Relatório de atividades PROBIO 2002-2004 - Ministério do Meio ...
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34Des<strong>de</strong> 1995, o IntergovernamentalPanel on Climate Change - IPCC vemamplian<strong>do</strong> suas áreas <strong>de</strong> interesse paraalém <strong>do</strong> entendimento <strong>do</strong>s mecanismosque levam às alterações climáticas,<strong>de</strong>s<strong>do</strong>bran<strong>do</strong>-se na avaliação <strong>do</strong>s impactosdas Mudanças Climáticas Globais - MCGsobre a biodiversida<strong>de</strong> e os ecossistemasnaturais ou antropiza<strong>do</strong>s, tanto sobresetores <strong>do</strong> processo produtivo como, porexemplo, sobre a macroeconomia, a saú<strong>de</strong>pública, a oferta <strong>de</strong> energia ou <strong>de</strong> emprego.Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os avanços científicoselabora<strong>do</strong>s pelos relatórios <strong>do</strong> IPCC,pesquisa<strong>do</strong>res, toma<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão empolíticas públicas e conservacionistas, <strong>de</strong>maneira consensual, assumiram que oclima da terra está mudan<strong>do</strong>. As emissõesantrópicas <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufaprovocam uma maior dinâmicaatmosférica, ampliam a instabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>secossistemas e aceleram as taxas naturais<strong>de</strong> extinção <strong>de</strong> espécies. Entretanto, amaior parte das estratégias empregadasatualmente para conservação e manejo dabiodiversida<strong>de</strong> está ancoradas em umavisão climática estática. Ou seja, o clima <strong>do</strong>futuro é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> igual ao clima <strong>do</strong>presente. Evidências <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> ecenários climáticos futuros, <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>do</strong>smo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> mudanças climáticas globais,atestam que esta premissa é distorcida - oclima e a relação entre biodiversida<strong>de</strong> epadrões climáticos mudaram através <strong>do</strong>stempos geológicos e continuam sealteran<strong>do</strong> em uma escala <strong>de</strong> tempohumana.Os diversos cenários <strong>de</strong> emissões<strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa para os próximos100 anos indicam a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>impactos climáticos significativos sobre osecossistemas planetários e no Brasil. Se astendências <strong>de</strong> crescimento das emissõesse confirmarem, os mo<strong>de</strong>los climáticosindicam que po<strong>de</strong>rá ocorrer aquecimento<strong>de</strong> 4º a 6ºC em partes <strong>do</strong> País(principalmente, na Amazônia) até o final <strong>do</strong>século XXI. Há ainda muita incerteza comrelação às possíveis mudanças naprecipitação pluviométrica e quanto amodificações na freqüência <strong>de</strong> extremosclimáticos (secas, inundações, geadas,tempesta<strong>de</strong>s severas, vendavais, granizo,etc.). De qualquer maneira, parece certoque o País estará sujeito a impactosclimáticos adversos. Ecossistemasnaturais po<strong>de</strong>m ser vulneráveis a estesimpactos climáticos.Os impactos das mudançasclimáticas nas espécies e nosecossistemas refletem sobre aconservação da biodiversida<strong>de</strong>. Asalterações climáticas <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> sãoconhecidas por correspon<strong>de</strong>rem a gran<strong>de</strong>smudanças na composição das espécies emuma comunida<strong>de</strong> ou em episódios <strong>de</strong>mega-extinção <strong>de</strong> fauna e flora. Com asmudanças climáticas aceleradas pelasativida<strong>de</strong>s antrópicas, estratégias <strong>de</strong>conservação <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>senvolvidaspara respon<strong>de</strong>r às esperadas mudanças nadistribuição, fisiologia e ecologia dasespécies.Assim, o <strong>PROBIO</strong> lançou três cartasconsultavisan<strong>do</strong> apoiar subprojetos quecontribuam para a avaliação <strong>do</strong>s impactosdas Mudanças Climáticas Globais sobre osecossistemas brasileiros, que possamresultar na i<strong>de</strong>ntificação: (1) das tendências<strong>de</strong> alterações na distribuição <strong>do</strong>s biomasterrestres; (2) das tendências <strong>de</strong> alteraçõesinternas nos ecossistemas terrestres; (3)<strong>do</strong>s efeitos da elevação <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> mar e<strong>do</strong> aquecimento <strong>do</strong> oceano sobre osecossistemas naturais costeiros.Nº. Subprojeto Instituição ExecutoraRecursos <strong>PROBIO</strong>(R$)1Os efeitos da elevação <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> mar<strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> aquecimento global daatmosfera, nos ecossistemas brasileiros:o sistema Cananéia-Iguape, litoral sul<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São PauloInstituto Oceanográfico daUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo99.172,002Proposta <strong>de</strong> diagnóstico sobre os efeitosda elevação <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> mar <strong>de</strong>corrente<strong>do</strong> aquecimento global da atmosfera nosecossistemas costeiros brasileiros: subregião<strong>do</strong> litoral das regiões su<strong>de</strong>ste e sul- estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso da baía e estuário <strong>de</strong>Santos e São Vicente (SP)Fundação Centro Tecnológico<strong>de</strong> Hidráulica99.922,00