Dificulda<strong>de</strong>s em relação à confiabilida<strong>de</strong>, atualizações e recurs<strong>os</strong>oferecid<strong>os</strong> pelo sistema ERP .............................................................................90GRÁFICO 4 - Dificulda<strong>de</strong>s no relacio<strong>na</strong>mento do sistema ERP com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong>estratégic<strong>os</strong> da empresa....................................................................................92GRÁFICO 5 - Mudanças que foram necessárias <strong>na</strong> implantação do sistema...........95GRÁFICO 6 - Visão quanto à necessida<strong>de</strong> do sistema ERP ....................................96GRÁFICO 7 - Grau <strong>de</strong> conhecimento d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> quanto ao sistema ERP............96GRÁFICO 8 - Visão quanto à tendência do sistema ERP.........................................97GRÁFICO 9 - Tipo <strong>de</strong> sistema ERP utilizado pelas empresas..................................98GRÁFICO 10 - Módul<strong>os</strong> do sistema ERP utilizad<strong>os</strong> pelas empresas........................99GRÁFICO 11 - Investimento total (R$) no projeto <strong>de</strong> implantação do ERP ............100GRÁFICO 12 - Tempo (meses) <strong>de</strong> implantação do sistema ERP...........................101GRÁFICO 13 - Estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação.............................................102GRÁFICO 14 - Envolvimento e participação no projeto <strong>de</strong> implantação .................103GRÁFICO 15 - Fatores que favorecem <strong>um</strong>a implantação bem sucedida................105GRÁFICO 16 - Investiment<strong>os</strong> anuais (R$) em trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> com o sistema ERP ..107GRÁFICO 17 - Interação e aculturação d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> com o uso do sistema ERP.........................................................................................................................108GRÁFICO 18 - Quanto ao comportamento d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> ........................................109GRÁFICO 19 - Quanto ao trei<strong>na</strong>mento d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> ........................................110PPGEP – Gestão Industrial (2006)


GRÁFICO 20 - Sistemas/ferramentas <strong>de</strong> TI que as empresas utilizam além do ERP.........................................................................................................................111GRÁFICO 21 - Benefíci<strong>os</strong> do ERP integrado ou suportado por outr<strong>os</strong> sistemasexistentes .........................................................................................................113GRÁFICO 22 - Principais benefíci<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> trabalho eambiente organizacio<strong>na</strong>l ..................................................................................115GRÁFICO 23 - Benefíci<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> proporcio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> pelo sistema ....................117GRÁFICO 24 - Utilização do ERP no gerenciamento da fábrica.............................119GRÁFICO 25 - Utilização do ERP no atendimento a<strong>os</strong> clientes..............................121OBS: Tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> gráfic<strong>os</strong> foram elaborad<strong>os</strong> pelo próprio autor, com fonte <strong>de</strong>dad<strong>os</strong> oriund<strong>os</strong> da pesquisa.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


LISTA DE SÍMBOLOS% - PorcentagemR$ - RealPPGEP – Gestão Industrial (2006)


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASBIB2BB2CCEOCRMCRPDRPEAIECREDIEISERPMKTMPSMRPMRP IIPCPPMPPURRCCPRHROISADSCMSFCSI- Business Intelligence- Business to Business- Business to Cons<strong>um</strong>er- Chief Executive Officer- Customer Relationship Ma<strong>na</strong>gement- Capacity Requirements Planning- Distribution Requirements Planning- Enterprise Application Integration- Efficient Cons<strong>um</strong>er Response- Electronic Data Interchange- Executive Information Systems- Enterprise Resource Planning- Marketing- Master Production Scheduling- Material Requirements Planning- Manufacturing Resources Planning- Planejamento e Controle da Produção- Plano Mestre <strong>de</strong> Produção- Purchasing- Rough-Cut Capacity Planning- Recurs<strong>os</strong> H<strong>um</strong>an<strong>os</strong>- Return on Investment- Sistema <strong>de</strong> Apoio à Decisão- Supply Chain Ma<strong>na</strong>gement- Shop Floor Control- Sistema <strong>de</strong> informaçãoPPGEP – Gestão Industrial (2006)


SIOSOPTI- Operatio<strong>na</strong>l Information System- Sales and Operations Planning- Tecnologia da InformaçãoPPGEP – Gestão Industrial (2006)


SUMÁRIODEDICATÓRIAAGRADECIMENTOSEPÍGRAFERESUMOABSTRACTLISTA DE FIGURASLISTA DE TABELAS E QUADROSLISTA DE GRÁFICOSLISTA DE SÍMBOLOSLISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASSUMÁRIOCAPÍTULO I1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................201.1 Apresentação do tema <strong>de</strong> pesquisa ....................................................................211.2 Apresentação do problema <strong>de</strong> pesquisa .............................................................211.3 Apresentação das justificativas ...........................................................................221.4 Objetiv<strong>os</strong> .............................................................................................................231.4.1 Objetivo geral ...................................................................................................231.4.2 Objetiv<strong>os</strong> específic<strong>os</strong> .......................................................................................231.5 Estruturação do trabalho .....................................................................................23CAPÍTULO II2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................252.1 Consi<strong>de</strong>rações iniciais <strong>sobre</strong> Tecnologia da Informação (TI)..............................252.2 Contextualizando o <strong>de</strong>senvolvimento d<strong>os</strong> sistemas MRP/ MRPII a<strong>os</strong> ERP ........262.3 Sistemas ERP: aspect<strong>os</strong> introdutóri<strong>os</strong> e <strong>um</strong>a visão geral d<strong>os</strong> seus benefíci<strong>os</strong>para as empresas......................................................................................................292.4 Apresentando <strong>os</strong> módul<strong>os</strong> que constituem <strong>os</strong> Sistemas ERP.............................31PPGEP – Gestão Industrial (2006)


2.4.1 O Sistema MRPII..............................................................................................322.5 Gestão da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supriment<strong>os</strong>.......................................................................352.5.1 Módul<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> a operações e ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supriment<strong>os</strong>..........................362.5.1.1 Módul<strong>os</strong> <strong>na</strong> base do sistema MRPII..............................................................362.5.1.2 Módul<strong>os</strong> <strong>na</strong> base do sistema ERP ................................................................422.5.2 Módul<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> à gestão fi<strong>na</strong>nceira/contábil/fiscal.................................442.5.2.1 Módul<strong>os</strong> <strong>na</strong> base do sistema ERP ................................................................442.5.3 Módul<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> à gestão <strong>de</strong> Recurs<strong>os</strong> H<strong>um</strong>an<strong>os</strong> ..................................492.5.3.1 Módul<strong>os</strong> <strong>na</strong> base do ERP..............................................................................492.6 Benefíci<strong>os</strong> ampliad<strong>os</strong> com a utilização d<strong>os</strong> sistemas ERP..................................502.7 Principais características d<strong>os</strong> software ERP, <strong>fatores</strong> que interferem <strong>na</strong>implantação do sistema e mudanças causadas <strong>na</strong> organização...............................512.7.1 Os cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP ..................................................542.7.2 A adaptação do sistema ERP a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> organizacio<strong>na</strong>is.........................552.7.3 A influência d<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> comportamentais e culturais <strong>na</strong> implantação d<strong>os</strong>istema......................................................................................................................582.8 A relação d<strong>os</strong> sistemas <strong>de</strong> informação com <strong>os</strong> sistemas <strong>de</strong> gestão ...................602.9 A fase <strong>de</strong> implantação do ERP e <strong>fatores</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> à escolha do software....612.10 Fatores crític<strong>os</strong> <strong>de</strong> sucesso...............................................................................652.11 O ERP como <strong>um</strong> plano estratégico e sua combi<strong>na</strong>ção com outr<strong>os</strong> sistemas daempresa ....................................................................................................................702.12 Tendências em tecnologias <strong>de</strong> gestão e a nova geração do ERP ....................72CAPÍTULO III3 METODOLOGIA DA PESQUISA .......................................................................763.1 Método Indutivo...................................................................................................773.2 Caracterização quanto à <strong>na</strong>tureza da pesquisa ..................................................783.3 Tipo da pesquisa quanto à forma <strong>de</strong> abordagem do problema ...........................783.4 Objetivo da pesquisa...........................................................................................793.5 Técnica <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>.................................................................................793.6 Universo da pesquisa..........................................................................................80CAPÍTULO IV4 APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS E RESULTADOS.......834.1 Consi<strong>de</strong>rações <strong>sobre</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> campo....83PPGEP – Gestão Industrial (2006)


4.2 Apresentação e análise d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> da pesquisa...........................................854.2.1 Perfil das empresas..........................................................................................854.2.2 Dificulda<strong>de</strong>s do sistema em aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s do negócio ..................864.2.3 Fases do projeto e aspect<strong>os</strong> que contribuem para alcançar <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>empresariais..............................................................................................................944.2.4 Influência d<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> culturais, comportamentais e trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> <strong>na</strong>implantação do sistema...........................................................................................1074.2.5 Relação do sistema com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> da empresa e o suporte <strong>de</strong>outras tecnologias existentes ..................................................................................1114.3 Análise d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> da Empresa Alfa..................................................................122CAPÍTULO V5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES...........................................................1315.1 Contexto geral <strong>sobre</strong> a implantação <strong>de</strong> sistemas ERP .....................................1315.2 Fatores técnic<strong>os</strong>: projeto/ estrutura e funcio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>s ......................................1315.3 Fatores h<strong>um</strong>an<strong>os</strong>: comportamento/ cultura/ participação e trei<strong>na</strong>mento...........1345.4 Fatores estratégic<strong>os</strong>/ benefíci<strong>os</strong> do sistema ERP e novas tecnologias ............1355.5 Recomendações e sugestões para trabalh<strong>os</strong> futur<strong>os</strong> .......................................136REFERÊNCIAS.......................................................................................................138APÊNDICE A – Roteiro da entrevista......................................................................143APÊNDICE B – Questionário da pesquisa ..............................................................144APÊNDICE C – Distribuição das empresas da pesquisa ........................................148APÊNDICE D – Publicações e outras ativida<strong>de</strong>s científicas <strong>de</strong>senvolvidas pelomestrando em 2005 e 2006.....................................................................................149ANEXO A – Doc<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> solicitação <strong>de</strong> estágio ..................................................153ANEXO B – Doc<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> apresentação do pesquisador .....................................154PPGEP – Gestão Industrial (2006)


1 INTRODUÇÃOA evolução das organizações tem ocorrido n<strong>um</strong> ritmo acelerado n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong>vinte an<strong>os</strong>. As exigências <strong>de</strong> resp<strong>os</strong>tas rápidas <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>m as mudanças <strong>na</strong>sempresas. Fatores que no passado representavam vantagens competitivas como,construir gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pósit<strong>os</strong> para estocar matérias-primas e produt<strong>os</strong> acabad<strong>os</strong>, oque atualmente significam elevad<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> e comprometem <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>organizacio<strong>na</strong>is. No Brasil, com a estabilização da moeda corrente e a abertura <strong>de</strong>mercado, as empresas começaram a se especializar e foram forçadas a melhorar acompetência em todas as áreas como: a produtiva, fi<strong>na</strong>nceira, serviç<strong>os</strong>, cust<strong>os</strong> elogística.Atualmente, as organizações continuam <strong>de</strong>safiadas a se a<strong>de</strong>quarem àsmudanças que ocorrem no meio em que estão inseridas, consi<strong>de</strong>rando-se asnecessida<strong>de</strong>s d<strong>os</strong> clientes, estratégias <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, concorrência, leis ambientais,responsabilida<strong>de</strong> social <strong>de</strong>ntre outras. Por isso, para manterem-se competitivas egarantir a perpetuida<strong>de</strong> do negócio, as empresas necessitam cada vez mais <strong>de</strong>investiment<strong>os</strong> em inovação tecnológica, atualizações <strong>de</strong> melhorias contínuas n<strong>os</strong>process<strong>os</strong> e mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> <strong>de</strong> gestão.Nesse contexto <strong>de</strong> mudanças, ocorreu o surgimento <strong>de</strong> tecnologias como <strong>os</strong>sistemas integrad<strong>os</strong> <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> gestão empresarial ERP (Enterprise ResourcePlanning). Estes sistemas contribuíram para tor<strong>na</strong>r as empresas mais competitivas,oferecendo melhores resultad<strong>os</strong> através da administração eficaz d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong>,integração d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> e melhor fluxo <strong>de</strong> informações. A empresa,como <strong>um</strong> todo, é <strong>um</strong> ambiente comp<strong>os</strong>to por divers<strong>os</strong> setores, funções e<strong>de</strong>partament<strong>os</strong> on<strong>de</strong> estão dispers<strong>os</strong> <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> das transações operacio<strong>na</strong>is. Osistema ERP é <strong>um</strong>a tecnologia que visa gerar as informações a partir <strong>de</strong>sses dad<strong>os</strong>e disponibilizá-las a<strong>os</strong> gestores para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Concernente a isso, se <strong>de</strong>nota que <strong>os</strong> sistemas ERP tor<strong>na</strong>ram-seoportu<strong>na</strong>mente <strong>um</strong>a das mais importantes ferramentas utilizadas <strong>na</strong> gestão <strong>de</strong>negóci<strong>os</strong> d<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>, assim como outras tecnologias relacio<strong>na</strong>das à geração<strong>de</strong> informações ou voltadas para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, que também estão se


Capítulo 1 Introdução21incorporando a esses sistemas para oferecer melhor suporte às estratégiasempresariais e <strong>na</strong> relação com <strong>os</strong> clientes.Contudo, <strong>um</strong> ponto <strong>de</strong> discussão é que, apesar da ampla disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>informações e tecnologias mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong>s, sabe-se que, no cenário atual, ainda há muitoque se fazer pela mo<strong>de</strong>rnização e pelo progresso <strong>na</strong> administração das empresas. Autilização ineficiente <strong>de</strong>ssas ferramentas disponíveis, o <strong>de</strong>sconhecimento <strong>de</strong> muit<strong>os</strong>empresári<strong>os</strong> em a<strong>na</strong>lisar <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> versus benefíci<strong>os</strong> e retorn<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong>a novatecnologia, a baixa qualificação da mão-<strong>de</strong>-obra, gerenciamento i<strong>na</strong><strong>de</strong>quado d<strong>os</strong>cust<strong>os</strong>, entre vári<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong>, dificultam o crescimento <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa.No âmago <strong>de</strong>sses questio<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> e com o intuito <strong>de</strong> oferecer <strong>um</strong>acontribuição <strong>na</strong> área <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> gestão empresarial, este trabalho apresenta <strong>um</strong>panorama contemporâneo das empresas à respeito d<strong>os</strong> <strong>principais</strong> aspect<strong>os</strong> <strong>sobre</strong> aimplantação <strong>de</strong> sistemas ERP, on<strong>de</strong> são explorad<strong>os</strong> <strong>os</strong> <strong>fatores</strong> técnic<strong>os</strong> (projeto eusabilida<strong>de</strong> do sistema), h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> e estratégic<strong>os</strong> do <strong>estudo</strong>.1.1 Apresentação do tema <strong>de</strong> pesquisaO tema <strong>de</strong>senvolvido neste trabalho <strong>de</strong> pesquisa concentra-se <strong>na</strong> verificaçãodo comportamento d<strong>os</strong> Sistemas <strong>de</strong> Gestão Empresarial (ERP).1.2 Apresentação do problema <strong>de</strong> pesquisaConsi<strong>de</strong>rando-se a complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP,observa-se <strong>um</strong> contra-senso nesse processo, on<strong>de</strong>, muitas vezes, as organizaçõesinvestem somas vult<strong>os</strong>as <strong>na</strong> aquisição <strong>de</strong>sses programas e não conseguemaproveitar todo o seu potencial <strong>de</strong> utilização, ou seja, levando-as ao usocomplementar <strong>de</strong> sistemas gerenciais paralel<strong>os</strong>.Valendo-se <strong>de</strong>ssa discussão, tem-se a pergunta ao referido problema <strong>de</strong>pesquisa: “Quais são <strong>os</strong> <strong>principais</strong> <strong>fatores</strong> que interferem <strong>na</strong> implantação d<strong>os</strong>sistemas ERP e que limitam o uso d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> oferecid<strong>os</strong> pelo sistema?”.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 1 Introdução221.3 Apresentação das justificativasApoiando-se <strong>na</strong> metodologia <strong>de</strong> Roesch (1999), justificou-se a execução<strong>de</strong>ste projeto através <strong>de</strong> sua importância, oportunida<strong>de</strong> e viabilida<strong>de</strong>.Quanto à importância: Justificou-se pela representativida<strong>de</strong> do <strong>estudo</strong> (pesquisa),i<strong>de</strong>ntificando e avaliando <strong>na</strong>s indústrias pesquisadas, quais <strong>os</strong> <strong>fatores</strong> p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> enegativ<strong>os</strong> (limitadores) <strong>na</strong> implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP, principalmente avaliandoa influência do sistema <strong>na</strong> implementação e adaptação d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>.Este trabalho <strong>de</strong> pesquisa é proeminente por abordar <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> cruciais acerca daimplantação <strong>de</strong>sses sistemas e porque foi aplicado a <strong>um</strong> grupo específico <strong>de</strong>empresas pujantes no cenário empresarial brasileiro. Desta forma, contribuindo paranov<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> <strong>sobre</strong> a implementação <strong>de</strong> software integrad<strong>os</strong> <strong>de</strong> gestão ERP.Além disso, outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> importantes que previamente motivaram a realização<strong>de</strong>ste trabalho foram <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> que po<strong>de</strong>riam ser alcançad<strong>os</strong> com a aplicação dapesquisa, bem como o interesse do pesquisador pela continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses <strong>estudo</strong>sem projet<strong>os</strong> futur<strong>os</strong> <strong>na</strong> área <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> gestão.Quanto à oportunida<strong>de</strong>: Porque visa fazer <strong>um</strong> levantamento para i<strong>de</strong>ntificar comoque as gran<strong>de</strong>s empresas estão operando em relação ao sistema e avaliar asimplicações para o negócio <strong>de</strong>ssas organizações, bem como i<strong>de</strong>ntificar as limitaçõesno processo <strong>de</strong> implantação.Outro aspecto oportuno é estudar as novas ferramentas que auxiliam <strong>na</strong>gestão empresarial, bem como contribuir com novas pesquisas <strong>na</strong> área <strong>de</strong> sistemasgerenciais como o ERP, cujo sistema usa <strong>um</strong> novo conceito em automação gerenciale permite <strong>um</strong>a visão ampla <strong>de</strong> todo o panorama <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa.Quanto à viabilida<strong>de</strong>: Tornou-se viável o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta pesquisa <strong>de</strong>vidoa<strong>os</strong> seguintes <strong>fatores</strong>: disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo integral por parte do pesquisadorpara a elaboração do trabalho e aplicação d<strong>os</strong> <strong>estudo</strong>s, bem como pela sua vivência<strong>de</strong> experiência industrial.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 1 Introdução231.4 Objetiv<strong>os</strong>1.4.1 Objetivo GeralI<strong>de</strong>ntificar <strong>na</strong>s maiores empresas industriais atuantes no Brasil, quais <strong>os</strong> <strong>principais</strong><strong>fatores</strong> que contribuem ou que dificultam o processo <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> sistemasERP.1.4.2 Objetiv<strong>os</strong> específic<strong>os</strong>- I<strong>de</strong>ntificar as <strong>principais</strong> dificulda<strong>de</strong>s do sistema em aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s donegócio;- I<strong>de</strong>ntificar <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> fundamentais, como: estratégia <strong>de</strong>implantação, <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong>, clara <strong>de</strong>finição d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>,participação da gerência e d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> chaves <strong>na</strong> equipe <strong>de</strong> projeto, verificando aforma como influenciam no alcance d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> empresariais;- Verificar se <strong>os</strong> <strong>fatores</strong> culturais, comportamentais e trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> interferem <strong>na</strong>implantação do sistema;- Verificar a relação do sistema com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> da empresa e se <strong>os</strong>uporte <strong>de</strong> outras tecnologias existentes também contribui para a<strong>um</strong>entar aeficiência do software ERP;1.5 Estruturação do trabalhoA pesquisa <strong>de</strong>ste trabalho foi <strong>de</strong>senvolvida <strong>na</strong> área <strong>de</strong> Tecnologias <strong>de</strong> Gestãoda Produção, com o foco n<strong>os</strong> sistemas ERP como a principal ferramenta no auxílioao gerenciamento das empresas. Para compor o escopo do presente trabalho, além<strong>de</strong>sta parte introdutória (Capítulo 1), apresentam-se ainda <strong>os</strong> seguintes capítul<strong>os</strong>:Capítulo 2 - Referencial Teórico: Neste capítulo aborda-se o <strong>de</strong>senvolvimento d<strong>os</strong>sistemas MRP e MRPII, explora-se o assunto d<strong>os</strong> sistemas ERP e a comp<strong>os</strong>ição d<strong>os</strong>seus módul<strong>os</strong>, bem como o suporte das outras tecnologias <strong>de</strong> informação. Nestecontexto, portanto, apresentam-se <strong>os</strong> conceit<strong>os</strong>, vantagens, benefíci<strong>os</strong>, <strong>fatores</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 1 Introdução24relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> a<strong>os</strong> risc<strong>os</strong> <strong>na</strong> implantação do software, complexida<strong>de</strong>s, limitações doprocesso <strong>de</strong> implantação e a adaptação do sistema a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> organizacio<strong>na</strong>is.Além disso, no âmbito <strong>de</strong>ste capítulo também são abordad<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> assunt<strong>os</strong>, taiscomo: <strong>os</strong> <strong>fatores</strong> comportamentais e culturais da empresa e a sua influência noprocesso <strong>de</strong> implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP.Capítulo 3 – Metodologia da pesquisa: neste capítulo apresentam-se <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong>metodológic<strong>os</strong> escolhid<strong>os</strong>, bem como a justificativa <strong>de</strong> escolha por tais aspect<strong>os</strong>para a realização da pesquisa. Ainda, explica-se como ocorreu a realização dapesquisa <strong>de</strong> campo e a coleta <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> no período <strong>de</strong> tempo estabelecido.Capítulo 4 – Apresentação e interpretação d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> e resultad<strong>os</strong>: nestecapítulo são apresentad<strong>os</strong> e discutid<strong>os</strong> <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> encontrad<strong>os</strong> <strong>na</strong> pesquisa. Damesma forma, são a<strong>na</strong>lisad<strong>os</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> <strong>fatores</strong> inerentes a cada empresa, no que serefere às limitações e aspect<strong>os</strong> p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> da implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP. Atravésdo instr<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> pesquisa escolhido, buscou-se abranger o máximo p<strong>os</strong>sível ài<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>sses <strong>fatores</strong>.Capítulo 5 – Conclusões e recomendações: neste capítulo são apresentadas asconclusões do trabalho com base n<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> que foram alcançad<strong>os</strong> <strong>na</strong> pesquisa.Igualmente, são apresentadas as recomendações e sugestões para <strong>estudo</strong>s epesquisas futuras <strong>sobre</strong> as mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong>s tecnologias, e também com relação aoassunto abordando <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> da implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP.Na seqüência, inicia-se o segundo capítulo <strong>de</strong>ste trabalho, o qual apresenta arevisão teórica utilizada <strong>na</strong> sua elaboração.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


2 REFERENCIAL TEÓRICO2.1 Consi<strong>de</strong>rações iniciais <strong>sobre</strong> Tecnologia da Informação (TI)O crescimento d<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> apoiad<strong>os</strong> pela Tecnologia da Informação (TI) temse intensificado <strong>na</strong>s últimas décadas, principalmente o e-business utilizando <strong>os</strong>recurs<strong>os</strong> da Internet como suporte (NORRIS et al., 2001). E esse crescimento<strong>de</strong>spertou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> vanguarda, que estão sendoincorporadas <strong>na</strong>s empresas para auxiliar o gerenciamento d<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong>. O ERP<strong>de</strong>spontou como <strong>um</strong>a <strong>de</strong>ssas tecnologias, sendo atualmente <strong>um</strong>a das maisutilizadas pelas empresas pró-ativas no cenário empresarial.O conjunto <strong>de</strong> benefíci<strong>os</strong> oferecid<strong>os</strong> pela TI se tor<strong>na</strong> imprescindível para ogerenciamento das empresas <strong>na</strong> atual conjuntura d<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong>. No entanto, tão útilquanto a implementação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a nova tecnologia, seria <strong>de</strong>finir <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> que seespera com ela. Em compasso com essa questão, Manãs (2001, p.128) explica quetodo o processo <strong>de</strong> escolha <strong>de</strong> <strong>um</strong>a tecnologia tem início com a percepção oui<strong>de</strong>ntificação da necessida<strong>de</strong> ou carência da inovação. O interesse <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresaem implementar <strong>um</strong>a nova tecnologia está relacio<strong>na</strong>do à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolveralg<strong>um</strong> tipo <strong>de</strong> problema. A<strong>de</strong>mais, o autor arg<strong>um</strong>enta que, <strong>na</strong> fase da escolha <strong>de</strong><strong>um</strong>a nova tecnologia, além <strong>de</strong> a empresa buscar se manter competitiva, a p<strong>os</strong>tura dodirigente tem se <strong>de</strong>monstrado também como <strong>um</strong> fator estimulante no momento daimplementação.Corroborando, n<strong>um</strong>a outra visão apresentada por Laurindo (2000), <strong>de</strong>ve haver<strong>um</strong>a compatibilida<strong>de</strong> entre as estratégias <strong>de</strong> negócio e <strong>de</strong> TI da empresa, no queconcerne a <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> p<strong>os</strong>icio<strong>na</strong>mento e atuação no mercado, e estrutura inter<strong>na</strong>da empresa. Ainda conforme o autor, o processo <strong>de</strong> combi<strong>na</strong>r as estratégias <strong>de</strong>negócio, <strong>de</strong> TI e as estruturas inter<strong>na</strong>s da empresa, representa <strong>um</strong>a ação dinâmica econtínua ao longo do tempo, exigindo, portanto, a maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta emintegrar e explorar essas novas tecnologias, a fim <strong>de</strong> transformá-las em vantagemcompetitiva.Nesse amplo espectro, o investimento em <strong>um</strong> software ERP, por exemplo,po<strong>de</strong> representar para a empresa <strong>um</strong>a melhora substancial no gerenciamento <strong>de</strong>


