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sistemática para identificação de oportunidades - PPGEM - UTFPR

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁCAMPUS CURITIBADIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃOPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DEMATERIAIS - <strong>PPGEM</strong>JOSMAEL ROBERTO KAMPASISTEMÁTICA PARA IDENTIFICAÇÃO DEOPORTUNIDADES INEXPLORADAS DEDESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOSUMA PROPOSTA BASEADA NA ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL ENO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOSCURITIBANOVEMBRO - 2009


JOSMAEL ROBERTO KAMPASISTEMÁTICA PARA IDENTIFICAÇÃO DEOPORTUNIDADES INEXPLORADAS DEDESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOSUMA PROPOSTA BASEADA NA ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL ENO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOSDissertação apresentada como requisito parcialà obtenção do título <strong>de</strong> Mestre em Engenharia,do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação emEngenharia Mecânica e <strong>de</strong> Materiais, Área <strong>de</strong>Concentração em Engenharia da Manufatura,da Diretoria <strong>de</strong> Pesquisa e Pós-Graduação, doCampus <strong>de</strong> Curitiba, da <strong>UTFPR</strong>.Orientador: Prof. Carlos Cziulik, Ph.D.Co-orientador: Prof.ª Carla Cristina AmodioEstorilio, Dra.CURITIBANOVEMBRO - 2009


TERMO DE APROVAÇÃOJOSMAEL ROBERTO KAMPASISTEMÁTICA PARA IDENTIFICAÇÃO DEOPORTUNIDADES INEXPLORADAS DEDESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOSUMA PROPOSTA BASEADA NA ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL ENO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOSEsta Dissertação foi julgada <strong>para</strong> a obtenção do título <strong>de</strong> mestre em engenharia,área <strong>de</strong> concentração em engenharia <strong>de</strong> manufatura, e aprovada em sua forma finalpelo Programa <strong>de</strong> Pós-graduação em Engenharia Mecânica e <strong>de</strong> Materiais._________________________________Prof. Giuseppe Pintaú<strong>de</strong>, D. Eng.Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> CursoBanca Examinadora__________________________________Prof. Paulo Carlos Kaminski, D. Eng.(POLI-USP)__________________________________Prof. Milton Borsato, D. Eng.(<strong>UTFPR</strong>)__________________________________San<strong>de</strong>rson C. Macedo Barbalho, D. Eng.(OPTO-UFSCar)__________________________________Prof. Carlos Cziulik, Ph.D.(<strong>UTFPR</strong>)__________________________________Prof.ª Carla C. Amodio Estorilio, D.ª Eng.(<strong>UTFPR</strong>)Curitiba, 23 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2009.


AGRADECIMENTOSAgra<strong>de</strong>ço primeiramente a minha família: minha mãe, Marlene B. Kampa; meu pai,Emílio Kampa; meu irmão, Rafael G. Kampa e a Nayamim dos Santos Moscal, pelocarinho, paciência e incentivo fundamental <strong>para</strong> a conclusão <strong>de</strong>ste trabalho.Ao meu orientador, Prof. Ph.D. Carlos Cziulik, pelo exemplo <strong>de</strong> conduta profissionale pessoal. Obrigado por me ensinar a <strong>de</strong>sbravar as fronteiras do conhecimento.Obrigado, mais uma vez, pela parceria <strong>de</strong> longa data.A minha co-orientadora, Prof.ª Dr.ª Carla Cristina Amodio Estorilio, pelo incentivo aoingresso no mestrado e por acreditar e investir no meu potencial <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a graduação.Sou eternamente grato.Ao Prof. Dr. Marco Aurélio <strong>de</strong> Carvalho, pela orientação profissional e pessoal,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a graduação, rumo à prosperida<strong>de</strong>.Aos meus colegas <strong>de</strong> Mestrado, em especial à Oksana Alphonse Dib, que nuncahesitou em compartilhar os seus talentos e a Niara <strong>de</strong> Oliveira Kaus (in memorian)pela simplicida<strong>de</strong> e pon<strong>de</strong>rações sempre valiosas. Também agra<strong>de</strong>ço a amiza<strong>de</strong> eprofissionalismo <strong>de</strong> Silvia Poledna, Juliane Bassi Padilha, Guilherme Garcia Darella,André Diogo Moscheto, Paulo Cézar Bernaski, Amanda Barbosa <strong>de</strong> Araújo Carvalho,Márcio Lázzari, Fábio Ribeiro <strong>de</strong> Camargo e Van<strong>de</strong>rlei Buzian. Estarão sempre nasminhas melhores recordações <strong>de</strong>ste mestrado.Ao corpo docente do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e <strong>de</strong>Materiais da <strong>UTFPR</strong> pelos conhecimentos compartilhados.A Capes, pela bolsa <strong>de</strong> mestrado que permitiu a continuida<strong>de</strong> dos meus estudos.A Flávio Leonel, Carlos Eduardo Pimpão Blume, Edu Back, Sezinando Ribeiro dosSantos, Tiago Rodrigues Weller, Ana Caroline Padilha, Thiago André Rossi, GheysaPrado, Cláudio Navarro, David Kretschek, Gustavo Giacomel Kutianski, MateusRoberto Urio e, mais uma vez, à Juliane B. Padilha e Oksana A. Dib, que sedispuseram a testar essas idéias e sugerir melhorias <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia.A todos os profissionais que partici<strong>para</strong>m <strong>de</strong>sta investigação.A você, leitor, que partilha das nossas <strong>de</strong>scobertas. Muito obrigado!


“A wise man will make more opportunities than he finds”Sir Francis Bacon


KAMPA, Josmael R. Sistemática <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sinexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos: uma proposta baseada naestratégia do oceano azul e no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos,2009, Dissertação (Mestrado em Engenharia)-Programa <strong>de</strong> Pós-graduação emEngenharia Mecânica e <strong>de</strong> Materiais, Universida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná,Curitiba, 321p.RESUMOLançar produtos antecipadamente no mercado e capazes <strong>de</strong> superar a concorrênciaou, até mesmo, torná-la irrelevante, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> substancialmente do processo <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos.Contudo, estudos revelam que este é um processo casual na maioria das empresase que é apoiado por poucas ferramentas. Dentre estas, a Estratégia do Oceano Azul(EOA) tem sido uma incógnita. Ela se propõe à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> mercadoinexplorados e <strong>de</strong> alto crescimento lucrativo, que re<strong>de</strong>finem o jogo competitivo.Contudo, não é clara como esta estratégia se integra no Processo <strong>de</strong>Desenvolvimento <strong>de</strong> novos Produtos (PDP). Também, pairam dúvidas sobre suareprodutibilida<strong>de</strong> científica. Apesar disto, a proposta vem atraindo a atenção <strong>de</strong>inúmeros profissionais mundo afora. Desta forma, um estudo envolvendo os temasapresentados foi realizado e uma sistemática <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sinexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos, baseada na EOA e integradaao PDP foi <strong>de</strong>senvolvida, apresentada e testada. A sistemática apresenta quatroestágios principais, baseadas na lógica <strong>de</strong> um Cubo <strong>de</strong> Prospecção <strong>de</strong>Oportunida<strong>de</strong>s (CPO), que dá suporte à proposta. Os testes indicaram que aabordagem é funcional, sem, no entanto, permitir avaliar todo o potencial da mesma.Novos testes e ajustes visando a sua simplificação são necessários. Seisrecomendações <strong>de</strong> trabalhos futuros são apresentadas ao final. Este trabalho contaainda com um levantamento <strong>de</strong> diferentes mo<strong>de</strong>los e mecanismos <strong>para</strong> ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Uma análise crítica da EOA é apresentada assimcomo uma sugestão <strong>de</strong> integração da mesma com o PDP.Palavras-chave: Estratégia do oceano azul, i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s,processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos, fuzzy front end.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


KAMPA, Josmael R. A systematic to i<strong>de</strong>ntify untapped opportunities for newproduct <strong>de</strong>velopment: a proposal based on blue ocean strategy and the newproduct <strong>de</strong>velopment process, 2009, Dissertação (Mestrado em Engenharia)-Programa <strong>de</strong> Pós-graduação em Engenharia Mecânica e <strong>de</strong> Materiais, Universida<strong>de</strong>Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, 321p.ABSTRACTTo launch products early in the market and capable of excelling the competition oreven making it irrelevant, <strong>de</strong>pend substantially on the process of i<strong>de</strong>ntifying newproduct <strong>de</strong>velopment opportunities. However, studies show that this is an ad-hocprocess in most companies, which is supported by a few tools. Among these, theBlue Ocean Strategy (BOS) has been an uncertain approach. It intends to i<strong>de</strong>ntifyuncontested market spaces with high profitable growth, which re<strong>de</strong>fines thecompetitive game. However, it is unclear how this strategy fits into the ProductDevelopment Process (PDP), a required issue to transform opportunities intofinancial gain. There are also some doubts about its scientific reliability. However, theproposal has attracted the attention of many professionals worldwi<strong>de</strong>. Thus, a studyof the issues presented was performed and to i<strong>de</strong>ntify uncovered opportunities to<strong>de</strong>velop new products based on the BOS and integrated to the PDP a systematicwas <strong>de</strong>veloped, presented and tested. The approach features four main stages,based on the Cube of Prospecting Opportunities (CPO), proposed to support theprocess of i<strong>de</strong>ntifying opportunities. The tests indicated that the approach isfunctional, yet unsuitable to evaluate the full potential of the proposal. New tests andadjustments aiming at simplification are necessary. Six recommendations for furtherwork are presented at the end. This work also presents a review of different mo<strong>de</strong>lsand mechanisms for i<strong>de</strong>ntifying opportunities. A critical analysis of the EOA ispresented as a suggestion on how to integrate it with the PDP.Keywords: Blue ocean strategy, opportunity i<strong>de</strong>ntification, new product <strong>de</strong>velopmentprocess, fuzzy front end.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


LISTA DE FIGURASFigura 1.1: Fluxo <strong>de</strong> caixa simplificado do ciclo <strong>de</strong> vida do produto. ......................... 22Figura 1.2: Fluxo <strong>de</strong> caixa simplificado com pontos <strong>de</strong> antecipação do ciclo <strong>de</strong> vida............................................................................................................................ 23Figura 1.3: Fluxo <strong>de</strong> caixa simplificado com <strong>de</strong>slocamentos das etapas do ciclo <strong>de</strong>vida..................................................................................................................... 23Figura 1.4: Conseqüências da criação <strong>de</strong> oceanos azuis sobre o lucro e ocrescimento. ....................................................................................................... 26Figura 1.5: Abordagem metodológica. ...................................................................... 28Figura 2.1: Caminho metodológico percorrido no Capítulo 2. ................................... 31Figura 2.2: Mo<strong>de</strong>lo do Processo <strong>de</strong> Desenvolvimento Integrado <strong>de</strong> Produtos(PRODIP). .......................................................................................................... 36Figura 2.3: Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência unificado do PDP. ................................................. 37Figura 2.4: Mo<strong>de</strong>lo Stage Gate®. .............................................................................. 39Figura 2.5: Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos conceitos. ................................... 42Figura 2.6: Contextualização do planejamento <strong>de</strong> produtos. .................................... 44Figura 2.7: Relação entre o PPE e o PDP no Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Referência Unificado. ....... 46Figura 2.8: O estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta do Stage Gate®. .............................................. 49Figura 2.9: Procedimento no planejamento do produto. ............................................ 52Figura 2.10: Sistema gerencial <strong>para</strong> a integração <strong>de</strong> planejamento estratégico eexecução operacional. ....................................................................................... 54Figura 2.11: Oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scobertas e previstas. ............................................... 60Figura 2.12: Oportunida<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntal. ........................................................................ 60Figura 2.13: Ações <strong>para</strong> <strong>de</strong>scoberta e previsão <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. .......................... 61Figura 2.14: Buscas <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s no presente. ................................................. 61Figura 2.15: Processo resumido <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> mercado. ...................................... 62PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Figura 2.16: Arena estratégica em três dimensões. .................................................. 68Figura 2.17: Abordagem Tuned in <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. .................. 73Figura 3.1: Abordagens <strong>de</strong> segmentação e <strong>de</strong>-segmentação. .................................. 98Figura 3.2: Esquema da relação entre EOA, PPE, PDP e PEP. ............................. 101Figura 4.1: Caminho metodológico percorrido até o Capítulo 3. ............................. 108Figura 4.2: Visão geral do Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s. ............ 111Figura 4.3: Visão geral da tabela <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobramento do mo<strong>de</strong>lo (ver Apêndice G).......................................................................................................................... 111Figura 4.4: Visão geral da integração dos formulários nos estágios do mo<strong>de</strong>lo...... 112Figura 4.5: Visão geral do mapa mental do CPO (ver Apêndice H). ....................... 113Figura 4.6: Mapa <strong>de</strong> leitura dos estágios. ............................................................... 114Figura 4.7: Cubo <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s (CPO). .................................... 115Figura 4.8: Eixos do CPO. ....................................................................................... 116Figura 4.9: Eixo “quem” – Clientes e não-clientes. .................................................. 131Figura 4.10: Quadrantes 1, 2, 3 e 4, <strong>de</strong> entrada. ..................................................... 138Figura 4.11: Quadrante 1, ver<strong>de</strong>, <strong>de</strong> entrada. ......................................................... 139Figura 4.12: Quadrante 2, amarelo, <strong>de</strong> entrada. ..................................................... 140Figura 4.13: Quadrante 3, amarelo, <strong>de</strong> entrada. ..................................................... 141Figura 4.14: Quadrante 4, laranja, <strong>de</strong> entrada. ........................................................ 142Figura 4.15: Exemplo <strong>de</strong> diagramação do problema dos compradores. ................. 143Figura 4.16: Obstáculos à utilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> o comprador. ........................................... 144Figura 4.17: Quadrante negro. ................................................................................ 145Figura 4.18: Quadrantes <strong>de</strong> saída. .......................................................................... 148Figura 4.19: Quadrante 5, amarelo, <strong>de</strong> saída. ......................................................... 148Figura 4.20: Quadrante 6, laranja, <strong>de</strong> saída. ........................................................... 149Figura 4.21: Quadrante 7, laranja, <strong>de</strong> saída. ........................................................... 150PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Figura 4.22: Quadrante 8, vermelho, <strong>de</strong> saída. ....................................................... 150Figura 4.23: Quadrantes 5 e 6, <strong>de</strong> saída. ................................................................ 151Figura 4.24: Quadrantes 7 e 8, <strong>de</strong> saída. ................................................................ 152Figura 4.25: Quadrantes 6 e 8, <strong>de</strong> saída. ................................................................ 153Figura 4.26: Quadrantes 7 e 8, <strong>de</strong> saída. ................................................................ 154Figura 4.27: Quadrantes 5, 6, 7 e 8, <strong>de</strong> saída. ........................................................ 155Figura 4.28: Visão esquemática do portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s no quadrantes 5, <strong>de</strong>saída. ............................................................................................................... 163Figura 4.29: Visão esquemática do questionário estruturado <strong>de</strong> saída. .................. 165Figura 4.30: Esquema da relação entre CPO, PPE, PDP e PEP. ........................... 167Figura 4.31: Aparelho <strong>de</strong> barbear Gillette Mach 3 Turbo, utilizado <strong>para</strong> aplicaçãopreliminar. ........................................................................................................ 171Figura 5.1: Caminho metodológico percorrido até o Capítulo 5. ............................. 177Figura 5.2: Escovas <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte Oral-B Advantage-Plus. ........................................... 181Figura 5.3: Mo<strong>de</strong>los em ma<strong>de</strong>ira do CPO. .............................................................. 182Figura 5.4: Fotos do experimento – treinamento e apresentação da tarefa. ........... 189Figura 5.5: Fotos dos grupos participantes do experimento e do grupo <strong>de</strong> controle.......................................................................................................................... 190Figura 5.6: Mecanismos empregados <strong>para</strong> busca <strong>de</strong> informações sobre problemasnos quadrantes <strong>de</strong> entrada. ............................................................................. 200Figura 5.7: Pontos fortes da proposta. .................................................................... 201Figura 5.8: Pontos fracos da proposta. ................................................................... 201Figura 5.9: Grau <strong>de</strong> conhecimento acerca do processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos. .................................. 202Figura 5.10: Exemplo <strong>de</strong> modificação nos quadrantes <strong>de</strong> entrada do mapa mental doCPO. ................................................................................................................ 208PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Figura 5.11: Exemplo <strong>de</strong> modificação nos quadrantes <strong>de</strong> saída do mapa mental doCPO. ................................................................................................................ 209Figura A.1: Oceanos azuis isolados e <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> oceano vermelho....................226Figura A.2: Ilustração da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> problema......................................................232Figura A.3: Comportamento dos <strong>para</strong>digmas no transcorrer do tempo...................234Figura A.4: Relacionamento entre setor e mercado.................................................236Figura B.1: Estrutura <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s empreen<strong>de</strong>doras.............239Figura B.2: Mo<strong>de</strong>lo prescritivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta e exploração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sempreen<strong>de</strong>doras...............................................................................................240Figura F.1: Embalagem e papel higiênico Scott compacto......................................266Figura F.2: MAV inicial do setor <strong>de</strong> papel higiênico.................................................267Figura F.3: Nova MAV do setor <strong>de</strong> papel higiênico..................................................268PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


LISTA DE TABELASTabela 2.1: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Urban e Hauser (1993).......................................................... 64Tabela 2.2: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Koen et al. (2002). ................................................................. 66Tabela 2.3: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cooper e Edgett (2007). ........................................................ 70Tabela 2.4: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Kelley e Littman (2007).......................................................... 72Tabela 2.5: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Stull, Myers e Scott (2008). ................................................... 77Tabela 3.1: Estratégia do oceano vermelho versus estratégia do oceano azul. ....... 82Tabela 3.2: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005)..................................................... 103Tabela 4.1: Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial. ............................... 158Tabela 4.2: Referências <strong>para</strong> cômputo da magnitu<strong>de</strong> da oportunida<strong>de</strong> e atrativida<strong>de</strong>.......................................................................................................................... 164Tabela 4.3: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 da aplicaçãopreliminar. ........................................................................................................ 172Tabela 4.4: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 6 da aplicaçãopreliminar. ........................................................................................................ 172Tabela 4.5: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 e 6 da aplicaçãopreliminar. ........................................................................................................ 172Tabela 4.6: Relação <strong>de</strong> idéias registradas no eixo “como” da aplicação preliminar.......................................................................................................................... 173Tabela 5.1: Perfil <strong>de</strong> atuação dos grupos. ............................................................... 178Tabela 5.2: Participantes e seus respectivos grupos. ............................................. 179PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Tabela 5.3: Relação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos do GPt. ..................................... 184Tabela 5.4: Duração da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospecção dos grupos. ............................... 190Tabela 5.5: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 do G1. ............ 191Tabela 5.6: Relação <strong>de</strong> idéias registradas no eixo “como” pelo G1. ....................... 192Tabela 5.7: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 do G2. ............ 192Tabela 5.8: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 do G3. ............ 193Tabela 5.9: Relação <strong>de</strong> idéias registradas no quadrante 6 do pelo G3. .................. 193Tabela 5.10: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 do G4. .......... 194Tabela 5.11: Relação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> quadrante 5 do G4. .......................................... 195Tabela 5.12: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 do G5. .......... 195Tabela 5.13: Relação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> quadrante 5 do G5. .......................................... 196Tabela 5.14: Relação <strong>de</strong> idéias e oportunida<strong>de</strong>s do GC. ........................................ 197Tabela 5.15: Procedimento utilizado pelo GC <strong>para</strong> a realização da tarefa. ............. 198Tabela B.1: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ko (2004)..............................................................................240Tabela B.2: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Fiet, Clouse e Norton Junior (2004).....................................241Tabela G.1: Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s............................................................................................270PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASAF - Administrativo-FinanceiroBC - Business Case (Caso <strong>de</strong> Negócios)BOS - Blue Ocean Strategy (Estratégia do Oceano Azul)BOSN - Blue Ocean Strategy Network (Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Estratégia do Oceano Azul)BW - BusinessWeek (Revista BusinessWeek)CAPES - Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong> Nível SuperiorCD - Compact Disc (Disco Compacto)CPO - Cubo <strong>de</strong> Prospecção <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>sDP - Dependabilida<strong>de</strong>FFE - Fuzzy Front End (Frente Difusa <strong>de</strong> Desenvolvimento)E1 - Estágio 1E2 - Estágio 2E3 - Estágio 3E4 - Estágio 4EOA - Estratégia do Oceano AzulGC - Grupo <strong>de</strong> ControleGDP - Gestão <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> ProdutosGE - Gestão EmpresarialGP - Gestão <strong>de</strong> ProjetosGPt - Grupo PilotoG1 - Grupo 1G2 - Grupo 2G3 - Grupo 3G4 - Grupo 4G5 - Grupo 5JO - Janela <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>MAV - Matriz <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> ValorMCIO - Mecanismos Convencionais <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>sMEREC - Matriz Eliminar-Reduzir-Elevar-CriarMK - MarketingMRU - Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Referência UnificadoP&D - Pesquisa e DesenvolvimentoPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


SUMÁRIOAGRADECIMENTOSRESUMOABSTRACTLISTA DE FIGURASLISTA DE TABELASLISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASSUMÁRIO1 INTRODUÇÃO 201.1 DEFINIÇÃO DA OPORTUNIDADE DE PESQUISA 211.2 OBJETIVOS 241.2.1 Objetivos específicos 241.3 JUSTIFICATIVA 251.4 ABORDAGEM METODOLÓGICA 271.5 ESTRUTURA DO TRABALHO 292 DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS e EOA 312.1 NOVOS PRODUTOS E DESEMPENHO EMPRESARIAL 322.2 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS 332.2.1 O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDP <strong>de</strong> Back et al. (2008) 352.2.2 O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDP <strong>de</strong> Rozenfeld et al. (2006) 372.2.3 O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDP <strong>de</strong> Cooper (2001) 382.3 PRÉ-DESENVOLVIMENTO – FUZZY FRONT END 402.3.1 O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> FFE <strong>de</strong> Koen et al. (2001 e 2002) 412.3.2 O PEP e o Planejamento do projeto e do produto no PRODIP 432.3.3 O PPE e a macro-fase <strong>de</strong> pré-<strong>de</strong>senvolvimento no MRU do PDP 452.3.4 O pré-<strong>de</strong>senvolvimento no Stage-Gate® 482.3.5 O planejamento do produto no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDP <strong>de</strong> Pahl et al. (2005). 512.3.6 Análise das abordagens <strong>de</strong> pré-<strong>de</strong>senvolvimento e FFE apresentadas 532.4 PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 542.4.1 O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PPE <strong>de</strong> Kaplan e Norton (2008) 542.4.2 Análise do PPE quanto a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 552.5 OPORTUNIDADES E O SEU RECONHECIMENTO 562.5.1 Oportunida<strong>de</strong>s e conhecimento prévio 582.5.2 Oportunida<strong>de</strong>s e o tempo 592.6 MECANISMOS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES 622.6.1 Mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Urban e Hauser (1993) 622.6.2 Mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Koen et al. (2002) 652.6.3 Mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cooper (2001) e Cooper e Edgett(2007). 66PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


2.6.4 Mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Kelley e Littman (2007) 712.6.5 Mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Stull, Myers e Scott (2008). 732.6.6 Análise dos mecanismos <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 772.7 DISCUSSÕES E CONCLUSÕES DO CAPÍTULO 2 783 ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL 813.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA EOA 823.2 FERRAMENTAS E MODELOS ANALÍTICOS 843.2.1 Análise das ferramentas e mo<strong>de</strong>los analíticos da EOA 843.3 PRINCÍPIOS PARA FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO BEM SUCEDIDA DA EOA 873.3.1 Análise dos princípios <strong>para</strong> formulação e implementação bem sucedida da EOA 883.4 ESTUDO DE CASO E ENTREVISTAS SOBRE A EOA E PDP E EVIDÊNCIAS PRÁTICAS933.4.1 Questionário enviado à empresa praticante e resultados 933.4.2 Questionário enviado aos autores e resultados 943.4.3 Questão enviada ao especialista <strong>de</strong> inovação da revista BusinessWeek 953.4.4 Questionário enviado aos consultores e resultados 963.5 ANÁLISE CRÍTICA DA EOA 963.5.1 Relação entre EOA, PPE, PDP e PEP 1013.5.2 Mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s da EOA 1033.6 DISCUSSÕES E CONCLUSÕES DO CAPÍTULO 3 1043.7 CARACTERIZAÇÃO DA OPORTUNIDADE DE PESQUISA 1054 MODELO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES 1074.1 HISTÓRICO DE DESENVOLVIMENTO DO MODELO 1074.2 PRESSUPOSTOS 1084.3 APRESENTAÇÃO DO MODELO 1104.3.1 Cubo <strong>de</strong> Prospecção <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s – CPO 1144.4 ESTÁGIO 1 – PROCESSAMENTO DA ENTRADA 1184.4.1 Entradas do mo<strong>de</strong>lo e do estágio 1 1184.4.2 Saídas do estágio 1 1194.4.3 Mecanismos, ferramentas e recursos necessários <strong>para</strong> o estágio 1 1194.4.4 Ativida<strong>de</strong>s e tarefas do estágio 1 1214.5 ESTÁGIO 2 – EXPLORAÇÃO DO CPO 1224.5.1 Entradas do estágio 2 1234.5.2 Saídas do estágio 2 1244.5.3 Mecanismos, ferramentas e recursos necessários <strong>para</strong> o estágio 2 1244.5.4 Ativida<strong>de</strong>s e tarefas do estágio 2 1294.6 ESTÁGIO 3 – PROCESSAMENTO DO CPO 1464.6.1 Entradas do estágio 3 1464.6.2 Saídas do estágio 3 1464.6.3 Mecanismos - Ferramentas e recursos necessários <strong>para</strong> o estágio 3 1474.6.4 Ativida<strong>de</strong>s e tarefas do estágio 3 1474.7 ESTÁGIO 4 – PROCESSAMENTO DA SAÍDA 1604.7.1 Entradas do estágio 4 1604.7.2 Saídas do mo<strong>de</strong>lo e do estágio 4 1604.7.3 Mecanismos - Ferramentas e recursos necessários <strong>para</strong> o estágio 4 1614.7.4 Ativida<strong>de</strong>s e tarefas do estágio 4 1624.8 INTEGRAÇÃO DO MODELO NO PPE E NO PDP 166PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


4.9 ACELERAÇÃO DA PROSPECÇÃO 1694.10 DIFERENCIAIS DESTA PROPOSTA 1704.11 APLICAÇÃO PRELIMINAR 1714.12 DISCUSSÕES E CONCLUSÕES DO CAPÍTULO 4 1735 AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL DO MODELO 1765.1 EXPERIMENTOS PROJETADOS 1785.1.1 Perfil dos grupos participantes 1785.1.2 Declaração da tarefa do experimento 1805.1.3 Recursos disponibilizados às equipes 1805.1.4 Questionário elaborado <strong>para</strong> o experimento 1825.2 EXPERIMENTO PILOTO 1835.2.1 Resultados do experimento piloto 1845.2.2 Respostas dos questionários aplicados ao grupo piloto 1845.2.3 Discussões realizadas com o grupo piloto 1865.2.4 Melhorias incorporadas no experimento final 1875.3 EXPERIMENTO FINAL 1885.3.1 Resultados do experimento final 1915.3.2 Respostas dos questionários aplicados aos grupos <strong>de</strong> 1 a 5 1985.3.3 Respostas dos questionários do grupo <strong>de</strong> controle 2025.3.4 Discussões realizadas com os grupos <strong>de</strong> 1 a 5 2035.4 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS 2055.5 MELHORIAS E AJUSTES NO MODELO 2075.6 DISCUSSÕES E CONCLUSÕES DO CAPÍTULO 5 2096 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 2116.1 CONCLUSÕES 2116.2 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 213PRODUÇÃO CIENTÍFICA NO PERÍODO (2007-2009) 214REFERÊNCIAS 216APÊNDICE A – CONCEITOS E DEFINIÇÕES FUNDAMENTAIS 223APÊNDICE B – OUTROS MECANISMOS E ABORDAGENS PARA AIDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES 238APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO DESTINADO A EMPRESA PRATICANTE DE EOAE RESPOSTAS 243APÊNDICE D – QUESTIONÁRIO DESTINADO AOS AUTORES KIM E/OUMAUBORGNE E/OU ASSISTENTES DIRETOS 255APÊNDICE E – QUESTIONÁRIO DESTINADO A CONSULTORES DE EOA(NACIONAIS E INTERNACIONAIS) 259APÊNDICE F – CASO DE APLICAÇÃO BRASILEIRA DA EOA NODESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS 265APÊNDICE G – DESDOBRAMENTO DO MODELO PARA A IDENTIFICAÇÃO DEOPORTUNIDADES 269APÊNDICE H – MAPA MENTAL DO CPO 276APÊNDICE I – FORMULÁRIO DA LISTA ESPECULATIVA DE OPORTUNIDADES EIDÉIAS DE NOVOS PRODUTOS 278APÊNDICE J – FORMULÁRIO DO PORTFÓLIO DE OPORTUNIDADES DE NOVOSPRODUTOS 280PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


