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Morfologia de leguminosas - Unesp

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25/04/2013LEGUMINOSASPrincipais cultivares e suas implicações<strong>Morfologia</strong> <strong>de</strong> <strong>leguminosas</strong>RAIZ• Sistema radicular pivotante (raizprincipal)• Raiz tuberosa (raiz caulinar)• CAULE• 1. Rizoma• 2. Estolão• 3. Caules volúveis• 4. Caules erectos (herbáceos e lenhosos)FOLHASCompostas e recompostasA folha <strong>de</strong> leguminosa consiste <strong>de</strong> três partes:1. Folíolo;2. Pecíolo (peciolulo);Folíolos3. Estípula.PecioluloEstípulaPecíoloFLORES• Brácteas• Cálice• Corola• Androceu• GineceuFRUTOS• Legume(<strong>de</strong>iscente ouin<strong>de</strong>iscente)1


25/04/2013LeguminosasLeguminosas ForrageirasAumenta o teor <strong>de</strong> N no sistema solo/plantaAumenta o teor <strong>de</strong> proteína da forragemAumento no estoque <strong>de</strong> proteína para aestação secaAumenta o consumo <strong>de</strong> forragemRedução nos custos <strong>de</strong> suplementação• Pouca expressão• Insucessos do passado• Complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manejo• Novas cultivares• Poucas informações em sistemas <strong>de</strong> produçãoFixação Simbiótica <strong>de</strong> Nitrogênio• FBN Principal via <strong>de</strong> inclusão do N atmosférico no sistemasolo-planta (170 x 10 9 kg <strong>de</strong> N/ano)• Leguminosas fixadoras <strong>de</strong> N ~75 % do N fixaçãobiológica• Leguminosas forrageiras tropicais po<strong>de</strong>m fixar 2 a 183kg/ha/ano <strong>de</strong> N, e a FBN respon<strong>de</strong> por 70 a 94 % do N na parteáreaPastagens <strong>de</strong> puerária (Pueraria phaseoloi<strong>de</strong>s) apresentaram75 a 92 % do NDFB;Stylosanthes spp. o NDFB representou <strong>de</strong> 60 a 90 % do N daplanta ao longo <strong>de</strong> três anos (2 a 84 kg/ha/ano <strong>de</strong> N fixado)Fixação Simbiótica <strong>de</strong> Nitrogênio• A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> N fixado varia com a espécie e com ascondições do ambiente.1. Aci<strong>de</strong>z do solo2. Salinida<strong>de</strong>3. Deficiências ou excesso <strong>de</strong> minerais4. Estresse hídrico5. Variações na temperatura6. Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> N inorgânico no solo7. Pragas e doençasQuanto mais pobre em N for o solo, maior será a proporção do N daplanta <strong>de</strong>rivado da fixação biológica (% FBN).CONSÓRCIOA liberação do nitrogênio fixadobiologicamente respon<strong>de</strong>rá em gran<strong>de</strong>parte pela manutenção da produtivida<strong>de</strong>da gramínea• A velocida<strong>de</strong> da liberação interfere na participação dagramínea e da leguminosa na consorciação;• Condições ambientais;• Ritmo <strong>de</strong> crescimento da planta forrageira;• Ativida<strong>de</strong> da fauna e do microbiota e, Manejo do pastejo.Altas taxas <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> N não são<strong>de</strong>sejáveis porque afetam a estabilida<strong>de</strong> daconsorciação, uma vez que favorecem ocrescimento da gramínea, diminuem ocrescimento da leguminosa.2


25/04/2013Stylosanthes guianensisStylosanthes hamataStylosanthes capitataStylosanthes humilisStylosanthes guianensisStylosanthes humilisArachis pintoi Nome comum: amendoim forrageiro, amendoim <strong>de</strong> veado Características vegetativas: estolonífero, crescimentorasteiro Ciclo vegetativo: perene Caules: estolão Folhas: composta Flores: coloração amarelo Adaptação: regiões tropicais úmidas, no Brasil central(várzeas). Per<strong>de</strong> folha na seca, mas tem rebrote veloz. Tolerageada e rebrota com vigor na primavera. Pequena resposta aoCa, boa resposta ao P. Propagação: sementes Utilização: pastagens consorciadas e feno com produção <strong>de</strong> 10-15 t/ha4


