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boletim 16_pdf - inegi - Universidade do Porto

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Artigo de Opinião <strong>do</strong> ProfessorAntónio Torres MarquesEngenheiro Mecânico pela Faculdade de Engenharia da <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> eDoutora<strong>do</strong> pelo Cranfield Institute of Technology, UK, é actualmente ProfessorCatedrático da Faculdade de Engenharia da <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (Departamentode Engenharia Mecânica e Gestão Industrial). É investiga<strong>do</strong>r <strong>do</strong> INEGI e lidera acoordenação de projectos europeus e nacionais na área <strong>do</strong>s materiais compósitos.A natureza intrínseca <strong>do</strong>s materiais compósitos,onde a liberdade de projectar e produzir o materialà medida, faz com que a imaginação tenha queestar sempre presente para responder a desafiosque nos são coloca<strong>do</strong>s ou lançar novos desafios àindústria ou às entidades promotoras de I&D.Sen<strong>do</strong> certo que “Inovação é algo de novo comvalor acrescenta<strong>do</strong> quer pela introdução ouadaptação de produtos, serviços ou processos, istoé, tu<strong>do</strong> que ajude uma empresa a adaptar-se a umaenvolvente em mudança”, poder-se-á dizer que oINEGI, e em particular os seus intervenientes naárea de Materiais Compósitos, têm contribuí<strong>do</strong>para a promoção da INOVAÇÃO em Portugal. Defacto, embora se sinta que se podia e devia fazermais, a actividade realizada, envolven<strong>do</strong> Projecto,Fabrico e Ensaio com Materiais Compósitos, temti<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s visíveis nos diversos indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong>factor de inovação. Assim, desde a publicação deartigos científicos, ao registo de patentesrelacionadas com novos processos tecnológicosou novos sistemas de ensaios não destrutivos,passan<strong>do</strong> por transferência de tecnologia e pelaconsultoria e realização de ensaios (onde para além<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ensaio se contribui com informaçãode aconselhamento), a área de materiaiscompósitos tem procura<strong>do</strong> acrescentar valor emtu<strong>do</strong> o que se envolve. A actividade desenvolvidatem, também, incluída a simulação estrutural e deprocessos. Por outro la<strong>do</strong>, o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>comportamento ao fogo/fumo de diferentes tiposde materiais e sobre diferentes substratos tem si<strong>do</strong>desenvolvi<strong>do</strong> por um laboratório específico que seencontra já acredita<strong>do</strong>.A natureza intrínseca <strong>do</strong>s materiais compósitos,onde a liberdade de projectar e produzir o materialà medida, faz com que a imaginação tenha queestar sempre presente para responder a desafiosque nos são coloca<strong>do</strong>s ou lançar novos desafios àindústria ou às entidades promotoras de I&D. Poroutro la<strong>do</strong>, usan<strong>do</strong> uma política de colaboração eabertura a outras entidades <strong>do</strong> sistema de ensinoe investigação, procuramos difundir o potencialdestes materiais e, deste mo<strong>do</strong>, criar em Portugaluma massa crítica que permita ao país estar emposição interessante a nível internacional. Por isso,atrevemo-nos a dizer que o sector <strong>do</strong>s materiaiscompósitos e, muito liga<strong>do</strong> a eles, os materiais eestruturas inteligentes, serão, no século XXI, damaior importância para a economia portuguesa.O desafio é conseguir acrescentar valor e transferiros conhecimentos de I&D para a indústria.Em estu<strong>do</strong>s prospectivos realiza<strong>do</strong>s peloDepartamento de Prospectiva e Planeamento <strong>do</strong>MINISTÉRIO DAS CIDADES, ADMINISTRAÇÃOLOCAL, HABITAÇÃO E DESENVOLVIMENTOREGIONAL, tem