APÊNDICE K – MODELO DE QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO PARA TESTE DAOPORTUNIDADE POTENCIAL 282APÊNDICE L – EXEMPLO DE PREENCHIMENTO DO MAPA MENTAL DO CPO 285APÊNDICE M – EXEMPLO DE PREENCHIMENTO DO PORTFÓLIO DEOPORTUNIDADES 287APÊNDICE N – QUESTIONÁRIO DESTINADO AOS PARTICIPANTES DOEXPERIMENTO 291APÊNDICE O – QUESTIONÁRIO DESTINADO AO GRUPO DE CONTROLE DOEXPERIMENTO 295PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 1 Introdução 201 INTRODUÇÃOA capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se aproveitar as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> riqueza que seapresentam em um dado momento é fundamental ao <strong>de</strong>senvolvimento econômicodos países e à continuida<strong>de</strong> e crescimento das empresas. Em um contexto <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s e competição globais, agilida<strong>de</strong> e proficiência nesta operação sãoqualida<strong>de</strong>s essenciais a qualquer participante.A balança que equilibra a relação entre setor (ven<strong>de</strong>dores) e mercado(compradores) e o trânsito da riqueza, se estabelece por relações <strong>de</strong> troca <strong>de</strong>valores (<strong>de</strong> bens e serviços, em troca <strong>de</strong> dinheiro) (KOTLER e KELLER, 2006). Notranscorrer do tempo, a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta relação recai na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> novasoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado e no <strong>de</strong>senvolvimento e oferta <strong>de</strong> novos produtos eserviços.Contudo, apesar <strong>de</strong> os novos produtos serem cruciais <strong>para</strong> o crescimento eampliação dos lucros <strong>de</strong> muitas organizações (URBAN e HAUSER, 1993), as taxas<strong>de</strong> fracasso com novos produtos são significativas (KOTLER, 1999). Dano que éagravado pelos custos totais <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que são daor<strong>de</strong>m <strong>de</strong> bilhões <strong>de</strong> dólares (COOPER, 2004). Inovar implica em correr este risco.Porém, ele po<strong>de</strong> ser minimizado com a adoção <strong>de</strong> algumas ações.Segundo Cooper (2001), o principal fator <strong>de</strong> sucesso nessa batalha dainovação está no Processo <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Produtos (PDP). Uma empresaque adote um bom mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDP ten<strong>de</strong> a minimizar as taxas <strong>de</strong> fracasso comnovos produtos. Contudo, a quebra <strong>de</strong> <strong>para</strong>digmas, inerente aos produtosinovadores, po<strong>de</strong> recair nas <strong>de</strong>cisões que dão início e antece<strong>de</strong>m o PDP.As etapas iniciais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um produto, também chamadas <strong>de</strong>Fuzzy Front End (FFE), apresentam-se entre as mais problemáticas e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>efeito nos resultados finais (COOPER, 1996 e 2001; HULTINK e ROBBEN, 1996;HUSTAD, 1996; SMITH e REINERTSEN, 1997; BAXTER, 2003). Elas tratam dai<strong>de</strong>ntificação da oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado a ser aproveitada, <strong>de</strong>cisão que influi nodirecionamento estratégico e nas etapas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Geralmente, estedirecionamento é lastreado pela competição, o que leva a uma sinergia <strong>de</strong>PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 1 Introdução 21estratégias alheia a gran<strong>de</strong>s inovações. As empresas ten<strong>de</strong>m a aproveitar asmesmas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado e adotar melhorias incrementais. As ofertas <strong>de</strong>valor resultantes competem entre si, seguindo uma estratégia <strong>de</strong> diferenciação oubaixo custo.Kim e Mauborgne (2005) comentam que, este <strong>para</strong>digma inicial em que seconcentra o raciocínio estratégico das empresas <strong>de</strong>ve ser quebrado. Deve-se buscaruma estratégia baseada na inovação <strong>de</strong> valor, <strong>de</strong> diferenciação e baixo custo, e nãona competição. Os esforços <strong>de</strong>vem ser direcionados a tornar a concorrênciairrelevante ao <strong>de</strong>sbravar mercados em que não haja a concorrência. Contudo,existem poucas ferramentas <strong>de</strong> gestão <strong>para</strong> a formulação e execução <strong>de</strong> estratégiasbaseadas na inovação <strong>de</strong> valor. A i<strong>de</strong>ntificação sistemática <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mercado inexploradas e a conversão <strong>de</strong>stas em produtos, serviços, e sistemas <strong>de</strong>negócios é um tema que <strong>de</strong>manda pesquisas na atualida<strong>de</strong>.1.1 DEFINIÇÃO DA OPORTUNIDADE DE PESQUISASegundo Baron e Shane (2007), reconhecer uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado é oprimeiro passo das ações empreen<strong>de</strong>doras. O <strong>de</strong>senvolvimento e o lançamento <strong>de</strong>um novo produto se figura como uma <strong>de</strong>stas ações em que, via <strong>de</strong> regra, sepersegue um lucro-alvo.Uma oportunida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como sendo uma chance <strong>de</strong> se conseguirum objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo. No caso das empresas, inseridas na economia mo<strong>de</strong>rna, umaoportunida<strong>de</strong> representa um potencial <strong>de</strong> ganho financeiro no processo <strong>de</strong> troca <strong>de</strong>valores entre setor e mercado. Trata-se <strong>de</strong> uma chance <strong>de</strong> oferecer ao mercado algo<strong>de</strong> seu interesse (um produto, serviço ou solução específica <strong>para</strong> um problemaespecífico) e <strong>de</strong> receber em troca algo interessante, como o dinheiro.Assim, o sucesso financeiro <strong>de</strong> um novo produto está diretamente atrelado aopotencial <strong>de</strong> mercado da oportunida<strong>de</strong> que o justifica e à agilida<strong>de</strong> com que estechega à fase <strong>de</strong> comercialização. Isto se torna evi<strong>de</strong>nte quando se observa ummo<strong>de</strong>lo do <strong>de</strong>sempenho financeiro <strong>de</strong> um produto durante a sua existênciacomercial. Na Figura 1.1 po<strong>de</strong>-se observar um fluxo <strong>de</strong> caixa típico e simplificado dociclo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> um produto genérico.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 1 Introdução 22Figura 1.1: Fluxo <strong>de</strong> caixa simplificado do ciclo <strong>de</strong> vida do produto.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Patterson (1993).Como po<strong>de</strong> ser observado, há um período finito, também chamado <strong>de</strong> janela<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> (JO), no qual se po<strong>de</strong> explorar economicamente uma oportunida<strong>de</strong>.Esta janela se abre quando a oportunida<strong>de</strong> ocorre (To) e se fecha quando o produtoé extinto (Te). Ambos os momentos são controlados principalmente pelo mercado. Oganho potencial da JO é <strong>de</strong>marcado pela área correspon<strong>de</strong>nte ao lucro líquido (entrePe e Te). Esta po<strong>de</strong> ser ampliada com o lançamento antecipado do produto e/oucom um aumento do fluxo positivo, como o conseguido quando se é o primeiro aexplorar um mercado e se <strong>de</strong>sfruta <strong>de</strong> um monopólio temporário.Gran<strong>de</strong> parte dos esforços <strong>de</strong> pesquisa da história recente do PDP seconcentra na redução do período entre o início do projeto (Tb) e o ponto <strong>de</strong> equilíbrio(Pe – tempo em que perdas e ganhos se igualam, em que a área A se iguala à áreaB) como medida <strong>de</strong> ampliação do período <strong>de</strong> lucro líquido (entre Pe e Te). Muito<strong>de</strong>ste conhecimento já está à disposição das empresas. Porém, existem alternativasmenos exploradas e pesquisadas. Como po<strong>de</strong> ser observado na Figura 1.1 e, <strong>de</strong>forma enfática, na Figura 1.2 e na Figura 1.3, se o intervalo entre o surgimento <strong>de</strong>uma oportunida<strong>de</strong> e a percepção <strong>de</strong>sta (To e Tp) e entre este evento e o início doprojeto voltado a capitalizá-la (Tp e Tb) pu<strong>de</strong>rem ser reduzidos, po<strong>de</strong>-se adiantar olançamento do produto no mercado.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 1 Introdução 23Figura 1.2: Fluxo <strong>de</strong> caixa simplificado com pontos <strong>de</strong> antecipação do ciclo <strong>de</strong> vida.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Patterson (1993).Conseqüentemente, o período que compreen<strong>de</strong> o lucro líquido (entre Pe e Te)po<strong>de</strong> aumentar (Figura 1.3). Acredita-se que a redução do período entre To e Tppo<strong>de</strong> ocorrer através <strong>de</strong> investimentos contínuos na prospecção <strong>de</strong> novasoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado com o emprego <strong>de</strong> uma sistemática adhoc.Figura 1.3: Fluxo <strong>de</strong> caixa simplificado com <strong>de</strong>slocamentos das etapas do ciclo <strong>de</strong> vida.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Patterson (1993).Annacchino (2007, pg. 29) comenta que as companhias precisam se tornarproficientes no reconhecimento <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, na ação <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir capitalizá-las ePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 1 Introdução 24na forma <strong>de</strong> conduzir programas bem sucedidos com elas. Contudo, estudosrevelam que a fase <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s é um tanto casual e poucosistematizada na maioria das empresas (SMITH e REINERTSEN, 1997; COOPER,2001; KIM e MAUBORGNE, 2005; COOPER e EDGETT, 2007), e nota-se que ela épouco estruturada nos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> PDP. Não se conhece um mo<strong>de</strong>lo específico <strong>para</strong>a i<strong>de</strong>ntificação sistemática e acelerada <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado inexploradasque se integre ao PDP.Kim e Maubourgne (2005) apresentam uma alternativa conceitualmentepromissora <strong>para</strong> a sistematização <strong>de</strong>ssa fase, chamada <strong>de</strong> Estratégia do OceanoAzul (EOA). Segundo eles, ela permite i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> criar novosmercados e tornar a concorrência irrelevante. Contudo, sua aplicação ainda é um<strong>de</strong>safio na prática. Todos os casos ilustrados por Kim e Mauborgne (2005) e porGomes (2007, p. 28-41) não se originaram da aplicação da EOA como proposta noprocedimento dos autores, mas <strong>de</strong> casos reais adaptados a ela. Da maneira comoapresentada por Kim e Maubourgne (2005) em seu livro, pairam dúvidas <strong>de</strong> comointegrá-la a um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento subseqüente, como o PDP, e atémesmo sobre sua reprodutibilida<strong>de</strong> científica. A abordagem abre margem <strong>para</strong>diferentes formas <strong>de</strong> aplicação, o que torna difícil mensurar seus benefícios e validála.Embora a EOA seja <strong>de</strong>stinada à formulação da estratégia da empresa, osexemplos elucidam produtos e serviços <strong>de</strong>la originados.1.2 OBJETIVOSO objetivo do presente trabalho é propor um mo<strong>de</strong>lo sistemático <strong>para</strong> ai<strong>de</strong>ntificação acelerada <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novosprodutos, baseado nos princípios conceituais da EOA e que se integre ao PDP.1.2.1 Objetivos específicosComo objetivos específicos, necessários ao alcance do objetivo principal, têmse:a) Descrever e caracterizar a EOA;PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 1 Introdução 25b) Descrever e caracterizar alguns dos principais mo<strong>de</strong>los do PDP;c) Descrever e caracterizar os Mecanismos Convencionais <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>Oportunida<strong>de</strong>s (MCIO) dos principais mo<strong>de</strong>los do PDP;d) Descrever e caracterizar os potenciais mecanismos <strong>de</strong> aceleração doprocesso <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s;e) Conduzir uma análise dos potenciais mecanismos <strong>de</strong> integração da EOA edos MCIOs com o PDP;f) Desenvolver e testar um mo<strong>de</strong>lo sistemático <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação acelerada <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos baseadona EOA e integrado ao PDP.1.3 JUSTIFICATIVAAcredita-se que se as empresas pu<strong>de</strong>rem utilizar um mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> ai<strong>de</strong>ntificação sistemática e acelerada <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos que se integre ao PDP, po<strong>de</strong>rão ter condições<strong>de</strong> acelerar o início <strong>de</strong> seus programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e <strong>de</strong> lançarantecipadamente os seus produtos no mercado. Com isso, espera-se aumentar apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ter um efeito positivo no retorno financeiro <strong>de</strong>ssesempreendimentos.Com<strong>para</strong>tivamente com as abordagens convencionais, com o mo<strong>de</strong>lo esperasecontribuir <strong>para</strong>:a) Aumentar o número <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s percebidas no processo <strong>de</strong>prospecção;b) Aumentar o número <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas (oceanos azuis)percebidas no processo <strong>de</strong> prospecção;c) Reduzir o período entre a ocorrência <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> e a sua percepção;d) Reduzir o período entre a percepção <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> e o início do<strong>de</strong>senvolvimento do produto/oferta <strong>de</strong> valor;PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 1 Introdução 26e) Clarear a transição da i<strong>de</strong>ntificação da oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimentoda oferta <strong>de</strong> valor.Como conseqüência <strong>de</strong>ssas contribuições espera-se que as empresaspossam reduzir a duração <strong>de</strong> seu ciclo total <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e aumentar o lucrolíquido dos seus programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.Embora não se possa quantificar <strong>de</strong> antemão tais benefícios, pois a medição<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> qualquer melhoria no PDP exige acompanhamento <strong>de</strong> projetosdo início ao fim, sabe-se que se os produtos forem lançados antecipadamente eforem exclusivos em um mercado, a empresa po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> um monopóliotemporário além <strong>de</strong> outras vantagens inerentes ao pioneirismo, como a fixação damarca na mente dos consumidores e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir as regras do jogocompetitivo subseqüente.Os ganhos com a estratégia <strong>de</strong> inovação <strong>de</strong> valor e exploração <strong>de</strong> mercadosinexplorados (oceanos azuis) geralmente são superiores aos obtidos com aestratégia <strong>de</strong> competição direta (oceanos vermelhos), como mostra um estudo sobrelançamentos <strong>de</strong> novos negócios por 108 empresas (Figura 1.4).Figura 1.4: Conseqüências da criação <strong>de</strong> oceanos azuis sobre o lucro e o crescimento.Fonte: Kim e Mauborgne (2005).Nota-se que o impacto na receita e nos lucros são maiores com a exploração<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> oceano azul. Os 14% dos lançamentos, <strong>de</strong>stinados à criação<strong>de</strong> oceanos azuis, geraram 38% da receita total e nada menos que 61% do lucrototal (KIM e MAUBORGNE, 2005). Os ganhos estão disponíveis <strong>para</strong> quemPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 1 Introdução 28Figura 1.5: Abordagem metodológica. 11 Todas as figuras e tabelas sem indicação explícita das fontes foram produzidas pelo autor.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 1 Introdução 29Em linhas gerais a rota inicialmente perseguida no esquema apresentado se dápelas seguintes etapas:a) Extensão da pesquisa exploratória (levantamento do referencial teórico, <strong>de</strong>trabalhos similares);b) Estudo <strong>de</strong> caso preliminar da EOA integrada no PDP (entrevista com umaempresa <strong>de</strong>senvolvedora <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> Curitiba);c) Entrevista com os Pesquisadores W. Chan Kim e Renée Mauborgne;d) Análise crítica da EOA, do PDP e <strong>de</strong> conceitos elementares;e) Desenvolvimento do mo<strong>de</strong>lo;f) Desenvolvimento <strong>de</strong> um experimento;g) Experimentação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>senvolvido;h) Análise dos resultados do experimento e ajustes no mo<strong>de</strong>lo;i) Conclusão da dissertação e pre<strong>para</strong>ção <strong>para</strong> a <strong>de</strong>fesa.1.5 ESTRUTURA DO TRABALHOO presente trabalho apresenta-se dividido em cinco capítulos principais.O Capítulo 1 é a parte introdutória que explicita toda a problemática <strong>de</strong>pesquisa assim como os caminhos projetados <strong>para</strong> se atingir o objetivo proposto ejustificado.No Capítulo 2, algumas informações complementares ao Capítulo 1 e que dãosuporte aos Capítulos 3 e 4 são apresentadas. Inicialmente são discutidos algunsconceitos e <strong>de</strong>finições importantes sobre o tema. Diferentes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> PDP, suasetapas iniciais e mecanismos <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s são discutidos.Posteriormente, se aborda o Processo <strong>de</strong> Planejamento Estratégico na tentativa <strong>de</strong>se estabelecer uma visão <strong>de</strong> como o <strong>de</strong>senvolvimento da estratégia, a i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e o PDP operam em conjunto.No Capítulo 3, é feita uma análise <strong>de</strong>talhada da EOA e <strong>de</strong> seus mecanismos<strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos quePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 1 Introdução 30exploram oceanos azuis. Para finalizar, reforça-se a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisaapresentada na parte introdutória, constatando-se a importância do presentetrabalho perante o conjunto <strong>de</strong> informações levantado.No Capítulo 4, o mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos é apresentado e a sua mecânica <strong>de</strong>funcionamento é discutida. Também, são apresentados os pressupostos quesustentam o mo<strong>de</strong>lo.No Capítulo 5, um experimento visando testar o mo<strong>de</strong>lo proposto é projetado eposto em prática. Os principais resultados do teste prático são apresentados eanalisados e algumas sugestões <strong>de</strong> melhoria no mo<strong>de</strong>lo são levantadas.No Capítulo 6 apresentam-se as conclusões finais da pesquisa assim como asugestão <strong>de</strong> seis trabalhos futuros que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong>sta pesquisa.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 312 DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS E EOANeste capítulo apresenta-se o referencial teórico e a revisão bibliográfica queembasam a pesquisa. Na Figura 2.1 é apresentado o caminho metodológicopercorrido neste capítulo e no próximo.Figura 2.1: Caminho metodológico percorrido no Capítulo 2.Neste capítulo, a influência do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos no sucessoempresarial é abordada. Depois, alguns mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> PDP são apresentados e édada ênfase na FFE e nas suas particularida<strong>de</strong>s quanto à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s. Por ser um tópico recorrente, o Processo <strong>de</strong> PlanejamentoEstratégico (PPE) e o seu potencial <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s sãorapidamente comentados <strong>para</strong> então serem focadas as características dasoportunida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> seu processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação, com a apresentação dosmecanismos conhecidos <strong>para</strong> tal. Neste contexto, emerge a busca <strong>de</strong> diferenciação<strong>de</strong> valor como fator competitivo e a estratégia <strong>de</strong> não competição proposta por Kim eMaubourgne (2005) com a EOA.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 32No próximo capítulo, apresenta-se uma análise crítica da EOA quanto à suaconsistência científica, o seu potencial <strong>de</strong> integração nas etapas iniciais do PDP (naFFE) e como proposta <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação sistemática <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos. Para a leitura das próximas seções,recomenda-se fortemente que sejam observados os conceitos e <strong>de</strong>finiçõesapresentados no Apêndice A.2.1 NOVOS PRODUTOS E DESEMPENHO EMPRESARIALEm uma pesquisa sobre o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> 1.008 empresas americanaspertencentes a 15 setores diferentes, em um período <strong>de</strong> quase 40 anos, i<strong>de</strong>ntificouseque apenas 160 <strong>de</strong>las sobreviveram. A causa do <strong>de</strong>sempenho abaixo da médiaapontado pelas empresas que sobreviveram está na relutância em renovarem-secontinuamente (FOSTER e KAPLAN, 2002).Geralmente, as iniciativas <strong>de</strong> inovação das empresas ficam patentes com o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos. Afinal, à medida que a natureza dos benspassa a envolver mais conhecimento, os custos das empresas <strong>de</strong>correm cada vezmais do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos do que das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fabricação (KIM eMAUBOURGNE, 2005). Segundo Urban e Hauser (1993), os novos produtostornaram-se cruciais <strong>para</strong> o crescimento e ampliação dos lucros <strong>de</strong> muitasorganizações. A habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e lançar com sucesso e rapidamentenovos produtos é a chave <strong>para</strong> o sucesso nos negócios (COOPER, 2001; COOPERe EDGETT, 2007).As empresas têm investido seus recursos nesse sentido. Em 2002 os custostotais <strong>de</strong> P&D nas 1000 maiores empresas do mundo se igualaram em um bilhão <strong>de</strong>dólares por dia útil <strong>de</strong> trabalho. Essas 1000 empresas gastaram US$ 273 bilhões emP&D em 2002 (COOPER, 2004). As 1000 maiores empresas <strong>de</strong> 2005 gastaram US$407 bilhões em P&D. Estes gastos têm crescido a uma taxa <strong>de</strong> 4,2% ao ano <strong>de</strong>s<strong>de</strong>2000 (COOPER e EDGETT, 2007).Em contrapartida, estima-se que 46% dos recursos que as empresasempregam na concepção, <strong>de</strong>senvolvimento e lançamento <strong>de</strong> novos produtos sãoPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 33gastos tanto em produtos que falham comercialmente no mercado ou que nuncachegam a ele (COOPER, 2001).No portfólio <strong>de</strong> produtos das empresas, i<strong>de</strong>ntificou-se uma queda nas vendas<strong>de</strong> novos produtos. De 36,2% das vendas em 1990 <strong>para</strong> 28% em 2004. A principalcausa <strong>de</strong>ssa redução vem sendo apontada como a falta <strong>de</strong> produtos revolucionáriosno portfólio recente <strong>de</strong>ssas empresas. As empresas têm focado em projetosmenores, mais rápidos e menos arriscados, como as extensões <strong>de</strong> linha e melhoriasincrementais (COOPER e EDGETT, 2007).Segundo Cooper (2001), os principais fatores <strong>de</strong> sucesso nessa batalha dainovação estão no PDP e, conforme Cooper e Edgett (2007), no estágio <strong>de</strong><strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> novos produtos altamente inovadores. Nessa linha, Kim e Mauborgne(2005) apontam a inovação <strong>de</strong> valor, como um caminho promissor a ser perseguidopelas empresas. Desta forma, acredita-se ser importante fazer um <strong>para</strong>lelo entreessas teorias, o que culmina com a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos que exploram os chamados oceanos azuis.2.2 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOSSegundo Rozenfeld et al. (2006), o lançamento <strong>de</strong> um produto novo nomercado, <strong>para</strong> a maioria das empresas, não é uma ativida<strong>de</strong> rotineira e, sim, oresultado <strong>de</strong> um esforço que po<strong>de</strong> durar um tempo significativo e envolver quasetodos os setores funcionais da empresa, com implicações nas vendas futuras e,conseqüentemente, na sobrevivência da empresa.Cada projeto po<strong>de</strong> apresentar problemas, dificulda<strong>de</strong>s e históricos muitoparticulares. Contudo, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> superar tais <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>substancialmente do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDP adotado como referência ao planejamento dosprojetos e programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. De acordo com Rozenfeld et al. (2006),um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência <strong>de</strong> um processo é uma representação simbólica que<strong>de</strong>screve as ativida<strong>de</strong>s, os resultados esperados, os responsáveis, os recursosdisponíveis, as ferramentas <strong>de</strong> suporte e as informações necessárias e/ou geradasno processo.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 34Os autores comentam que o i<strong>de</strong>al é que cada empresa possua o seu própriomo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência. Segundo eles, os mo<strong>de</strong>los específicos partem <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>losgenéricos e o planejamento do projeto parte <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo específico, adaptando-oconforme a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos daempresa. Contudo, dificilmente um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento é completo o bastante (ibi<strong>de</strong>m).Somam-se aos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> PDP adotados pelas empresas, os constantes naliteratura, que também apresentam diferenças entre si. Geralmente, a formação e/ouinteresse <strong>de</strong> seus autores os particularizam. Alguns mo<strong>de</strong>los po<strong>de</strong>m se adaptarmelhor do que outros ao tipo <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> a ser explorada e ao perfil do negócio.Assim, é normal a customização <strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los <strong>para</strong> a sua aplicação prática, o quepo<strong>de</strong> envolver a incorporação <strong>de</strong> novas ferramentas, tarefas e até mesmo fases. Amescla <strong>de</strong> diferentes mo<strong>de</strong>los é possível.Porém, apesar da existência <strong>de</strong> inúmeras referências <strong>para</strong> o PDP, as suasativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pré-<strong>de</strong>senvolvimento ainda são pouco estruturadas.Com<strong>para</strong>tivamente, na FFE não há um enca<strong>de</strong>amento claro <strong>de</strong> etapas, tarefas eferramentas como ocorre nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento nos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Pahl etal. (2005), Rozenfeld et al. (2006) e Back et al. (2008), praticados mundo afora e noBrasil. Os mo<strong>de</strong>los que abordam diretamente o assunto carecem <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamentooperacional, como os <strong>de</strong> Cooper (2001) e Annacchino (2007), aparentemente obtidoapós contratação <strong>de</strong> consultoria especializada. Cooper e Edgett (2007) abordamespecificamente o estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta, porém não fazem <strong>para</strong>lelo com a EOA.Sabe-se que o pré-<strong>de</strong>senvolvimento possui particularida<strong>de</strong>s que aindanecessitam ser estudadas <strong>para</strong> que possa ser sistematizado. As frentes <strong>de</strong> pesquisaque têm se <strong>de</strong>dicado a este tema transitam nos campos do empreen<strong>de</strong>dorismo, domarketing, do planejamento estratégico, entre outros. Isto é verificável nas pesquisas<strong>de</strong> Baron e Shane (2007), quanto ao processo empreen<strong>de</strong>dor, nos artigosapresentados por Butler (2004), quando a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sempreen<strong>de</strong>doras, <strong>de</strong> Kotler e Keller (2006), quanto ao marketing holístico, <strong>de</strong> Kim eMaubourgne (2005), quanto a EOA, além <strong>de</strong> em uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relatos empíricos,como os <strong>de</strong> Annachino (2007) e o seu PDN.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 35Com o estudo do referencial teórico <strong>de</strong>ste trabalho, <strong>de</strong>scobriu-se que, asoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado chegam às empresas <strong>de</strong> alguma forma, aleatória ou não,geralmente como idéias <strong>de</strong> novos produtos e se toma a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> se seguir emfrente com o <strong>de</strong>senvolvimento. A partir <strong>de</strong>sse ponto acopla-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDPadotado pela empresa <strong>para</strong> guiar o planejamento do projeto do <strong>de</strong>senvolvimento àcomercialização do produto. Esta prática não seria preocupante se o sucesso doPDP não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>sse essencialmente da qualida<strong>de</strong> das <strong>de</strong>cisões tomadas na FFE ese as empresas estivessem obtendo um bom resultado, como comentam Cooper(2001) e Cooper e Edgett (2007).Assim, na turva fase inicial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento conhecida como FFE, foco <strong>de</strong>pesquisas na atualida<strong>de</strong> e pouco estruturada nos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento, po<strong>de</strong>m estar ocultas alternativas capazes tornar a concorrênciairrelevante e <strong>de</strong> ampliar o retorno financeiro <strong>de</strong>ssas iniciativas. A seguir, apresentamsetrês mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> PDP, dois nacionais e outro internacional, com enfoque nasparticularida<strong>de</strong>s das suas etapas iniciais.2.2.1 O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDP <strong>de</strong> Back et al. (2008)Po<strong>de</strong>-se dizer que a proposta <strong>de</strong> Back et al. (2008) é uma das, senão a, maisrecente publicação nacional sobre o tema. O mo<strong>de</strong>lo, também chamado <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong> referência, tem um enfoque ao projeto <strong>de</strong> produto, mas incorpora questõesrelativas aos processos que dão apoio ao projeto, necessários ao <strong>de</strong>senvolvimento eoferta dos produtos no mercado (Figura 2.2).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 36Figura 2.2: Mo<strong>de</strong>lo do Processo <strong>de</strong> Desenvolvimento Integrado <strong>de</strong> Produtos (PRODIP).Fonte: Back et al. (2006).Na figura é possível observar a existência <strong>de</strong> três macro-fases: i/ planejamento;ii/ elaboração do projeto do produto; e iii/ implementação do lote inicial. A estapesquisa cabe comentar acerca das macro-fases <strong>de</strong> planejamento e elaboração doprojeto do produto.Na macro-fase <strong>de</strong> planejamento, ocorre o planejamento do projeto e a suaprincipal saída é o plano do projeto. Ela parte do plano estratégico <strong>de</strong> produtos e seinicia com o planejamento <strong>de</strong> marketing que, se aprovado, libera a criação do termo<strong>de</strong> abertura do projeto, que formaliza a existência do projeto na organização(ibi<strong>de</strong>m).Na macro-fase <strong>de</strong> elaboração do projeto do produto encontram-se as etapas <strong>de</strong>projeto informacional, preliminar, conceitual e <strong>de</strong>talhado No projeto informacional sãolevantadas as especificações do produto; no projeto conceitual as especificaçõessão convertidas em concepções alternativas das quais se seleciona a mais favorávelperante critérios; no projeto preliminar essa concepção é dimensionada econfigurada, testada funcionalmente até culminar com estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> técnicae econômica; no projeto <strong>de</strong>talhado, o produto tem suas características finaisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 37consolidadas, permitindo assim a elaboração das documentações <strong>para</strong> a produçãoem escala do produto (ibi<strong>de</strong>m). No mo<strong>de</strong>lo, a concepção técnica <strong>para</strong> o produto é<strong>de</strong>finida na etapa <strong>de</strong> projeto conceitual. A macro-fase <strong>de</strong> elaboração do projeto doproduto apresenta-se mais <strong>de</strong>talhada que as <strong>de</strong>mais.As particularida<strong>de</strong>s do mo<strong>de</strong>lo que dizem respeito a esta pesquisa concentramsena macro-fase <strong>de</strong> planejamento do projeto e nas menções ao PlanejamentoEstratégico <strong>de</strong> Produtos (PEP) e à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.2.2.2 O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDP <strong>de</strong> Rozenfeld et al. (2006)Po<strong>de</strong>-se dizer que o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Referência Unificado do PDP (MRU), propostopor Rozenfeld et al. (2006), é um dos mais completos e <strong>de</strong>talhados do Brasil. Ele évoltado principalmente <strong>para</strong> empresas <strong>de</strong> manufatura <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumo duráveise <strong>de</strong> capital. Na Figura 2.3 apresenta-se o MRU do PDP.Po<strong>de</strong>-se notar que o MRU é composto <strong>de</strong> três macro-fases <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento(pré-<strong>de</strong>senvolvimento, <strong>de</strong>senvolvimento e pós-<strong>de</strong>senvolvimento) e que o<strong>de</strong>senvolvimento é composto <strong>de</strong> seis etapas, três <strong>de</strong>las relativas ao projeto doproduto. Nota-se, ainda, que entre as etapas, existem portais <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, ou gates.Figura 2.3: Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência unificado do PDP.Fonte: Rozenfeld et al. (2006).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 38As etapas <strong>de</strong> projeto do produto são: projeto informacional, conceitual e<strong>de</strong>talhado No projeto informacional são levantadas as especificações-meta doproduto; no projeto conceitual as especificações são convertidas em concepçõesalternativas das quais seleciona-se a mais favorável perante critérios; no projeto<strong>de</strong>talhado esta concepção é dimencionada e configurada, po<strong>de</strong>ndo ser testada comum protótipo funcional. Posteriormente, incorporam-se as correções (se cabíveis) efinalizam-se as documentações <strong>para</strong> a confecção do produto. No mo<strong>de</strong>lo, aconcepção técnica <strong>para</strong> o produto, assim como em Back (2008) só é <strong>de</strong>finida naetapa <strong>de</strong> projeto conceitual.Como po<strong>de</strong> ser observado o MRU do PDP é um mo<strong>de</strong>lo amplo e contemplanão somente ativida<strong>de</strong>s referentes ao projeto do produto, mas também ativida<strong>de</strong>santeriores e posteriores a este. As particularida<strong>de</strong>s do mo<strong>de</strong>lo que dizem respeito aesta pesquisa concentram-se nas macro-fases <strong>de</strong> pré-<strong>de</strong>senvolvimento (ou FFE),quanto ao Planejamento Estratégico <strong>de</strong> Produtos (PEP) e às menções relativas ài<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Essas particularida<strong>de</strong>s assim como as orientaçõesquanto ao Processo <strong>de</strong> Planejamento Estratégico (PPE), que antece<strong>de</strong> o PDP emarca o início <strong>de</strong> todo o <strong>de</strong>senvolvimento na visão dos autores, são discutidas em<strong>de</strong>talhes na Seção 2.4 <strong>de</strong>ste trabalho.2.2.3 O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDP <strong>de</strong> Cooper (2001)O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDP <strong>de</strong> Cooper (2001), chamado <strong>de</strong> Stage-Gate®, também é<strong>de</strong>stinado ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumo duráveis e <strong>de</strong> capital. Porém,po<strong>de</strong>-se dizer que, tem um apelo maior aos processos <strong>de</strong> marketing do que <strong>de</strong>engenharia do produto. Na Figura 2.4 po<strong>de</strong>-se visualizá-lo sucintamente.Na figura, é verificável que o mo<strong>de</strong>lo é composto por cinco estágios principais egates. No estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta é realizado o pré-trabalho <strong>de</strong>stinado à <strong>de</strong>scoberta<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e geração <strong>de</strong> idéias. Recentemente, este estágio recebeu umarevisão completa do autor, e originou um novo livro, como po<strong>de</strong> ser visto em Coopere Edgett (2007), que será discutido nas seções 2.5.4.1 e 2.8.3.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 39Figura 2.4: Mo<strong>de</strong>lo Stage Gate®.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Cooper (2001 e 2004).No estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação do escopo é <strong>de</strong>senvolvida uma investigaçãorápida e preliminar do projeto. No estágio <strong>de</strong> elaboração do Business Case (BC,caso <strong>de</strong> negócios) uma investigação mais <strong>de</strong>talhada envolvendo a pesquisa primáriaé <strong>de</strong>senvolvida assim como a solução técnica <strong>para</strong> o produto. São consi<strong>de</strong>radosaspectos técnicos e <strong>de</strong> mercado, levando a um BC que inclui a <strong>de</strong>finição do produtoe do projeto, a justificativa do projeto e a um plano do projeto. Kampa (2008)constatou semelhanças entre o BC e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Plano <strong>de</strong> Negócios sugeridos naliteratura, embora também apresentem particularida<strong>de</strong>s. Este estágio é o último e oprincipal do pré-<strong>de</strong>senvolvimento e é o que <strong>de</strong>limita, juntamente com o portal 3, aFFE no mo<strong>de</strong>lo.No estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento é feito o projeto <strong>de</strong>talhado do produto além doprojeto do processo produtivo. Ele po<strong>de</strong> ser dividido em diversos pontos <strong>de</strong>avaliação/checagem (milestones), inerentes ao processo <strong>de</strong> controle da gestão <strong>de</strong>projetos, <strong>para</strong> avaliar o andamento do projeto. Nestes pontos <strong>de</strong> checagem não sãotomadas <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> cancelamento como é possível em um gate (ibi<strong>de</strong>m). O autorpouco <strong>de</strong>talha este estágio se com<strong>para</strong>do com as propostas <strong>de</strong> Pahl et al. (2005),Rozenfeld et al. (2006) e Back et al.(2008).