25/04/2013Pueraria (Pueraria phaseoloi<strong>de</strong>s) Nome comum: kudzu tropical Características vegetativas: prostrado Ciclo vegetativo: perene Caules: bem <strong>de</strong>senvolvidos, volúveis e recobertostotalmente Folhas: trifoliadas, com folíolos rombói<strong>de</strong>s,apresentando-se recobertos <strong>de</strong> pelos ferrugíneos Flores: coloração lilás Frutos: vagens cilíndricas, estreitas e longas (9-10 cm) Adaptação: qualquer tipo <strong>de</strong> solo, preferindo os <strong>de</strong>média fertilida<strong>de</strong> e com boa precipitação Propagação: sementes (3 a 5 kg/ha) Utilização: pastagens consorciadas e fenoKudzu tropicalLEUCENA• Gênero: Leucaena• Espécie: Leucaena leucocephala (Lam.) <strong>de</strong> Wit.• Nome comum: LEUCENA• Características Vegetativas: Planta arbustivaou arbórea perene. Folhas bipinadas, paripinadascom 4 a 10 pares <strong>de</strong> pinas. Flores brancas, muitopequenas, agrupadas em inflorescência tipocapítulo, globoso. As vagens são finas, achatadase longas (10 a 20 cm). As sementes são <strong>de</strong>coloração marrom escura, brilhantes.5


25/04/2013LEUCENA 10 cultivares no mundo (2 híbridos), cv.Cuningham é o mais usado no Brasil• ADAPTAÇÃO: Prefere solos com pH mais elevado, maspo<strong>de</strong> crescer em solos ácidos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não apresentemalumínio.Não aceita solos encharcados.Requer 600 a 700 mm <strong>de</strong> chuva- 22 a 30˚C.Suporta estiagem curta e geadasAtacado por cupins e formigasPsilí<strong>de</strong>o é a principal praga do mundo• PROPAGAÇÃO:Sementes: 5 a 6 Kg/ha (40 a 60 sementes/m em linhasespaçadas <strong>de</strong> 2,00 m)20 a 40 Kg/ha: linhas espaçadas <strong>de</strong> 0,5 a 1,0m) Os cultivares foram agrupados em três tiposprincipais:Havai: baixo, arbustivo, <strong>de</strong> florescimento precoce.El Salvador: alto, ramos esparsos na base, <strong>de</strong>florescimento tardio.Perú: alto, bastante ramificado na base, <strong>de</strong>florescimento tardio.LEUCENAUTILIZAÇÃO: Banco <strong>de</strong> proteína, Pastagens consorciadas(gramíneas estoloníferas) e Adubação ver<strong>de</strong>, Produção <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Ótima qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forragem e aceitabilida<strong>de</strong> (PB


25/04/2013GuanduGuandu• Gênero:Cajanus• Espécie:Cajanus cajan (L.) Millsp• Nome comum:Guandu• Características Vegetativas: Arbusto perene <strong>de</strong> 1,5 a 3m <strong>de</strong>altura,• Origem: África tropical oci<strong>de</strong>ntal, e América Central Folhastrifolioladas, Flores po<strong>de</strong>m ser totalmente amarelas ouapresentarem o estandarte com estrias vermelhas. Frutossão vagens com reentrancias visíveis lateralmente. Assementes tem formato globoso, po<strong>de</strong>ndo ser <strong>de</strong> coloraçãocreme amarelada, marrom ou apresentar pintas escurassobre fundo claro.• ADAPTAÇÃO:De elevada rusticida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> sercultivada em qualquer tipo <strong>de</strong> solo. Não apresentaexigências.• PROPAGAÇÃO: Sementes:10 a 14 Kg/ha: linhas espaçadas <strong>de</strong> 0,5 a 1,0m)120 a 150 Kg/ha: linhas espaçadas <strong>de</strong> 0,3- 0,4m)linhas espaçadas <strong>de</strong> 5 a 10m(20sementes/cova)Guandu• UTILIZAÇÃO:Enriquecer palhada <strong>de</strong> milho (na razão <strong>de</strong> 30% <strong>de</strong> sementes)Grãos na alimentação humana e animalAdubação ver<strong>de</strong>FenaçãoALFAFA• Espécie: Medicago sativa L.• Nome comum: alfafa• Origem: Ásia• Ciclo vegetativo: perene• Aspectos morfológicos:Raíz pivotante (2a 5 m <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>)Caule herbáceoFolhas trifoliadas com folíolos ovaisFlores pequenas <strong>de</strong> cor violácea dispostas em rácemos abertosFruto Legume, in<strong>de</strong>iscenteSementes pequenas (1 g/ 500 a 550 sementes)7