Capítulo 2 Referencial Teórico26seus negóci<strong>os</strong>, proporcio<strong>na</strong>ndo maior eficiência em nível organizacio<strong>na</strong>l e,conseqüentemente, o a<strong>um</strong>ento da sua competitivida<strong>de</strong> frente a<strong>os</strong> concorrentes,além <strong>de</strong> agregar maior valor a<strong>os</strong> clientes.Atualmente, há várias tecnologias disponíveis aplicadas à geração <strong>de</strong>informações e que proporcio<strong>na</strong>m maiores conheciment<strong>os</strong> e oportunida<strong>de</strong>s para asorganizações. Alg<strong>um</strong>as das <strong>principais</strong>, segundo Oliveira (1998), são: EIS (ExecutiveInformation Systems) – Sistemas <strong>de</strong> Informações Executivas, SAD (Sistemas <strong>de</strong>Apoio à Decisão), ERP (Enterprise Resources Planning) e SIO (Operatio<strong>na</strong>lInformation System) – Sistemas <strong>de</strong> Informação Operacio<strong>na</strong>l. O autor complementaque estas são consi<strong>de</strong>radas tecnologias porque <strong>de</strong> alg<strong>um</strong>a forma utilizam recurs<strong>os</strong>computacio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> hardware, software, sistemas <strong>de</strong> telecomunicações ou gestão <strong>de</strong>dad<strong>os</strong> e informações.Esses sistemas contribuem para aten<strong>de</strong>r a<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> empresariais, <strong>um</strong>a vezque oferecem suporte a<strong>os</strong> diferentes níveis <strong>de</strong> gerentes, produzindo informaçõesmais ágeis e precisas das operações e <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> cada setor ou <strong>de</strong>partamentoda empresa. Além disso, exercem <strong>um</strong> papel fundamental <strong>na</strong>s <strong>de</strong>cisões estratégicasda empresa, auxiliando <strong>os</strong> gestores com informações <strong>de</strong> planejamento, investimento,pr<strong>os</strong>pecção <strong>de</strong> nov<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong>, análise do mercado concorrente e necessida<strong>de</strong>s d<strong>os</strong>clientes.2.2 Contextualizando o <strong>de</strong>senvolvimento d<strong>os</strong> sistemas MRP/ MRPII a<strong>os</strong> ERPO <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> divers<strong>os</strong> software <strong>de</strong> gerenciamento empresarial temse intensificado principalmente <strong>na</strong>s últimas décadas. O principal <strong>de</strong>les, objetivo <strong>de</strong>ste<strong>estudo</strong>, chama-se ERP. Esses sistemas são usad<strong>os</strong> atualmente por diferentes tip<strong>os</strong>e tamanh<strong>os</strong> <strong>de</strong> empresas, representando impact<strong>os</strong> p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> n<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> eresultad<strong>os</strong> em longo prazo. Com o ERP, as empresas ampliaram a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>expandir suas operações e melhoraram também o gerenciamento da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>supriment<strong>os</strong>. Na seqüência, apresenta-se o <strong>estudo</strong> do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssessistemas.Nesta abordagem inicial Corrêa; Gianesi e Caon (2001) e Goodfellow (1996),apresentam o <strong>de</strong>senvolvimento e as fases pelas quais passaram <strong>os</strong> sistemas MRPPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico27até chegar a<strong>os</strong> estági<strong>os</strong> mais avançad<strong>os</strong> chamad<strong>os</strong> ERP. Segundo <strong>os</strong> autores, afi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> do MRP (Material Requirements Planning) era o planejamento dasnecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> materiais. Este foi o primeiro módulo, a partir daí foram surgindooutr<strong>os</strong> que passaram a incorporar ao sistema como: cálculo da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>capacida<strong>de</strong>, controle <strong>de</strong> chão <strong>de</strong> fábrica, controle <strong>de</strong> compras <strong>de</strong>ntre outr<strong>os</strong>,chegando-se assim ao primeiro estágio <strong>de</strong> evolução do sistema MRP que passou ase chamar MRPII (Manufacturing Resources Planning).Nessa mesma concepção, Turban; Mclean e Wetherbe (2002), tambémafirmam que o software MRP inicialmente quando foi introduzido no mercado em1960, contemplava ape<strong>na</strong>s módul<strong>os</strong> <strong>de</strong> produção, compras e gerenciamento <strong>de</strong>estoques, com maior proeminência para necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> materiais. Segundo essesautores, logo que se começou a utilizar esse sistema, contribuiu em muito n<strong>os</strong>process<strong>os</strong> <strong>de</strong> manufatura, por outro lado, não era completo, faltavam ainda muit<strong>os</strong>outr<strong>os</strong> módul<strong>os</strong>, como por exemplo, módulo fi<strong>na</strong>nceiro e contábil. Dessa forma, foinecessário o MRP receber alguns aperfeiçoament<strong>os</strong>, ou seja, a<strong>um</strong>entar suacapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação para se tor<strong>na</strong>r <strong>um</strong> sistema mais completo.Segundo Corrêa; Gianesi e Caon (2001), o MRPII tem por fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> oplanejamento d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> <strong>de</strong> manufatura. Conceitualmente, apresentou-se como<strong>um</strong> sistema mais estruturado que passou a auxiliar as empresas a planejar econtrolar melhor seus recurs<strong>os</strong> produtiv<strong>os</strong>, visando fornecer informações conforme anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões gerenciais. O MRPII continuou a receber outr<strong>os</strong> módul<strong>os</strong><strong>de</strong> sistemas oferecid<strong>os</strong> no mercado, sistemas mais complex<strong>os</strong>, por exemplo, quepu<strong>de</strong>ssem oferecer <strong>de</strong> forma integrada o suporte às transações contábeis. Essaevolução seguiu-se até atingir o estágio do ERP, cujo sistema foi introduzido com oobjetivo <strong>de</strong> prover a integração total das soluções <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, unindo mais áreas esetores funcio<strong>na</strong>is em diferentes dimensões <strong>na</strong> empresa, como: recurs<strong>os</strong> h<strong>um</strong>an<strong>os</strong>,cust<strong>os</strong>, fi<strong>na</strong>nceiro, vendas, compras, logística, <strong>de</strong>ntre outras, buscando manter avantagem competitiva da organização. (PARRY, 2005).Portanto, essa evolução d<strong>os</strong> sistemas que culminou com o surgimento doERP, <strong>de</strong>notou <strong>um</strong> progresso do próprio sistema <strong>de</strong> gestão industrial. Na época, aênfase maior era dada ao controle <strong>de</strong> estoques, o que justificou o surgimento d<strong>os</strong>primeir<strong>os</strong> sistemas. Porém, com a evolução do <strong>de</strong>senvolvimento industrial, verificou-PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico28se que não bastava ape<strong>na</strong>s ter toda a matéria prima disponível, ou seja, eranecessário envolver outr<strong>os</strong> mecanism<strong>os</strong> que auxiliassem no planejamento econtrole, relativ<strong>os</strong> a fi<strong>na</strong>nças, pessoas, equipament<strong>os</strong> entre outr<strong>os</strong> (SCHMITT, 2004,p.70).As fases da evolução d<strong>os</strong> sistemas ERP até <strong>os</strong> estági<strong>os</strong> atuais sãoapresentadas <strong>na</strong> Figura 1.Fonte: O autor, adaptado <strong>de</strong> Turban; Mclean e Wetherbe (2002); Rodriguez (2002).FIGURA 1 - Fases da evolução d<strong>os</strong> Sistemas ERPPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico292.3 Sistemas ERP: aspect<strong>os</strong> introdutóri<strong>os</strong> e <strong>um</strong>a visão geral d<strong>os</strong> seusbenefíci<strong>os</strong> para as empresasA utilização <strong>de</strong> Sistemas Integrad<strong>os</strong> <strong>de</strong> Gestão Empresarial ERP alcançouníveis expressiv<strong>os</strong>, principalmente a partir da década <strong>de</strong> 90, <strong>de</strong>vido ao bug domilênio. A<strong>de</strong>mais, muitas empresas foram levadas também pelo próprio modismo aadotar <strong>os</strong> sistemas ERP.No Brasil, mais especificamente, este <strong>de</strong>senvolvimento acentuou-se em tornod<strong>os</strong> an<strong>os</strong> <strong>de</strong> 1998 e 1999, época em que, segundo Saccol (2003, p.326),presenciou-se <strong>um</strong> movimento por parte das empresas em <strong>de</strong>cidirem adotar <strong>os</strong>istema como <strong>um</strong>a “nova plataforma tecnológica, abando<strong>na</strong>ndo seus sistemaslegad<strong>os</strong>, que precisariam ser adaptad<strong>os</strong>”. Ressalta-se que estes sistemas aindacontinuam sendo utilizad<strong>os</strong> atualmente, e se caracterizam por serem sistemas maisantig<strong>os</strong>, porém essenciais para o negócio. Outra característica d<strong>os</strong> sistemas legad<strong>os</strong>é que são <strong>de</strong>senvolvid<strong>os</strong> especificamente para a empresa, e não usam <strong>um</strong>atecnologia mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong>, comparando-se a<strong>os</strong> sistemas atuais.Fazendo-se <strong>um</strong>a contextualização do <strong>de</strong>senvolvimento d<strong>os</strong> sistemas ERP,Schmitt (2004) explica que, <strong>na</strong>s décadas <strong>de</strong> 40 e 50, a mão-<strong>de</strong>-obra representava 60a 70% d<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>is do produto. Já <strong>na</strong> década <strong>de</strong> 90, o custo <strong>de</strong> matérias-primasrepresentava 60 a 70% d<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>is d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> e não condizia com <strong>um</strong>aprática <strong>de</strong> manter estoques elevad<strong>os</strong>. No entorno <strong>de</strong>sses fat<strong>os</strong>, consi<strong>de</strong>rando-se o<strong>de</strong>senvolvimento da tecnologia, <strong>de</strong>nota-se que a mão-<strong>de</strong>-obra per<strong>de</strong>ugradativamente a importância no custo fi<strong>na</strong>l do produto. Por outro lado, a redução <strong>de</strong>estoques e giro rápido d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> passou a ser <strong>um</strong> fator competitivo <strong>de</strong> mercado.A<strong>de</strong>mais, a expansão acelerada do uso da tecnologia e o di<strong>na</strong>mismo das mudançasno ambiente <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> contribuíram ainda mais para <strong>de</strong>senvolver <strong>os</strong> Sistemas <strong>de</strong>Informação, <strong>de</strong>ntre eles, o próprio ERP. Conceitualmente,<strong>um</strong> sistema ERP po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como <strong>um</strong>a solução <strong>de</strong> Software queaten<strong>de</strong> as necessida<strong>de</strong>s do negócio, levando em consi<strong>de</strong>ração a visão <strong>de</strong>processo <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização com a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar as metas<strong>de</strong>ssa organização, integrando <strong>de</strong> forma estreita todas as áreas e funçõesdo negócio (CAVALCANTI, 2001, p.185).PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico30Na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Corrêa; Gianesi e Caon (2001), o sistema ERP tem porobjetivo suportar todas as informações gerenciais necessárias a<strong>os</strong> tomadores <strong>de</strong><strong>de</strong>cisões n<strong>um</strong>a organização. Segundo esses autores, <strong>de</strong>vido ao sistema ERPsuperar a abrangência <strong>de</strong> atuação com relação ao MRPII, há cas<strong>os</strong> em que asempresas preferem iniciar a implantação pelo módulo administrativo/fi<strong>na</strong>nceiro, aoinvés <strong>de</strong> iniciar pelo módulo <strong>de</strong> manufatura. Os autores apontam ainda, como oprincipal motivo que levou as empresas a adotar o ERP, foi justamente ap<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> todas as áreas e setores funcio<strong>na</strong>is da organização,visando ao compartilhamento <strong>de</strong> <strong>um</strong>a mesma base <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>. Para Turban; McLeane Wetherbe (2002), o sistema ERP proporcio<strong>na</strong> soluções que beneficiam emelhoram a eficiência, qualida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong> da empresa, elevando comoresultado a satisfação d<strong>os</strong> clientes. A operacio<strong>na</strong>lização <strong>de</strong> <strong>um</strong> único software emtempo real permite, por exemplo, acesso imediato no controle <strong>de</strong> estoque, <strong>de</strong>talhesdo produto, histórico <strong>de</strong> crédito do cliente, informações <strong>de</strong> vendas por região, além<strong>de</strong> outras informações essenciais do negócio.Schmitt (2004) e Souza e Zwicker (2000) também concordam que odiferencial do ERP é a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração, proporcio<strong>na</strong>ndo a diminuiçãod<strong>os</strong> GAPs (aberturas) ao longo da ca<strong>de</strong>ia produtiva, maior controle da empresacomo <strong>um</strong> todo e atualização tecnológica. De acordo com esses autores, aintegração assegura que <strong>os</strong> registr<strong>os</strong> <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> tenham <strong>um</strong>a única origem,colaborando com o compartilhamento <strong>de</strong> informações para outr<strong>os</strong> módul<strong>os</strong> e,garantindo assim, a qualida<strong>de</strong> e integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas informações para a tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão.Um benefício importante auferido com a implantação do sistema, é querompem-se <strong>os</strong> paradigmas <strong>na</strong> empresa <strong>de</strong> pensar sempre em módulo, função, cadapessoa executando somente <strong>um</strong>a <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da função <strong>de</strong>partamental/setorial epassam a pensar além do seu <strong>de</strong>partamento, tendo <strong>um</strong>a visão mais ampla <strong>de</strong> tod<strong>os</strong><strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> da empresa, cooperando para atingir <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> globais.(HIPÓLITO; SANTOS, 2003; PADOVEZE, 2003; SCHMITT, 2004).PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico312.4 Apresentando <strong>os</strong> módul<strong>os</strong> que constituem <strong>os</strong> Sistemas ERPFundamentando-se <strong>na</strong> idéia d<strong>os</strong> autores citad<strong>os</strong>, po<strong>de</strong>-se afirmar que o ERPvai além das funções <strong>de</strong>partamentais e oferece <strong>um</strong>a interface com todas asativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> roti<strong>na</strong>s realizadas em manufatura, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o pedido <strong>de</strong> compra, logística<strong>de</strong> entrega, até a pós-venda com serviç<strong>os</strong> ao cliente. Além do mais, esses softwaremelhoram a funcio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interação com o cliente e gerenciamento comfornecedores e distribuidores. Exemplificando-se o que este sistema po<strong>de</strong> oferecer,<strong>na</strong> Figura 2, são m<strong>os</strong>trad<strong>os</strong> <strong>os</strong> módul<strong>os</strong> que compõem a maioria d<strong>os</strong> sistemas ERPmais avançad<strong>os</strong>, com módul<strong>os</strong> integrad<strong>os</strong>.Fonte: O autor, adaptado <strong>de</strong> Corrêa; Gianesi e Caon (2001, p. 395:399).FIGURA 2 – Módul<strong>os</strong> que compõem o ERPNa esfera da crescente evolução d<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> em TI, ressalta-se que nopanorama atual d<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong>, principalmente das empresas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, amaioria já comporta tod<strong>os</strong>, ou <strong>um</strong>a parte substancial d<strong>os</strong> módul<strong>os</strong> do ERP que foramsupracitad<strong>os</strong>. Objetivando apresentá-l<strong>os</strong> sob <strong>um</strong> ponto <strong>de</strong> vista mais usual como sãoconhecid<strong>os</strong> <strong>na</strong> prática, esses módul<strong>os</strong> também são <strong>de</strong>monstrad<strong>os</strong> no Quadro 1, bemcomo sua divisão por área.Neste contexto, vale ressaltar que, a utilização d<strong>os</strong> módul<strong>os</strong> está atrelada aotipo <strong>de</strong> negócio e à necessida<strong>de</strong> específica da empresa, muito embora, aquelesinerentes à área fi<strong>na</strong>nceira sejam consi<strong>de</strong>ravelmente mais utilizad<strong>os</strong>. Outro momento<strong>de</strong>ste trabalho versará melhor <strong>sobre</strong> o referido assunto.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico32Módul<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> a Operações eCa<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Supriment<strong>os</strong>Previsões e análises <strong>de</strong> vendas;Listas <strong>de</strong> materiais;Programação-mestre <strong>de</strong>produção/capacida<strong>de</strong> aproximada;Planejamento <strong>de</strong> materiais;Planejamento <strong>de</strong>talhado <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>;Compras;Controle <strong>de</strong> fabricação;Controle <strong>de</strong> estoques;Engenharia;Distribuição física;Gerenciamento <strong>de</strong> transporte;Gerenciamento <strong>de</strong> projet<strong>os</strong>;Apoio à produção repetitiva;Apoio à gestão <strong>de</strong> produção emprocess<strong>os</strong>;Apoio à programação com capacida<strong>de</strong>finita <strong>de</strong> produção discreta;Configuração <strong>de</strong> produt<strong>os</strong>.Módul<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong>à Gestão Fi<strong>na</strong>nceira/Contábil/FiscalContabilida<strong>de</strong> geral;Cust<strong>os</strong>;Contas a pagar;Contas a receber;Faturamento;Recebimento fiscal;Contabilida<strong>de</strong> fiscal;Gestão <strong>de</strong> caixa;Gestão <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong>;Gestão <strong>de</strong> pedid<strong>os</strong>;Definição e gestão d<strong>os</strong>process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>.Módul<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong>á Gestão <strong>de</strong>Recurs<strong>os</strong> H<strong>um</strong>an<strong>os</strong>Pessoal;Folha <strong>de</strong> pagament<strong>os</strong>.QUADRO 1 – Módul<strong>os</strong> que compõem o ERPFonte: O autor, adaptado <strong>de</strong> Corrêa; Gianesi e Caon (2001, p.395:399).2.4.1 O Sistema MRPIIConforme foi abordado anteriormente, <strong>os</strong> sistemas MRPII apresentam <strong>um</strong>afunção mais ampla do que <strong>os</strong> sistemas MRP. O objetivo do sistema MRP, segundoCorrêa; Gianesi e Caon (2001, p.137) é “ajudar a produzir e comprar ape<strong>na</strong>s onecessário e ape<strong>na</strong>s no momento necessário (no último momento p<strong>os</strong>sível), visandoelimi<strong>na</strong>r estoques, gerando <strong>um</strong>a série <strong>de</strong> ‘encontr<strong>os</strong> marcad<strong>os</strong>’ entre componentes<strong>de</strong> <strong>um</strong> mesmo nível, para operações <strong>de</strong> fabricação ou montagem”. Já <strong>os</strong> sistemasMRPII, conforme <strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> autores, ampliam essa capacida<strong>de</strong> e apresentam <strong>um</strong>aseqüência <strong>de</strong> cálcul<strong>os</strong>, verificações e <strong>de</strong>cisões que p<strong>os</strong>sibilitam se chegar a <strong>um</strong>plano <strong>de</strong> produção realizável, tanto no que se refere às condições <strong>de</strong> materiais comoàs <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> produtiva.Dando maior ênfase a essa visão, observa-se que o sistema MRP estáinserido no sistema MRPII, e este por sua vez, inserido no sistema maior que é oERP. Em outr<strong>os</strong> term<strong>os</strong>, po<strong>de</strong>-se dizer que a integração <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> esses sistemasfuncio<strong>na</strong> como se f<strong>os</strong>se <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> jogo <strong>de</strong> “peças <strong>de</strong> montar”, on<strong>de</strong> cada sistemaPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico33<strong>de</strong>sempenha sua fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> específica nesse conjunto, e as “peças” ou sistemas,estruturam-se <strong>de</strong> modo a atingir <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> globais almejad<strong>os</strong>. Os módul<strong>os</strong> ousistemas específic<strong>os</strong> que atuam <strong>na</strong> base do MRPII estão representad<strong>os</strong>, conformem<strong>os</strong>tra a Figura 3.Fonte: O autor, adaptado <strong>de</strong> Corrêa; Gianesi e Caon (2001, p.157).FIGURA 3 – Módul<strong>os</strong> que compõem o MRPIIAmb<strong>os</strong> <strong>os</strong> sistemas introduziram <strong>na</strong>s indústrias <strong>um</strong> novo conceito, <strong>um</strong>a novamaneira <strong>de</strong> administrar as operações e lidar com as informações geradas noambiente produtivo. O MRPII, mais especificamente, caracterizado por ser <strong>um</strong>sistema completamente informatizado, n<strong>os</strong> dias atuais apresenta <strong>um</strong>a ampla difusãodo seu uso pelas indústrias. No entanto, observa-se que ainda há, no aspectooperacio<strong>na</strong>l, “lidar com o sistema”, muit<strong>os</strong> recei<strong>os</strong>, dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> entendimento erejeições que impe<strong>de</strong>m, muitas vezes, a operacio<strong>na</strong>lização total e eficaz <strong>de</strong>ssessistemas pelas empresas.Objetivando apresentar alg<strong>um</strong>as características e recomendações importantescom relação ao uso d<strong>os</strong> sistemas MRPII, Corrêa; Gianesi e Caon (2001, p.159:160)<strong>de</strong>stacam as seguintes informações:PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico34- Para garantir a consistência do sistema, é importante conhecer suascaracterísticas e a<strong>de</strong>quá-lo à empresa, procurando-se evitar o uso <strong>de</strong>controles paralel<strong>os</strong>;- As tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões são centralizadas com relação ao sistema, <strong>de</strong>ixandopouca margem para a participação d<strong>os</strong> <strong>de</strong>mais colaboradores. Por essacaracterística centralizadora, o sistema dificulta a participação <strong>de</strong> operári<strong>os</strong>,por exemplo, <strong>na</strong> melhoria do sistema produtivo;- É recomendável que a empresa estabeleça no seu processo <strong>de</strong> implantação,políticas e procediment<strong>os</strong> que garantam o processo <strong>de</strong> melhoria contínua d<strong>os</strong>istema produtivo;- O sistema introduz <strong>de</strong> certa forma, di<strong>na</strong>micida<strong>de</strong> frente às mudanças. Nestecaso, <strong>de</strong>nota-se essa flexibilida<strong>de</strong> em situações em que as estruturas <strong>de</strong>produt<strong>os</strong> sejam complexas e apresentem instabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda;- Estabelecer <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> planejamento que atenda a<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> <strong>de</strong>manufatura e utilizar o sistema MRPII para implantar esse sistema maisa<strong>de</strong>quado.Além <strong>de</strong>ssas características, Corrêa; Gianesi e Caon (2001, p.160:161)apontam ainda outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> importantes para se levar em consi<strong>de</strong>ração <strong>na</strong>implantação d<strong>os</strong> sistemas MRPII:- O comprometimento da alta direção;- A educação e trei<strong>na</strong>mento;- A escolha a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> sistema, hardware e software;- A exatidão d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> <strong>de</strong> entrada;- O gerenciamento a<strong>de</strong>quado da implantação.Denota-se que o MRPII visa essencialmente ao planejamento da manufatura.A partir do momento que a fábrica, através da manufatura, estabelece seusobjetiv<strong>os</strong>, advém então o planejamento. Consiste em planejar o que será produzido,como será produzido e que tipo <strong>de</strong> processo ou método <strong>de</strong> fabricação será utilizado.Segundo Goodfellow (1996), inicialmente se planeja no nível <strong>de</strong> família <strong>de</strong> produt<strong>os</strong>,p<strong>os</strong>teriormente no nível <strong>de</strong> produto acabado e então <strong>na</strong> base <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes paraatingir <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> prop<strong>os</strong>t<strong>os</strong>. As ativida<strong>de</strong>s seguintes consistirão em colocar emPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico35prática <strong>os</strong> plan<strong>os</strong> administrativo-fi<strong>na</strong>nceir<strong>os</strong>, ou seja, entregar o produto, faturar,cobrar, etc. Desta forma, o sistema MRPII, auxiliado por outr<strong>os</strong> sistemas específic<strong>os</strong>,é o responsável por esse controle no plano operacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> produção.Buscando-se compreen<strong>de</strong>r melhor <strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong>produção, bem como enten<strong>de</strong>r o funcio<strong>na</strong>mento d<strong>os</strong> sistemas utilizad<strong>os</strong> emmanufatura e <strong>na</strong> gestão da empresa, <strong>na</strong> seqüência, embasando-se em vári<strong>os</strong>autores que tratam <strong>sobre</strong> esses programas, são apresentadas as explicações <strong>de</strong>cada módulo específico que faz parte d<strong>os</strong> sistemas MRPII e o ERP.2.5 Gestão da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supriment<strong>os</strong>Para que todas as empresas p<strong>os</strong>sam auferir vantagens competitivas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> ofornecedor <strong>de</strong> matéria-prima, passando pela industrialização até <strong>os</strong> distribuidoresfi<strong>na</strong>is, elas <strong>de</strong>vem estar conectadas em re<strong>de</strong> e trocando informações entre si. Ouseja, essa integração é importante porque se <strong>um</strong> d<strong>os</strong> componentes da ca<strong>de</strong>ia falhar,conseqüentemente irá afetar o <strong>de</strong>sempenho do resultado d<strong>os</strong> <strong>de</strong>mais. Desta forma,o monitoramento da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> visa i<strong>de</strong>ntificar on<strong>de</strong> essas falhas ocorrem e,a partir daí, subsidiar <strong>os</strong> gerentes com informações para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Fundamentalmente, a gestão integrada é <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo que passa a representar<strong>um</strong>a visão holística da administração <strong>de</strong> materiais. Em outr<strong>os</strong> term<strong>os</strong>, enten<strong>de</strong>-sepor “ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supriment<strong>os</strong>” a forma como <strong>os</strong> materiais e ins<strong>um</strong><strong>os</strong> percorrem asorganizações, até a entrega do produto acabado ao cons<strong>um</strong>idor fi<strong>na</strong>l. Esse processo<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento ou distribuição <strong>de</strong> produt<strong>os</strong> é que <strong>de</strong>ve ser administrado. A gestãoda ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supriment<strong>os</strong> também po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como <strong>um</strong>a metodologia paraajustar todas as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> maneira sincronizada, com o objetivo <strong>de</strong>reduzir cust<strong>os</strong> e maximizar o valor percebido pelo cliente fi<strong>na</strong>l através <strong>de</strong> sistemaseficazes <strong>de</strong> fabricação e distribuição. Quando se referir à gestão, implica noenvolvimento <strong>de</strong> toda a ca<strong>de</strong>ia produtiva, <strong>na</strong> relação da empresa com <strong>os</strong>fornecedores e clientes.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico362.5.1 Módul<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> a operações e ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supriment<strong>os</strong>2.5.1.1 Módul<strong>os</strong> <strong>na</strong> base do sistema MRPII- Lista <strong>de</strong> MateriaisPara efetivar a produção que foi planejada, é necessária a relação d<strong>os</strong>materiais que serão utilizad<strong>os</strong>. Para isso, há o módulo <strong>de</strong> lista <strong>de</strong> materiais cujaresponsabilida<strong>de</strong> é oferecer essas informações. Na elaboração do planejamento <strong>de</strong>necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> materiais é necessário ser verificad<strong>os</strong> quais materiais e em quequantida<strong>de</strong>s a serem utilizad<strong>os</strong> para cada produto que será fabricado. Este módulo,em síntese, oferece suporte ao sistema MRP para executar <strong>os</strong> cálcul<strong>os</strong> <strong>de</strong>quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> materiais.- Planejamento <strong>de</strong> vendas e operações: on<strong>de</strong> tudo começaDe acordo com Tubino (2000) e Goodfellow (1996), o planejamento <strong>de</strong>vendas e operações visa estabelecer, n<strong>um</strong> período <strong>de</strong> médio e longo prazo, <strong>um</strong>aestimativa <strong>de</strong> vendas e disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recurs<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>nceir<strong>os</strong> e produtiv<strong>os</strong>,necessári<strong>os</strong> para realizar o plano empresarial. Os autores afirmam que esse planotrabalha com a família ou grupo <strong>de</strong> produt<strong>os</strong> e <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>m o que será vendido efeito, a<strong>de</strong>quando-se <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> produtiv<strong>os</strong> à <strong>de</strong>manda esperada.Conforme <strong>de</strong>finem Corrêa; Gianesi e Caon (2001, p.163), este módulo oufunção do sistema MRPII “po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve exercer <strong>um</strong>a função mais importante <strong>de</strong>ntrodo processo <strong>de</strong> gestão da empresa”. Concordando-se com esses autores, observaseque, para a maior eficácia d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, faz-se necessário que o planejamentoestratégico esteja sintonizado com <strong>os</strong> plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> operações diárias da empresa. Umplanejamento a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> vendas promoverá informações à fábrica <strong>de</strong> quaisprodut<strong>os</strong> esta <strong>de</strong>verá produzir, bem como as quantida<strong>de</strong>s necessárias e ao tempoem que <strong>de</strong>verão ser disponibilizad<strong>os</strong>. A gerência <strong>de</strong> fábrica, por sua vez, tem porobjetivo organizar a produção da maneira mais racio<strong>na</strong>l p<strong>os</strong>sível, <strong>de</strong> forma quep<strong>os</strong>sa aten<strong>de</strong>r as requisições <strong>de</strong> fabricação d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> e entregá-l<strong>os</strong> em tempohábil. Esse planejamento, evi<strong>de</strong>ntemente, envolve <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> outras operaçõesPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico37da empresa, tais como: fi<strong>na</strong>nças, pessoas, compras, engenharia, logística e outr<strong>os</strong>que <strong>de</strong>verão funcio<strong>na</strong>r integrad<strong>os</strong>, para que a empresa atinja <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> prop<strong>os</strong>t<strong>os</strong>.- Programação Mestre <strong>de</strong> Produção - PMPDe acordo com Corrêa; Gianesi e Caon (2001), este sistema visa ajustar a<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> mercado com <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> da empresa, <strong>de</strong> forma que se produza aquantida<strong>de</strong> compatível <strong>de</strong> produt<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>is. Os mesm<strong>os</strong> autores afirmam ainda que setrata <strong>de</strong> <strong>um</strong> nível intermediário <strong>de</strong> planejamento da produção, que visa <strong>de</strong>sdobrar oque foi estabelecido no plano estratégico da empresa e no Plano <strong>de</strong> Vendas eOperações - S&OP em relação a<strong>os</strong> plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> Marketing, Vendas, Fi<strong>na</strong>nças e outr<strong>os</strong>,para torná-l<strong>os</strong> plan<strong>os</strong> operacio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> manufatura. Isso significa que cada áreacontribuirá com a sua parte responsável no processo e irá disponibilizar <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong>necessári<strong>os</strong> para aten<strong>de</strong>r a<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> estabelecid<strong>os</strong>.- Planejamento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> médio prazo - RCCPApós a elaboração do PMP, <strong>um</strong> outro plano é necessário para executá-lo. Eeste plano <strong>na</strong>da mais é do que o RCCP (planejamento da capacida<strong>de</strong> brutaaproximada). Trata-se <strong>de</strong> <strong>um</strong>a estimativa da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong> modo aprever <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> em longo prazo. Portanto, verificando-se tod<strong>os</strong> <strong>os</strong>itens acabad<strong>os</strong>, para cada <strong>um</strong> <strong>de</strong>les é i<strong>de</strong>ntificada <strong>um</strong>a lista <strong>de</strong> recurs<strong>os</strong>-chave oucrítica, que estabelece tais recurs<strong>os</strong>, <strong>os</strong> quais restringem a operacio<strong>na</strong>lização regular<strong>de</strong> 100% do PMP, agregando-se quantida<strong>de</strong>s e compensações <strong>de</strong> sincronização.Desta forma, esses recurs<strong>os</strong> são <strong>de</strong>talhad<strong>os</strong> e relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> para cada produtoacabado, chegando-se à relação <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> aqueles que são necessári<strong>os</strong> para realizaro plano estabelecido do PMP (GOODFELLOW, 1996).Em s<strong>um</strong>a, este plano <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> aproximada basicamente antece<strong>de</strong> oprocesso do Planejamento da Necessida<strong>de</strong> da Capacida<strong>de</strong> - CRP e a entrada dopedido no MRP. Ele está relacio<strong>na</strong>do ao PMP, interpretando o que foi <strong>de</strong>finido nesteplano e, em nível <strong>de</strong> produto, indicar a sua produção. Denota-se ainda que oaspecto mais importante <strong>de</strong>ste plano é averiguar <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> que a empresa p<strong>os</strong>sui,principalmente aqueles consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> crític<strong>os</strong>, i<strong>de</strong>ntificar <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico38para aten<strong>de</strong>r o plano <strong>de</strong> produção e informar <strong>sobre</strong> a p<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> c<strong>um</strong>prir o quefoi <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do no planejamento <strong>de</strong> vendas.- Planejamento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> curto-prazo/necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> -CRPSegundo Corrêa; Gianesi e Caon (2001), este plano busca apoiar as <strong>de</strong>cisõesdo planejamento <strong>de</strong>talhado <strong>de</strong> produção e materiais, (MRP). Além disso, conformeesses autores, o objetivo do CRP é antecipar quais recurs<strong>os</strong> são necessári<strong>os</strong> eexigem alg<strong>um</strong> tempo para serem adquirid<strong>os</strong>. Também objetiva estabelecer <strong>um</strong> plano<strong>de</strong> produção e compras que seja realizável, através <strong>de</strong> modificações no planoprop<strong>os</strong>to pelo MRP, para que este p<strong>os</strong>sa ser executado.- Função <strong>de</strong> comprasA área ou <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> compras é consi<strong>de</strong>rado <strong>um</strong>a das <strong>principais</strong>funções <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa, por estar diretamente relacio<strong>na</strong>da com <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>fi<strong>na</strong>nceir<strong>os</strong> da organização. Assim sendo, o módulo <strong>de</strong> compras também secaracteriza por ser <strong>um</strong> d<strong>os</strong> mais importantes. Deve <strong>de</strong>senvolver <strong>um</strong>a interface entrea empresa e <strong>os</strong> fornecedores <strong>de</strong> matérias-primas, componentes e serviç<strong>os</strong>.A<strong>de</strong>mais, <strong>de</strong>staca-se pelo importante aspecto do relacio<strong>na</strong>mento com outras áreasda empresa. Nesse sentido, Tubino (2000) afirma que a área <strong>de</strong> PCP (Planejamentoe Controle <strong>de</strong> Produção) está diretamente relacio<strong>na</strong>da com a área <strong>de</strong> compras,apoiando <strong>os</strong> gerentes com informações a respeito do planejamento das quantida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> materiais e praz<strong>os</strong> para aten<strong>de</strong>r o programa <strong>de</strong> produção. Além disso, o PCPsolicita p<strong>os</strong>ições e justificativas da área <strong>de</strong> compras quanto a<strong>os</strong> materiais disponíveise situações <strong>de</strong> fornecimento.- Sistema <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> chão <strong>de</strong> fábricaDe acordo com Corrêa; Gianesi e Caon (2001, p.318), este módulo do MRPIIcaracteriza-se por ser “<strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> chão <strong>de</strong> fábrica orientado para a melhoria <strong>de</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico39<strong>de</strong>sempenho que complementa e aperfeiçoa <strong>os</strong> sistemas integrad<strong>os</strong> <strong>de</strong> gestão(planejamento e controle) da produção”.Corroborando esses autores, nota-se a relevância <strong>de</strong>ste sistema para aefetiva execução d<strong>os</strong> plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> produção. Devido a<strong>os</strong> vári<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> que po<strong>de</strong>minterferir n<strong>um</strong> processo produtivo, como, por exemplo, avaria <strong>de</strong> <strong>um</strong> equipamentoessencial <strong>na</strong> linha <strong>de</strong> produção, problemas inesperad<strong>os</strong> com matéria-prima ounecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alterações <strong>de</strong> process<strong>os</strong>, po<strong>de</strong> ocorrer falhas <strong>de</strong> não atingir <strong>os</strong>objetiv<strong>os</strong> previamente estabelecid<strong>os</strong>, comprometendo o atendimento a<strong>os</strong> clientes eacarretando maiores cust<strong>os</strong>. Desta forma, o objetivo do sistema é filtrar <strong>os</strong> event<strong>os</strong>ou aconteciment<strong>os</strong> que ocorrem no chão <strong>de</strong> fábrica, e levá-l<strong>os</strong> até o sistema <strong>de</strong>planejamento para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões cabíveis.- Controle <strong>de</strong> estoquesOs estoques representam <strong>um</strong> d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> <strong>de</strong> maior importância n<strong>um</strong>a empresae, portanto, merecem <strong>um</strong> tratamento especial, principalmente porque influenciamdiretamente n<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> produção. Desta forma, é imprescindível que sejamminimizad<strong>os</strong>, pois, quanto maiores forem <strong>os</strong> estoques, maior será o montante <strong>de</strong>capital investido. Atualmente o controle d<strong>os</strong> estoques é facilitado pel<strong>os</strong> divers<strong>os</strong>sistemas informatizad<strong>os</strong> disponíveis. Conforme Slack et. al. (1997), esses sistemasgeram relatóri<strong>os</strong> <strong>de</strong> todas as informações <strong>de</strong> re-supriment<strong>os</strong>, que <strong>de</strong>pois sãotransmitidas através <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema eletrônico <strong>de</strong> intercâmbio <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>, conhecidocomo EDI (Electronic Data Interchange). A característica principal é que essessistemas geram automaticamente as informações <strong>de</strong> quanto e quando comprar,cabendo a<strong>os</strong> gerentes a <strong>de</strong>cisão d<strong>os</strong> parâmetr<strong>os</strong> a serem adotad<strong>os</strong>.- EngenhariaA área <strong>de</strong> engenharia exerce <strong>um</strong>a influência direta <strong>na</strong>s ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> chão <strong>de</strong>fábrica, <strong>na</strong>s <strong>de</strong>cisões d<strong>os</strong> gestores e chefes <strong>de</strong> produção. Os trabalh<strong>os</strong><strong>de</strong>senvolvid<strong>os</strong> nesta área po<strong>de</strong>m variar <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização para outra, mas <strong>de</strong> <strong>um</strong>modo geral, a contribuição da engenharia po<strong>de</strong> ser percebida através <strong>de</strong>: <strong>estudo</strong>s <strong>de</strong>leiaute em process<strong>os</strong> produtiv<strong>os</strong>, a<strong>na</strong>lisando e implementando <strong>os</strong> mais a<strong>de</strong>quad<strong>os</strong> ePPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico40econômic<strong>os</strong>; colaboração no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> nov<strong>os</strong> produt<strong>os</strong>, i<strong>de</strong>ntificando <strong>os</strong>materiais mais apropriad<strong>os</strong> e auxiliando a área <strong>de</strong> compras com informações <strong>sobre</strong>eles, entre outras atribuições.As funções <strong>de</strong> engenharia são <strong>de</strong>sempenhadas eficazmente quandoalicerçadas por <strong>um</strong> módulo específico da área, que esteja integrado com <strong>os</strong> outr<strong>os</strong>sistemas informatizad<strong>os</strong> que apóiam <strong>os</strong> setores produtiv<strong>os</strong>. Corroborando, Corrêa;Gianesi e Caon (2001) explicam que o módulo <strong>de</strong> engenharia oferece auxílio comrelação ao controle <strong>de</strong> mudanças e processo <strong>de</strong> planejamento e controle,acompanhando o número <strong>de</strong> <strong>de</strong>senh<strong>os</strong>, mudanças relativas n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> e aindaroteir<strong>os</strong> e temp<strong>os</strong> <strong>de</strong> produção.- Gerenciamento <strong>de</strong> projet<strong>os</strong>Projeto é <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s inter-relacio<strong>na</strong>das <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> bensou serviç<strong>os</strong>, que apresentam <strong>um</strong> objetivo e praz<strong>os</strong> <strong>de</strong>finid<strong>os</strong>. Para tanto, empregam<strong>na</strong> sua execução divers<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong>, tais como: capital, equipament<strong>os</strong>, materiais epessoas (RUSSOMANO, 2000).A partir da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>ste autor, po<strong>de</strong>-se observar que o projeto estárelacio<strong>na</strong>do ao produto, serviç<strong>os</strong> ou process<strong>os</strong> e envolve muitas ações que irãoinfluenciar todas as áreas da empresa. Conforme apresentam Slack et al. (1997),<strong>um</strong>a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> <strong>um</strong>a máqui<strong>na</strong> é <strong>um</strong>a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> projeto, porqueinfluencia diretamente <strong>na</strong> forma física e <strong>na</strong>tureza da produção. Nesse aspecto,também se po<strong>de</strong> citar a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> implantar <strong>um</strong> sistema ERP. Sabe-se que essesistema, além <strong>de</strong> envolver aspect<strong>os</strong> <strong>de</strong> investimento e mudanças em tecnologia,impacta também em muitas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outras áreas da organização.- Apoio à produção repetitivaDentre <strong>os</strong> tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> produção existentes, têm-se <strong>os</strong> process<strong>os</strong>repetitiv<strong>os</strong>, <strong>os</strong> quais, segundo Tubino (2000), são empregad<strong>os</strong> <strong>na</strong> produção emgran<strong>de</strong> escala <strong>de</strong> produt<strong>os</strong> padronizad<strong>os</strong>. Ainda conforme esse autor, a produçãoem massa é para <strong>de</strong>mandas consi<strong>de</strong>ravelmente expressivas, on<strong>de</strong> não sãoPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico41necessárias muitas alterações <strong>de</strong> curto prazo n<strong>os</strong> seus projet<strong>os</strong>. Ou seja, nesse tipo<strong>de</strong> produção, como <strong>os</strong> produt<strong>os</strong> não apresentam muita variabilida<strong>de</strong>, normalmenteas empresas trabalham com variáveis <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> produção, ao invés <strong>de</strong>trabalharem com or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> fabricação, da forma como é feito pelo sistema MRP.Assim sendo, para as empresas cuja produção é altamente repetitiva,prescin<strong>de</strong>-se da utilização do suporte <strong>de</strong> outro módulo específico, <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>do <strong>de</strong>“apoio à produção repetitiva”, que ofereça compatibilida<strong>de</strong> do sistema que estasempregam, com a forma praticada pelo MRPII.- Apoio à gestão <strong>de</strong> produção em process<strong>os</strong>A produção contínua <strong>de</strong> produt<strong>os</strong> caracteriza-se por apresentar <strong>um</strong> acentuadovol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> produção com baixa varieda<strong>de</strong>. De acordo com Corrêa; Gianesi e Caon(2001), esses tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> process<strong>os</strong> também não são eficazmente atendid<strong>os</strong> pel<strong>os</strong>sistemas MRPII, necessitando <strong>de</strong> outr<strong>os</strong> módul<strong>os</strong> específic<strong>os</strong> para o gerenciamento.Para Slack et al. (1997), <strong>de</strong>vido ao fato que n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> contínu<strong>os</strong> <strong>de</strong> produçãooperam com períod<strong>os</strong> <strong>de</strong> tempo mais long<strong>os</strong>, e <strong>de</strong>vido às operações aten<strong>de</strong>rem <strong>os</strong>produt<strong>os</strong> ininterruptamente, em muit<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> esses process<strong>os</strong> estão associad<strong>os</strong> atecnologias inflexíveis. Como exemplo, <strong>os</strong> autores citam as refi<strong>na</strong>rias petroquímicas,usi<strong>na</strong>s si<strong>de</strong>rúrgicas, <strong>de</strong>ntre outras.- Apoio à programação com capacida<strong>de</strong> finita <strong>de</strong> produção discretaEm muitas situações, as empresas operam abaixo da sua capacida<strong>de</strong>máxima, o que po<strong>de</strong> ser reflexo <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>manda ou <strong>de</strong> <strong>um</strong>a <strong>de</strong>cisão própria<strong>de</strong>liberada. Já em outr<strong>os</strong> cas<strong>os</strong>, partes das operações estão trabalhando com a suacapacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> produção, implicando <strong>na</strong> existência <strong>de</strong> restrições (SLACK, etal., 1997 p.346).Geralmente, as empresas enfrentam dificulda<strong>de</strong> em trabalhar com <strong>um</strong>asituação perfeita, que seria produzir o suficiente para aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda ou quef<strong>os</strong>se suficiente para cons<strong>um</strong>ir tudo que a fábrica produz. Na prática, ocorremsituações que muitas vezes cerceiam a capacida<strong>de</strong> produtiva, ou que inviabilizam ofuncio<strong>na</strong>mento eficaz do sistema.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico42- Configuração <strong>de</strong> produt<strong>os</strong>Este é mais <strong>um</strong> módulo fundamental que faz parte d<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>rn<strong>os</strong> sistemasMRPII. Segundo Corrêa; Gianesi e Caon (2001), este programa é utilizado <strong>na</strong>ssituações em que as empresas trabalham com produt<strong>os</strong> “modularizad<strong>os</strong>”, e utilizamesse sistema para relacio<strong>na</strong>r a estrutura base do produto a<strong>os</strong> pedid<strong>os</strong> d<strong>os</strong> clientes.Isto é, primeiro esse programa <strong>de</strong>codifica o que está <strong>de</strong>finido <strong>na</strong> estrutura“modularizada” e <strong>de</strong>pois efetua <strong>um</strong>a estruturação referente ao próprio pedido. Nessesentido, é importante manter atualizado <strong>um</strong> único registro <strong>de</strong> estrutura d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong>,ou como o próprio autor <strong>de</strong>finiu, “registro-mestre <strong>de</strong> estrutura”.2.5.1.2 Módul<strong>os</strong> <strong>na</strong> base do sistema ERP- O sistema <strong>de</strong> vendas/previsõesNas ativida<strong>de</strong>s empresariais, tratando-se <strong>de</strong> vendas, muit<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> po<strong>de</strong>minfluenciar a <strong>de</strong>manda, <strong>de</strong>ntre eles o efeito sazo<strong>na</strong>l do cons<strong>um</strong>o d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> ouserviç<strong>os</strong>. Com isso, dada a complexida<strong>de</strong> ao se elaborar a previsão <strong>de</strong> vendas,exige-se <strong>um</strong> <strong>estudo</strong> minuci<strong>os</strong>o e <strong>um</strong> esforço intensivo, principalmente por parte daárea comercial da empresa em i<strong>de</strong>ntificar e avaliar tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> <strong>fatores</strong> relativ<strong>os</strong> aocomportamento do mercado. De acordo com a arg<strong>um</strong>entação <strong>de</strong> Corrêa; Gianesi eCaon (2001, p.262), “para compreen<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>quadamente o comportamento da<strong>de</strong>manda, é preciso conhecer bem o comportamento <strong>de</strong> compra d<strong>os</strong> clientes”.Portanto, quanto mais informações a empresa obtiver d<strong>os</strong> seus clientes, melhor seráa previsão. Nesse sentido, é importante a empresa manter <strong>um</strong> estreito elo <strong>de</strong>relacio<strong>na</strong>mento com o mercado, acompanhando as tendências, avaliando a condutad<strong>os</strong> clientes frente ao lançamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> novo produto e i<strong>de</strong>ntificando as constantesmudanças que ocorrem n<strong>os</strong> padrões <strong>de</strong> cons<strong>um</strong>o.- Planejamento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuição - DRPO fato <strong>de</strong> muitas empresas operarem com centr<strong>os</strong> <strong>de</strong> distribuição geramquantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estoques que refletem em maiores cust<strong>os</strong>. Uma forma apropriadaPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico43para buscar resolver esses problemas é administrar <strong>de</strong> forma integrada a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>distribuição através do DRP (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2001).Todo o processo <strong>de</strong> distribuição, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o fabricante até o cons<strong>um</strong>idor fi<strong>na</strong>l,envolve <strong>um</strong>a complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>fatores</strong> que po<strong>de</strong> ser administrada a<strong>de</strong>quadamenteatravés <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema DRP. Este módulo faz parte do sistema maior do ERP e visaadministrar toda a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> modo que o cliente fi<strong>na</strong>l tenha relaçãodireta com a fábrica, conforme apresentado esquematicamente <strong>na</strong> Figura 4.Fonte: O autor, adaptado <strong>de</strong> Corrêa; Gianesi e Caon, 2001 p.276.FIGURA 4 – Visão integrada da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> distribuição- Gerenciamento <strong>de</strong> transportesAs empresas empenham-se tanto em alcançar índices <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> equalida<strong>de</strong>, porém, muitas vezes, acabam por esquecer que entregar o produto notempo é <strong>um</strong> fator primordial para garantir a satisfação d<strong>os</strong> clientes. Nesse sentido, ésalutar que a empresa tenha <strong>um</strong> sistema eficaz <strong>de</strong> transporte, ou conte comempresas que realizem eficazmente as entregas. Tubino (1999, p.176) arg<strong>um</strong>entaque o cliente “espera muito mais do serviço do transportador. Espera ênfase <strong>na</strong>‘qualida<strong>de</strong> total’ do transporte, ou seja, que a carga chegue ao local <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino nocronograma <strong>de</strong> praz<strong>os</strong> e quantida<strong>de</strong>s estabelecido”. Logo, <strong>de</strong>nota-se que gerenciaro transporte com o auxílio <strong>de</strong> <strong>um</strong> módulo específico do sistema ERP assegura maioreficiência e se tor<strong>na</strong> <strong>um</strong> diferencial competitivo para as empresas.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico44- ManutençãoA manutenção, da forma como é tratada atualmente pelas empresas, ganhou<strong>um</strong>a nova dimensão e significado. Mais do que <strong>um</strong>a área que visa consertar econtrolar as máqui<strong>na</strong>s e equipament<strong>os</strong> <strong>de</strong> fábrica, ela tem representado, em muit<strong>os</strong>cas<strong>os</strong>, <strong>um</strong> meio perspicaz com o qual as empresas passaram a ganhar emcompetitivida<strong>de</strong>.De acordo com Tavares; Calixto e Poyodo (2005, p.9), “a manutenção é <strong>um</strong>adas áreas que muito contribui para o sucesso e produtivida<strong>de</strong> da empresa”.A<strong>de</strong>mais, <strong>os</strong> autores consi<strong>de</strong>ram a gestão da manutenção como parte da gestão d<strong>os</strong>ativ<strong>os</strong>, exercendo <strong>um</strong> papel fundamental <strong>na</strong> administração <strong>de</strong>sses process<strong>os</strong>. Po<strong>de</strong>secompreen<strong>de</strong>r que a organização da manutenção n<strong>um</strong>a empresa não se restringeape<strong>na</strong>s ao cuidado <strong>de</strong> máqui<strong>na</strong>s, muito mais que isso, ela engloba o planejamento egestão <strong>de</strong> outr<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> utilizad<strong>os</strong>, como por exemplo, pessoas e equipament<strong>os</strong>.2.5.2 Módul<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> à gestão fi<strong>na</strong>nceira/contábil/fiscal2.5.2.1 Módul<strong>os</strong> <strong>na</strong> base do sistema ERP- FaturamentoO faturamento é responsável pela execução <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s essenciais da áreacomercial da empresa. Neste módulo, a partir da venda d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong>, são realizadasas operações <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> faturas e duplicatas <strong>de</strong> cobrança. O processo <strong>de</strong>faturamento gera as informações que vão alimentar o sistema fi<strong>na</strong>nceiro e o contábil.As informações constantes no site do fornecedor Datasul (2005), conferem a estemódulo atribuição para garantir e aten<strong>de</strong>r a<strong>os</strong> pedid<strong>os</strong>, gerenciar valores faturad<strong>os</strong>,controlar emissão <strong>de</strong> doc<strong>um</strong>ent<strong>os</strong> fiscais, estatísticas <strong>de</strong> vendas, relatóri<strong>os</strong> a<strong>na</strong>lític<strong>os</strong>e sintétic<strong>os</strong>, além <strong>de</strong> executar tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> moviment<strong>os</strong> d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> operacio<strong>na</strong>isrelacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> ao faturamento <strong>de</strong> pedid<strong>os</strong>. Ainda assim, contempla operações <strong>de</strong>cálcul<strong>os</strong> <strong>de</strong> notas complementares <strong>de</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, mercadorias e diferenças <strong>de</strong> preç<strong>os</strong>.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico45- Workflow (process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negócio)O termo Workflow, conforme se encontra <strong>na</strong> literatura, é utilizado pararepresentar <strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negócio. Na explicação <strong>de</strong> Turban; Mclean e Wetherbe(2002), o re<strong>de</strong>senho d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> é útil para se a<strong>na</strong>lisar a forma como<strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> são realizad<strong>os</strong> e <strong>os</strong> flux<strong>os</strong> <strong>de</strong>sses process<strong>os</strong> da empresa. Para isso,<strong>um</strong>a das ferramentas utilizadas para reengenharia d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> é oSoftware Workflow. De acordo com <strong>os</strong> autores, Workflow é <strong>um</strong>a eficiente ferramentaque, além <strong>de</strong> automatizar <strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, proporcio<strong>na</strong> também <strong>um</strong>aqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interface entre <strong>os</strong> sistemas <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>. A ferramenta <strong>de</strong> Workflow se<strong>de</strong>staca como <strong>um</strong>a solução <strong>de</strong> computação que tem apresentado ampla utilizaçãoem diversas empresas.- Gestão <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong>De acordo com a Oracle (2005), outro fornecedor <strong>de</strong> software ERP, a formatradicio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> se administrar <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> empresariais, ou seja, <strong>de</strong> forma manual e<strong>de</strong>sconexa, tor<strong>na</strong>-se <strong>um</strong> processo lento e com cust<strong>os</strong> elevad<strong>os</strong>. Com o móduloespecífico, a empresa consegue administrar seus ativ<strong>os</strong> n<strong>um</strong> mesmo sistema,informatizando todas as transações normais, proporcio<strong>na</strong>ndo redução <strong>de</strong> cust<strong>os</strong>, ea<strong>um</strong>entando a eficiência e exatidão <strong>na</strong>s transações relacio<strong>na</strong>das às movimentaçõesdo ativo.Ainda conforme esse mesmo fornecedor, o módulo traz <strong>na</strong> sua concepção,<strong>um</strong> gerenciamento automatizado d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> da empresa, simplificando as tarefas <strong>de</strong>contabilida<strong>de</strong>.- Contabilida<strong>de</strong> geralAtravés da contabilida<strong>de</strong>, <strong>um</strong> administrador fi<strong>na</strong>nceiro obtém todas asinformações necessárias para diagn<strong>os</strong>ticar a situação econômica e fi<strong>na</strong>nceira daempresa. Para tanto, é fundamental o apoio <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> informação contábilconfiável, no qual cada lançamento e cada informação gerada tenham sidoregistrad<strong>os</strong> conforme critéri<strong>os</strong> precis<strong>os</strong> e confiáveis. Desta forma, a contabilida<strong>de</strong><strong>de</strong>ve ser eficiente, pois abrange todas as operações da empresa, sendo que sePPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico46constitui em fonte <strong>de</strong> informações úteis para o usuário no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisões. Para apoiar a execução <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s, é utilizado <strong>um</strong> móduloespecífico do sistema ERP, o qual normalmente abarca todas as funções rotineirasoperacio<strong>na</strong>is da área fi<strong>na</strong>nceira e contábil.- Contabilida<strong>de</strong> fiscalA contabilida<strong>de</strong> fiscal tem a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r as reivindicações legais daempresa com relação às operações e registr<strong>os</strong> contábeis. A Datasul (2005)disponibiliza <strong>um</strong> módulo específico, o qual gerencia essas ativida<strong>de</strong>s, oferecendorecurs<strong>os</strong> tais como: "consultas, gráfic<strong>os</strong>, controle das apropriações <strong>de</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong>ntreoutr<strong>os</strong>. Engloba ainda, lançament<strong>os</strong> contábeis, cadastro <strong>de</strong> plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> contas, <strong>de</strong>ratei<strong>os</strong>, <strong>de</strong> centr<strong>os</strong> <strong>de</strong> custo, emissão <strong>de</strong> relatóri<strong>os</strong> e <strong>de</strong> livr<strong>os</strong> fiscais, movimentações<strong>de</strong> várias empresas, estabeleciment<strong>os</strong>, unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> e moedas".- Cust<strong>os</strong>É p<strong>os</strong>sível afirmar que <strong>um</strong>a estrutura a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> cust<strong>os</strong> p<strong>os</strong>sibilita àsempresas a<strong>um</strong>entarem a sua força competitiva. A importância em administrar <strong>os</strong>cust<strong>os</strong> proporcio<strong>na</strong> não somente preç<strong>os</strong> mais baix<strong>os</strong>, mas vantagens em níveis <strong>de</strong>process<strong>os</strong> e operações (SLACK, 1993).Embora todas as áreas n<strong>um</strong>a empresa <strong>de</strong>vam ser responsáveis pela redução<strong>de</strong> cust<strong>os</strong>, a manufatura ainda é a principal responsável pela redução <strong>de</strong> cust<strong>os</strong>. Oscust<strong>os</strong> <strong>de</strong> manufatura po<strong>de</strong>m ser reduzid<strong>os</strong> não ape<strong>na</strong>s reduzindo-se cust<strong>os</strong> <strong>de</strong>mão-<strong>de</strong>-obra, mas por meio da perseverança <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> em reduzir <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> seusprocess<strong>os</strong>. Nesse sentido, a utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema ERP p<strong>os</strong>sibilita que se tenhamaior exatidão no controle d<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> manufatura.- Contas a pagarO módulo <strong>de</strong> contas a pagar, conforme explicação do fornecedor Datasul(2005), tem por fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar as seguintes operações: gerenciar <strong>os</strong>compromiss<strong>os</strong> ass<strong>um</strong>id<strong>os</strong>, <strong>de</strong>senvolver e controlar as operações <strong>de</strong> pagamento ePPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico47baixa <strong>de</strong> títul<strong>os</strong> visando aten<strong>de</strong>r <strong>os</strong> requisit<strong>os</strong> <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m legal/fiscal e disponibilizar<strong>um</strong> banco completo <strong>de</strong> informações para a gestão do caixa. Com <strong>um</strong>a sistemáticasimples e ampla, integração total, diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relatóri<strong>os</strong> e consultas, tor<strong>na</strong> fácil otrabalho e garante flexibilida<strong>de</strong> a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> do dia-a-dia do usuário, oferecendo<strong>um</strong> controle mais eficiente e eficaz, <strong>de</strong> forma a honrar <strong>os</strong> compromiss<strong>os</strong> ass<strong>um</strong>id<strong>os</strong>.- Contas a receberO gerenciamento das entradas <strong>de</strong> caixa é <strong>um</strong> fator crucial e se apresentacomo <strong>um</strong>a ferramenta eficaz <strong>de</strong> interpretação das variações d<strong>os</strong> sald<strong>os</strong> <strong>de</strong>disponibilida<strong>de</strong> da empresa. Logo, para gerenciar essas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> entrada <strong>de</strong>caixa, controle <strong>de</strong> títul<strong>os</strong> a receber, entre outras, é essencial <strong>um</strong> módulo específicoque sustente todas essas operações.- Gestão <strong>de</strong> caixaManter <strong>um</strong> fluxo eficaz <strong>de</strong> caixa tor<strong>na</strong>-se <strong>um</strong> indicador robusto para oadministrador acompanhar a circulação do dinheiro <strong>na</strong> empresa. Assim, <strong>de</strong>nota-seque o orçamento <strong>de</strong> caixa é <strong>um</strong> elemento balizador para o planejamento e controlefi<strong>na</strong>nceiro da empresa, a curto e médio prazo. De acordo com Salazar e Benedicto(2004), concentrar-se <strong>na</strong> administração eficaz do fluxo <strong>de</strong> caixa é muito importantepara a organização, a fim <strong>de</strong> garantir <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>nceir<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> paramanter o constante funcio<strong>na</strong>mento das suas operações e indicar o período em queesses recurs<strong>os</strong> <strong>de</strong>verão ser obtid<strong>os</strong>.- Recebimento fiscalConcernente às operações fiscais, explica-se que <strong>os</strong> lançament<strong>os</strong> contábeisreferentes às vendas à vista ou a prazo, que a empresa realiza, ocorrem nomomento em que a operação é efetivada. Ou seja, no caso <strong>de</strong> <strong>um</strong>a venda à vista,por exemplo, as receitas são lançadas no ativo da conta caixa, e se for a prazo sãolançadas no contas a receber. O controle <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> esses lançament<strong>os</strong> emovimentação contábil geralmente é disponibilizado em <strong>um</strong> módulo próprio paraPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico48fi<strong>na</strong>nças, on<strong>de</strong> são registrad<strong>os</strong> e contabilizad<strong>os</strong> <strong>os</strong> recebiment<strong>os</strong> fiscais e <strong>de</strong>maistip<strong>os</strong> <strong>de</strong> transações fi<strong>na</strong>nceiras.- Folha <strong>de</strong> pagamentoA folha <strong>de</strong> pagamento é <strong>um</strong> doc<strong>um</strong>ento contábil on<strong>de</strong> é registrada aremuneração d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>. Através da folha <strong>de</strong> pagamento, a gerência ou adireção da empresa obtém informações críveis para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão a respeitodo nível salarial d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> e <strong>de</strong> quanto representa para o fi<strong>na</strong>nceiro daempresa o gasto total com a folha, além <strong>de</strong> servir como <strong>um</strong> indicador para avaliar aprodutivida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> e estabelecer novas políticas <strong>de</strong> remuneração. Assimsendo, tor<strong>na</strong>-se imprescindível que a organização disponha <strong>de</strong> <strong>um</strong> móduloespecífico <strong>de</strong> folha <strong>de</strong> pagamento, o qual p<strong>os</strong>sa abranger <strong>de</strong> forma eficaz todas asnecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informações gerenciais e auxiliar <strong>na</strong>s roti<strong>na</strong>s operacio<strong>na</strong>is voltadaspara a área recurs<strong>os</strong> h<strong>um</strong>an<strong>os</strong>.- Gestão fi<strong>na</strong>nceiraA área fi<strong>na</strong>nceira é fundamental para o funcio<strong>na</strong>mento da empresa e estádiretamente associada a<strong>os</strong> plan<strong>os</strong> empresariais. A maioria das <strong>de</strong>cisões tomadas <strong>na</strong>empresa tor<strong>na</strong> indispensável o aval do fi<strong>na</strong>nceiro. Envolve <strong>de</strong>s<strong>de</strong> controlesoperacio<strong>na</strong>is bancári<strong>os</strong>, situação tributária e fiscal, p<strong>os</strong>icio<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> caixa,disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> curto, médio e longo prazo até <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> nov<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong>.Desta forma, para <strong>um</strong> controle eficaz das ativida<strong>de</strong>s fi<strong>na</strong>nceiras, igualmente énecessário <strong>um</strong> módulo capaz <strong>de</strong> proporcio<strong>na</strong>r a<strong>os</strong> gerentes, em tempo, informaçõesrelevantes e confiáveis.- Gestão <strong>de</strong> pedid<strong>os</strong>O módulo <strong>de</strong> “gestão <strong>de</strong> pedid<strong>os</strong>” consiste em administrar a carteira <strong>de</strong>pedid<strong>os</strong> confirmad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> clientes. Essa carteira <strong>de</strong> pedid<strong>os</strong>, por sua vez, édinâmica e sofre influências <strong>de</strong> alguns <strong>fatores</strong>, tais como: o efeito sazo<strong>na</strong>l <strong>na</strong>sPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico49vendas d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> e panorama econômico, que também po<strong>de</strong>m provocarmutações <strong>na</strong>s vendas.Portanto, esse módulo tem a função <strong>de</strong> acompanhar o comportamento <strong>de</strong>compra d<strong>os</strong> clientes, quantida<strong>de</strong>s compradas, praz<strong>os</strong>, forma <strong>de</strong> pagamento entreoutr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong>. Corroborando, Slack et al. (1997) afirmam que a gestão da carteira <strong>de</strong>pedid<strong>os</strong> é <strong>um</strong> processo dinâmico e complexo. Para esses autores, a carteira <strong>de</strong>pedid<strong>os</strong> apresenta informações <strong>de</strong>talhadas a respeito <strong>de</strong> cada cliente. Essesregistr<strong>os</strong> tor<strong>na</strong>m-se essenciais para <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar o processo <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> materiaisdo MRP, conforme ilustrado esquematicamente <strong>na</strong> Figura 5.Fonte: O autor, adaptado <strong>de</strong> Slack et al. (1997, p.445).FIGURA 5 – Cálculo no MRP a partir da gestão <strong>de</strong> pedid<strong>os</strong>2.5.3 Módul<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> à gestão <strong>de</strong> Recurs<strong>os</strong> H<strong>um</strong>an<strong>os</strong>2.5.3.1 Módul<strong>os</strong> <strong>na</strong> base do ERP- Recurs<strong>os</strong> H<strong>um</strong>an<strong>os</strong> - RHAssim como qualquer setor da empresa, as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sempenhadas pel<strong>os</strong>etor <strong>de</strong> Recurs<strong>os</strong> H<strong>um</strong>an<strong>os</strong> vão gerar informações importantes a<strong>os</strong> níveisgerenciais, tais como: <strong>de</strong>sempenho por funcionário, horas <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento, folha <strong>de</strong>pagamento, nível <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong>, entre outras. A administração eficaz <strong>de</strong>ssasPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico50ativida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong> ser contemplada pela utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong> módulo específico <strong>de</strong> RH.Segundo Cavalcanti (2001), este módulo compõe-se <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> planejamento<strong>de</strong> pessoal, recrutamento e plano <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pessoal. A<strong>de</strong>mais, visacontrolar <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> trabalho através do planejamento da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>trabalhadores, e ainda, oferece relatóri<strong>os</strong> e outras ativida<strong>de</strong>s pertinentes ao setor.2.6 Benefíci<strong>os</strong> ampliad<strong>os</strong> com a utilização d<strong>os</strong> sistemas ERPComo foi p<strong>os</strong>sível verificar, <strong>os</strong> sistemas ERP constituem <strong>um</strong>a estrutura <strong>de</strong>módul<strong>os</strong>, que propiciam à empresa essencialmente a administração das ativida<strong>de</strong>smais importantes do seu negócio, como por exemplo: projeto do produto, compra <strong>de</strong>matéria-prima ou componentes, controle <strong>de</strong> estoques interagindo com fornecedores,suporte a<strong>os</strong> clientes, administração <strong>de</strong> pedid<strong>os</strong> e fornecimento <strong>de</strong> recurs<strong>os</strong> para ocontrole fi<strong>na</strong>nceiro. A implantação <strong>de</strong>sses sistemas ainda produz as seguintesvantagens: a<strong>um</strong>enta a eficiência da empresa, disponibiliza informações em temporeal, integra tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> <strong>de</strong>partament<strong>os</strong> e módul<strong>os</strong> informatizad<strong>os</strong>, facilita a atualizaçãotecnológica e a redução <strong>de</strong> cust<strong>os</strong> (GOMES; RIBEIRO, 2004).Através <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema integrado ERP, a empresa po<strong>de</strong> melhorar seu<strong>de</strong>sempenho n<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> e auferir inúmer<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong>, <strong>os</strong> quais sãoapresentad<strong>os</strong> no Quadro 2.Benefíci<strong>os</strong> tangíveisRedução <strong>de</strong> estoquesRedução <strong>de</strong> pessoalMelhoria da produtivida<strong>de</strong>Melhoria no gerenciamento d<strong>os</strong> pedid<strong>os</strong>Melhoria fi<strong>na</strong>nceiraRedução <strong>de</strong> cust<strong>os</strong>Melhoria no gerenciamento <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> caixaA<strong>um</strong>ento d<strong>os</strong> lucr<strong>os</strong>Redução <strong>de</strong> cust<strong>os</strong> com transporte e logísticaRedução <strong>de</strong> cust<strong>os</strong> <strong>na</strong> manutençãoBenefíci<strong>os</strong> intangíveisVisibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informaçãoProcess<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> e melhorad<strong>os</strong>Atendimento mais rápido ao clientePadronizaçãoFlexibilida<strong>de</strong>GlobalizaçãoMelhor <strong>de</strong>sempenho n<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> como <strong>um</strong>TodoQUADRO 2 – Benefíci<strong>os</strong> tangíveis e intangíveis d<strong>os</strong> sistemas ERPFonte: O autor, adaptado <strong>de</strong> Turban; Mclean e Wetherbe (2002).PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico512.7 Principais características d<strong>os</strong> softwares ERP, <strong>fatores</strong> que interferem <strong>na</strong>implantação do sistema e mudanças causadas <strong>na</strong> organização.A evolução d<strong>os</strong> sistemas ERP tem proporcio<strong>na</strong>do maior eficiência ecompetitivida<strong>de</strong> às organizações. Os resultad<strong>os</strong> há muito tempo vêm sendoconstatad<strong>os</strong>, tanto com relação a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> (aqui representando asmelhorias inter<strong>na</strong>s, otimização e integração das operações, e relacio<strong>na</strong>mento com<strong>os</strong> clientes), quanto ao impacto n<strong>os</strong> plan<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> da empresa.Apesar das inúmeras vantagens e benefíci<strong>os</strong> oferecid<strong>os</strong>, <strong>os</strong> sistemas ERP,por outro lado, tor<strong>na</strong>ram-se <strong>um</strong>a tecnologia <strong>de</strong> difícil implementação e adaptaçãopelas empresas, <strong>de</strong>vido a sua complexida<strong>de</strong>, elevad<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> investimento,barreiras <strong>de</strong> implantação e imp<strong>os</strong>ição <strong>de</strong> mudanças radicais <strong>na</strong> organização,causando <strong>um</strong> significativo impacto comportamental <strong>na</strong>s pessoas. Nesse sentido,Wood e Caldas (2001) afirmam que a implantação <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema ERP causaimpact<strong>os</strong> <strong>de</strong> extraordinária repercussão <strong>na</strong> empresa, como por exemplo: mudançan<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> gerenciais, mudança <strong>na</strong> interação entre pessoas e grup<strong>os</strong>, re<strong>de</strong>finiçãod<strong>os</strong> limites <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> e autonomia e alterações n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> daorganização.De acordo com Umble; Haft e Umble (2002), em vári<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> <strong>de</strong>implementação, esses sistemas foram consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> <strong>de</strong>ficientes por não atingiremcom êxito <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> da empresa. Na acuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa questão, <strong>de</strong>nota-se quemuit<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> interferem para se obter <strong>um</strong>a implantação bem sucedida e auferir <strong>os</strong>benefíci<strong>os</strong> <strong>de</strong>sejad<strong>os</strong>, sendo assim, tor<strong>na</strong>-se necessária <strong>um</strong>a análise mais ampla<strong>de</strong>sses fat<strong>os</strong>. Uma característica das empresas é que geralmente elas buscamresultad<strong>os</strong> imediat<strong>os</strong> <strong>na</strong> aplicação <strong>de</strong> <strong>um</strong> novo projeto. Tratando-se especificamenteneste caso, <strong>de</strong> <strong>um</strong> projeto <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> ERP, assegura-se que <strong>os</strong> melhoresresultad<strong>os</strong> só po<strong>de</strong>rão ser alcançad<strong>os</strong> em longo prazo. Desta forma, <strong>um</strong> aspect<strong>os</strong>alutar para que o sistema alcance eficazmente <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> organizacio<strong>na</strong>is seria oamadurecimento e preparação da empresa para a mudança, ou seja, <strong>de</strong>finirclaramente as necessida<strong>de</strong>s e objetiv<strong>os</strong> do negócio, capacitando as pessoas paraenfrentar <strong>os</strong> <strong>de</strong>safi<strong>os</strong> comportamentais e tecnológic<strong>os</strong>.Além disso, divers<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> <strong>na</strong> implantação<strong>de</strong>sses sistemas. No trabalho <strong>de</strong> Padilha e Marins (2002), complementando-sePPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico52também com a visão <strong>de</strong> outr<strong>os</strong> autores, são apresentadas alg<strong>um</strong>as características epont<strong>os</strong> cruciais relativ<strong>os</strong> a<strong>os</strong> sistemas ERP, conforme:Sistemas como pacotes comerciais: <strong>os</strong> fornecedores <strong>de</strong> software têm seesforçado para ligar seus sistemas a<strong>os</strong> nich<strong>os</strong> <strong>de</strong> mercado específic<strong>os</strong>. A dificulda<strong>de</strong>para as empresas consiste <strong>na</strong> a<strong>de</strong>quação do software a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> empresariais.Normalmente, <strong>os</strong> sistemas ERP são oferecid<strong>os</strong> no mercado como pacotescomerciais fechad<strong>os</strong>, obrigando a empresa compradora a a<strong>de</strong>quar-se a essessoftware. Denota-se que essa é <strong>um</strong>a estratégia do mercado <strong>de</strong> ERP, em que essessistemas “não são <strong>de</strong>senvolvid<strong>os</strong> para clientes específic<strong>os</strong>, procurando aten<strong>de</strong>r arequisit<strong>os</strong> genéric<strong>os</strong> do maior número p<strong>os</strong>sível <strong>de</strong> empresas, justamente paraexplorar o ganho <strong>de</strong> escala em seu <strong>de</strong>senvolvimento” (SOUZA; ZWICKER, 2000,p.13).Integração total das áreas: este é <strong>um</strong> fator p<strong>os</strong>itivo <strong>de</strong>sses sistemas, <strong>um</strong>a vez queas informações apresentam <strong>um</strong>a única entrada, gerando consistência, eficiência eoferecendo maior confiabilida<strong>de</strong> a<strong>os</strong> gerentes. Acrescentando, a integração d<strong>os</strong><strong>de</strong>partament<strong>os</strong>/divisões <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa facilita a atualização tecnológica e aredução <strong>de</strong> cust<strong>os</strong> tecnológic<strong>os</strong> (GOMES; RIBEIRO, 2004).A<strong>de</strong>quação das funcio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>s: a aquisição <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema ERP po<strong>de</strong> gerar duassituações para a empresa: primeiro é o processo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar o sistema àsnecessida<strong>de</strong>s organizacio<strong>na</strong>is através da parametrização; segundo é o processo <strong>de</strong>perso<strong>na</strong>lização ou customização, o qual consiste <strong>na</strong> adaptação do sistema àsnecessida<strong>de</strong>s específicas da empresa. Neste caso, outr<strong>os</strong> programas também<strong>de</strong>verão ser integrad<strong>os</strong> ao ERP;Cust<strong>os</strong> elevad<strong>os</strong>: este é consi<strong>de</strong>rado <strong>um</strong> d<strong>os</strong> <strong>principais</strong> <strong>fatores</strong> que dificultam aimplantação <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema ERP. Os cust<strong>os</strong> predomi<strong>na</strong>ntemente estão relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong>à infra-estrutura <strong>de</strong> hardware e software, consultorias, trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong>, contratação <strong>de</strong>pessoal especializado e outr<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> da troca do sistema. Para Yen e Sheu (2004),o que se <strong>de</strong>nota é a falta <strong>de</strong> planejamento, ou seja, antever <strong>os</strong> gast<strong>os</strong> com ascustomizações, o que por conseqüência, acaba gerando cust<strong>os</strong> que ultrapassam oorçamento previsto. Relacio<strong>na</strong>do a esse fato, verifica-se que em muit<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> <strong>os</strong>fornecedores não oferecem suporte para roti<strong>na</strong>s empresariais altamentecustomizadas, concorrendo igualmente para elevarem-se <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> com aPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico53manutenção do sistema (SOUZA; ZWICKER, 2000).Processo <strong>de</strong> localização: Este consiste em <strong>um</strong> fator importante. O software ERP<strong>de</strong>senvolvido em outr<strong>os</strong> países po<strong>de</strong> se a<strong>de</strong>quar à realida<strong>de</strong> brasileira. No entanto, écrucial a<strong>na</strong>lisar <strong>os</strong> risc<strong>os</strong> e impact<strong>os</strong> <strong>de</strong>ssas mudanças. Corroborando essaafirmação, Yen e Sheu (2004) explicam que a cultura do país e as políticasgover<strong>na</strong>mentais também influenciam o processo <strong>de</strong> implementação, principalmentequando ocorrer em países diferentes, com políticas gover<strong>na</strong>mentais diferentes,afetando assim a própria configuração e manutenção do software.As ações gover<strong>na</strong>mentais, muitas vezes, impõem condições que o softwareERP não está a<strong>de</strong>quado para resolver. A isto <strong>os</strong> autores chamam <strong>de</strong> “efeit<strong>os</strong> dacultura <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l” (YEN; SHEU, 2004, p.217).Versões atualizadas: oferecem a p<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atualizações (upgra<strong>de</strong>s), que sãomelhorias incorporadas ao sistema, atualizando com as novas versões para a<strong>de</strong>quaras mudanças. Esse aspecto tem recebido críticas <strong>de</strong> outr<strong>os</strong> autores, por afirmaremque há dificulda<strong>de</strong>s <strong>na</strong> flexibilização do sistema em se adaptar à realida<strong>de</strong> daempresa, e em respon<strong>de</strong>r às variações e ao crescimento do negócio(COMPUTERWORLD, 2005).Alterações n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> produtiv<strong>os</strong> e administrativ<strong>os</strong>: esse é <strong>um</strong> papelfundamental do sistema. A adaptação d<strong>os</strong> process<strong>os</strong>, tanto produtiv<strong>os</strong>, quantoadministrativ<strong>os</strong>, visa melhorar o relacio<strong>na</strong>mento da empresa com o sistema e viceversa;Impacto <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> h<strong>um</strong>an<strong>os</strong>: Dada a relevância do fator h<strong>um</strong>ano <strong>na</strong>implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP, não é p<strong>os</strong>sível planejar o sistema sem consi<strong>de</strong>rar oimpacto que irá causar <strong>na</strong>s pessoas. Mais do que <strong>um</strong>a ferramenta tecnológicaaplicada à melhoria d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> trabalho, o sistema imprime <strong>um</strong>a alteração noperfil d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>, exigindo conhecimento multidiscipli<strong>na</strong>r e a predisp<strong>os</strong>ição paraa quebra <strong>de</strong> paradigmas. Complementando, Schmitt (2004) esclarece que <strong>um</strong>a dastarefas mais difíceis é integrar as pessoas e <strong>os</strong> diferentes <strong>de</strong>partament<strong>os</strong> envolvid<strong>os</strong><strong>na</strong> implementação do sistema. Isto ocorre porque quando se trata <strong>de</strong> pessoas,normalmente há <strong>um</strong> comportamento <strong>de</strong> reação às mudanças.Dificulda<strong>de</strong>s no c<strong>um</strong>primento <strong>de</strong> praz<strong>os</strong> <strong>de</strong> instalação e orçament<strong>os</strong>: esse fator,segundo Padilha e Marins (2002), po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong>vido à troca freqüente <strong>de</strong> pessoal<strong>na</strong> empresa, falta <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento, resistência no uso do programa, qualida<strong>de</strong> daPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico54consultoria contratada, limitações técnicas do próprio sistema e afinida<strong>de</strong>s do ERPcom <strong>os</strong> <strong>de</strong>mais sistemas existentes <strong>na</strong> empresa. Ainda há, outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> como:tempo, incerteza, i<strong>na</strong><strong>de</strong>quação às necessida<strong>de</strong>s d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> e <strong>de</strong>ficiências <strong>na</strong><strong>de</strong>finição d<strong>os</strong> requisit<strong>os</strong> funcio<strong>na</strong>is, que também cooperam para dificultar o processo<strong>de</strong> implantação (SCHMITT, 2004).A<strong>na</strong>lisando o que foi apresentado <strong>sobre</strong> o ERP, <strong>de</strong>nota-se que essessistemas representam para as empresas duas situações bem op<strong>os</strong>tas, primeiro comrelação a<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> e impact<strong>os</strong> que eles causam, e segundo é a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>implantação. Por esse motivo, as discussões em torno d<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong>,complexida<strong>de</strong>s do sistema, funcio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> e adaptabilida<strong>de</strong> afloram cada vez mais<strong>na</strong>s empresas.2.7.1 Os cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> implantação d<strong>os</strong> sistemas ERPNas fases <strong>de</strong> implantação do sistema, ressalta-se que <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> são <strong>fatores</strong>que <strong>de</strong>vem estar muito clar<strong>os</strong>, principalmente para a alta direção da empresa, <strong>de</strong>forma a não se comprometer o orçamento previsto. Justamente este, é <strong>um</strong> d<strong>os</strong>pont<strong>os</strong> <strong>de</strong>ficientes <strong>na</strong> maioria d<strong>os</strong> cas<strong>os</strong>, ou seja, o <strong>de</strong> não se consi<strong>de</strong>rar tod<strong>os</strong> <strong>os</strong>cust<strong>os</strong> envolvid<strong>os</strong>.Um exemplo disso, relatado no artigo publicado pela CBS Consulting (2005)trata da adaptação do programa à nova modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho, em que se <strong>de</strong>ve tero máximo <strong>de</strong> cuidado, ou seja, <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> ao trei<strong>na</strong>mento do pessoal(<strong>um</strong> d<strong>os</strong> <strong>fatores</strong>) é <strong>de</strong> importância vital, <strong>um</strong>a vez que o custo com trei<strong>na</strong>mentorepresenta <strong>de</strong> 10 a 15% do custo total do projeto. Além disso, este mesmo trabalhoaponta que se <strong>de</strong>ve prever as melhorias do hardware, fazer <strong>um</strong>a avaliaçãominuci<strong>os</strong>a <strong>sobre</strong> a infra-estrutura necessária, número <strong>de</strong> usuári<strong>os</strong> que o sistema iráaten<strong>de</strong>r, etc.Assim, se a empresa já p<strong>os</strong>sui <strong>um</strong>a infra-estrutura a<strong>de</strong>quada, isso contribuirápara reduzir <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> em máqui<strong>na</strong>s e equipament<strong>os</strong> <strong>de</strong> informática,conseqüentemente, atenuando <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> n<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> totais <strong>de</strong> implantação. Poroutro lado, se houver a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong>a estruturação radical nesse sentido, aPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico55empresa comprometerá <strong>um</strong>a parcela maior <strong>de</strong> investimento <strong>de</strong> capital, <strong>na</strong>turalmente,a<strong>um</strong>entando <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> e <strong>os</strong> risc<strong>os</strong> da implantação do programa.Pautando-se nessa mesma concepção, Saccol (2003) concorda que éessencial se fazer <strong>um</strong>a “análise incremental”, ou seja, avaliar em term<strong>os</strong> <strong>de</strong>cust<strong>os</strong>/benefíci<strong>os</strong> a escolha do sistema ERP, consi<strong>de</strong>rando-se a infra-estrutura que aempresa já p<strong>os</strong>sui.Caso a implantação <strong>de</strong> todo o sistema ERP seja <strong>de</strong>senvolvida fora daempresa, haverá neste caso, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong>a equipe para acompanhar o<strong>de</strong>senvolvimento, a fim <strong>de</strong> facilitar p<strong>os</strong>teriormente a integração com <strong>os</strong> outr<strong>os</strong>sistemas e garantir a escolha do software mais a<strong>de</strong>quado. Na concepção <strong>de</strong> Schmitt(2004), a escolha do pessoal para a aquisição do sistema <strong>de</strong>ve ser guiada por <strong>um</strong>aconsultoria com a participação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a equipe <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> sistemas da empresa.Neste caso, é fundamental que a empresa também consi<strong>de</strong>re no projeto <strong>os</strong> gast<strong>os</strong>envolvid<strong>os</strong> com serviç<strong>os</strong> <strong>de</strong> pessoal externo <strong>de</strong> apoio e suporte técnico, alocação econtratação <strong>de</strong> pessoal interno, manutenção do sistema, entre outr<strong>os</strong>.2.7.2 A adaptação do sistema ERP a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> organizacio<strong>na</strong>isUm d<strong>os</strong> assunt<strong>os</strong> discutid<strong>os</strong> rotineiramente pel<strong>os</strong> gestores <strong>na</strong>s empresas é agestão baseada em ativida<strong>de</strong>s. I<strong>de</strong>ntificar <strong>os</strong> process<strong>os</strong> da empresa auxilia nogerenciamento baseado em ativida<strong>de</strong>s, mo<strong>de</strong>la a estrutura d<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> e contribuipara <strong>os</strong> sistemas <strong>de</strong> gestão.De acordo com Hammer (2002), todas as tecnologias têm o processo comofator com<strong>um</strong>. Seja qual for a ferramenta tecnológica que a empresa utiliza como:nov<strong>os</strong> sistemas, Internet, CRM (Customer Relationship Ma<strong>na</strong>gement) ouferramentas estratégicas, todas envolvem process<strong>os</strong>. A visão <strong>de</strong> process<strong>os</strong> consisteem enxergar todas as ativida<strong>de</strong>s que estão relacio<strong>na</strong>das ao negócio da empresa eque agregam valor ao produto e a<strong>os</strong> clientes. Um processo simples <strong>de</strong> compra <strong>de</strong><strong>um</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do produto por <strong>um</strong> cliente po<strong>de</strong> envolver as seguintes tarefas:recebimento e entrada do pedido do cliente no sistema; encaminhamento paraanálise <strong>de</strong> crédito; produção; faturamento; embalagem; transporte; atendimento eassistência técnica. Observa-se que essas várias ativida<strong>de</strong>s fazem parte <strong>de</strong> <strong>um</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico56processo maior, o atendimento ao cliente. Nesse sentido, se busca que tod<strong>os</strong>tenham comprometimento com seus process<strong>os</strong> e enten<strong>de</strong>r a relação <strong>de</strong>les além d<strong>os</strong>eu <strong>de</strong>partamento ou função, n<strong>um</strong> propósito maior que atenda a<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> daempresa.Para <strong>um</strong>a empresa estruturada por process<strong>os</strong>, a preocupação maior consisteem aten<strong>de</strong>r satisfatoriamente o cliente, tendo isso maior valor do que a forma comoas ativida<strong>de</strong>s são realizadas para se chegar a esse resultado. Ou seja, este tipo <strong>de</strong>organização apresenta <strong>um</strong>a estrutura mais horizontalizada, <strong>de</strong> forma que tod<strong>os</strong>tenham conhecimento do início ao fim d<strong>os</strong> process<strong>os</strong>, i<strong>de</strong>ntificando e valorizandoaqueles process<strong>os</strong> que contribuem efetivamente para adicio<strong>na</strong>r maior valor a<strong>os</strong>clientes.Como forma <strong>de</strong> melhorar a integração das ativida<strong>de</strong>s, Hammer (2002, p.83)aponta o ERP como <strong>um</strong> sistema que suporta tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> daempresa. Para esse autor, a empresa corre o risco <strong>de</strong> não ser bem sucedida <strong>na</strong>implantação do sistema, quando não tem claro o entendimento d<strong>os</strong> seus process<strong>os</strong>.Ainda, “a implementação do ERP <strong>de</strong>ve ser dirigida, em primeiro lugar, para a criação<strong>de</strong> nov<strong>os</strong> <strong>de</strong>senh<strong>os</strong> <strong>de</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negócio e, somente então, para a instalação <strong>de</strong><strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> software capaz <strong>de</strong> lhes dar suporte”. Nesse sentido, concorda-se que<strong>um</strong>a nova tecnologia <strong>de</strong> informação como o sistema ERP, <strong>de</strong>ve sempre serentendido como <strong>um</strong>a ferramenta <strong>de</strong> apoio e <strong>de</strong> suporte, e não como <strong>um</strong> fim em sipróprio (CRUZ, 2004).Além disso, c<strong>um</strong>pre esclarecer que a TI po<strong>de</strong> significar <strong>um</strong> papel <strong>de</strong> maior o<strong>um</strong>enor relevância, conforme o tipo <strong>de</strong> operação das empresas ou do ramo <strong>de</strong>negócio. Logo, <strong>de</strong>frontando-se com <strong>um</strong>a indústria tradicio<strong>na</strong>l, por exemplo, a TIexerce <strong>um</strong> papel <strong>de</strong> suporte à operação. Por outro lado, em <strong>um</strong> banco fi<strong>na</strong>nceiro, aTI <strong>de</strong>sempenha <strong>um</strong>a função estratégica <strong>na</strong> operação do negócio (LAURINDO, 2000).Conforme Schmitt (2004) e Parry (2005), não é simplesmente implantando oERP que se trará maiores vantagens competitivas para a empresa. Ele é <strong>um</strong>aferramenta que contribuirá para isso, mas o sucesso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito da escolha d<strong>os</strong>istema que seja mais a<strong>de</strong>quado às necessida<strong>de</strong>s, bem como enten<strong>de</strong>r o nov<strong>os</strong>istema, alinhá-lo as estratégias e <strong>de</strong>senvolver <strong>um</strong>a cultura que assimile asmudanças introduzidas <strong>na</strong> organização. Além disso, Schmitt (2004) arg<strong>um</strong>enta que aPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico57empresa enfrentará dificulda<strong>de</strong> se for necessária a customização, pois esseprocesso exige mudanças n<strong>os</strong> procediment<strong>os</strong> e adaptação ao programa escolhido.Direcio<strong>na</strong>ndo-se a visão para o gerenciamento em torno d<strong>os</strong> process<strong>os</strong>organizacio<strong>na</strong>is, a implantação implica n<strong>um</strong>a mudança radical <strong>de</strong> se executar asativida<strong>de</strong>s <strong>na</strong> empresa e rompem-se <strong>os</strong> c<strong>os</strong>t<strong>um</strong>es tradicio<strong>na</strong>is. A integração epercepção <strong>de</strong> todas as áreas transformam o ambiente <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> e as informaçõespassam a fluir com mais clareza entre <strong>os</strong> <strong>de</strong>partament<strong>os</strong>.No entanto, <strong>na</strong> realida<strong>de</strong> prática das empresas, observa-se normalmente quehá <strong>um</strong>a dificulda<strong>de</strong> em i<strong>de</strong>ntificar <strong>os</strong> process<strong>os</strong> essenciais <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>,principalmente pelo fato <strong>de</strong> existirem muitas ativida<strong>de</strong>s que não agregam valor, oudiversas ativida<strong>de</strong>s burocráticas funcio<strong>na</strong>is. Na opinião <strong>de</strong> Rozenfeld e Bremer(2000), <strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> ocorrem <strong>na</strong>turalmente em todas as empresas,porém, muitas vezes, eles são confundid<strong>os</strong> por disfunções estruturais.Compactuando com a abordagem d<strong>os</strong> autores anteriormente citad<strong>os</strong>, Schmitt(2004) arg<strong>um</strong>enta que <strong>os</strong> sistemas ERP permitem o processo <strong>de</strong> parametrização(trabalhar com várias línguas, moedas etc.), conseqüentemente há <strong>um</strong>a maiora<strong>de</strong>rência do sistema ao processo da empresa e a maior vantagem consiste emintegrar <strong>os</strong> dad<strong>os</strong>. Contudo, apesar <strong>de</strong>ssa p<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> oferecida pelo sistema,salienta-se que ainda há, no Brasil, a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses sistemas se adaptarem a<strong>os</strong>process<strong>os</strong> constantes <strong>de</strong> mudanças <strong>de</strong> legislação. Para o referido autor, significadizer que a empresa terá <strong>um</strong> único dado referente a vendas e itens estocad<strong>os</strong>, istoé, não importa em que tempo e a que <strong>de</strong>partamento foi solicitada <strong>um</strong>a informação,tod<strong>os</strong> fornecerão as mesmas informações pela consulta à mesma base <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>.Em outr<strong>os</strong> term<strong>os</strong>, Schmitt (2004, p.67) afirma que “a integração d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> evita aredundância e garante a integrida<strong>de</strong> das informações. Evita também o re-trabalho etraz, como conseqüência, a otimização d<strong>os</strong> process<strong>os</strong>”.Outr<strong>os</strong> autores como Jacobs e Bendoly (2002) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que todareengenharia n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> não <strong>de</strong>ve ser ape<strong>na</strong>s alocada ao sistema,mas que esta promova a efetiva implementação das melhores práticas, ou seja, queproporcione as melhorias no <strong>de</strong>sempenho da empresa como <strong>um</strong> todo.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico58Deste modo, a reengenharia <strong>de</strong> process<strong>os</strong> requer que as interfaces <strong>de</strong>relacio<strong>na</strong>mento entre as unida<strong>de</strong>s funcio<strong>na</strong>is do negócio sejam aperfeiçoadas ouelimi<strong>na</strong>das. Para Davenport (1994), trata-se <strong>de</strong> <strong>um</strong>a estratégia que visa melhorartambém o <strong>de</strong>sempenho fi<strong>na</strong>nceiro da empresa, principalmente através da redução<strong>de</strong> cust<strong>os</strong> d<strong>os</strong> process<strong>os</strong>. O autor explica ainda que a reengenharia <strong>de</strong> process<strong>os</strong> é<strong>um</strong>a forma radicalmente nova <strong>de</strong> se fazer as coisas, enquanto que a melhoria n<strong>os</strong>process<strong>os</strong> implica somente no a<strong>um</strong>ento da eficiência e eficácia <strong>na</strong> realização <strong>de</strong>ssemesmo processo. Essas diferenças são apresentadas no quadro 3:Fatores Melhoria ReengenhariaNível <strong>de</strong> mudança Gradual RadicalPonto <strong>de</strong> Partida Processo existente Estaca zeroFreqüência da mudança De <strong>um</strong>a vez/contínua De <strong>um</strong>a vezTempo necessário Curto LongoParticipação De baixo para cima De cima para baixoÂmbito típico Limitado, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> funções Amplo, interfuncio<strong>na</strong>lRisco Mo<strong>de</strong>rado AltoHabilitador principal Controle estatístico Tecnologia da informaçãoTipo <strong>de</strong> mudança Cultural Cultural/estruturalQUADRO 3 – Diferenças entre melhoria e reengenhariaFonte: (DAVENPORT, 1994, p.13)2.7.3 A influência d<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> comportamentais e culturais <strong>na</strong> implantação d<strong>os</strong>istemaA implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP tem <strong>de</strong>lineado gran<strong>de</strong> impacto <strong>na</strong>sorganizações. Trata-se <strong>de</strong> <strong>um</strong> projeto complexo e <strong>de</strong> longa duração. Depen<strong>de</strong>ndo dotamanho da empresa, po<strong>de</strong> <strong>de</strong>morar mais ou men<strong>os</strong> tempo, em geral <strong>os</strong> cas<strong>os</strong> <strong>de</strong>implantação conforme relatado pela literatura situam-se n<strong>um</strong> patamar entre dois aquatro an<strong>os</strong>. Nesse período, mudanças drásticas ocorrem <strong>na</strong> organização, tanto nonível tecnológico e <strong>de</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> trabalh<strong>os</strong> quanto no nível comportamental d<strong>os</strong>funcionári<strong>os</strong>.Os <strong>fatores</strong> cruciais relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> à implantação do ERP não se limitamsomente à dificulda<strong>de</strong> tecnológica, ou seja, instalação, adaptação e manutenção,mas, também, a sensibilida<strong>de</strong> e receptivida<strong>de</strong> com que são tratadas as mudançasPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico59trazidas pelo sistema e, para isso, Schmitt (2004) <strong>de</strong>clara que <strong>de</strong>ve haver adissemi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> <strong>um</strong>a cultura <strong>de</strong> uso do sistema <strong>na</strong> empresa.Em <strong>um</strong> trabalho apresentado por Men<strong>de</strong>s Filho e Teixeira (2004), através <strong>de</strong><strong>um</strong> <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> cas<strong>os</strong> comparad<strong>os</strong>, aplicado a duas empresas, <strong>os</strong> autores apresentamas conclusões a respeito d<strong>os</strong> impact<strong>os</strong> causad<strong>os</strong> com a implantação do sistemaERP:− Na percepção d<strong>os</strong> gestores <strong>de</strong>ssas empresas, a implantação do ERP causou <strong>um</strong>impacto p<strong>os</strong>itivo, pois além do sistema oferecer opções <strong>de</strong> ferramentas queauxiliavam <strong>na</strong>s <strong>de</strong>cisões, <strong>de</strong>monstrou-se útil em antecipar-se às situaçõesproblemáticas d<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong>;− Um aspecto importante era que o sistema p<strong>os</strong>sibilitava <strong>um</strong> tratamento a<strong>de</strong>quadodo processamento das transações geradas <strong>na</strong>s empresas. Isso permitia quep<strong>os</strong>síveis err<strong>os</strong> <strong>na</strong> entrada d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> pu<strong>de</strong>ssem ser corrigid<strong>os</strong> e, além disso,agregou valor quanto ao gerenciamento das informações;− Os autores afirmam que a implantação <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema ERP não é ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong>projeto tecnológico, mas <strong>um</strong> projeto empresarial. E quanto mais a empresa estiverem sintonia com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus clientes, gerando conhecimento, maisela estará reduzindo <strong>os</strong> risc<strong>os</strong> e incertezas e se aproximando do sucesso;− Para o funcio<strong>na</strong>mento eficaz do sistema, tor<strong>na</strong>-se essencial o engajamento eaculturação por parte d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>, comprometendo-se com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> daempresa;− É fundamental a elaboração <strong>de</strong> <strong>um</strong> plano estratégico para a implantação, quecontemple a participação d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>;− Os autores observaram ainda que, no projeto <strong>de</strong> implantação, o distanciamentoda alta administração para com <strong>os</strong> <strong>de</strong>mais setores, contribui para que as <strong>de</strong>cisõesass<strong>um</strong>am <strong>um</strong> caráter <strong>de</strong> pressão <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>. Do contrário, quantomaior a aproximação entre estes, maior é a motivação d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> e asprobabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sucesso.Além da mudança tecnológica, a implantação do sistema compreen<strong>de</strong>principalmente mudança no comportamento da organização. Um ERP po<strong>de</strong> gerarincertezas e causar insegurança pela inovação. Nesse aspecto, o corpo gerencial daempresa tem a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assegurar que o sistema trará melhorias n<strong>os</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico60process<strong>os</strong> <strong>de</strong> trabalho e fluxo <strong>de</strong> informações e transmitir isso às <strong>de</strong>mais pessoas,<strong>de</strong> forma que tod<strong>os</strong> tenham confiança, saibam enten<strong>de</strong>r e utilizar a tecnologia a seufavor. Nesse sentido, concorda-se que é fundamental <strong>de</strong>dicar <strong>um</strong>a atenção maiora<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>, pois a sua satisfação ten<strong>de</strong> a a<strong>um</strong>entar se acreditarem que com <strong>os</strong>benefíci<strong>os</strong> proporcio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> pelo sistema eles irão melhorar seu <strong>de</strong>sempenho eprodutivida<strong>de</strong> (CALISIR; CALISIR, 2004).Na mesma abordagem, enfocando a questão do comportamento, Schmitt(2004, p.161) avalia que “a implantação <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema ERP envolve mudanças n<strong>os</strong>aspect<strong>os</strong> técnic<strong>os</strong>, cognitiv<strong>os</strong> e comportamentais da empresa. São mudanças,portanto, n<strong>um</strong> contexto sócio-profissio<strong>na</strong>l ou sócio-técnico da empresa”. Destaforma, o autor sugere flexibilida<strong>de</strong> e que todas as pessoas <strong>de</strong>vem participar doprocesso <strong>de</strong> mudança. Portanto, ressalta-se mais <strong>um</strong>a vez a importância <strong>de</strong> setrabalhar <strong>os</strong> valores e crenças da empresa, pois, diferentemente <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>r aspessoas para trabalhar no sistema <strong>de</strong>ve-se educá-las a enten<strong>de</strong>r o motivo da suaexistência.Com efeito, é p<strong>os</strong>sível afirmar que qualquer processo <strong>de</strong> mudança n<strong>um</strong>aorganização estará relacio<strong>na</strong>do às percepções e valores individuais. A culturainformal é algo que está enraizado n<strong>um</strong>a empresa e quanto mais forte for essacultura, formada por grup<strong>os</strong> antig<strong>os</strong> que já <strong>de</strong>senvolveram <strong>um</strong>a forte relação <strong>de</strong>valores, maior será o esforço para introduzir melhorias e mudanças. Depen<strong>de</strong>ndo dotipo <strong>de</strong> negócio, tamanho da empresa e pessoas envolvidas, exigirá <strong>um</strong> <strong>de</strong>sgastemaior para lidar com a cultura organizacio<strong>na</strong>l.2.8 A relação d<strong>os</strong> sistemas <strong>de</strong> informação com <strong>os</strong> sistemas <strong>de</strong> gestãoAo tratar da gestão empresarial e o ERP, Schmitt (2004), apresenta aimportância <strong>de</strong> se ter <strong>um</strong>a coerência entre <strong>os</strong> sistemas <strong>de</strong> informação e <strong>os</strong> sistemas<strong>de</strong> gestão. Na opinião <strong>de</strong>sse autor, o uso da TI não traz benefíci<strong>os</strong> se não estiveradicio<strong>na</strong>ndo valor ao processo <strong>de</strong> gestão e tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Por outro lado, <strong>os</strong>sistemas <strong>de</strong> informação agregam valor <strong>na</strong>s tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, econseqüentemente, contribuem para a<strong>um</strong>entar a satisfação d<strong>os</strong> clientes.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico61Na concepção <strong>de</strong> Laurindo (2000), <strong>um</strong>a maior vantagem competitiva através<strong>de</strong> <strong>um</strong>a ferramenta <strong>de</strong> TI não é obtida através <strong>de</strong> aplicações específicas, que po<strong>de</strong>mser copiadas pel<strong>os</strong> concorrentes, mas <strong>de</strong> <strong>um</strong>a gestão eficaz d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> <strong>de</strong> TI, maisdifícil <strong>de</strong> ser reproduzida pel<strong>os</strong> competidores, e que promove assim <strong>um</strong> diferencialcompetitivo.Articulando com a idéia d<strong>os</strong> autores citad<strong>os</strong>, <strong>um</strong> fato muito trivial que seobserva <strong>na</strong>s empresas é a preocupação em informatizar, colocar nov<strong>os</strong> sistemas,investir em computadores mo<strong>de</strong>rn<strong>os</strong>, enfim, sistematizar o funcio<strong>na</strong>mento dasativida<strong>de</strong>s. No entanto, raramente é feita <strong>um</strong>a análise mais aprofundada se <strong>os</strong>trabalh<strong>os</strong> em si, <strong>os</strong> process<strong>os</strong> e ativida<strong>de</strong>s estão sendo realizadas <strong>de</strong> formaeficiente. Neste caso, corre-se o risco <strong>de</strong> estar informatizando aquilo que está sendofeito errado, ou process<strong>os</strong> ineficientes e que não agregam valor nenh<strong>um</strong> para <strong>os</strong>clientes.Por conseguinte, o melhor aproveitamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> gestão estárelacio<strong>na</strong>do a<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> da empresa e junto com isso, o funcio<strong>na</strong>mento eficaz d<strong>os</strong>sistemas <strong>de</strong> informações <strong>de</strong>ve garantir subsídi<strong>os</strong> a<strong>os</strong> gestores <strong>na</strong>s tomadas <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão. Logo, não basta ape<strong>na</strong>s informatizar e gerar informações <strong>sobre</strong> process<strong>os</strong>ineficientes, é preciso i<strong>de</strong>ntificar aqueles que agregam valor a<strong>os</strong> clientes e realinhál<strong>os</strong>para o foco do negócio.2.9 A fase <strong>de</strong> implantação do ERP e <strong>fatores</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> à escolha do softwareNo processo <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema ERP, bem como qualquer outratecnologia que a organização venha a implementar ou realizar <strong>os</strong> upgra<strong>de</strong>s nopróprio sistema atual, é importante salientar que, para toda e qualquer tecnologia,a<strong>na</strong>lisa-se a que melhor se adapte e atenda a necessida<strong>de</strong> da empresa. Tãoimportante quanto o custo total <strong>de</strong> implantação do sistema, também se <strong>de</strong>ve levarem consi<strong>de</strong>ração a análise da adaptabilida<strong>de</strong>, infra-estrutura e facilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso.Nesse sentido, Men<strong>de</strong>s Filho e Teixeira (2004) concordam que a escolha da melhorsolução tecnológica bem como o uso <strong>de</strong> <strong>um</strong>a metodologia a<strong>de</strong>quada po<strong>de</strong> contribuirpara a redução d<strong>os</strong> risc<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong> da implantação e trazer consistência ao sistema<strong>de</strong> <strong>um</strong> modo geral.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico62A escolha do ERP e sua a<strong>de</strong>rência a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> da empresa são tãofundamentais quanto às preocupações com a integração do sistema. Além do mais,essa visão <strong>de</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong>ve abranger tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> níveis, operacio<strong>na</strong>l, tático eestratégico. Assim, <strong>um</strong>a vez instituída essa visão processual e <strong>de</strong>finid<strong>os</strong> <strong>os</strong>process<strong>os</strong> existentes, ajudará <strong>na</strong> melhor escolha do software. A<strong>de</strong>mais, se fornecessário aplicar muitas customizações para a<strong>de</strong>quar o software origi<strong>na</strong>l asexigências da empresa, isso a<strong>um</strong>entará <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> e re-trabalh<strong>os</strong>, suce<strong>de</strong>ndop<strong>os</strong>teriormente dificulda<strong>de</strong>s no momento <strong>de</strong> implementar melhorias no sistema.Porém, <strong>de</strong>nota-se <strong>um</strong>a visão realista nesse sentido, evi<strong>de</strong>nciando que não há nomercado <strong>um</strong> pacote <strong>de</strong> software que atenda a todas as necessida<strong>de</strong>s da empresa(SCHMITT, 2004). Em outr<strong>os</strong> term<strong>os</strong>, a customização é inevitável.Corroborando, Yen e Sheu (2004) também afirmam que as empresasempregam tempo e esforço enorme <strong>na</strong> implantação do sistema ERP, principalmentepara customizar as necessida<strong>de</strong>s do negócio, e <strong>de</strong>scobrem que há inconsistênciasentre <strong>os</strong> pacotes ou módul<strong>os</strong> oferecid<strong>os</strong> e <strong>os</strong> process<strong>os</strong> existentes <strong>na</strong> estruturaorganizacio<strong>na</strong>l.Outras recomendações são apresentadas por Schmitt (2004) e Kruse (2006)on<strong>de</strong> <strong>os</strong> autores arg<strong>um</strong>entam que a fase <strong>de</strong> implementação é <strong>um</strong>a das maisimportantes, porque normalmente recebe o auxílio <strong>de</strong> consultores especializad<strong>os</strong>,muito embora estes negligenciem <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> emocio<strong>na</strong>is d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> noprocesso. É raro ocorrer a própria empresa fabricante do software, atuar também <strong>na</strong>implantação, <strong>um</strong>a vez que sempre estão envolvid<strong>os</strong> em dois ou mais projet<strong>os</strong> aomesmo tempo. Vale ressaltar que, apesar da experiência d<strong>os</strong> consultores noprocesso <strong>de</strong> implementação, <strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> são <strong>os</strong> element<strong>os</strong> mais importantes,porque são <strong>os</strong> que conhecem profundamente e sabem das carências do negócio daempresa.No tocante a estratégia <strong>de</strong> implantação, <strong>um</strong>a análise importante apresentadapor Umble; Haft e Umble (2002) explicam que a empresa po<strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir por iniciar aimplantação por linha <strong>de</strong> produto, por área ou optar por <strong>um</strong> projeto piloto. Aimplantação simultânea d<strong>os</strong> módul<strong>os</strong> é <strong>um</strong>a estratégia que a empresa po<strong>de</strong> utilizarpara buscar a recuperação d<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> o mais rápido p<strong>os</strong>sível. Para Schmitt(2004), esse procedimento implica em long<strong>os</strong> testes no novo sistema e temp<strong>os</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico63maiores, bem como <strong>um</strong> empenho superior das pessoas envolvidas. Desta forma,Umble; Haft e Umble (2002) e Lozinski (1996) afirmam que <strong>um</strong>a maneira maissegura <strong>de</strong> conduzir o projeto <strong>de</strong> implantação seria por partes (módul<strong>os</strong>) ou emparalelo, <strong>um</strong>a vez que é <strong>de</strong> fundamental importância a primeira tentativa <strong>de</strong>implementação ser bem sucedida, po<strong>de</strong>ndo esta ser usada como exemplo paraoutras áreas, amenizando assim <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> causad<strong>os</strong> em toda a empresa.Além disso, é importante também tomar cuidado ao adquirir <strong>um</strong> sistema ERP,essencialmente com relação à <strong>de</strong>pendência da empresa quanto ao fornecedor d<strong>os</strong>oftware. Por isso, a escolha do fornecedor requer critéri<strong>os</strong>, a fim <strong>de</strong> elimi<strong>na</strong>r o<strong>um</strong>inimizar p<strong>os</strong>teriormente alguns transtorn<strong>os</strong> que venham a ocorrer.Gomes e Ribeiro (2004) apontam alguns <strong>fatores</strong> importantes que se <strong>de</strong>vemlevar em consi<strong>de</strong>ração <strong>na</strong> compra <strong>de</strong> <strong>um</strong> software <strong>de</strong> gestão ERP:− Compatibilida<strong>de</strong> com <strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> da empresa;− Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso;− Rápida implementação - para obter período curto <strong>de</strong> ROI (Return on Investment –retorno do investimento);− Cust<strong>os</strong> totais (licença, manutenção, implementação);− Infra-estrutura entre outr<strong>os</strong>.Outro fator é que as empresas po<strong>de</strong>m optar em adquirir tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> módul<strong>os</strong> ousomente aqueles que necessitam para gerenciar o seu negócio, haja vista quesempre vão existir particularida<strong>de</strong>s que o sistema não vai abranger. Observa-se estefato acontecer em vári<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> <strong>de</strong> empresas, e é justamente <strong>um</strong> d<strong>os</strong> maioresquestio<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> no meio empresarial e acadêmico, ou seja, buscar resp<strong>os</strong>tas paraexplicar o porquê das <strong>de</strong>ficiências e dificulda<strong>de</strong>s da implantação do ERP, cuj<strong>os</strong>istema oferece tantas vantagens e ao mesmo tempo tant<strong>os</strong> obstácul<strong>os</strong> paraoperacio<strong>na</strong>lizá-lo.Portanto, por ser <strong>um</strong>a <strong>de</strong>cisão que normalmente não faz parte da roti<strong>na</strong> daempresa, para a escolha <strong>de</strong> <strong>um</strong> novo software é importante haver <strong>um</strong> planejamentoa<strong>de</strong>quado e consistente. Corroborando isso, Schmitt (2004) explica que quand<strong>os</strong>urge a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> <strong>um</strong> novo software, previamente tem-se a idéiaPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico64d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> que <strong>de</strong>sejam ser alcançad<strong>os</strong> e, neste caso, faz-se necessária aparticipação e envolvimento d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> <strong>na</strong> escolha. Além disso, <strong>na</strong> fase <strong>de</strong>implementação, o autor relata que <strong>de</strong>vem ser especificad<strong>os</strong> a<strong>de</strong>quadamente <strong>os</strong>requisit<strong>os</strong> do projeto e, fundamentalmente, <strong>de</strong>ve-se ter o comprometimento <strong>de</strong> tod<strong>os</strong>,visando à troca <strong>de</strong> informações e experiências entre <strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>.No <strong>estudo</strong> <strong>sobre</strong> viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação do sistema ERP, Colangelo Filho(2001, p. 49:56) esclarece que se <strong>de</strong>ve atentar para 5 fases, as quais são:− Planejamento;− Avaliação estratégica;− I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s;− Avaliação econômico-fi<strong>na</strong>nceira;− Desenvolvimento <strong>de</strong> recomendações e comunicação.A fase do planejamento divi<strong>de</strong>-se em:− Definir a abrangência organizacio<strong>na</strong>l e funcio<strong>na</strong>l, ou seja, abordar quais áreas eunida<strong>de</strong>s organizacio<strong>na</strong>is o sistema irá contemplar, funções e etc.− Estabelecer <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> – Neste caso, é fundamentalestabelecer <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> cust<strong>os</strong> e benefíci<strong>os</strong>;− Disponibilizar tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> para a execução do <strong>estudo</strong> –Relacio<strong>na</strong>do a isto, arg<strong>um</strong>enta-se que o <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> é “essencialmente<strong>de</strong> negócio, com pequeno conteúdo técnico” (COLANGELO FILHO, 2001, p.49).Assim, é <strong>de</strong> s<strong>um</strong>a importância que participem do projeto, pessoas <strong>de</strong> todas asáreas da empresa.Quanto à fase da Avaliação Estratégica, são inúmer<strong>os</strong> <strong>os</strong> motiv<strong>os</strong> que levam<strong>um</strong>a empresa a adotar <strong>um</strong> sistema ERP, <strong>de</strong>ntre eles, proporcio<strong>na</strong>m <strong>um</strong>a vantagemcompetitiva sustentável e melhoria n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> intern<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>(GENOULAZ; MILLET e GRABOT, 2005). Nesse aspecto, Colangelo Filho (2001)recomenda que a implantação do ERP, <strong>de</strong>ve ser embasada <strong>na</strong> visão estratégica donegócio, <strong>na</strong> visão <strong>de</strong> longo prazo, mais precisamente <strong>na</strong> estratégia <strong>de</strong> crescimento ePPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico65estratégia operacio<strong>na</strong>l. Além do que, preconiza-se a importância <strong>de</strong> se integrar aestratégia <strong>de</strong> TI com a estratégia <strong>de</strong> negócio da empresa, pois <strong>um</strong>a,consequentemente, impacta <strong>sobre</strong> a outra (LAURINDO, 2000).Já <strong>na</strong> fase <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, está envolvido o planoestratégico e tático-operacio<strong>na</strong>l, e visa levantar também as oportunida<strong>de</strong>s e <strong>fatores</strong>competitiv<strong>os</strong>. Uma técnica sugerida para i<strong>de</strong>ntificar as oportunida<strong>de</strong>s estratégicassão <strong>os</strong> <strong>fatores</strong> crític<strong>os</strong> <strong>de</strong> sucesso.A avaliação econômico-fi<strong>na</strong>nceira objetiva levantar <strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> e cust<strong>os</strong>da implantação e fazer <strong>um</strong>a avaliação econômica <strong>de</strong>sses <strong>fatores</strong>.E por último, a fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> recomendações ecomunicação, é voltada para consi<strong>de</strong>rações estratégicas e econômicas.2.10 Fatores crític<strong>os</strong> <strong>de</strong> sucessoSegundo Xue et al. (2005), enten<strong>de</strong>-se por <strong>fatores</strong> crític<strong>os</strong> <strong>de</strong> sucessoaquelas poucas áreas consi<strong>de</strong>radas chaves <strong>na</strong> organização e on<strong>de</strong> as ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>vem funcio<strong>na</strong>r corretamente para que se tenha <strong>um</strong>a implementação bem sucedidado sistema ERP. Por isso, i<strong>de</strong>ntificando-se essas áreas e começando por elas aimplantação do sistema, a<strong>um</strong>entam as probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sucesso. Corroborando, a<strong>de</strong>finição origi<strong>na</strong>l para <strong>os</strong> <strong>fatores</strong> crític<strong>os</strong> <strong>de</strong> sucesso foi apresentada por Rockart 1(1979) apud Laurindo et al. (2001), cujo conceito refere-se ao “número limitado <strong>de</strong>áreas <strong>na</strong>s quais <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, se satisfatóri<strong>os</strong>, asseguram o <strong>de</strong>sempenhocompetitivo bem sucedido para a organização”.Diversas pesquisas apontam para inúmer<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> <strong>de</strong> sucess<strong>os</strong> e fracass<strong>os</strong><strong>de</strong> empresas que investiram vult<strong>os</strong>as somas em seus sistemas e não foram bemsucedidas. Como já citado anteriormente, <strong>os</strong> ERP são sistemas muito complex<strong>os</strong>,que exigem <strong>um</strong> plano <strong>de</strong> implantação estruturado com rigor. Não basta ape<strong>na</strong>s se1 ROCKART, J.F.: "Chief Executives Define Their Own Data Needs". Harvard Business Review, v.57, n.2, p.81-92, Mar./Apr.1979. [ Medline ]PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico66amparar n<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> <strong>de</strong> empresas que lograram êxito ou investir levado pelaonda <strong>de</strong> empolgação do mercado.Cada empresa apresenta <strong>um</strong>a característica diferente, como: tamanho, tipo<strong>de</strong> negócio, mercado <strong>de</strong> atuação entre outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong>, que certamente vão influenciarno tipo e extensão da tecnologia. Desta forma, é preciso a<strong>na</strong>lisar com cuidado tod<strong>os</strong><strong>os</strong> <strong>fatores</strong> crític<strong>os</strong> que envolvem o projeto <strong>de</strong> implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP.N<strong>um</strong> relevante artigo publicado no European Jour<strong>na</strong>l of Operatio<strong>na</strong>l Research,(Umble; Haft e Umble, 2002, p.244:247) citando vári<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> autores, arrolam <strong>os</strong><strong>fatores</strong> crític<strong>os</strong> <strong>de</strong> sucesso mais proeminentes com relação à implantação d<strong>os</strong>sistemas ERP:a) Claro entendimento d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong>:Isto implica <strong>na</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> como a empresa <strong>de</strong>veria atuar para satisfazer <strong>os</strong>clientes, capacitar <strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> e a<strong>de</strong>quar <strong>os</strong> fornecedores para <strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> 3 a 5an<strong>os</strong>. Significa ter <strong>um</strong>a visão ampla d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> da organização, bem como quantoàs suas expectativas, e <strong>de</strong>finir quais as necessida<strong>de</strong>s críticas do negócio que <strong>os</strong>istema ERP <strong>de</strong>verá aten<strong>de</strong>r. Assim, po<strong>de</strong>-se dizer que essa questão estáintrinsecamente associada ao planejamento estratégico da organização e <strong>na</strong>s açõesque vão <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r <strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> futur<strong>os</strong>, visando à permanência e pr<strong>os</strong>perida<strong>de</strong> nomercado.b) Comprometimento da alta direção:A implementação exige <strong>um</strong>a li<strong>de</strong>rança robusta, comprometimento e aparticipação efetiva da alta direção. Para isso, é importante a formação <strong>de</strong> <strong>um</strong>comitê executivo <strong>de</strong> planejamento que se comprometa com o projeto daorganização, a<strong>na</strong>lisando e revendo <strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, promovendo aintegração da empresa através do sistema ERP e provendo o suporte total a<strong>os</strong>cust<strong>os</strong>.c) Excelência no gerenciamento do projeto:Segundo <strong>os</strong> autores, o sucesso <strong>na</strong> implantação do ERP requer o empenho daorganização no gerenciamento do projeto. Isto envolve estabelecer claramente <strong>os</strong>objetiv<strong>os</strong>, plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> trabalh<strong>os</strong> e o planejamento <strong>de</strong> recurs<strong>os</strong>. Conforme arg<strong>um</strong>entam,PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico67se houver <strong>um</strong>a <strong>de</strong>finição nítida <strong>de</strong>sses plan<strong>os</strong> e objetiv<strong>os</strong>, certamente isto contribuirápara a empresa elaborar <strong>um</strong> escopo <strong>de</strong> projeto mais engendrado, on<strong>de</strong>,preestabeleça as dificulda<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m comprometer o orçamento do ERP ecomplicar a continuida<strong>de</strong> do projeto, bem como o processo <strong>de</strong> implementação.Portanto, o propósito <strong>de</strong> <strong>um</strong> projeto claramente <strong>de</strong>finido po<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar <strong>os</strong>módul<strong>os</strong> selecio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> para a implementação, escolhendo-se aqueles que maisrepresentarão efeit<strong>os</strong> n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>. A<strong>de</strong>mais, a escolha por <strong>um</strong> pacotepadronizado do software, adaptando-o a<strong>de</strong>quadamente a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negócioda empresa, reduz a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> customização e as dificulda<strong>de</strong>s do projeto.d) Gerenciamento da mudança organizacio<strong>na</strong>l:Os autores afirmam que a estrutura organizacio<strong>na</strong>l e <strong>os</strong> process<strong>os</strong>encontrad<strong>os</strong> em muitas empresas não são compatíveis com a estrutura e tip<strong>os</strong> <strong>de</strong>informações oferecidas pel<strong>os</strong> ERP. Essas características fazem com que essessistemas introduzam a sua própria lógica <strong>de</strong> funcio<strong>na</strong>mento, ou seja, impactando <strong>na</strong>sestratégias, <strong>na</strong> organização e <strong>na</strong> própria cultura da empresa.Nesse sentido, visando minimizar <strong>os</strong> efeit<strong>os</strong> do sistema <strong>sobre</strong> a empresa,esses autores sugerem que se implante <strong>um</strong>a reengenharia n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong>negóci<strong>os</strong>, ou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> nov<strong>os</strong> process<strong>os</strong> que conduzam a<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong>empresariais. Consoante ainda, almeja-se com o sistema ERP direcioná-lo para asexigências e necessida<strong>de</strong>s do negócio, consi<strong>de</strong>rando-se as mudanças radicais queelas proporcio<strong>na</strong>m <strong>na</strong>s operações da empresa, e não ser compreendido ape<strong>na</strong>scomo mais <strong>um</strong> simples software ou <strong>um</strong> <strong>de</strong>safio tecnológico.e) Uma equipe qualificada para gerenciar o projeto <strong>de</strong> implementação:Os autores sustentam a importância da formação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a equipe que tenhaas habilida<strong>de</strong>s necessárias para li<strong>de</strong>rar e executar o projeto. A formação <strong>de</strong> <strong>um</strong>aequipe é muito relevante, <strong>um</strong>a vez que <strong>os</strong> membr<strong>os</strong> tor<strong>na</strong>m-se responsáveis pelasdiversas ativida<strong>de</strong>s relacio<strong>na</strong>das ao projeto, tais como: tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões,<strong>de</strong>talhamento do projeto, elaboração d<strong>os</strong> plan<strong>os</strong> globais d<strong>os</strong> programas,comunicação com todas as áreas e direção da empresa, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>rem <strong>os</strong>cronogramas e contribuírem para que tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> estejamdisponíveis. Lozinski (1996) corrobora essa idéia e ressalta também a importânciaPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico68<strong>de</strong> contar com pessoas experientes <strong>na</strong> equipe <strong>de</strong> projeto, <strong>um</strong>a vez que para formar<strong>um</strong> profissio<strong>na</strong>l com a qualificação <strong>de</strong>sejada po<strong>de</strong> levar <strong>de</strong> seis meses a <strong>um</strong> ano. Porisso o trei<strong>na</strong>mento <strong>de</strong>ve ser contínuo.f) Acuracida<strong>de</strong> das Informações:Para usufruir resultad<strong>os</strong> eficazes do sistema, é fundamental que <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> <strong>de</strong>entrada que geram as informações sejam precis<strong>os</strong> e confiáveis. Nesse sentido, <strong>os</strong>usuári<strong>os</strong> <strong>de</strong>vem estar instruíd<strong>os</strong> a utilizar corretamente o programa. Além disso, aempresa <strong>de</strong>ve garantir também que tod<strong>os</strong> estejam comprometid<strong>os</strong> com asmudanças e passem a trabalhar totalmente no âmbito do novo sistema, procurandoassim evitar manter o uso paralelo do sistema antigo.Em divers<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> <strong>de</strong> implantação é p<strong>os</strong>sível constatar essa situação, emque as empresas investem maciçamente no programa, porém, não conseguemimplantá-lo <strong>na</strong> sua totalida<strong>de</strong>, forçando <strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> a continuar usando o sistemaanterior. Esse fato é apontado e a<strong>na</strong>lisado por muit<strong>os</strong> especialistas como <strong>um</strong> enormeprejuízo para as empresas, tanto com relação a<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> implantação quanto a<strong>os</strong>cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> informação.g) Amplo trei<strong>na</strong>mento e educação:Para Umble; Haft e Umble (2002), este é provavelmente o mais importantefator crítico <strong>de</strong> sucesso <strong>na</strong> implementação do ERP, porque impacta diretamente <strong>na</strong>construção do conhecimento e capacitação das pessoas para resolver <strong>os</strong> problemaspertinentes ao sistema. Os autores afirmam ainda que é com<strong>um</strong> o fato <strong>de</strong> muit<strong>os</strong>executiv<strong>os</strong> <strong>de</strong>scuidarem quanto ao nível necessário <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>,bem como em relação a<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> inerentes <strong>de</strong>sse aspecto. Assim, conforme<strong>de</strong>claram, o objetivo é que o trei<strong>na</strong>mento ocorra muito antes <strong>de</strong> o sistema começar afuncio<strong>na</strong>r e sugerem que <strong>os</strong> gast<strong>os</strong> com trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> em todas as fases doprocesso, contribuem para elevar para 80% as probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sucesso <strong>na</strong>implementação.Com efeito, para se obter êxito <strong>na</strong> implantação, e mesmo <strong>de</strong>pois paracontinuar auferindo resultad<strong>os</strong> satisfatóri<strong>os</strong> do sistema, é necessário <strong>um</strong> intensoprograma <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento das pessoas. Nesse aspecto, <strong>de</strong>staca-se a importância daformação <strong>de</strong> grup<strong>os</strong> que apóiem a implantação e que <strong>de</strong>pois continuem auxiliandoPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico69<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>, monitorando as ativida<strong>de</strong>s e promovendo as trocas <strong>de</strong> experiênciasentre eles.h) Foco <strong>na</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho:Com relação a este fator, <strong>os</strong> autores atestam que é importante se mensurar<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o princípio da implantação, <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> e o <strong>de</strong>sempenho do sistema. Além doque, visa estabelecer também <strong>os</strong> <strong>de</strong>sempenh<strong>os</strong> esperad<strong>os</strong> <strong>de</strong> cada funcionário ecada função da empresa, incluindo-se avaliações d<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> <strong>de</strong> entrega, margens<strong>de</strong> lucro e <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>dores. Assim sendo, <strong>um</strong>a maneira para se atingir <strong>os</strong>ucesso <strong>na</strong> implementação é conseguir que tod<strong>os</strong> tenham compreensão clara d<strong>os</strong>objetiv<strong>os</strong> e fazer com que executem <strong>de</strong> modo eficaz suas ativida<strong>de</strong>s no sistema,bem como premiar através <strong>de</strong> recompensas pel<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong>.Denota-se que essa atitu<strong>de</strong> das empresas <strong>de</strong> oferecerem recompensas,ten<strong>de</strong> a estimular o maior uso do sistema e, da mesma forma, objetiva i<strong>de</strong>ntificar acapacida<strong>de</strong> das pessoas para trabalhar no software, alocando-as a<strong>de</strong>quadamente,ou substituindo-as se necessário.i) Implementação em múltiplas áreas:Trata-se <strong>de</strong> outro fator visceral, pois a implantação do programa em váriasáreas da empresa po<strong>de</strong> enfrentar problemas culturais. A dificulda<strong>de</strong> consiste emrelacio<strong>na</strong>r a padronização da empresa com a otimização local <strong>de</strong> cada área. Verificaseque a padronização p<strong>os</strong>sibilita a simplificação da interface entre as diversaspartes da empresa, propiciando a flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudança das pessoas e produt<strong>os</strong>entre várias situações. Ainda, esses <strong>fatores</strong> produzem a integração d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>,operações mais eficientes e redução <strong>de</strong> cust<strong>os</strong>.Sob o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> <strong>um</strong>a consultoria, outra visão preconizada por Kruse(2006) em relação a<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> intervenientes <strong>na</strong> implantação do ERP, o autor afirmaque as pessoas constituem o principal elemento para o alcance <strong>de</strong> sucesso d<strong>os</strong>istema. Além disso, assevera que <strong>os</strong> maiores problemas não advém das aptidões efuncio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>s do software, mas do fato da organização não utilizar <strong>um</strong>ametodologia doc<strong>um</strong>entada <strong>de</strong> implantação, que já tenha sido previamente testada eaprovada; por não ter <strong>um</strong> planejamento rigor<strong>os</strong>o do projeto; não gerenciarPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico70eficazmente <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong>; pela insuficiente compreensão por parte das pessoas dautilização do sistema; temor das mudanças e falta <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança.2.11 O ERP como <strong>um</strong> plano estratégico e sua combi<strong>na</strong>ção com outr<strong>os</strong>sistemas da empresaO <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema ERP pela sua complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong>implantação e por envolver todas as áreas <strong>de</strong> negócio da empresa é consi<strong>de</strong>radocomo <strong>um</strong> plano estratégico. N<strong>um</strong> amplo espectro percebe-se que o ERP não ésimplesmente <strong>um</strong> sistema que auxilia <strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> com tarefas rotineiras, que seatem à entrada e saída <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>, mas sim, representa <strong>um</strong>a gran<strong>de</strong> infra-estruturacorporativa, <strong>um</strong>a tecnologia que suporta as capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todas as outrasferramentas e process<strong>os</strong> usad<strong>os</strong> <strong>na</strong> empresa, e caracteriza-se por ser <strong>um</strong> sistema<strong>de</strong> alto <strong>de</strong>sempenho. Este sistema ass<strong>um</strong>e <strong>um</strong> conceito global, que une asinformações inter<strong>de</strong>partamentais e geram oportunida<strong>de</strong>s para a organização. Comefeito, este sistema po<strong>de</strong> oferecer as melhores plataformas <strong>de</strong> informações <strong>de</strong>negócio (JACOBS; BENDOLY, 2002, p.234).Concernente a<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> estratégic<strong>os</strong>, muit<strong>os</strong> <strong>estudo</strong>s enfatizam <strong>os</strong> impact<strong>os</strong>causad<strong>os</strong> n<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> <strong>de</strong>vido à implementação do ERP, o qual <strong>de</strong>veria ser maisimportante do que propriamente as mudanças técnicas provocadas. O artigo <strong>de</strong> Yene Sheu (2004) investiga o “Alinhamento da implantação do ERP com as priorida<strong>de</strong>scompetitivas das empresas <strong>de</strong> manufatura”. Os autores afirmam que não há <strong>um</strong>aestrutura ou procedimento (diretriz) disponível que relacione a implementação doERP com a estratégia competitiva da empresa. E complementam: muitas empresasfalham em reconhecer <strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> do ERP, porque o sistema não está alinhado a<strong>um</strong> nível <strong>de</strong> planejamento estratégico. Portanto, admite-se que o ERP <strong>de</strong>veria estarvoltado para as estratégias competitivas das empresas e vice-versa.A<strong>na</strong>lisando-se o aspecto tecnológico d<strong>os</strong> sistemas ERP, observa-se que sã<strong>os</strong>istemas que p<strong>os</strong>sibilitam a interligação com tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> outr<strong>os</strong> sistemas existentes <strong>na</strong>empresa. Caracterizam-se por manter o foco <strong>na</strong>s ativida<strong>de</strong>s rotineiras da empresa,as quais irão alimentar o banco <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> gerando as informações para a tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico71Nesse sentido, Arozo (2003, p.121) arg<strong>um</strong>enta que “<strong>os</strong> ERP são sistemastransacio<strong>na</strong>is que ten<strong>de</strong>m a focar no nível operacio<strong>na</strong>l, não p<strong>os</strong>suindo muitacapacida<strong>de</strong> a<strong>na</strong>lítica para ajudar em <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> planejamento e estratégicas”.Conforme o autor, a <strong>de</strong>finição do que <strong>de</strong>ve ser feito, on<strong>de</strong>, quando e por quem éresponsabilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> planejadores com o auxílio <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão,também chamad<strong>os</strong> <strong>de</strong> sistemas a<strong>na</strong>lític<strong>os</strong>. Estes sistemas i<strong>de</strong>ntificam-se comoferramentas que auxiliam no gerenciamento da empresa e, para isso, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m,evi<strong>de</strong>ntemente, do funcio<strong>na</strong>mento a<strong>de</strong>quado do ERP. Desta forma, é p<strong>os</strong>sívelafirmar que <strong>os</strong> sistemas ERP tor<strong>na</strong>m-se mais eficientes quando combi<strong>na</strong>d<strong>os</strong> comoutras tecnologias, como <strong>os</strong> sistemas executiv<strong>os</strong> <strong>de</strong> informação, que transformamesses dad<strong>os</strong> coletad<strong>os</strong> em conheciment<strong>os</strong>.Assim, para auxiliar <strong>na</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, a implantação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a tecnologiaque funcione com o sistema ERP, como o Data Warehouse, também é <strong>um</strong>aalter<strong>na</strong>tiva tecnológica viável, que c<strong>um</strong>pre a necessida<strong>de</strong> da empresa. Este sistemaarmaze<strong>na</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> que são gerad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> sistemas transacio<strong>na</strong>is, ou seja, <strong>os</strong>que coletam <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> da empresa, <strong>de</strong>ntre eles o próprio ERP. A fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> do DataWarehouse <strong>de</strong> acordo com Haberkorn (1999), é ca<strong>na</strong>lizar as informações do seubanco <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> direto para <strong>os</strong> chamad<strong>os</strong> EIS (Sistemas Executiv<strong>os</strong> <strong>de</strong> Informação),proporcio<strong>na</strong>ndo a<strong>os</strong> gerentes informações como:− Vendas por área geográfica/custo faturamento e lucrativida<strong>de</strong>s;− Contas a pagar e a receber e estoques;− Dad<strong>os</strong> <strong>de</strong> logística e distribuição;− Dad<strong>os</strong> da concorrência e− Dad<strong>os</strong> <strong>de</strong> recurs<strong>os</strong> h<strong>um</strong>an<strong>os</strong>Observa-se, portanto, que o Data Warehouse é <strong>um</strong> sistema que tem porobjetivo guiar as <strong>de</strong>cisões do negócio e fornecer subsídi<strong>os</strong> no processo <strong>de</strong> tomada<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, através <strong>de</strong> informações úteis e geradas das múltiplas fontes da empresa(SINGH, 2001).Uma outra ferramenta que se alicerça no sistema ERP é o chamado CRM -Gerenciamento das Relações com o Cliente. Segundo Graeml (2004), <strong>um</strong> a<strong>de</strong>quad<strong>os</strong>istema CRM <strong>de</strong>ve oferecer as informações úteis <strong>sobre</strong> <strong>um</strong> cliente e seurelacio<strong>na</strong>mento com a organização, no tempo certo, para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico72Logo, enten<strong>de</strong>r as expectativas d<strong>os</strong> clientes e transformá-las em estratégiascompetitivas é o papel <strong>de</strong>ssas novas ferramentas tecnológicas.2.12 Tendências em tecnologias <strong>de</strong> gestão e a nova geração do ERPA evolução d<strong>os</strong> sistemas <strong>de</strong> gestão empresarial ERP tem sido pujante e omercado está exigindo cada vez mais resp<strong>os</strong>tas rápidas das empresas. Gestãointegrada d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> e atualizações tecnológicas tor<strong>na</strong>ram-se<strong>fatores</strong> primordiais <strong>de</strong> <strong>sobre</strong>vivência. Quanto maior o crescimento <strong>de</strong> <strong>um</strong>aorganização, maior é a sua complexida<strong>de</strong> e necessida<strong>de</strong>s tecnológicas. “A <strong>de</strong>cisão<strong>de</strong> investir em novas tecnologias está diretamente relacio<strong>na</strong>da à competitivida<strong>de</strong> e àbusca por melhor <strong>de</strong>sempenho e resultad<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização” (OLIVEIRA et al.,2005, p.8).Outro exemplo disso constata-se através da sondagem industrial do Paranárealizada pela FIEP (2004), on<strong>de</strong>, 19,44% d<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> apontaram <strong>os</strong> sistemasERP como a técnica gerencial mais utilizada pelas empresas, sendo superadoape<strong>na</strong>s pel<strong>os</strong> programas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> com 30,56%.Atualmente, além do sistema ERP, há outras ferramentas <strong>de</strong> gestão como opróprio CRM, SCM e o BI (Business Intelligence), que oferecem suporte ao negócioda empresa. O BI, especificamente, tem se <strong>de</strong>stacado amplamente por ser <strong>um</strong>aferramenta cada vez mais utilizada pelas empresas. Conceitualmente, o BI utiliza-se<strong>de</strong> diversas fontes <strong>de</strong> informações que ca<strong>na</strong>lizam para <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r as estratégias <strong>de</strong>competitivida<strong>de</strong> da empresa. Dado o crescente vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> gerad<strong>os</strong> <strong>na</strong>empresa, a partir d<strong>os</strong> vári<strong>os</strong> sistemas disponíveis, principalmente o ERP, tor<strong>na</strong>m-sedifíceis as <strong>de</strong>cisões d<strong>os</strong> gerentes <strong>na</strong> tarefa <strong>de</strong> extrair <strong>de</strong>sses dad<strong>os</strong> informaçõesrealmente úteis ao negócio. Assim, o BI objetiva, principalmente, <strong>de</strong>finir as regras etécnicas <strong>de</strong> formatar a<strong>de</strong>quadamente essa imensa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>, eminformações dinâmicas e estruturadas (BARBIERI, 2001).Em s<strong>um</strong>a, admite-se que <strong>os</strong> gran<strong>de</strong>s conglomerad<strong>os</strong> empresariaispraticamente já p<strong>os</strong>suem seus sistemas integrad<strong>os</strong> em todo o negócio e usufruemdas ferramentas tecnológicas emergentes. Eminentemente, observa-se que omercado atual está se voltando mais para o nicho das peque<strong>na</strong>s e médiasPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico73empresas. Segundo César (2005), n<strong>um</strong>a entrevista à Computeworld, o gerente geral<strong>de</strong> business solution <strong>de</strong> <strong>um</strong>a firma fornecedora <strong>de</strong> software, explica que no Brasil,pelo men<strong>os</strong> meta<strong>de</strong> das peque<strong>na</strong>s e médias empresas não é atendida por soluções<strong>de</strong> ERP. Essas informações revelam o porquê d<strong>os</strong> sistemas ERP ainda estarem emfranca expansão no mercado brasileiro, se consi<strong>de</strong>rar que a gran<strong>de</strong> maioria é <strong>de</strong>peque<strong>na</strong>s e médias empresas.Conforme <strong>um</strong>a outra pesquisa realizada pela IT mídia (apud Rubin, 2005)com 158 gran<strong>de</strong>s conglomerad<strong>os</strong> empresariais, a pauta d<strong>os</strong> <strong>principais</strong> investiment<strong>os</strong>em tecnologia para o ano <strong>de</strong> 2005 focam <strong>os</strong> sistemas integrad<strong>os</strong> <strong>de</strong> gestão ERP.Denota-se, através <strong>de</strong>sses númer<strong>os</strong> apresentad<strong>os</strong>, que há <strong>um</strong>a crescentenecessida<strong>de</strong> que permeia o ambiente empresarial, que é <strong>de</strong> a<strong>um</strong>entar e melhorarcada vez mais o <strong>de</strong>sempenho das empresas. Por isso, novas tecnologias <strong>de</strong> gestãoestão sendo incorporadas a<strong>os</strong> sistemas para melhor gerenciar a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>supriment<strong>os</strong> e o relacio<strong>na</strong>mento com <strong>os</strong> clientes.Observa-se n<strong>um</strong> contexto geral <strong>de</strong> mercado que <strong>os</strong> sistemas ERP já sãotecnologias consolidadas e visam estar em consonância com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> eestratégias das empresas, garantindo resultad<strong>os</strong> futur<strong>os</strong> consistentes e duradour<strong>os</strong>.Evi<strong>de</strong>ncia-se que <strong>um</strong> número cada vez maior <strong>de</strong> empresas passou a utilizar essessistemas e comprovaram <strong>os</strong> seus benefíci<strong>os</strong>. Atualmente, o mercado dispõe <strong>de</strong>divers<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> software <strong>de</strong> sistemas ERP, para <strong>os</strong> diferentes tamanh<strong>os</strong> esegment<strong>os</strong> <strong>de</strong> empresas. Além do mais, <strong>de</strong>nota-se que <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> da tecnologia têmreduzido gradativamente, e por outro lado, o a<strong>um</strong>ento das necessida<strong>de</strong>s d<strong>os</strong>negóci<strong>os</strong> impulsionou o crescimento d<strong>os</strong> ERP.Na obra <strong>de</strong> Graeml (2004) apresentam-se as conclusões da sua pesquisacom relação às expectativas <strong>de</strong> uso da Internet e outras ferramentas <strong>de</strong> TI pelasempresas n<strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> três an<strong>os</strong>. Citam-se alg<strong>um</strong>as:Uso do EDI: o autor afirma que o uso <strong>de</strong>sta ferramenta tecnológica ainda ten<strong>de</strong>rá acrescer mais principalmente <strong>na</strong>s peque<strong>na</strong>s empresas. Nas médias e gran<strong>de</strong>s, estaferramenta já apresenta <strong>um</strong>a ampla utilização;Sistemas <strong>de</strong> informação <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> fornecedores d<strong>os</strong> fornecedores: nessequesito, obteve-se <strong>um</strong> importante resultado. As gran<strong>de</strong>s empresas pesquisadasPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico74apresentam atualmente <strong>um</strong> nível muito baixo <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong>sses sistemas, eapontaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avançar <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> nessas tecnologias. Quantoàs peque<strong>na</strong>s empresas, também <strong>de</strong>monstraram forte interesse <strong>na</strong> utilização <strong>de</strong>ferramentas que aju<strong>de</strong>m a controlar melhor a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supriment<strong>os</strong>;ECR (Efficient Cons<strong>um</strong>er Response): segundo o autor, esta é <strong>um</strong>a técnica cujo foco<strong>de</strong> aplicação é no gerenciamento e rep<strong>os</strong>ição <strong>de</strong> estoques no varejo <strong>de</strong> produt<strong>os</strong>para o cons<strong>um</strong>idor fi<strong>na</strong>l. Quanto ao uso, as gran<strong>de</strong>s empresas apresentaram <strong>um</strong>nível <strong>de</strong> utilização mo<strong>de</strong>rado. No que tange ao interesse futuro, todas respon<strong>de</strong>rama <strong>um</strong>a intenção elevada <strong>de</strong> utilização;CRM: apresentou <strong>um</strong> resultado <strong>de</strong> elevado nível <strong>de</strong> adoção pelas empresasmaiores. Quanto à intenção <strong>de</strong> uso, é alta, <strong>na</strong>s organizações <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> tamanh<strong>os</strong>;E ainda, <strong>de</strong> <strong>um</strong> modo geral, muitas outras tecnologias, ferramentas e práticasadministrativas receberam <strong>de</strong>staque quanto à intenção <strong>de</strong> investiment<strong>os</strong>, tais como:customização <strong>de</strong> produt<strong>os</strong>; código <strong>de</strong> barras; programas <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> e; Internetcomo suporte a cobrança; sistemas <strong>de</strong> informação <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> clientes d<strong>os</strong> seusclientes (ferramentas para gerenciar a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> distribuição); utilização da Internetcomo suporte e manutenção; workflow (gran<strong>de</strong> interesse pelas empresas <strong>de</strong> tod<strong>os</strong><strong>os</strong> portes); e-procurement; portais <strong>de</strong> compras e extranets para fornecedores.O próprio Graeml (2004, p.217) relata que as práticas que visem à maiorflexibilida<strong>de</strong> produtiva ten<strong>de</strong>m a crescer n<strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>, principalmente pelocrescente atendimento perso<strong>na</strong>lizado d<strong>os</strong> clientes, característico das vendas pelaInternet.Há especialistas que acreditam que a fase do ERP já passou e que agoraoutras ferramentas baseadas principalmente <strong>na</strong> Internet, estão domi<strong>na</strong>ndo o centrodas atenções e sendo incorporadas a<strong>os</strong> sistemas. Dentre essas ferramentas estãoB2B - Business to Business (Relacio<strong>na</strong>mento entre empresas pela Internet) B2C –Business to Cons<strong>um</strong>er (Relacio<strong>na</strong>mento entre empresas e cons<strong>um</strong>idores pelaInternet) e CRM. Porém, há certa controvérsia em relação a essas afirmações, poisesses sistemas <strong>na</strong> verda<strong>de</strong> são extensões do próprio sistema ERP. Desta forma, oque <strong>de</strong>ve haver é <strong>um</strong> interesse em <strong>estudo</strong>s para avaliar como a integração <strong>de</strong>ssasferramentas e outras tecnologias <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>, fornecem vantagemPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 2 Referencial Teórico75competitiva para a empresa. A partir daí, nov<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>negóci<strong>os</strong> po<strong>de</strong>m surgir (JACOBS; BENDOLY, 2002, p.2).Fi<strong>na</strong>lmente, compactuando para essa mesma visão, Saccol (2003, p.330)explica que a tendência direcio<strong>na</strong>-se para <strong>um</strong> tipo <strong>de</strong> ERP II ‘estendido’, cujo sistemapo<strong>de</strong> interligar-se a outr<strong>os</strong> sistemas visando à integração com <strong>os</strong> diferentesparceir<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>. Desta forma, observa-se que essa futura geração do ERPganha <strong>um</strong>a nova dimensão, ampliando para além da sua aplicabilida<strong>de</strong> inter<strong>na</strong>, eesten<strong>de</strong>ndo-se também a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> extern<strong>os</strong> da organização.No próximo capítulo, apresenta-se o <strong>de</strong>senvolvimento da metodologia que foiaplicada <strong>na</strong> realização <strong>de</strong>sse <strong>estudo</strong>.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