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 40No estágio <strong>de</strong> teste e validação são <strong>de</strong>senvolvidos testes <strong>de</strong> mercado, <strong>de</strong>laboratório e da planta <strong>para</strong> verificar e validar o novo produto proposto e suasoperações <strong>de</strong> marketing e produção. No estágio <strong>de</strong> lançamento dá-se iníciocompleto à produção, comercialização e venda do novo produto. Segundo o autor,existe ainda outro estágio referente à formulação da estratégia, que permeia eorienta todo o processo, porém não são dados muitos <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong>sse estágio.Com relação aos gates comenta-se que eles são pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em que aequipe converge e on<strong>de</strong> toda nova informação é agrupada. A estrutura <strong>de</strong> cada gateé muito similar, variando apenas as entregas (<strong>de</strong>liverables) necessários (pacotes <strong>de</strong>trabalho/informação), os critérios <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e o tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> saída, assimcomo o plano <strong>de</strong> ação <strong>para</strong> o próximo estágio.Assim, no tocante a esta pesquisa, é <strong>de</strong> interesse discorrer sobre os eventos<strong>de</strong> pré-<strong>de</strong>senvolvimento (ou FFE), as características do estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta, alémdas menções à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s feitas pelo autor. Cabe ressaltar queas consi<strong>de</strong>rações a seguir são relativas a Cooper (2001). Nas seções 2.5.4.1 e 2.8.3são discutidas a proposta <strong>de</strong> Cooper e Edgett (2007), quanto ao estágio <strong>de</strong><strong>de</strong>scoberta.A seguir, as etapas <strong>de</strong> pré-<strong>de</strong>senvolvimento ou FFE são discutidasse<strong>para</strong>damente. As abordagens quanto a este tema dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> PDPanteriormente apresentados também são analisadas em <strong>de</strong>talhe.2.3 PRÉ-DESENVOLVIMENTO – FUZZY FRONT ENDDe acordo com Khurana & Rosenthal (1997) a FFE é uma etapa do PDP quecompreen<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> digna <strong>de</strong> investigação até aelaboração <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> negócios, que permita à empresa ou Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Negócios (UN) <strong>de</strong>cidir se irá se comprometer com o projeto ou se irá encerrá-lo.Segundo Rosenau Junior (1996), na FFE prevalecem a incerteza, acomplexida<strong>de</strong> e o conflito. Freqüentemente, ações apropriadas são ignoradas muitoembora <strong>de</strong>cisões importantes feitas na FFE tenham um alto impacto financeiroposterior. Algumas <strong>de</strong>ssas negligências são <strong>de</strong>vido à pressão <strong>para</strong> se continuaradiante com o <strong>de</strong>senvolvimento, sem <strong>para</strong>r <strong>para</strong> análises <strong>de</strong>talhadas (ibi<strong>de</strong>m).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 41Uma provável causa da relutância no comprometimento com a FFE está nofato das ferramentas <strong>de</strong> gestão como cronogramas e orçamentos, efetivos em outrasáreas funcionais da empresa, trabalharem <strong>de</strong> forma diferente na arena do<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos (ibi<strong>de</strong>m; KOEN et al., 2001 e 2002). A FFE doPDP carece <strong>de</strong> ferramentas apropriadas e específicas.Autores como Back et al. (2008), Rozenfeld et al. (2006) e Cooper (2001)apresentam visões distintas da FFE em seus mo<strong>de</strong>los do PDP, embora não a<strong>de</strong>limitem ou a <strong>de</strong>nominem com este termo em suas estruturas. As empresas<strong>de</strong>senvolvedoras também possuem formas peculiares <strong>de</strong> compreendê-la.A seguir, apresenta-se a proposta <strong>de</strong> Koen et al. (2001 e 2002), por se tratar <strong>de</strong>uma versão constante na literatura da PDMA, seguidas <strong>de</strong> análises das frentes <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> PDP apresentados anteriormente. Destes últimos,discorre-se sobre as etapas iniciais que antece<strong>de</strong>m o projeto do produto.2.3.1 O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> FFE <strong>de</strong> Koen et al. (2001 e 2002)Koen et al. (2001 e 2002), apresentam uma visão <strong>para</strong> a FFE <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento. Eles sugerem que a FFE seja composta por cinco elementos(ibi<strong>de</strong>m, Figura 2.5):a) I<strong>de</strong>ntificação da oportunida<strong>de</strong>;b) Análise da oportunida<strong>de</strong>;c) Geração e aperfeiçoamento <strong>de</strong> idéias;d) Seleção <strong>de</strong> idéias;e) Desenvolvimento do conceito e da tecnologia.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 42Figura 2.5: Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos conceitos.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Koen et al. (2001 e 2002).Estes elementos interagem entre si e não são necessariamente seqüenciais.Existem duas entradas principais, uma na i<strong>de</strong>ntificação da oportunida<strong>de</strong> e outra nageração e aperfeiçoamento <strong>de</strong> idéias. A saída <strong>para</strong> o PDP (ou New ProductDevelopment Process – NPD) se dá com uma concepção <strong>de</strong>finida, formatada comum Business Case (BC) (ibi<strong>de</strong>m).Nota-se que o processo é cíclico e po<strong>de</strong> envolver mais <strong>de</strong> um ciclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisõese coleta <strong>de</strong> informações até que as oportunida<strong>de</strong>s e idéias sejam convertidas emuma ou mais concepções que partirão <strong>para</strong> o PDP. São incorporados no mo<strong>de</strong>lo daFigura 2.5 o motor (engine) e os fatores <strong>de</strong> influência (influencing factors), os quais<strong>de</strong>vem ter suas mudanças monitoradas (KOEN et al., 2002). O motor se relacionacom: i/li<strong>de</strong>rança; ii/cultura; e iii/estratégia <strong>de</strong> negócios.Nisto implicam o estabelecimento <strong>de</strong> uma cultura que encoraja a inovação e acriativida<strong>de</strong>, envolvimento dos executivos responsáveis pela alocação <strong>de</strong> recursos,uma cultura colaborativa que estimula a criação <strong>de</strong> conhecimento, a constância <strong>de</strong>propósito dos lí<strong>de</strong>res e o estabelecimento <strong>de</strong> metas agressivas (ibi<strong>de</strong>m).Os fatores <strong>de</strong> influência estão relacionados com: i/capacida<strong>de</strong>s organizacionaisda corporação; ii/influências do consumidor e dos competidores; iii/influênciasPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 43externas do mundo; e iv/a profundida<strong>de</strong> e forças das ciências e tecnologia <strong>de</strong> acesso(enabling sciences and technology).Esses fatores, que influenciam constantemente os pensamentos e ações daspessoas são contribuintes primários <strong>para</strong> a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> novas idéias peloprocesso <strong>de</strong> serendipida<strong>de</strong> 2 . Contudo, esses fatores são fortemente incontroláveispela corporação (ibi<strong>de</strong>m).Quanto às influências externas (item “iii”) os autores comentam fatorespolíticos, ambientais, leis e tendências sócio-econômicas, que alu<strong>de</strong>m à análisePESTAL 3 assim como ao mo<strong>de</strong>lo das cinco forças <strong>de</strong> Michael Porter comentada porKaplan e Norton (2008) <strong>para</strong> pre<strong>para</strong>ção da formulação da estratégia. Koen et al.(2002) adicionam ainda duas forças ao mo<strong>de</strong>lo, a das companhiascomplementadoras e as leis e políticas governamentais.As particularida<strong>de</strong>s dos mecanismos <strong>de</strong> Koen et al. (2001 e 2002) <strong>para</strong> ai<strong>de</strong>ntificação e análise <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s são discutidos na Seção 2.6.2.2.3.2 O PEP e o Planejamento do projeto e do produto no PRODIPComo po<strong>de</strong> ser observado na Figura 2.2, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência PRODIP seinicia com o planejamento do projeto.A fase 1 <strong>de</strong>stina-se ao planejamento <strong>de</strong> um novo projeto em face dasestratégias <strong>de</strong> negócio da empresa e da organização do trabalho a ser <strong>de</strong>senvolvidoao longo do processo. Contudo ela parte <strong>de</strong> uma etapa anterior <strong>de</strong> PEP (BACK etal., 2008).No planejamento do produto se busca, em essência, respon<strong>de</strong>r à seguintequestão (ibi<strong>de</strong>m): o que será <strong>de</strong>senvolvido em função das estratégias daorganização? Segundo os autores, essa e outras questões têm sido investigadas, <strong>de</strong>forma mais ou menos abrangente, em diferentes abordagens, como as <strong>de</strong>planejamento estratégico, planejamento <strong>de</strong> portfólio <strong>de</strong> produtos, planejamento da2 Descoberta aci<strong>de</strong>ntal, esta palavra <strong>de</strong>riva do termo em inglês serendipity e não possui tradução oficial, mas usual.3 Análise Política, Econômica, Social, Tecnológica, Ambiental e Legal.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 44tecnologia, planejamento <strong>de</strong> projetos e do próprio processo <strong>de</strong> projeto do produto emsuas fases iniciais.A ênfase dos autores no planejamento do produto se dá no apoio ai<strong>de</strong>ntificação e a seleção <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> produtos inovadores, como base <strong>para</strong> futurosprojetos da organização (BACK et al., 2008). Desta forma, os autores apresentam aseguinte relação entre o planejamento estratégico, o planejamento <strong>de</strong> produtos e oplanejamento <strong>de</strong> projetos (Figura 2.6).Figura 2.6: Contextualização do planejamento <strong>de</strong> produtos.Fonte: Back et al. (2008).Nesse contexto, o planejamento <strong>de</strong> produtos se insere como um processo <strong>para</strong>apoiar a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> projetos que serão <strong>de</strong>senvolvidos em termos <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong>produtos, tecnologias, volumes <strong>de</strong> produção, retorno <strong>de</strong> investimento, entre outroselementos necessários <strong>para</strong> efetivamente obter informações <strong>para</strong> a aprovação, ounão, do projeto (BACK et al., 2008, pg. 160).Determinadas estratégias da organização direcionam os esforços <strong>para</strong> a busca<strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> produtos 4 , que <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>senvolvidas e selecionadas. Somentequando essa <strong>de</strong>finição for obtida em seus <strong>de</strong>talhes, consi<strong>de</strong>rando ainda informaçõesdo mercado e <strong>de</strong> produção, configura-se um projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produto,que <strong>de</strong>verá ser planejado, executado e controlado conforme os conhecimentos <strong>de</strong>gerenciamento <strong>de</strong> projetos (ibi<strong>de</strong>m). Aqui, se nota que as idéias serão<strong>de</strong>senvolvidas, ou seja, receberão algum investimento na busca <strong>de</strong> maisinformações.4 Os termos e frases sublinhadas no <strong>de</strong>correr do texto são ênfases estabelecidas pelo autor <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong> dissertação.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 45Os autores comentam que um dos <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>ssa etapa está na <strong>de</strong>finição daidéia do produto, um dos principais resultados da etapa, o que envolve ai<strong>de</strong>ntificação e a seleção <strong>de</strong>ntre várias alternativas, porém, lastreadas eminformações insuficientes e qualitativas (BACK et al., 2008).A idéia do produto po<strong>de</strong> apresentar-se <strong>de</strong> várias formas: <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>características necessárias ao produto, <strong>de</strong>scrição funcional do produto, <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>seus princípios <strong>de</strong> funcionamento ou uma combinação das anteriores, na formatextual, gráfica ou em ambas. Na fase <strong>de</strong> planejamento do produto essa <strong>de</strong>scriçãonão é completa e <strong>de</strong>ve haver um esforço <strong>para</strong> torná-la clara o suficiente <strong>para</strong> oprocesso <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão (ibi<strong>de</strong>m).Segundo os autores, a idéia <strong>de</strong> produto também po<strong>de</strong> ser entendida como umaespecificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>, a qual <strong>de</strong>ve conter uma idéia central chamada <strong>de</strong>benefício básico, ou seja, a vantagem que o consumidor perceberá ao adquirir oproduto em relação aos concorrentes.Como a principal saída do planejamento do produto no mo<strong>de</strong>lo dos autores é aidéia do produto, são apresentadas algumas abordagens <strong>para</strong> a coleta, geração eseleção <strong>de</strong> idéias, envolvendo a obtenção e a análise <strong>de</strong> informações internas eexternas à empresa.Nota-se que o enfoque do mo<strong>de</strong>lo se dá nas idéias <strong>de</strong> novos produtos e nãoespecificamente nas oportunida<strong>de</strong>s que as fomentam. Não é apresentada umadistinção entre sistemáticas <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias.2.3.3 O PPE e a macro-fase <strong>de</strong> pré-<strong>de</strong>senvolvimento no MRU do PDPNa proposta dos autores o PPE é um processo gerencial que antece<strong>de</strong> o PDPe não está vinculado a uma função específica <strong>de</strong>ntro da empresa. Uma <strong>de</strong> suasfinalida<strong>de</strong>s é gerar informações que orientem o PDP principalmente nas suas fasesiniciais, quando ocorre a <strong>de</strong>finição do produto, mas também durante todo o PDP,como po<strong>de</strong> ser observado na Figura 2.7 (ibi<strong>de</strong>m).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 46Figura 2.7: Relação entre o PPE e o PDP no Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Referência Unificado.Fonte: Rozenfeld et al. (2006).Nota-se que o PPE é composto das etapas <strong>de</strong> Planejamento Estratégico daCorporação (PEC) e do Planejamento Estratégico do Negócio (PEN). O PDP seinicia com o PEP e segue ao Planejamento do Projeto (PP), ambas as etapas damacro-fase <strong>de</strong> pré-<strong>de</strong>senvolvimento.Sumariamente, o plano estratégico da corporação é <strong>de</strong>sdobrado nos planosestratégicos <strong>de</strong> cada UN da corporação que são <strong>de</strong>sdobrados no portfólio <strong>de</strong>produtos e nas minutas <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> cada UN até se chegar aos planos <strong>de</strong> projetosespecíficos. Assim, são estes projetos que, em última análise, operacionalizam oPEC quanto aos novos produtos.Desta forma, o último nível <strong>de</strong> planejamento estratégico é o <strong>de</strong> produto (PEP),que faz parte e é a primeira fase do PDP na macro-fase <strong>de</strong> pré-<strong>de</strong>senvolvimento. Eleé realizado a partir do plano estratégico da UN e se relaciona fortemente com oPEC. Com ele se <strong>de</strong>termina a estratégia em relação às linhas <strong>de</strong> produto. Na prática,PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 47isso é feito por meio do <strong>de</strong>sdobramento do portfólio, ou carteira <strong>de</strong> projetos, a partirda estratégia da UN. A meta é planejar o portfólio futuro <strong>de</strong> forma a satisfazer aestratégia da UN (ibi<strong>de</strong>m). Neste momento é que são selecionados os produtos aserem <strong>de</strong>senvolvidos (KAMPA, 2008).Na análise <strong>de</strong> portfólio da empresa, no PEP, <strong>de</strong>ntre outras ativida<strong>de</strong>s, sãocompiladas as idéias <strong>de</strong> novos produtos. Segundo os autores as idéias <strong>para</strong> novosprojetos são continuamente geradas <strong>de</strong>ntro da organização. Os colaboradores daforça <strong>de</strong> vendas, seus clientes costumam ter boas idéias. Engenheiros eespecialistas das áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, além <strong>de</strong> novos produtos, po<strong>de</strong>mi<strong>de</strong>ntificar novas tecnologias. Contudo, possuir uma sistemática <strong>para</strong> coletar essasidéias é fundamental. O resultado po<strong>de</strong> ser uma lista <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> novos projetosque <strong>de</strong>verá também ser fornecida ao time <strong>de</strong> PEP (ROZENFELD et al., 2006, pg.139).A fase <strong>de</strong> PEP resulta em dois documentos principais: i/ portfólio <strong>de</strong> produtoscom a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> cada um dos produtos e datas <strong>de</strong> início <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento elançamento, segundo as perspectivas <strong>de</strong> mercado e tecnológicas; e ii/a minuta <strong>de</strong>projeto. Ela contém a primeira <strong>de</strong>scrição do produto - algo bastante sucinto e que<strong>de</strong>limita o projeto. Não é apresentado nenhum exemplo <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>scrição.Esse documento serve <strong>de</strong> entrada <strong>para</strong> a fase <strong>de</strong> PP, última do pré<strong>de</strong>senvolvimento,que produzirá um plano <strong>de</strong>talhado com ativida<strong>de</strong>s, prazos,recursos necessários, riscos e uma primeira análise econômico-financeira do projeto.A análise realizada durante o PP é a referência inicial <strong>para</strong> as <strong>de</strong>mais fases doprojeto. É com base nela que se toma a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolver o produto(ibi<strong>de</strong>m).O pré-<strong>de</strong>senvolvimento, com o PEP e o PP, <strong>de</strong>ve garantir que odirecionamento estratégico, <strong>de</strong>finido a priori pela empresa no PEC, as idéias <strong>de</strong>todos os atores internos e externos envolvidos com os produtos, e as oportunida<strong>de</strong>se restrições sejam sistematicamente mapeados e transformados em um conjunto <strong>de</strong>projetos bem <strong>de</strong>finidos, isto é, o portfólio dos projetos que <strong>de</strong>verão ser<strong>de</strong>senvolvidos (ibi<strong>de</strong>m).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 52Figura 2.9: Procedimento no planejamento do produto.Fonte: Pahl et al. (2005)A seguir, faz-se uma análise das etapas iniciais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoapresentadas.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 532.3.6 Análise das abordagens <strong>de</strong> pré-<strong>de</strong>senvolvimento e FFE apresentadasCom base no exposto, po<strong>de</strong>-se concluir que a FFE dá início ao PDP, mas quenão é essencialmente <strong>de</strong>stacada <strong>de</strong>ste e que, tampouco, tem seus limites bem<strong>de</strong>limitados.O grau <strong>de</strong> niti<strong>de</strong>z entre a FFE e o PDP muito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m das ativida<strong>de</strong>sespecíficas dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> referência consi<strong>de</strong>rados. Infelizmente, são justamenteestas ativida<strong>de</strong>s que não se tem muita clareza. Koen et al. (2001 e 2002), Cooper(2001), Cooper e Edgett (2007) e Rozenfeld et al. (2006) sugerem sucintamente oque <strong>de</strong>ve ser feito, mas não <strong>de</strong>talham como fazê-lo. Koen et al. (2002) comenta quea FFE é a fase mais fraca do processo <strong>de</strong> inovação e, portanto, é a que apresentagran<strong>de</strong>s oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aperfeiçoamento.Entretanto, apesar da existência <strong>de</strong> diferentes mo<strong>de</strong>los <strong>para</strong> a FFE e <strong>de</strong> queuma perfeita concordância <strong>de</strong> seus elementos ainda não seja possível, o que sesabe é que a i<strong>de</strong>ntificação da oportunida<strong>de</strong> a ser explorada e a <strong>de</strong>cisão inicial <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento são componentes <strong>de</strong>limitadores <strong>de</strong> entrada e saída da FFE.Quanto mais cedo esta <strong>de</strong>cisão for tomada e quanto mais assertiva ela for, maiorserá o potencial <strong>de</strong> ganho com a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à sua temporalida<strong>de</strong>.Nota-se que os conceitos <strong>de</strong> planejamento estratégico e <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> projetossão en<strong>de</strong>reçados nessas abordagens em especial naquelas <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<strong>de</strong> referência <strong>para</strong> o PDP. O PEP e o PP aparecem como estágios <strong>de</strong>rivados doPPE da corporação ou UN.Embora os autores comentem sobre a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s oenfoque das etapas iniciais se dá na obtenção <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos. Àexceção <strong>de</strong> Cooper (2001), Cooper e Edgett (2007) e Koen et al. (2001 e 2002)pouco se fala <strong>de</strong> como <strong>de</strong>scobrir oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novosprodutos. Nenhum dos mo<strong>de</strong>los aborda o conceito <strong>de</strong> oceano azul. A seguir, o PPEé abordado, por se tratar do processo que orienta as ações e <strong>de</strong>cisões no PDP epelo fato <strong>de</strong>ste trabalho abordar a EOA.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 542.4 PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICOComo po<strong>de</strong> ser visto mais claramente na proposta <strong>de</strong> Rozenfeld et al. (2006), oPPE antece<strong>de</strong> o pré-<strong>de</strong>senvolvimento e o PDP. Na busca <strong>de</strong> referências <strong>de</strong>talhadas<strong>para</strong> o PPE i<strong>de</strong>ntificou-se que referências como Mintzberg, Ahlstrand e Lampel(2000) e Mintzberg et al. (2006), consi<strong>de</strong>radas clássicas no âmbito da estratégia,apresentam um apanhado geral sobre a estratégia, contudo não constituem ummo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência do processo, aos mol<strong>de</strong>s da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Rozenfeld et al.(2006) apresentada anteriormente. A obra mais próxima a um mo<strong>de</strong>lo referência<strong>para</strong> o PPE foi encontrada na proposta <strong>de</strong> Kaplan e Norton (2008).2.4.1 O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PPE <strong>de</strong> Kaplan e Norton (2008)Kaplan e Norton (2008) propõem um sistema <strong>para</strong> integrar o planejamentoestratégico com a execução operacional (Figura 2.10).Figura 2.10: Sistema gerencial <strong>para</strong> a integração <strong>de</strong> planejamento estratégico e execuçãooperacional.Fonte: Kaplan e Norton (2008).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 55Segundo os autores, o sistema gerencial <strong>de</strong> anel fechado apresentado traduz oestágio final a ser almejado pelas empresas, <strong>para</strong> relacionar a excelência emexecução operacional com as priorida<strong>de</strong>s e a visão da gestão estratégica. Como épossível observar, o sistema tem seis gran<strong>de</strong>s estágios (ibi<strong>de</strong>m).Os autores sugerem que este mesmo ciclo seja <strong>de</strong>sdobrado <strong>para</strong> as UNs eUnida<strong>de</strong>s Funcionais (UFs) da corporação. Assim, a UF <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>produtos utilizaria a mesma estrutura <strong>para</strong> <strong>de</strong>senvolver a sua estratégia, partindo daestratégia da UN que <strong>de</strong>riva da estratégia da corporação. Para auxiliar nesseprocesso, eles propõem a criação <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão Estratégica (UGE),responsável pela estratégia e seus <strong>de</strong>sdobramentos <strong>de</strong>ntro da organização.Explanar <strong>de</strong>talhadamente sobre cada uma <strong>de</strong>ssas etapas não é objetivo <strong>de</strong>stetrabalho. Contudo, é pertinente comentar sobre o seu relacionamento com ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um modo geral.2.4.2 Análise do PPE quanto a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sA seguir são apresentadas algumas inferências baseadas na obra <strong>de</strong> Kaplan eNorton (2008).Nota-se que não é função específica do PPE i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos. Contudo, é parte do PPE a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento ou ao menos a <strong>de</strong>finição das áreas <strong>de</strong> interesseestratégico, ou <strong>de</strong> crescimento, em que essas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem serprospectadas.Além disso, viu-se que, durante o processo <strong>de</strong> formulação ou reformulação daestratégia, aci<strong>de</strong>ntalmente, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scobertas oportunida<strong>de</strong>s ou geradas idéiascom potencial <strong>de</strong> se tornarem novos produtos. Além <strong>de</strong>ssas, outras oportunida<strong>de</strong>sque favorecem o crescimento da empresa po<strong>de</strong>m emergir. Nota-se que essaemersão ocorre pela percepção dos indivíduos que participam do processo, não peloemprego <strong>de</strong> um procedimento adhoc.Conclui-se que a estratégia po<strong>de</strong> <strong>de</strong>finir as áreas <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos assim como po<strong>de</strong> ser critério <strong>de</strong> seleção dasPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 56mesmas no PEP. Além disso, verifica-se que o PPE po<strong>de</strong> ser fonte importante <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos, a serem consi<strong>de</strong>radas no PEP.A seguir, são discutidos alguns conceitos inerentes à percepção ereconhecimento <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s sob a perspectiva cognitiva, assim como algunsmecanismos específicos que po<strong>de</strong>m facilitar o seu reconhecimento.2.5 OPORTUNIDADES E O SEU RECONHECIMENTOPo<strong>de</strong>-se dizer que a literatura sobre empreen<strong>de</strong>dorismo se revela como umadas maiores frentes <strong>de</strong> investigação quanto aos processos <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s. Não se encontrou uma frente <strong>de</strong> pesquisa semelhante no âmbito dai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos.Nessa linha, algumas orientações pu<strong>de</strong>ram ser obtidas na coletânea <strong>de</strong> artigosapresenta por Butler (2004). Dentre elas, Baron (2004) estabelece uma série <strong>de</strong>proposições que têm influência direta nas pesquisas acerca das oportunida<strong>de</strong>s e seureconhecimento:a) Proposição 1: oportunida<strong>de</strong>s emergem <strong>de</strong> um padrão complexo <strong>de</strong> condiçõesmutáveis – mudanças;b) Proposição 2: a mudança <strong>de</strong>ssas condições geram o potencial <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s, mas não há garantias <strong>de</strong> que as oportunida<strong>de</strong>s serão <strong>de</strong> fatoreconhecidas ou exploradas mesmo que elas sejam reconhecidas;c) Proposição 3: oportunida<strong>de</strong>s existem no mundo externo no sentido <strong>de</strong> que hárealmente um padrão <strong>de</strong> eventos (estímulos) que, juntos, proporcionam abase <strong>para</strong> elas. Até que as oportunida<strong>de</strong>s sejam reconhecidas por umintelecto humano ativo, entretanto, elas continuam meramente comopotencial. Assim, oportunida<strong>de</strong>s são emergentes em mentes humanasespecíficas que, em um sentido, “conecta os pontos” entre diversasmudanças e mudanças ou eventos aparentemente não correlacionados <strong>para</strong>formar a percepção <strong>de</strong> um padrão que as conecta;d) Proposição 4: o reconhecimento <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, em parte, dasestruturas cognitivas existentes possuídas por indivíduos específicos que sãoPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 57o resultado <strong>de</strong> experiência prévia ou aprendizado. Essas estruturas (i.e.esquemas, protótipos, conceitos, memórias) servem como estruturas oumo<strong>de</strong>los que permitem com que certas pessoas perceberem ligações entremudanças, conhecimentos, ou eventos, até então <strong>de</strong>sconexas. É a percepção<strong>de</strong>ssas ligações ou conexões que constitui o núcleo do reconhecimento <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s;e) Proposição 5: as oportunida<strong>de</strong>s em si são únicas, mas os processos básicosque <strong>de</strong>sempenham função no seu reconhecimento são os mesmos em todosos casos.Assim, as oportunida<strong>de</strong>s ocorrem no exterior do indivíduo, mas o seureconhecimento <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> um processo cognitivo humano – ocorre interior doindivíduo. Todo esse processamento é feito com base nos esquemas da realida<strong>de</strong>,nos mo<strong>de</strong>los mentais que os indivíduos constroem acerca da realida<strong>de</strong>.Pahl et al. (2005, pg. 31) comentam que os processos <strong>de</strong> pensamento sãoprocessos na memória e também abrangem alterações no conteúdo da memória.Portanto, ao pensar, os conteúdos da memória e a maneira como eles estãointerligados no interior da memória <strong>de</strong>sempenham um papel importante. Segundoeles, a psicologia cognitiva, que se <strong>de</strong>dica ao estudo do pensamento humano, <strong>de</strong>veser consi<strong>de</strong>rada na teoria <strong>de</strong> projeto. Nota-se que, a vertente cognitiva é essencial àevolução da teoria acerca da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e, conseqüentementeda criação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>para</strong> o processo.Baron (2004) comenta que diversos fatores perceptivos e cognitivos têminfluência no reconhecimento <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Ele cita as teorias <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> padrões, <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> sinais e a <strong>de</strong> foco regulatório. Segundo ele, ainda nãohá uma estrutura teórica formada, Porém, acredita-se que as teorias relativas àcognição humana e a percepção façam parte <strong>de</strong>ssa estrutura.Nota-se que estas teorias se apresentam tacitamente nos diferentesmecanismos <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e geração <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novosprodutos analisados. Na essência, todos envolvem a formação e atualização <strong>de</strong>esquemas da realida<strong>de</strong> e também envolvem a análise <strong>de</strong>sses esquemas em buscaPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 58<strong>de</strong> lacunas em <strong>de</strong>terminadas relações <strong>de</strong> oferta e procura. A seguir, comenta-sesobre os pilares <strong>de</strong>sses esquemas.2.5.1 Oportunida<strong>de</strong>s e conhecimento prévioSegundo Baron (2004), algumas pessoas são mais proficientes noreconhecimento <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s do que outras. Venkataraman (1997) apudYenchen e Gillin (2004) comenta que as pessoas geralmente reconhecem asoportunida<strong>de</strong>s relacionadas com as informações que elas já possuem.Neste sentido, Shane (2000) i<strong>de</strong>ntifica três gran<strong>de</strong>s dimensões doconhecimento prévio que são importantes <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sempreen<strong>de</strong>doras, e que, acredita-se, também serem válidas <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos:a) O conhecimento prévio <strong>de</strong> mercados;b) O conhecimento prévio <strong>de</strong> maneiras, ou meios, <strong>de</strong> servir o mercado;c) O conhecimento prévio dos problemas dos clientes.Nota-se que estas três dimensões foram empregadas no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Cooper(2001) e Cooper e Edgett (2007) <strong>para</strong> a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> arenas estratégicas, nasquais as oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong> novos produtos são prospectadas.Fiet, Clouse e Norton Junior (2004), comentam que os empreen<strong>de</strong>doresgeralmente proce<strong>de</strong>m a busca por oportunida<strong>de</strong>s em canais <strong>de</strong> informaçãopreviamente conhecidos. Segundo eles, a busca é contínua mesmo sem ter umobjeto <strong>de</strong> busca claramente <strong>de</strong>finido. Assim, po<strong>de</strong> não haver controle sobre o quepo<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scoberto (a sorte faz parte do processo). Contudo, segundo eles,empreen<strong>de</strong>dores experientes <strong>de</strong>senvolvem uma sistemática <strong>de</strong> busca própria. DeBarker (1993) conclui-se que eles <strong>de</strong>senvolvem um <strong>para</strong>digma especial que, porShillito (2001), po<strong>de</strong> também ser chamado <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo mental.Embora a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s seja lastreada pelo conhecimentoprévio, <strong>de</strong> acordo com Yencken e Gillin (2004) o conhecimento não é um recursoestático. Ele requer verificação e atualização constantes. Acredita-se que ocompartilhamento do conhecimento seja favorável à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s,PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 59pois ten<strong>de</strong> a minimizar as diferenças entre os indivíduos e a expandir a cobertura <strong>de</strong>um tema. Segundo Gaglio (2004), uma característica chave <strong>para</strong> o estudo dai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e sua formatação não está na discussão se existemdiferenças ou não <strong>de</strong> percepção e <strong>de</strong> julgamento, mas sim em como elas sãomanejadas.Acredita-se que, pelo emprego coletivo da técnica <strong>de</strong> mapeamento mental,como apresentada por Thomas (2003), se possam explicitar as diferenças <strong>de</strong>percepção e compreensão acerca <strong>de</strong> um tema entre os indivíduos. Explicitar, mesmoque parcialmente, o mo<strong>de</strong>lo mental dos indivíduos acerca <strong>de</strong> um tema também po<strong>de</strong><strong>de</strong>ixar clara a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atualização <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo e a busca por novasinformações.A seguir, discorre-se sobre a relação entre as oportunida<strong>de</strong>s e o tempo. Asconsi<strong>de</strong>rações a seguir são inferências sobre as informações discutidasanteriormente.2.5.2 Oportunida<strong>de</strong>s e o tempoNa literatura a respeito da formulação estratégica e na <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s, nota-se que há uma preocupação quanto as oportunida<strong>de</strong>sdisponíveis no presente e também quanto aquelas que po<strong>de</strong>m surgir no futuro.A abordagem <strong>de</strong> Koen et al. (2002), apresenta uma forte conotação à previsãodas oportunida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m surgir no futuro. Po<strong>de</strong>-se dizer que a abordagem <strong>de</strong>Cooper e Edgett (2007) apresenta uma mescla <strong>de</strong> ambas as preocupações. Aoestudar tendências e cenários futuros, tenta visualizar oportunida<strong>de</strong>s futuras e ao seenvolver no dia a dia dos clientes em busca <strong>de</strong> novas idéias ou soluções que ocliente já venha empregando, se preocupa com oportunida<strong>de</strong>s que já ocorreram epermanecem no presente.Desta forma, concebeu-se o esquema da Figura 2.11 que ilustra a relaçãoentre a <strong>de</strong>scoberta e a previsão <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. O esquema apresentado sefundamenta nas discussões <strong>de</strong> Sandberg e Hench (2004).