25/04/2013ALFAFAALFAFA• Clima: temperado, crescimento reduzido no inverno rigoroso.• Temperatura Ótima: 10 a 25˚C.• Produção >na.primavera/verão• Tolerante a seca = raiz profunda• Chuvas 900 a 1400mn/ano .• Produção 1 kg <strong>de</strong> MS = 700 a 800 litros d’água.• Solo:Exigente em fertirida<strong>de</strong> ( Solos profundos),Textura areno argilosa.pH ótimo 6 a 7,5 (ausência <strong>de</strong> alumínio e manganês)Exigente em K,P,Ca,Mg, S,B, Zn, Mo, Co.• ADUBAÇÃO:remoção <strong>de</strong> nutrientes=produção<strong>de</strong> 20 t MS/haP-106 kg <strong>de</strong> P 2 O 5 ; 493 <strong>de</strong> k 2 O; 196 <strong>de</strong> Ca; 45 <strong>de</strong>Mg e 45 <strong>de</strong> S.Recomendação:400 kg <strong>de</strong> KCl; 50 kg <strong>de</strong> sulfato<strong>de</strong> Zn; 25kg <strong>de</strong> ácido bórico.calcário 1,0 t/ha. Matéria orgânica( 20-25t/ha)PlantioAlfafaÉpoca= outono com 130 a 150 plantas/m 2Preparo do solo x tamanho das sementesProfundida<strong>de</strong>= 1 a 2 cmDensida<strong>de</strong>= 10 a 20kg/haPlantio=lanço (manual, mecânico)Linhas <strong>de</strong> 20 a 30 cmALFAFA• UTILIZAÇÃO: feno,silagem, corte e pastejoAlimentação humana (brotos, extratos <strong>de</strong> folhas);alimentação <strong>de</strong> aves (fonte <strong>de</strong> beta caroteno);Cortes – brotação basilar abaixo <strong>de</strong> 8 cm10 a 20 % <strong>de</strong> florescimento (primavera-verão)outono-inverno 34 a 36 diasAltura <strong>de</strong> corte 7 a 8 cmProblemas – pragas e doenças528


25/04/2013Pragas e doençasPor se tratar <strong>de</strong> uma cultura perene, aalfafa é predisposta a sofrer ataque <strong>de</strong>pragas e doenças, tanto na parte aéreacomo nas raízes, cujos efeitos sãoacentuados pelo manejo ina<strong>de</strong>quado oucondições ambientais <strong>de</strong>sfavoráveis.Entretanto, as mais sérias são aquelas queafetam as partes perenes das plantas,como a coroa e as raízes.Alfafa – pragas e doençasLagarta rosca (Agrostis apisilon)Lagarta da folha (Mocis latipens)Lagarta da alfafa (Colis lesbia pyrrthothera)Lagarta me<strong>de</strong> palmos (Rachiplusia nu)Outros : pulgões e besouros.Doenças Antraquinose (Colletrotriclum trifolii): mancha <strong>de</strong> coloraçãomarrom ou negra na base do caule. Cercóspora (Cercospora medicaginis): manchas amarelo-escurasnos folíolos; Podridão úmida da raiz: (Phytophthora megasperma) Fusarium (Fusarium) : podridão <strong>de</strong> coloração marrom nos tecidosvasculares das raízes Nematói<strong>de</strong>s; Manejo a<strong>de</strong>quado, acompanhamento freqüente do estadosanitário e, em alguns casos, pulverizações com fungicidas ouinseticidas po<strong>de</strong>m evitar prejuízos maiores a cultura. Gênero: CalopogoniumCALOPOGONIO Espécie: Calopogonium mucunoi<strong>de</strong>s Desv. Nome comum: CALOPOGONIO Características Vegetativas:Hábito <strong>de</strong> crescimento- prostrado.Ciclo vegetativo- pereneCaules- finos, flexíveis, volúveis, recobertos <strong>de</strong> pêlosferrugineos.Folhas- trifoliadas com folíolos <strong>de</strong> formato irregular etambém recobertos <strong>de</strong> pêlos ferrugineos.Flores- azuladasFrutos- vagens curtas e retas(2a 4 cm) e tambémrecobertos <strong>de</strong> pêlos ferrugineos.CALOPOGÔNIO ADAPTAÇÃO: Qualquer tipo <strong>de</strong> solo. Não tolera sombranem excesso <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>. PROPAGAÇÃO: Sementes:2 a 4 Kg/ha3 a 5 Kg/há UTILIZAÇÃO: pastagens consorciadas e fenação9