3 METODOLOGIA DA PESQUISAUm fator muito importante a ressaltar neste trabalho, é com relação à formacomo o pesquisador <strong>de</strong>ve atuar no processo <strong>de</strong> pesquisa científica. Para Elias(1998), <strong>de</strong>ve prevalecer a visão <strong>de</strong> alie<strong>na</strong>ção do pesquisador, ou seja, para esseautor a alie<strong>na</strong>ção ass<strong>um</strong>e <strong>um</strong>a forma p<strong>os</strong>itiva, ao contrário do que se pensa n<strong>os</strong>enso popular, on<strong>de</strong>, alie<strong>na</strong>ção é rotulada como <strong>um</strong>a forma <strong>de</strong> expressão negativaque alguém está “alheio” a sua realida<strong>de</strong>, ao seu mundo. No seu conceito, ass<strong>um</strong>ir<strong>um</strong> senso <strong>de</strong> alie<strong>na</strong>ção significa justamente isso, se <strong>de</strong>sarraigar <strong>de</strong> preceit<strong>os</strong> ecomportament<strong>os</strong> pré-concebid<strong>os</strong> pela socieda<strong>de</strong> ou grupo a que se pertence ebuscar <strong>um</strong> novo modo <strong>de</strong> pensar e <strong>de</strong> agir. Portanto, nesta pesquisa procurou-seass<strong>um</strong>ir ao máximo a visão prop<strong>os</strong>ta por Elias, <strong>de</strong> modo a não comprometer <strong>os</strong>resultad<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>is do trabalho.Iniciando-se este capítulo, são apresentadas as fases do <strong>de</strong>senvolvimento doprojeto <strong>de</strong> pesquisa que culminou <strong>na</strong> construção <strong>de</strong>ste trabalho.Primeiramente, a idéia <strong>de</strong>ste trabalho surgiu da inquietação por <strong>um</strong>a resp<strong>os</strong>taao problema da pesquisa: “Quais são <strong>os</strong> <strong>principais</strong> <strong>fatores</strong> que interferem <strong>na</strong>implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP e que limitam o uso d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> oferecid<strong>os</strong>pelo sistema?”.N<strong>um</strong> segundo momento do trabalho buscou-se verificar o “estado da arte” doque já havia sido publicado <strong>sobre</strong> o assunto. Neste ponto, <strong>de</strong>parou-se com <strong>um</strong>asérie <strong>de</strong> contradições e vári<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> com o uso do sistema, tantoresultad<strong>os</strong> p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> como frustrações <strong>na</strong> implantação, e ainda, aplicações n<strong>os</strong> maisdiferentes segment<strong>os</strong> e análises diversas. A partir <strong>de</strong>sse levantamento, buscou-seelaborar alg<strong>um</strong>as perguntas em torno do problema prop<strong>os</strong>to, tais como:− Há dificulda<strong>de</strong>s <strong>na</strong> i<strong>de</strong>ntificação e parametrização/customização d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong>negóci<strong>os</strong>?− Os usuári<strong>os</strong> fazem uso <strong>de</strong> todas as ferramentas do sistema?− O sistema apresenta <strong>um</strong>a interface amigável?− Quais são as funcio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>s (funções e características do sistema)?− Quais são <strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> do sistema?