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 60Figura 2.11: Oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scobertas e previstas.Apesar da <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> janelas abertas <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s exigir um exercícioimaginativo diferenciado, a preocupação com o futuro é uma constante, tanto <strong>para</strong> aprevisão quanto <strong>para</strong> a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Afinal, uma oportunida<strong>de</strong> queocorreu no passado po<strong>de</strong> ter uma janela <strong>de</strong> exploração curta. Logo, a preocupaçãose dá no sentido <strong>de</strong> se prever o prazo <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa oportunida<strong>de</strong> e especularse ela vigorará no futuro, em tempo hábil <strong>de</strong> ser explorada lucrativamente. Pelas<strong>de</strong>finições <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> apresentadas, se esse potencial <strong>de</strong> lucro não forefetivado, a oportunida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>scaracterizada.Contudo, mesmo que se <strong>de</strong>senvolvam as melhores especulações sobre ofuturo, não há como garantir o sucesso na exploração da oportunida<strong>de</strong>. SegundoDimov (2004), é impossível <strong>de</strong>terminar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> algo que ainda irá ocorrer,no caso, o lançamento do novo produto. Nas palavras <strong>de</strong> Trout (2005), não há comose prever o futuro. O melhor que po<strong>de</strong> ser feito é se basear em boas tendências.Entretanto, mesmo com o uso <strong>de</strong> tendências, nada garante que o futuroesperado se consoli<strong>de</strong>. Ao tomar como referência as teorias <strong>de</strong> Taleb (2007) sobre oimpacto do altamente improvável, infere-se que, além das oportunida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>mocorrer no presente ou que se iniciaram no passado, há aquelas aci<strong>de</strong>ntais, que sãoaltamente improváveis, mas que po<strong>de</strong>m acontecer no presente (Figura 2.12)Figura 2.12: Oportunida<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntal.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 61Nesses casos po<strong>de</strong>-se citar a proliferação mundial da gripe H1N1 em 2009,que impulsionou a venda <strong>de</strong> máscaras, álcool em gel entre alternativas <strong>de</strong> assepsiaao redor do mundo. Em poucos dias, milhões <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>mandaram proteção.Contudo, eventos imprevistos, em menor escala, estão se tornando característicos<strong>de</strong> mercados dinâmicos. De acordo com Mckelvie e Wiklund (2004) em mercadosdinâmicos em que a mudança é freqüente e muitas vezes errática, as oportunida<strong>de</strong>sse tornam mais elusivas e rapidamente aparecem, <strong>de</strong>saparecem ou mudam.Contudo, todas as buscas acontecem no momento presente. A busca se dá porlacunas entre o valor almejado pelo mercado e as ofertas <strong>de</strong> valor disponíveis dosetor. Essa busca po<strong>de</strong> ser feita com base nas informações disponíveis e factuais dopresente, assim como pelo exercício imaginativo e especulativo <strong>de</strong> como será ofuturo (Figura 2.13).Figura 2.13: Ações <strong>para</strong> <strong>de</strong>scoberta e previsão <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.Acredita-se que o processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação das oportunida<strong>de</strong>s no presente sópo<strong>de</strong> rastrear as oportunida<strong>de</strong>s que surgiram no passado se estas ainda perduraremno presente (Figura 2.14).Figura 2.14: Buscas <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s no presente.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 62As oportunida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m ocorrer no futuro são especuladas no presente.Mesmo que haja evidências <strong>de</strong> sua existência no futuro, nada po<strong>de</strong> garantir que elasocorram. O que muda é a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elas ocorrerem conforme as evidênciasque as sustentam. Contudo, no momento presente, assim como ocorre com aformulação estratégica, <strong>de</strong>vido as características essencialmente qualitativas dosmecanismos empregados <strong>para</strong> a busca, o que se i<strong>de</strong>ntificam são hipóteses <strong>de</strong>lacunas entre aquilo que o mercado almeja e aquilo que o setor oferece.A seguir discorre-se sobre alguns mecanismos que po<strong>de</strong>m auxiliar nestabusca.2.6 MECANISMOS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADESA seguir, apresentam-se alguns dos mecanismos e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> processos <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s encontrados na literatura. Ao término <strong>de</strong> cada seção,é apresentada uma tabela com sete parâmetros com<strong>para</strong>tivos, <strong>de</strong>terminados combase nos objetivos específicos <strong>de</strong>sta pesquisa, <strong>de</strong>scritos na Seção 1.2.1. NoApêndice B, apresentam-se outros mecanismos complementares.2.6.1 Mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Urban e Hauser (1993)Esta referência, apesar <strong>de</strong> possuir 16 anos <strong>de</strong> publicação, foi uma das mais<strong>de</strong>talhadas encontrada na pesquisa. Sumariamente, é uma abordagem que consisteda prática <strong>de</strong> segmentação <strong>de</strong> mercado e na geração <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos.O processo examina a largura dos mercados <strong>para</strong> <strong>de</strong>terminar aqueles que sãomais atrativos. Este processo direciona recursos aos mercados com o maiorpotencial enquanto minimiza recursos a serem investidos em mercados <strong>de</strong> alto riscoe <strong>de</strong> baixo retorno (URBAN e HAUSER, 1993; Figura 2.15).Figura 2.15: Processo resumido <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> mercado.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Urban e Hauser (1993).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 63O primeiro passo é a análise do perfil do mercado no qual todos os mercadossão avaliados pelos critérios <strong>de</strong>: i/potencial <strong>de</strong> crescimento; ii/entrada rápida;iii/economias <strong>de</strong> escala; iv/atrativida<strong>de</strong> competitiva; v/investimento; vi/recompensa;vii/risco; e viii/encaixe com as capacida<strong>de</strong>s da organização. Pesos <strong>para</strong> cada um<strong>de</strong>sses critérios são estabelecidos e uma avaliação geral é executada. O propósito<strong>de</strong>ste exame é eliminar os mercados mais pobres e concentrar naqueles poucosmercados altamente atrativos (ibi<strong>de</strong>m, pg. 115). O próximo passo consiste da análise<strong>de</strong>sses poucos mercados restantes. Visa-se <strong>de</strong>finir os limites do mercado ei<strong>de</strong>ntificar os consumidores alvo em profundida<strong>de</strong>. Essas análises são sintetizadas<strong>para</strong> <strong>de</strong>finir exatamente os mercados alvo e a vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrada (ibi<strong>de</strong>m).Finalmente, todas essas informações são utilizadas em conjunto com umainvestigação das taxas <strong>de</strong> crescimento, lucrativida<strong>de</strong>, retorno <strong>de</strong> investimento e risco<strong>de</strong> maneira a se estabelecer priorida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> investigações <strong>de</strong>talhadas. Essasanálises <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> mercados ren<strong>de</strong> um portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercadoque são altamente atrativas <strong>para</strong> os esforços <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtosda organização (ibi<strong>de</strong>m). Nota-se que as oportunida<strong>de</strong>s são <strong>de</strong>finidas em termos <strong>de</strong>mercados atraentes <strong>para</strong> a empresa e não <strong>de</strong> problemas enfrentados por essesmercados, como sugere Stull, Myers e Scott (2008) e as <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>finições <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong> apresentadas no início <strong>de</strong>ste capítulo. Entretanto, em algunsmomentos no transcorrer do texto <strong>de</strong> Urban e Hauser (1993) há conotações daassociação das necessida<strong>de</strong>s e problemas do mercado com as oportunida<strong>de</strong>s.Também é dito que as idéias <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong>ssas oportunida<strong>de</strong>sapresentam maior sucesso do que aquelas resultantes exclusivamente <strong>de</strong>aperfeiçoamentos tecnológicos.Após esta <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> mercado, os autores sugerem um processo <strong>de</strong> geração<strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos. Segundo eles, a criação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s inovações e idéias<strong>de</strong> produtos completa a fase <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s do PDP. Dada a<strong>de</strong>finição do mercado e do grupo alvo, a organização então <strong>de</strong>senvolve idéias <strong>de</strong>novos produtos <strong>para</strong> tirar vantagem das oportunida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificadas. Um amplonúmero <strong>de</strong> idéias é gerado através <strong>de</strong>: i/busca direta; ii/inovação tecnológica;iii/estudos exploratórios do consumidor; iv/facilitação <strong>de</strong> soluções dos lead users;v/integração <strong>de</strong> tecnologia e marketing; vi/métodos <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> em grupo;PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 64vii/programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento nacional; e viii/alianças, aquisições elicenciamento (ibi<strong>de</strong>m).Ao final, um processo relativamente simples <strong>de</strong> exame é utilizado <strong>para</strong> guiar asdiscussões e selecionar algumas poucas e boas idéias daquelas geradas. Três aquatro idéias inovadoras são representadas por concepções inovadoras ouprotótipos <strong>de</strong> novos produtos e, em conjunto com a segmentação grupo alvo domercado alvo constituem as entradas da fase <strong>de</strong> projeto do produto (ibi<strong>de</strong>m).Este procedimento, que tem uma ênfase da disciplina <strong>de</strong> marketing, apresentasemelhanças com o procedimento padrão <strong>de</strong> segmentação criticado por Kim eMauborgne (2005). Po<strong>de</strong>-se dizer que ele vai <strong>de</strong> encontro à teoria da EOA. Contudo,é uma abordagem consi<strong>de</strong>rada válida, mas que exclui oportunida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>mcorrer entre os segmentos <strong>de</strong> mercado no início do processo. Kim e Mauborgne(2005) afirmam que o enfoque contínuo em <strong>de</strong>terminados segmentos po<strong>de</strong> levar anichos cada vez menores e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> customização <strong>de</strong> produtos, que po<strong>de</strong>encolher as receitas. Entretanto, esta prática po<strong>de</strong> ser lucrativa em algumassituações.As características gerais da proposta po<strong>de</strong>m ser vistas na Tabela 2.1.Tabela 2.1: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>Urban e Hauser (1993).Parâmetros com<strong>para</strong>tivosElementos caracterizadores <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> aceleração da <strong>de</strong>scobertaMecanismos <strong>de</strong> integração com o PDPPrincipal saída do mo<strong>de</strong>lo e formatoAplicação (<strong>de</strong>scobrimento e/ou previsão)Características do mo<strong>de</strong>loMercado atraente <strong>para</strong> a empresaSegmentação <strong>de</strong> mercado e análise <strong>de</strong>atrativida<strong>de</strong>Uso <strong>de</strong> critérios <strong>para</strong> seleção <strong>de</strong> mercados,apresentados no textoNão <strong>de</strong>finidoDetermina clientes e idéias <strong>para</strong> a etapa <strong>de</strong>projeto do produtoIdéia <strong>de</strong> produto em formato <strong>de</strong> umarepresentação <strong>de</strong> concepção, protótipo <strong>de</strong>produto e <strong>de</strong>finição do grupo <strong>de</strong> mercado alvoNão <strong>de</strong>finido, infere-se que ambasPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 652.6.2 Mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Koen et al. (2002)Koen et al. (2002) apresentam uma abordagem nitidamente voltada <strong>para</strong> aprevisão <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Segundo eles, <strong>para</strong> “criar” mais oportunida<strong>de</strong>s pelaobservação do futuro são recomendados os seguintes métodos, ferramentas etécnicas:a) Roadmapping;b) Análise <strong>de</strong> tendências tecnológicas;c) Análise <strong>de</strong> tendências do consumidor;d) Análise da inteligência competitiva;e) Pesquisa <strong>de</strong> mercado;f) Planejamento <strong>de</strong> cenários.Para a análise das oportunida<strong>de</strong>s, os autores comentam que as mesmasferramentas po<strong>de</strong>m ser empregadas, só que em um nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento maior.Também, é recomendado o estabelecimento <strong>de</strong> uma equipe multifuncional <strong>de</strong> três acinco pessoas em regime integral <strong>para</strong> gran<strong>de</strong>s projetos (ibi<strong>de</strong>m). Contudo, o artigonão apresenta exemplos práticos <strong>de</strong>sses mecanismos, tanto <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s quanto <strong>para</strong> a seleção das mesmas.Segundo eles, geralmente a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s prece<strong>de</strong> a geração<strong>de</strong> idéias. É recomendado que as empresas tenham um processo formal <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, pois as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>finem as arenas que aempresa possa querer participar. Esse processo formal <strong>de</strong>ve estar alinhado com osfatores <strong>de</strong> influência externa, discutidos anteriormente. Alternativamente, po<strong>de</strong>-sepossuir um processo informal composto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s adhoc, não citadas em<strong>de</strong>talhes, que variam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> discussões pela internet, insights individuais ouorientações da alta gerência. Trata-se <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong> ocorrercoletivamente ou com apenas um indivíduo, que reconhece uma necessida<strong>de</strong> nãosatisfeita ou problema não resolvido do cliente (ibi<strong>de</strong>m).Os autores também comentam que a <strong>de</strong>scoberta po<strong>de</strong> ocorrer pelo insight <strong>de</strong>uma idéia <strong>de</strong> um novo produto ou, até mesmo <strong>de</strong> um produto conceito, maisevoluído que uma simples idéia, mas que, mesmo assim, a sua oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 66ser analisada. Os únicos mecanismos citados <strong>para</strong> análise são os anteriormentecitados. Disto <strong>de</strong>riva o enfoque na análise <strong>de</strong> tendências como medida <strong>de</strong> avaliação<strong>de</strong>ste produto em potencial.A proposta, apesar <strong>de</strong> instrutiva, não apresenta <strong>de</strong>talhes operacionais capazes<strong>de</strong> esclarecer como proce<strong>de</strong>r. Contudo, fica claro o enfoque na previsão dasoportunida<strong>de</strong>s a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise dos fatores <strong>de</strong> influência e a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> se estabelecer um estado <strong>de</strong> alerta entre os indivíduos <strong>para</strong> os problemas enecessida<strong>de</strong>s não atendidas dos clientes. A seguir, apresenta-se um resumo dasprincipais características da proposta (Tabela 2.2).Tabela 2.2: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Koen etal. (2002).Parâmetros com<strong>para</strong>tivosElementos caracterizadores <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> aceleração da <strong>de</strong>scobertaMecanismos <strong>de</strong> integração com o PDPPrincipal saída do mo<strong>de</strong>lo e formatoAplicação (<strong>de</strong>scobrimento e/ou previsão)Características do mo<strong>de</strong>loNecessida<strong>de</strong>s não atendidas do cliente,problemas do cliente não <strong>de</strong>tectadosanteriormenteRoadmapping, análise <strong>de</strong> tendênciastecnológicas, análise <strong>de</strong> tendências doconsumidor, análise da inteligência competitiva,pesquisa <strong>de</strong> mercado, planejamento <strong>de</strong> cenáriosMesmos citados anteriormenteNão indicadoDetermina oportunida<strong>de</strong>, idéia e solução conceitodo novo produto <strong>para</strong> a etapa <strong>de</strong> PPConcepção do produto formatada em umBusiness CasePrevisão2.6.3 Mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cooper (2001) e Cooper eEdgett (2007).Nesta seção discute-se sobre a parcela do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>stinada à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s. Ambas as obras são relativamente extensas, aqui se expõem apenasas características julgadas mais relacionadas com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 67Como foi comentado anteriormente, o enfoque da proposta <strong>de</strong> Cooper e Edgett(2007) se dá na obtenção <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos como maneira <strong>de</strong> se obteroportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos. Os autores apresentam seis abordagens <strong>para</strong> tal:i/i<strong>de</strong>ação estratégica; ii/sistema <strong>de</strong> captura e manejo <strong>de</strong> idéias; iii/esquema <strong>de</strong>sugestão <strong>de</strong> idéias dos empregados; iv/pesquisa científica fundamental direcionada;v/pesquisa da voz do consumidor; vi/engajamento <strong>de</strong> pessoas externas à empresa<strong>para</strong> a geração <strong>de</strong> idéias (prática <strong>de</strong> open innovation). Contudo, como visto naFigura 2.8, o campo relativo à i<strong>de</strong>ação estratégia é o que explicita o termooportunida<strong>de</strong>.Segundo os autores, o <strong>de</strong>senvolvimento da estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>novos produtos energiza o estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta. Eles afirmam que, <strong>de</strong>vido aexecução <strong>de</strong> várias análises – indústria, mercado, tecnologia, ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor ecompetências núcleo, é quase certo se i<strong>de</strong>ntificar novas oportunida<strong>de</strong>s na forma <strong>de</strong>novos mercados, novos produtos e <strong>de</strong>, até mesmo, novos negócios (ibi<strong>de</strong>m, pg.222).Segundo eles, a análise estratégica <strong>de</strong>ve não somente i<strong>de</strong>ntificar novasoportunida<strong>de</strong>s – arenas que estão emergindo e nas quais a empresa <strong>de</strong>ve focar - elatambém provê orientações <strong>de</strong> quais arenas selecionar (ibi<strong>de</strong>m). Embora não sejafeita esta afirmação diretamente em ambas as obras, apenas insinuações como a dotrecho citado, os autores constantemente associam o termo arena estratégica ao <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>.Cooper (2001) comenta que as arenas <strong>de</strong> foco estratégico <strong>de</strong>vem ser<strong>de</strong>finidas <strong>para</strong> se procurar por idéias <strong>de</strong> novos produtos. Segundo ele, ao menosque essas arenas estejam <strong>de</strong>finidas, a busca <strong>de</strong> idéias é não direcionada, <strong>de</strong>sfocadae não efetiva. Esta estratégia também é fundamental <strong>para</strong> a seleção <strong>de</strong> projetos e agestão <strong>de</strong> portfólio, pois as questões relativas ao alinhamento estratégico são vitais<strong>para</strong> a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em cada portal <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão do PDP. Logo a estratégia<strong>de</strong>fine on<strong>de</strong> procurar e o quê procurar.As arenas <strong>de</strong> foco estratégico po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidas pelos seguintes termos(COOPER, 2001; COOPER e EDGETT, 2007):PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 68a) Quem? (i. e., o grupo <strong>de</strong> clientes a ser servido, em termos <strong>de</strong> mercados ousegmentos <strong>de</strong> mercado);b) O quê? (i. e., a aplicação ou necessida<strong>de</strong> do cliente a ser satisfeita);c) Como? (i. e., a tecnologia requerida <strong>para</strong> projetar , <strong>de</strong>senvolver e produzirprodutos <strong>para</strong> a arena).Cooper (2001) comenta que se po<strong>de</strong>m representar estas dimensões em ummapa tridimensional (Figura 2.16). As duas últimas dimensões também po<strong>de</strong>m sercombinadas e utilizadas em um mapa bidimensional (o quê e como). Este mapa<strong>de</strong>fine a arena.Figura 2.16: Arena estratégica em três dimensões.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Cooper (2001).Acredita-se que estes mapas possam ser usados <strong>para</strong> explicitar asoportunida<strong>de</strong>s, às quais idéias <strong>de</strong> novos produtos po<strong>de</strong>m ser en<strong>de</strong>reçadas.Além das oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes da <strong>de</strong>finição das arenas, segundo Coopere Edgett (2007), o foco no cliente com o uso <strong>de</strong> técnicas da voz do consumidor(Voice Of the Custormer – VOC) é fundamental <strong>para</strong> <strong>de</strong>scobrir gran<strong>de</strong>soportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos. Os autores recomendam que se vá além daquiloque os clientes indicam que eles querem e procurar insights reais <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>snão <strong>de</strong>scobertas e não verbalizadas. Isso, porém só é possível com interações facea face com os clientes e utilizando técnicas como as <strong>de</strong> acampamento ou <strong>de</strong> “um diana vida <strong>de</strong>” (etnografia) e visitas do cliente com entrevistas aprofundadas. Também éPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 69recomendado o trabalho com os lead users, com o emprego <strong>de</strong> grupos focais (focusgroup) <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar problemas e pontos <strong>de</strong> queixa dos clientes.Os autores comentam que existem seis maiores abordagens <strong>de</strong> VOC <strong>para</strong>gerar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos e serviços (ibi<strong>de</strong>m, pg. 94):a) Grupos focais <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> problemas;b) Grupos <strong>de</strong> brainstorming com clientes;c) Visitas do cliente com entrevistas aprofundadas;d) Acampamento ou etnografia;e) Análise dos lead users;f) Crowndsourcing utilizando abordagens online ou <strong>de</strong> Tecnologia daInformação (TI).De Cooper e Edgett (2007), conclui-se que o conceito <strong>de</strong> crowndsourcingenvolve a solicitação <strong>de</strong> informações aos clientes via internet. A empresa po<strong>de</strong> criaruma enquete ou algo do gênero, <strong>para</strong> que os clientes participem do processo. Nãohá muitos <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong>sta prática. Mas po<strong>de</strong> ser interessante <strong>para</strong> esclarecer dúvidaspontuais com a participação do cliente.Nota-se que as abordagens <strong>de</strong> VOC visam a prospecção juntamente com ocliente, evitando assim adivinhações por parte da equipe interna. Contudo, Carvalho(2007), comenta que essas práticas po<strong>de</strong>m ser custosas e que uma alternativa maiseconômica se dá com a i<strong>de</strong>ação interna, com a participação dos colaboradores daempresa.Segundo Cooper e Edgett (2007) é surpreen<strong>de</strong>nte o número <strong>de</strong> companhiasque falham em capturar idéias dos empregados <strong>de</strong> uma forma sistemática, segundoeles, menos <strong>de</strong> um quarto das empresas o fazem. Para tal é sugerido esquema <strong>de</strong>sugestão <strong>de</strong> idéias que se acople a um sistema <strong>de</strong> captura <strong>de</strong> idéias.Os autores comentam que o sistema <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos eserviços <strong>de</strong>ve ser in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos sistemas <strong>de</strong> sugestões das empresas. Osistema <strong>de</strong>ve ser fácil <strong>de</strong> ser utilizado, <strong>para</strong> que não bloqueie a criativida<strong>de</strong> e não<strong>de</strong>sestimule o seu uso sem regras pouco claras ou muitos <strong>de</strong>talhes.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 70Outra abordagem resi<strong>de</strong> no engajamento <strong>de</strong> pessoas externas à empresa <strong>para</strong>a geração <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos com a prática <strong>de</strong> open innovation. Diversasformas <strong>de</strong>ssa prática são sugeridas, incluindo fontes <strong>de</strong> idéias, mas o enfoque se dánas idéias <strong>de</strong> novos produtos. Os autores comentam que esta prática, apesar <strong>de</strong>interessante, ainda não apresenta provas <strong>de</strong> que funcione (ibi<strong>de</strong>m, pg. 126).Segundo eles, inovação e parcerias não são fórmulas mágicas <strong>para</strong> o sucesso.Para finalizar, conclui-se que, embora o autor trate do tema, i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s, a proposta não apresenta uma abordagem específica e <strong>de</strong>nominada<strong>para</strong> tal. Esta conclusão é lastreada nas <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> idéia e oportunida<strong>de</strong>,assumindo-se que estes sejam elementos distintos. Os autores chegam àsoportunida<strong>de</strong>s pela obtenção <strong>de</strong> idéias. A seguir, são resumidas as principaiscaracterísticas da proposta dos autores (Tabela 2.3).Tabela 2.3: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cooper eEdgett (2007).Parâmetros com<strong>para</strong>tivosElementos caracterizadores <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> aceleração da <strong>de</strong>scobertaMecanismos <strong>de</strong> integração com o PDPPrincipal saída do mo<strong>de</strong>lo e formatoAplicação (<strong>de</strong>scobrimento e/ou previsão)Características do mo<strong>de</strong>loNecessida<strong>de</strong>s não atendidas do cliente,problemas do clienteAnálise s estratégicas e processo <strong>de</strong><strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> arenas estratégicas,levantamento da voz do cliente (VOC) eenvolvimento com lead users, emprego <strong>de</strong> openinnovation, implantação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong>captura <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtosNão <strong>de</strong>finido, infere-se que os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>seleção <strong>de</strong> arenas estratégicas com o empregocritérios possam ser empregadosNão <strong>de</strong>finido, infere-se que sistema <strong>de</strong> captura <strong>de</strong>idéias <strong>de</strong> novos produtos possa acelerar oprocesso <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobertaDetermina portfólio <strong>de</strong> idéias <strong>para</strong> o estágio 1 doStageGateDescrição <strong>de</strong> idéia em formato não <strong>de</strong>finidoDescobrimento e previsãoPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 712.6.4 Mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Kelley e Littman (2007)Kelley e Littman (2007) compartilham algumas experiências realizadas naempresa IDEO, uma empresa que presta serviços <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novosprodutos, classificada entre as <strong>de</strong>z empresas mais inovadoras do mundo pela revistaFast Company em março <strong>de</strong> 2009 (FAST COMPANY, 2009).Eles citam <strong>de</strong>z perfis <strong>de</strong> colaboradores que favorecem o processo <strong>de</strong> inovação,inclusive àquelas que captam oportunida<strong>de</strong>s. Três perfis se relacionam com ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s (KELLEY e LITTMAN, 2007): i/o antropólogo; ii/oexperimentador; iii/o polinizador. Esses três perfis são caracterizados como“personas” que apren<strong>de</strong>m. A proposta dos autores não apresenta um procedimentoreprodutível, mas uma reflexão das melhores práticas.A figura do antropólogo remete à aplicação <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> pesquisa qualitativacomo a etnografia entre outras comentadas por Griffin (1996), Shillito (2001), Coopere Edgett (2007) e Stull, Myers e Scott (2008). Segundo Kelley e Littman (2007), oantropólogo traz novos conhecimentos e insights <strong>para</strong> a organização, ao observar ocomportamento humano e ao <strong>de</strong>senvolver profunda compreensão <strong>de</strong> como aspessoas interagem <strong>de</strong> maneira física e emocional com produtos, serviços e espaços.O principal mecanismo é a prática da observação das pessoas, mais até que aconversação. Neste sentido, as técnicas <strong>de</strong> acampamento e incursão no ambientedo cliente são enfatizadas. É recomenda a elaboração e manutenção <strong>de</strong> uma lista<strong>de</strong> problemas e soluções observadas em campo, por cada observador. Caso aobservação em campo não seja possível, a observação <strong>de</strong> imagens, como revistas,po<strong>de</strong> ser uma saída (ibi<strong>de</strong>m).A figura do experimentador está associada ao teste contínuo <strong>de</strong> novas idéias eo aprendizado mediante um processo esclarecido <strong>de</strong> tentativa e erro. Segundo eles,o experimentador assume riscos calculados <strong>para</strong> alcançar o sucesso, mantendo-seem estado <strong>de</strong> constante "experimentação e implementação" (ibi<strong>de</strong>m). Nota-se queessa orientação está associada com idéias, soluções <strong>para</strong> problemas do cliente, nãoespecificamente à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>sses problemas.A figura do polinizador é aquela que explora outros setores e culturas, <strong>para</strong> emseguida adaptar as <strong>de</strong>scobertas e as revelações daí <strong>de</strong>correntes às necessida<strong>de</strong>sPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 72únicas do próprio empreendimento (ibi<strong>de</strong>m). Aqui se nota a importância doconhecimento fora <strong>de</strong> um único contexto. Embora o enfoque se dê na polinização <strong>de</strong>soluções, acredita-se que a polinização possa ocorrer com problemas também.Contudo, é nítida a relevância do perfil do antropólogo frente aos <strong>de</strong>mais, quanto ài<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas dos clientes, problemas que po<strong>de</strong>m representaroportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos.Nesse contexto, os autores comentam que algumas oportunida<strong>de</strong>s são maisóbvias do que outras. Assim, <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar as oportunida<strong>de</strong>s existentes ao seuredor, o pesquisador <strong>de</strong>ve realizar o seguinte exercício (ibi<strong>de</strong>m):a) Anotar todos os consertos que <strong>de</strong>scobrir no trabalho, em casa ou na cida<strong>de</strong>;b) Procurar coisas que foram melhoradas ou adaptadas pelos usuários;c) Atentar <strong>para</strong> avisos referentes a <strong>de</strong>feitos ou a dicas <strong>de</strong> operação.Nota-se uma ênfase, sobretudo no perfil do antropólogo, ao estado <strong>de</strong> alerta,comentado nos artigos <strong>de</strong> Butler (2004), discutido a seguir. Na Tabela 2.4 seapresentam as principais características da obra <strong>de</strong> Kelley e Littman (2007), relativasa esta pesquisa.Tabela 2.4: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>Kelley e Littman (2007).Parâmetros com<strong>para</strong>tivosElementos caracterizadores <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> aceleração da <strong>de</strong>scobertaMecanismos <strong>de</strong> integração com o PDPPrincipal saída do mo<strong>de</strong>lo e formatoAplicação (<strong>de</strong>scobrimento e/ou previsão)Características do mo<strong>de</strong>loProblema ou necessida<strong>de</strong> do clienteTécnicas qualitativas <strong>de</strong> campo comoobservação, acampamento e etnografiaNão <strong>de</strong>finidoEstado <strong>de</strong> alerta a problemas e adaptações dosusuários, manutenção <strong>de</strong> uma lista <strong>de</strong> problemase soluções i<strong>de</strong>ntificadas em campoNão <strong>de</strong>finidoNão <strong>de</strong>finido, infere-se que po<strong>de</strong>m ser tantoproblemas quanto soluçõesNão <strong>de</strong>finido, infere-se que a ênfase seja no<strong>de</strong>scobrimentoPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 732.6.5 Mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Stull, Myers e Scott (2008).Stull, Myers e Scott (2008) apresentam uma abordagem, <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong>Tuned in, composta <strong>de</strong> seis passos principais, seqüenciais, <strong>para</strong>, segundo eles, ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s extraordinárias que levam à gran<strong>de</strong>s negócios(Figura 2.17). Embora o título remeta às oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio, o mo<strong>de</strong>lo é<strong>de</strong>stinado à criação <strong>de</strong> produtos, serviços ou mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio.A seguir os passos do mo<strong>de</strong>lo são discutidos sucintamente e na seqüência sãocomentadas algumas particularida<strong>de</strong>s dos três primeiros passos, diretamenterelacionados à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Apesar <strong>de</strong> serem <strong>de</strong>finidos passos, ofluxo <strong>de</strong> trabalho, como compreendido pelo autor da presente pesquisa, não éseqüencial.Figura 2.17: Abordagem Tuned in <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Stull, Myers e Scott (2008).O primeiro passo consiste em encontrar problemas não resolvidos doscompradores, porém aqueles que os compradores estejam dispostos a pagar poruma solução. Conclui-se que esta seja a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> os autores.No segundo passo <strong>de</strong>ve-se levantar e compreen<strong>de</strong>r os diferentes perfis <strong>de</strong>compradores potenciais (buyer personas). Este grupo é constituído <strong>de</strong> todas aspessoas que po<strong>de</strong>m comprar a oferta. Os critérios <strong>de</strong> segmentação são <strong>de</strong>finidos <strong>de</strong>acordo com os problemas que estes indivíduos enfrentam e não por parâmetrosPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 74<strong>de</strong>mográficos ou psicográficos, entre outros. No terceiro passo, quantificar oimpacto, o problema i<strong>de</strong>ntificado é avaliado, mesmo sem haver ainda uma solução<strong>para</strong> o mesmo (ibi<strong>de</strong>m).No quarto passo, criam-se experiências com base nas competências distintasda empresa (i. e., uma competência comum às competências núcleo da empresa).Apesar <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> um passo <strong>de</strong> criação, não é indicado claramente comoproce<strong>de</strong>r, contudo neste passo é que se <strong>de</strong>finem as características dos produtos ouserviços que os compradores experimentarão. No quinto passo <strong>de</strong>vem-se articularidéias po<strong>de</strong>rosas. Aqui a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> idéia é abstrata, no sentido <strong>de</strong> uma frase queremeta à experiência criada <strong>para</strong> solucionar o problema, não necessariamente àsolução técnica <strong>para</strong> o problema ou o produto em si. No sexto passo <strong>de</strong>vem-seestabelecer conexões autênticas, ao <strong>de</strong>scobrir e utilizar os canais <strong>de</strong> comunicaçãoque os compradores, em seus diferentes perfis, utilizam <strong>para</strong> resolver seusproblemas e se informar. Enfatiza-se o marketing viral, sobretudo pela internet,frente aos meios convencionais como televisão, rádio, jornais e revistas (ibi<strong>de</strong>m).Se todos estes passos forem executados a<strong>de</strong>quadamente, haverá a criação <strong>de</strong>um ressonador – a solução perfeita <strong>para</strong> um problema específico; um produto ouserviço que as pessoas querem comprar sem serem coagidas (convencidas); umaoferta que estabelece uma conexão real e direta com aquilo que o mercado maisvaloriza; uma idéia que as pessoas compreen<strong>de</strong>m imediatamente que apresentavalor, mesmo que elas nunca tenham ouvido dos produtos ou serviços da empresa(ibi<strong>de</strong>m). Alguns produtos e serviços são citados como exemplo <strong>de</strong> ressonadores.Nota-se que os ressonadores estão associados a uma idéia expressa por suamensagem publicitária, segundo os autores, como no caso do Ipod da Apple e aidéia “1000 canções no seu bolso”, a FedEx e a idéia “quando absolutamente,positivamente isso precisa estar lá do dia <strong>para</strong> a noite”, ou a Nike, com a frase “Justdo it” (ibi<strong>de</strong>m).O primeiro passo do mo<strong>de</strong>lo se relaciona estreitamente com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s, como <strong>de</strong>finida anteriormente, e antece<strong>de</strong> a criação <strong>de</strong> um produto ouserviço. Segundo os autores, enten<strong>de</strong>r o mercado e os compradores através <strong>de</strong>entrevistas em profundida<strong>de</strong> é <strong>de</strong> longe o caminho mais efetivo <strong>para</strong> <strong>de</strong>scobrirproblemas <strong>de</strong> mercado não resolvidos e que as pessoas pagarão dinheiro <strong>para</strong>PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 75resolvê-los (ibi<strong>de</strong>m). Esta mesma afirmativa também é feita por Cooper e Edgett(2007), quanto à importância da pesquisa qualitativa <strong>para</strong> este fim.Stull, Myers e Scott (2008) comentam que se encontrar com clientes potenciaisem suas casas ou áreas <strong>de</strong> trabalho, ou até mesmo na rua, é o ponto <strong>de</strong> partida. Aempresa <strong>de</strong>ve ouvir e observar constantemente e compreen<strong>de</strong>r os problemas que oscompradores <strong>de</strong>sejam pagar dinheiro <strong>para</strong> serem resolvidos ao invés <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>rreuniões <strong>de</strong> longa duração somente com os colaboradores da empresa que tentamadivinhar o que os compradores querem (ibi<strong>de</strong>m). Isto contrapõe o processo <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ação <strong>de</strong> novos produtos pela equipe interna da empresa, como medida <strong>de</strong>entrada ao PDP.