Em conjunto pela saúde - Ordem dos Enfermeiros

I n t e r v e n ç ã oEntrevista Notíciasnistério ou do SNS tanto para médicos como para enfermeiros),tem que ver com o facto de as mesmas exigirem actualizaçãoe de não termos serviços e recursos humanos suficientes edevidamente qualificados para o fazer. A título de exemplo, oSAM (Sistema de Apoio ao Médico) ainda não está instalado emtodos os centros de saúde e já está desactualizado em termostecnológicos.Reitero que o Departamento de Informática do IGIF não temcondições para o fazer e nem é essa a sua missão. Compete-lhe,isso sim, definir a arquitectura do sistema de informação, fazera normalização e certificação de produtos, disponibilizar umcatálogo de produtos, assegurar a interoperabilidade dos sistemasexistentes e ter uma RIS a funcionar com segurança e satisfaçãode todos os seus utilizadores.No âmbito do estudo que referi anteriormente vai ser efectuadauma análise crítica de todas a aplicações internas para se decidiro que é que deve ser abandonado, o que se pode manter talcomo está e o que, para se manter, exige alguma evoluçãotecnológica.Actualmente já sabemos que o SONHO, o SINUS, o SAM e oSAPE estão tecnologicamente ultrapassados, situação que nostem trazido enormes problemase dificuldades na gestão do SI.No caso específico do SAPE, eleterá de evoluir até para se adaptarà nova versão da ClassificaçãoInternacional para a Práticade Enfermagem.Mas isto levanta-nos outro problema:o de ter serviços e recursosque possam realizar o upgradedas aplicações em causa. O que posso assegurar nestemomento é que esse trabalho não vai ser feito internamente,seja no IGIF de Lisboa, seja no Porto. Poderemos recorrer a umparceiro tecnológico – a escolher através de concurso – ouoptar por outra solução.O contexto em que nos movimentamos em termos orçamentais,de necessidade de redução efectivos na Função Pública e dedispormos de técnicos altamente qualificados numa área emque a mudança tecnológica é permanente, obriga-nos a ter queencontrar novos modelos de trabalho e de organização. Nofundo, não pretendemos fazer nada que as grandes organizaçãonão façam já.«Estamos a trabalhar para as primeiras USF,isto é, as que vão ser lançadas em 2006.Mas paralelamente estamos a trabalhar parao futuro, prevendo-se que outras soluçõese outros produtos possam ser utilizados»ROE – O que pensa do documento formulado pela Ordem dosEnfermeiros acerca dos requisitos técnico-funcionais que ossistemas de informação de Enfermagem devem ter?Dr.ª CP – Depois de o ler encaminhei-o para o Senhor Presidentedo IGIF para que ele se possa pronunciar sobre as propostas alicontidas. Parece-me ser um bom documento e felicito a OE etodos os que nele participaram pelo trabalho desenvolvido.Existe, no entanto, um aspectosobre o qual tenho dúvidas. Comefeito, se uma entidade quiserdesenvolver um determinadosoftware utilizando a CIPE, é claroque terá de pedir autorizaçãopara utilizar aquela classificação,uma vez que a Ordem possui osDireitos de Autor concedidospelo ICN. É o que já fazemos como Grupo Português de Triagem relativamente à utilização, nonosso software, dos critérios da triagem de Manchester.Quanto à certificação, por parte da Ordem, das aplicações deEnfermagem e respectivas actualizações, já tenho algumasdúvidas que isso possa ser possível. No âmbito daquilo queserão as atribuições de um departamento central de informática,cabe ao Ministério da Saúde certificar os produtos que vão serutilizados no SNS. De qualquer forma, estou a aguardar a posiçãodo IGIF sobre o documento em causa.ROE – Nessa altura será então ponderada a hipótese deenviar para os serviços de saúde uma circular normativaordem dos enfermeiros