Capítulo 3 Metodologia da Pesquisa77− O sistema se comunica com outr<strong>os</strong> sistemas/tecnologias existentes <strong>na</strong> empresa?− O sistema está alinhado com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> da organização?− Cultura/comportamento da organização, bem como a participação da alta direção,exercem influência no processo <strong>de</strong> implementação e <strong>de</strong>sempenho do ERP?P<strong>os</strong>teriormente, i<strong>de</strong>ntificaram-se <strong>os</strong> subsídi<strong>os</strong> <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> que seriamnecessári<strong>os</strong> para respon<strong>de</strong>r a essas perguntas e on<strong>de</strong> encontrá-l<strong>os</strong>. Quanto a isso,buscou-se amparo <strong>na</strong> literatura bibliográfica a<strong>de</strong>quada <strong>sobre</strong> o assunto elevantament<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>estudo</strong>s já realizad<strong>os</strong>, tais como: dissertações <strong>de</strong> mestrado, Teses<strong>de</strong> Doutorado, além <strong>de</strong> divers<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> <strong>estudo</strong>s <strong>de</strong> cas<strong>os</strong>. Além disso, foramrealizadas também pesquisas <strong>na</strong> Internet <strong>de</strong> artig<strong>os</strong> inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is que tratam doassunto e entrevistas informais primárias com usuári<strong>os</strong> que trabalham com <strong>os</strong>sistemas ERP.O próximo passo foi levantar <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> empíric<strong>os</strong>. Para isso, elaborou-se oprocedimento técnico (mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> análise) para buscar esses dad<strong>os</strong>. Conforme está<strong>de</strong>scrito no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong>cidiu-se por realizar <strong>um</strong>a pesquisa(levantamento) envolvendo as 50 maiores empresas industriais por montante <strong>de</strong>valores em vendas, atuantes em divers<strong>os</strong> segment<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> no Brasil.Fi<strong>na</strong>lmente, a partir da aplicação prática do projeto e com <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong>,no último capítulo <strong>de</strong>ste trabalho são apresentadas as análises d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> dapesquisa, as conclusões e sugestões para trabalh<strong>os</strong> futur<strong>os</strong>.3.1 Método IndutivoPara a realização <strong>de</strong>sta pesquisa utilizou-se do método indutivo, por ser ométodo que melhor se enquadra n<strong>os</strong> propósit<strong>os</strong> <strong>de</strong>ste <strong>estudo</strong>. No método indutivo,parte-se <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> particulares constatad<strong>os</strong>, faz-se <strong>um</strong>a conclusão a respeito <strong>de</strong> <strong>um</strong>averda<strong>de</strong> geral ou universal, não presente <strong>na</strong>s partes exami<strong>na</strong>das. Desta forma, oobjetivo <strong>de</strong>ste método é levar às conclusões mais amplas do que as premissas <strong>na</strong>squais se basearam (LAKATOS; MARCONI, 2001).Portanto, este método leva ao entendimento <strong>de</strong> que <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> passad<strong>os</strong>pressupõem <strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> no futuro, ou seja, se alg<strong>um</strong> caso ou fenômenoPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 3 Metodologia da Pesquisa78ocorreu no passado ou experiências realizadas, é <strong>de</strong> se esperar que mantenha certaregularida<strong>de</strong> no futuro.Então, com base n<strong>os</strong> conceit<strong>os</strong> que foram apresentad<strong>os</strong>, primeiro realizou-se<strong>um</strong> diagnóstico do caso particular <strong>de</strong>ssas empresas para encontrar aquelesaspect<strong>os</strong>/<strong>fatores</strong> organizacio<strong>na</strong>is importantes a serem consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> e quecontribuem para o a<strong>de</strong>quado funcio<strong>na</strong>mento do sistema, ou que causam dificulda<strong>de</strong>s<strong>na</strong> sua implantação, como, por exemplo: adaptação do sistema a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong>negóci<strong>os</strong> e influência d<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> h<strong>um</strong>an<strong>os</strong>. P<strong>os</strong>teriormente, procurou-se relacio<strong>na</strong>resses <strong>fatores</strong> a<strong>na</strong>lisando-se as conseqüências para a organização.3.2 Caracterização quanto à <strong>na</strong>tureza da pesquisaEsta pesquisa caracteriza-se quanto a sua <strong>na</strong>tureza como sendo <strong>um</strong>apesquisa aplicada. Segundo Silva e Menezes (2005), este tipo <strong>de</strong> pesquisa visagerar conheciment<strong>os</strong> para aplicação prática <strong>na</strong> solução <strong>de</strong> problemas específic<strong>os</strong>.3.3 Tipo da pesquisa quanto à forma <strong>de</strong> abordagem do problemaA<strong>na</strong>lisando-se a característica <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong> pesquisa, verifica-se que seenquadra no tipo <strong>de</strong> pesquisa exploratória. Conforme apresentado <strong>na</strong> obra daLakat<strong>os</strong> e Marconi (2001), pesquisas exploratórias são investigações <strong>de</strong> pesquisasempíricas cuja fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> é formular questões ou problemas, a<strong>um</strong>entar afamiliarida<strong>de</strong> do pesquisador com <strong>um</strong> ambiente, fato ou fenômeno e abrir caminh<strong>os</strong>para realização <strong>de</strong> pesquisas futuras mais precisas ou alterar e clarificar conceit<strong>os</strong>.Ainda <strong>de</strong> acordo com essas autoras, utilizam-se procediment<strong>os</strong> sistemátic<strong>os</strong> paraalcançar verificações empíricas ou análise <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>, ou ambas ao mesmo tempo.Po<strong>de</strong>m-se obter <strong>de</strong>scrições tanto quantitativas quanto qualitativas do objeto <strong>de</strong><strong>estudo</strong> e o pesquisador <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar as inter-relações entre <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong>inerentes a<strong>os</strong> fenômen<strong>os</strong>, fato ou ambiente <strong>de</strong> análise. Neste tipo <strong>de</strong> pesquisa,utiliza-se <strong>de</strong> várias técnicas como entrevistas, observação participante, análise <strong>de</strong>conteúdo entre outras.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 3 Metodologia da Pesquisa793.4 Objetivo da pesquisaConforme referenciado anteriormente, o objetivo <strong>de</strong>sta pesquisa apresentousepelo seu caráter exploratório. O projeto insere-se mais precisamente em <strong>estudo</strong>sexploratório-<strong>de</strong>scritiv<strong>os</strong> combi<strong>na</strong>d<strong>os</strong>, <strong>um</strong>a das subdivisões da pesquisa exploratória,que, segundo Lakat<strong>os</strong> e Marconi (2001, p.188), são aqueles <strong>estudo</strong>s cujo objetivo é<strong>de</strong>screver completamente <strong>um</strong> fenômeno, por exemplo, o <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> caso em quesão realizadas análises empíricas e teóricas. Além disso, “po<strong>de</strong>m ser encontradastanto <strong>de</strong>scrições quantitativas e/ou qualitativas quanto ac<strong>um</strong>ulação <strong>de</strong> informações<strong>de</strong>talhadas como as obtidas por intermédio da observação participante”.No presente projeto realizou-se a pesquisa junto às empresas queimplantaram o ERP, levantar amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong>, tanto quantitativ<strong>os</strong> (cust<strong>os</strong>, tempo,investimento, faturamento etc.) quanto qualitativ<strong>os</strong> (dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implantação,aspect<strong>os</strong> comportamentais, benefíci<strong>os</strong>, entre outr<strong>os</strong>).3.5 Técnica <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>Para Lakat<strong>os</strong> e Marconi (2001), as técnicas são conjunt<strong>os</strong> <strong>de</strong> preceit<strong>os</strong> ouprocess<strong>os</strong> <strong>de</strong> que se utiliza a ciência para obtenção <strong>de</strong> seus propósit<strong>os</strong>. Referem-semais precisamente à parte prática <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> e po<strong>de</strong>m ser: doc<strong>um</strong>entaçãoindireta (pesquisa doc<strong>um</strong>ental e bibliográfica) e doc<strong>um</strong>entação direta. Nesta últimaenquadram-se a observação, entrevista, questionário, formulário, medidas <strong>de</strong>opinião e <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s, testes, análise <strong>de</strong> conteúdo, história <strong>de</strong> vida e pesquisa <strong>de</strong>mercado.Quanto à metodologia utilizada para a coleta d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> <strong>de</strong>sta pesquisa,<strong>de</strong>finiu-se por <strong>um</strong> levantamento junto às maiores empresas industriais em operaçãono território brasileiro. Para tanto, aplicou-se como instr<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> pesquisa <strong>um</strong>questionário estruturado com 29 questões, abordando <strong>os</strong> <strong>principais</strong> <strong>fatores</strong> quepermeiam a implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP.Segundo Gil (1999), esse tipo <strong>de</strong> pesquisa é caracterizada pela interrogaçãodireta do alvo <strong>de</strong> <strong>estudo</strong> cujo comportamento se <strong>de</strong>seja conhecer. Isto é, buscam-seas informações <strong>de</strong> <strong>um</strong> grupo significativo <strong>de</strong> pessoas ou empresas acerca doproblema estudado, para em seguida, através da análise quantitativa, obter asPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 3 Metodologia da Pesquisa80conclusões <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> coletad<strong>os</strong>. O autor afirma que <strong>na</strong> maior parte d<strong>os</strong>levantament<strong>os</strong> não se pesquisam tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> integrantes <strong>de</strong> <strong>um</strong>a população estudada,e sim, se selecio<strong>na</strong> <strong>um</strong>a am<strong>os</strong>tra significativa do universo, através <strong>de</strong> procediment<strong>os</strong>estatístic<strong>os</strong>. Logo, a partir da am<strong>os</strong>tra selecio<strong>na</strong>da, são obtidas as conclusões quesão projetadas para a totalida<strong>de</strong> do universo, consi<strong>de</strong>rando-se a margem <strong>de</strong> erroobtida por cálcul<strong>os</strong> estatístic<strong>os</strong>.Visando c<strong>um</strong>prir <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> prop<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, utilizou-se para a realização <strong>de</strong>stapesquisa <strong>os</strong> seguintes instr<strong>um</strong>ent<strong>os</strong>:- Doc<strong>um</strong>entação indireta: Exploraram-se referências bibliográficas a<strong>de</strong>quadas<strong>sobre</strong> o assunto, incluindo livr<strong>os</strong>, revistas, periódic<strong>os</strong> <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is e inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is,artig<strong>os</strong> <strong>de</strong> congress<strong>os</strong>, teses e dissertações da área, cases, pesquisas em pági<strong>na</strong>sda Internet, entre outr<strong>os</strong> doc<strong>um</strong>ent<strong>os</strong> a que se teve acesso.- Doc<strong>um</strong>entação direta: O instr<strong>um</strong>ento utilizado para a coleta d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> <strong>de</strong>stapesquisa foi <strong>um</strong> questionário contendo 29 questões, o qual foi enviado através <strong>de</strong>correi<strong>os</strong> p<strong>os</strong>tais e também por arquivo eletrônico (e-mail) às empresas selecio<strong>na</strong>das.Segundo Rea e Parker (2000, p.81), “é razoável se esperar que esse procedimentoproduza <strong>um</strong> índice <strong>de</strong> resp<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> 50 a 60%”. “Este índice po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong>atisfatório para análise e o relato das constatações”.Ainda como doc<strong>um</strong>entação direta, no micro estágio realizado em <strong>um</strong>a dasempresas da pesquisa, aplicou-se <strong>um</strong>a entrevista semi-estruturada com doisfuncionári<strong>os</strong>, contendo 17 questões (Apêndice A). Salienta-se que para isso,utilizou-se <strong>de</strong> <strong>um</strong> ca<strong>na</strong>l formal para coleta d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>, <strong>de</strong> modo que as entrevistasocorreram <strong>na</strong> se<strong>de</strong> da empresa no dia 07 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2005, tendo sidogravadas e as resp<strong>os</strong>tas d<strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong> tendo sido transcritas e a<strong>na</strong>lisadas <strong>na</strong>íntegra.3.6 Universo da pesquisaA <strong>de</strong>limitação da am<strong>os</strong>tra é outro fator prepon<strong>de</strong>rante n<strong>um</strong> projeto <strong>de</strong>pesquisa, pois, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do projeto, seria inviável pesquisar <strong>um</strong>a populaçãointeira. Conforme Lu<strong>na</strong> (2002), neste caso faz-se o <strong>estudo</strong> d<strong>os</strong> fenômen<strong>os</strong><strong>de</strong>sejad<strong>os</strong> com <strong>um</strong>a am<strong>os</strong>tra da população. Ainda segundo este autor, quanto maisPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 3 Metodologia da Pesquisa81próxima estiver a am<strong>os</strong>tra <strong>de</strong>sta população n<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> estudad<strong>os</strong>, melhores serão<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>.A am<strong>os</strong>tra <strong>de</strong>sta pesquisa caracterizou-se por ser não probabilística e poracessibilida<strong>de</strong>. Para C<strong>os</strong>ta Neto (2002), há <strong>um</strong>a diferença entre população objeto epopulação am<strong>os</strong>trada. População objeto é aquela previamente <strong>de</strong>finida para realizar<strong>um</strong> trabalho estatístico. Contudo, ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong>a parte <strong>de</strong>sta população está acessível,que é a população am<strong>os</strong>trada. Complementando, o mesmo autor afirma que “emgeral, <strong>estudo</strong>s realizad<strong>os</strong> com base n<strong>os</strong> element<strong>os</strong> da população am<strong>os</strong>trada terão,<strong>na</strong> verda<strong>de</strong>, seu interesse <strong>de</strong> aplicação voltado para <strong>os</strong> element<strong>os</strong> restantes dapopulação-objeto”. A partir disso, <strong>de</strong>nota-se a importância <strong>de</strong> que as duaspopulações apresentam as mesmas características (COSTA NETO, 2002, p.42).Nessa mesma concepção, Rea e Parker (2000) explicam que a população é ouniverso para o qual o pesquisador <strong>de</strong>seja abranger as constatações do <strong>estudo</strong>.Porém, Rea e Parker (2000, p.149), esclarecem que, em <strong>um</strong>a am<strong>os</strong>tragem nãoprobabilística, “<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> da am<strong>os</strong>tra não po<strong>de</strong>m ser usad<strong>os</strong> para qualquergeneralização além da mesma, porque o grau <strong>de</strong> erro <strong>de</strong> am<strong>os</strong>tragem a elaassociado não po<strong>de</strong> ser estimado sem a hipótese <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong>”. Em outr<strong>os</strong>term<strong>os</strong>, nesse tipo <strong>de</strong> am<strong>os</strong>tragem pres<strong>um</strong>e-se que a am<strong>os</strong>tra tem certa semelhançacom a população útil, e é escolhida pela sua disponibilida<strong>de</strong>.Assim, reportando-se à explicação <strong>de</strong>sses autores, <strong>de</strong>nota-se que estapesquisa não teve <strong>um</strong> tratamento probabilístico, ou seja, <strong>de</strong> forma que <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>pu<strong>de</strong>ssem ser generalizad<strong>os</strong>. No entanto, é p<strong>os</strong>sível afirmar que <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>obtid<strong>os</strong> serviram para indicar <strong>um</strong>a tendência quanto a sua aplicação ao restante totalda população.A população am<strong>os</strong>trada para esta pesquisa constituiu-se das 50 maioresempresas industriais do Brasil em vendas, conforme a relação das “500 maiores emelhores empresas (população objeto)” publicada pela revista Exame no mês <strong>de</strong>Julho <strong>de</strong> 2005. Quanto à representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa am<strong>os</strong>tra, igualmente <strong>de</strong>limitaramsepelas maiores empresas que foram supracitadas. A escolha por essas empresasjustificou-se por alguns motiv<strong>os</strong>:PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 3 Metodologia da Pesquisa821º Porque <strong>na</strong> sua maioria, são empresas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte e <strong>de</strong> referência nomercado <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l ou inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l (as maiores empresas industriais);2º Porque são empresas i<strong>de</strong>ais para se obter <strong>um</strong> benchmarking daquilo que está sefazendo, “ou como estas estão agindo”, com relação à implantação e uso d<strong>os</strong>sistemas ERP. Além disso, visa i<strong>de</strong>ntificar as <strong>principais</strong> dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas poressas empresas quanto ao sistema, bem como quanto a<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> auferid<strong>os</strong> coma sua utilização;3º Porque se acredita que <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> através <strong>de</strong>sta pesquisa,po<strong>de</strong>rão servir <strong>de</strong> base para outras organizações, no intuito <strong>de</strong> contribuir comrecomendações e orientações a respeito da implantação <strong>de</strong> sistemas ERP;4º Abrindo-se o contato, surge a perspectiva <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outr<strong>os</strong> <strong>estudo</strong>s pelopesquisador, <strong>na</strong> mesma, ou em outras áreas, junto a essas organizações.Além disso, também como forma <strong>de</strong> validar e comparar <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>alcançad<strong>os</strong> se realizou ainda <strong>um</strong> micro estágio <strong>de</strong> 16 horas (Anexo A) em <strong>um</strong>aempresa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, <strong>na</strong> qual foram aplicadas duas entrevistas junto a<strong>os</strong><strong>principais</strong> lí<strong>de</strong>res da área <strong>de</strong> TI, além da observação direta e análise doc<strong>um</strong>ental.A<strong>de</strong>mais, <strong>na</strong> ocasião se aproveitou para usufruir <strong>de</strong> <strong>um</strong> maior conhecimento <strong>sobre</strong> ofuncio<strong>na</strong>mento do sistema ERP.No capítulo que se segue é <strong>de</strong>monstrada a quarta parte <strong>de</strong>ste trabalho, a qualapresenta <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> levantad<strong>os</strong> com a pesquisa e a análise d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong>.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


