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Sistemas de equaç˜oes lineares

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54CAPÍTULO 3. SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEAREScoluna das incógnitas. Iremos ver em que condições a equação tem solução, e como se po<strong>de</strong>m<strong>de</strong>terminar. Enten<strong>de</strong>-se por resolver o sistema Ax = b encontrar o conjunto (ainda que vazio)<strong>de</strong> todas as realizações possíveis para a coluna das incógnitas. O sistema diz-se impossívelou inconsistente se o conjunto é vazio e possível ou consistente caso contrário. Neste últimocaso, diz-se que é possível <strong>de</strong>terminado se existir apenas um e um só elemento no conjuntodas soluções, e possível in<strong>de</strong>terminado se for possível mas existirem pelo menos duas soluçõesdistintas 1 . Enten<strong>de</strong>-se por classificar o sistema a afirmação em como ele é impossível, possível<strong>de</strong>terminada ou possível in<strong>de</strong>terminado.Um caso particular da equação Ax = b surge quando b = 0. Ou seja, quando a equação éda forma Ax = 0. O sistema associado a esta equação chama-se sistema homogéneo. Repareque este tipo <strong>de</strong> sistema é sempre possível. De facto, o vector nulo (ou seja, a coluna nula)é solução. Ao conjunto das soluções <strong>de</strong> Ax = 0 chamamos núcleo 2 <strong>de</strong> A, e é <strong>de</strong>notado porN(A) ou ainda por ker(A). Ou seja, para A do tipo m × n,N(A) = ker(A) = {x ∈ K n : Ax = 0 m×1 }.Pelo que acabámos <strong>de</strong> referir, e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da escolha <strong>de</strong> A, o conjunto ker(A) ésempre não vazio já que 0 n×1 ∈ ker(A).Ou caso relevante no estudo da equação Ax = b surge quando a matriz A é invertível.Neste caso, multpiplicando ambos os membros <strong>de</strong> Ax = b, à esquerda, por A −1 , obtemosA −1 Ax = A −1 b, e portanto x = A −1 b. Ou seja, a equação é possível <strong>de</strong>terminada, sendoA −1 b a sua única solução.3.2 Resolução <strong>de</strong> Ax = bNesta secção, vamos apresentar uma forma <strong>de</strong> resolução da equação Ax = b, fazendo usoda factorização PA = LU estudada atrás. Vejamos <strong>de</strong> que forma essa factorização é útil noestudo da equação.comoConsi<strong>de</strong>re a equação⎧⎪⎨⎪⎩⎡⎢⎣x 1 + 2x 2 + 3x 3 = 74x 2 + 5x 3 = 86x 3 = 91 2 30 4 50 0 6⎤⎡⎥⎢⎦⎣⎤x 1⎥x 2x 3⎦ =⎡⎢⎣789⎤⎥⎦. O sistema associado escreve-se. Calculando o valor <strong>de</strong> x 3 pela última equação, este é substituidona segunda equação para se calcular o valor <strong>de</strong> x 2 , que por sua vez são usadosna primeira equação para se obter x 1 . Proce<strong>de</strong>u-se à chamada substituição inversa parase calcular a única (repare que a matriz dada é invertível) solução do sistema. Em quecondições se po<strong>de</strong> usar a substituição inversa? Naturalmente quando a matriz dada é triangularsuperior com elementos diagonais não nulos. Mas também noutros casos. Consi<strong>de</strong>rea equação matricial[1 2 30 0 4] ⎡ ⎤x [ 1⎢ ⎥ ⎣ x 2 ⎦ =x 356]. A matriz do sistema não é quadrada,1 Veremos, mais adiante, que se existem duas soluções distintas então exite uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong>las.2 Iremos também usar a <strong>de</strong>nominação espaço nulo <strong>de</strong> A.

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