25/04/2013Soja PereneNeonotonia wightii10


25/04/2013JAVA OU JADEAlgumas características morfológicas e adaptativas <strong>de</strong>cultivares <strong>de</strong> <strong>leguminosas</strong> forrageiras tropicaisEspécieCultivarPorteecrescim.Exigênciafertilida<strong>de</strong>Dificulda<strong>de</strong>nomanejo(emconsórcio)Resistênciaà praga edoençaTolerânciaao maumanejopersistênciaProd.sementeVNArachispintoiAmarilloBelmonteHerbáceo,prostrado,estoloníferoMédiaBaixaMédia -CercosporioseAlta -CercosporioseAltaMédiaNula ou<strong>de</strong>sprezívelAlto, comaltapalatabilida<strong>de</strong>Calopogoniummucunoi<strong>de</strong>sComumHerbáceo,volúvelBaixa Média Alta Alta Alta MédioCajanusCajanSuper NSubarbusto,eretoBaixa Média Alta Média Alta MédioEspécieLeucaenaleucocephalaPuerariaphaseoloi<strong>de</strong>sCultivarCunninghamComumPorte eCrescimentoArbustivoarbóreo,eretoHerbáceo,volúvelExigênciafertilida<strong>de</strong>AltaMédia-AltaDificulda<strong>de</strong>Resistência ao mau Prod.Tolerânciano manejo à praga e manejo SementesVNdoença Persistência(consórcio)Ataque <strong>de</strong>Alto, comformigas ealtaAlta cupins no Média Altapalatabili<strong>de</strong>stabelecimea<strong>de</strong>ntoMédia Alta Baixa Alta MédioEspécieStylosanhtespp.(S. capitata+S.macrocephala)CultivarCampoGran<strong>de</strong>PorteecrescimentoHerbáceo,eretoExigênciafertilida<strong>de</strong>BaixaDificulda<strong>de</strong>nomanejo(consórcio)MédiaResistênciaà praga edoençaAlta -AntracnoseTolerânciaao mau Prod.manejo Semen VNPersistência-tesBaixa Alta MédioStylosanthesguianensisMineirãoHerbáceosubarbustivo,eretoBaixaAltaAlta -AntracnoseBaixa Baixa MédioNeonotoniawightiiClarence,Cooper,TinarooHerbáceo,volúvelAltaMédiaMédia -OídioBaixa Média AltoStylosanthesmacrocephalaPioneiroHerbáceo,eretoBaixaMédiaMédia -AntracnoseBaixa Alta Médio11