É comentado que o processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar idéias que ressonam com oscompradores requer que, primeiro, haja o contato com eles <strong>para</strong> se conhecer acercados seus problemas. Isto requer tempo e que se envolvam tantos clientes quantonecessário <strong>para</strong> se convergir <strong>para</strong> um problema em comum. São recomendadasmais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z reuniões com compradores, individualmente, <strong>para</strong> que se possa obteralgum resultado aceitável (ibi<strong>de</strong>m, p.122). Contudo, segundo eles, ouvir os própriosclientes não é suficiente, é importante consultar, principalmente, os não-clientes ebuscar por problemas manifestados e não manifestados, sendo os últimos os maisdifíceis <strong>de</strong> serem i<strong>de</strong>ntificados e que exigem habilida<strong>de</strong> especial do entrevistador(ibi<strong>de</strong>m).Segundo Stull, Myers e Scott (2008), os atuais clientes <strong>de</strong> uma empresarepresem apenas uma pequena parcela da oportunida<strong>de</strong>, eles têm problemasdiferentes dos não-clientes e ten<strong>de</strong>m a enxergar o futuro como uma melhoriaincremental das experiências passadas. O trabalho com os não-clientes, aquelesque <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> comprar a oferta da empresa por alguma razão, po<strong>de</strong> indicar osproblemas que, se resolvidos po<strong>de</strong>riam fazê-los mudar <strong>de</strong> idéia e comprar o produto.Isto, segundo eles, amplia o mercado da oferta. Ver-se-á no próximo capítulo queKim e Mauborgne (2005) apresentam uma lógica semelhante.Devem-se explorar e documentar quanto mais problemas específicos forempossíveis. Sobretudo aqueles que levam <strong>de</strong>terminado grupo <strong>de</strong> compradores a nãocomprar uma <strong>de</strong>terminada solução. Se o processo ocorrer bem, po<strong>de</strong>m-se levantardúzias <strong>de</strong> problemas. Posteriormente eles, se em gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>m serPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 76agrupados por afinida<strong>de</strong> em categorias e estas serem a base da <strong>de</strong>scrição geral doproblema, na voz do cliente, que en<strong>de</strong>reça os problemas i<strong>de</strong>ntificados. Esta<strong>de</strong>claração, também chamada <strong>de</strong> discurso <strong>de</strong> elevador, <strong>de</strong>ve conter em torno <strong>de</strong> 25palavras (ibi<strong>de</strong>m, p. 123-124).O segundo passo do mo<strong>de</strong>lo envolve levantar perfis <strong>de</strong> compradores afetadospor um problema em comum, mas que experimentam diferentes problemasespecíficos, as chamadas personas. Estas po<strong>de</strong>m ser levantadas peloquestionamento <strong>de</strong> quais pessoas são afetadas pelo problema <strong>de</strong>scoberto,relacionado ou não com um produto existente. Esse processo não é <strong>de</strong>talhado notexto. Mas julga-se importante <strong>para</strong> se <strong>de</strong>senvolver a oferta <strong>de</strong> valor.O terceiro passo apresenta uma técnica <strong>para</strong> avaliar o problema i<strong>de</strong>ntificado everificar realmente se ele se trata <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong>, embora os autores nãoutilizem o termo oportunida<strong>de</strong>. O teste é composto das seguintes perguntas, comrespostas do tipo sim ou não (ibi<strong>de</strong>m): i/o problema é urgente? ii/o problema écompartilhado por um número gran<strong>de</strong> o bastante <strong>de</strong> pessoas? iii/as pessoas estãodispostas a pagar <strong>para</strong> resolver este problema?Segundo eles, o termo urgente é <strong>para</strong> enfatizar a relevância do problemai<strong>de</strong>ntificado na vida do cliente. Deve-se assegurar que se trata <strong>de</strong> um problema real.É importante se ter uma idéia real do número <strong>de</strong> pessoas que partilha do problema eque estão dispostas a pagar por uma solução e quanto se espera que elas paguempor ela. Contudo, <strong>para</strong> se obter tais respostas é fundamental a participação docomprador, <strong>para</strong> que não se caia em adivinhações. Assim, a resposta <strong>para</strong> estasperguntas <strong>de</strong>vem ser lastreadas com pesquisa quantitativa. Acredita-se que isto sejafactível e alinhado com as melhores práticas, pois não levam os clientes a imaginarum novo produto ou serviço, como orienta Griffin (1996) quanto à <strong>de</strong>finição daquiloque os clientes são capazes ou não <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r com esse tipo <strong>de</strong> pesquisa.Julga-se o mo<strong>de</strong>lo como instrutivo, fácil <strong>de</strong> ser compreendido e utilizado <strong>de</strong>vidoaos poucos passos <strong>de</strong> sua estrutura, mas este também carece <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamentooperacional. Os autores <strong>de</strong>ixam uma nota, informando que os “comos” do processopo<strong>de</strong>m ser clarificados com a contratação da consultoria dos autores (ibi<strong>de</strong>m, p.203). A seguir são resumidas as principais características do mo<strong>de</strong>lo (Tabela 2.5).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 77Tabela 2.5: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Stull,Myers e Scott (2008).Parâmetros com<strong>para</strong>tivosElementos caracterizadores <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> aceleração da <strong>de</strong>scobertaMecanismos <strong>de</strong> integração com o PDPPrincipal saída do mo<strong>de</strong>lo e formatoAplicação (<strong>de</strong>scobrimento e/ou previsão)Características do mo<strong>de</strong>loProblema não resolvido <strong>de</strong> um compradorpotencial disposto a pagar por uma soluçãoPesquisa qualitativa com entrevistas diretas comperguntas abertas, observação em campo,remete à etnografiaUso <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> seleção no formato <strong>de</strong>perguntas com respostas do tipo sim ou nãoembasadas em pesquisa quantitativa comquestionários estruturados com perguntasfechadasVisitas freqüentes da equipe aos clientes emcampo, treinamento da equipe <strong>para</strong> interaçãocom os compradores <strong>para</strong> perceber problemasnão resolvidosNão <strong>de</strong>finidoDeclaração <strong>de</strong> problema e idéiaDescobrimentoPara finalizar, os autores comentam que a maioria das empresas não estáorganizada <strong>de</strong> maneira que às aju<strong>de</strong>m a enten<strong>de</strong>r os problemas que as pessoasestão dispostas a pagar <strong>para</strong> serem solucionados. A maioria está pre<strong>para</strong>da <strong>para</strong>focar nos atuais clientes e <strong>de</strong>senvolver melhorias incrementais ou explorar o mesmoperfil <strong>de</strong> cliente em outras regiões (ibi<strong>de</strong>m, p.41).2.6.6 Análise dos mecanismos <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sEmbora as explanações presentes na apresentação dos mecanismos jápossuam caráter analítico, cabe aqui uma análise final comum a eles.Nota-se que os elementos caracterizadores <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s remetem aproblemas ou necessida<strong>de</strong>s relevantes <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> indivíduos. Também sãofeitas alusões a idéias <strong>de</strong> novas ofertas <strong>de</strong> valor.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 78Os mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação remetem a pesquisas qualitativas junto aospotenciais compradores. O trabalho diretamente com o cliente, com as técnicas <strong>de</strong>VOC, é recomendado. O escopo da coleta <strong>de</strong> informações também envolve outroscampos. Nota-se a busca <strong>de</strong> informações também é facilitada pelo estabelecimento<strong>de</strong> canais e sistemas no qual pessoas internas e externas à empresa possamparticipar.Os mecanismos <strong>de</strong> seleção, quando informados, remetem à utilização <strong>de</strong>critérios <strong>de</strong> seleção e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> ranqueamento, como visto em Cooper e Edgett(2007) e Stull, Myers e Scott (2008).Os mecanismos <strong>de</strong> aceleração da <strong>de</strong>scoberta envolvem o estado <strong>de</strong> alerta dospesquisadores e a busca contínua por problemas dos clientes. Além doestabelecimento <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> captura <strong>de</strong> idéias e que permitam a participaçãoampla <strong>de</strong> pessoas internas e externas à empresa.As principais saídas dos mo<strong>de</strong>los e formatos geralmente envolvem a<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> um problema ou <strong>de</strong> uma idéia. Contudo, não se i<strong>de</strong>ntificaramexemplos. A aplicação dos mo<strong>de</strong>los po<strong>de</strong> ser voltada tanto <strong>para</strong> a <strong>de</strong>scobertaquanto <strong>para</strong> a previsão <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.Acredita-se que as teorias acerca do processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s, sob a perspectiva da psicologia cognitiva apresentam potencial <strong>de</strong>revolucionar a teoria sobre o tema, ao tentar explicitar os processos mentais doreconhecimento, porém ainda há poucos procedimentos práticos <strong>de</strong>la <strong>de</strong>rivados.Po<strong>de</strong>-se dizer que nenhuma abordagem apresenta um procedimento claro,passo a passo com entradas, saídas e ativida<strong>de</strong>s explicitamente <strong>de</strong>finidas. Osmo<strong>de</strong>los, em geral, explicam e justificam êxitos do passado ao absorverem casosreais em sua estrutura, porém não sistematizam a obtenção <strong>de</strong> um êxito futuro. Istoé notável na EOA, apresentada no próximo capítulo.2.7 DISCUSSÕES E CONCLUSÕES DO CAPÍTULO 2Como foi possível notar, as empresas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvernovos produtos e, assim, explorar sistematicamente oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 79Viu-se que as oportunida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> maneira elementar, são chances <strong>de</strong> se obterum valor <strong>de</strong>sejado. Das quatro formas <strong>para</strong> se obter um valor, a troca <strong>de</strong> valores é aempregada pelas empresas. Esta po<strong>de</strong> ser estimulada pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> umanova oferta <strong>de</strong> valor que o mercado <strong>de</strong>seje. Para tal a empresa <strong>de</strong>ve i<strong>de</strong>ntificar umalacuna <strong>de</strong> valor que represente o <strong>de</strong>sejo do mercado. Esta lacuna é geralmenteexpressa por um problema que o mercado enfrenta e que está disposto a pagar poruma solução. Preferencialmente, busca-se um problema inexplorado por outrasempresas. Encontrar claramente este problema e <strong>de</strong>senvolver uma soluçãorepresenta um dos <strong>de</strong>safios enfrentados pelas empresas com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>novos produtos, <strong>para</strong> obter crescimento financeiro <strong>de</strong>corrente do processo <strong>de</strong> troca.Contudo, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado que fomentem o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos recai sobre as fases iniciais <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento, reconhecidamente confusas e pouco estruturadas. Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>referência dos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento geralmente pouco <strong>de</strong>talham esta faseou não o fazem <strong>de</strong> uma maneira facilmente reproduzível. Eles necessitam <strong>de</strong>complementações quanto à frente <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento (FFE) e também <strong>de</strong>adaptações especiais a estas complementações <strong>para</strong> se tornarem praticáveis.Principalmente, nota-se que o PEP carece <strong>de</strong> esclarecimentos metodológicos.Embora a falta <strong>de</strong> clareza possa prejudicar análises confiáveis, percebe-se que oenfoque é dado nas idéias <strong>de</strong> novos produtos e não nas oportunida<strong>de</strong>s que asjustificam.Como foi possível notar, não há um relacionamento procedimental claro entre aformulação da estratégia e a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>novos produtos. Tampouco quanto ao PEP. É nítido o fato da FFE ainda ser umtema em evolução e o PEP não estar completamente metodizado. Diversasrecomendações são feitas, mas não se obteve um meio prático <strong>de</strong> realizá-las. Oprocedimento dos <strong>de</strong>sdobramentos entre PPE, em seus diferentes níveis, até o PEPe a i<strong>de</strong>ntificação e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> quais oportunida<strong>de</strong>s explorar não foram encontradosreunidos em uma única literatura.Viu-se que o PPE é um processo cíclico e que envolve análises amplas domercado, do setor e <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> influência (PESTAL). Nessas análises são visadasoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento da empresa, rumo a sua visão <strong>de</strong> futuro e objetivos ePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 2 O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e a EOA 80metas estratégicas. Oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos po<strong>de</strong>m emergir <strong>de</strong>sseprocesso, mesmo não sendo o seu objetivo principal, assim como a emersão <strong>de</strong>idéias <strong>de</strong> novos produtos entre outras iniciativas estratégicas que a empresa po<strong>de</strong>se valer <strong>para</strong> realizar sua visão. Viu-se que esta emersão po<strong>de</strong> ocorrer em outrossetores e momentos diferentes <strong>de</strong>ntro e fora da empresa. Contudo, se viu que aconsi<strong>de</strong>ração das oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos estáassociada aos ciclos <strong>de</strong> planejamento estratégico, no qual as iniciativas estratégicassão <strong>de</strong>finidas em diferentes níveis da corporação. A UF <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>produtos propõe alterações no portfólio <strong>de</strong> produtos da UN se valendo <strong>de</strong> uma lista<strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos, que po<strong>de</strong>m ou não estar reunidas em um banco <strong>de</strong>dados, ou da geração <strong>de</strong> novas idéias. A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas alterações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>substancialmente da velocida<strong>de</strong> dos ciclos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões estratégicas.Assim, po<strong>de</strong>-se dizer que, a velocida<strong>de</strong>, ou o nível <strong>de</strong> resposta, <strong>de</strong> um sistema<strong>de</strong> gestão está atrelado à freqüência <strong>de</strong> medições e a freqüência com que as açõessão tomadas com base nessas medições. Desta forma, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta daempresa às oportunida<strong>de</strong>s emergentes está associada ao ciclo <strong>de</strong> tempo que estaleva <strong>para</strong> reconhecer as oportunida<strong>de</strong>s e propor mudanças em seu portfólio. Se aempresa se ativer a consi<strong>de</strong>rar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos anualmente, estaapresentará potencial <strong>de</strong> resposta mais lento que aquelas que o fazemsemestralmente. Também se infere que, se a prospecção ocorrer antecipadamente àestes ciclos <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> portfólio, ter-se-á uma base <strong>de</strong> opções que po<strong>de</strong>acelerar o processo, com<strong>para</strong>tivamente à iniciar a prospecção apenas como umexercício do ciclo. Porém, faltam indicações <strong>de</strong> como realizar tal prospecção.Os mo<strong>de</strong>los <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s apresentados se mostramrelativamente alheios ao PPE e ao PDP. Mesmo a proposta <strong>de</strong> Cooper e Edgett(2007) e <strong>de</strong> Urban e Hauser (1993), mais alinhados à teoria do PDP, não en<strong>de</strong>reçamclaramente a questão da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. O estudo envolveuabordagens contemporâneas <strong>para</strong> o PDP e não abordou todas as propostasclássicas. Contudo, po<strong>de</strong>-se concluir que, nos mo<strong>de</strong>los consultados, o enfoque édado nas idéias <strong>de</strong> novos produtos e não se mostra um encaixe das propostas noPPE. Contudo, a <strong>de</strong>manda por gran<strong>de</strong>s oportunida<strong>de</strong>s é premente. A seguir, sediscute o potencial da EOA <strong>para</strong> este fim.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 813 ESTRATÉGIA DO OCEANO AZULSegundo Cooper (2001, p. 84), a diferenciação como <strong>de</strong>terminante do sucessoé um tema recorrente em muitos estudos sobre o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novosprodutos.Revela-se que muito tempo e energia são <strong>de</strong>dicados a projetos <strong>de</strong> cópias <strong>de</strong>produtos dos concorrentes e <strong>de</strong> produtos indiferenciados que falham em 82% doscasos. Comenta-se que, um segundo cenário muito popular, que também ren<strong>de</strong>resultados ruins, é a solução técnica em busca <strong>de</strong> um mercado (ibi<strong>de</strong>m). Ou seja, asimitações e os dispositivos geralmente não são tão bem sucedidos quanto osprodutos únicos e diferenciados (inovadores).Em um estudo <strong>de</strong>senvolvido por (COOPER, 2001, p. 59), i<strong>de</strong>ntificou-se que,dos oito fatores que distinguem os projetos vencedores, o primeiro e mais importanteé o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um produto superior ao dos concorrentes que entregabenefícios únicos ao usuário. Segundo ele, a vantagem do produto perante seusconcorrentes é essencial <strong>para</strong> vencer. Ofertar mais valor por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dinheiro eter um preço competitivo são elementos essenciais ao sucesso. Nos estudos doautor a prática exclusiva do preço baixo não <strong>de</strong>monstrou um impacto positivo nosucesso dos novos produtos (COOPER, 2001).Nesse contexto, a diferenciação <strong>de</strong> valor é amplamente <strong>de</strong>fendida por autorescomo Trout e Rivkin (2000), Ries e Trout (2002), Trout (2005) e Kotler e Keller(2006). Trout e Rivkin (2000) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a diferenciação como fator <strong>de</strong> sobrevivência.Ries e Trout (2002) afirmam que o diferencial é fundamental <strong>para</strong> o posicionamentodo produto na mente do cliente, favorecendo a sua adoção periódica. Trout (2005)apresenta a diferenciação como o elemento que une o <strong>de</strong>senvolvimento técnico ecomercial da oferta <strong>de</strong> valor. Segundo ele, é o diferencial que dá nome ao produto,que orienta a promoção e suas características funcionais. Kotler e Keller (2006)incorporam o conceito <strong>de</strong> diferenciação <strong>de</strong> valor na teoria do marketing holístico.Frente a estas propostas <strong>de</strong> diferenciação e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> baixos custos,a proposta <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005) mostra-se instigante, ao sugerir a busca <strong>de</strong>diferenciação e baixo custo (<strong>de</strong> produção) simultaneamente. Apesar da <strong>de</strong>mandaPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 82por uma proposta do gênero nas principais referências do PDP, como se apresentousucintamente, até então não se i<strong>de</strong>ntificaram vínculos entre a teoria <strong>de</strong> Kim eMauborgne (2005) com as teorias do PDP.A seguir, a proposta <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005) é apresentada. Ao final, aproposta é avaliada, especificamente, quanto ao seu potencial <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos que <strong>de</strong>sbravam espaços <strong>de</strong>mercado inexplorados <strong>de</strong> maneira lucrativa, os chamados oceanos azuis. Acreditaseque a obra dos autores po<strong>de</strong> ren<strong>de</strong>r também outras inferências, como na geraçãoe avaliação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos, não focadas nesta pesquisa.3.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA EOAA EOA visa à i<strong>de</strong>ntificação sistemática <strong>de</strong> “oceanos azuis”, caracterizados porespaços <strong>de</strong> mercado inexplorados, capazes <strong>de</strong> criar <strong>de</strong>manda e crescimentoaltamente lucrativo <strong>para</strong> a empresa. As diferenças principais entre as posturasestratégicas do oceano azul e vermelho po<strong>de</strong>m ser observadas na Tabela 3.1.Tabela 3.1: Estratégia do oceano vermelho versus estratégia do oceano azul.Estratégia do oceano vermelhoCompetir nos espaços <strong>de</strong> mercado existentesVencer os concorrentesAproveitar a <strong>de</strong>manda existenteExercer o tra<strong>de</strong>-off valor-custoAlinhar todo o sistema <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s da empresacom sua escolha estratégica <strong>de</strong> diferenciação oubaixo custoEstratégia do oceano azulCriar espaços <strong>de</strong> mercado inexploradosTornar a concorrência irrelevanteCriar e capturar a nova <strong>de</strong>mandaRomper o tra<strong>de</strong>-off valor-custoAlinhar todo o sistema <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s da empresaem busca da diferenciação e baixo custoFonte: Adaptado <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005).A primeira característica remonta às orientações <strong>de</strong> Trout e Rivkin (2000), Riese Trout (2002) e Trout (2005) <strong>de</strong> não competir nas categorias existentes. Segundoeles, ao ser o primeiro em um mercado inexplorado a empresa po<strong>de</strong> auferirbenefícios semelhantes ao <strong>de</strong> um monopólio temporário e, geralmente, se torna amarca <strong>de</strong> referência na mente dos clientes, mesmo que não seja a melhor.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 83No segundo ponto, está alicerce do raciocínio estratégico da EOA. Ao invés <strong>de</strong><strong>de</strong>dicar energia criativa pensando em como superar o concorrente a empresa <strong>de</strong>vepensar em formas <strong>de</strong> quebrar o <strong>para</strong>digma existente e melhor aten<strong>de</strong>r o cliente. Noterceiro ponto, a empresa apresenta o novo <strong>para</strong>digma ao cliente, que passa aconsumir o novo produto e/ou <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> consumir os produtos e serviços existentespor não fazerem mais sentido diante da nova oferta, mesmo que as ofertas dopassado supram o mesmo benefício elementar. Ou seja, capturam-se não-clientes eclientes existentes da concorrência.O quarto e o quinto pontos <strong>de</strong> diferenciação apresentados na tabela tratam dafuga do raciocínio habitual das empresas <strong>de</strong> que gerar mais valor implicadiretamente em um aumento substancial <strong>de</strong> custo. Ao invés disso, busca-se rompercriativamente esta permuta tentando i<strong>de</strong>ntificar meios <strong>de</strong> se gerar valor ao clientecom um baixo custo <strong>para</strong> a empresa. A EOA é uma estratégia que foca nadiferenciação e no baixo custo. Foge do dualismo da competição por diferenciação,assumindo preços e custos mais elevados, e competição por custo, com produtos dotipo “eu também”. Pahl et al. (2005, p. 51) comentam que a busca simultânea <strong>de</strong>diferenciação e baixo custo se trata <strong>de</strong> uma estratégia extrema, mas que, nocontexto <strong>de</strong> uma concorrência crescente, adquire importância cada vez maior.Segundo Kim e Mauborgne (2005), a estratégia do oceano vermelho baseadana concorrência presume que as condições estruturais do setor estãopre<strong>de</strong>terminadas e que as empresas são forçadas a competir segundo taiscaracterísticas. Em contraste, a inovação <strong>de</strong> valor se escora na visão <strong>de</strong> que asfronteiras do mercado e a estrutura do setor não são dados e po<strong>de</strong>m serreconstruídos pelas ações e crenças dos atores setoriais. Os autores chamam essaabordagem <strong>de</strong> visão reconstrucionista (ibi<strong>de</strong>m, pg. 17).No oceano vermelho, a diferenciação é onerosa porque as empresascompetem em função das mesmas regras <strong>de</strong> melhores práticas. Nesse caso, asescolhas estratégicas das empresas são buscar a diferenciação ou baixo custo. Nomundo reconstrucionista, contudo, o alvo estratégico é criar novas regras <strong>de</strong>melhores práticas, rompendo o tra<strong>de</strong>-off valor-custo vigente e, assim, criandooceanos azuis (ibi<strong>de</strong>m). A seguir discute-se a abordagem metodológica da EOA,composta pelas ferramentas e mo<strong>de</strong>los analíticos e pelos princípios <strong>de</strong> formulação ePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 84execução da EOA. Recomenda-se a consulta da obra original <strong>para</strong> visualização<strong>de</strong>talhada <strong>de</strong>sses elementos.3.2 FERRAMENTAS E MODELOS ANALÍTICOSSegundo os autores as ferramentas e os mo<strong>de</strong>los analíticos servem <strong>para</strong> acriação e exploração <strong>de</strong> oceanos azuis (i.e., criação e exploração <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong>mercado inexplorados, <strong>de</strong> nova <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> crescimento altamente lucrativo). Sãoelas (KIM e MAUBORGNE, 2005):a) Matriz <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> valor (MAV);b) Mo<strong>de</strong>lo das quatro ações;c) Nova curva <strong>de</strong> valor na MAV;d) Matriz eliminar-reduzir-elevar-criar (MEREC);e) Três características da boa estratégia.A sua aplicação <strong>de</strong>corre dos princípios <strong>de</strong> formulação e execução daestratégia, apresentados na Seção 3.3, que orientam o processo da EOA. A seguir,cada ferramenta e mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> análise são analisados individualmente, ilustrados comum estudo <strong>de</strong> caso do livro. No Compact Disk (CD) que acompanha este trabalho,está disponível um mapa-mental das ferramentas e mo<strong>de</strong>los analíticos abordadosnesta seção. O mapa representa <strong>de</strong> maneira gráfica os principais tópicos, <strong>de</strong>finidospelo autor <strong>de</strong>ssa pesquisa, sobre o tema.3.2.1 Análise das ferramentas e mo<strong>de</strong>los analíticos da EOAA MAV é tanto um instrumento <strong>de</strong> diagnóstico como um mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma estratégia consistente <strong>de</strong> oceano azul. Ela é composta <strong>de</strong>uma investigação preliminar dos atributos <strong>de</strong> valor em que o mercado atual competee <strong>de</strong> um mapeamento dos produtos concorrentes diretos do setor segundo estesatributos, alinhado à percepção dos clientes (KIM E MAUBORGNE, 2005).Na matriz, o eixo horizontal representa a varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> atributos nos quais osetor investe e compete. O eixo vertical reflete o nível das ofertas <strong>de</strong> cada atributoPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 85segundo a percepção dos compradores. Pontuação mais alta significa que asempresas oferecem mais aos compradores e, portanto, investem mais no atributo.No caso do preço, significa preço mais alto. As curvas representam o perfil <strong>de</strong> valor<strong>de</strong> todas as ofertas (ibi<strong>de</strong>m). Logo, um estudo <strong>de</strong>talhado <strong>de</strong> todos os produtosofertados ao mercado é necessário. Desenham-se diversas curvas e,posteriormente, verifica-se a convergência <strong>de</strong>ssas curvas em categorias. Segundoos autores, se há convergência, significa que, apesar <strong>de</strong> haver ofertas diferentes, ocliente enxerga todas elas como semelhantes (ibi<strong>de</strong>m). Não é informado como estapercepção dos clientes <strong>de</strong>ve ser coletada, ou se são inferências da equipe <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento. Nota-se que, a representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas curvas com a realida<strong>de</strong>é crucial <strong>para</strong> todo o processo. É perceptível a semelhança da MAV com a coluna <strong>de</strong>benchmarking da matriz <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobramento da função qualida<strong>de</strong>, (Quality FunctionDeployment, QFD), recomendada em alguns mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> referência <strong>para</strong> o PDPcomo os <strong>de</strong> Back et al. (2008), Rozenfeld et al. (2006) e Pahl et al. (2005). Opróximo passo consiste em elaborar uma nova curva <strong>de</strong> valor <strong>para</strong> o comprador,fundamentalmente diferente da convencional, mas que explora uma <strong>de</strong>manda real<strong>de</strong> alto crescimento.Quanto ao mo<strong>de</strong>lo das quatro ações e a nova curva <strong>de</strong> valor na MAV, osautores comentam que com o propósito <strong>de</strong> mudar fundamentalmente a matriz <strong>de</strong>avaliação <strong>de</strong> valor do setor, a empresa <strong>de</strong>ve começar com a reorientação <strong>de</strong> seufoco estratégico, <strong>de</strong> concorrentes <strong>para</strong> setores alternativos, e <strong>de</strong> clientes <strong>para</strong> nãoclientesdo setor (ibi<strong>de</strong>m). Acredita-se que esta afirmação é a que sumariza aessência da EOA. Infere-se que, o espaço <strong>de</strong> mercado inexplorado, a nova<strong>de</strong>manda e o alto crescimento lucrativo, que caracterizam os oceanos azuis,<strong>de</strong>correm substancialmente das pesquisas realizadas com os setores alternativos enão-clientes, complementares às pesquisas com o setor e clientes correntes. Aqui,também se infere que a EOA busca em essência a re<strong>de</strong>finição do problema domercado, e não especificamente novas soluções <strong>para</strong> problemas conhecidos pelaconcorrência. Há uma re<strong>de</strong>finição da oportunida<strong>de</strong> em que se concentra o setor.Porém essa re<strong>de</strong>finição é lastreada nos anseios atuais dos clientes e, sobretudo, daparcela <strong>de</strong> clientes <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rada pelas ofertas correntes do setor.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 86Para reconstruir esse elementos <strong>de</strong> valor usa-se o mo<strong>de</strong>lo das quatro ações,que caracteriza uma etapa criativa do processo da EOA. Segundo Kim e Mauborgne(2005), a primeira ação (eliminar) serve <strong>para</strong> eliminar atributos <strong>de</strong> valor que há muitotempo servem <strong>de</strong> base <strong>para</strong> a concorrência, mas que não representam mais valor<strong>para</strong> os clientes. A segunda ação (reduzir) força a empresa a examinar se existeexcesso nos atributos dos produtos e serviços oferecidos, no esforço <strong>de</strong> imitar esuperar a concorrência, frente ao nível <strong>de</strong>mandado pelo mercado. A terceira ação(elevar) leva a empresa a i<strong>de</strong>ntificar e a corrigir as limitações que o setor impõe aosclientes. A quarta ação (criar) ajuda a empresa a <strong>de</strong>scobrir fontes inteiramente novas<strong>de</strong> valor <strong>para</strong> os compradores, buscando criar novas <strong>de</strong>mandas e mudar a estratégia<strong>de</strong> preços do setor (ibi<strong>de</strong>m). Percebe-se que po<strong>de</strong> haver ainda a migração <strong>de</strong>atributos <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> ofertas alternativas. Essas quatro ações levam a uma novacurva <strong>de</strong> valor na MAV.Outra ferramenta analítica, suplementar ao mo<strong>de</strong>lo das quatro ações é a matrizeliminar–reduzir-elevar-criar (MEREC) (KIM E MAUBORGNE, 2005). Ela ilustra onovo movimento estratégico em suas ações parciais eliminar, reduzir, elevar e criar.Nota-se que esta ferramenta explicita a mudança estratégica.A última ferramenta, ou mo<strong>de</strong>lo analítico, envolve a análise das trêscaracterísticas da boa estratégia. Ela se volta <strong>para</strong> uma avaliação crítica da curva <strong>de</strong>valor gerada, afinal ela orientará todo o <strong>de</strong>sdobramento estratégico futuro e o<strong>de</strong>senvolvimento das novas ofertas <strong>de</strong> valor. Para tal, a nova estratégia éconfrontada perante três características da boa estratégia (KIM E MAUBORGNE,2005): i/foco; ii/singularida<strong>de</strong>; e iii/mensagem consistente.Conforme os autores, sem essas qualida<strong>de</strong>s, a estratégia da empresaprovavelmente será confusa, indistinta e difícil <strong>de</strong> comunicar, com uma estrutura <strong>de</strong>custos alta. As quatro ações <strong>para</strong> a criação <strong>de</strong> nova curva <strong>de</strong> valor <strong>de</strong>vem ser bemorientadas <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma curva <strong>de</strong> valor com essas trêsqualida<strong>de</strong>s, as quais servem como teste básico inicial sobre a viabilida<strong>de</strong> comercialdas idéias <strong>de</strong> oceano azul (ibi<strong>de</strong>m, pg. 37). Infere-se que essas idéias sejam osprodutos, serviços e/ou mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio gerados por insights durante o processoda EOA, pois não há uma etapa <strong>de</strong>finida <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ação dos mesmos.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 87É possível notar que as ferramentas e os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> análise apresentadospossuem um inter-relacionamento lógico. Porém, a sua aplicação se dá em umcontexto mais amplo seguindo os princípios que orientam a elaboração e aexecução da EOA. Outras ferramentas complementares são apresentadasjuntamente com esses princípios.3.3 PRINCÍPIOS PARA FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO BEM SUCEDIDADA EOASeis são os princípios norteadores da formulação e da execução da EOA (KIMe MAUBORGNE, 2005):a) Reconstruir as fronteiras do mercado;b) Concentrar-se no panorama geral, não nos números;c) Ir além da <strong>de</strong>manda existente;d) Acertar a seqüência estratégica;e) Superar as principais barreiras organizacionais;f) Embutir a execução na estratégia.Estes seis princípios são <strong>de</strong>talhados no corpo do livro e tomamaproximadamente 52% <strong>de</strong> seu conteúdo. Porém, não se po<strong>de</strong> dizer que constituempassos enca<strong>de</strong>ados. Não é apresentado um mo<strong>de</strong>lo do processo, gráfico, querepresente o fluxo <strong>de</strong> trabalho e os inter-relacionamentos entre eles. Assim, no CDque acompanha este trabalho, está disponível um mapa-mental dos princípios <strong>de</strong>formulação e execução da EOA, <strong>de</strong>senvolvido pelo autor <strong>para</strong> auxiliar acompreensão e a análise dos mesmos.Os quatro primeiros princípios tratam da formulação e os dois últimos daexecução, discutidos a seguir. Aqueles com maior relação com o escopo <strong>de</strong>stapesquisa são mais comentados.