4 APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ERESULTADOS4.1 Consi<strong>de</strong>rações <strong>sobre</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>campoOs resultad<strong>os</strong> auferid<strong>os</strong> <strong>na</strong> pesquisa <strong>de</strong> campo consistem n<strong>um</strong>a das partesmais importantes <strong>de</strong> <strong>um</strong> trabalho <strong>de</strong> dissertação, pois visa i<strong>de</strong>ntificar se ocorreefetivamente <strong>na</strong> prática o que está <strong>de</strong>scrito <strong>na</strong> teoria. Nesse sentido, este capítulotem como objetivo relatar como transcorreu o processo <strong>de</strong> pesquisa junto àsempresas e <strong>de</strong>monstrar o resultado da tabulação e análise d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> que foramlevantad<strong>os</strong>.A fase inicial ocorreu com a escolha e <strong>de</strong>finição da am<strong>os</strong>tra das empresas dapesquisa. A partir daí, fez-se o primeiro contato por telefone com essas empresaspara i<strong>de</strong>ntificar as pessoas responsáveis pela respectiva área <strong>de</strong> TI/informática.P<strong>os</strong>teriormente, entre <strong>os</strong> dias 23 e 25/01/06 foi enviado <strong>um</strong> primeiro e-mail a essaspessoas/empresas, juntamente com <strong>um</strong> ofício da Universida<strong>de</strong> (Anexo B)apresentando o pesquisador, e também o questionário da pesquisa (Apêndice B).Além disso, visando formalizar o contato, esses mesm<strong>os</strong> doc<strong>um</strong>ent<strong>os</strong> foramencaminhad<strong>os</strong> via correio p<strong>os</strong>tal para as referidas empresas.Na seqüência, procurou-se manter o contato com as empresas através <strong>de</strong>nov<strong>os</strong> e-mails, até findar o prazo anunciado para o retorno das resp<strong>os</strong>tas, emprincípio, março/06. Ainda assim, esten<strong>de</strong>u-se por mais três meses o prazoestipulado, <strong>de</strong> forma a atingir <strong>um</strong> número suficiente <strong>de</strong> retorno das empresas. Nessaativida<strong>de</strong>, <strong>um</strong> aspecto importante que se <strong>de</strong>ve ressaltar é a paciência, persistência emotivação que o pesquisador <strong>de</strong>ve ter em <strong>um</strong> trabalho <strong>de</strong> pesquisa. Além daimportância da pesquisa em si própria por estar contatando com gran<strong>de</strong>sorganizações, sempre se exige <strong>um</strong>a maior habilida<strong>de</strong> e perseverança para seconseguir as informações.Fazendo-se <strong>um</strong>a avaliação geral quanto à receptivida<strong>de</strong> das empresaspesquisadas, consi<strong>de</strong>rou-se satisfatória. Alguns respon<strong>de</strong>ntes até <strong>de</strong>dicaram <strong>um</strong>esforço maior para explicar o processo <strong>de</strong> transição e mudança pelo qual a empresa