25/04/2013Principais aspectos positivos e negativos <strong>de</strong>cultivares <strong>de</strong> <strong>leguminosas</strong> forrageiras tropicaisEspécie Cultivar Aspectos positivos Aspectos negativosEspécie Cultivar Aspectos positivos Aspectos negativosCajanusCajanSuper NCrescimento rápido; Uso múltiplo;oferta <strong>de</strong> sementes no mercado;facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecimentoBaixa retenção <strong>de</strong> folhas naépoca seca. Ciclo <strong>de</strong> vidabienal.ArachisPintoiAmarilloBelmonteQualida<strong>de</strong> da forragem; persistência;tolerante ao encharcamento do solo;boa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consorciação.Também utilizada como planta <strong>de</strong>coberturaI<strong>de</strong>m cv. AmarilloBaixa retenção <strong>de</strong> folhas naseca; oferta e preço <strong>de</strong>sementes. Baixaprodutivida<strong>de</strong> em vários locaisBaixa retenção <strong>de</strong> folhas naseca. Propagação apenas pormudas.LeucaenaleucocephalaCunninghamQualida<strong>de</strong> da forragem; altapalatabilida<strong>de</strong>; capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>consorciação; alta produtivida<strong>de</strong> naestação chuvosa e, em locais <strong>de</strong> altafertilida<strong>de</strong> natural, boa produção naseca; oferta <strong>de</strong> sementes nomercado. Alta sobrevivência <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> estabelecido.Baixa tolerância a solosácidos, afetando a retenção<strong>de</strong> folhas na seca. Não po<strong>de</strong>ser o único volumoso nadieta, <strong>de</strong>vido a presença <strong>de</strong>mimosina (fator antinutricional).Calopogoniummucunoi<strong>de</strong>sComumOferta <strong>de</strong> sementes no mercado; boacapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ressemeadura natural;facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecimento. Plantiopo<strong>de</strong> ser associado com arroz. Tambémutilizada como planta <strong>de</strong> coberturaQualida<strong>de</strong> da forragem; baixaretenção <strong>de</strong> folhas na épocaseca; baixaaceitabilida<strong>de</strong>/palatabilida<strong>de</strong>no período chuvosoPuerariaphaseoloi<strong>de</strong>sComumCapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consorciação comgramíneas agressivas; alta qualida<strong>de</strong>da forragem, adaptada a áreasúmidas; pouco atacada por pragas edoenças; boa ressemeadura naturalBaixa retenção <strong>de</strong> folhas nasecaEspécie Cultivar Aspectos positivos Aspectos negativosStylosanthesguianensisMineirãoAdaptação a solos ácidos e <strong>de</strong> baixafertilida<strong>de</strong>; alta retenção <strong>de</strong> folhas naépoca seca; resistência à antracnose;florescimento tardio. Muito utilizadocomo banco <strong>de</strong> proteína no período seco.Difícil manejo do pastejo; altocusto das sementes; pequenaressemeadura natural;estabelecimento/crescimentoinicial lento• Nos atuais cultivares, a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>forragem e a estacionalida<strong>de</strong> da produção<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão da duração da estação seca e dociclo fenológico.StylosanthesPioneiromacrocephalaStylosanhtesspp.(S. capitata +S.macrocephala)NeonotoniawightiiCampoGran<strong>de</strong>Clarence,Cooper,TinarooAdaptados a solos arenosos; bomprodutor <strong>de</strong> sementes com boaressemeadura natural; capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>consorciação com B. <strong>de</strong>cumbens eAndropogon gayanus;Adaptação a solos arenosos; persistênciasob pastejo; ressemeadura natural; baixopreço da sementes; tolerância àantracnose alta ou média, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo dolocal <strong>de</strong> cultivo.Alto valor alimentício; capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>consorciação com gramíneas maisagressivas; boa ressemeadura naturalBaixa retenção <strong>de</strong> folhas naseca; atualmente sem oferta <strong>de</strong>sementes no mercado.Baixa retenção <strong>de</strong> folhas nasecaNão validada em várias regiõesdo Cerrado; possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serinvasora em áreas <strong>de</strong> integraçãopecuária lavoura; baixa oferta<strong>de</strong> sementes no mercado; baixaretenção <strong>de</strong> folhas na seca• Em geral, os cultivares têm comportamentotardio e foram selecionados para sistemas combaixo uso <strong>de</strong> insumos.• Características como porte, hábito <strong>de</strong>crescimento e palatabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>mandarãoestratégias diferenciadas <strong>de</strong> manejo.Dentre os cultivares ou gêneros botânicoscom maior estoque <strong>de</strong> informações,<strong>de</strong>stacam-se:• os estilosantes (Stylosanthes spp.),• o amendoim forrageiro (Arachis pintoi) e• a leucena (Leucaena spp.),Por serem os mais cultivados e/ou maispromissores.Conhecendo: as características adaptativas dos cultivares (solo eclima, principalmente), a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> folhas na seca e, a distribuição da produção ao longo do ano.........diversas combinações <strong>de</strong> pastagens consorciadaspo<strong>de</strong>rão existir na proprieda<strong>de</strong> visando o melhorsuprimento em quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> ao longo do ano,como por exemplo: pastagens consorciadas <strong>de</strong> Leucaena nas águas; pastagens <strong>de</strong> Cajanus na transição águas-seca e pastagens <strong>de</strong> Stylosanthes na época seca.12