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 883.3.1 Análise dos princípios <strong>para</strong> formulação e implementação bem sucedida da EOANo primeiro princípio, <strong>de</strong> reconstrução das fronteiras do mercado, sei<strong>de</strong>ntificam os caminhos pelos quais se criam espaços <strong>de</strong> mercado inexploradosentre os domínios <strong>de</strong> diferentes setores, atenuando assim o risco da busca. Aqui aempresa é instigada a explorar além das fronteiras convencionais da competição(KIM E MAUBORGNE, 2005).As seis “fronteiras” a serem exploradas são os setores alternativos, os gruposestratégicos, os grupos <strong>de</strong> compradores, as ofertas <strong>de</strong> produtos e serviçoscomplementares, a orientação funcional-emocional dos setores e o transcurso dotempo (ibi<strong>de</strong>m). Os autores não <strong>de</strong>ixam claros os procedimentos <strong>de</strong> como <strong>de</strong>sbraválas.Nota-se que, o ponto <strong>de</strong> partida se dá <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> conhecida (i. e. umaárea <strong>de</strong> interesse conhecida <strong>de</strong> um consumidor conhecido ao qual se ofertamprodutos e serviços conhecidos). O exercício da EOA, especificamente <strong>de</strong>steprincípio, tenta explorar <strong>de</strong>mandas relacionadas, mas não atendidas pelas ofertasatuais.A partir da análise da primeira fronteira, percebeu-se um padrão válido à quasetodas as <strong>de</strong>mais apresentadas a seguir. Este padrão tem relação com a proposta <strong>de</strong>Stull, Myers e Scott (2008). Infere-se que, ao tentar i<strong>de</strong>ntificar a razão pelas quais oscompradores fazem as escolhas, tenta-se i<strong>de</strong>ntificar os atributos <strong>de</strong> valor e seusníveis, assim como os problemas, ou atributos <strong>de</strong> não valor, que motivam ou<strong>de</strong>smotivam compra. Assim, po<strong>de</strong>m-se fazer as seguintes perguntas:a) Quais os atributos <strong>de</strong> valor que motivam a compra da oferta?b) Quais os problemas que <strong>de</strong>smotivam a compra da oferta?Nota-se que este padrão aparece em algumas das <strong>de</strong>mais fronteiras. Contudo,esta é uma inferência do autor <strong>de</strong>sta pesquisa. Na sexta fronteira, que aborda otranscurso do tempo, acredita-se que seja necessário o exercício <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>cenários. Contudo isto não é mencionado. Nota-se que se trata <strong>de</strong> um exercícioespeculativo sobre o futuro frente às tendências. Como a fronteira trata <strong>de</strong>especulações <strong>de</strong> como a tendência mudará o valor <strong>para</strong> cliente e como este éexpresso por diversos atributos <strong>de</strong> valor, conclui-se que se <strong>de</strong>ve investigar atendência <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong>sses atributos. Assim, o padrão indicado na primeiraPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 89fronteira po<strong>de</strong> ser empregado <strong>para</strong> investigar o comportamento dos atributos em umcenário futuro, especulativo: i/quais os atributos <strong>de</strong> valor que motivarão a compra daoferta? ii/quais os problemas que <strong>de</strong>smotivarão a compra da oferta? Com isto,especula-se frente a tendências externas a atrativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses atributos no futuro.Para finalizar a análise do primeiro princípio, nota-se que a expansão dasfronteiras do mercado se dá pela i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> atributos valorizados e nãovalorizados pelo maior número e segmentos possíveis <strong>de</strong> clientes. Assim, como umcontato do nível <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong>sses atributos. Há uma espécie <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconstruçãodos nichos das ofertas correntes, <strong>para</strong> construir novos nichos baseados nosatributos <strong>de</strong> valor comuns aos indivíduos. Obviamente, os atributos não valorizadosem comum, são eliminados ou reduzidos. A seguir, discute-se o segundo princípio<strong>de</strong> formulação da EOA.No segundo princípio, <strong>de</strong> concentração no panorama geral e não nos números,Kim e Mauborgne (2005) comentam que ele se relaciona com o procedimento <strong>para</strong>realização do PPE da empresa <strong>de</strong> modo a ir além das melhorias incrementais e criarinovações <strong>de</strong> valor. Desta forma, este princípio trata do risco <strong>de</strong> planejamento(ibi<strong>de</strong>m).Na prática, trata-se <strong>de</strong> uma abordagem visual que leva o usuário a concentraseno panorama geral, em vez <strong>de</strong> submergir em números e jargões. Para tal éproposto um processo <strong>de</strong> planejamento em quatro passos, pelo qual é possívelconstruir uma estratégia que crie e explore oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> oceano azul (ibi<strong>de</strong>m).Assim, este princípio é o que oferece estrutura procedimental à formulação daEOA. Aqui, diferentes ferramentas e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> análise são empregados. Emboraos autores não façam esta afirmação, infere-se que este princípio seja o queestrutura todo o processo <strong>de</strong> EOA. Os <strong>de</strong>mais princípios são aplicados em <strong>para</strong>lelo eservem <strong>para</strong> efetivar esses passos. Diferentes casos são ilustrados pelos autores. Oque fica claro é que pesquisas <strong>de</strong> campo, cara a cara com o mercado ao invés <strong>de</strong>relatórios prontos, entre outras, ativida<strong>de</strong>s são necessárias <strong>para</strong> coletar asinformações que dão suporte aos passos. Isto implica em estudos que po<strong>de</strong>m durarmeses, sobretudo quanto às investigações junto aos clientes, não-clientes e seusproblemas com as ofertas do setor e setores alternativos. Segundo os autores, asempresas jamais <strong>de</strong>vem terceirizar seus olhos e ouvidos, <strong>para</strong> eles nada substitui aPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 90própria percepção. Nota-se que a <strong>de</strong>finição da melhor estratégia só é feita após acoleta do feedback do cliente. Não é uma etapa explícita <strong>para</strong> a criação <strong>de</strong> um novoproduto. Apenas a criação <strong>de</strong> novas curvas <strong>de</strong> valor na MAV.No terceiro princípio, ir além da <strong>de</strong>manda existente, Kim e Mauborgne (2005)comentam que ele visa ampliar ao máximo o tamanho dos oceanos azuis. A fim <strong>de</strong>criar o maior mercado possível <strong>para</strong> a nova <strong>de</strong>manda, se questiona a práticaconvencional <strong>de</strong> estreitar a segmentação como meio <strong>de</strong> melhor aten<strong>de</strong>r àspreferências dos clientes existentes, prática que resulta em mercados-alvo cada vezmenores (ibi<strong>de</strong>m). Na abordagem <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Urban eHauser (1993), este procedimento é notável.Kim e Mauborgne (2005) comentam que, em geral, <strong>para</strong> aumentar suaparticipação no mercado, as empresas se esforçam <strong>para</strong> reter e ampliar os clientesexistentes. Isso quase sempre leva à divisão do mercado em segmentos maisestreitos e à adaptação das ofertas mais sob medida (customização), <strong>para</strong> melhoraten<strong>de</strong>r às preferências dos clientes. Quanto mais intensa for a competição, maisforte será, em média, a tendência à personalização das ofertas, e assim correm orisco <strong>de</strong> criar mercados-alvo muito pequenos (ibi<strong>de</strong>m). Aqui, nota-se que a EOA éalheia a oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> customização, mas sim aquelas que envolvem umamassa <strong>de</strong> compradores até então agrupados e nichos distintos.Segundo os autores, em vez customizar, <strong>para</strong> ir além da <strong>de</strong>manda existente,<strong>de</strong>ve-se agregar a <strong>de</strong>manda, concentrando-se não nas diferenças que se<strong>para</strong>m osclientes, mas sim, nos vigorosos elementos comuns entre os não-clientes, a fim <strong>de</strong>maximizar a extensão do oceano azul que está sendo <strong>de</strong>sbravado e a abrangênciada nova <strong>de</strong>manda a ser liberada o que, por sua vez, minimiza o risco <strong>de</strong> escala(ibi<strong>de</strong>m). Eles afirmam que, se <strong>de</strong>ve pensar nos não-clientes antes <strong>de</strong> pensar nosclientes, nos pontos em comum antes <strong>de</strong> nas diferenças e na “<strong>de</strong>-segmentação”antes <strong>de</strong> estreitar a segmentação (ibi<strong>de</strong>m). Isto é coerente com algumas afirmações<strong>de</strong> Barker (1993), Kelley e Littman (2007) e Stull, Myers e Scott (2008).Os autores comentam que existem três níveis <strong>de</strong> não-clientes que po<strong>de</strong>m sertransformados em clientes, os quais diferem entre si pela distância relativa que osse<strong>para</strong> do mercado em que a empresa atua. São eles (ibi<strong>de</strong>m):PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 91a) Primeiro nível: Não-clientes "quase-convertidos", que estão na fronteira domercado da empresa, prontos <strong>para</strong> embarcar;b) Segundo nível: Não-clientes "refratários", que conscientemente optaramcontra o mercado da empresa;c) Terceiro nível: Não-clientes "inexplorados", que estão em mercados distantesdo da empresa.Ao concentrar-se nos principais pontos em comum entre esses não-clientes eentre os clientes existentes, as empresas po<strong>de</strong>m compreen<strong>de</strong>r como atraí-los <strong>para</strong> oque seria seu novo mercado (ibi<strong>de</strong>m). Acredita-se que isto ocorra pela análise dosatributos <strong>de</strong> valor em comum entre eles. Porém os autores não dão orientaçõesclaras <strong>de</strong> como i<strong>de</strong>ntificá-los e agrupá-los.Pela análise <strong>de</strong>ste princípio percebeu-se que o padrão indicado na primeirafronteira do primeiro princípio permanece válido <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar os atributos queunem não-clientes e clientes, o escopo amplo <strong>de</strong> compradores: i/quais os atributos<strong>de</strong> valor que motivam a compra da oferta? ii/quais os problemas que <strong>de</strong>smotivam acompra da oferta? É nítida a relação da questão direcionadora apresentada pelosautores no texto com o padrão exposto anteriormente. Sobretudo quanto à ausência<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado atributo <strong>de</strong> valor. Ela também é estreitamente ligada às orientações<strong>de</strong> Stull, Myers e Scott (2008) quanto a importância <strong>de</strong> se i<strong>de</strong>ntificar nos não-clientesos problemas que eles encontram com as ofertas correntes e que os levam a<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> não comprá-las.No quarto princípio, acertar a seqüência estratégica, ilustra-se como garantirque a empresa construa um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios lucrativo, capaz <strong>de</strong> extrair lucro dooceano azul em processo <strong>de</strong> criação. Com isso, cuida do risco do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>negócios (KIM e MAUBORGNE, 2005).Conforme os autores, a estratégia <strong>de</strong>ve ser elaborada na seqüência: i/utilida<strong>de</strong>;ii/preço; iii/custo; e iv/adoção (ibi<strong>de</strong>m). Na prática, neste ponto do processo, ocorreuma avaliação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> negócio, ou idéias <strong>de</strong> oceano azul, obtidas via insightsdurante o processo <strong>de</strong> EOA, assim como da nova curva <strong>de</strong> valor, que caracteriza anova estratégia. Como po<strong>de</strong> ser visto na obra original, os autores remetemclaramente a idéias <strong>de</strong> novos produtos e serviços. Não fica claro até que ponto asPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 92idéias <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>scritas ou <strong>de</strong>senvolvidas <strong>para</strong> que esses testes possam serrealizados.Embora não seja apresentado um estágio específico <strong>para</strong> a geração <strong>de</strong> idéias<strong>de</strong> novos produtos, serviços ou mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio, este processo <strong>de</strong> avaliaçãotambém induz à criativida<strong>de</strong>, caso a idéia receba uma resposta negativa em algumestágio da seqüência estratégica. Os autores apresentam ferramentas específicas<strong>para</strong> avaliar se a estratégia do oceano azul está transpondo cada uma <strong>de</strong>ssasetapas consecutivas e <strong>para</strong> refinar a idéia <strong>para</strong> superar cada barreira. Nota-se quetodo o processo culmina com uma matriz <strong>de</strong> avaliação relativa com quatro critériosnas linhas e as idéias alternativas nas colunas, chamada <strong>de</strong> teste <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong>oceano azul (TOA).O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> matriz apresentado pelos autores po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>radosimplificado frente aos mo<strong>de</strong>los empregados no PDP. Nota-se ainda que, os critériospo<strong>de</strong>m ser empregados <strong>para</strong> avaliar idéias, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do uso da abordagem <strong>de</strong>EOA. Não se sabe se uma seção <strong>de</strong> brainstorming bem conduzida, seguida pelaaplicação <strong>de</strong>sses critérios, resultaria em melhores resultados que aqueles <strong>de</strong>rivadosda EOA. Depois <strong>de</strong> serem aprovadas pelo teste <strong>de</strong> idéias do oceano azul, asempresas avançam <strong>para</strong> o estágio <strong>de</strong> execução (ibi<strong>de</strong>m).O quinto princípio, <strong>de</strong> superação das principais barreiras organizacionais,primeiro <strong>de</strong>stinado à execução, introduz o conceito <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança no ponto <strong>de</strong><strong>de</strong>sequilíbrio (tipping point lea<strong>de</strong>rship) (KIM e MAUBORGNE, 2005). Este conceito<strong>de</strong>corre das idéias <strong>de</strong> Gladwell (2002). Porém, não apresenta relação direta com ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos.No sexto e último princípio, <strong>de</strong> embutimento da execução na estratégia,recomenda-se que se integre a execução da estratégia como parte da elaboração daestratégia, <strong>de</strong> modo a motivar as pessoas a agir no dia-a-dia com base na estratégiado oceano azul, colocando a execução sustentável da estratégia bem no âmago daorganização (KIM e MAUBORGNE, 2005). Contudo, apesar <strong>de</strong> ser uma teoriaconvincente, não são apresentados mecanismos claros <strong>de</strong> como praticá-la. Esteprincípio também não apresenta relação direta com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sinexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 93A seguir, apresenta-se o esforço <strong>de</strong> pesquisa realizado na tentativa <strong>de</strong> coleta<strong>de</strong> informações práticas acerca da EOA.3.4 ESTUDO DE CASO E ENTREVISTAS SOBRE A EOA E PDP E EVIDÊNCIASPRÁTICASNesta pesquisa realizou-se um estudo <strong>de</strong> caso com uma empresa <strong>de</strong>automação comercial <strong>de</strong> Curitiba, praticante da EOA, e entrevistas com os autoresdo livro, <strong>para</strong> esclarecer algumas inferências teóricas.Originalmente buscou-se a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> entrevistasqualitativas pessoalmente, com perguntas <strong>de</strong> respostas abertas. Porém, <strong>de</strong>vido aopouco tempo disponível dos potenciais entrevistados, <strong>de</strong>senvolveram-sequestionários com perguntas fechadas e com certo grau <strong>de</strong> automatização doscampos <strong>de</strong> resposta, <strong>para</strong> facilitar o seu preenchimento, <strong>para</strong> serem enviados aosrespon<strong>de</strong>ntes por correio eletrônico.Apesar dos esforços, não se obteve a participação como esperada. Planosalternativos <strong>de</strong> pesquisa tiveram <strong>de</strong> ser adotados. As ações e resultados sãoapresentados a seguir.3.4.1 Questionário enviado à empresa praticante e resultadosPara os consultores <strong>de</strong> EOA <strong>de</strong>senvolveu-se um questionário composto <strong>de</strong>quatro seções envolvendo questões relativas à EOA, i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> mercado, PPE e PDP.Deste esforço obteve-se apenas um questionário preenchido. Assim, noApêndice C é possível observar conjuntamente as perguntas realizadas e asrespostas obtidas, assim como uma breve análise das mesmas. A empresa justificoua pequena participação <strong>de</strong>vido a apresentar-se sobrecarregada com pesquisasacadêmicas sendo realizadas em suas instalações. Apesar da existência <strong>de</strong> um<strong>de</strong>partamento exclusivo <strong>de</strong>stinado <strong>para</strong> estes trabalhos, a empresa apresentoubarreiras que dificultaram o contato com potenciais respon<strong>de</strong>ntes. Isto tambémPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 94impossibilitou a execução da segunda rodada <strong>de</strong> perguntas, composta <strong>de</strong> perguntascom respostas abertas.Não se encontrou uma relação <strong>de</strong> praticantes da EOA que permitisse a<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> uma população e amostragem. Também não era objetivo <strong>de</strong>ssapesquisa <strong>de</strong>senvolver questionários e enviá-los à empresas <strong>de</strong>senvolvedoras <strong>de</strong>produtos como medida <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar esta população. O autor tomou conhecimentoda relação da empresa consultada com a EOA através <strong>de</strong> conversas informais comum funcionário <strong>de</strong> P&D da mesma. Logo, a <strong>de</strong>scoberta foi aci<strong>de</strong>ntal.Pela análise das respostas, conclui-se que a empresa não aplica os princípiose ferramentas da EOA na íntegra. Tampouco os aplica parcialmente da maneiracomo recomendada. Os processos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, PDP e PPE,assim como a inter-relação entre eles são específicos da empresa. Apenas o PPEapresenta aparente alinhamento com as particularida<strong>de</strong>s do BSC. Quando a EOA,po<strong>de</strong>-se inferir que a falta <strong>de</strong> alinhamento com a teoria possa ser <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong>:i/falta <strong>de</strong> clareza da proposta <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005); ou ii/falta <strong>de</strong> interesse daempresa em alinhar suas práticas com as propostas pelos autores. Contudo,verificou-se que o respon<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sconheceu boa parte das questões e apresentouinconsistência entre algumas respostas, como se comenta no Apêndice C.Embora as respostas sejam relativas à apenas uma empresa praticante, hásuporte <strong>para</strong> algumas das críticas apresentadas anteriormente e outras a seguir.3.4.2 Questionário enviado aos autores e resultadosPara os autores do livro, Kim e Mauborgne, <strong>de</strong>senvolveu-se o questionárioapresentado no Apêndice D, traduzido <strong>para</strong> o idioma inglês.Este instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> maneirasimplificada, <strong>para</strong> então ser expandido caso o contato com os autores fossepossível.A solicitação <strong>de</strong> participação foi enviada <strong>para</strong> a assessoria dos professores,assim como <strong>para</strong> os e-mails pessoais dos mesmos. Só se obteve respostas daassessoria a qual informou a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participação. Três mensagensPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 95eletrônicas foram enviadas entre o dia 17 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2008 e 14 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong>2009. Houve apenas duas mensagens respondidas.Como a entrevista com os autores não foi possível, <strong>de</strong>senvolveu-se um novoquestionário voltado aos consultores nacionais e internacionais e à re<strong>de</strong> mundial <strong>de</strong>EOA, apresentado a seguir. Contudo, antes <strong>de</strong> se obter a resposta da assessoriados autores, fez-se uma pergunta ao consultor <strong>de</strong> inovação da revistaBusinessWeek (BW).3.4.3 Questão enviada ao especialista <strong>de</strong> inovação da revista BusinessWeekEm <strong>para</strong>lelo com as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, fez-se uma pergunta <strong>para</strong> o “guru<strong>de</strong> inovação”, o jornalista e consultor <strong>de</strong> inovação Bruce Nussbaum, da revistainternacional BusinessWeek (BW). Fez-se a seguinte pergunta no dia 4 <strong>de</strong> fevereiro<strong>de</strong> 2009:“Is it possible to innovate and make the competition irrelevant with the BlueOcean Strategy (BOS)?BOS is a W. Chan Kim and Renee Mauborgne proposal that, until now, soldover 2,000,000 copies around the world and was published in 41 languages.In my opinion a great dose of consultancy is nee<strong>de</strong>d to apply the book i<strong>de</strong>asand make them work. What do you and the innovation community thinkabout it?”A resposta completa po<strong>de</strong> ser vista em Nussbaum (2009). Em linhas gerais, oconsultor <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u a proposta <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005). Segundo ele, o mundoempresarial nunca precisou tanto da EOA. No contexto <strong>de</strong> crise se mostra que aspráticas convencionais não funcionam a<strong>de</strong>quadamente. Ele reforça a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> abordagens diferentes às convencionais <strong>para</strong> vencer no mundo pós-crise e que aEOA é uma possibilida<strong>de</strong>.Acredita-se que esta resposta pouco contribua com esta pesquisa. Contudo,ela teve efeitos na comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> EOA. Constatou-se que ela foi notada pela BOSNe publicada na página da internet da comunida<strong>de</strong>. O ví<strong>de</strong>o foi publicado em outrossites <strong>de</strong> negócios e comunida<strong>de</strong>s virtuais, além dos domínios da BW. Este fato foiutilizado na apresentação do presente autor <strong>para</strong> a BOSN na solicitação <strong>de</strong>participação <strong>de</strong> consultores como respon<strong>de</strong>ntes do questionário.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 963.4.4 Questionário enviado aos consultores e resultadosPara os consultores <strong>de</strong> EOA <strong>de</strong>senvolveu-se o questionário apresentado noApêndice E, traduzido <strong>para</strong> o idioma inglês. A versão em português, não anexada,foi enviada <strong>para</strong> consultores nacionais.Ele foi enviado <strong>para</strong> a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> EOA (Blue Ocean Strategy Network, BOSN),<strong>para</strong> a Value Innovation Assossiates, <strong>para</strong> a Stratx e <strong>para</strong> as filiais da consultoriaSymnetics do Brasil e internacionais (Argentina, Chile, Colômbia, México e Perú).Não se obteve nenhum questionário respondido. Quize mensagens eletrônicasforam enviadas entre o dia 17 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2008 e 20 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2009. Houveapenas três mensagens respondidas <strong>para</strong> discussões da ativida<strong>de</strong>. Contudo,nenhum respon<strong>de</strong>nte enviou suas respostas até o término <strong>de</strong>sse trabalho.Como não se obtiveram respostas, nem dos autores como dos consultores, apesquisa se baseou em dados secundários e na compreensão dos mesmos pelopresente autor.Neste processo, <strong>de</strong>scobriu-se que, na página da internet da empresa <strong>de</strong>consultoria Symnetics, especializada em EOA e que realizou a tradução da obra <strong>de</strong>Kim e Mauborgne (2005) <strong>para</strong> o Brasil, o escopo do curso <strong>de</strong> EOA envolvea<strong>de</strong>quações na metodologia <strong>de</strong> EOA <strong>para</strong> torná-la praticável (SYMNETICS, 2009).Também se <strong>de</strong>scobriu, ao final do processo, a inauguração no Brasil doInstituto <strong>de</strong> Estratégia do Oceano Azul, que apresenta um caso <strong>de</strong> aplicaçãonacional, discutido no Apêndice F. Não são apresentados indicadores financeirosresultantes do lançamento da nova oferta. Contudo, fica clara a importância da MAVe <strong>de</strong> pesquisas complementares <strong>para</strong> a prática da EOA. A seguir faz-se uma análisecritica da proposta <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005), consi<strong>de</strong>rando as informaçõescoletadas (i. e., análise <strong>de</strong>talhada do livro, questionário com empresa praticante eestudo <strong>de</strong> caso nacional).3.5 ANÁLISE CRÍTICA DA EOAAqui são expostas algumas pon<strong>de</strong>rações gerais, complementares àquelasdispersas na apresentação da obra <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005) nas seçõesPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 97anteriores. A crítica que segue também se baliza na opinião <strong>de</strong> terceiros, como Rao(2007) e Owen (2009).Para <strong>de</strong>senvolver esta análise, levantaram-se algumas perspectivas <strong>de</strong> análise,as duas últimas são apresentadas em seções específicas a seguir:a) Procedimento operacional;b) Entradas e saídas;c) Diferenciais dos MCIOs e da teoria <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s;d) Características científicas da EOA;e) Características marcantes quanto ao PPE e ao PDP;f) Mecanismos <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s da EOA.Po<strong>de</strong>-se dizer que as orientações presentes na obra <strong>de</strong> Kim e Mauborgne(2005) não são suficientes <strong>para</strong> a sua prática. Po<strong>de</strong>-se notar que não é clara ainterligação entre os princípios <strong>de</strong> formulação e execução da EOA. Existem lacunasque <strong>de</strong>vem ser preenchidas <strong>para</strong> experimentá-la. Esta falta <strong>de</strong> clareza e <strong>de</strong> provaspráticas também é contestada por Rao (2007) e seus leitores.Também, não há uma <strong>de</strong>finição clara <strong>de</strong> entradas e saídas. Infere-se que aEOA parta <strong>de</strong> informações acerca <strong>de</strong> um oceano vermelho, <strong>de</strong> um problema raizcompartilhado pelos indivíduos que <strong>de</strong>finem um <strong>de</strong>terminado mercado e que<strong>de</strong>finem um setor <strong>de</strong> oferta. Com a sua sistemática esse problema é analisado etanto o setor quanto o mercado são avaliados. A saída se dá na forma <strong>de</strong> um perfilestratégico que orienta todas as ações a serem tomadas pela empresa <strong>para</strong> ser bemsucedida no mercado, tornando a concorrência irrelevante.Este perfil orienta a criação e seleção <strong>de</strong>stas ações, que po<strong>de</strong>m ter sidogeradas por insights durante o processo <strong>de</strong> elaboração do perfil. O perfil é perecível,pois está tanto atrelado ao que o mercado espera receber quanto ao que o setor<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> oferecer atualmente, duas variáveis em constante mutação.A EOA difere do raciocínio convencional <strong>de</strong> alguns MCIOs, como o <strong>de</strong> Urban eHauser (1993). Nela há uma reestruturação dos nichos atendidos pelas ofertascorrentes. Po<strong>de</strong>-se dizer que a EOA não cria <strong>de</strong>manda nova, mas sim modifica a<strong>de</strong>manda ao capturar compradores <strong>de</strong> nichos distintos, que, acredita-se, <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong>PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 98comprar as ofertas <strong>de</strong>stinadas aos seus nichos específicos. Faz-se um vinho comjeito <strong>de</strong> cerveja e coquetel. Faz-se um transporte aéreo com jeito <strong>de</strong> avião, carro,ônibus ao mesmo tempo. Assim, se capturam compradores que migram <strong>de</strong>ssasofertas <strong>de</strong> origem, assim como compradores inexplorados <strong>de</strong>ssa nova oferta, pelofato <strong>de</strong> concentrarem atributos <strong>de</strong> valor em comum. Assim, po<strong>de</strong>-se inferir que acaracterística da abordagem seja a <strong>de</strong>-segmentação do mercado, o que diverge daprática convencional <strong>de</strong> segmentação (Figura 3.1).Figura 3.1: Abordagens <strong>de</strong> segmentação e <strong>de</strong>-segmentação.O mercado-alvo é reconstruído pela afinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atributos <strong>de</strong> valor e <strong>de</strong>lacunas <strong>de</strong> valor em mercados e setores alternativos. A EOA questiona a estrutura<strong>de</strong>finida e a re<strong>de</strong>fine ao seu modo, <strong>de</strong> maneira a se diferenciar das <strong>de</strong>mais. Isto levaa crença <strong>de</strong> uma criação <strong>de</strong> espaço <strong>de</strong> mercado inexplorado. Porém, não seencontraram subsídios a esta teoria.Nota-se que a EOA explora o entorno <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s conhecidas,exploradas nos oceanos vermelhos. Não se parte do zero, mas <strong>de</strong> um setor caótico,principalmente bem estruturado pela concorrência. Contudo, este ponto <strong>de</strong> partida é<strong>de</strong>terminado por uma empresa existente. Não é feita uma prospecção <strong>de</strong> setores emque focar o mo<strong>de</strong>lo. Os setores são aqueles que se <strong>de</strong><strong>para</strong>m as empresas que<strong>de</strong>cidiram aplicar a EOA. Sob o ponto <strong>de</strong> vista do empreen<strong>de</strong>dor livre isso po<strong>de</strong> serum problema.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 99O mo<strong>de</strong>lo da EOA não indica outro ponto <strong>de</strong> partida além do setor ao qual aempresa <strong>de</strong> prospecção se insere. Um empreen<strong>de</strong>dor livre, que ainda não possuiuma empresa formada, não recebe qualquer orientação <strong>de</strong> on<strong>de</strong> começar. Naliteratura <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo, este ponto é uma hipótese <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mercado que ele i<strong>de</strong>ntificou <strong>de</strong> alguma forma. O mo<strong>de</strong>lo não é iniciado pelaserendipida<strong>de</strong> (i. e., <strong>de</strong>scoberta aci<strong>de</strong>ntal, ver nota 2 na página 43) ou pela busca <strong>de</strong>um problema inexplorado do mercado. Ao menos esses termos não são empregadospelos autores.Nota-se também, que na EOA não há uma etapa específica e explícita <strong>para</strong> ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Esse processo ocorre disperso na metodologia, sobo título <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong> mercado inexplorado, pela criação <strong>de</strong><strong>de</strong>manda e oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alto crescimento lucrativo.Kim e Mauborgne (2005, pg. 114) recomendam prospectar oportunida<strong>de</strong>s nostrês níveis <strong>de</strong> não-clientes. Ou seja, <strong>de</strong>ve-se conversar com e observar clientes enão-clientes. Mas como? Com as técnicas <strong>de</strong> marketing atuais? Nota-se que a EOAcarece da incorporação <strong>de</strong> técnicas <strong>para</strong> pesquisa <strong>de</strong> mercado, geração e seleção<strong>de</strong> idéias e <strong>de</strong> encaixe nos processos da empresa, como no PPE. Tampoucoapresenta uma <strong>de</strong>finição <strong>para</strong> oportunida<strong>de</strong>.Apesar <strong>de</strong> ter sido publicada em 2005, poucos dados práticos estãodisponíveis, assim como artigos científicos ao seu respeito. A EOA ainda é um temaem evolução. Até a conclusão <strong>de</strong>sta pesquisa não se encontraram artigos científicoscontestando a proposta <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005). Contudo, obtiveram-sealgumas críticas publicadas na internet.Owen (2009) a trata como um dos maiores mitos <strong>de</strong> negócios dos últimostempos. Ele a classifica como mais um reparo rápido e superficial. Rao (2007)acredita que a proposta po<strong>de</strong> ser perigosa, pois embute um falso senso <strong>de</strong>segurança. Além disso, segundo ele, os mecanismos <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> risco são fracos.TRU (200?) não a recomenda a <strong>para</strong> o PPE.Rao (2007) comenta também que as ferramentas apresentadas parecemótimas <strong>para</strong> análise retrospectiva, mas não <strong>para</strong> a criação <strong>de</strong> algo novo. Isto sealinha às críticas <strong>de</strong> Cooper e Edgett (2007), quanto ao fato <strong>de</strong> algumas teoriasPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 100serem excelentes <strong>para</strong> explicar o passado, mas pouco eficientes <strong>para</strong> construir ofuturo. Acredita-se que a EOA se enquadre nesta categoria.Acredita-se que a EOA também se encaixe na categoria <strong>de</strong> teorias <strong>de</strong> difícilreprodução experimental e medição <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, como comentam Cooper eEdgett (2007), sobre as práticas <strong>de</strong> open innovation, Lumpkin, Shra<strong>de</strong>r e Hills (1998)quanto a eficácia das práticas <strong>de</strong> planejamento e Gumpert (2002) quanto ao uso <strong>de</strong>planos <strong>de</strong> negócio. Até então não se provou cientificamente a influência positiva<strong>de</strong>ssas práticas no sucesso empresarial.Rao (2007) comenta que a proposta <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005) também éincontestável, pois não se vê possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> testá-la a<strong>de</strong>quadamente. Segundoele, mesmo que se controle o experimento, não se po<strong>de</strong> saber com exatidão ainfluência <strong>de</strong> todas as variáveis que influenciam a prática.Além da reprodutibilida<strong>de</strong> a proposta dos autores peca na rastreabilida<strong>de</strong>. Asreferências específicas <strong>para</strong> as idéias apresentadas não são indicadasa<strong>de</strong>quadamente. Rao (2007) comenta ter notado elos claros com a teoria <strong>de</strong> outrosautores conhecidos não citados no texto, mas reunidos em uma lista <strong>de</strong> referências.Como se sabe, a ciência se fundamenta no caráter <strong>de</strong> relevância,reprodutibilida<strong>de</strong> e rastreabilida<strong>de</strong>. Assim, apesar do problema abordado pela EOAser relevante, po<strong>de</strong>-se dizer que a proposta <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005) não écientífica. Porém, viu-se que esta não é uma qualida<strong>de</strong> isolada da EOA. Kaplan eNorton (2008) comentam que práticas <strong>de</strong> formulação estratégica remetem mais àarte que a ciência. Segundo Rao (2007), o problema <strong>de</strong><strong>para</strong>do pela EOA é oproblema da criativida<strong>de</strong>, que a abordagem proposta não consegue resolver. Agran<strong>de</strong> falha dos autores, segundo ele, está em induzir a crença <strong>de</strong> que a EOA sejaa resposta certa.Assim, além da inferência exposta, não se encontraram evidências científicascapazes <strong>de</strong> refutar a teoria <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005), tampouco àquelassuficientes <strong>para</strong> aprová-la. Contudo, a proposta dos autores <strong>de</strong>rivou <strong>de</strong> publicaçõesaprovadas pela Harvard University Press, empresa <strong>de</strong> renome internacional. Isto équestionado por TRU (200?), que refuta a proposta e questiona os motivos quelevaram professores da Harvard University Business School a permitir taisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 101publicações, inclusive a do livro. A internet é repleta <strong>de</strong> comentários favoráveis aproposta, porém não se i<strong>de</strong>ntificaram críticas <strong>de</strong> fontes confiáveis além das jácitadas. A seguir são discutidas as características marcantes da EOA quanto ao PPEe ao PDP e os mecanismos <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s da EOA.3.5.1 Relação entre EOA, PPE, PDP e PEPComo se viu em Kaplan e Norton (2008) a EOA entra em uma fase específicado PPE, <strong>de</strong> formulação da estratégia.Também se viu que, durante o seu processo são geradas e avaliadas idéias <strong>de</strong>novos produtos, obtidas via insights. No PDP, especificamente no processo <strong>de</strong> PEPsão reunidas e avaliadas as idéias <strong>de</strong> novos produtos, <strong>para</strong> então serem<strong>de</strong>senvolvidas nas <strong>de</strong>mais etapas do PDP. Contudo, não são apresentadas em Kime Mauborgne (2005) orientações claras da relação da EOA com o PDP. Com basenas informações coletadas e discutidas nos Capítulos 2 e 3, infere-se que orelacionamento convencional da EOA com o PDP ocorra como apresentado naFigura 3.2.Figura 3.2: Esquema da relação entre EOA, PPE, PDP e PEP.