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>84estava passando no momento, com relação à troca <strong>de</strong> sistemas. Outr<strong>os</strong> solicitarammaiores informações <strong>sobre</strong> o questionário, bem como se colocaram a disp<strong>os</strong>içãopara sa<strong>na</strong>r eventuais dúvidas.Por outro lado, também houve empresas que relutaram em respon<strong>de</strong>r oquestionário porque não tinham autorização da sua matriz localizada em outro país.Outras não respon<strong>de</strong>ram alegando que havia questões estratégicas para o negócioda empresa e que não po<strong>de</strong>riam ser divulgadas, além <strong>de</strong> vári<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> motiv<strong>os</strong> queforam mencio<strong>na</strong>d<strong>os</strong>. Portanto, no total foram 10 empresas que se negaram arespon<strong>de</strong>r a pesquisa. E por fim, alg<strong>um</strong>as empresas que mesmo tentando-se através<strong>de</strong> vári<strong>os</strong> contat<strong>os</strong> por e-mail e telefonemas, não manifestaram o retorno.Como <strong>um</strong>a forma <strong>de</strong> garantir o sigilo às empresas respon<strong>de</strong>ntes à pesquisa,<strong>os</strong> nomes <strong>de</strong>stas não foram divulgad<strong>os</strong> no trabalho, sendo que, as informaçõesforam tratadas e a<strong>na</strong>lisadas <strong>de</strong> <strong>um</strong>a maneira geral para todas as empresas, semespecificar o nome <strong>de</strong> nenh<strong>um</strong>a <strong>de</strong>las.I<strong>de</strong>ntificou-se que alg<strong>um</strong>as empresas não se enquadravam ple<strong>na</strong>mente emtodas as questões abordadas <strong>na</strong> pesquisa, ou apresentavam <strong>um</strong>a situaçãodiferenciada em relação à utilização do sistema ERP, porém, buscou-se mantersempre o sigilo em não divulgar o nome da empresa. Do mesmo modo, a empresa<strong>na</strong> qual se realizou o micro-estágio e a aplicação das entrevistas, também recebeu<strong>um</strong>a análise mais <strong>de</strong>talhada.Quanto ao procedimento adotado <strong>na</strong> elaboração das questões, procurou-serelacio<strong>na</strong>r a<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> da pesquisa e no que foi pesquisado <strong>na</strong> literatura. Destaforma, as perguntas foram divididas basicamente em 5 módul<strong>os</strong>, sendo, 1 módulo <strong>de</strong>apresentação da empresa e <strong>os</strong> outr<strong>os</strong> 4 módul<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> a<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong>específic<strong>os</strong> da pesquisa.Visando oferecer <strong>um</strong>a abrangência maior em relação a<strong>os</strong> conteúd<strong>os</strong>abordad<strong>os</strong>, alg<strong>um</strong>as perguntas foram formuladas utilizando-se <strong>um</strong>a escala Likert, aqual se caracteriza por exprimir <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> alter<strong>na</strong>tivas on<strong>de</strong> o respon<strong>de</strong>nte élevado a concordar ou discordar em relação ao seu conteúdo, para isso atribuindo<strong>um</strong> valor em escala que variava <strong>de</strong> 1 a 5 pont<strong>os</strong>. Quanto maior o grau <strong>de</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>85concordância em relação ao item, maior a pontuação que ele irá atribuir, e quantomenor o grau menor é a pontuação.Com relação ao questionário, buscou-se primeiramente validar o instr<strong>um</strong>ento<strong>de</strong> pesquisa. Conforme Lakat<strong>os</strong> e Marconi (2001), para validar o instr<strong>um</strong>ento éimportante utilizar o pré-teste, ou teste prelimi<strong>na</strong>r. Segundo as autoras, consiste <strong>na</strong>aplicação do questionário a <strong>um</strong> pequeno número <strong>de</strong> participantes da pesquisa,sendo suficiente em torno <strong>de</strong> 5 a 10% do total da am<strong>os</strong>tra. Desta forma, enviou-seinicialmente a pesquisa para 3 empresas, representando 6%. Solicitou-se que <strong>os</strong>respon<strong>de</strong>ntes apontassem p<strong>os</strong>síveis dificulda<strong>de</strong>s no preenchimento, críticas, bemcomo sugestões <strong>de</strong> melhoria.Após o retorno do questionário, verificou-se que as questões foramcorretamente respondidas e não houve críticas nem sugestões por parte d<strong>os</strong>respectiv<strong>os</strong> respon<strong>de</strong>ntes. Assim, o questionário foi consi<strong>de</strong>rado apto para seraplicado às <strong>de</strong>mais empresas da pesquisa.Diante <strong>de</strong>ssa aprovação, o questionário foi enviado para as 50 empresas quecompuseram a am<strong>os</strong>tra da pesquisa. Deste total, 30 respon<strong>de</strong>ram, e somando-semais a organização on<strong>de</strong> se realizou o <strong>estudo</strong> e aplicação das entrevistas,concretizou-se 31 empresas. Destarte, consi<strong>de</strong>rando-se somente o questionário,obteve-se <strong>um</strong> índice aproximado <strong>de</strong> retorno <strong>de</strong> 60%, atingindo <strong>um</strong> número suficiente,portanto, para validar <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>. No quadro do (Apêndice C), são <strong>de</strong>monstradasas quantida<strong>de</strong>s e como estão distribuídas as empresas respon<strong>de</strong>ntes à pesquisa,n<strong>os</strong> seus divers<strong>os</strong> segment<strong>os</strong> <strong>de</strong> atuação.4.2 Apresentação e análise d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> da pesquisa4.2.1 Perfil das empresasA<strong>de</strong>ntrando-se especificamente <strong>na</strong> análise d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, o primeiro bloco <strong>de</strong>questões <strong>de</strong>ste trabalho (1 a 4), buscou i<strong>de</strong>ntificar como estava constituído o perfildas empresas.Constatou-se que a maioria das empresas pesquisadas (88%), p<strong>os</strong>sui acima<strong>de</strong> 2.000 funcionári<strong>os</strong>, apresentam <strong>um</strong> faturamento anual acima <strong>de</strong> 120 milhões <strong>de</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>86reais (94%), são empresas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte (94%) e <strong>de</strong> capital multi<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l (58%).Essas características levantadas serviram para confirmar a relevância das empresaspara o presente <strong>estudo</strong>, bem como quanto à riqueza <strong>de</strong> informações obtidas.4.2.2 – Dificulda<strong>de</strong>s do sistema em aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s do negócioO segundo módulo <strong>de</strong> questões (5 a 8), buscou-se relacio<strong>na</strong>r ao primeiroobjetivo específico da pesquisa. Inicialmente, a pergunta 5 abordou, conforme ograu <strong>de</strong> importância, as dificulda<strong>de</strong>s em relação a cust<strong>os</strong>, pessoas e adaptação d<strong>os</strong>istema ERP.GRÁFICO 1 - Dificulda<strong>de</strong>s em relação a cust<strong>os</strong>, pessoas e adaptação do sistema ERPNo que tange a dificulda<strong>de</strong> do sistema em adaptar-se a economia/legislaçãobrasileira, verificou-se que 37% das empresas consi<strong>de</strong>raram como <strong>um</strong> item <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> importância. Ressalta-se que esse foi <strong>um</strong> d<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> que mais se<strong>sobre</strong>pujaram, ou foi apontado como crucial pelas empresas <strong>na</strong> implantação d<strong>os</strong>istema. Como a maioria das empresas pesquisadas é formada por multi<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is,<strong>de</strong>sta forma, elas acabam sofrendo <strong>um</strong>a maior influência da cultura econômica dopaís, principalmente no Brasil, on<strong>de</strong> a carga tributária é elevada e as mudanças <strong>na</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>87legislação são freqüentes. Nesse sentido, a inflexibilida<strong>de</strong> do sistema ERP emcompatibilizar e se adaptar as mudanças da economia e legislação do país, limita autilização do sistema em muitas áreas da empresa, neste caso, a área fi<strong>na</strong>nceira<strong>de</strong>monstrou ser <strong>um</strong>a das mais afetadas.Igualmente, a empresa é obrigada a <strong>de</strong>senvolver nov<strong>os</strong> sistemas para cobrirnecessida<strong>de</strong>s específicas, <strong>de</strong>vido ao atual sistema ser incompatível. Além do que,outro fator agravante é que muitas empresas afirmaram utilizar sistemascorporativ<strong>os</strong>, <strong>os</strong> quais ficam centralizad<strong>os</strong> no país se<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> são <strong>de</strong>finidas asdiretrizes e operações estratégicas. Muitas vezes, isto acaba restringindo ainda maisa execução das ativida<strong>de</strong>s n<strong>os</strong> <strong>de</strong>mais países com filiais da empresa.Já com relação à qualificação técnica das pessoas, observou-se que 33%representando a maior parte das empresas, atribuíram importância media<strong>na</strong> paraeste item. Esse resultado revelou <strong>um</strong>a situação divergente da apresentada <strong>na</strong>literatura, em que a preparação das pessoas é <strong>um</strong> pré-requisito para utilizareficientemente o sistema. No entanto, 23% das empresas atribuíram entre muito emo<strong>de</strong>rada importância e 7% atribuíram gran<strong>de</strong> importância. Somando-se essespercentuais, percebe-se <strong>um</strong>a tendência revelada pelas empresas para <strong>um</strong>a maiorimportância quanto a dificulda<strong>de</strong> enfrentada nesse aspecto.Em se tratando da i<strong>de</strong>ntificação e adaptação a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>,constatou-se que as resp<strong>os</strong>tas foram unânimes entre as empresas, isto é, 57% <strong>de</strong>lasatribuíram elevada importância, além <strong>de</strong> manifestar <strong>um</strong> indicativo <strong>de</strong> que o correto<strong>de</strong>lineamento d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> são muito importantes <strong>na</strong> implementaçãodo sistema, e para a consecução d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>.I<strong>de</strong>ntificou-se que <strong>um</strong>a característica geral da maior parte das empresas, éque estas normalmente utilizam o mesmo sistema ERP que é usado <strong>na</strong> matriz. Comisso, <strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> são <strong>de</strong>finid<strong>os</strong> em nível macro da empresa erepassad<strong>os</strong> para as outras unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>. Novamente, constata-se aqui adificulda<strong>de</strong> que as empresas enfrentam em adaptar <strong>os</strong> process<strong>os</strong> às situaçõespeculiares do negócio, n<strong>os</strong> países on<strong>de</strong> estão inseridas.Referindo-se a questão da interface do sistema com outr<strong>os</strong> módul<strong>os</strong>,observou-se que este item teve <strong>um</strong> diferente grau <strong>de</strong> importância para as empresas,PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>88dividindo-as entre 23% que atribuíram entre media<strong>na</strong> e pouca importância, e 30%que consi<strong>de</strong>raram esse aspecto entre muito e mo<strong>de</strong>rada importância.A partir <strong>de</strong>sses númer<strong>os</strong>, é factível atribuir o resultado sob a percepção dasempresas quanto às dificulda<strong>de</strong>s atuais enfrentadas com o sistema ERP. Porexemplo, conforme se verificou para <strong>um</strong>a quantida<strong>de</strong> expressiva <strong>de</strong> empresas, adificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> interface com outr<strong>os</strong> módul<strong>os</strong> do sistema foi consi<strong>de</strong>rado como <strong>um</strong>fator entre média e muita importância, o que parece refletir a condição presente <strong>de</strong>uso do sistema ERP.Fi<strong>na</strong>lmente, no que concerne a<strong>os</strong> alt<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> implantação, 20% dasempresas consi<strong>de</strong>raram como <strong>um</strong> aspecto entre media<strong>na</strong> e pouca importância, 20%avaliaram entre mo<strong>de</strong>rada e muita importância e 20% atribuíram pouca importânciaa este item. A maior parcela (23%) elegeram como <strong>um</strong> fator <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância,evi<strong>de</strong>nciando assim <strong>um</strong>a maior preocupação das empresas. Logo, verifica-se queisso correspon<strong>de</strong> ao que foi apresentado pela literatura, ou seja, <strong>os</strong> elevad<strong>os</strong>investiment<strong>os</strong> são aspect<strong>os</strong> <strong>de</strong>cisiv<strong>os</strong> <strong>na</strong> implantação do sistema.A questão 6 tratou <strong>sobre</strong> as dificulda<strong>de</strong>s quanto as funcio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>s eoperacio<strong>na</strong>lização do sistema.GRÁFICO 2 - Dificulda<strong>de</strong>s em relação às funcio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>s e operacio<strong>na</strong>lização do sistema ERPPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>89No primeiro item, <strong>sobre</strong> o aspecto <strong>de</strong> tor<strong>na</strong>r o sistema amigável e <strong>de</strong> fácilacesso, consi<strong>de</strong>rou-se como <strong>de</strong> maior importância para 40% das empresas no quese refere ao grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>. Com efeito, esses são alguns pont<strong>os</strong> crític<strong>os</strong> d<strong>os</strong>istema, pois as características <strong>de</strong> funcio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> e usabilida<strong>de</strong> do sistema ERP,afetam diretamente o <strong>de</strong>sempenho d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>. Além do que, essa dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>operacio<strong>na</strong>lização do software resulta, consequentemente, em maior resistência <strong>na</strong>sua utilização.Apesar <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> oferecid<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>rn<strong>os</strong> sistemas ERP, aindaassim há obstácul<strong>os</strong> <strong>de</strong> adaptação às particularida<strong>de</strong>s das roti<strong>na</strong>s operacio<strong>na</strong>is <strong>de</strong>cada empresa, e principalmente compreen<strong>de</strong>r o funcio<strong>na</strong>mento <strong>de</strong>sses nov<strong>os</strong>sistemas.Quanto ao aspecto da burocracia no preenchimento d<strong>os</strong> requisit<strong>os</strong>, para 37%das empresas não se caracterizou como <strong>um</strong> item <strong>de</strong> muita importância.O fator relacio<strong>na</strong>do à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar outr<strong>os</strong> programas para suprir ascarências <strong>de</strong> relatóri<strong>os</strong> gerenciais, foi consi<strong>de</strong>rado como <strong>um</strong> item <strong>de</strong> importânciamo<strong>de</strong>rada para <strong>um</strong>a parcela <strong>de</strong> 37% das empresas, seguida <strong>de</strong> outra parcela (27%)que atribuíram entre media<strong>na</strong> e pouca importância. Salienta-se que esses aspect<strong>os</strong>também não foram consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> essenciais para as empresas, haja visto que todasjá utilizam outr<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> sistemas específic<strong>os</strong> para oferecer suporte n<strong>os</strong> relatóri<strong>os</strong>gerenciais. Assim, po<strong>de</strong>-se concluir a partir <strong>de</strong>sse resultado que para as empresas <strong>os</strong>istema Excel, por exemplo, é utilizado como <strong>um</strong> auxílio n<strong>os</strong> controles operacio<strong>na</strong>is,não sendo necessariamente <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> informações gerenciais.Já no que se refere ao processo <strong>de</strong> parametrização/customização, 43% dasempresas atribuíram gran<strong>de</strong> importância e 37% entre mo<strong>de</strong>rada e muita importância.Com isso, comprovou-se ser <strong>um</strong> d<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> mais proeminentes, concentrandomaior empenho d<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong>, ou seja, a<strong>de</strong>quar a empresa à roti<strong>na</strong> <strong>de</strong>funcio<strong>na</strong>mento do sistema, e a<strong>de</strong>quar o ERP para aten<strong>de</strong>r a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong>negóci<strong>os</strong> da empresa.O último fator a<strong>na</strong>lisado no gráfico 2, referiu-se ao processo <strong>de</strong> implantaçãoparcial, observando-se que <strong>um</strong>a parte das empresas (33%), consi<strong>de</strong>raram-no como<strong>um</strong> item sem muita relevância. Conquanto, 23% das empresas avaliaram essePPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>90aspecto entre mo<strong>de</strong>rada e muita importância, afirmando haver dificulda<strong>de</strong>s quantoao processo <strong>de</strong> manter o sistema antigo funcio<strong>na</strong>ndo paralelamente.A pergunta 7 investigou as dificulda<strong>de</strong>s em relação a confiabilida<strong>de</strong>,atualizações e recurs<strong>os</strong> oferecid<strong>os</strong> pelo sistema.GRÁFICO 3 - Dificulda<strong>de</strong>s em relação à confiabilida<strong>de</strong>, atualizações e recurs<strong>os</strong>oferecid<strong>os</strong> pelo sistema ERPQuanto ao fato do sistema não apresentar tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> aonegócio, parte das empresas (33%), avaliaram-no como <strong>um</strong> item <strong>de</strong> máximaimportância.Igualmente a<strong>na</strong>lisando-se em relação à confiabilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> einformações geradas, verificou-se que também foi consi<strong>de</strong>rado como <strong>um</strong> fator <strong>de</strong>elevada importância para 43% das empresas.No quesito pertinente ao tempo <strong>de</strong> resp<strong>os</strong>ta a<strong>os</strong> clientes, 30% das empresaspesquisadas consi<strong>de</strong>rou ser <strong>um</strong> fator entre mo<strong>de</strong>rada e muita importância. C<strong>um</strong>preressaltar que <strong>um</strong>a parte das empresas (23%), observou esse aspecto como sendo<strong>de</strong> superior importância. Nesse sentido, sob o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> que a economia <strong>de</strong>tempo representa ganh<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>nceir<strong>os</strong>, <strong>de</strong>nota-se que a rapi<strong>de</strong>z no atendimento a<strong>os</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>91clientes, utilizando-se o sistema, po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado <strong>um</strong> valor primordial para asempresas. Contudo, essa função do ERP ainda revela-se como <strong>um</strong> d<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong>crític<strong>os</strong> e dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pelas empresas.Referente à abordagem <strong>sobre</strong> as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atualizações do sistema(upgra<strong>de</strong>s), observou-se que este item teve <strong>um</strong> diferente grau <strong>de</strong> importância paraas empresas, sendo que estas ficaram divididas proporcio<strong>na</strong>lmente em 23% queatribuíram importância media<strong>na</strong> e 23% entre mo<strong>de</strong>rada e muita importância. Apesar<strong>de</strong> divers<strong>os</strong> autores apresentarem <strong>um</strong> parecer <strong>de</strong>sfavorável no que tange ao aspectodas atualizações do ERP, da leitura <strong>de</strong>sse resultado, po<strong>de</strong>-se verificar que nãohouve <strong>um</strong>a notável expressivida<strong>de</strong> por parte das empresas, que o consi<strong>de</strong>raramcomo <strong>um</strong> aspecto relutante.Por fim, o item que abordou <strong>sobre</strong> a adaptação das melhores práticas <strong>de</strong>negóci<strong>os</strong>, foi avaliado predomi<strong>na</strong>ntemente por 33% das empresas como <strong>de</strong>importância relevante.Completando-se a análise <strong>de</strong>ssa questão, observou-se que divers<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong>ficaram evi<strong>de</strong>ntes em relação ao grau <strong>de</strong> importância atribuído pelas empresas,<strong>de</strong>ntre eles:- Falha do sistema em não aten<strong>de</strong>r tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> do negócio: Complacente como que é apresentado pela literatura, essa ineficiência do sistema ERP é <strong>um</strong> assuntopresente em muitas discussões empresariais, principalmente pela carência <strong>de</strong>recurs<strong>os</strong> do sistema, cujo aspecto tornou-se <strong>um</strong> d<strong>os</strong> <strong>principais</strong> agravantes n<strong>os</strong>investiment<strong>os</strong>.- Confiabilida<strong>de</strong> n<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> e informações geradas: Denota-se que as empresasainda pa<strong>de</strong>cem pela falta <strong>de</strong> informações confiáveis. Mesmo que o sistema vise aintegração e fonte única <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>, ainda assim ocorrem inconsistências <strong>na</strong>sinformações, que po<strong>de</strong>m ser ocasio<strong>na</strong>das pela utilização ineficiente do sistema eintrodução incorreta d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>, a<strong>um</strong>entando-se a <strong>de</strong>scrença com <strong>os</strong> relatóri<strong>os</strong>gerencias.- Adoção das melhores práticas <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>: Apesar <strong>de</strong> este não ser <strong>um</strong> d<strong>os</strong><strong>principais</strong> benefíci<strong>os</strong> do sistema ERP, porém, <strong>de</strong>fendido por alguns autores,PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>92observou-se que as empresas ainda encontram dificulda<strong>de</strong>s pelo fato do sistemanão aten<strong>de</strong>r as expectativas quanto as melhores práticas <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>.Outra informação extraída da pesquisa i<strong>de</strong>ntificou que, por questõescomerciais, houve <strong>um</strong>a tendência por parte das empresas em migrar do seu atualsistema ERP, para outro que ofereça <strong>um</strong> maior suporte em soluções para o negócio.Alg<strong>um</strong>as empresas informaram que já estão planejando a substituição do seu atualsistema ERP, praticamente mudando o fornecedor do software. Segundoinformações <strong>de</strong> <strong>um</strong>a <strong>de</strong>ssas empresas, o principal motivo é porque o seu atualsistema “não p<strong>os</strong>sui parte do escopo suficiente para ser consi<strong>de</strong>rado como <strong>um</strong>asolução para a empresa”. Em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> cas<strong>os</strong> a<strong>na</strong>lisad<strong>os</strong>, observou-se que essamigração praticamente se efetivará para o sistema SAP, conforme apontado pelasempresas, é o software que oferece maiores soluções para o negócio.O propósito da questão 8, foi a<strong>na</strong>lisar as dificulda<strong>de</strong>s no relacio<strong>na</strong>mento d<strong>os</strong>istema ERP com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> da empresa.GRÁFICO 4 - Dificulda<strong>de</strong>s no relacio<strong>na</strong>mento do sistema ERP com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong>estratégic<strong>os</strong> da empresaPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>93A primeira alter<strong>na</strong>tiva <strong>de</strong>sta questão tratou a respeito do sistema oferecer <strong>um</strong>avisão <strong>de</strong> longo prazo <strong>de</strong> resultado n<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> e estar alinhado às estratégiascompetitivas da empresa. Constatou-se que <strong>um</strong> número expressivo <strong>de</strong> 53% dasempresas consi<strong>de</strong>rou <strong>um</strong>a absoluta importância para este item, e <strong>de</strong>monstrandotambém que esta é <strong>um</strong>a das dificulda<strong>de</strong>s proveniente d<strong>os</strong> sistemas ERP. Ou seja,assim como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m alguns autores, confirmou-se nessa questão que o sistemaERP não oferece subsídi<strong>os</strong> para aten<strong>de</strong>r <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> e <strong>de</strong> longo prazoda empresa.No aspecto seguinte, concernente ao relacio<strong>na</strong>mento sustentável com <strong>os</strong>clientes, 20% das empresas afirmaram ser <strong>um</strong> fator <strong>de</strong> pouca importância, outras20% <strong>de</strong>notaram entre media<strong>na</strong> e pouca importância, 20% atribuíram elevadaimportância e 23% consi<strong>de</strong>raram como <strong>um</strong> aspecto importância media<strong>na</strong>. Observaseque a incongruência <strong>de</strong>sse resultado po<strong>de</strong> estar baseada <strong>na</strong>s diferentesrealida<strong>de</strong>s em que se encontram atualmente as empresas, quanto às dificulda<strong>de</strong>s n<strong>os</strong>entido do sistema ERP proporcio<strong>na</strong>r ou não, vantagens sustentáveis noatendimento a<strong>os</strong> clientes.A terceira opção questionou quanto ao fato do sistema impulsio<strong>na</strong>r a empresapara competir em escala global. Observou-se que <strong>um</strong>a parcela <strong>de</strong> 40% dasempresas estabeleceu máxima importância. A<strong>na</strong>logamente, esse resultadocorrobora com a análise do primeiro aspecto, isto é, as empresas afirmaram comveemência que o sistema ERP apresenta carências em relacio<strong>na</strong>r <strong>os</strong> <strong>fatores</strong>competitiv<strong>os</strong> globais.No tópico referente a causar mudanças n<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> gerenciais, <strong>de</strong>notou-secomo <strong>um</strong> fator pouco importante para 40% das empresas. Esse aspecto <strong>de</strong>monstrouque as mudanças ocorridas em nível gerencial não causam tant<strong>os</strong> impact<strong>os</strong> quanton<strong>os</strong> níveis operacio<strong>na</strong>is. Po<strong>de</strong>-se atribuir esse resultado a própria maturida<strong>de</strong> dasempresas e a preparação com que <strong>os</strong> gerentes <strong>de</strong>stas encaram as inovaçõestecnológicas.E por último, quanto ao fato <strong>de</strong> adaptar o sistema ao crescimento do negócioe as novas tecnologias, averiguou-se como <strong>um</strong> item <strong>de</strong> importância media<strong>na</strong> para33% das empresas pesquisadas. Além disso, <strong>um</strong> segundo percentual significativo(27%) <strong>de</strong>notou como <strong>um</strong> aspecto entre mo<strong>de</strong>rada e muita importância.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>94A guisa <strong>de</strong> conclusão, verificou-se nessa ampla abordagem que as maioresdificulda<strong>de</strong>s apontadas pelas empresas, em relação ao sistema ERP aten<strong>de</strong>r <strong>os</strong>objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> da organização, consiste principalmente em:- Oferecer <strong>um</strong>a visão <strong>de</strong> longo prazo <strong>de</strong> resultado n<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong>, estar alinhado comas estratégias competitivas da empresa e impulsioná-la para competir em escalaglobal. Diante <strong>de</strong>sse resultado, compactua-se com aquilo que é apresentado <strong>na</strong>teoria, ou seja, <strong>os</strong> sistemas ERP são consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> sistemas transacio<strong>na</strong>ispropriamente para executar as ativida<strong>de</strong>s rotineiras e operacio<strong>na</strong>is da empresa,visando o incremento do <strong>de</strong>sempenho das operações. No entanto, não significadiretamente que levará a empresa para competir n<strong>um</strong>a escala global, ou seja, é <strong>um</strong>adas ferramentas que contribuirá para que isso aconteça.Desta forma, percebe-se que as empresas normalmente adquirem essessistemas com a intenção <strong>de</strong> que eles resolvam, ou atendam a todas as solicitaçõesdo negócio n<strong>os</strong> seus diferentes aspect<strong>os</strong>, inclusive apoiando o planejamentoestratégico.4.2.3 – Fases do projeto e aspect<strong>os</strong> que contribuem para alcançar <strong>os</strong>resultad<strong>os</strong> empresariaisApresentando o terceiro módulo <strong>de</strong> questões (9 a 19) referente ao segundoobjetivo específico, as perguntas foram mais direcio<strong>na</strong>das para <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> relativ<strong>os</strong>ao projeto <strong>de</strong> implantação do sistema e <strong>fatores</strong> que auxiliam no alcance d<strong>os</strong>resultad<strong>os</strong> empresariais.A começar pela questão 9, a qual referiu-se as mudanças que foramnecessárias <strong>na</strong> implantação do sistema.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>95GRÁFICO 5 - Mudanças que foram necessárias <strong>na</strong> implantação do sistemaConferiu-se que a maioria das empresas (56%), afirmaram que areengenharia d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> ocorreu ao mesmo tempo da implantação do sistema.Enquanto que, <strong>um</strong>a segunda parte pouco expressiva <strong>de</strong> empresas (17%), revelaramter efetuado primeiro a reengenharia d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> antes <strong>de</strong> implantar o sistemaERP. Uma empresa, por sua vez, relatou que houve a implantação com mudanças<strong>de</strong> process<strong>os</strong>, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passado <strong>um</strong> ano da implantação, ocorreu à revisão d<strong>os</strong>mesm<strong>os</strong>.C<strong>um</strong>pre salientar, todavia, que conforme se constatou através da opinião <strong>de</strong>divers<strong>os</strong> autores (assunto tratado no item 2.7.2 <strong>de</strong>ste trabalho), aplicar previamentea reengenharia d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> é a forma mais recomendável, e a que asseguramaiores resultad<strong>os</strong> e menores risc<strong>os</strong> à organização. Levando-se em consi<strong>de</strong>ração<strong>de</strong> que a reengenharia d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> envolve <strong>um</strong>a mudança drástica <strong>na</strong> forma <strong>de</strong>se realizar as ativida<strong>de</strong>s <strong>na</strong> empresa, há <strong>de</strong> se concordar que a alter<strong>na</strong>tiva maiseficaz é implementar essas mudanças n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> antes <strong>de</strong> colocar o sistema emfuncio<strong>na</strong>mento. Depois que o sistema já está sendo operacio<strong>na</strong>lizado, tor<strong>na</strong>-se maiscomplicado fazer alterações, haja vista que passa a envolver além <strong>de</strong> mudanças <strong>na</strong>sativida<strong>de</strong>s, mudanças também <strong>de</strong> aspecto comportamental das pessoas, a qualexerce <strong>um</strong>a influência po<strong>de</strong>r<strong>os</strong>a <strong>sobre</strong> o <strong>de</strong>sempenho do sistema.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>96A questão 10 inquiriu <strong>sobre</strong> a visão <strong>de</strong> que o sistema ERP era necessáriopara a empresa.GRÁFICO 6 - Visão quanto à necessida<strong>de</strong> do sistema ERPConforme observado no gráfico 6, quase a totalida<strong>de</strong> das empresaspesquisadas (87%), afirmaram concordar ple<strong>na</strong>mente com essa visão. Ape<strong>na</strong>s 13%concordaram parcialmente.Já <strong>na</strong> questão 11, perguntou-se em relação ao grau atual <strong>de</strong> conhecimentod<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> quanto ao sistema ERP.GRÁFICO 7 - Grau <strong>de</strong> conhecimento d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> quanto ao sistema ERPPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>97Percebe-se que ainda há, po<strong>de</strong>-se dizer assim, muitas dúvidas para <strong>os</strong>usuári<strong>os</strong> <strong>sobre</strong> o funcio<strong>na</strong>mento e objetiv<strong>os</strong> do sistema. Nesse sentido, conformevisualizado no gráfico 7, <strong>de</strong>monstrou-se que para mais da meta<strong>de</strong> das empresas(57%), <strong>de</strong>clararam que <strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> não p<strong>os</strong>suem <strong>um</strong> pleno conhecimento d<strong>os</strong>istema, enquanto que <strong>um</strong> percentual menor (43%) concordou haver <strong>um</strong> plenoconhecimento.Na questão 12, perguntou-se a respeito da visão <strong>de</strong> que o sistema ERP era<strong>um</strong>a tendência para a empresa.GRÁFICO 8 - Visão quanto à tendência do sistema ERPObservando-se o gráfico 8, i<strong>de</strong>ntificou-se que, 77% das organizações,conciliam absolutamente com essa visão e ape<strong>na</strong>s 20% das empresas respon<strong>de</strong>ramconcordar parcialmente.A<strong>na</strong>lisando-se conjuntamente essas 3 últimas questões, observou-se queapesar das empresas terem consi<strong>de</strong>rado que o sistema ERP era <strong>um</strong>a tendência, eque tinham a visão da importância e necessida<strong>de</strong> do sistema, o aspecto que mais<strong>de</strong>spertou a atenção foi com relação a<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> não terem muito conhecimento<strong>sobre</strong> o sistema. Esse fato po<strong>de</strong> estar relacio<strong>na</strong>do a divers<strong>os</strong> <strong>fatores</strong>, como porexemplo: a falta <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento por parte da empresa antes, durante e <strong>de</strong>pois daimplantação, complexida<strong>de</strong> do próprio sistema quanto a sua utilização, conforme foiPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>98abordado em questões anteriores, além da forma como foi implantado, que tambémpo<strong>de</strong> ter influenciado no <strong>de</strong>sempenho d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>.A fim <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar alguns quesit<strong>os</strong> particulares das empresas <strong>sobre</strong> quais <strong>os</strong>sistemas mais utilizad<strong>os</strong> atualmente, nesse mesmo módulo <strong>de</strong> questões levantou-seatravés da questão 13, <strong>sobre</strong> o tipo <strong>de</strong> sistema ERP que as empresas utilizam.GRÁFICO 9 - Tipo <strong>de</strong> sistema ERP utilizado pelas empresasValendo-se d<strong>os</strong> númer<strong>os</strong> apresentad<strong>os</strong>, constatou-se que a maioria dasempresas respon<strong>de</strong>ntes (74%), utiliza atualmente o software SAP. É importantesalientar que, <strong>de</strong>ntre essas empresas, 7 afirmaram usar mais <strong>de</strong> <strong>um</strong> programacomplementar, sendo estes <strong>de</strong>senvolvid<strong>os</strong> inter<strong>na</strong>mente <strong>na</strong> própria empresa ouadquirid<strong>os</strong> <strong>de</strong> outr<strong>os</strong> fornecedores <strong>de</strong> softwares. Já 13% das empresas informaramusar somente outro tipo <strong>de</strong> sistema, enquanto que as <strong>de</strong>mais, <strong>de</strong> <strong>um</strong> modo geral,utilizam Oracle e Datasul. Uma informação marcante oriunda da pesquisa,concernente a<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> sistemas utilizad<strong>os</strong> pelas empresas, constatou quealg<strong>um</strong>as ainda fazem uso d<strong>os</strong> chamad<strong>os</strong> sistemas legad<strong>os</strong>, porém, todasinformaram que gradativamente estão planejando a substituição d<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong>. Uma<strong>de</strong>las inclusive afirmou já ter iniciado esse processo, on<strong>de</strong> <strong>na</strong> ocasião ocorreramdiversas mudanças incrementais em term<strong>os</strong> <strong>de</strong> infra-estrutura <strong>de</strong> hardware.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>99Além disso, também houve empresas que consi<strong>de</strong>raram as resp<strong>os</strong>tas dapesquisa em função do seu atual projeto <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> outro sistema ERP,aten<strong>de</strong>ndo evi<strong>de</strong>ntemente as expectativas <strong>de</strong>finidas através do seu “business case”,e do plano <strong>de</strong> implementação traçado durante o planejamento estratégico prelimi<strong>na</strong>r<strong>de</strong> SI (Sistema <strong>de</strong> Informação).Na seqüência, complementando a questão anterior, a pergunta 14 procuroui<strong>de</strong>ntificar quais <strong>os</strong> módul<strong>os</strong> do sistema ERP que as empresas utilizam para oferecersuporte ao negócio.GRÁFICO 10 - Módul<strong>os</strong> do sistema ERP utilizad<strong>os</strong> pelas empresasPautando-se n<strong>os</strong> númer<strong>os</strong> apresentad<strong>os</strong>, observou-se que 5 tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> módul<strong>os</strong>do sistema ERP, são <strong>de</strong> uso com<strong>um</strong> pela maioria das empresas. Os mais utilizad<strong>os</strong>são: Contas a pagar (100%); Contas a receber (100%); Faturamento (97%);Contabilida<strong>de</strong> geral (97%) e Recebimento fiscal (93%). Adicio<strong>na</strong>lmente a esse grupoé necessário citar <strong>os</strong> módul<strong>os</strong> <strong>de</strong> vendas/previsão e principalmente cust<strong>os</strong>, o qualserá discutido adiante, amb<strong>os</strong> foram citad<strong>os</strong> respectivamente por 83 e 90% dasempresas.Ainda nessa questão, <strong>um</strong> resultado que surpreen<strong>de</strong>u foi que ape<strong>na</strong>s 53% dasempresas afirmaram utilizar o módulo <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> process<strong>os</strong> (Workflow), visto que é<strong>um</strong>a ferramenta apontada para <strong>um</strong>a gran<strong>de</strong> expansão no uso pelas empresas.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>100Apesar da importância <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> módul<strong>os</strong> e consi<strong>de</strong>rando-se o tipo <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong> ou necessida<strong>de</strong> específica <strong>de</strong> cada empresa, basicamente àquelesrelacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> à área fi<strong>na</strong>nceira são essenciais para o negócio <strong>de</strong> qualquerorganização. Assim sendo, evi<strong>de</strong>ncia-se a informação <strong>de</strong> que as empresasnormalmente preferem iniciar o processo <strong>de</strong> implantação pela área fi<strong>na</strong>nceira, o<strong>um</strong>ódul<strong>os</strong> administrativ<strong>os</strong>, isto é, primeiro garantir a eficiência das partes que são àbase <strong>de</strong> sustentação do negócio, partindo-se <strong>de</strong>pois para outras áreas.A questão 15 abordou quanto ao investimento (R$) no projeto <strong>de</strong> implantaçãodo sistema ERP.GRÁFICO 11 - Investimento total (R$) no projeto <strong>de</strong> implantação do ERPConcernente a<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> no projeto <strong>de</strong> implantação do sistema ERP,verificou-se que 67% das empresas informaram terem gast<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> valores,diferente d<strong>os</strong> apresentad<strong>os</strong> pela pesquisa. Contudo, <strong>de</strong>ntre essas empresas, 16%<strong>de</strong>las não informaram o valor investido no projeto. Quanto às <strong>de</strong>mais (51%), 3empresas informaram ter gasto entre 20 e 45 mil reais. Outras 3 empresasmencio<strong>na</strong>ram valores entre 1 e 4 milhões e o restante permaneceu n<strong>um</strong> patamarentre 10 e 20 milhões <strong>de</strong> reais. Devido a esse contraste n<strong>os</strong> valores apresentad<strong>os</strong>,convém ressaltar que, em virtu<strong>de</strong> das empresas não haverem especificado se oPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>101valor investido <strong>na</strong> implantação do sistema referia-se a somente no Brasil, e atéporque não foi solicitado o <strong>de</strong>talhamento <strong>de</strong>ssa informação, conclui-se que houvealg<strong>um</strong>a empresa que consi<strong>de</strong>rou o investimento em nível global do grupo daorganização. Por outro lado, <strong>de</strong>duz-se que para alg<strong>um</strong>as empresas esse valorrepresentou ape<strong>na</strong>s <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> <strong>de</strong> implantação <strong>na</strong> subsidiária brasileira.A partir da análise <strong>de</strong>ssa questão, verificou-se comprovadamente que aimplantação <strong>de</strong> sistemas ERP acarreta <strong>um</strong> elevado aporte <strong>de</strong> recurs<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>nceir<strong>os</strong>por parte das empresas e muitas vezes até extrapola o orçamento inicial previsto.Geralmente <strong>um</strong> projeto <strong>de</strong>sses envolve gast<strong>os</strong> que ultrapassam o valor <strong>de</strong> <strong>um</strong>milhão <strong>de</strong> reais, pois conforme dad<strong>os</strong> da pesquisa, ape<strong>na</strong>s 3 empresas citaramterem gasto men<strong>os</strong> <strong>de</strong> 100 mil reais.Na questão 16 a<strong>na</strong>lisou-se o aspecto referente ao tempo (meses) queenvolveu o processo <strong>de</strong> implantação do sistema.GRÁFICO 12 - Tempo (meses) <strong>de</strong> implantação do sistema ERPConforme se constatou, 50% das empresas revelaram ter implantado <strong>os</strong>istema n<strong>um</strong> prazo entre 13 e 24 meses. Para <strong>um</strong> número consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong>las (30%),informaram que a implantação ocorreu n<strong>um</strong> período entre 25 e 48 meses.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>102Assim, compactuando com o resultado da questão anterior, percebe-se que aimplantação do sistema ERP além <strong>de</strong> envolver <strong>um</strong> sublime investimento, tambémrequer <strong>um</strong> prazo <strong>de</strong> pelo men<strong>os</strong> acima <strong>de</strong> <strong>um</strong> ano, para a sua completa efetivação.Esse processo exige <strong>um</strong>a consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong>dicação e <strong>um</strong> rigor<strong>os</strong>o empenho dasempresas em c<strong>um</strong>prir <strong>os</strong> cronogramas estabelecid<strong>os</strong>. Salienta-se que quanto maioro tempo que a empresa levar para implementar o projeto, consequentemente po<strong>de</strong>ráextrapolar <strong>os</strong> gast<strong>os</strong> e orçament<strong>os</strong> previst<strong>os</strong>.A questão 17 procurou saber a respeito das fases do <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> implantação, ou seja, como a empresa havia conduzido o projeto <strong>de</strong> implantaçãodo sistema.GRÁFICO 13 - Estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantaçãoPara esclarecer melhor essa questão, inicialmente foram apresentadas asfases relacio<strong>na</strong>das ao projeto, para que o respon<strong>de</strong>nte pu<strong>de</strong>sse i<strong>de</strong>ntificar primeiroquais <strong>de</strong>las a empresa havia implementado. Conforme <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> apurad<strong>os</strong>, 90%das empresas <strong>de</strong>monstraram ter praticado integralmente todas as fases do projeto<strong>de</strong> implantação do sistema ERP. Somente 10% <strong>de</strong>las respon<strong>de</strong>ram que realizaramPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>103ape<strong>na</strong>s parcialmente todas as fases, as quais foram citadas: (planejamento,avaliação estratégica, avaliação econômico-fi<strong>na</strong>nceira e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>recomendações e comunicação).Com base nesses númer<strong>os</strong>, po<strong>de</strong>-se inferir que para a maiorrepresentativida<strong>de</strong> das empresas, o projeto foi conduzido com êxito, <strong>um</strong>a vez que aexecução rigor<strong>os</strong>a e eficaz <strong>de</strong> todas as fases do projeto são <strong>fatores</strong> essenciais e queculmi<strong>na</strong>m para <strong>um</strong>a implantação bem sucedida. Mesmo as empresas querespon<strong>de</strong>ram estar <strong>na</strong> fase <strong>de</strong> transição do sistema ERP, concordaramafirmativamente colocar em prática as etapas do projeto.Ainda com relação à abordagem específica do projeto, a pergunta 18investigou <strong>sobre</strong> o aspecto do envolvimento e participação das pessoas quando domomento da implantação do sistema.GRÁFICO 14 - Envolvimento e participação no projeto <strong>de</strong> implantaçãoConcernente a participação d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> chaves <strong>na</strong> equipe do projeto,observou-se que este item recebeu <strong>um</strong>a avaliação muito importante, representandoa opinião <strong>de</strong> 37% das empresas. No entorno <strong>de</strong>ssa mesma questão, investigou-seainda quanto à participação das gerências e da alta direção no projeto. Somando-sePPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>104<strong>os</strong> dois maiores percentuais, <strong>de</strong>notou-se que 80% das empresas tiveram a mesmaopinião, atribuindo <strong>um</strong>a elevada importância para este aspecto.O outro ponto abordado foi com relação a clara <strong>de</strong>finição d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> emetas esperadas. A maior expressivida<strong>de</strong> no percentual (40%) foi <strong>de</strong> empresas queconsi<strong>de</strong>raram este item como <strong>de</strong> <strong>um</strong>a importância media<strong>na</strong>. Apesar disso, <strong>um</strong>segundo número também representativo <strong>de</strong> empresas (33%) conce<strong>de</strong>ram <strong>um</strong>amáxima importância.Já o item pertinente à redução d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>, foi consi<strong>de</strong>rado semimportância para 70% das empresas. Isso esclarece, portanto, que o objetivo d<strong>os</strong>istema ERP é agregar valor ao negócio e melhorar o <strong>de</strong>sempenho das própriaspessoas, e não reduzir <strong>os</strong> p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> <strong>de</strong> trabalho. Apesar disso, verificou-se <strong>na</strong> literaturaque há especialistas que apontaram a redução <strong>de</strong> funcionári<strong>os</strong> como <strong>um</strong> benefíciotangível gerado pela implantação do sistema ERP.Por último, abordou-se a respeito da importância da conclusão do projeto noprazo esperado. Análogo a questão anterior, <strong>na</strong> soma d<strong>os</strong> dois maiores percentuaisconstatou-se que 67% das empresas, perfazendo a maioria, atribuíram entremedia<strong>na</strong> e pouca importância para esse item. De forma surpreen<strong>de</strong>nte, esseresultado contrasta com o que a literatura especializada apregoa, pois é fundamentala implantação ocorrer no tempo estipulado, <strong>um</strong>a vez que envolve o esgotamento dasequipes (parte emocio<strong>na</strong>l), <strong>os</strong> limites <strong>de</strong> gast<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>nceir<strong>os</strong>, credibilida<strong>de</strong>, confiançaentre outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong>.No geral, valendo-se d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> apresentad<strong>os</strong> e consi<strong>de</strong>rando asinformações baseadas <strong>na</strong> experiência das empresas <strong>na</strong> condução do projeto, foip<strong>os</strong>sível i<strong>de</strong>ntificar que <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> à participação d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> egerências no projeto, bem como o envolvimento da alta direção são primordiais paraobter o êxito <strong>na</strong> implantação. A<strong>de</strong>mais, outro fator saliente <strong>de</strong>stacado pelasempresas, é propagar no ambiente organizacio<strong>na</strong>l <strong>um</strong>a visão bem explícita d<strong>os</strong>objetiv<strong>os</strong> que se espera alcançar.Portanto, assegura-se que a existência <strong>de</strong> <strong>um</strong>a harmonia entre alta direção,gerentes e <strong>de</strong>mais funcionári<strong>os</strong>, é importante para que a empresa consiga maximizar<strong>os</strong> esforç<strong>os</strong> <strong>de</strong> forma a atingir <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> empresariais. Além disso, é importantePPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>105salientar que, o fator h<strong>um</strong>ano é o elemento vital <strong>de</strong>sse processo, ou seja, ofuncio<strong>na</strong>mento eficaz do sistema e o <strong>de</strong>senvolvimento da empresa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m daparticipação efetiva das pessoas.Na questão 19 a<strong>na</strong>lisaram-se <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> que favorecem para <strong>um</strong>aimplantação bem sucedida do sistema.GRÁFICO 15 - Fatores que favorecem <strong>um</strong>a implantação bem sucedidaO primeiro fator a<strong>na</strong>lisado referiu-se quanto à implantação do sistema serplanejada por módul<strong>os</strong>. Conforme <strong>de</strong>monstrado no gráfico 15, verificou-se que esteitem recebeu <strong>um</strong>a avaliação <strong>de</strong> máxima importância atribuída por 33% dasempresas. Por outro lado, com relação ao fato do sistema ser implantado totalmente,aquisição <strong>de</strong> pacotes padrões <strong>de</strong> softwares, observou-se que para 27% dasempresas, foi consi<strong>de</strong>rado como <strong>um</strong> fator <strong>de</strong> pouca importância.Denotou-se que, a maior representativida<strong>de</strong> das empresas, apontou como aforma mais apropriada para o alcance <strong>de</strong> <strong>um</strong> projeto bem sucedido, a aquisição eimplantação <strong>de</strong> módul<strong>os</strong> do sistema. Nesse ponto, divers<strong>os</strong> autores que forampesquisad<strong>os</strong> corroboram afirmando que esta é a maneira mais recomendada e a quePPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>106traz men<strong>os</strong> risc<strong>os</strong> para a empresa. Contudo, há também aqueles que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m quea aquisição <strong>de</strong> pacotes <strong>de</strong> softwares tor<strong>na</strong> a implantação men<strong>os</strong> complexa.Em se tratando do aspecto relacio<strong>na</strong>do à contratação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a consultoria paraapoiar a implantação, certificou-se que 30% das empresas pesquisadasconsi<strong>de</strong>raram como <strong>um</strong> fator entre media<strong>na</strong> e pouca importância. Por sua vez, 27%das empresas atribuíram relevância máxima a este item. Observa-se que o fato <strong>de</strong>optar ou não por <strong>um</strong>a consultoria, em muit<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> reflete o estado atual daempresa, no que concerne a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas qualificadas, limitaçõesfi<strong>na</strong>nceiras, <strong>um</strong>a cultura organizacio<strong>na</strong>l sólida para enfrentar <strong>de</strong>safi<strong>os</strong> e mudanças,além <strong>de</strong> segurança, experiência entre outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong>.O outro item a<strong>na</strong>lisado questionou o fato da empresa c<strong>um</strong>prir o orçamentototal planejado para a implantação do sistema. Em face <strong>de</strong> tal aspecto, <strong>de</strong>notou-seque parte das empresas (30%) avaliou-o como mo<strong>de</strong>radamente importante, e 23%respon<strong>de</strong>ram ser <strong>um</strong> item <strong>de</strong> média para elevada importância. Todavia, no outroextremo, <strong>um</strong>a fração <strong>de</strong> empresas (23%) refutou atribuindo pouca importância.No item que abordou quanto ao trei<strong>na</strong>mento prévio d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>, 60% dasempresas (soma d<strong>os</strong> dois maiores percentuais) facultaram indubitavelmente gran<strong>de</strong>importância, confirmando assim, que a qualificação d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> é indispensávelpara auferir melhores resultad<strong>os</strong> com o sistema.Observou-se no contexto <strong>de</strong>ssa questão, que houve importantes variações <strong>de</strong>valores atribuíd<strong>os</strong> pelas empresas para <strong>um</strong> mesmo item a<strong>na</strong>lisado. O que para <strong>um</strong>aorganização foi consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> muita importância, para outra se consi<strong>de</strong>rou <strong>de</strong>pouca importância. Nesse sentido, alguns aspect<strong>os</strong> foram marcantes, como porexemplo, o c<strong>um</strong>primento do orçamento conforme o planejado, o qual se caracterizoucomo <strong>um</strong> item <strong>de</strong> media<strong>na</strong> importância. Muito embora, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar que 40%das empresas (soma <strong>de</strong> 23% + 17%) perceberam este item como <strong>de</strong> sublimeimportância. Ressalta-se que este assunto, do mesmo modo, tem apresentadoampla discussão pela literatura, revelando que muit<strong>os</strong> projet<strong>os</strong> <strong>de</strong> ERP falham porexce<strong>de</strong>r muitas vezes o orçamento previsto pela empresa.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>1074.2.4 – Influência d<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> culturais, comportamentais e trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> <strong>na</strong>implantação do sistema.O quarto módulo <strong>de</strong> questões (20 a 23) referiu-se ao terceiro objetivoespecífico, o qual abordou <strong>sobre</strong> a influência d<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> culturais,comportamentais e trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> <strong>na</strong> implantação do sistema ERP.O primeiro item a<strong>na</strong>lisado <strong>na</strong> questão 20 foi com relação a<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong>anuais (R$) em trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> com o sistema ERP.GRÁFICO 16 - Investiment<strong>os</strong> anuais (R$) em trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> com o sistema ERPConstatou-se que <strong>um</strong>a significativa parte das empresas (23%), gasta entre201 e 500 mil reais em trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> anuais. A leitura <strong>de</strong>sses númer<strong>os</strong> <strong>de</strong>monstra oinvestimento maciço que as empresas realizam para manter o sistemaa<strong>de</strong>quadamente funcio<strong>na</strong>ndo, através <strong>de</strong> funcionári<strong>os</strong> trei<strong>na</strong>d<strong>os</strong> e qualificad<strong>os</strong>.Além disso, o mesmo percentual (23%) das empresas, respon<strong>de</strong>ram gastaroutr<strong>os</strong> valores em trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong>. Parte <strong>de</strong>stas empresas (13%), não quiseram ou nã<strong>os</strong>ouberam mencio<strong>na</strong>r <strong>os</strong> totais gast<strong>os</strong>, e as que respon<strong>de</strong>ram (10%), <strong>os</strong>investiment<strong>os</strong> anuais em trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> permaneceram n<strong>um</strong>a faixa entre 1 e 3milhões <strong>de</strong> reais.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>108A pergunta 21 investigou no que diz respeito à interação e aculturação d<strong>os</strong>funcionári<strong>os</strong> com o uso do sistema ERP.GRÁFICO 17 - Interação e aculturação d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> com o uso do sistema ERPAtravés do gráfico apresentado, observa-se que <strong>um</strong>a quantida<strong>de</strong> expressiva<strong>de</strong> empresas (73%) <strong>de</strong>clarou estar satisfeita e outras (13%) ple<strong>na</strong>mente satisfeita, noque se refere ao aspecto cultural e <strong>de</strong> interação d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> com o uso d<strong>os</strong>istema ERP. Todavia, 10% <strong>de</strong>monstraram insatisfação e 3% ple<strong>na</strong>menteinsatisfeit<strong>os</strong>, em relação a esse aspecto.Não obstante a maioria das empresas consi<strong>de</strong>rarem-se satisfeitas quanto aessa abordagem (mesmo divergindo com resultad<strong>os</strong> apresentad<strong>os</strong> em outr<strong>os</strong>pont<strong>os</strong>), <strong>de</strong>nota-se que ainda pairam no meio empresarial, muitas dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>adaptação e aculturação das pessoas ao sistema ERP. Normalmente, não é <strong>um</strong>processo fácil <strong>de</strong> fazer com que as pessoas se <strong>de</strong>sprendam <strong>de</strong> seus preceit<strong>os</strong> epassem a utilizar o sistema com toda a sua potencialida<strong>de</strong>. Para isso, é fundamentala empresa investir o máximo <strong>de</strong> esforço, no sentido <strong>de</strong> fazer as pessoascompreen<strong>de</strong>rem a importância da eficiência <strong>na</strong> utilização do sistema. Assim,novamente o fator trei<strong>na</strong>mento tor<strong>na</strong>-se <strong>de</strong> alta priorida<strong>de</strong>.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>109No âmbito <strong>de</strong>sse mesmo assunto, a pergunta 22 referiu-se ao aspecto docomportamento d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>.GRÁFICO 18 - Quanto ao comportamento d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>Nessa questão, <strong>de</strong>terminou-se que as empresas podiam optar por mais <strong>de</strong><strong>um</strong>a resp<strong>os</strong>ta, assim, agrupou-se <strong>os</strong> três aspect<strong>os</strong> que foram mais evi<strong>de</strong>nciad<strong>os</strong> porelas. O primeiro fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, apontado por 67% das empresas, referiu-se aresistência que as pessoas apresentam em relação às mudanças causadas pel<strong>os</strong>istema. Entretanto, 57% das empresas afirmaram que a cultura <strong>de</strong> utilização d<strong>os</strong>istema foi amplamente divulgada, e 47% explicaram que a introdução do sistemaforçou a quebra <strong>de</strong> paradigmas entre as pessoas. Com efeito, po<strong>de</strong>-se correlacio<strong>na</strong>resse resultado prático vivenciado pelas empresas, ao que é preconizado pordivers<strong>os</strong> autores.Observou-se que mesmo as empresas afirmarem terem divulgado o sistema,<strong>de</strong>monstrando seus benefíci<strong>os</strong> e vantagens para tod<strong>os</strong>, ainda assim ocorreram eocorrem muitas dificulda<strong>de</strong>s das pessoas em se adaptar a nova tecnologia. Vári<strong>os</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>110<strong>fatores</strong> estão relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> e constituem <strong>um</strong> oponente a<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> satisfatóri<strong>os</strong>,tais como: preocupação com o cargo, medo, comodismo (paradigmasestabelecid<strong>os</strong>), perda <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> e até boicote ao uso do sistema. Destarte,ressalta-se que a implantação do sistema ERP causa realmente mudançassubstanciais n<strong>os</strong> divers<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> da empresa, envolvendo pessoas, valores, po<strong>de</strong>re mudanças comportamentais.A questão 23 procurou diagn<strong>os</strong>ticar em relação ao trei<strong>na</strong>mento d<strong>os</strong>funcionári<strong>os</strong>, quais <strong>os</strong> pont<strong>os</strong> <strong>principais</strong> que impactam <strong>na</strong> implantação do sistema.Do mesmo modo, as empresas tinham a opção <strong>de</strong> marcar mais <strong>de</strong> <strong>um</strong>a resp<strong>os</strong>ta.GRÁFICO 19 - Quanto ao trei<strong>na</strong>mento d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>Conforme se po<strong>de</strong> visualizar no gráfico 19, <strong>os</strong> três <strong>principais</strong> aspect<strong>os</strong>relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> pelas empresas foram: 73% houve a formação <strong>de</strong> grup<strong>os</strong> <strong>na</strong>implantação do sistema; 63% afirmaram que no momento da implantação,consi<strong>de</strong>rou-se o nível <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento; e 57% respon<strong>de</strong>ram que a falta <strong>de</strong>trei<strong>na</strong>mento influencia no alcance <strong>de</strong> resultad<strong>os</strong> eficazes.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>111A<strong>na</strong>lisando esses númer<strong>os</strong> encontrad<strong>os</strong> é p<strong>os</strong>sível concordar que a maioriadas empresas agiu corretamente conforme é recomendado pel<strong>os</strong> especialistas noassunto. Isto é, para se obter <strong>um</strong>a implantação <strong>de</strong> sucesso é fundamental compor<strong>um</strong>a sólida equipe para <strong>de</strong>senvolver o projeto, aplicar e dar suporte no processo <strong>de</strong>implantação. Outr<strong>os</strong>sim, é importante avaliar a aptidão d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> e oferecer <strong>um</strong>plano eficaz <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong>.Acredita-se que o tempo e o esforço investido por <strong>um</strong>a equipe preparada,visando promover a melhor utilização do sistema <strong>na</strong> empresa, são amplamenterecompensad<strong>os</strong> por melhores resultad<strong>os</strong> prátic<strong>os</strong> que se po<strong>de</strong>rão obter, além <strong>de</strong>ajudar a elevar o <strong>de</strong>sempenho d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>.4.2.5 – Relação do sistema com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> da empresa e <strong>os</strong>uporte <strong>de</strong> outras tecnologias existentesO quinto e último bloco <strong>de</strong> perguntas da pesquisa (24 a 29), referiu-se aoquarto objetivo específico, e buscou verificar a relação do sistema com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong>estratégic<strong>os</strong> da empresa e o suporte <strong>de</strong> outras tecnologias existentes.Na questão 24 procurou-se levantar quais <strong>os</strong> outr<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> sistemas ouferramentas <strong>de</strong> TI que as empresas utilizavam além do sistema ERP.GRÁFICO 20 - Sistemas/ferramentas <strong>de</strong> TI que as empresas utilizam além do ERPPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>112Verificou-se que as quatro ferramentas <strong>de</strong> TI mais utilizadas pelas empresassão: 90% usam a tecnologia EDI, 87% Data Warehouse seguid<strong>os</strong> <strong>de</strong> 70% queutilizam BI e 67% MRP. Quanto ao sistema MRP, basicamente po<strong>de</strong>-se dizer que éporque se trata <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema essencial no planejamento e controle da produção,ou seja, o sistema MRP é o núcleo do MRPII, o qual integra <strong>os</strong> <strong>de</strong>mais subsistemasque visam o planejamento <strong>de</strong> vendas, compras, plano mestre <strong>de</strong> produção,planejamento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> entre outr<strong>os</strong>. Já o BI, é <strong>um</strong>a tecnologia que temapresentado <strong>um</strong> crescimento vertigin<strong>os</strong>o n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>, e representa <strong>um</strong>expoente das mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong>s ferramentas <strong>de</strong> gestão.Esse resultado <strong>de</strong>monstrou que praticamente todas as empresas já utilizamoutras tecnologias para dar suporte ao sistema ERP. No entanto, embora essesnúmer<strong>os</strong> estejam concentrad<strong>os</strong> <strong>na</strong> resp<strong>os</strong>ta das gran<strong>de</strong>s empresas, <strong>de</strong>nota-se <strong>de</strong><strong>um</strong> modo geral, que há <strong>um</strong>a forte tendência das empresas passarem a adotar outrastecnologias <strong>de</strong> informação para apoiar o sistema ERP, as quais são <strong>na</strong> verda<strong>de</strong> <strong>um</strong>aextensão <strong>de</strong>ste sistema.Para complementar <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> da questão anterior, a pergunta 25investigou também em relação a<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> do sistema ERP integrado, ousuportado por outr<strong>os</strong> sistemas existentes.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>113GRÁFICO 21 - Benefíci<strong>os</strong> do ERP integrado ou suportado por outr<strong>os</strong> sistemas existentesEssa foi <strong>um</strong>a das questões <strong>na</strong> qual se observou que as empresas tambémficaram bem distribuídas ao pon<strong>de</strong>rar as resp<strong>os</strong>tas. A primeira abordagem levantouse <strong>os</strong> outr<strong>os</strong> sistemas suprem a carência do sistema ERP quanto a<strong>os</strong> relatóri<strong>os</strong>gerenciais e maiores informações. Constatou-se que para 27% das empresas, esseaspecto foi consi<strong>de</strong>rado entre mo<strong>de</strong>rada e muita importância. Ao contrário, para <strong>um</strong>aparcela <strong>de</strong> 23% das empresas, esse aspecto apresentou <strong>um</strong>a menor relevância.No que tange a melhor integração d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, visandoresultad<strong>os</strong> mais eficazes, obteve-se que 70% das empresas consi<strong>de</strong>raram <strong>um</strong> valormáximo para esse fator. Denota-se, com isso, que o maior benefício esperado pelasempresas é que essas novas tecnologias p<strong>os</strong>sam, cada vez mais, extrair e filtrar asinformações geradas n<strong>os</strong> divers<strong>os</strong> sistemas e subsistemas da organização e integrálasn<strong>um</strong> núcleo único <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, oferecendo a<strong>os</strong> gestores <strong>um</strong> maior suporte <strong>de</strong>recurs<strong>os</strong> <strong>na</strong>s tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Logo, afirma-se que <strong>um</strong> d<strong>os</strong> maiores empenh<strong>os</strong>e <strong>de</strong>safi<strong>os</strong> das empresas, consistem em unir <strong>os</strong> process<strong>os</strong> e aplicações isoladas.Ao que se refere ao melhor <strong>de</strong>sempenho do sistema ERP em áreas on<strong>de</strong> <strong>os</strong>istema não está totalmente integrado, as empresas <strong>na</strong> sua gran<strong>de</strong> maioria <strong>de</strong> 60%PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>114(soma d<strong>os</strong> dois maiores percentuais) não visualizaram como <strong>um</strong> d<strong>os</strong> pont<strong>os</strong>fundamentais d<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> do sistema ERP, em outr<strong>os</strong> term<strong>os</strong>, revelou-se como<strong>um</strong> fator sem muita importância. Isto se explica, talvez, pelo fato <strong>de</strong> ter sidoabordado <strong>sobre</strong> as áreas em que o sistema não abriga a total integração, econsequentemente, as tecnologias que proporcio<strong>na</strong>m suporte ao sistema ERP,também <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do <strong>de</strong>sempenho eficiente do mesmo.O quarto aspecto a<strong>na</strong>lisado nessa questão, concernente ao melhor apoiopromovido pelo sistema ERP <strong>na</strong>s estratégias <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, obteve-se diferentesconsi<strong>de</strong>rações entre as empresas, contudo, projetando para <strong>um</strong>a elevadaimportância. Desta forma, verificou-se que 30% <strong>de</strong>las atribuíram importânciamedia<strong>na</strong>, outras 30% entre mo<strong>de</strong>rada e muita importância e 23% gran<strong>de</strong>importância. Assim sendo, enfatiza-se que a principal fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas tecnologiasé justamente oferecer sustentação <strong>na</strong>s estratégias, ou seja, po<strong>de</strong>-se dizer que <strong>os</strong>istema ERP é <strong>um</strong>a tecnologia que forma a base <strong>de</strong> sustentação do negócio,enquanto que as ferramentas <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão formam a linha <strong>de</strong> frente.Fi<strong>na</strong>lmente, procurou-se saber quanto ao melhor relacio<strong>na</strong>mento com clientese fornecedores utilizando software específic<strong>os</strong>. Conforme se observou, <strong>um</strong>percentual representativo <strong>de</strong> empresas (30%) consi<strong>de</strong>rou-o como <strong>um</strong> item entremedia<strong>na</strong> e pouca importância e 23% atribuíram importância mo<strong>de</strong>rada. Conclui-seque este também não representou <strong>um</strong> fator impactante para as empresas, aindaque, conforme se constatou em questões anteriores, a maior representativida<strong>de</strong> dasorganizações já faz uso <strong>de</strong> importantes tecnologias no relacio<strong>na</strong>mento com clientese fornecedores.Desta forma, <strong>de</strong>nota-se que mesmo a literatura apresentando <strong>um</strong>a vastacontribuição <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> <strong>na</strong> satisfação d<strong>os</strong> clientes verificou-se que, asempresas, aparentemente, atribuíram <strong>um</strong>a resp<strong>os</strong>ta contraproducente, isto é, não<strong>de</strong>monstraram nesse aspecto total satisfação quanto a<strong>os</strong> efeit<strong>os</strong> p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> d<strong>os</strong>istema.Na questão 26, abordou-se em relação a<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> n<strong>os</strong>process<strong>os</strong> <strong>de</strong> trabalho e ambiente organizacio<strong>na</strong>l com a utilização d<strong>os</strong> sistemasERP.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>115GRÁFICO 22 - Principais benefíci<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> trabalho e ambienteorganizacio<strong>na</strong>lO primeiro ponto <strong>de</strong>ssa questão investigou quanto à racio<strong>na</strong>lização eflexibilida<strong>de</strong> <strong>na</strong>s formas <strong>de</strong> trabalhar. Certificou-se que para 37% das empresas,houve <strong>um</strong>a avaliação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância no referido assunto. Diante disso, ép<strong>os</strong>sível perceber que nesse aspecto estudado, <strong>um</strong>a soberba parcela das empresas<strong>de</strong>monstrou certa satisfação com o uso do sistema ERP, visto que <strong>um</strong> d<strong>os</strong> pont<strong>os</strong>fortes do sistema fundamenta-se em tor<strong>na</strong>r mais ágil e econômica a organização dotrabalho.Outro elemento a<strong>na</strong>lisado referiu-se a influência do sistema em tor<strong>na</strong>r oambiente mais participativo e com visão global d<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong>. Concernente a essefator, averiguou-se que 37% das empresas mencio<strong>na</strong>ram <strong>um</strong>a importância regular.Já o segundo (20%), e terceiro (20%) maiores percentuais <strong>de</strong> empresasconsi<strong>de</strong>raram, respectivamente, baixa e entre pouca e mo<strong>de</strong>rada importância. Logo,<strong>de</strong>nota-se com esse resultado, que não foi o principal diferencial que as empresasavaliaram no sistema ERP.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>116No que tange a utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong> banco <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> único e apoio às <strong>de</strong>cisõesem tempo real, constatou-se <strong>um</strong>a percepção divergente por parte das empresas.Nesse sentido, obteve-se que 30% <strong>de</strong>las avaliaram como <strong>um</strong> item <strong>de</strong> ínfimaimportância e 44% (27% + 17%) concentraram-se entre muita e elevada importância.Com base nesses númer<strong>os</strong> <strong>de</strong>duz-se que, para alg<strong>um</strong>as empresas, tais aspect<strong>os</strong>são apreciad<strong>os</strong> como <strong>principais</strong> benefíci<strong>os</strong> do sistema ERP, enquanto que paraoutras, foram consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> como element<strong>os</strong> básic<strong>os</strong> do sistema.Quanto a<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> cust<strong>os</strong>, problemas operacio<strong>na</strong>is e retrabalh<strong>os</strong>,i<strong>de</strong>ntificou-se que a avaliação das empresas se projetou para <strong>um</strong>a menorimportância. Assim, 23% das empresas <strong>de</strong>notaram entre pouca e mo<strong>de</strong>radaimportância, seguid<strong>os</strong> <strong>de</strong> 23% que atribuíram importância media<strong>na</strong> e 23% baixaimportância a esse aspecto. É importante observar que, embora muitas vezes aimplantação do sistema ERP está associada e objetiva a diminuição <strong>de</strong> cust<strong>os</strong>através da otimização das operações, process<strong>os</strong> informatizad<strong>os</strong> e eficiência notransporte e logística, verificou-se que para essas organizações, o objeto <strong>de</strong> <strong>estudo</strong>,não representou <strong>um</strong> impacto tão significativo em nível operacio<strong>na</strong>l.O último item a<strong>na</strong>lisado relacionou-se a padronização e integração d<strong>os</strong>process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>. Conforme se constatou, praticamente quase a totalida<strong>de</strong>das empresas (83%), sendo (50% + 33%), atribuíram entre mo<strong>de</strong>rada e gran<strong>de</strong>importância.A guisa <strong>de</strong> conclusão, verificou-se que este último item a<strong>na</strong>lisado(padronização e integração d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>), foi eleito como o fator maiscrucial e pujante que as empresas consi<strong>de</strong>raram ao se tratar d<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> do ERP.Além disso, essa resp<strong>os</strong>ta é complacente com questões anteriores, quea<strong>na</strong>logamente apontaram a integração d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> como o item <strong>de</strong>maior relevância e maior benefício auferido com a implantação <strong>de</strong> sistemas ERP.No mesmo viés das questões que foram abordadas, a pergunta 27 procurousaber em relação a<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> oferecid<strong>os</strong> pelo sistema.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>117GRÁFICO 23 - Benefíci<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> proporcio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> pelo sistemaA<strong>na</strong>lisando o primeiro tópico referente à gestão integrada da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>supriment<strong>os</strong>, evi<strong>de</strong>nciou-se que <strong>um</strong>a parcela <strong>de</strong> empresas (30%), <strong>de</strong>stacou-o comgran<strong>de</strong> importância. Na seqüência, abrangendo o aspecto da maior eficiência ecompetitivida<strong>de</strong> para a empresa, alcançou-se que, 37% <strong>de</strong>las, pautaram essacaracterística entre media<strong>na</strong> e gran<strong>de</strong> importância e em igual percentual (37%),<strong>de</strong>notaram importância máxima a esse fator.Com base nesse resultado, confirma-se <strong>um</strong>a importante vantagemapresentada pelo sistema ERP e que foi <strong>de</strong>stacado pelas empresas, que é unirtod<strong>os</strong> <strong>os</strong> el<strong>os</strong> da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supriment<strong>os</strong>. Nesse aspecto, salienta-se para aimportância das organizações fortalecerem essa integração do relacio<strong>na</strong>mento comseus parceir<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>. A<strong>de</strong>mais, isso atesta o que é encontrado também noarcabouço teórico, ou seja, o ERP é <strong>um</strong> sistema que produz melhorias e <strong>um</strong> alto<strong>de</strong>sempenho em nível organizacio<strong>na</strong>l interno, bem como em relação ao atendimentod<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> agentes envolvid<strong>os</strong> com a organização, como por exemplo, clientes,fornecedores entre outr<strong>os</strong>.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>118No bojo <strong>de</strong>ssa análise, <strong>na</strong> seqüência, levantou-se justamente quanto ao fatodo sistema proporcio<strong>na</strong>r resultad<strong>os</strong> satisfatóri<strong>os</strong> <strong>na</strong> relação com clientes efornecedores. Percebeu-se que <strong>um</strong>a relevante parcela <strong>de</strong> empresas significando37%, indicou entre media<strong>na</strong> e pouca importância para esse aspecto. Fazendo-se <strong>um</strong>comparativo com o primeiro item a<strong>na</strong>lisado nessa questão, observou-se certadivergência <strong>na</strong> resp<strong>os</strong>ta das empresas. Isto é, apesar <strong>de</strong> atribuírem <strong>um</strong>a gran<strong>de</strong>importância ao benefício estratégico da gestão integrada da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supriment<strong>os</strong>,<strong>na</strong> prática, não se <strong>de</strong>monstrou como <strong>um</strong> resultado tão satisfatório, porquanto ape<strong>na</strong>s30% das organizações consi<strong>de</strong>raram entre média e elevada importância.Outro fator, tratado nessa questão, foi pertinente ao sistema ERPproporcio<strong>na</strong>r <strong>um</strong>a visão voltada para as melhores práticas <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>. Umaconsi<strong>de</strong>rável quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empresas (37%) corroborou para expressar gran<strong>de</strong>importância nesse sentido. Assim, apesar <strong>de</strong> que cada empresa comporta <strong>um</strong>mo<strong>de</strong>lo próprio <strong>de</strong> gestão, além das características específicas do seu negócio,constatou-se que para <strong>um</strong>a parcela significativa <strong>de</strong>stas, foi avaliado como muitoimportante as práticas <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> embutidas n<strong>os</strong> sistemas ERP.No último aspecto, questionou-se <strong>sobre</strong> o fato do sistema ter influenciadopara melhorar a imagem da empresa no mercado. A resp<strong>os</strong>ta foi unânime por parte<strong>de</strong> 50% das empresas, consi<strong>de</strong>rando pouca relevância para esse fato.A penúltima questão da pesquisa procurou levantar informações a respeitoda utilização do sistema ERP no gerenciamento da fábrica.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>119GRÁFICO 24 - Utilização do ERP no gerenciamento da fábricaDas empresas respon<strong>de</strong>ntes à pesquisa, quanto a essa questão, 13%afirmaram que não utilizam o sistema ERP para o gerenciamento da fábrica.Enquanto que, para as que respon<strong>de</strong>ram, perguntou-se se com a utilização d<strong>os</strong>istema ERP houve melhorias n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> produtiv<strong>os</strong> e a<strong>um</strong>ento daprodutivida<strong>de</strong>. Verificando-se as resp<strong>os</strong>tas, obteve-se que parte das empresas(27%), consi<strong>de</strong>rou que sim, e estabeleceu <strong>um</strong>a gran<strong>de</strong> importância a esse aspecto.Em se tratando da integração do sistema com <strong>os</strong> plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> outras áreas daempresa, <strong>de</strong>ntre elas, MKT, RH e Fi<strong>na</strong>nças, <strong>de</strong>notou-se, relacio<strong>na</strong>do a essaquestão, que foi <strong>um</strong> d<strong>os</strong> itens que recebeu a maior importância por 46% dasempresas. Entretanto, no que tange ao aspecto da melhoria da comunicação entre<strong>os</strong> setores produtiv<strong>os</strong>, 31% das empresas classificou-o como <strong>de</strong> pouca importância.Este último quesito equipara-se com outras resp<strong>os</strong>tas obtidas em perguntasanteriores, ou seja, <strong>na</strong> concepção das empresas, o sistema ERP não foi consi<strong>de</strong>radocomo <strong>um</strong>a ferramenta que tornou o ambiente mais participativo e comunicativo.Quanto à redução d<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> produção, <strong>um</strong> d<strong>os</strong> <strong>principais</strong> benefíci<strong>os</strong>auferid<strong>os</strong> com o uso do sistema ERP <strong>na</strong> fábrica, conforme apontado pela literatura,PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>120notou-se que não houve <strong>um</strong>a avaliação muito p<strong>os</strong>itiva por parte das empresas, emrazão <strong>de</strong> que 31% revelaram como <strong>um</strong> fator <strong>de</strong> menor importância. No escopo <strong>de</strong>sseassunto, verificou-se que assim como <strong>na</strong> área administrativa (process<strong>os</strong> <strong>de</strong> trabalhoe ambiente operacio<strong>na</strong>l), também <strong>na</strong> área produtiva, a utilização do sistema ERPnão se apresentou como <strong>um</strong> instr<strong>um</strong>ento robusto <strong>na</strong> redução d<strong>os</strong> cust<strong>os</strong>, embora oreferido módulo tenha sido apontado como <strong>de</strong> significante utilização pelas empresas.O último aspecto abordado foi concernente a utilização do sistema ERP paraauxiliar o planejamento e controle <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong> forma a alocar eficazmente <strong>os</strong>recurs<strong>os</strong> produtiv<strong>os</strong>. Assim, conforme se observou <strong>um</strong> percentual <strong>de</strong> 38% dasempresas julgou-o como <strong>um</strong> fator <strong>de</strong> extraordinária importância.Evi<strong>de</strong>nciou-se em âmbito geral, que <strong>os</strong> pont<strong>os</strong> fortes <strong>de</strong>ssa questão e queforam apontad<strong>os</strong> pelas empresas, relacionou-se:- As melhorias proporcio<strong>na</strong>das n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> produtiv<strong>os</strong>;- Ao fator <strong>de</strong> integração do sistema com outras áreas da organização; e- No auxílio ao planejamento e melhor controle da produção, otimizando <strong>de</strong> formaeficaz a alocação d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> produtiv<strong>os</strong>.Com efeito, estes são alguns <strong>fatores</strong> vitais que justificam o investimento n<strong>os</strong>sistemas ERP para sua utilização <strong>na</strong> fábrica. Deste modo, acentua-se ap<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integrar o planejamento <strong>de</strong>finido <strong>na</strong> área <strong>de</strong> vendas, por exemplo,com <strong>os</strong> plan<strong>os</strong> operacio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> fabricação, além <strong>de</strong> permitir a padronização dasoperações e process<strong>os</strong> produtiv<strong>os</strong>, a<strong>um</strong>ento da produtivida<strong>de</strong> e o controle <strong>sobre</strong> o<strong>de</strong>sempenho fabril como <strong>um</strong> todo.Fi<strong>na</strong>lizando, <strong>de</strong>ntre <strong>os</strong> divers<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> levantad<strong>os</strong> pela pesquisaenvolvendo <strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> proporcio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> sistemas ERP, a questão 29investigou <strong>sobre</strong> o atendimento a<strong>os</strong> clientes. Ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong>a das empresas nãorespon<strong>de</strong>u a esta pergunta, e as <strong>de</strong>mais marcaram a opção que melhor se aplicavaa sua situação.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>121GRÁFICO 25 - Utilização do ERP no atendimento a<strong>os</strong> clientesConforme verificado <strong>na</strong>s resp<strong>os</strong>tas, somando-se <strong>os</strong> dois maiores percentuaisdas empresas, obteve-se que 88% afirmaram ter havido alg<strong>um</strong> ou gran<strong>de</strong>sresultad<strong>os</strong> satisfatóri<strong>os</strong>. Um menor percentual <strong>de</strong> empresas (12%) respon<strong>de</strong>ram que,houve, <strong>de</strong> certa forma, resultad<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong> no que tange ao atendimento d<strong>os</strong>clientes.Em face <strong>de</strong>sse resultado, novamente <strong>de</strong>notou-se discordância com resp<strong>os</strong>tasauferidas por outras questões, as quais trouxeram abordagens específicas dautilização do sistema ERP, e as empresas <strong>de</strong>monstraram que não houve muit<strong>os</strong>benefíci<strong>os</strong> no relacio<strong>na</strong>mento com clientes e fornecedores. Apesar disso, a<strong>na</strong>lisandoesta última questão, po<strong>de</strong>-se averiguar que o resultado foi muito p<strong>os</strong>itivo para asorganizações <strong>na</strong> relação direta ao atendimento d<strong>os</strong> clientes. Desta forma, po<strong>de</strong>-sedizer que o sistema ERP é <strong>um</strong>a importante ferramenta tecnológica <strong>de</strong> gestão e queproporcio<strong>na</strong>, através do aperfeiçoamento das formas <strong>de</strong> trabalhar, <strong>um</strong> maior<strong>de</strong>senvolvimento da organização, gerando, com efeito, maior satisfação d<strong>os</strong> clientes.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>1224.3 Análise d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> da Empresa AlfaObjetivando-se comparar e fortalecer as informações levantadas com apesquisa, <strong>na</strong> seqüência a<strong>na</strong>lisaram-se <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> da empresa on<strong>de</strong> se realizou omicro-estágio. Dois funcionári<strong>os</strong> da empresa foram entrevistad<strong>os</strong>, amb<strong>os</strong> sãoa<strong>na</strong>listas <strong>de</strong> sistemas, e para facilitar a i<strong>de</strong>ntificação, <strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> foram<strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>d<strong>os</strong> <strong>de</strong> entrevistad<strong>os</strong> (A) 2 e (B) 3 .A primeira abordagem i<strong>de</strong>ntificou que amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> respon<strong>de</strong>ntes já haviamparticipado <strong>de</strong> <strong>um</strong> projeto <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> sistemas ERP, dando maiorconsistência, portanto, às resp<strong>os</strong>tas das questões.Com relação a<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> totais <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>d<strong>os</strong> a implantação do sistema,<strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong> apontaram <strong>na</strong> faixa <strong>de</strong> dois a três milhões <strong>de</strong> reais, comprovand<strong>os</strong>eassim o elevado investimento que também foi revelado pelas outras empresas dapesquisa.Quanto ao tempo <strong>de</strong> implantação do sistema <strong>na</strong> empresa em questão, oentrevistado (A) respon<strong>de</strong>u entre 6 a 8 meses. Já o (B), se baseando também <strong>na</strong>sua experiência <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> sistemas ERP em outras empresas, afirmou que“essas experiências variavam <strong>um</strong> pouco, <strong>de</strong>pendia da complexida<strong>de</strong> da empresa etambém <strong>de</strong>pendia do que ela pretendia implantar, podia ser <strong>um</strong> sistema maisabrangente ou men<strong>os</strong> abrangente, às vezes a própria empresa p<strong>os</strong>suía <strong>um</strong>a soluçãointer<strong>na</strong> que ela g<strong>os</strong>taria que f<strong>os</strong>se mantida e ela adquiria alguns outr<strong>os</strong> módul<strong>os</strong>para complementar essa solução. Mas, generalizando a implantação <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistemaERP eu diria que men<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> ano é difícil”.Questionou-se em relação ao envolvimento e a participação efetiva d<strong>os</strong>funcionári<strong>os</strong> chaves, gerências e da alta direção <strong>na</strong> elaboração do projeto <strong>de</strong>implantação do sistema ERP, bem como se houve trei<strong>na</strong>mento. Amb<strong>os</strong> <strong>os</strong>respon<strong>de</strong>ntes afirmaram que sim, informando que <strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> chaves daempresa receberam <strong>os</strong> trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> e, através <strong>de</strong>les, foramrepassad<strong>os</strong> <strong>os</strong> trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> para <strong>os</strong> <strong>de</strong>mais funcionári<strong>os</strong> chaves <strong>de</strong> cada área. Da2As informações foram coletadas por meio <strong>de</strong> entrevista concedida pelo entrevistado (A) ao pesquisador, em 07 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<strong>de</strong> 2005.3I<strong>de</strong>m em relação ao entrevistado (B).PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>123mesma forma, houve o envolvimento da gerência e da diretoria no momento em quefoi solicitado, “teve <strong>um</strong>a participação e <strong>um</strong> envolvimento <strong>de</strong> todo o grupo daempresa”, afirmou (A).Complementando, (B) esclareceu ainda que é fundamental ocomprometimento da alta gerência, consi<strong>de</strong>rando que este é o ponto chave para <strong>os</strong>ucesso, do contrário o projeto está fadado a falhar. Segundo informou, <strong>um</strong> projeto<strong>de</strong>sse nível muda consi<strong>de</strong>ravelmente a questão <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>na</strong> empresa, pois lida comvárias mudanças e, se <strong>os</strong> envolvid<strong>os</strong> não tiverem o aval d<strong>os</strong> superiores e da altagerência, com certeza tor<strong>na</strong>-se difícil o pleno <strong>de</strong>senvolvimento do projeto.A pergunta seguinte abordou alguns aspect<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> ao projeto, no queconcerne a<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> e metas que a empresa esperava alcançar, se o mesmo foiconsi<strong>de</strong>rado <strong>um</strong> sucesso e concluído <strong>de</strong>ntro do prazo estipulado, e se houveredução do número <strong>de</strong> funcionári<strong>os</strong>.Conforme respon<strong>de</strong>u (A), “as metas da empresa foram atingidas, estas erama integração total do sistema”. Não ocorreu a redução do número <strong>de</strong> funcionári<strong>os</strong>,pois como relataram, não é esta a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> ERP. Um sistema ERP visagarantir a integrida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> do sistema, não a diminuição d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>. Àsvezes até tem <strong>um</strong> acréscimo do número <strong>de</strong> funcionári<strong>os</strong>, pois passaram a existirfunções que antes eles não exerciam, e com a utilização do sistema agora exige quesejam exercidas (A).Outro fator importante apresentado por (B) é que, com o uso do sistema ERP,“melhora muito a qualida<strong>de</strong> das informações a<strong>um</strong>entando-se também o controle, eaquilo que as pessoas faziam <strong>de</strong> forma muito mais rotineira, é substituído agora por<strong>um</strong> sistema que passa a fazer esse tipo <strong>de</strong> validação através da diminuição darepetição d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>, ou seja, é <strong>um</strong>a base única on<strong>de</strong> as informações sãocentralizadas. O que diminui são as ativida<strong>de</strong>s operacio<strong>na</strong>is repetitivas”.Tratando-se das mudanças que foram necessárias para a implantação d<strong>os</strong>istema, evi<strong>de</strong>nciou-se em <strong>um</strong>a das entrevistas que as <strong>principais</strong> mudançasocorreram em nível <strong>de</strong> usuário, <strong>fatores</strong> culturais que influenciaram <strong>na</strong> forma como aspessoas trabalhavam. Conforme se relatou, anteriormente as pessoas trabalhavamem setores distint<strong>os</strong>, preocupando-se somente com a informação do seu setor,PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>124assim, “se as informações f<strong>os</strong>sem pra frente, no outro setor eles se viravam”,comentou o entrevistado (A). Essa foi a maior dificulda<strong>de</strong>, pois a empresa teve quemudar a forma <strong>de</strong> pensar d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>, ou seja, repassar <strong>um</strong>a visão <strong>de</strong> o que eleestá fazendo no sistema vai para todas as outras áreas envolvidas ao mesmotempo.Buscou-se saber da visão da empresa quanto à necessida<strong>de</strong> do sistemaERP. Para amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong>, a empresa i<strong>de</strong>ntificou que o sistema era <strong>um</strong>atendência e que era necessário, principalmente em função da rapi<strong>de</strong>z gerada pelasinformações. Denota-se que antes <strong>os</strong> process<strong>os</strong> não estavam totalmente integrad<strong>os</strong>,logo, i<strong>de</strong>ntificava-se a ocorrência <strong>de</strong> <strong>um</strong>a operação n<strong>um</strong>a área e <strong>na</strong> outra ainda não,<strong>de</strong>vido a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> não serem simultâne<strong>os</strong>. Isso apresentava <strong>um</strong>a enormedificulda<strong>de</strong> para a empresa. Outro relato também colaborou para explicar que emnível operacio<strong>na</strong>l as pessoas não sabiam muito bem o que estava acontecendo,questio<strong>na</strong>vam que antes era mais “simples <strong>de</strong> se fazer às coisas” e, no entanto, nãoconseguiam ter <strong>um</strong>a visão do todo.Ainda relatou-se que “isso se <strong>de</strong>ve muitas vezes à falta <strong>de</strong> maior trei<strong>na</strong>mento.Ocorre também que as pessoas chaves, infelizmente, às vezes não conseguem ounão repassam o seu conhecimento a<strong>os</strong> <strong>de</strong>mais, explicando <strong>os</strong> procediment<strong>os</strong>, oucomo se <strong>de</strong>vem realizar as ativida<strong>de</strong>s, então isso acaba gerando certa relutância emmudar” (B).Nesse sentido, constatou-se que o conhecimento em nível <strong>de</strong> usuári<strong>os</strong>concentra-se em torno <strong>de</strong> 60 a 70%. “Apesar disso, ainda há muitas dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>absorção <strong>de</strong> conhecimento pel<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>”, relataram.Quando perguntado a<strong>os</strong> dois entrevistad<strong>os</strong> <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> <strong>fatores</strong> que favorecem aimplantação bem sucedida d<strong>os</strong> sistemas ERP, obtiveram-se como resp<strong>os</strong>tas:Entrevistado (A):- Envolvimento e participação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a gerência e diretores até <strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>operacio<strong>na</strong>is; Integração <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> para o que está acontecendo;- Levantamento das necessida<strong>de</strong>s em todas as áreas no momento da implantação,para não ficar para trás nenh<strong>um</strong>a informação;PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>125- É necessário fazer <strong>um</strong>a customização em cada área, caso o sistema não atenda a<strong>um</strong>a solicitação ou ativida<strong>de</strong> específica. Assim, busca-se evitar reclamações como,por exemplo, “o que nós fazíam<strong>os</strong> agora o sistema não aten<strong>de</strong>”.Entrevistado (B):- Comprometimento da alta gerência, <strong>um</strong>a boa educação e trei<strong>na</strong>mento;- Ênfase no fluxo <strong>de</strong> procediment<strong>os</strong>, re-avaliando como as ativida<strong>de</strong>s eram feitas,como as pessoas faziam, como é que vão fazer e estudar isso;- Deve-se criar <strong>um</strong>a estrutura <strong>de</strong> células <strong>de</strong> forma que as pessoas p<strong>os</strong>sam, <strong>de</strong> certaforma, tomar <strong>de</strong>cisões e criar <strong>um</strong>a estrutura cliente/fornecedor;- Delegar maiores responsabilida<strong>de</strong>s e promover <strong>um</strong> acompanhamento eficaz daimplementação;- Consi<strong>de</strong>rar a estrutura <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> que serão importad<strong>os</strong> para <strong>de</strong>ntro do sistema, ouseja, aproveitar somente aquilo que será importante para o negócio da empresa.Questionou-se também <strong>sobre</strong> as <strong>principais</strong> dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pelaempresa em relação à implantação do sistema ERP. Os entrevistad<strong>os</strong> foramunânimes em afirmar que essas dificulda<strong>de</strong>s consistiam principalmente no aspecto<strong>de</strong> romper paradigmas e aceitar as mudanças trazidas pelo sistema. A implantaçãodo sistema ERP exigiu <strong>de</strong> <strong>um</strong>a hora para outra que as pessoas tivessem <strong>os</strong> dad<strong>os</strong>para alimentar o sistema, e isso impactou radicalmente <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> trabalhar, hajavista o fato que <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> não são criad<strong>os</strong> do <strong>na</strong>da, mas construíd<strong>os</strong> ao longo dotempo.Outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> crític<strong>os</strong> apontad<strong>os</strong> foram com relação à absorção etransmissão <strong>de</strong> conhecimento pel<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> chaves. Além disso, consi<strong>de</strong>raram asmudanças relacio<strong>na</strong>das à parametrização/customização <strong>um</strong> processo trabalh<strong>os</strong>o <strong>de</strong>se implementar, <strong>um</strong>a vez que <strong>um</strong> pacote padrão <strong>de</strong> sistema ERP não aten<strong>de</strong> ànecessida<strong>de</strong> específica da empresa.No bojo <strong>de</strong>ssa questão, <strong>um</strong> aspecto importante que foi relatado <strong>na</strong> entrevistareferia-se à incorporação <strong>de</strong> conheciment<strong>os</strong> e nov<strong>os</strong> relatóri<strong>os</strong> <strong>na</strong> empresa, trazidapor profissio<strong>na</strong>is advind<strong>os</strong> <strong>de</strong> outras organizações. Conforme relatou o entrevistado(A), normalmente estes profissio<strong>na</strong>is traziam consigo alg<strong>um</strong> tipo <strong>de</strong> relatório que jáPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>126utilizavam <strong>na</strong> empresa anterior on<strong>de</strong> trabalhavam e acabavam implantando também<strong>na</strong> atual organização. Esse fator, porém, representava muitas vezes <strong>um</strong>a dificulda<strong>de</strong><strong>na</strong> manutenção do sistema ERP, porque acabava gerando <strong>um</strong>a série <strong>de</strong> nov<strong>os</strong>relatóri<strong>os</strong>, burocratizando e dificultando as <strong>de</strong>cisões.Quanto a<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> do sistema ERP integrado ou suportado por outr<strong>os</strong>sistemas da empresa, relatou-se principalmente <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> e as informaçõesdisponibilizadas em tempo real. A integração p<strong>os</strong>sibilitou que <strong>um</strong> dado gerado, porexemplo, no recebimento, já estivesse disponível no contas a pagar, no movimento<strong>de</strong> estoque e outras áreas envolvidas. Desta forma, tod<strong>os</strong> estavam enxergando ofato acontecendo ao mesmo tempo. Isso permitia que <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> f<strong>os</strong>sem ca<strong>na</strong>lizad<strong>os</strong>do sistema ERP para <strong>os</strong> outr<strong>os</strong> sistemas existentes, subsidiando-<strong>os</strong> cominformações para as tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões gerenciais.Através da observação das ativida<strong>de</strong>s práticas, verificou-se também que aempresa utiliza mais <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema complementar. Em nível operacio<strong>na</strong>l, <strong>um</strong> tipoespecífico <strong>de</strong> MRP é usado para a gestão da produção e planejamento <strong>de</strong> compras.Ele não contempla operações fiscais, no entanto, há a troca <strong>de</strong> informações com <strong>os</strong>istema gerencial da empresa, o qual repassa as informações para <strong>um</strong> outro sistemainterligado à Receita Fe<strong>de</strong>ral, cujo objetivo é controlar as importações e exportaçõesgeradas. Ressalta-se que esse mesmo sistema, utilizado em nível <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>fábrica, também é usado <strong>na</strong> matriz da empresa que está localizada em outro país.Complementando, embora o ERP atenda as necessida<strong>de</strong>s da fábrica,<strong>de</strong>notaram-se alg<strong>um</strong>as <strong>de</strong>ficiências <strong>na</strong> parte operacio<strong>na</strong>l, tendo-se, por exemplo,que utilizar outr<strong>os</strong> sistemas específic<strong>os</strong> para gerar gráfic<strong>os</strong> e relatóri<strong>os</strong> gerenciais.Já em nível administrativo, é utilizado <strong>um</strong> outro sistema complementar para ogerenciamento fi<strong>na</strong>nceiro e fiscal, contemplando <strong>os</strong> módul<strong>os</strong> <strong>de</strong> contas a pagar,contas a receber e manutenção industrial. Amb<strong>os</strong> trocam informações entre si, masé no sistema administrativo, que através do BI, a empresa filtra as informações paraas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.No que se refere ao plano anual <strong>de</strong> vendas, constatou-se que o mesmo érealizado diretamente <strong>na</strong> matriz da organização, e as metas são repassadas à filialbrasileira. Assim, todas as informações <strong>de</strong> interface, relacio<strong>na</strong>das a pedido <strong>de</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>127compras, cadastro <strong>de</strong> itens e estrutura <strong>de</strong> componentes, são feitas por meio d<strong>os</strong>istema usado no planejamento da produção.Assim como a própria empresa, muit<strong>os</strong> d<strong>os</strong> clientes <strong>de</strong>la já trabalham com atecnologia do EDI, o que facilita muito a recepção d<strong>os</strong> pedid<strong>os</strong>. Em nível <strong>de</strong> fábrica,p<strong>os</strong>teriormente, <strong>os</strong> pedid<strong>os</strong> são programad<strong>os</strong> utilizando-se o sistema MRP, o qual éusado para calcular as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> compras <strong>de</strong> materiais. Segundoinformações prestadas, no futuro a empresa espera que tudo seja feito via EDI.Com relação ao projeto <strong>de</strong> implantação, procurou-se avaliar como ocorreramas mudanças n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>. De acordo com as informaçõeslevantadas através do entrevistado (A), a empresa realizou as mudanças à medidaque a implantação estava ocorrendo, customizando o sistema ERP para <strong>os</strong>process<strong>os</strong> que a empresa trabalhava e vice-versa. Ainda assim, o objetivo principalfoi fazer com que a área se a<strong>de</strong>quasse ao sistema e não o contrário.Desta forma, visto que o sistema ERP é <strong>um</strong> pacote <strong>de</strong> software praticamentefechado, o sistema só aceita customizações <strong>de</strong> relatóri<strong>os</strong> e consultas. Conformerelatou o funcionário da área <strong>de</strong> sistemas (A), “ficou complicado você ter <strong>um</strong>a roti<strong>na</strong>,por exemplo, <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> bor<strong>de</strong>rô e querer criar <strong>um</strong>a outra forma própria. Nestecaso, há procediment<strong>os</strong> que <strong>de</strong>vem ser feit<strong>os</strong> da maneira que o sistema estabelece”.Por outro lado, (B) afirmou que foram reavaliadas todas as operações e, apartir daí, estabeleceram-se então as mudanças necessárias. A implantação d<strong>os</strong>istema não implica n<strong>um</strong>a mudança radical <strong>de</strong> tudo, afirmou ele. Havia operaçõesque já funcio<strong>na</strong>vam bem, ou que não havia necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudar, no entanto, opróprio sistema ERP força a reavaliar e talvez alterar <strong>os</strong> procediment<strong>os</strong>. Nessesentido, é muito importante se a<strong>na</strong>lisar <strong>os</strong> procediment<strong>os</strong> disponíveis no sistema,comparando-<strong>os</strong> com <strong>os</strong> já praticad<strong>os</strong> pela empresa e adotando-se a melhor solução.No que concerne a<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> com a implantação do sistema,obteve-se as seguintes resp<strong>os</strong>tas:Entrevistado (A):- Racio<strong>na</strong>lização, padronização, flexibilida<strong>de</strong> e agilida<strong>de</strong> das operações e <strong>na</strong>s formas<strong>de</strong> trabalhar;PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>128- A gestão integrada da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supriment<strong>os</strong> e a utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong> banco <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>único;- Eliminou divers<strong>os</strong> sistemas menores, integrando-<strong>os</strong> n<strong>um</strong> mesmo banco <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> emelhorou assim a comunicação;- O sistema ajudou em muito n<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, porque <strong>os</strong> clientes e fornecedorespassaram a receber as informações em tempo mais rápido. Com isso, tambémmelhorou a imagem da empresa no mercado com a utilização do sistema ERP.- Especificamente quanto a<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> da utilização do sistema no ambiente fabril,citou-se a maior disponibilida<strong>de</strong> e rapi<strong>de</strong>z <strong>na</strong>s informações, elimi<strong>na</strong>ndo praticamenteo uso <strong>de</strong> planilhas;- Utilização do sistema EDI <strong>na</strong> transferência <strong>de</strong> pedid<strong>os</strong>, o que proporcionou <strong>um</strong>avantagem substancial para <strong>os</strong> clientes.Entrevistado (B):- Centralização das informações e a unicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>las. Isto permite <strong>um</strong>a maiorintegração e propicia <strong>um</strong>a melhor tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;- Melhor avaliação d<strong>os</strong> cust<strong>os</strong>;- Melhor avaliação da logística <strong>de</strong> entrega suportada também pelo sistema MRP;- P<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento perso<strong>na</strong>lizado, proporcio<strong>na</strong>do pela flexibilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong>istema;- Permite classificar e avaliar melhor <strong>os</strong> clientes, além <strong>de</strong> melhorar a relação comestes;Em relação a<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> da empresa, amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong>concordaram que o sistema ERP é <strong>um</strong>a ferramenta que permite a organizaçãoatingir com maior segurança <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> já traçad<strong>os</strong>.Um d<strong>os</strong> <strong>principais</strong> <strong>fatores</strong> a<strong>na</strong>lisad<strong>os</strong> nesse <strong>estudo</strong> <strong>na</strong> empresa foi comrelação à interação e aculturação d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> com o uso do sistema ERP. Ficouevi<strong>de</strong>nciado que esse aspecto ainda representa <strong>um</strong> enorme <strong>de</strong>safio enfrentado pelaempresa. Na opinião <strong>de</strong> (A), as pessoas sentem dificulda<strong>de</strong> em enten<strong>de</strong>r as roti<strong>na</strong>s<strong>de</strong> integração do sistema. Tecnicamente, explica-se pela ocorrência daquelasPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>129situações on<strong>de</strong> as pessoas tentam realizar alg<strong>um</strong>a operação que o sistema nãopermite por falta <strong>de</strong> alg<strong>um</strong> dado ou cadastro. A realização <strong>de</strong> alg<strong>um</strong>a ativida<strong>de</strong>exige, <strong>na</strong> maioria das vezes, que <strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> “liberem” parte do sistema para queoutr<strong>os</strong> efetivem a operação. “Então, essa ainda é <strong>um</strong>a dificulda<strong>de</strong> que tem d<strong>os</strong>usuári<strong>os</strong>, que eles ainda pensam que estão trabalhando com ilhas, e não n<strong>um</strong>continente”, concluiu.Para (B), é normal que toda fase <strong>de</strong> implantação apresente <strong>um</strong>a empolgação<strong>de</strong> início. Porém, <strong>de</strong>pois quando efetivamente as pessoas começam a trabalhar n<strong>os</strong>istema é que vão se <strong>de</strong>parar com as dificulda<strong>de</strong>s e então começam a rejeitá-lo. Naprática, a implantação do sistema ERP cria <strong>um</strong>a expectativa para as pessoas <strong>de</strong> queo sistema irá resolver tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> problemas, e isso acaba gerando <strong>um</strong>a <strong>de</strong>silusãoporque o sistema não resolve tudo, não existe solução mágica.Todavia, após alg<strong>um</strong> tempo <strong>de</strong> utilização, as pessoas percebem que <strong>os</strong>istema é útil e que fornece a elas informações que precisam no seu dia-a-dia, comisso, começam a a<strong>de</strong>rir e utilizar mais o programa, ou seja, se <strong>de</strong>param com arealida<strong>de</strong> e começam então a ver <strong>os</strong> reais benefíci<strong>os</strong> do sistema.Concluindo-se, a partir do <strong>estudo</strong> realizado nessa empresa, foi p<strong>os</strong>sívelconfrontar muit<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> e levantar outras informações importantes que não haviamsido i<strong>de</strong>ntificadas através da pesquisa. Nesse sentido, observou-se, por exemplo,que diferentemente das <strong>de</strong>mais empresas da pesquisa, para esta organização ofator “avaliação <strong>de</strong> cust<strong>os</strong>” foi consi<strong>de</strong>rado <strong>um</strong> fator diferencial concernente a<strong>os</strong>benefíci<strong>os</strong> do sistema ERP. Da mesma forma, a empresa <strong>de</strong>stacou a melhoravaliação, classificação e relacio<strong>na</strong>mento com <strong>os</strong> clientes como <strong>um</strong> d<strong>os</strong> ganh<strong>os</strong>auferid<strong>os</strong> com o sistema, além do que, o ERP contribuiu, <strong>sobre</strong>tudo, para melhorar acomunicação e a imagem da empresa no mercado e atingir <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong>estratégic<strong>os</strong>.Assim como foi constatado <strong>na</strong>s <strong>de</strong>mais empresas da pesquisa, nesta,também se <strong>de</strong>notou a elevada importância atribuída à utilização <strong>de</strong> outrastecnologias, como o uso do EDI, BI e MRP. Atrelado a isso, constataram-se <strong>os</strong>ganh<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> em term<strong>os</strong> <strong>de</strong> agilida<strong>de</strong> e flexibilida<strong>de</strong> do trabalho, principalmente <strong>na</strong>área produtiva, além <strong>de</strong> maior controle e qualida<strong>de</strong> das informações.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 4 Apresentação e Interpretação d<strong>os</strong> Dad<strong>os</strong> e Resultad<strong>os</strong>130Fi<strong>na</strong>lmente, <strong>de</strong>ntre <strong>os</strong> vári<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> apontad<strong>os</strong> pela organização, <strong>os</strong> quaiscontribuem ou dificultam o sucesso <strong>na</strong> implantação d<strong>os</strong> sistemas ERP, tais como:elevado investimento, participação d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> chaves, reengenharia <strong>de</strong> process<strong>os</strong>,customização, entre outr<strong>os</strong>, o mais <strong>de</strong>safiador indicado pela empresa foi orelacio<strong>na</strong>mento com as pessoas. Assim, salvo as dificulda<strong>de</strong>s técnicas existentes,percebe-se que, <strong>na</strong> trajetória <strong>de</strong> implantação, o fator h<strong>um</strong>ano é o maior responsávelpelo alcance <strong>de</strong> resultad<strong>os</strong> bem sucedid<strong>os</strong>.Na seqüência, tem-se o último capítulo <strong>de</strong>ste trabalho, on<strong>de</strong> sãoapresentadas as conclusões e sugestões para <strong>estudo</strong>s futur<strong>os</strong>.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕESFundamentando-se no arcabouço teórico utilizado e relacio<strong>na</strong>ndo-se a<strong>os</strong>objetiv<strong>os</strong> específic<strong>os</strong> que foram prop<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, <strong>na</strong> conclusão <strong>de</strong>ste trabalho,estruturaram-se <strong>os</strong> comentári<strong>os</strong> em torno d<strong>os</strong> <strong>principais</strong> resultad<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> e daquiloque mais se <strong>sobre</strong>ssaiu <strong>na</strong> pesquisa, no tocante a<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> proeminentes <strong>na</strong>implantação <strong>de</strong> sistemas ERP.5.1 Contexto geral <strong>sobre</strong> a implantação <strong>de</strong> sistemas ERPPassaram-se praticamente <strong>de</strong>z an<strong>os</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as primeiras implantações <strong>de</strong>sistemas ERP no Brasil e o assunto ainda é, <strong>na</strong> atualida<strong>de</strong>, <strong>um</strong> tema <strong>de</strong> extremarelevância <strong>na</strong>s discussões empresariais e acadêmicas. Isso <strong>de</strong>monstra a eminentepreocupação que as empresas ainda apresentam quando adquirem <strong>um</strong> nov<strong>os</strong>istema, ou migram <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema para outro. Nesse aspecto, faz-se necessária<strong>um</strong>a análise mais apurada em relação às conseqüências que isso traz para aempresa. É notório que muit<strong>os</strong> projet<strong>os</strong> <strong>de</strong> sistema ERP falham porque não sãoeficazmente conduzid<strong>os</strong>. Alg<strong>um</strong>as empresas contratam consultorias para apoiar aimplantação do sistema, enquanto outras adotam práticas próprias e não consi<strong>de</strong>ramtod<strong>os</strong> <strong>os</strong> risc<strong>os</strong> e variáveis envolvidas nesse processo.Apesar d<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> e vantagens apresentadas com a utilização do sistema,administrar <strong>um</strong> projeto <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> sistema ERP é <strong>um</strong>a tarefa difícil,arriscada, <strong>de</strong>manda longo tempo e <strong>de</strong>spen<strong>de</strong> normalmente elevadas somasfi<strong>na</strong>nceiras. Deve-se ressaltar que <strong>os</strong> valores <strong>de</strong> investiment<strong>os</strong> em <strong>um</strong> sistema ERP,vão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r evi<strong>de</strong>ntemente da escolha do software, do tamanho da empresa, tipo<strong>de</strong> negócio e complexida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> process<strong>os</strong>. Além disso, exige da empresa <strong>um</strong>enorme compromisso para garantir o pleno funcio<strong>na</strong>mento do sistema, absorvendotod<strong>os</strong> <strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> prometid<strong>os</strong> e proporcio<strong>na</strong>ndo resultad<strong>os</strong> eficazes.5.2 Fatores técnic<strong>os</strong>: projeto/ estrutura e funcio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>sInicialmente, buscou-se através <strong>de</strong>sse tópico oferecer <strong>um</strong>a resp<strong>os</strong>ta a<strong>os</strong> doisprimeir<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> específic<strong>os</strong> abordad<strong>os</strong> pela pesquisa, <strong>os</strong> quais estão