25/04/2013 Dentre as gramíneas, o Andropogon gayanus cv.Planaltina ou cv. Baetí é o que apresenta maiorfacilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consorciação com as <strong>leguminosas</strong>herbáceas. A Brachiaria brizantha cv. Marandu tem semostrado a gramínea mais agressiva, sendo difícil aestabilida<strong>de</strong> dos pastos consorciados com<strong>leguminosas</strong> herbáceas ou <strong>de</strong> porte baixo.• Em Brachiaria, o cultivar Basilisk (B.<strong>de</strong>cumbens) tem sido a gramínea maisa<strong>de</strong>quada para o consórcio com <strong>leguminosas</strong>herbáceas no Cerrado.• No ecossistema <strong>de</strong> Mata Atlântica, aconsorciação <strong>de</strong> B.humidicola com oamendoim forrageiro (Arachis pintoi cv.Belmonte) ou com o Desmodium ovalifoliumcv. Itabela tem apresentado gran<strong>de</strong>estabilida<strong>de</strong>.• A Pueraria phaseoloi<strong>de</strong>s (kudzu tropical)assume gran<strong>de</strong> expressão em consórcio comdiversas gramíneas na região amazônica.Persistência da leguminosa forrageiraLeguminosas forrageiras e seu valor paraprodução animalA produção <strong>de</strong> sementes pela leguminosa, emcondição <strong>de</strong> pastejo, exerce uma forteinfluência na sua persistência no sistema.Os cultivares que não conseguem constituir umrazoável banco <strong>de</strong> sementes no solo, ficam maissuscetíveis a ação do fogo e <strong>de</strong> fenômenos comosecas prolongadas, comprometendo suaregeneração na comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> plantas dapastagem.ItemArachis pintoiStylosanthesguianensis 1Glycinewightii2Leucaenaleucocephala 3Medicago sativa 4Coef. Digestib. Aparente 64,4 49,2 44,3 55,6 59,9Matéria Seca 88,1 91,6 90,1 92,7 90,0Proteína Bruta 5 14,3 9,8 12,3 16,3 17,0Carboidratos(CHO) 5 79,9 81,0 52,0Fibra Det. Neutro 5 52,5 63,7 43,3 53,4Fibra Det. Ácido 5 35,8 50,1 19,3 33,8Ganho em peso (kg/animal)160140120100806040200A. gayanus+S.guianensis cv. MineirãoA. gaynusA.gayanusCelulose 5 38,3 26,3 11,6 24,5Hemicelulose 5 16,7 13,6 13,9 9,5Lignina 5 11,2 11,8 14,4 12,9-20-40Mai Jul Set Nov Jan Mar AbrEfeito <strong>de</strong> <strong>leguminosas</strong> no ganho em peso <strong>de</strong> novilhas azebuadas duranteos períodos <strong>de</strong> seca e chuva (1993/94).Efeito <strong>de</strong> <strong>leguminosas</strong> no ganho <strong>de</strong> peso <strong>de</strong> novilhas azebuadas duranteos períodos <strong>de</strong> seca e chuvas13


25/04/2013Efeito <strong>de</strong> pastagens <strong>de</strong> Brachiaria spp recuperadas pela introdução <strong>de</strong> Stylosanthes guianensis cv.Mineirão, em dois solos <strong>de</strong> Uberlândia (MG), no ganho <strong>de</strong> peso <strong>de</strong> novilhas nelores.Local/Épocas g/dia/an kg/haFazendaCachoeira²B ruziziensis + MineirãoLotação(UA/ha)cg/dia/an kg/ha Lotação(UA/ha)B. ruziziensis puraAnual 303 190Chuvas 450 1,42 406 1,27Seca -12 0,86 -72 1,18Fazenda SantaInês³B. <strong>de</strong>cumbens + Mineirão B. <strong>de</strong>cumbens puraAnual 460 301Chuvas 622 1,51 511 1,17Seca 205 0,80 131 0,80Efeito da inclusão do estilosantes Campo Gran<strong>de</strong> no ganho <strong>de</strong> peso na recria<strong>de</strong> bezerros nelore em pastagens recuperadas <strong>de</strong> B. <strong>de</strong>cumbensGanho <strong>de</strong> peso (kg/animal/dia)Período 0,6UA/haB +CGBP B +CGc1,0UA/haBP B +CG1,4UA/ha97/98 138 139 264 220 330 30998/99 225 187 380 308 470 36799/00 234 204 302 259 472 3302,0TOTAL (a)(kg/ha)Arroba/ha 1,521,2 18,7Diferença 1,0 -Arroba/ha0,50,0-0,5597 530 946 787 1.27234,4 27,8+2,4 +6,6 +9,5BP1.00645,0 35,5Produção <strong>de</strong> leite em pastagens <strong>de</strong> capim Estrela Africana (Cynodon nlemfuensis)em monocultivo e consorciado com Arachis pintoi.Produção Capim Estrela Estrela + A. pintoi Incremento (%)1990kg/vaca/dia 7,7 b 8,8 akg/ha/dia* 22,3 25,5 14,3c1991 – 1992kg/vaca/dia 9,5 b 10,9 akg/ha/dia 22,8 25,9 13,6* Lotação <strong>de</strong> 2,9 e 2,4 U.A. em 1990 e 1991/1992, respectivamente.Ganho <strong>de</strong> peso acumulado (kg/animal)-1,0set nov jan mar mai jul set nov jan mar30025020015010050(b)B. brizantha cv. Marandu+Bco. <strong>de</strong> proteína na secaB. <strong>de</strong>cumbens/S. guianensis cv. MineirãoB. brizantha cv. Marandu/Leucena "híbrido 11x25"0set nov jan mar mai jul set nov jan marGanho <strong>de</strong> peso <strong>de</strong> tourinhos da raça Nelore, no período <strong>de</strong> setembro/2001 amarço/2003, recriados em pastagens renovadas. O peso inicial médio dos animais era<strong>de</strong> 217 7,4 kg.Produção <strong>de</strong> leite <strong>de</strong> vacas (Sahiwal x Friesian) <strong>de</strong> primeira lactação em pastagens<strong>de</strong>: Setaria sphacelata adubada anualmente com nitrogênio e <strong>de</strong> B.<strong>de</strong>cumbens/Leucaena leucocephala suplementada com três níveis <strong>de</strong> concentradoPastagens 1 Concentrado Produção <strong>de</strong> leiteFatores antinutricionais das<strong>leguminosas</strong>(kg/vaca/dia) (kg/dia) (kg/lactação) (kg/ha)Setaria+300 kg/ha/ano <strong>de</strong> N 0 4,90,33 1.364134 6.820cB. <strong>de</strong>cumbens/L. leucocephala 2 0 6,10,23 1.836137 9.180B. <strong>de</strong>cumbens/L. leucocephala 4 8,70,30 2.609102 13.045B. <strong>de</strong>cumbens/L. leucocephala 6 11,20,25 3.352052 16.76014