si<strong>do</strong> sugeri<strong>do</strong> como sector aexplorar o <strong>do</strong>s materiais compósitos. É importantea realização de estu<strong>do</strong>s prospectivos que ajudema escolher as áreas em que o país pretende apostar.No entanto, Portugal não tem ti<strong>do</strong> uma política dedefinição de áreas estratégicas de I&D e, fruto disso,foram tomadas decisões com um impacto muitonegativo no sector de materiais compósitos. Defacto, a retirada da participação portuguesa <strong>do</strong>consórcio AIRBUS foi uma decisão que impediu aabertura de oportunidades que poderiam estar amudar Portugal, basta ver o que sucedeu emEspanha. Apesar disso, o teci<strong>do</strong> industrial portuguêstem recebi<strong>do</strong> novos intervenientes no sector demateriais compósitos, com dinamismo e abertos anovos desafios.Num perío<strong>do</strong> de dificuldades impõe-se a união deesforços, no senti<strong>do</strong> de rentabilizar equipamentose valorizar competências. Ten<strong>do</strong> diversasuniversidades, laboratórios e instituições deinterface si<strong>do</strong> contempladas, nos últimos 10 anos,com equipamentos diversos, alguns deles deeleva<strong>do</strong> investimento e raros mesmointernacionalmente, impõe-se que essasinstituições encontrem um mo<strong>do</strong> de operar ondea utilização <strong>do</strong>s equipamentos seja aberta a quemdeles precisar e tenha competência e vontade emacrescentar valor com a sua utilização. Só assim,poderemos rentabilizar os equipamentos e tercapacidades instaladas para desenvolver novosprodutos, processos ou serviços fundamentais paraque a indústria portuguesa possa exportar.Registan<strong>do</strong> o empenha<strong>do</strong> e interessante trabalhoque a Agência de Inovação tem vin<strong>do</strong> a realizar,mas observan<strong>do</strong> algumas políticas de inovação depaíses com dimensão igual ou inferior à de Portugal,parece-nos que seria interessante lançar um novoprocesso de apoio à inovação, para além <strong>do</strong>s queestão em curso. Nesse processo, seria abertoconcurso a instituições de interface para programasquinzenais de apoio à inovação nas suas diferentesvertentes. Após o concurso as entidades a quemfor atribuí<strong>do</strong> o financiamento poderiam, porcritérios de avaliação próprios, decidir como e queprojectos seriam financia<strong>do</strong>s. O objectivo será queo financiamento desses projectos conduzisse a umretorno suficientemente eleva<strong>do</strong> que venha apermitir uma auto-sustentação <strong>do</strong> programa, apósos primeiros cinco anos. A avaliação incidiria sobreos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s e não sobre o que se prometefazer. A entidade responsável pelo programa, eoutras que a ela se associassem, seriam avaliadasem função <strong>do</strong> retorno obti<strong>do</strong>, isto é, pelo valoracrescenta<strong>do</strong> que os projectos apoia<strong>do</strong>s fossemcapazes de gerar. Aqui, embora reconhecen<strong>do</strong>algumas dificuldades, lança-se um desafio àsinstituições de interface: incluir, desde já, no seuorçamento uma verba (mesmo que pequena)destinada a fomentar programas deste tipo.Registamos com satisfação o lançamento, pelaGALP GÁS, da nova garrafa de gás <strong>do</strong>mésticoPLUMA. Neste processo para além da empresareferida, estiveram envolvi<strong>do</strong>s as empresas AMTROLALFA, SIMOLDES e BRANDIA, o PIEP – Pólo deInovação em Engenharia de Polímeros(<strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> Minho) e o INEGI (CETECOFF,CETERM e CEMACOM). Este produto, de concepção100% portuguesa, é a prova que, se soubermosdefinir as metas a atingir e tivermos capacidade deassumir riscos, também, em Portugal, somoscapazes de, trabalhan<strong>do</strong> em conjunto ecomplementaridade, produzir INOVAÇÃO.

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