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 102A figura representa uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração <strong>de</strong>ssas teorias. Damaneira como apresentada, a EOA gera idéias <strong>de</strong> novos produtos e uma relação <strong>de</strong>atributos <strong>de</strong> valor com a indicação <strong>de</strong> seus níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejáveis <strong>de</strong> oferta. O PEPque dá início ao PDP po<strong>de</strong> ser acionado com <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novosprodutos. Assim, elas seriam o elo entre essas teorias e processos. Contudo, essavisão é questionável.Apesar <strong>de</strong> a estratégia não <strong>de</strong>finir produtos, como foi apresentadoanteriormente, mas uma proposta <strong>de</strong> valor entre outras questões relativas aoalcance da visão da empresa em um <strong>de</strong>terminado contexto, o texto <strong>de</strong> Kim eMauborgne (2005) apresenta várias menções a produtos e serviços que <strong>de</strong>sbravamoceanos azuis. Estes elementos na literatura <strong>de</strong> Kaplan e Norton (2008) constitueminiciativas estratégicas que, contudo são <strong>de</strong>finidas em âmbito da UN ou até mesmoda UF <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos, como sugere o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Rozenfeld et al.(2006).É notável que a EOA leva a uma visão <strong>de</strong> uma nova proposta <strong>de</strong> valor,expressa por uma curva <strong>de</strong> valor, que segundo Kaplan e Norton (2008) é o coraçãoda estratégia. Contudo as MAVs apresentadas são relativas a produtos e serviços,que na verda<strong>de</strong>, são iniciativas estratégicas (i. e., projetos estratégicos). Sabe-seque uma proposta <strong>de</strong> valor genérica ou uma estratégia, po<strong>de</strong> levar a diferentesiniciativas estratégicas.O PDP, por sua vez, tem um a<strong>para</strong>to <strong>de</strong> métodos e ferramentas <strong>para</strong> a geração<strong>de</strong> idéias na etapa <strong>de</strong> projeto conceitual, o qual se julga mais robusto do que aqueleda EOA. Nas referências consultadas, não se i<strong>de</strong>ntificou com clareza o nível <strong>de</strong><strong>de</strong>talhamento e <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>ssas idéias iniciais <strong>de</strong> novos produtos e qual é ainfluência <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> produtos, feitas no PEP, na criativida<strong>de</strong> do projetoconceitual. Apenas Pahl et al. (2005) comentam que princípios <strong>de</strong> solução <strong>de</strong>vemser reavaliados no projeto conceitual.Outra implicação da integração <strong>de</strong>ssas teorias está no fato <strong>de</strong> que elas não sãoestanques. Algumas recomendações da EOA <strong>de</strong>vem acompanhar o<strong>de</strong>senvolvimento das ofertas <strong>de</strong>la <strong>de</strong>rivadas. Ao se iniciar trabalhos com nãoclientes,<strong>de</strong>ve-se mantê-los nas etapas seguintes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. O emprego<strong>de</strong> lead-users, por exemplo, não é estanque ou se limita às etapas iniciais, comoPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 103comentam Cooper e Edgett (2007). Contudo, essas orientações <strong>para</strong> o<strong>de</strong>senvolvimento da oferta não são realizadas por Kim e Mauborgne (2005).3.5.2 Mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s da EOAAcredita-se que os seguintes princípios <strong>de</strong> formulação da EOA apresentemrelação com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s:a) Reconstrua as fronteiras do mercado;b) Ir além da <strong>de</strong>manda existente;c) Acertar a seqüência estratégica.A principal contribuição <strong>de</strong>stes princípios está nos campos <strong>de</strong> exploraçãoexpressos nas seis fronteiras do primeiro princípio e no trabalho com os não-clientese nas perguntas direcionadoras apresentadas nos mesmos. Além disso, nota-se queo princípio relativo à seqüência estratégica tem função <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong>novos produtos oriundas <strong>de</strong> insights do processo. Contudo, acredita-se que essescritérios também possam ser utilizados <strong>para</strong> caracterizar oportunida<strong>de</strong>s ou <strong>para</strong>selecionar idéias no PEP.A Tabela 3.2 resume as principais características da EOA <strong>para</strong> este fim.Detalhes da abordagem são discutidos nas seções anteriores.Tabela 3.2: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Kim eMauborgne (2005).Parâmetros com<strong>para</strong>tivosElementos caracterizadores <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sCaracterísticas do mo<strong>de</strong>loEspaço <strong>de</strong> mercado inexplorado, criação <strong>de</strong><strong>de</strong>manda, potencial <strong>de</strong> alto crescimento lucrativoPesquisa <strong>de</strong> setor e mercado, MAVNão <strong>de</strong>finido, infere-se que seja o alinhamentocom as três características da boa estratégia eque o princípio <strong>de</strong> avaliação da seqüênciaestratégica possa ser empregado parcialmente<strong>para</strong> este fim(Continua...)PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 104Tabela 3.2: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Kim eMauborgne (2005) (continuação).Parâmetros com<strong>para</strong>tivosMecanismos <strong>de</strong> aceleração da <strong>de</strong>scobertaMecanismos <strong>de</strong> integração com o PDPPrincipal saída do mo<strong>de</strong>lo e formatoAplicação (<strong>de</strong>scobrimento e/ou previsão)Características do mo<strong>de</strong>loNão <strong>de</strong>finido, infere-se que seja pela participaçãodo maior número <strong>de</strong> pessoas possívelNão <strong>de</strong>finido, infere-se que os clientes e idéiasabordados possam ser trabalhados na etapa <strong>de</strong>PEP e/ou PPNova curva <strong>de</strong> valor na MAV, slogan da proposta<strong>de</strong> valor, idéia <strong>de</strong> novo produto, serviço oumo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio, formato não <strong>de</strong>finidoDescobrimento, mas há uma preocupação comtendências na sexta fronteira do primeiroprincípio <strong>de</strong> formulação da EOA3.6 DISCUSSÕES E CONCLUSÕES DO CAPÍTULO 3A EOA visa i<strong>de</strong>ntificar oceanos azuis <strong>de</strong> maneira sistemática. Porém, acreditaseque ela <strong>de</strong>penda <strong>de</strong> uma dose substancial <strong>de</strong> experiência empresarial <strong>para</strong> serimplementada. Isto limita a valida<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005) comoproposta originalmente.A sistemática apresentada <strong>de</strong>ixa dúvidas. Muitas orientações necessárias <strong>para</strong>a aplicação da EOA estão difusas nos casos apresentados, sendo difícil umcompleto entendimento metodológico. Não há um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> integração com oprocesso <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da oportunida<strong>de</strong> que ocorre após a sua i<strong>de</strong>ntificação eque é necessário <strong>para</strong> aproveitá-la.Contudo, acredita-se que a proposta apresenta potencial ímpar ao <strong>de</strong>finir oconceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>-segmentação, oposto ao <strong>de</strong> segmentação indicado em algumasabordagens <strong>para</strong> o PDP. Em gran<strong>de</strong> parte dos artigos sobre a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s empreen<strong>de</strong>doras, apresentados em Butler (2004), duas referênciasprincipais emergem com freqüência; Schumpeter (1934) e Kirzner (1973). Essasobras não foram consultadas nesta pesquisa. Contudo, Sarasvathy (2004) comentaque, na essência o empreen<strong>de</strong>dor segundo Shumpeter (1934) quebra (disrupts) oequilíbrio da economia com a sua inovação; o empreen<strong>de</strong>dor segundo KirznerPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 105(1973) se mantém alerta ao <strong>de</strong>sequilíbrio e trabalha no sentido <strong>de</strong> trazer a economianovamente ao seu equilíbrio. Sarasvathy (2004) reforça que a maioria dasoportunida<strong>de</strong>s empreen<strong>de</strong>doras se enquadram mais na teoria <strong>de</strong> Kirzner (1973) doque na <strong>de</strong> Shumpeter (1934). Acredita-se que EOA, com a <strong>de</strong>-segmentação,apresente relação com a teoria <strong>de</strong> Shumpeter, enquanto as abordagensconvencionais, <strong>de</strong> segmentação, com as <strong>de</strong> Kirzner.Isto remete a uma dualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abordagens, porém no PDP há uma conotaçãoà apenas uma.3.7 CARACTERIZAÇÃO DA OPORTUNIDADE DE PESQUISASob a luz das informações apresentadas nos Capítulos 2 e 3, é necessáriodiscorrer acerca das <strong>de</strong>scobertas frente à oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisa empreendida.Conclui-se que a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> um problema compartilhado por um grupo <strong>de</strong>indivíduos, seja ela proposital ou aci<strong>de</strong>ntal, constitui a essência da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s. Essa <strong>de</strong>scoberta é uma possibilida<strong>de</strong> levantada por um indivíduo ougrupo <strong>de</strong> indivíduos mediante o processo cognitivo <strong>de</strong> coleta e processamento <strong>de</strong>informações. Este processo é estimulado pelo emprego <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> pesquisaqualitativa e <strong>de</strong> campo, no qual a intimida<strong>de</strong> do pesquisador ou pesquisadores coma realida<strong>de</strong> do potencial comprador, ou mercado alvo, e com a situação <strong>de</strong> campo écrucial.A proposta da EOA, por sua vez, não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> inteiramente <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong>percepção. A abordagem parte <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong> mercado conhecido e propõecampos <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> informações um tanto diferentes das práticas correntesassociadas ao PDP <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Porém, esse elo não foiencontrado nas referências <strong>para</strong> o PDP.Nem mesmo procedimentos claros <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s noâmbito da FFE foram i<strong>de</strong>ntificados. Dá-se enfoque à geração e captura <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong>novos produtos, abordagem questionável, tendo em vista que o trabalho criativo doPDP é inerente à etapa <strong>de</strong> projeto conceitual. Mesmo que este trabalho sejarealizado em nível embrionário na etapa <strong>de</strong> PEP, sabe-se que ele tente a serproficiente com a <strong>de</strong>finição clara <strong>de</strong> um problema, geralmente <strong>de</strong>mandado pelasPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 3 Estratégia do oceano azul 106técnicas <strong>de</strong> estímulo à criativida<strong>de</strong> conhecidas. Acredita-se que uma <strong>de</strong>claração <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria ser estimulante.Kim e Mauborgne (2005, prefácio) assumem que ainda pouco se sabe na teoriae na prática sobre como <strong>de</strong>scobrir e conquistar <strong>de</strong> maneira sistemática novosoceanos azuis. Como se viu, a própria abordagem <strong>de</strong> EOA carece <strong>de</strong>esclarecimentos. Porém, acredita-se que qualquer sistemática voltada a estepropósito necessita estar integrada ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da oferta <strong>de</strong>valor ao mercado, seja ela um produto ou um serviço. Contudo, embora necessário,a integração <strong>de</strong> conceitos promissores da EOA com o PDP ainda é um tema poucoexplorado.Desta forma, percebe-se que há a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mesclar conceitos emecanismos do PDP com os da EOA, e vice-versa, que levam à oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolver um mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação acelerada <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mercado inexploradas, baseado na EOA e que se integre ao PDP. Acredita-se queestas possam complementar a EOA, assim como esta possa auxiliar nas iniciativasrelativas à FFE.Tanto o <strong>de</strong>scobrimento quanto a previsão <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mandampesquisas. Contudo, no momento, o <strong>de</strong>scobrimento se mostra um caminho commaior suporte experimental que a previsão. Esta envolve técnicas <strong>de</strong> previsão dofuturo e sua valida<strong>de</strong> prática é questionada por autores como Trout (2005) e Taleb(2007).Assim, acredita-se que o enfoque às potenciais contribuições metodológicas econceituais da EOA ao PDP, quanto à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, seja a maisa<strong>de</strong>quada ao porte <strong>de</strong>sta pesquisa <strong>de</strong> mestrado.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 1074 MODELO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADESA seguir, apresenta-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>senvolvido com base nas informaçõeslevantadas e apresentadas nos Capítulos 2 e 3.Inicialmente, o histórico metodológico <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento é apresentado,frente à abordagem metodológica inicialmente <strong>de</strong>senvolvida no projeto <strong>de</strong> pesquisa<strong>de</strong>sta dissertação. Posteriormente, são estabelecidos alguns pressupostos teóricosque dão sustentação <strong>para</strong> a estrutura do mo<strong>de</strong>lo e resultados esperados com ele.Com base neles, o mo<strong>de</strong>lo é apresentado.4.1 HISTÓRICO DE DESENVOLVIMENTO DO MODELOO caminho metodológico percorrido até este estágio da pesquisa po<strong>de</strong> serobservado na Figura 4.1.Como mencionado anteriormente, apesar da falta <strong>de</strong> clareza procedimental daobra <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005) não se obtiveram indícios suficientes <strong>para</strong> refutá-lano todo. Tampouco, <strong>para</strong> aprová-la no todo. Como se i<strong>de</strong>ntificam congruências entreas abordagens <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s relativas ao PDP e algunsconceitos da EOA acredita-se ser possível o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong> mercado que possam ser<strong>de</strong>sdobradas em novos produtos. Este trabalho se restringe ao potencial da EOAquanto à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos.Assim, retiraram-se da obra <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005) os mecanismosnecessários <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação e maximização <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, segundo a óticado autor <strong>de</strong>sta dissertação, balizada pelos MCIOs estudados, Juntamente com aspropostas <strong>de</strong> Cooper e Edgett (2007) quanto à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, e ados diferentes autores sobre a FFE, uma abordagem procedimental foi <strong>de</strong>senvolvida,respeitando as entradas do PDP.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 108Figura 4.1: Caminho metodológico percorrido até o Capítulo 3.A seguir, os pressupostos que dão suporte ao mo<strong>de</strong>lo e aos resultados <strong>de</strong>stapesquisa, <strong>de</strong>rivados das teorias anteriormente expostas, são apresentados.4.2 PRESSUPOSTOSSão assumidos os seguintes pressupostos:a) Oportunida<strong>de</strong> e idéia <strong>de</strong> novo produto são elementos distintos, embora interrelacionados(ver Capítulo 2). Oportunida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser entendida como opotencial <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> uma ou mais idéias e, portanto, po<strong>de</strong> ser expressa naforma <strong>de</strong> um problema que apresenta potencial <strong>de</strong> lucro, caso uma soluçãoque atenda às suas particularida<strong>de</strong>s seja <strong>de</strong>senvolvida e ofertada. Idéia po<strong>de</strong>ser entendida como a <strong>de</strong>scrição sucinta e elementar <strong>de</strong> uma soluçãoPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 109específica <strong>para</strong> um problema, que po<strong>de</strong> ou não ter potencial <strong>de</strong> lucro e sercaracterizada como uma oportunida<strong>de</strong> (ver Capítulo 2);b) De Pahl et al. (2005) e Stull, Myers e Scott (2008) estabelece-se que, umaoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>nota um problema <strong>de</strong> um cliente, ou grupo <strong>de</strong> clientes, emsuperar os obstáculos (ou problemas parciais) que, num dado momento,impe<strong>de</strong>m a transformação <strong>de</strong> uma situação inicial in<strong>de</strong>sejada em umasituação final <strong>de</strong>sejada (objetivo final, valor almejado), valorizada por estesindivíduos que estão dispostos a pagar por meios que possibilitem estatransformação (ver Capítulo 2);c) Ao reorientar o foco <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> concorrentes <strong>para</strong>setores alternativos, e <strong>de</strong> clientes <strong>para</strong> não-clientes do setor, aumenta-se opotencial <strong>de</strong> se encontrarem oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> oceano azul (<strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> Kime Mauborgne (2005)). Ao <strong>de</strong>slocar o foco da competição <strong>para</strong> setoresalternativos e não-clientes, po<strong>de</strong>-se re<strong>de</strong>finir o problema em que se concentrao setor específico, ao qual en<strong>de</strong>reça as suas ofertas <strong>de</strong> valor, e, assim,i<strong>de</strong>ntificar atributos <strong>de</strong> valor <strong>para</strong> os compradores que se situam além dasfronteiras setoriais convencionais (<strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005)). Aoincorporar atributos <strong>de</strong> valor que estão fora dos atributos convencionais,expan<strong>de</strong>-se o mercado da oferta, se maximiza uma oportunida<strong>de</strong> (verCapítulo 3);d) O PDP, aos mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Back et al. (2008), Rozenfeld et al. (2006) e Pahl et al.(2005), apresenta a estrutura procedimental necessária <strong>para</strong> o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma ou mais soluções <strong>para</strong> um problema, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<strong>de</strong> uma idéia inicial <strong>de</strong> solução. Assim, são capazes <strong>de</strong> converteroportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos em novos produtos;e) Toda a vez que um indivíduo estabelece um objetivo a ser alcançado cria-seuma situação visionada. Transformar a situação visionada em situação real oupresente po<strong>de</strong> constituir um problema <strong>para</strong> este indivíduo. Caso esteproblema não possa ser solucionado pelo próprio indivíduo, este po<strong>de</strong><strong>de</strong>mandar soluções que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidas e ofertadas por outrosindivíduos. Esta <strong>de</strong>manda por soluções (i.e., por mecanismos quetransformem um estado inicial in<strong>de</strong>sejável em um estado visionado <strong>de</strong>sejável)PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 110constitui uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> valores <strong>para</strong> quem possa <strong>de</strong>senvolvera oferta e efetivar a troca (ver Capítulo 2). Desenvolver uma solução <strong>para</strong>alguém constitui um objetivo a ser alcançado pelo seu <strong>de</strong>senvolvedor, umasituação visionada, o que po<strong>de</strong> constituir um problema <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvedore uma oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> quem possa auxiliá-lo e, assim, sucessivamente noque po<strong>de</strong> ser chamado, ciclo <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.4.3 APRESENTAÇÃO DO MODELODesenvolveu-se um procedimento exploratório que visa i<strong>de</strong>ntificar e testar algorelativamente simples junto ao mercado: a existência <strong>de</strong> um problema real einexplorado que o mercado esteja disposto a pagar por uma solução, até então nãodisponível. Não é seu objetivo dar suporte ao PPE, como ocorre com a EOA.Na essência, o mo<strong>de</strong>lo consiste <strong>de</strong> um trabalho investigativo no qual sãolevantadas algumas oportunida<strong>de</strong>s potenciais baseadas tanto no conhecimentoprévio dos participantes quanto em dados e fatos atuais obtidos em campo ou empublicações. Busca-se não se ater apenas a adivinhações e inferências da equipe.Ao final do processo, obtêm-se uma ou mais <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>registradas e organizadas em um portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Este po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>rivado<strong>para</strong> um questionário estruturado com perguntas fechadas que visam testarquantitativamente a oportunida<strong>de</strong> potencial junto ao mercado.O ponto central da proposta está na geração <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>spotenciais passíveis <strong>de</strong> serem testadas por um processo relativamente simples econtrolável, como sugere Griffin (1996) e Stull, Myers e Scott (2008). O objetivo éencontrar um problema <strong>de</strong>sconhecido em comum a um grupo <strong>de</strong> indivíduos, quepo<strong>de</strong> ser a re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um problema atual conhecido, e verificar a intenção <strong>de</strong>compra <strong>de</strong> uma solução por este grupo.Assim, a estrutura do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos po<strong>de</strong> ser visualizada no esquema da Figura4.2.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 111Figura 4.2: Visão geral do Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s.No Apêndice G se apresenta o <strong>de</strong>sdobramento do mo<strong>de</strong>lo em nível <strong>de</strong>entradas, ativida<strong>de</strong>s, tarefas, domínios, mecanismos controles e saídas (Figura 4.3).Figura 4.3: Visão geral da tabela <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobramento do mo<strong>de</strong>lo (ver Apêndice G).Esta forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobramento segue a referência apresentada em Back et al.(2008) <strong>para</strong> as etapas <strong>de</strong> projeto informacional, conceitual, preliminar e <strong>de</strong>talhado doPDP.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 112Para facilitar todo o processo <strong>de</strong> exploração e prospecção concebeu-se ummo<strong>de</strong>lo baseado em templates, ou documentos padronizados (Figura 4.4), no qualem cada estágio são preenchidos campos específicos <strong>de</strong>sses documentos. Aqui,esses documentos são preenchidos via editores <strong>de</strong> texto, editores <strong>de</strong> planilhas eeditores <strong>de</strong> mapas mentais. O emprego <strong>de</strong> mapas mentais visa aten<strong>de</strong>r o ladosistêmico e tridimensional do processo <strong>de</strong> prospecção assim como a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>explicitar e compartilhar entre os participantes as relações entre as informações queo suportam.Figura 4.4: Visão geral da integração dos formulários nos estágios do mo<strong>de</strong>lo.Assim, o mo<strong>de</strong>lo é composto <strong>de</strong> quatro estágios principais seqüenciais. Noestágio 1 há uma pre<strong>para</strong>ção <strong>para</strong> o estágio 2. Como se visualizam diferentesformas <strong>de</strong> se iniciar o processo <strong>de</strong> prospecção viu-se necessário um estágio quetrata das particularida<strong>de</strong>s que dão entrada ao mesmo.No estágio 2, ocorre a exploração <strong>de</strong> informações no entorno da informação <strong>de</strong>entrada. Este é o principal estágio do mo<strong>de</strong>lo. Para auxiliar esse estágio<strong>de</strong>senvolveu-se um mo<strong>de</strong>lo tridimensional <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> Cubo <strong>de</strong> Prospecção <strong>de</strong>PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 113Oportunida<strong>de</strong>s (CPO), discutido em <strong>de</strong>talhes na Seção 4.3.1. Neste estágio <strong>de</strong>exploração <strong>de</strong> informações o procedimento é sistêmico e essencialmente nãoseqüencial e é feito com o apoio <strong>de</strong> um mapa mental do CPO (esquema na Figura4.5, e mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>talhado no Apêndice H), que explicita a lógica <strong>de</strong> funcionamento daexploração. No estágio 3 as informações coletadas e registradas no CPO sãoprocessadas no intuito <strong>de</strong> explicitar oportunida<strong>de</strong>s potenciais <strong>de</strong>rivadas dasinformações <strong>de</strong> entrada. Este estágio também é apoiado pelo CPO e pelo mapamental do CPO.Figura 4.5: Visão geral do mapa mental do CPO (ver Apêndice H).No estágio 4 são processadas as saídas do trabalho <strong>de</strong> prospecção. Osprincipais resultados do CPO, registrados no mapa mental, são alocados no portfólio<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Uma avaliação preliminar das <strong>de</strong>scobertas é realizada <strong>para</strong> filtrarPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 114aquelas <strong>de</strong> maior interesse <strong>para</strong> a empresa e que são passíveis <strong>de</strong> serem testadascom uma pesquisa quantitativa. Essas saídas representam as principais <strong>de</strong>scobertasdo processo formatadas <strong>para</strong> teste das oportunida<strong>de</strong>s potenciais junto ao mercado.Como o mo<strong>de</strong>lo envolve um processo exploratório amplo, diferentes resultadospo<strong>de</strong>m ser obtidos conforme o nível <strong>de</strong> exploração realizado. Acredita-se que aopreencher todos os campos do mapa mental do CPO, mais oportunida<strong>de</strong>s sejampassíveis <strong>de</strong> serem <strong>de</strong>scobertas. Contudo, o nível <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> informações<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do objetivo da prospecção e da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>stinadas <strong>para</strong>tal. A seguir, é apresentado o CPO, mo<strong>de</strong>lo analítico empregado <strong>para</strong> a prospecção,e, na seqüência, cada estágio do mo<strong>de</strong>lo é discutido em <strong>de</strong>talhes.Para a leitura das seções relativas aos estágios propostos nesta dissertaçãorecomenda-se observar a lógica do diagrama da Figura 4.6.Figura 4.6: Mapa <strong>de</strong> leitura dos estágios.4.3.1 Cubo <strong>de</strong> Prospecção <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s – CPOPara visualizar o processo <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolveu-seum mo<strong>de</strong>lo tridimensional, associado a um objeto manipulável (Figura 4.7), assimcomo uma ferramenta na forma <strong>de</strong> um template <strong>de</strong> mapa mental (Apêndice H) quePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 115explicita a lógica das relações do mo<strong>de</strong>lo tridimensional e da exploração <strong>de</strong>informações. Recomenda-se analisar o mapa em conjunto com as explanações aseguir.Figura 4.7: Cubo <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s (CPO).Os eixos do mo<strong>de</strong>lo, Figura 4.8, seguem as orientações <strong>de</strong> Shane (2000)quanto ao conhecimento prévio que embasa as <strong>de</strong>scobertas <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>empreen<strong>de</strong>dores recorrentes, assim como nas dimensões que <strong>de</strong>finem as arenasestratégicas nas propostas <strong>de</strong> Cooper (2001) e Cooper e Edgett (2007). Recorda-seque estas arenas estão associadas às oportunida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>finem os campos <strong>de</strong> busca<strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos em um estágio posterior, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>PEP adotado.Acredita-se que, pela coleta e processamento <strong>de</strong> informações relativas a estestrês eixos o indivíduo, ou grupo <strong>de</strong> indivíduos, seja apto em i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>sinexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas ofertas <strong>de</strong> valor.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 116Figura 4.8: Eixos do CPO.A lógica do CPO parte do princípio <strong>de</strong> que uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> troca <strong>de</strong>valores é i<strong>de</strong>ntificada quando se <strong>de</strong>scobre o potencial <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> um “como” <strong>para</strong>alguém (um “quem”) conseguir um “o quê” e assim se obter um valor <strong>de</strong>sejado emtroca. Em outras palavras, o “quem” <strong>de</strong>seja pagar por um “como” que lheproporciona um <strong>de</strong>terminado “o quê”. O pano <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong>sse processo é o PTV.Assim, o mo<strong>de</strong>lo tenta explicitar essas relações e suscitar, a partir <strong>de</strong> um ou maiseixos <strong>de</strong> entrada, a busca <strong>de</strong> informações interligadas aos <strong>de</strong>mais eixos equadrantes, <strong>de</strong> maneira a fechar as três componentes do conhecimento tidos comorelevantes <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.Além dos três eixos o CPO é composto <strong>de</strong> oito quadrantes (cubos internos). Afunção <strong>de</strong>les é <strong>de</strong> organizar a informação e explicitar os mecanismos <strong>para</strong> expandira <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong>, como se infere com a EOA. Cada quadranterepresenta um ramo do mapa mental <strong>de</strong> prospecção, no qual informaçõesespecíficas <strong>de</strong>vem ser levantadas e a eles associadas. Assim, as <strong>de</strong>scobertas sãoalocadas no mapa mental <strong>de</strong> forma semelhante ao que seria a alocação no interior<strong>de</strong> cada quadrante.É utilizado um sistema <strong>de</strong> cores que refletem o grau <strong>de</strong> distanciamento dotrabalho exploratório das informações <strong>de</strong> entrada relativas aos clientes, produtos ePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 117objetivos abordados. À medida que se <strong>de</strong>sbravam oportunida<strong>de</strong>s distantes dareferência inicial, que po<strong>de</strong> ou não ser relativa ao domínio corrente da empresa,mais avermelhados ficam os quadrantes. Partindo da origem dos eixos, a referênciainicial, no quadrante 1, é ver<strong>de</strong>, os quadrantes que têm contato com ele, sãoamarelos (quadrantes 2, 3 e 5), àqueles em contato com os amarelos são laranja(quadrantes 4, 6 e 7), e o quadrante 8, que tem contato com os três últimos, évermelho.Os três eixos guiam o processo <strong>de</strong> prospecção. Como po<strong>de</strong> ser notado naFigura 4.8, cada eixo é dividido inicialmente em duas partes. A parte mais central serelaciona com as informações atuais ou correntes e a parte mais externa serelaciona com novas informações ou diferentes. Essas divisões são discutidas naSeção 4.5.4.1 e po<strong>de</strong>m ser observadas no mapa mental do CPO no Apêndice H.O eixo “quem” é então dividido, em clientes atuais e não-clientes (potenciaisnovos clientes). O eixo “o quê” é dividido em objetivos atuais e novos objetivos e oeixo “como” é dividido em produtos atuais e novos produtos. Como o objetivo dopresente mo<strong>de</strong>lo se relaciona com as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novosprodutos, esta divisão do eixo “como” representa a saída esperada. Desta forma,são estabelecidos os quadrantes <strong>de</strong> entrada, e os quadrantes <strong>de</strong> saída, discutidos aseguir.A ferramenta <strong>de</strong> mapeamento mental estrutura todo o trabalho a ser<strong>de</strong>senvolvido no processo <strong>de</strong> exploração do CPO. A ferramenta propõe umaestrutura inicial que remete a lógica <strong>de</strong> prospecção elaborada com o cubo. Asperguntas-guias estimulam o levantamento das respostas, tanto por observação eexperimentação da prática, como pesquisa em meios secundários e inferências como conhecimento prévio dos participantes, através <strong>de</strong> brainstorming.Assim, informações específicas <strong>de</strong>vem ser levantadas e registradas no mapamental conforme as orientações presentes no próprio documento. O arquivoeletrônico proposto serve <strong>de</strong> padrão, ou template, <strong>para</strong> os trabalhos <strong>de</strong> prospecção.Ao usuário, após o processamento da entrada, estágio 1, basta abrir o arquivo eseguir as orientações lá presentes <strong>para</strong> os estágios 2 e 3.