25/04/2013Produtos secundáriosFatores antinutricionaisOs compostos químicos liberados pelas plantasou microrganismos no ambiente e que causam efeitosbenéficos ou <strong>de</strong>letérios sobre outras plantas oumicrorganismos são <strong>de</strong>nominados <strong>de</strong> substânciasalelopáticas, agentes aleloquímicos ou simplesmentealeloquímicos, ou produtos secundários. Todas as plantas são potencialmente capazes <strong>de</strong>sintetizar compostos alelopáticos, embora as plantascultivadas e suas varieda<strong>de</strong>s comerciais tenham perdidomuito essa capacida<strong>de</strong>. Essa característica era mais comum nos precursoressilvestres das atuais plantas cultivadas, que seadaptaram para competir com outras plantas,garantindo não só a formação <strong>de</strong> estan<strong>de</strong>s puros, comotambém a <strong>de</strong>fesa contra insetos e outros predadores(Bansal & Bhan, 1993).Vias prováveis seguidas por compostos aleloquímicos da liberaçãopela planta doadora até causar o efeito alelopático na planta receptora.Efeitos AleloquímicosSabe-se que afetam processos na planta, taiscomo:• a germinação das sementes e o crescimento dasplântulas;• a assimilação <strong>de</strong> nutrientes;• a fotossíntese;• a respiração;• a síntese <strong>de</strong> proteína;• a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> várias enzimas;• a perda <strong>de</strong> nutrientes pelos efeitos napermeabilida<strong>de</strong> da membrana celular.Alelopatia em alfafaEfeito das culturas prece<strong>de</strong>ntes sobre a emergênciae o crescimento das plântulas <strong>de</strong> alfafa e <strong>de</strong> sorgoaos 21 dias após o plantio.O seu crescimento, avaliado pela altura e peso fresco porplanta, foi significativamente reduzido em solopreviamente cultivado com alfafa, quando comparadoàquele obtido em solo previamente cultivado com sorgo(Tabela 1).G = germinação; H = altura das plantas; P = peso fresco/plantaFonte: Heg<strong>de</strong> & Miller (1990).15