Capítulo 5 Conclusões e Recomendações132relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> às dificulda<strong>de</strong>s do sistema em aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s do negócio,fases do projeto e aspect<strong>os</strong> que contribuem para o alcance d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>empresariais.Muito embora o fator custo exerça <strong>um</strong>a influência significativa <strong>na</strong>s <strong>de</strong>cisões<strong>de</strong> implantação, verificou-se que outras características relacio<strong>na</strong>das como, porexemplo, a qualificação técnica d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> e particularida<strong>de</strong>s <strong>na</strong> adaptação d<strong>os</strong>istema, foram <strong>fatores</strong> apontad<strong>os</strong> <strong>de</strong>ntre <strong>os</strong> cruciais pelas empresas.Concernente a esse aspecto, <strong>de</strong>staca-se que <strong>um</strong> fator similar que foiobservado em todas as empresas, se refere às modificações necessárias no sistemapara torná-lo útil à necessida<strong>de</strong> do negócio. De fato, <strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong>parametrização e customização são <strong>fatores</strong> crític<strong>os</strong> <strong>na</strong> a<strong>de</strong>quação do sistema para oalcance da eficiência operacio<strong>na</strong>l. Isso po<strong>de</strong> ocorrer, porque dificilmente a empresaconseguirá implantar <strong>um</strong> ERP, que atenda <strong>na</strong> sua plenitu<strong>de</strong>, todas as necessida<strong>de</strong>se recurs<strong>os</strong> úteis ao negócio. Por outro lado, conforme foi constatado n<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>da pesquisa, a inflexibilida<strong>de</strong> atribuída à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> operacio<strong>na</strong>lizar o sistema efalta <strong>de</strong> entendimento/conhecimento d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>, também impe<strong>de</strong> que as pessoasutilizem o sistema ERP com toda a sua potencialida<strong>de</strong> e recurs<strong>os</strong> disponíveis.Ainda sob o ponto <strong>de</strong> vista funcio<strong>na</strong>l, observou-se que o sistema apresenta<strong>de</strong>ficiência em oferecer maior confiabilida<strong>de</strong> <strong>na</strong>s informações e resp<strong>os</strong>tas maisrápida a<strong>os</strong> clientes. Com efeito, outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> têm conseqüência para esse fato, acomeçar pelo correto entendimento da tecnologia. Tarefas que antes não tinhammuita importância passam agora ser <strong>de</strong> roti<strong>na</strong>, exigindo a maior compreensão d<strong>os</strong>usuári<strong>os</strong> para o fato <strong>de</strong> que as suas ativida<strong>de</strong>s estão integradas com outras áreas e,<strong>um</strong>a vez que se mudam <strong>os</strong> procediment<strong>os</strong>, afetam por conseqüência o seu própriotrabalho.Evi<strong>de</strong>nciou-se que, a maioria das empresas, iniciou a implantação do sistemaseguindo-se as fases <strong>de</strong> planejamento, avaliação estratégica, econômico-fi<strong>na</strong>nceiraentre outras. Esse fato po<strong>de</strong> representar maiores probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sucesso doprojeto, e p<strong>os</strong>sibilita manter ou elevar o nível <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>, melhorando-setambém a confiabilida<strong>de</strong> <strong>na</strong>s informações geradas.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 5 Conclusões e Recomendações133Observou-se que a fase do projeto é crucial <strong>na</strong> implantação <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistemaERP, pois é nesta fase que é <strong>de</strong>cidido pela escolha do software apropriado àempresa, bem como a estratégia adotada <strong>na</strong> implantação. Optar pela implantaçãopor módul<strong>os</strong> e iniciar com pequen<strong>os</strong> projet<strong>os</strong>, é <strong>um</strong>a alter<strong>na</strong>tiva viável e consi<strong>de</strong>radasegura, pois se avaliam <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> à medida que estes vão ocorrendo, po<strong>de</strong>nd<strong>os</strong>erever as estratégias e <strong>os</strong> r<strong>um</strong><strong>os</strong> do projeto.Não obstante a gran<strong>de</strong> maioria das empresas ter optado pela reengenhariad<strong>os</strong> process<strong>os</strong> concomitante ao ato da implantação do sistema, ressalta-se que <strong>um</strong>d<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> importantes para se obter <strong>um</strong> processo <strong>de</strong> implantação bem sucedido, éconsi<strong>de</strong>rar o estágio <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> tecnológica em que se encontra a organização.Nesse sentido, é essencial consi<strong>de</strong>rar e avaliar as conseqüências que as mudançastrarão, ou seja, a<strong>na</strong>lisar o momento da ruptura, o momento <strong>de</strong> se mudar <strong>os</strong>process<strong>os</strong>.Associado a essa questão, <strong>de</strong>nota-se que <strong>um</strong>a prévia avaliação através dareengenharia d<strong>os</strong> process<strong>os</strong>, permite à empresa consolidar o que já estáfuncio<strong>na</strong>ndo a<strong>de</strong>quadamente e repensar <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> process<strong>os</strong>, em outr<strong>os</strong> term<strong>os</strong>, énecessário primeiramente profissio<strong>na</strong>lizar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão adotado e discutir oconceito <strong>de</strong> sistemas, para <strong>de</strong>pois ocorrer à implantação. Em s<strong>um</strong>a, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>gestão da empresa é que irá mo<strong>de</strong>lar o sistema.Admite-se que muitas vezes não é o sistema atual o problema, ou que o nov<strong>os</strong>istema irá resolver. Muit<strong>os</strong> d<strong>os</strong> problemas ocorrem mais em nível organizacio<strong>na</strong>l,relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> mesmo a<strong>os</strong> procediment<strong>os</strong> a serem adotad<strong>os</strong>. Nesse sentido, aimplantação <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema ERP proporcio<strong>na</strong> soluções para alguns problemas, masnão é o sistema ERP que irá tomar a <strong>de</strong>cisão pel<strong>os</strong> gerentes. O que ocorre é que <strong>os</strong>istema leva a questio<strong>na</strong>r tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> procediment<strong>os</strong> adotad<strong>os</strong>, e nisso consiste a suaimportância, pois implica em apresentar soluções para subsidiar o processo<strong>de</strong>cisório.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 5 Conclusões e Recomendações1345.3 Fatores h<strong>um</strong>an<strong>os</strong>: comportamento/ cultura/ participação e trei<strong>na</strong>mentoO <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste tópico visou relacio<strong>na</strong>r e aten<strong>de</strong>r ao terceiro objetivoespecífico apresentado <strong>na</strong> pesquisa, o qual consistiu em verificar se <strong>os</strong> <strong>fatores</strong>culturais, comportamentais e trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> interferem <strong>na</strong> implantação do sistema.Confirmou-se que <strong>um</strong> d<strong>os</strong> maiores obstácul<strong>os</strong> que as empresas enfrentamcom o sistema ERP, concerne em vencer as barreiras culturais e comportamentaisd<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>. Para tanto, a organização precisa <strong>de</strong>senvolver <strong>um</strong> extensotrabalho <strong>de</strong> conscientização enfatizando <strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> e aspect<strong>os</strong> p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> norelacio<strong>na</strong>mento com o sistema.Na literatura encontra-se <strong>um</strong>a relevante contribuição no trabalho <strong>de</strong> Calisir eCalisir (2004), que corrobora a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maiores <strong>estudo</strong>s e pesquisas <strong>na</strong> áreacomportamental, abordando a influência das pessoas n<strong>um</strong> processo <strong>de</strong> implantação<strong>de</strong> sistemas ERP.Normalmente as pessoas não têm pleno conhecimento d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong>negóci<strong>os</strong> da empresa. Nesse aspecto, é fundamental a organização avaliar em quenível se encontra o entendimento d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> quanto a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> essenciais querealmente fazem parte do negócio. Associado a essa questão, comprovou-se que afalta <strong>de</strong> conhecimento d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> <strong>na</strong> utilização do sistema é, <strong>de</strong> <strong>um</strong> modo geral,<strong>um</strong>a das <strong>principais</strong> dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas atualmente pelas empresas,essencialmente porque o sistema ERP é consi<strong>de</strong>rado como <strong>um</strong>a tendência emnovas tecnologias e necessário àquelas empresas que almejam melhorar o<strong>de</strong>sempenho organizacio<strong>na</strong>l e elevar o nível <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>.Diante disso, evi<strong>de</strong>nciou-se que <strong>um</strong> meio eficiente pelo qual a empresa elevao nível <strong>de</strong> conhecimento d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> e diminui as resistências quanto a<strong>os</strong>istema, é capacitando-<strong>os</strong> através <strong>de</strong> <strong>um</strong> plano amplo <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento. Salienta-se aimportância <strong>de</strong>ste plano prever <strong>os</strong> trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> que <strong>de</strong>vem ocorrer antes, durante eapós o processo <strong>de</strong> implantação. Po<strong>de</strong>-se dizer que, geralmente a maior parcela d<strong>os</strong>problemas rotineir<strong>os</strong> que ocorrem <strong>na</strong>s empresas, tem relação com a utilizaçãoi<strong>na</strong><strong>de</strong>quada do sistema, além <strong>de</strong> outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> co-relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> como, por exemplo,<strong>de</strong>ficiências <strong>na</strong> comunicação e transmissão d<strong>os</strong> conheciment<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>chaves, a falta <strong>de</strong>stes n<strong>os</strong> moment<strong>os</strong> em que ocorrem as dificulda<strong>de</strong>s, subestimar oPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 5 Conclusões e Recomendações135sistema, impor a utilização, <strong>de</strong>ntre outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong>. Além disso, é importante ressaltarque <strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> adquirem maior autonomia com o uso do sistema, por outrolado, <strong>os</strong> supervisores também passam a exercer maior controle <strong>sobre</strong> <strong>os</strong>funcionári<strong>os</strong>.No que tange a outr<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> abordad<strong>os</strong> <strong>na</strong> pesquisa e que tambémconcorrem para se alcançar <strong>um</strong>a implantação bem sucedida, ressaltou-se aparticipação e o engajamento da alta direção e das gerências da empresa noprojeto. Assim, tor<strong>na</strong>-se fundamental o aval da direção, pois, quanto maior for oenvolvimento e contribuição d<strong>os</strong> chefes no projeto, apoiando para estabelecer <strong>um</strong>aimagem p<strong>os</strong>itiva do sistema, maiores são as probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ocorrer <strong>um</strong>aimplantação <strong>de</strong> sucesso. Porém, afirma-se que não somente é importante aparticipação das pessoas relacio<strong>na</strong>das a<strong>os</strong> carg<strong>os</strong> <strong>de</strong> gerência, como também <strong>os</strong>própri<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> lí<strong>de</strong>res, chamad<strong>os</strong> <strong>de</strong> usuári<strong>os</strong> chaves <strong>de</strong> suas respectivas áreas.Nesse ponto, a empresa busca prover a formação <strong>de</strong> equipes a partir <strong>de</strong>sses lí<strong>de</strong>res,<strong>de</strong> forma que as equipes se encarreguem <strong>de</strong> administrar o projeto, acompanhar asfases <strong>de</strong> implantação e continuar apoiando <strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> <strong>na</strong>s suas dificulda<strong>de</strong>sdurante a utilização do sistema. Logo, <strong>de</strong>staca-se a importância da participaçãointensiva d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> <strong>na</strong>s mudanças ocorridas no sistema.5.4 Fatores estratégic<strong>os</strong>/ benefíci<strong>os</strong> do sistema ERP e novas tecnologiasAs consi<strong>de</strong>rações em torno <strong>de</strong>ste último tópico focaram o quarto objetivoespecífico da pesquisa, cuja abordagem foi verificar <strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> do ERP e <strong>os</strong>uporte <strong>de</strong> outras tecnologias existentes.Assim, <strong>um</strong> outro aspecto bastante discutido <strong>na</strong> literatura e que se confirmouatravés das informações extraídas da pesquisa, refere-se à carência do sistemaERP em proporcio<strong>na</strong>r resultad<strong>os</strong> <strong>de</strong> longo prazo, atrelad<strong>os</strong> principalmente a<strong>os</strong>objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> da empresa. Isto se <strong>de</strong>ve ao fato <strong>de</strong> que o sistema visaaten<strong>de</strong>r basicamente as roti<strong>na</strong>s operacio<strong>na</strong>is da empresa. Para que esta p<strong>os</strong>sabuscar esse alinhamento em nível estratégico, aconselha-se primeiramente avaliar amaturida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> process<strong>os</strong>, buscando-se compactuar as estratégias <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>com a tecnologia da informação. Assim, estabelecendo-se essa visão ao projetar oPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 5 Conclusões e Recomendações136sistema, a empresa estará mo<strong>de</strong>lando-o para oferecer resultad<strong>os</strong> que estejam emconsonância com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> e globais.No âmbito d<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong>, atestaram-se tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> como ERP, cujo sistema tem proporcio<strong>na</strong>do, em nível operacio<strong>na</strong>l, padronização, melhorintegração d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, racio<strong>na</strong>lização, flexibilida<strong>de</strong> <strong>na</strong>s operações emaior eficiência <strong>na</strong> fábrica, através da alocação a<strong>de</strong>quada d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong>. Já em nívelestratégico, <strong>os</strong> <strong>principais</strong> resultad<strong>os</strong> observad<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>ram-se às melhorias noatendimento a<strong>os</strong> clientes e ao a<strong>um</strong>ento da competitivida<strong>de</strong>.Fi<strong>na</strong>lmente, pô<strong>de</strong>-se verificar também que novas ferramentas tecnológicas,tais como: CRM e BI representam <strong>um</strong>a tendência em TI e estão sendo cada vezmais utilizadas pelas empresas. Atualmente, a maior concentração <strong>de</strong> uso d<strong>os</strong>sistemas ERP está voltada para a área fi<strong>na</strong>nceira, cujo apoio <strong>de</strong>ssas sofisticadastecnologias que estão surgindo, passa a receber <strong>um</strong> suporte maior principalmentequanto ao processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.5.5 Recomendações e sugestões para trabalh<strong>os</strong> futur<strong>os</strong>O resultado do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho foi diagn<strong>os</strong>ticar <strong>os</strong> <strong>principais</strong><strong>fatores</strong> que influenciam diretamente <strong>na</strong> utilização e <strong>de</strong>sempenho d<strong>os</strong> sistemas ERP,aspect<strong>os</strong> que impe<strong>de</strong>m, muitas vezes, a empresa <strong>de</strong> auferir todo o potencialoferecido pelo sistema. Espera-se que as informações que resultaram da pesquisa,p<strong>os</strong>sam ser úteis e auxiliar as empresas (clientes ou fornecedores d<strong>os</strong> programasERP) n<strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> projet<strong>os</strong> <strong>de</strong> implantação, ou para aquelas que vierem a implantar<strong>um</strong> sistema novo pela primeira vez.Como sugestão <strong>de</strong> <strong>estudo</strong>s futur<strong>os</strong>, aponta-se para <strong>um</strong> aprofundamento empesquisas <strong>sobre</strong> as ferramentas <strong>de</strong> TI baseadas <strong>na</strong> Internet, exemplificando, o WebEDI e Business to Business, <strong>os</strong> quais têm apresentado <strong>um</strong> crescimento exponencial<strong>de</strong> utilização pelas empresas. Ainda, sugerem-se trabalh<strong>os</strong> acerca das novastecnologias <strong>de</strong> informação ou ferramentas tecnológicas, e que são consi<strong>de</strong>radasatualmente como <strong>um</strong>a extensão do sistema ERP, ou nov<strong>os</strong> conceit<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>propriamente dit<strong>os</strong>. Essas tecnologias, com <strong>de</strong>staque para o CRM, Workflow, EDI,SCM e especialmente o BI, estão se consolidando cada vez mais no ambientePPGEP – Gestão Industrial (2006)