25/04/2013Heterotoxicida<strong>de</strong>Alelopatia• A alfafa contém substâncias solúveisem água que são inibidoras não somenteda própria espécie, mas também <strong>de</strong>outras.• Essas substâncias são capazes <strong>de</strong>afetar o restabelecimento da alfafa emáreas on<strong>de</strong> ela já existiu.Esses compostos fitotóxicos solúveisem água são liberados <strong>de</strong>ntro do ambientedo solo, por meio <strong>de</strong> folhas frescas, caulese tecidos da coroa, bem como <strong>de</strong> materialseco, raízes em <strong>de</strong>composição e sementes(Hall & Hen<strong>de</strong>rlong,1989).A<strong>de</strong>mais, vale a pena ressaltar que o efeitoalelopático <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um composto que é adicionadoao ambiente.• Nesse sentido, uma planta na pastagem po<strong>de</strong>afetar o crescimento da outra, sem que ocorra o efeitoalelopático, mediante competição por fatores doambiente, tais como água, luz e nutrientes(Rodrigues et al., 1992).Manejo da área com alfafaEm geral, quando se reintroduz a alfafa emestan<strong>de</strong>s já estabelecidos, mas em <strong>de</strong>cadência, aincorporação <strong>de</strong> resíduos das plantas velhas aosolo libera substâncias inibidoras que afetaram asplântulas novas.• É possível o estabelecimento <strong>de</strong> alfafa,respeitando-se um período mínimo <strong>de</strong> duassemanas após a incorporação dos resíduos pelalavração, ou <strong>de</strong> três semanas após a aplicação<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssecante. Porém, já existem relatos <strong>de</strong> cultivares <strong>de</strong> alfafa comalguma tolerância à alelopatia, o que indica a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> melhoramento genético para tal fator (Miller, 1996). A Crotalaraia juncea é uma leguminosa anual que, segundoCalegari et al. (1993), tem efeito alelopático e/ousupressor <strong>de</strong> invasoras bastante expressivo. Wutke (1993) cita que há evidências dos efeitosalelopáticos da Crotalaria juncea sobre a tiririca (Cyperusrotundus).Implicações do efeito alelopático É importante fazer a distinção entre o tipo e a duraçãodas interações que ocorrem nos ecossistemas paramelhor visualizar os efeitos alelopáticos. Assim, por exemplo, a inibição do crescimento <strong>de</strong> umaleguminosa em uma pastagem, pela mesma leguminosaou por uma gramínea, quando os fatores necessários aocrescimento não são limitantes para as plantasenvolvidas, <strong>de</strong>corre da autotoxicida<strong>de</strong> (alelopatiaintra-específica) ou da alelopatia propriamente dita(interespecífica) (Rodrigues et al., 1993).16


25/04/2013Efeitos alelopáticos <strong>de</strong> extratos aquosos obtidos <strong>de</strong> três espécies <strong>de</strong> Brachiaria (B.<strong>de</strong>cumbens, B. humidicola e B. brizantha cv. Marandu) sobre as <strong>leguminosas</strong>forrageiras Centrosema pubescens, Calopogonium mucunoi<strong>de</strong>s, Macrotyloma axillarecv. Guatá e Stylosanthes guianensis.Efeitos alelopáticos <strong>de</strong> extratos aquosos obtidos <strong>de</strong> três cultivares <strong>de</strong> Panicummaximum (Mombaça, Aruana e Tanzânia-1)sobre as <strong>leguminosas</strong> forrageiras em laboratório.Médias seguidas por letras iguais (maiúsculas – sem extrato e minúsculas – comextrato) na mesma coluna não diferem entre si pelo teste <strong>de</strong> Tukey (P>0,01).Fonte: Almeida (1993).Médias seguidas <strong>de</strong> letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nascolunas, não diferem entre si pelo Teste <strong>de</strong> Tukey (P>0,05). Fonte: Almeida(1999)Efeitos alelopáticos <strong>de</strong> extratos aquosos obtidos <strong>de</strong> três cultivares <strong>de</strong> Panicummaximum (Mombaça, Aruana e Tanzânia-1) sobre as <strong>leguminosas</strong> forrageirasem laboratório.Implicações do efeito AlelopáticoAs cultivares <strong>de</strong> P. maximum estudadas apresentaram potencialalelopático, variando <strong>de</strong> acordo com a espécie <strong>de</strong> leguminosa.A cv. Mombaça mostrou-se a mais alelopática para as <strong>leguminosas</strong>avaliadas.Sugere-se que o guandu não seja semeado com a cv. Tanzânia–1,até que estudos em condições <strong>de</strong> campo possam confirmar ou não osresultados obtidos no presente trabalho, em laboratório e em casa-<strong>de</strong>vegetaçãoMédias seguidas <strong>de</strong> letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, nãodiferem entre si pelo Teste <strong>de</strong> Tukey (P>0,05). Fonte: Almeida (1999)OBRIGADA17

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