Capítulo 5 Conclusões e Recomendações137empresarial, e juntas fazem parte <strong>de</strong> <strong>um</strong>a nova e crescente abordagem, <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>daEAI- Enterprise Application Integration (Integração <strong>de</strong> aplicações da empresa). Emtese, elas representam <strong>um</strong> avanço <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> gestão das empresas efundamentalmente buscam aproximar e melhorar o relacio<strong>na</strong>mento com <strong>os</strong> clientes.Assim, faz-se notória a importância <strong>de</strong> <strong>estudo</strong>s e pesquisas acerca <strong>de</strong>ssas novasferramentas, avaliando-se <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> causad<strong>os</strong> n<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong>, principalmente comrelação a<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> <strong>de</strong> alinhamento estratégico.Além disso, acredita-se que a principal preocupação que po<strong>de</strong> conduzir aspróximas pesquisas acerca da implantação <strong>de</strong> sistemas ERP, está relacio<strong>na</strong>da a<strong>um</strong>a maior atenção quanto a<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> do sistema.No viés <strong>de</strong>ssa questão, <strong>de</strong>nota-se, portanto, que esses <strong>estudo</strong>s <strong>de</strong>vamenfocar a participação e a influência d<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> grup<strong>os</strong> <strong>de</strong> pessoas envolvidas n<strong>um</strong>processo <strong>de</strong> implantação, isto é, consi<strong>de</strong>rar o papel d<strong>os</strong> <strong>de</strong>mais participantesenvolvid<strong>os</strong> n<strong>um</strong> projeto <strong>de</strong> sistema ERP.Fi<strong>na</strong>lizando-se, <strong>de</strong>vido ao constante crescimento do mercado <strong>de</strong> sistemasERP entre as peque<strong>na</strong>s e médias empresas, propõem-se ainda nov<strong>os</strong> <strong>estudo</strong>svoltad<strong>os</strong> para a<strong>na</strong>lisar <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> e as mudanças causadas nessas empresas, n<strong>os</strong>seguintes aspect<strong>os</strong>: Benefíci<strong>os</strong> do sistema (intern<strong>os</strong> e extern<strong>os</strong>); adaptação a<strong>os</strong>process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>; influência do fator h<strong>um</strong>ano (cultural e comportamental);qualificação e trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong>; utilização <strong>de</strong> tecnologias adicio<strong>na</strong>is; cust<strong>os</strong> <strong>de</strong>implantação; alinhamento estratégico do sistema ERP, entre outr<strong>os</strong>.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


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Apêndices143APÊNDICE A – Roteiro da entrevistaN°.PERGUNTAS1 Já participou <strong>de</strong> <strong>um</strong> projeto <strong>de</strong> sistema ERP?2 Qual o investimento total no projeto <strong>de</strong> implantação do sistema ERP?3 Quanto tempo envolveu todo o projeto <strong>de</strong> implantação?4 Em relação ao envolvimento e à participação no projeto <strong>de</strong> implantação doSistema ERP, qual foi a: participação efetiva d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> chaves <strong>na</strong>elaboração do projeto <strong>de</strong> implantação? Houve essa participação? Houvetrei<strong>na</strong>mento? Houve participação da gerência e da alta direção no projeto?5 Os objetiv<strong>os</strong> e metas que a empresa esperava, foram atingid<strong>os</strong>? Houveredução do número <strong>de</strong> funcionári<strong>os</strong>? Esse projeto foi consi<strong>de</strong>rado <strong>um</strong> sucessoe concluído <strong>de</strong>ntro do prazo esperado pela empresa?6 Que mudanças foram necessárias para a implantação do sistema?7 Havia <strong>um</strong>a visão <strong>de</strong> que o sistema ERP era necessário para a empresa?8 Atualmente, qual o grau <strong>de</strong> conhecimento d<strong>os</strong> <strong>principais</strong> usuári<strong>os</strong> do sistemaERP?9 Po<strong>de</strong>-se dizer então que <strong>na</strong> época que foi implantado havia <strong>um</strong>a visão <strong>de</strong> que oERP era <strong>um</strong>a tendência para a empresa?10 Com relação a<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> que favorecem a implantação bem sucedida d<strong>os</strong>sistemas ERP, quais você po<strong>de</strong>ria relatar?11 Quais as <strong>principais</strong> dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pela empresa em relação àimplantação do sistema ERP?12 Quais <strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> do sistema ERP integrado ou suportado por outr<strong>os</strong>sistemas da empresa?13 A empresa utiliza outr<strong>os</strong> sistemas para dar apoio, filtrar essas informaçõesgerenciais?14 Em relação ao projeto <strong>de</strong> implantação e a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, como se<strong>de</strong>ram? a empresa primeiro fez a reengenharia d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> e <strong>de</strong>poisimplantou o sistema, ou implantou o sistema e <strong>de</strong>pois fez a reengenharia d<strong>os</strong>process<strong>os</strong>?15 De <strong>um</strong> modo geral, quais <strong>os</strong> <strong>principais</strong> benefíci<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> com aimplantação do sistema ERP?16 O que mudou em relação a<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> da organização?17 Qual é a interação e aculturação d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> com o uso d<strong>os</strong> sistemas ERPatualmente?PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Apêndices144APÊNDICE B – Questionário da pesquisaUniversida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do ParanáCampus Ponta Gr<strong>os</strong>sa - PR P. 1/6Programa <strong>de</strong> Pós Graduação em Engenharia <strong>de</strong> Produção"Pesquisa <strong>sobre</strong> Sistemas Integrad<strong>os</strong> <strong>de</strong> Gestão ERP: Um <strong>estudo</strong> d<strong>os</strong> <strong>principais</strong><strong>fatores</strong> que contribuem ou que dificultam para a obtenção <strong>de</strong> benefíci<strong>os</strong> eresultad<strong>os</strong> eficazes <strong>na</strong> implantação do sistema".Data: _____/_____/_____Empresa: ___________________Responsável pelas informações:DISSERTAÇÃO DE MESTRADO________________________E-mail:__________________Prezado respon<strong>de</strong>nte, seguem as Instruções da pesquisa:- Esta pesquisa está sub-dividida em 5 módul<strong>os</strong>, contendo ao todo 29 questões;- Como a planilha está PROTEGIDA , basta clicar com o mouse em cada campo <strong>de</strong>resp<strong>os</strong>ta;- Solicitam<strong>os</strong> a gentileza <strong>de</strong> n<strong>os</strong> <strong>de</strong>volver respondida esta pesquisa via formatoeletrônico, cujo prazo <strong>de</strong> encerramento está programado para o dia 06/03/2006.- Os e-mails para o envio são: admlinsoli@yahoo.com.br ou admlinsoli@hotmail.com- Salientam<strong>os</strong> que as informações <strong>de</strong>claradas nesta pesquisa, são para finsexclusivamente acadêmic<strong>os</strong> e serão mantidas em sigilo.- Informe se <strong>de</strong>sejam receber <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> <strong>de</strong>sta pesquisa SIM NÃOMÓDULO DE QUESTÕES N.1 - CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA1- Quanto ao número <strong>de</strong> funcionári<strong>os</strong>:Men<strong>os</strong> <strong>de</strong> 500Entre 501 e 1000Entre 1001 e 2000Acima <strong>de</strong> 20002- Quanto ao faturamento anual, (R$ em milhões):De 10 até 50De 50.001 até 120Acima <strong>de</strong> 1203- Quanto ao porte da Empresa:MédioGran<strong>de</strong>4- Quanto ao Capital Social:Nacio<strong>na</strong>lMulti<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lEconomia MistaOutro ____________________PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Apêndices145P. 2/6MÓDULO DE QUESTÕES N.2 - DIFICULDADES DO SISTEMA EM ATENDER AS NECESSIDADESDO NEGÓCIO, E ESTAR ALINHADO AOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA ORGANIZAÇÃONas questões abaixo (5 a 8) or<strong>de</strong>ne, conforme a escala <strong>de</strong> importância, sendo,5 para Maior importância e 1 para Menor importância:Legenda <strong>de</strong> Avaliação:5-Gran<strong>de</strong> importância4-Entre Muito e Mo<strong>de</strong>rada importância3-Importância Media<strong>na</strong>2-Entre Media<strong>na</strong> e Pouca Importância1-Pouca Importância5- Dificulda<strong>de</strong>s em relação a cust<strong>os</strong>, pessoas e adaptação do Sistema ERP:Adaptação do sistema à economia/legislação brasileiraQualificação técnica das pessoas para trabalhar com o sistemaI<strong>de</strong>ntificação e adaptação a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>Interface com outr<strong>os</strong> módul<strong>os</strong> do sistemaAlt<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> implantação6- Dificulda<strong>de</strong>s em relação as funcio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>s/operacio<strong>na</strong>lização do sistema:Tor<strong>na</strong>r o sistema Amigável e <strong>de</strong> fácil acesso: funcio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>s/Flexibilida<strong>de</strong> - Enten<strong>de</strong>r as roti<strong>na</strong>sBurocracia no preenchimento d<strong>os</strong> requisit<strong>os</strong> <strong>de</strong> formulári<strong>os</strong>Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outr<strong>os</strong> programas Ex: (Excell, Access), para suprir as carências <strong>de</strong> relatóri<strong>os</strong> gerenciaisProcesso <strong>de</strong> parametrização/customizaçãoImplantação parcial, ou seja, ter que manter o sistema antigo funcio<strong>na</strong>ndo paralelamente7- Dificulda<strong>de</strong>s em relação a confiabilida<strong>de</strong>, atualizações e recurs<strong>os</strong> oferecid<strong>os</strong> pelo sistema:O sistema não oferece tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> ao negócioConfiabilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> e informações geradasTempo <strong>de</strong> resp<strong>os</strong>ta a<strong>os</strong> clientesAtualizações do sistema (upgra<strong>de</strong>s)Adaptação das melhores práticas gerenciais e organizacio<strong>na</strong>is (Best Practices)8- Dificulda<strong>de</strong>s no relacio<strong>na</strong>mento do Sistema ERP com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> da organização:Oferecer visão <strong>de</strong> longo prazo <strong>de</strong> resultado n<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> e estar alinhado às estratégias competitivasOferecer <strong>um</strong> relacio<strong>na</strong>mento sustentável com <strong>os</strong> clientesImpulsio<strong>na</strong>r a empresa para competir em escala globalCausar mudanças n<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> gerenciaisAdaptar o sistema ao crescimento do negócio e as novas tecnologiasNas Questões (9 a 12), marque a opção que se aplica <strong>na</strong> empresa em relação:9- As mudanças que foram necessárias para a implantação do sistema:Não aplicou-se a Reengenharia/re<strong>de</strong>senho <strong>de</strong> process<strong>os</strong>Houve a implantação e p<strong>os</strong>teriormente rea<strong>de</strong>quou-se <strong>os</strong> process<strong>os</strong>No ato da implantação do sistema realizou-se a Reengenharia d<strong>os</strong> process<strong>os</strong>, (<strong>de</strong>u-se ao mesmo tempo).Primeiramente fez-se a Reengenharia d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> e <strong>de</strong>pois implantou-se o sistemaOutra forma <strong>de</strong> implantação __________________________10- A visão <strong>de</strong> que o Sistema ERP era necessário para a Empresa: P. 3/6Concordo ple<strong>na</strong>menteConcordo parcialmenteNeutroDiscordo parcialmenteDiscordo ple<strong>na</strong>mente11- Ao grau <strong>de</strong> conhecimento d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> a respeito do Sistema ERP:Não ter muito conhecimentoTer <strong>um</strong> pleno conhecimento12- A visão <strong>de</strong> que o Sistema ERP era <strong>um</strong>a Tendência:Concordo ple<strong>na</strong>menteConcordo parcialmenteNeutroDiscordo parcialmenteDiscordo ple<strong>na</strong>mentePPGEP – Gestão Industrial (2006)


Apêndices146MÓDULO DE QUESTÕES N.3 - FASES DO PROJETO E ASPECTOS QUE CONTRIBUEM PARAALCANÇAR OS RESULTADOS EMPRESARIAISNas questões (13 a 17) marque a (s) opção (s) que se aplica (m) à empresa:13- Quanto ao tipo <strong>de</strong> Sistema ERP que a empresa p<strong>os</strong>sui?SAPORACLEMICROSOFTDATASULMICROSIGAOutro __________________14- Quais <strong>de</strong>sses Módul<strong>os</strong> do Sistema ERP que suportam o negócio da empresa?Vendas/Previsão Contas a ReceberFaturamentoContas a PagarFluxo <strong>de</strong> Process<strong>os</strong> Recurs<strong>os</strong> H<strong>um</strong>an<strong>os</strong>Gestão <strong>de</strong> Ativ<strong>os</strong> Cust<strong>os</strong>Folha <strong>de</strong> Pagamento Contabilida<strong>de</strong> GeralGestão Fi<strong>na</strong>nceira Gestão <strong>de</strong> TransportesManutençãoPlanejamento das Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> DistribuiçãoRecebimento Fiscal15- Quanto ao investimento total no projeto <strong>de</strong> implantação do Sistema ERP (R$ 1.000,00):Entre 100 e 200Entre 201 e 400Entre 400 e 600Entre 600 a 1.000.000,00Outro valor ____________________16- Quanto tempo envolveu todo o processo <strong>de</strong> implantação (em meses):Entre 6 a 12Entre 13 e 24Entre 25 e 48Mais <strong>de</strong> 4817- Com relação ao <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação, 5 fases são fundamentais:P. 4/6Planejamento (abrangência do projeto;análise <strong>de</strong> cust<strong>os</strong> e benefíci<strong>os</strong>; análise <strong>de</strong> recurs<strong>os</strong> disponíveis)Avaliação estratégica (maior competitivida<strong>de</strong>; melhoria n<strong>os</strong> process<strong>os</strong>; visão <strong>de</strong> longo prazo)I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s (i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s e <strong>fatores</strong> competitiv<strong>os</strong>; <strong>fatores</strong> crític<strong>os</strong> <strong>de</strong> sucesso)Avaliação econômico-fi<strong>na</strong>nceira (análise d<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> em Hardware , Software , trei<strong>na</strong>mento etc.)Desenvolvimento <strong>de</strong> Recomendações e Comunicação (avaliação estratégica e econômica)A empresa praticou integralmente todas estas fasesA empresa praticou ape<strong>na</strong>s parcialmente estas fases, Quais?____________________________Nas questões abaixo (18 e 19) or<strong>de</strong>ne, conforme a escala <strong>de</strong> importância, sendo,5 para Maior importância e 1 para Menor importância:18- Quanto ao envolvimento e participação no projeto do Sistema ERP quando foi implantado:Houve participação efetiva <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> “chaves” (equipe) <strong>na</strong> elaboração do projeto e implantaçãoHouve participação das gerências e da alta direção no projetoFicou claramente <strong>de</strong>finido <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> e metas esperadas pela empresaHouve redução no número <strong>de</strong> funcionári<strong>os</strong>O projeto foi concluído <strong>de</strong>ntro do prazo esperado19- Consi<strong>de</strong>rando-se alguns <strong>fatores</strong> que favorecem <strong>um</strong>a implantação bem sucedida:Implantação planejada por módul<strong>os</strong>Implantação total (Aquisição <strong>de</strong> pacotes <strong>de</strong> Software )Contratação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a consultoria para implantaçãoC<strong>um</strong>prir o orçamento total planejado para a implantaçãoTrei<strong>na</strong>mento prévio d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>MÓDULO DE QUESTÕES N.4 - INFLUÊNCIA DOS ASPECTOS CULTURAIS,COMPORTAMENTAIS E TREINAMENTOS NO USO EFICAZ DO SISTEMANas Questões (20 e 21) marque somente <strong>um</strong>a opção escolhida:20- Quanto a<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> anuais em trei<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> com o Sistema ERP: (R$ 1,00)Men<strong>os</strong> <strong>de</strong> 70.000Entre 71 e 100.000Entre 101 e 200.000Entre 201 e 500.000Outro valor ___________________21- Quanto a Interação e Aculturação d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> com o uso do Sistema ERP:Ple<strong>na</strong>mente Satisfeit<strong>os</strong>Satisfeit<strong>os</strong>Insatisfeit<strong>os</strong>Ple<strong>na</strong>mente Insatisfeit<strong>os</strong>PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Apêndices147Nas Questões (22 e 23) po<strong>de</strong> escolher e marcar mais <strong>de</strong> <strong>um</strong>a opção:P. 5/622- Ainda com relação ao comportamento d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>:As pessoas apresentam resistências com as mudanças causadas pelo sistemaA cultura <strong>de</strong> utilização do sistema foi amplamente divulgada pela empresaA implantação do ERP trouxe incerteza e insegurança pela inovaçãoMudou a interação entre as pessoas e grup<strong>os</strong> (mudança d<strong>os</strong> limites <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> e autonomia)Quebrou paradigmas23- Quanto ao trei<strong>na</strong>mento d<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong>:Dificulda<strong>de</strong> d<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong> chaves no repasse das informações a<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> da sua áreaA falta <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento influencia <strong>na</strong> obtenção <strong>de</strong> resultad<strong>os</strong> eficazes do sistemaQuando da implantação, foi consi<strong>de</strong>rado o nível <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento necessário a<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>Houve trei<strong>na</strong>mento em todas as fases do projetoHouve formação <strong>de</strong> grup<strong>os</strong> <strong>na</strong> implantação e que <strong>de</strong>pois continuaram apoiando <strong>os</strong> outr<strong>os</strong> usuári<strong>os</strong>MÓDULO DE QUESTÕES N.5 - OS BENEFÍCIOS DO SISTEMA ERP E O SUPORTE DEOUTROS SISTEMAS E TECNOLOGIAS EXISTENTES24- Quais <strong>de</strong>sses sistemas e/ou Ferramentas <strong>de</strong> TI que a empresa utiliza além do ERP?Datawarehouse (Banco <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>)CRM (Gerenciamento das relações com o cliente)DSS (Sistemas <strong>de</strong> suporte à <strong>de</strong>cisão)MRP (Planejamento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> materiais)MRPII (Planejamento d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> <strong>de</strong> manufatura)BI (Inteligência d<strong>os</strong> Negóci<strong>os</strong>)EDI (Troca eletrônica <strong>de</strong> dad<strong>os</strong>)SCM (Gerenciamento da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Supriment<strong>os</strong>)Nas questões abaixo (25 a 29) or<strong>de</strong>ne, conforme a escala <strong>de</strong> importância, sendo,5 para Maior importância e 1 para Menor importância:25- Quanto a<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> do Sistema ERP integrado, ou suportado por outr<strong>os</strong>sistemas existentes:Supre as carências do sistema ERP quanto a<strong>os</strong> relatóri<strong>os</strong> gerenciais e oferece maior informaçãoMelhor integração d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, proporcio<strong>na</strong>ndo resultad<strong>os</strong> eficazesMelhor <strong>de</strong>sempenho do ERP em áreas on<strong>de</strong> o sistema não está totalmente integradoProporcio<strong>na</strong> <strong>um</strong> melhor apoio às estratégias <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> da empresaMelhor relacio<strong>na</strong>mento com fornecedores e clientes, utilizando softwares específic<strong>os</strong>26- Quanto a<strong>os</strong> <strong>principais</strong> benefíci<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> n<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> trabalh<strong>os</strong> eambiente organizacio<strong>na</strong>l:Racio<strong>na</strong>lização, flexibilida<strong>de</strong>, agilida<strong>de</strong> <strong>na</strong>s operações e <strong>na</strong>s formas <strong>de</strong> trabalharAmbiente mais participativo e visão global d<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong>Utiliza <strong>um</strong> banco <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> único e apoia as <strong>de</strong>cisões em tempo realRedução <strong>de</strong> cust<strong>os</strong>, problemas operacio<strong>na</strong>is e retrabalh<strong>os</strong>Padronização e integração d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>27- Quanto a<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> Estratégic<strong>os</strong>: P. 6/6Gestão Integrada da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Supriment<strong>os</strong>Maior eficiência e competitivida<strong>de</strong> para a organizaçãoTrouxe resultad<strong>os</strong> satisfatóri<strong>os</strong> <strong>na</strong> relação com <strong>os</strong> clientes e fornecedoresVisão voltada para as melhores práticas <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>Melhorou a imagem da Empresa no mercado28- Com relação à utilização do Sistema ERP no gerenciamento da fábrica:Melhora <strong>os</strong> process<strong>os</strong> produtiv<strong>os</strong> e a<strong>um</strong>enta a produtivida<strong>de</strong>Estabelece <strong>um</strong>a integração com outr<strong>os</strong> plan<strong>os</strong> da empresa, como: MKT, Vendas, Fi<strong>na</strong>nças.Melhorou a comunicação d<strong>os</strong> setores produtiv<strong>os</strong>Reduz <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> produçãoAuxilia no planejamento e controle da produção, alocando <strong>de</strong> forma eficaz <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> produtiv<strong>os</strong>29- Em relação ao atendimento d<strong>os</strong> clientes: Marque a opção que melhor representa <strong>os</strong><strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> ocorrid<strong>os</strong>:O resultado foi extremamente negativoHouve <strong>de</strong> certa forma, resultad<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong>RegularHouve alg<strong>um</strong> resultado satisfatórioHouve gran<strong>de</strong>s resultad<strong>os</strong> satisfatóri<strong>os</strong>As questões 10; 11; 12 e 21 foram adaptadas <strong>de</strong> Cavalcantti (2001)PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Apêndices148APÊNDICE C – Distribuição das empresas da pesquisaSetor/Segmento <strong>de</strong> Atuação N.º <strong>de</strong> Empresas ParticipantesAutomotivo 10Aliment<strong>os</strong>, bebidas e f<strong>um</strong>o 07Química e petroquímica 06Si<strong>de</strong>rurgia e metalurgia 06Construção 01Eletroeletrônico 01Total <strong>de</strong> empresas 31PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Apêndices149APÊNDICE D – Publicações e outras ativida<strong>de</strong>s científicas<strong>de</strong>senvolvidas pelo mestrando em 2005 e 2006ARTIGOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS (COMPLETO)1. OLIVEIRA, L. S.; HATAKEYAMA, K. A Flexibilida<strong>de</strong> do Sistema ERP frente às mudançasorganizacio<strong>na</strong>is. Publicátio UEPG. Ciências exatas e da terra, ciências agrárias eengenharias, UEPG, v. 14, n. 1, 2006.LIVROS PUBLICADOS/ORGANIZADOS OU EDIÇÕES1. FRANCISCO, A. C. (Org.); OLIVEIRA, L. S. (Org.); OLIVEIRA, A.C. <strong>de</strong> (Org.). ProduçãoCientífica (ano 2005) do Programa <strong>de</strong> Pós Graduação em Engenharia <strong>de</strong> Produção -Universida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná - <strong>UTFPR</strong>. 2. ed. Ponta Gr<strong>os</strong>sa - PR:Universida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná - <strong>UTFPR</strong>, 2006. v. 2.2. PILATTI, L.A. (Org.); KOVALESKI, J.L. (Org.); OLIVEIRA, L. S. (Org.). Temas em Engenharia<strong>de</strong> Produção I. 1. ed. Jundiaí: Fontoura, 2005. v. 1. 110 p.3. OLIVEIRA, L. S. (Org.); PILATTI, L.A. (Org.); GUARNIERI, P. (Org.). Produção Científica (ano2004) do Programa <strong>de</strong> Pós Graduação em Engenharia <strong>de</strong> Produção - Universida<strong>de</strong>Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná - <strong>UTFPR</strong>. 1. ed. Ponta Gr<strong>os</strong>sa - PR: Universida<strong>de</strong>Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná – <strong>UTFPR</strong>. 2005. v.1.4. OLIVEIRA, L. S. (Org.); GUARNIERI, P. (Org.); PILATTI, L.A. (Org.). A<strong>na</strong>is do IX SimpósioInter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l Processo Civilizador - Tecnologia e Civilização. Ponta Gr<strong>os</strong>sa: 2005. v. 1.CAPÍTULOS DE LIVROS PUBLICADOS1. OLIVEIRA, L. S. ; HATAKEYMA, K. ; CHRUSCIAK, Daniele ; SCANDELARI, Luciano .Adaptando o sistema ERP ao crescimento organizacio<strong>na</strong>l: <strong>um</strong> <strong>estudo</strong>. In: Antonio Carl<strong>os</strong> <strong>de</strong>Francisco; Lindomar Subtil <strong>de</strong> Oliveira; Antonella Carvalho <strong>de</strong> Oliveira. (Org.). E-LIVRO:PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO PPGEP: 2005. 2 ed. Ponta Gr<strong>os</strong>sa - PR: Universida<strong>de</strong>Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná - <strong>UTFPR</strong>, 2006, v. 2, p. 11-19.TRABALHOS EM EVENTOS (COMPLETO)1. OLIVEIRA, L.S.; HATAKEYAMA, K. The ERP and new information technologies: Theinfluence on knowledge. In: ICAM - Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Conference on Agile Manufacturing, 2006,Norfolk/Virgínia. ICAM - Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Conference on Agile Manufacturing. Norfolk - Virgínia:Old Dominion University. v. 1. p. 1-5.2. OLIVEIRA, L. S.; EYNG, I.S.; REIS, D.R.; HATAKEYMA, K. The strategy of implantation "bigbang" of the ERP system and the factors of risks for the organization: a case study. In: IAMOT2006 - Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Conference on Ma<strong>na</strong>gement of Technology, 2006, Beijing - CHINA.Proceedings of 15th Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Conference on Ma<strong>na</strong>gement of Technology. Beijing -CHINA: IAMOT - 2006. v. 15. p. 1-8.3. EYNG, I.S.; REIS, D.R.; OLIVEIRA, L. S.; HATAKEYMA, K.; FRANCISCO, A. C. Mentalmo<strong>de</strong>ls influence and the impact of changes at the organizations: An exploratory study. In:IAMOT 2006 - Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Association for Ma<strong>na</strong>gement of Technology, 2006, Beijing -CHINA. Proceedings of 15th Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Conference on Ma<strong>na</strong>gement of Technology. Beijing- CHINA: IAMOT 2006, 2006. v. 15.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Apêndices1504. EYNG, I.S.; OLIVEIRA, L. S.; REIS, D.R.; CARVALHO, H.G.; LEUCH, V. Intellectual capital:combi<strong>na</strong>tion of intangible assets and source of competitive advantage. In: IAMOT 2006 -Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Association for Ma<strong>na</strong>gement of Technology, 2006, Beijing - CHINA. Proceedingsof 15th Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Conference on Ma<strong>na</strong>gement of Technology. Beijing - CHINA: IAMOT2006, 2006. v. 15. p. 1-8.5. GUARNIERI, P.; OLIVEIRA, L. S. ; PURCIDONIO, P. M. ; PAGANI, R. N. ; HATAKEYAMA, K.Sistema <strong>de</strong> custo Kaizen. In: 2º Encontro <strong>de</strong> Engenharia e Tecnologia d<strong>os</strong> Camp<strong>os</strong> Gerais,2006, Ponta Gr<strong>os</strong>sa. A<strong>na</strong>is do 2º Encontro <strong>de</strong> Engenharia e Tecnologia d<strong>os</strong> Camp<strong>os</strong> Gerais.Ponta Gr<strong>os</strong>sa PR.: <strong>UTFPR</strong>. v. 1. p. 1-9.6. PURCIDONIO, P. M.; OLIVEIRA, L. S.; GUARNIERI, P.; FRANCISCO, A. C. Gestão doconhecimento como ferramenta para <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> gestão empresarial. In: 2º Encontro <strong>de</strong>Engenharia e Tecnologia d<strong>os</strong> Camp<strong>os</strong> Gerais, 2006, Ponta Gr<strong>os</strong>sa PR. A<strong>na</strong>is do 2º Encontro<strong>de</strong> Engenharia e Tecnologia d<strong>os</strong> Camp<strong>os</strong> Gerais. Ponta Gr<strong>os</strong>sa PR.: <strong>UTFPR</strong>. v. 1. p. 1-8.7. OLIVEIRA, L. S.; HATAKEYMA, K.; GUARNIERI, P.; PURCIDONIO, P.M.; Dergint, D.E.A. OsSistemas ERP's como vantagem competitiva <strong>na</strong> integração da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supriment<strong>os</strong> d<strong>os</strong>Aglomerad<strong>os</strong> Industriais. In: 2º Encontro <strong>de</strong> Engenharia e Tecnologia d<strong>os</strong> Camp<strong>os</strong> Gerais,2006, Ponta Gr<strong>os</strong>sa PR. A<strong>na</strong>is do 2º Encontro <strong>de</strong> Engenharia e Tecnologia d<strong>os</strong> Camp<strong>os</strong>Gerais. Ponta Gr<strong>os</strong>sa PR.: <strong>UTFPR</strong>. v. 1. p. 1-9.8. OLIVEIRA, L. S.; HATAKEYAMA, K..; KOVALESKI, J. L. Uma Prop<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> Implementação doCusteio ABC através <strong>de</strong> <strong>um</strong> Sistema <strong>de</strong> Gestão Empresarial. In: ADM 2005 - Congresso <strong>de</strong>Administração, 2005, Ponta Gr<strong>os</strong>sa – PR. A<strong>na</strong>is do ADM 2005. Ponta Gr<strong>os</strong>sa - PR.:Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ponta Gr<strong>os</strong>sa - UEPG, 2005. v.1.9. OLIVEIRA, L. S.; HATAKEYAMA, K. A Flexibilida<strong>de</strong> do Sistema ERP frente às MudançasOrganizacio<strong>na</strong>is. In: ADM 2005 - Congresso <strong>de</strong> Administração, 2005, Ponta Gr<strong>os</strong>sa - PR.A<strong>na</strong>is do ADM 2005. Ponta Gr<strong>os</strong>sa - PR : Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ponta Gr<strong>os</strong>sa - UEPG,2005. v. 1.10. OLIVEIRA, L. S.; HATAKEYAMA, K.. Sistemas Integrad<strong>os</strong> <strong>de</strong> Gestão ERP: Uma abordagem<strong>sobre</strong> a escolha do software, cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> implantação e comportamento organizacio<strong>na</strong>l. In:ADM 2005 - Congresso <strong>de</strong> Administração, 2005, Ponta Gr<strong>os</strong>sa - PR. A<strong>na</strong>is do ADM 2005.Ponta Gr<strong>os</strong>sa - PR.: Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ponta Gr<strong>os</strong>sa - UEPG, 2005. v.1.11. SILVA, M. A. F.; OLIVEIRA, L. S. A importância <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Administração profissio<strong>na</strong>lizada parao gerenciamento <strong>de</strong> organizações do terceiro setor. In: ADM 2005 - Congresso <strong>de</strong>Administração, 2005, Ponta Gr<strong>os</strong>sa - PR. A<strong>na</strong>is do ADM 2005. Ponta Gr<strong>os</strong>sa - PR.:Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ponta Gr<strong>os</strong>sa - UEPG, 2005. v.1.12. OLIVEIRA, L. S.; HATAKEYAMA, K. O Melhor Desempenho d<strong>os</strong> Sistemas ERP’s Apoiad<strong>os</strong>pelas Novas Tecnologias <strong>de</strong> Informação. In: Simpósio Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Tecnologia e Socieda<strong>de</strong>,2005, Curitiba. A<strong>na</strong>is do Simpósio Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Tecnologia e Socieda<strong>de</strong>. Curitiba PR:Universida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, 2005. v. 1.13. OLIVEIRA, L. S. ; HATAKEYMA, K. ; CHRUSCIAK, Daniele ; SCANDELARI, Luciano .Adaptando o Sistema ERP ao Crescimento Organizacio<strong>na</strong>l: <strong>um</strong> <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> caso propondo assoluções para a Mudança. In: XXV ENEGEP - Encontro Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong>Produção, 2005, Porto Alegre. XXV Encontro Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção. PortoAlegre: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 2005. p. 271-271.14. OLIVEIRA, L. S.; HATAKEYAMA, K.; KOVALESKI, J.L. A adoção do custeio ABC e suaimplementação através <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> gestão empresarial: Uma prop<strong>os</strong>ta para <strong>um</strong>aempresa do setor metal-mecânico. In: XII Simpósio <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção, 2005, Bauru.A<strong>na</strong>is do XII Simpósio <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção. Bauru: UNESP - Universida<strong>de</strong> do Estado<strong>de</strong> São Paulo, 2005.15. OLIVEIRA, L. S.; HATAKEYAMA, K. O Mercado <strong>de</strong> sistemas ERP no contexto da TI, e <strong>os</strong>uporte <strong>de</strong> novas tecnologias. In: XII Simpósio <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção, 2005, Bauru.A<strong>na</strong>is do XII Simpósio <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção. Bauru: UNESP - Universida<strong>de</strong> do Estado<strong>de</strong> São Paulo, 2005.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Apêndices151TRABALHOS ACEITOS PARA SEREM PUBLICADOS EM EVENTOS (SETEMBRO/ NOVEMBRO)2006 - (COMPLETO)1. OLIVEIRA, L.S.O.; HATAKEYAMA, K. The implementation of the ERP systems and thechallenge: A case of success. MITIP 2006, Budapest – Hungria.2. PURCIDONIO, P.M.; OLIVEIRA, L.S.O.; HATAKEYAMA, K.; SCANDELARI, L. A Gestãoeficaz do conhecimento através da integração entre o sistema ERP e CRM: Um <strong>estudo</strong> <strong>de</strong>caso em <strong>um</strong>a indústria do setor metalúrgico. XXVI ENEGEP 2006, Fortaleza CE.3. PURCIDONIO, P.M.; OLIVEIRA, L.S.O.; SCANDELARI, L. A Gestão eficaz do conhecimentoatravés da integração entre o sistema ERP e CRM: Um <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> caso em <strong>um</strong>a indústria d<strong>os</strong>etor metalúrgico. ADM – 2006. Congresso <strong>de</strong> Administração. Ponta Gr<strong>os</strong>sa PR.4. OLIVEIRA, L.S.O.; MARAVIESKI, V.C.; HATAKEYAMA, K. Gestão da logística reversaapoiada pel<strong>os</strong> sistemas ERP: Uma solução prop<strong>os</strong>ta para <strong>um</strong>a indústria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte doramo alimentício. ADM – 2006. Congresso <strong>de</strong> Administração. Ponta Gr<strong>os</strong>sa PR.5. SILVA, M.A.F.; OLIVEIRA, L.S.O.; Por <strong>um</strong> ERP eficaz – a integração e maximização d<strong>os</strong>istema aten<strong>de</strong>ndo a necessida<strong>de</strong> gerencial: Um <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> caso. ADM – 2006. Congresso <strong>de</strong>Administração. Ponta Gr<strong>os</strong>sa PR.6. OLIVEIRA, L.S.; HATAKEYAMA, K.; MARÇAL, R.F.M. A manutenção sob o enfoque <strong>de</strong> <strong>um</strong>agestão profissio<strong>na</strong>lizada: Estudo <strong>de</strong> cas<strong>os</strong> comparad<strong>os</strong>. VII Seminário Para<strong>na</strong>ense Abraman.2006.7. OLIVEIRA, L.S.; HATAKEYAMA, K.; BORTOLLI, L.O. A implantação do sistema ERP e autilização das novas tecnologias: Estudo <strong>de</strong> caso em <strong>um</strong>a empresa multi<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l. III SimpósioBrasileiro <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Informação, Curitiba PR, novembro <strong>de</strong> 2006.DEMAIS TIPOS DE PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA1. OLIVEIRA, L. S. Temas em Engenharia <strong>de</strong> Produção I. Jundiaí - SP, 2005. (Prefácio,P<strong>os</strong>fácio).DEMAIS TIPOS DE PRODUÇÃO TÉCNICA1. OLIVEIRA, L. S. XI ENCEP - Encontro Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dores <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong>Produção. 2006. (Organização <strong>de</strong> evento/Outro).2. OLIVEIRA, L. S. IX Simpósio Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l Processo Civilizador - Tecnologia e Civilização.2005. (Organização <strong>de</strong> evento/Outro).3. OLIVEIRA, L. S. Workshop Tecnológico. 2005. (Organização <strong>de</strong> evento/Outro).DEMAIS TRABALHOS1. OLIVEIRA, L. S.; GUARNIERI, P.; OLIVEIRA, A.C.; CARNEIRO, J. L. ; PAGANI, R. N.;PURCIDONIO, P. M. . Colaborador da Revista Gestão Industrial do Programa <strong>de</strong> PósGraduação em Engenharia <strong>de</strong> Produção PPGEP - Universida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral doParaná (<strong>UTFPR</strong>). 2006 (Demais trabalh<strong>os</strong> relevantes).2. OLIVEIRA, L. S.; OLIVEIRA, A.C.; SPRING, D.; GUARNIERI, P.; BEJARANO, V. C.;Colaborador da Revista Gestão Industrial do Programa <strong>de</strong> Pós Graduação em Engenharia <strong>de</strong>Produção PPGEP - Universida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná (<strong>UTFPR</strong>). 2005 (Demaistrabalh<strong>os</strong> relevantes).PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Apêndices152OUTRAS PARTICIPAÇÕES1. OLIVEIRA, L. S. Avaliador <strong>de</strong> Sessão Pôster <strong>na</strong> área <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Informação eConhecimento - XXV ENEGEP 2005. Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.2. OLIVEIRA, L.S. Coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dor <strong>de</strong> Sessão técnica <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> trabalh<strong>os</strong> científic<strong>os</strong>.Área <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação. ADM – 2006. Congresso <strong>de</strong> Administração. Ponta Gr<strong>os</strong>saPR.PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS1. Congresso Para<strong>na</strong>ense da Indústria. 2006. (Participações em event<strong>os</strong>/Congresso).2. ADM 2005 - Congresso <strong>de</strong> Administração e 4 COMEXSUL - Congresso Sul Brasileiro <strong>de</strong>Comércio Exterior. 2005. (Participações em event<strong>os</strong>/Congresso).3. A proprieda<strong>de</strong> Intelectual Como Fator <strong>de</strong> Inteligência Competitiva. 2005. (Participações emevent<strong>os</strong>/Seminário).4. Simpósio Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Tecnologia e Socieda<strong>de</strong>. 2005. (Participações em event<strong>os</strong>/Simpósio).5. XXV Encontro Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção. 2005. (Participações emevent<strong>os</strong>/Encontro).6. II Encontro <strong>de</strong> Engenharia e Tecnologia d<strong>os</strong> Camp<strong>os</strong> Gerais. 2006. Ponta Gr<strong>os</strong>sa PR.7. ADM – 2006. Congresso <strong>de</strong> Administração. Ponta Gr<strong>os</strong>sa PR.8. III Simpósio Brasileiro <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Informação, Curitiba - PR, novembro <strong>de</strong> 2006.PPGEP – Gestão Industrial (2006)


Anex<strong>os</strong>153ANEXO A – Doc<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> solicitação <strong>de</strong> estágioMinistério da EducaçãoUNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁCAMPUS PONTA GROSSADepartamento <strong>de</strong> Pós-GraduaçãoPRUNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁPonta Gr<strong>os</strong>sa, XX <strong>de</strong> Mês <strong>de</strong> 2006.DOCUMENTO DE SOLICITAÇÃO DE ESTÁGIOÀEmpresa:En<strong>de</strong>reço:Att.: Sr. (a)......Responsável/Diretor/Gerente <strong>de</strong> TIAssunto: Solicitação <strong>de</strong> Micro estágio acadêmicoPrezado (a) senhor (a)Apresentam<strong>os</strong> a V.Sª o aluno LINDOMAR SUBTIL DE OLIVEIRA, matriculado no Curso <strong>de</strong>Mestrado em Engenharia <strong>de</strong> Produção – Gestão da Produção e Manutenção, da Universida<strong>de</strong>Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná - Campus Ponta Gr<strong>os</strong>sa, que está <strong>de</strong>senvolvendo a pesquisa com vistasa elaboração <strong>de</strong> dissertação <strong>na</strong> área <strong>de</strong> Engenharia Econômica e Process<strong>os</strong> <strong>de</strong> Manufatura: Um <strong>estudo</strong>d<strong>os</strong> <strong>principais</strong> <strong>fatores</strong> que contribuem ou que dificultam para a obtenção <strong>de</strong> benefíci<strong>os</strong> e resultad<strong>os</strong>eficazes <strong>na</strong> implantação <strong>de</strong> sistemas ERP.A fim <strong>de</strong> complementar seu trabalho <strong>de</strong> pesquisa, o pesquisador necessita realizar alg<strong>um</strong>asativida<strong>de</strong>s práticas acerca do seu <strong>estudo</strong>. Para tanto, a Universida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná -<strong>UTFPR</strong> vem, através <strong>de</strong>ste, solicitar a empresa “ALFA do Brasil” <strong>um</strong> micro-estágio acadêmico aopesquisador supracitado, <strong>na</strong>s áreas <strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong> Informação e administrativa da empresa. Requerese<strong>um</strong>a carga horária mínima <strong>de</strong> 16h, sendo que nesse tempo, o mesmo po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>senvolver seusrelatóri<strong>os</strong> <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s através da observação do funcio<strong>na</strong>mento do sistema, contat<strong>os</strong> e entrevistas com<strong>os</strong> profissio<strong>na</strong>is da área <strong>de</strong> TI, além da análise doc<strong>um</strong>ental.Declaram<strong>os</strong> que, as informações coletadas através <strong>de</strong>sses respectiv<strong>os</strong> mei<strong>os</strong>, serão utilizadasexclusivamente para fins <strong>de</strong>sta pesquisa, ficando <strong>de</strong> domínio restrito ao pesquisador e seu orientador. Adivulgação <strong>de</strong>ssas informações, bem como das conclusões obtidas por meio da análise, dar-se-ásomente mediante prévia autorização d<strong>os</strong> participantes, preservando assim o interesse da empresa e orespeito a padrões étic<strong>os</strong>.No ensejo, aproveitam<strong>os</strong> para antecipar <strong>os</strong> sincer<strong>os</strong> agra<strong>de</strong>ciment<strong>os</strong> pela atenção que fordispensada à solicitação do pesquisador.Atenci<strong>os</strong>amenteProf. Kazuo Hatakeyama, PhDCoor<strong>de</strong><strong>na</strong>dor do PPGEP – <strong>UTFPR</strong>e-mail: hatakeyama@pg.cefetpr.br____________________________________________________________________________________Lindomar Subtil <strong>de</strong> OliveiraPesquisador do PPGEP<strong>UTFPR</strong> – Campus P. Gr<strong>os</strong>sae-mail: admlinsoli@yahoo.com.brProf. Kazuo Hatakeyama, Ph.D.Orientador<strong>UTFPR</strong> – Campus P. Gr<strong>os</strong>sae-mail: hatakeyama@pg.cefetpr.brPPGEP – Gestão Industrial (2006)


Anex<strong>os</strong>154ANEXO B – Doc<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> apresentação do pesquisadorMinistério da EducaçãoUNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁCAMPUS PONTA GROSSADepartamento <strong>de</strong> Pós-GraduaçãoPRUNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁPonta Gr<strong>os</strong>sa, XX <strong>de</strong> Mês <strong>de</strong> 2006.ÀEmpresaEn<strong>de</strong>reçoResponsável/Diretor/Gerente <strong>de</strong> TIAtt: Sr..Prezado (a) senhor (a)Apresentam<strong>os</strong> a V.Sª o aluno LINDOMAR SUBTIL DE OLIVEIRA, matriculado no Curso<strong>de</strong> Mestrado em Engenharia <strong>de</strong> Produção – Gestão da Produção e Manutenção, daUniversida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná - Campus Ponta Gr<strong>os</strong>sa, que está <strong>de</strong>senvolvendoa pesquisa com vistas a elaboração <strong>de</strong> dissertação <strong>na</strong> área <strong>de</strong> Engenharia Econômica eProcess<strong>os</strong> <strong>de</strong> Manufatura: Um <strong>estudo</strong> d<strong>os</strong> <strong>principais</strong> <strong>fatores</strong> que contribuem ou que dificultampara a obtenção <strong>de</strong> benefíci<strong>os</strong> e resultad<strong>os</strong> eficazes <strong>na</strong> implantação <strong>de</strong> sistemas ERP.O pesquisador <strong>de</strong>verá contar com a colaboração d<strong>os</strong> dirigentes <strong>de</strong> empresas que atuam<strong>na</strong> área relacio<strong>na</strong>da à linha <strong>de</strong> pesquisa em questão para a coleta <strong>de</strong> informações através <strong>de</strong>questionári<strong>os</strong>, com a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processar <strong>os</strong> dad<strong>os</strong>, a<strong>na</strong>lisar, discutir e emitir sugestões paraa melhoria do estado da arte das práticas correntes. Dentro <strong>de</strong>sses parâmetr<strong>os</strong> sua empresa foiselecio<strong>na</strong>da para participar <strong>de</strong>ssa pesquisa.Outr<strong>os</strong>sim, <strong>de</strong>claram<strong>os</strong> que as informações coletadas serão utilizadas exclusivamentepara fins <strong>de</strong>sta pesquisa, ficando <strong>de</strong> domínio restrito ao pesquisador e seu orientador. Adivulgação <strong>de</strong>ssas informações, bem como das conclusões obtidas por meio da análise, dar-seásomente mediante prévia autorização d<strong>os</strong> participantes, preservando assim <strong>os</strong> interesses dasempresas e o respeito a padrões étic<strong>os</strong>.Ao término da pesquisa, o resultado será disponibilizado para a apreciação e consultadas empresas participantes.No ensejo, aproveitam<strong>os</strong> para antecipar <strong>os</strong> sincer<strong>os</strong> agra<strong>de</strong>ciment<strong>os</strong> pela atenção quefor dispensada à solicitação do pesquisador.Atenci<strong>os</strong>amenteProf. Kazuo Hatakeyama, PhDCoor<strong>de</strong><strong>na</strong>dor do PPGEP – <strong>UTFPR</strong>e-mail: hatakeyama@pg.cefetpr.br____________________________________________________________________________Lindomar Subtil <strong>de</strong> OliveiraPesquisador do PPGEP<strong>UTFPR</strong> – Campus P. Gr<strong>os</strong>sae-mail: admlinsoli@yahoo.com.brProf. Kazuo Hatakeyama, PhDOrientador<strong>UTFPR</strong> – Campus P. Gr<strong>os</strong>sae-mail: hatakeyama@pg.cefetpr.brPPGEP – Gestão Industrial (2006)

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