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 1184.4 ESTÁGIO 1 – PROCESSAMENTO DA ENTRADAO mo<strong>de</strong>lo explora oportunida<strong>de</strong>s a partir <strong>de</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> entrada,previamente <strong>de</strong>finidas <strong>para</strong> o processo <strong>de</strong> prospecção. Detalhes das ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>ste estágio estão no <strong>de</strong>sdobramento do Apêndice G.Essas <strong>de</strong>finições po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>correr da estratégia da empresa ou do interesse daUF <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos que realiza a prospecção. Contudo,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tipo <strong>de</strong> entrada, <strong>de</strong>ve haver a <strong>de</strong>cisão e a emissão formal <strong>de</strong> umatarefa <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas. Com ela <strong>de</strong>ve haver a<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> partida. Nota-se que esta é uma <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>correntedo PPE.Os diferentes tipos <strong>de</strong> entrada do mo<strong>de</strong>lo, que constituem as entradas doestágio 1 são discutidos a seguir.4.4.1 Entradas do mo<strong>de</strong>lo e do estágio 1Como pô<strong>de</strong> ser visto anteriormente, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>corre<strong>de</strong> um processo cognitivo do ser humano e, portanto, o seu reconhecimento reflete olado sistêmico e tridimensional do cérebro. Também se viu que, a <strong>de</strong>scobertaaci<strong>de</strong>ntal é um fato concreto quando se aborda o tema e que, basicamente, osindivíduos po<strong>de</strong>m tanto reconhecer problemas quanto soluções <strong>de</strong> potencial valor<strong>para</strong> outros indivíduos, nas mais distintas circunstâncias.Contudo, um procedimento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> partida, <strong>de</strong> uma entradainicial que será processada em uma saída. Neste caso, visualizam-se múltiplasentradas <strong>para</strong> o processo <strong>de</strong> prospecção. Cada uma <strong>de</strong>ssas entradas estabelece umponto <strong>de</strong> partida distinto, mas que, ao término do processo <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong>vemser capazes <strong>de</strong> levar a uma saída única, na forma <strong>de</strong> uma ou mais <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>. Assim, visualizam-se três formas distintas <strong>de</strong> entradas:a) Um cliente <strong>de</strong> partida – um “quem” (i. e., nicho <strong>de</strong> clientes, cliente específico);b) Um objetivo <strong>de</strong> partida – um “o quê” (i. e., problemas, necessida<strong>de</strong>s,objetivos);PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 119c) Um produto <strong>de</strong> partida – um “como” (i. e., produtos existentes, idéias <strong>de</strong> novosprodutos, soluções, <strong>para</strong>digmas).Assim, <strong>para</strong> que a prospecção seja iniciada, uma entrada <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>finida.Esta po<strong>de</strong> ser feita <strong>de</strong> maneira in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das <strong>de</strong>mais ou inter-relacionadas. Ouseja, po<strong>de</strong>-se estabelecer um perfil <strong>de</strong> cliente <strong>de</strong> partida e iniciar a prospecção <strong>de</strong>objetivos e produtos, assim como a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> entrada po<strong>de</strong> especificar um<strong>de</strong>terminado perfil <strong>de</strong> cliente que visa aten<strong>de</strong>r a um objetivo particular com umproduto específico.A partir <strong>de</strong> uma ou mais <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> entrada é que se inicia o processo <strong>de</strong>exploração <strong>de</strong> informações tendo-as como referência <strong>de</strong> partida no estágio 2. Oprocesso é orientado por questões direcionadoras <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong>ssas informações <strong>de</strong>entrada.4.4.2 Saídas do estágio 1A principal saída do estágio 1 é a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um cliente <strong>de</strong> partida, ou <strong>de</strong> umproduto <strong>de</strong> partida ou <strong>de</strong> um objetivo ou problema <strong>de</strong> partida, assim como uma<strong>de</strong>finição conjunta <strong>de</strong>sses elementos, registradas nos campos relativos aos eixos <strong>de</strong>prospecção do mapa mental do CPO, que será discutido a seguir.4.4.3 Mecanismos, ferramentas e recursos necessários <strong>para</strong> o estágio 1Este estágio não exige muitos mecanismos especiais <strong>para</strong> a sua execução. Eletrata apenas da formalização da tarefa <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.Logo, ele po<strong>de</strong> ser composto <strong>de</strong> discussões entre as entida<strong>de</strong>s que or<strong>de</strong>nam atarefa e quem a executará <strong>de</strong> modo a torná-la clara, sobretudo quanto à entrada <strong>de</strong>partida que estabelece a referência inicial <strong>de</strong> busca.Além disso, é importante a posse do arquivo <strong>de</strong> referência <strong>para</strong> o mapa mentaldo CPO e <strong>de</strong> um editor <strong>de</strong> mapas mentais, comentados a seguir, <strong>para</strong> alocar as<strong>de</strong>finições nos campos específicos e formalizar o início do trabalho <strong>de</strong> prospecção. Aseguir, este mecanismo e outros recursos são discutidos.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 1204.4.3.1 Mapa mentalO mapa mental é um método <strong>de</strong> expressar informações usando cores, imagense palavras-chave em estrutura que se irradia a partir <strong>de</strong> um centro. Seus usosincluem brainstorming, solução <strong>de</strong> problemas, revisão <strong>para</strong> exames e <strong>para</strong> tomar<strong>de</strong>cisões. Ele tem se mostrado eficiente como método <strong>de</strong> anotações, modo criativo<strong>de</strong> gerar idéias e <strong>para</strong> melhorar a memória e a concentração (THOMAS, 2003).A força <strong>de</strong> um mapa mental está em sua estrutura. Ela começa com a umaimagem central, <strong>de</strong>senhada em uma folha gran<strong>de</strong>, e se <strong>de</strong>senvolve a partir dasramificações que saem <strong>de</strong>la, com linhas grossas e coloridas referenciadas porpalavras isoladas ao invés <strong>de</strong> frases. Cada ramificação representa uma área a serexplorada <strong>de</strong>ntro do tópico principal. Essas ramificações têm outras menores quepartem <strong>de</strong>las e po<strong>de</strong>m-se acrescentar sub-ramificações e sub-tópicos <strong>de</strong>ntrodaquela área (ibi<strong>de</strong>m).No mo<strong>de</strong>lo, o mapa mental é empregado <strong>para</strong> a construção e visualização <strong>de</strong>um conhecimento conjunto entre os participantes que favoreça a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s. Para sua elaboração é recomendada as orientações <strong>de</strong> Thomas(2003). Além <strong>de</strong>las, <strong>para</strong> facilitar o seu <strong>de</strong>senvolvimento pela equipe, po<strong>de</strong>m serempregados alguns editores eletrônicos <strong>de</strong> mapas mentais. O utilizou-se editorMindjet MindManager como base.4.4.3.2 Recursos necessáriosSão necessários os seguintes recursos materiais <strong>para</strong> a realização do estágio 1e <strong>de</strong>mais:a) Arquivos padrão (mapa mental do CPO, lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos);b) Computadores com monitores <strong>de</strong> 19”, <strong>de</strong> preferência computadores portáteis;c) Software <strong>de</strong> diagramação <strong>de</strong> mapas mentais (MindManager);d) Folhas <strong>de</strong> flipchart e suporte;e) Canetas hidrográficas <strong>para</strong> flipchart;f) Papeletas a<strong>de</strong>sivas coloridas (Post-it).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 1214.4.4 Ativida<strong>de</strong>s e tarefas do estágio 1As ativida<strong>de</strong>s e tarefas estão <strong>de</strong>scritas no Apêndice G. Esta etapa consiste daativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir entrada do processo <strong>de</strong> prospecção.Para tal duas tarefas <strong>de</strong>vem ser executadas: i/<strong>de</strong>screver cliente, objetivo eproduto <strong>de</strong> partida; e ii/preencher campos relativos ao cliente, produto e objetivo <strong>de</strong>partida no mapa mental do CPO (Apêndice H).A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>corre da <strong>de</strong>scrição da tarefa dada aos responsáveis pelaprospecção. O i<strong>de</strong>al é que sejam <strong>de</strong>finidos os três componentes da entrada. Casoisto não ocorra, o trabalho dos pesquisadores será maior quanto menoscomponentes forem expressos na tarefa.A <strong>de</strong>finição da tarefa <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> alto nível eestratégica da empresa no sentido <strong>de</strong> obter crescimento com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>novos produtos diferenciados dos correntes. Afinal, o mo<strong>de</strong>lo busca novasoportunida<strong>de</strong>s. O resultado do processo com o CPO po<strong>de</strong> indicar tantooportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria incremental como <strong>de</strong> diferenciação acentuada.Decidir prospectar oportunida<strong>de</strong>s diferenciadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novosprodutos é uma <strong>de</strong>cisão estratégica semelhante à que a empresa toma <strong>para</strong> <strong>de</strong>cidirincorporar a metodologia <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005) no seu processo <strong>de</strong>formulação estratégica. Acredita-se que esta <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>corra da necessida<strong>de</strong>premente <strong>de</strong> tentar caminhos diferenciados <strong>para</strong> alcançar o crescimento.Decidir adotar o mo<strong>de</strong>lo proposto, assim como a EOA, envolve arriscar umaparte dos recursos da empresa <strong>para</strong> se obter novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento.Geralmente, as empresas reservam parte <strong>de</strong> seu capital <strong>para</strong> investimento nessasiniciativas estratégicas <strong>de</strong> inovação, que po<strong>de</strong>m ou não ter resultados favoráveis.Acredita-se que a presente proposta represente menor impacto econômico que aproposta por Kim e Mauborgne (2005), pois se restringe ao escopo do<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e não ao da estratégia corporativa e da UN.Assim, a empresa po<strong>de</strong> chegar à <strong>de</strong>finição da tarefa <strong>de</strong> prospecção pelo<strong>de</strong>sdobramento da estratégia ou po<strong>de</strong> pinçar uma oportunida<strong>de</strong> especulativa da lista<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias especulativas, que achar <strong>de</strong> interesse (formulário noApêndice I).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 1224.5 ESTÁGIO 2 – EXPLORAÇÃO DO CPODetalhes das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste estágio estão no <strong>de</strong>sdobramento do Apêndice Ge em maiores <strong>de</strong>talhes no mapa mental do CPO (Apêndice H).Viu-se anteriormente que, principalmente na obra <strong>de</strong> Stull, Myers e Scott(2008), i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s consiste basicamente em i<strong>de</strong>ntificar problemas queo mercado esteja disposto a pagar por uma solução.Também foi visto em Kim e Mauborgne (2005) que se po<strong>de</strong> explorar o entorno<strong>de</strong>sse problema e se chegar a uma re<strong>de</strong>finição mais ampla, cuja solução po<strong>de</strong> ser<strong>de</strong> interesse <strong>de</strong> um grupo ainda maior <strong>de</strong> indivíduos. Procuram-se mais pessoasafetadas pelo problema e o re<strong>de</strong>fine <strong>de</strong> maneira a incorporar pequenos problemasparticulares da massa <strong>de</strong> potenciais compradores.Contudo, viu-se que a capacida<strong>de</strong> cognitiva <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sestá intimamente ligada à quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados, informações econhecimentos dos indivíduos acerca <strong>de</strong> mercados, meios <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r os mercadose problemas que estes enfrentam. Logo, trata-se <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>investigação em três dimensões e, naturalmente, humano.Quanto à aquisição <strong>de</strong>sse conhecimento, segundo Kelley e Littman (2007), nãohá substitutos <strong>para</strong> experiências diretas. Kim e Mauborgne (2005), Stull, Myers eScott (2008) Cooper (2001), Cooper e Edgett (2007) e Griffin (1996), ressaltam aimportância do contato prático dos pesquisadores com os clientes e situações <strong>de</strong>uso <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas do cliente, além do emprego <strong>de</strong> outros canais<strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações. Assim, são <strong>de</strong>finidas duas formas <strong>de</strong> trabalho interrelacionadasindicadas <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s:a) Trabalho com dados secundários, <strong>de</strong> mesa, individual ou coletivo;b) Trabalho com dados primários, <strong>de</strong> campo, individual ou coletivo.Acredita-se que essas formas <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>vem estar presentes no processo<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação. Pois mesclam o trabalho com informações secundárias, disponíveisem material publicado, e primárias, obtidos diretamente com o cliente. Assim, seobtém um equilíbrio entre o custo das informações e a atualida<strong>de</strong> erepresentativida<strong>de</strong> das mesmas frente ao cliente.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 123Além disso, como o reconhecimento <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s é um processo mental,um indivíduo po<strong>de</strong> reconhecer uma oportunida<strong>de</strong> pelo processamento <strong>de</strong>informações coletadas esteja ele on<strong>de</strong> estiver, não necessariamente no mesmoinstante em que esta informação está sendo coletada. O contato prático com umaexperiência do cliente po<strong>de</strong> levar ao reconhecimento imediato <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong>ou não. Este reconhecimento po<strong>de</strong> acontecer também pelo processamento posterior,no qual o indivíduo revive mentalmente a experiência e a associa com outrasinformações que po<strong>de</strong>m ou não estar ausentes da situação experimental.Assim, o indivíduo, ou grupo <strong>de</strong> indivíduos, que almeja reconhecer umaoportunida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ve coletar informações primárias e secundárias e processá-lasmentalmente. O mo<strong>de</strong>lo aqui proposto visa auxiliar esse processo <strong>de</strong> coleta eprocessamento <strong>de</strong> informações, <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar as oportunida<strong>de</strong>s.Desta forma, concebeu-se um processo estruturado por perguntas-guia. Cadapasso é composto <strong>de</strong> seu conjunto específico <strong>de</strong> perguntas e são sugeridos osmecanismos <strong>de</strong> apoio <strong>para</strong> respondê-las. O trabalho é guiado por um mapa mentalque organiza essas perguntas e os campos <strong>de</strong> resposta.O processo <strong>de</strong> exploração mescla ciclos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações, tanto emfontes primárias quanto secundárias, e ciclos <strong>de</strong> brainstorming <strong>para</strong>compartilhamento entre os indivíduos e embutir processamento <strong>de</strong>ssas informações.Estes ciclos também po<strong>de</strong>m ser feitos com o auxílio <strong>de</strong> painéis do tipo flipchart epapeletas a<strong>de</strong>sivas do tipo Post-it.4.5.1 Entradas do estágio 2A principal entrada do estágio 2 é o mapa mental do CPO com os camposrelativos ao cliente, objetivo e produto <strong>de</strong> partida preenchidos. O processo po<strong>de</strong> seriniciado com apenas uma <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>finições no estágio 1. Porém o estágio 2 requera <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>sses três elementos.A partir <strong>de</strong>ssa entrada o processo <strong>de</strong> exploração busca informações darealida<strong>de</strong> no entorno das entradas <strong>de</strong> referências e que alimentam o mo<strong>de</strong>lo. Ouseja, entram uma ampla gama <strong>de</strong> informações relativas a potenciais compradores,objetivos ou problemas e produtos.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 124Em cada ativida<strong>de</strong> do estágio 2, o mapa mental é modificado <strong>de</strong> alguma forma,pois implica na coleta <strong>de</strong> informações específicas. Essas transformações são<strong>de</strong>scritas no Apêndice G.4.5.2 Saídas do estágio 2A principal saída do estágio 2 <strong>para</strong> o estágio 3 se dá com o mapa mental doCPO com os campos relativos aos eixos e quadrantes <strong>de</strong> entrada total ouparcialmente preenchidos. No estágio 3 essas informações são processadas nosquadrantes <strong>de</strong> saída.4.5.3 Mecanismos, ferramentas e recursos necessários <strong>para</strong> o estágio 2No estágio 2 são levantadas diferentes tipos <strong>de</strong> informações inerentes ao CPO.Para tal po<strong>de</strong>m ser utilizados diferentes mecanismos, principalmente <strong>para</strong>coleta <strong>de</strong> informações, sendo que aqueles que permitem contato prático e factualsão preferíveis a aqueles baseados unicamente no conhecimento prévio dosindivíduos.Alguns dos mecanismos <strong>de</strong>scritos nesta seção po<strong>de</strong>m ser utilizados no estágio3. A seguir, são comentados os principais.4.5.3.1 Trabalho com dados primários - Técnicas <strong>de</strong> pesquisa qualitativa e <strong>de</strong> VOCSão recomendadas as abordagens <strong>de</strong> VOC propostas por Cooper e Edgett(2007) <strong>para</strong> investigação <strong>de</strong> dados primários, entre outras sugeridas pelo autor combase em Kelley e Littman (2007) e Shillito (2001):a) Acampamento ou etnografia, observação do ciclo <strong>de</strong> experiência docomprador;b) Visitas ao cliente com entrevistas qualitativas aprofundadas;c) Experimentação do uso (vestir as sandálias do cliente, atuar, interpretar opapel do cliente);d) Análise dos lead users;e) Grupos focais <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> problemas;PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 125f) Grupos <strong>de</strong> brainstorming <strong>para</strong> levantamento <strong>de</strong> problemas com os clientes;g) Crowndsourcing utilizando abordagens online ou <strong>de</strong> Tecnologia daInformação (TI).Maiores <strong>de</strong>talhes <strong>para</strong> a aplicação <strong>de</strong>ssas técnicas po<strong>de</strong>m ser obtidos emShillito (2001) e Malhotra (2006). Contudo, das práticas apresentadas recomenda-sea observação <strong>de</strong> uso e a experimentação dos produtos. Outras técnicas <strong>de</strong> VOCpo<strong>de</strong>m ser utilizadas. Contudo, acredita-se que estas sejam as que mais expõem opesquisador aos problemas dos clientes.Como mencionado por Stull, Myers e Scott (2008), há os problemas expressose os problemas não expressos. Inicialmente, <strong>de</strong>ve-se focar nos problemasexpressos, os quais os clientes são capazes <strong>de</strong> reportar. Posteriormente, <strong>de</strong>ve-sefazer um exercício <strong>de</strong> observação e especulação <strong>para</strong> levantamento dos problemasnão expressos.De Stull, Myers e Scott (2008), recomenda-se entrevistar mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>zindivíduos. Griffin (1996) comenta que a conversa com 20 pessoas po<strong>de</strong> sersuficiente <strong>para</strong> se encontrar 90% das necessida<strong>de</strong>s. Assim, se estabelece o limiteinferior como <strong>de</strong>z, e o mínimo i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> 20 pessoas representativas <strong>de</strong> cada perfil <strong>de</strong>comprador levantado <strong>para</strong> o exame qualitativo.Acredita-se ser <strong>de</strong> fundamental importância que o pesquisador mantenha umbloco <strong>de</strong> anotações e lápis sempre próximo <strong>para</strong> registro <strong>de</strong> suas observações,como recomendam Kelley e Littman (2001). A lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s eidéias <strong>de</strong> novos produtos po<strong>de</strong> ser incorporada nesse bloco <strong>de</strong> notas <strong>para</strong> posteriorregistro em meio eletrônico.4.5.3.2 Trabalho com dados secundários - Bases <strong>de</strong> dadosAlgumas bases <strong>de</strong> dados na internet são recomendadas <strong>para</strong> a coleta <strong>de</strong>dados secundários. Segundo Stull, Myers e Scott (2008) a internet se tornou oprincipal meio pelo qual os compradores tentam resolver seus problemas. Sabe-seque ela se tornou também um forte mecanismo <strong>de</strong> propagação <strong>de</strong> reclamações eelogios a produtos e serviços.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 126Portanto, é sugerido o uso <strong>de</strong> sites especializados <strong>para</strong> a busca <strong>de</strong>reclamações dos clientes e análise <strong>de</strong> produtos. No mapa mental do CPO sãoapresentadas algumas referências <strong>para</strong> esses serviços.Contudo, embora a internet possa ser um importante repositório dos problemasexpressos, os problemas velados ainda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do talento e sensibilida<strong>de</strong> dopesquisador com as práticas <strong>de</strong> VOC, sobretudo as <strong>de</strong> observação. Assim, além dabusca <strong>de</strong> reclamações expressas, verbalizadas pelos clientes, atualmente é possívelinferir alguns problemas pela observação virtual do uso com ví<strong>de</strong>os compartilhadospelos clientes em canais especializados em ví<strong>de</strong>os e imagens.Na busca por palavra-chave <strong>de</strong>stes ví<strong>de</strong>os, recomenda-se adicionar aostermos específicos <strong>de</strong> busca os termos: “teste”, “revisão”, “<strong>de</strong>monstração”, “análise”,“uso”, “crítica”, “problema”, “falha”, entre outros (isoladamente ou combinados). Emsites internacionais estes termos <strong>de</strong>vem ser traduzidos. A busca com termos eminglês ten<strong>de</strong> a produzir um maior número <strong>de</strong> respostas.A página virtual dos fabricantes também po<strong>de</strong> ser útil, sobretudo peladisponibilização dos manuais dos produtos <strong>para</strong> consulta. O suporte técnico <strong>de</strong>ssasempresas po<strong>de</strong> ser utilizado <strong>para</strong> esclarecimento <strong>de</strong> algumas dúvidas. As empresasgeralmente levam <strong>de</strong> 24 a 48 horas <strong>para</strong> respon<strong>de</strong>r solicitações online. Contudo,nota-se que, geralmente, a consulta em manuais é recomendada <strong>para</strong> solução <strong>de</strong>dúvidas técnicas. Os sites dos fabricantes po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scobertos pelo uso <strong>de</strong> sites<strong>de</strong> busca.As páginas especializadas em busca também po<strong>de</strong>m ser utilizadas <strong>para</strong> a<strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> produtos substitutos ou alternativos, além <strong>de</strong> críticas dos clientesredigidas em diferentes sites, fóruns e blogs da internet.Recomenda-se que os pesquisadores mantenham uma listagem <strong>de</strong> sitesfavoritos <strong>para</strong> a busca. Isto se alinha ao conceito da seleção <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> busca <strong>de</strong>informações que os empreen<strong>de</strong>dores recorrentes mantém, como comentam Fiet,Clouse e Norton Junior (2004). Além da internet, outras fontes <strong>de</strong> dados secundáriostambém po<strong>de</strong>m ser utilizadas como artigos <strong>de</strong> revista e jornais, livros entre outrosmeios <strong>de</strong> registro e divulgação <strong>de</strong> informações.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 1274.5.3.3 BrainstormingAlém da busca <strong>de</strong> dados <strong>para</strong> respon<strong>de</strong>r as perguntas-guia do mo<strong>de</strong>lo, aequipe po<strong>de</strong> se valer do conhecimento prévio dos participantes, que po<strong>de</strong> serlevantado com o uso da técnica <strong>de</strong> brainstorming.A técnica <strong>de</strong> brainstorming é tida como uma das mais eficazes <strong>para</strong> solução <strong>de</strong>problemas. Ela permite que os membros da equipe partilhem seu conhecimento ecriativida<strong>de</strong> em um ambiente aberto e não-crítico (KING e SCHLICKSUPP, 1999).No mo<strong>de</strong>lo proposto o brainstorming é empregado <strong>para</strong> respon<strong>de</strong>r às questõesdirecionadoras no mapa mental do CPO. Para a seleção das respostas é indicada adiscussão em equipe. O diagrama <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong>, discutido a seguir, também po<strong>de</strong> serempregado <strong>para</strong> reduzir o número respostas por agrupamento. As recomendações<strong>de</strong> King e Schlicksupp (1999) po<strong>de</strong>m ser tomadas como referência <strong>para</strong> a suaprática.Recomenda-se, primeiramente, respon<strong>de</strong>r às questões nos campos do mapamental e posteriormente eliminar aquelas sem muito sentido. Caso a equipe achenecessário, as respostas po<strong>de</strong>m ser escritas em papeletas a<strong>de</strong>sivas e seremafixadas em um painel flipchart <strong>para</strong> compartilhamento e posterior seleção etranscrição nos ramos a que pertencem no mapa mental do CPO.4.5.3.4 Diagrama <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong>O Diagrama <strong>de</strong> Afinida<strong>de</strong> é uma ferramenta <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> idéias. Ele serve<strong>para</strong> verificar a existência <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong> entre idéias, dada uma lista <strong>de</strong> idéiaspreviamente geradas, reduzindo o número <strong>de</strong> idéias, porém sem <strong>de</strong>scartá-las naessência (KING e SCHLICKSUPP, 1999).O processo consiste na análise das idéias geradas, na classificação <strong>de</strong>las emcinco a <strong>de</strong>z grupos afins e na <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> uma palavra ou frase, a qual capta aidéia central <strong>de</strong> cada grupo, servindo como título. Assim, a lista original <strong>de</strong> idéias ficareduzida as cinco a <strong>de</strong>z idéias titulares (ibi<strong>de</strong>m).Nesta pesquisa, o conceito do diagrama <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong>s é empregado <strong>para</strong>reduzir a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> termos, especialmente <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> problemas e <strong>de</strong>atributos <strong>de</strong> valor. Assim, se a equipe notar a presença <strong>de</strong> muitos elementos em um<strong>de</strong>terminado campo do mapa mental do CPO, ela po<strong>de</strong> tentar agrupá-los porPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 128afinida<strong>de</strong>, reescrevendo-os <strong>de</strong> maneira equivalente em uma única sentençarepresentativa.Este trabalho po<strong>de</strong> ser realizado diretamente no mapa mental assim como pelouso <strong>de</strong> painéis flipchart com papeletas a<strong>de</strong>sivas. Neste caso, os elementos <strong>de</strong>vemser escritos individualmente em uma papeleta e serem colados no painel, buscandoseagrupá-los por afinida<strong>de</strong>. Havendo duas ou mais papeletas em conjunto, po<strong>de</strong>-seescrever uma nova sentença que as represente. As sentenças originais po<strong>de</strong>m seradicionadas como um ramo da nova sentença no mapa mental.Deve-se evitar a presença <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z elementos por campo do CPO.4.5.3.5 Recursos necessários2:São necessários os seguintes recursos materiais <strong>para</strong> a realização do estágioa) Arquivos padrão (mapa mental do CPO, lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos, portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s);b) Conexão a internet banda larga;c) Computadores com monitores <strong>de</strong> 19”, <strong>de</strong> preferência portáteis;d) Projetor multimídia e painel <strong>de</strong> projeção <strong>para</strong> equipes maiores que seispessoas;e) Software <strong>para</strong> navegação à internet;f) Software <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> planilha <strong>de</strong> texto (Microsoft Excel);g) Software <strong>de</strong> diagramação <strong>de</strong> mapas mentais (MindManager);h) Folhas <strong>de</strong> flipchart e suporte;i) Lápis, canetas e bloco <strong>de</strong> notas;j) Canetas hidrográficas <strong>para</strong> flipchart;k) Papeletas a<strong>de</strong>sivas coloridas (Post-it);l) Revistas variadas <strong>para</strong> recorte.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 1294.5.4 Ativida<strong>de</strong>s e tarefas do estágio 2Nas próximas seções são discutidas as ativida<strong>de</strong>s e tarefas do estágio 2.Consultar Apêndice G <strong>para</strong> a listagem.A distinção do estágio 2 <strong>para</strong> o 3 é um tanto sutil, pois ambos envolvem omapa mental do CPO. Contudo, em linhas gerais, no estágio 2 são coletadas asinformações cruciais <strong>para</strong> o processo <strong>de</strong> prospecção, e no estágio 3 é feito umprocessamento <strong>de</strong>ssa informações no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>svendar oportunida<strong>de</strong>spotenciais <strong>de</strong> novos produtos.4.5.4.1 Explorar eixos <strong>de</strong> prospecçãoOs eixos integram o conceito das seis fronteiras <strong>de</strong> expansão do mercadopropostos por Kim e Mauborgne (2005), ao explorarem todos os setores, grupos <strong>de</strong>clientes e objetivos alternativos e substitutos a partir <strong>de</strong> uma oferta <strong>de</strong> referência.Eles orientam e <strong>de</strong>finem os principais campos <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> informações queconstituirão a base <strong>para</strong> a prospecção <strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s.As duas divisões principais <strong>de</strong> cada eixo <strong>de</strong>correm do conceito <strong>de</strong>: i/atual oucorrente; e ii/novo ou diferente em relação a entrada (produto, cliente ou aplicação<strong>de</strong> partida). Assim, a distinção <strong>de</strong> corrente e diferente se dá pela perspectiva docliente, objetivo e produto <strong>de</strong> partida, estabelecido na entrada do processo.4.5.4.2 Levantar informações relativas ao eixo “quem”Pelas orientações <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005), concluiu-se que a abordagem<strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r com a <strong>de</strong>finição inicial <strong>de</strong> um cliente base, seguida pela i<strong>de</strong>ntificaçãodos não-clientes e exploração dos mesmos, <strong>para</strong> então, se necessário, explorar osclientes base em <strong>de</strong>talhe. Stull, Myers e Scott (2008) apresentam orientaçõessemelhantes quanto ao fato dos não-clientes indicarem falhas nas ofertas correntes,que os levam a não adquiri-las.Assim, o eixo “quem” está dividido em clientes atuais e novos clientes. Esta<strong>de</strong>finição <strong>de</strong>corre da referência <strong>de</strong> cliente <strong>de</strong> partida <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada oferta ouobjetivo <strong>de</strong> partida. Dos clientes <strong>de</strong> partida, são especulados os não-clientes <strong>de</strong>partida. O exercício <strong>de</strong>ste eixo está no levantamento <strong>de</strong> diferentes perfis <strong>de</strong>indivíduos que compram ou <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> comprar <strong>de</strong>terminadas ofertas. A <strong>de</strong>finiçãodos perfis remete às características específicas <strong>de</strong>sses clientes <strong>de</strong>terminadas pelaPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 130equipe <strong>de</strong> prospecção. Essas características po<strong>de</strong>m ser as mesmas utilizadas <strong>para</strong>segmentar o mercado. Ou seja, aqui po<strong>de</strong>m ser relacionados clientes originalmentesegregados por diferentes segmentos. Urban e Hauser (1993) sugerem as seguintesdimensões <strong>para</strong> segmentação (não há regras <strong>para</strong> a escolha):a) Demografia;b) Atitu<strong>de</strong> pessoal;c) Preferência a <strong>de</strong>terminados atributos <strong>de</strong> produto;d) Sensibilida<strong>de</strong> ao preço;e) Regras <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;f) Uso do produto;g) Uma mescla <strong>de</strong> dimensões.Busca-se uma <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> perfil <strong>de</strong>sses indivíduos, expressa por uma frasecom menos <strong>de</strong> 15 palavras. Cada perfil <strong>de</strong> cliente <strong>de</strong>ve ter uma imagemrepresentativa, que po<strong>de</strong> ser construída por ilustradores, fotógrafos ou recortadas <strong>de</strong>revistas e imagens da internet. A idéia é ter imagens associadas a cada perfil <strong>de</strong>cliente que facilitem a distinção entre esses perfis, como orientam Stull, Myers eScott (2008). O uso <strong>de</strong> imagens e cores distintas <strong>de</strong>ve ser estimulado em todo oprocesso, pois estimula a memória mais do que letras e frases (THOMAS, 2003). Oseditores <strong>de</strong> mapas mentais recomendados permitem este tipo <strong>de</strong> ação.Assim, são <strong>de</strong>terminados os diferentes perfis <strong>de</strong> clientes e não-clientes. Quantoaos clientes correntes é sugerida uma distinção dos super-clientes, ou os chamadoslead-users. Estes po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidos após o levantamento e análise dos clientescomuns. A distinção <strong>de</strong>stes resi<strong>de</strong> na aplicação dada aos produtos e se estes estãotentando atingir um objetivo único e diferenciado com os produtos disponíveis. Ouseja, eles precisam que os produtos <strong>de</strong>sempenhem além <strong>de</strong> seus limites. Estesclientes po<strong>de</strong>m estar modificando o produto <strong>de</strong> alguma forma <strong>para</strong> tal.Quanto aos não-clientes é feita a distinção como sugerida por Kim eMauborgne (2005): i/não-clientes quase convertidos (que compram muito pouco doproduto ou o trocam facilmente por outro); ii/não-clientes refratários (que não queremou não po<strong>de</strong>m comprar o produto); e iii/não-clientes inexplorados (<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>radosPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 131como clientes até o momento). A <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong>sses perfis não precisa serseqüencial. A equipe po<strong>de</strong> transitar livremente entre os campos do mapa mental. NaFigura 4.9 po<strong>de</strong>m-se observar graficamente as diferentes classificações <strong>de</strong> clientes enão-clientes.Figura 4.9: Eixo “quem” – Clientes e não-clientes.Assim, no mapa mental do CPO são feitas as seguintes questõesdirecionadoras quanto aos clientes e não clientes:a) Qual é o perfil do cliente <strong>de</strong> partida?b) Quais são os perfis <strong>de</strong> clientes correntes do produto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> atingir oobjetivo <strong>de</strong> partida?c) Quais são os perfis <strong>de</strong> clientes correntes dos produtos correntes <strong>para</strong> atingiros objetivos correntes?d) Quais são os perfis <strong>de</strong> super-clientes correntes - clientes que tentam inovar -do produto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> atingir objetivos diferentes do <strong>de</strong> partida?e) Quais são os perfis <strong>de</strong> super-clientes correntes - clientes que tentam inovar -dos produtos correntes <strong>para</strong> atingir objetivos diferentes dos correntes?PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 132f) Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientes quase convertidos (que compram muitopouco ou trocam facilmente) do produto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> atingir o objetivo <strong>de</strong>partida?g) Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientes quase convertidos (que compram muitopouco ou trocam facilmente) dos produtos correntes <strong>para</strong> atingir os objetivoscorrentes?h) Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientes refratários (que não querem ou nãopo<strong>de</strong>m comprar) do produto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> atingir o objetivo <strong>de</strong> partida?i) Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientes refratários (que não querem ou nãopo<strong>de</strong>m comprar) dos produtos correntes <strong>para</strong> atingir os objetivos correntes?j) Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientes inexplorados do produto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong>atingir o objetivo <strong>de</strong> partida?k) Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientes inexplorados dos produtos correntes <strong>para</strong>atingir os objetivos correntes?Um esquema <strong>de</strong> cores guia o pesquisador <strong>para</strong> aquelas que <strong>de</strong>vem serabordadas inicialmente. Primeiro <strong>de</strong>vem ser respondidas as questões escritas emvermelho, <strong>de</strong>pois aquelas em laranja e por último as em preto (ver Apêndice H).4.5.4.3 Levantar informações relativas ao eixo “o quê”O eixo “o quê” po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado o principal eixo do mo<strong>de</strong>lo. Representa oobjetivo final a ser alcançado pelos compradores potenciais. Retrata a aplicação doproduto, aquilo que o mercado quer receber, o valor esperado, o benefício finalalmejado. Ou seja, ele representa o problema que o produto resolve e,conseqüentemente, a oportunida<strong>de</strong> que ele explora.Como comentam Kotler e Keller (2006), uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado po<strong>de</strong>surgir em três situações distintas:a) Fornecer algo escasso;b) Fornecer, <strong>de</strong> maneira nova, ou melhor, um produto ou serviço existente;c) Fornecer um novo produto ou serviço.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 133Os novos produtos se relacionam com as duas últimas situações. Assim, umnovo produto po<strong>de</strong> surgir da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas nos produtos correntes <strong>para</strong>atingir um objetivo/problema específico do cliente assim como da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> umnovo objetivo/problema sem prece<strong>de</strong>ntes e, logo, sem produtos que o solucionem.Disto resulta o conceito <strong>de</strong> novo produto que resolve <strong>de</strong> maneira melhor osproblemas que os produtos correntes resolvem (ou não conseguem resolver) e o <strong>de</strong>novo produto que po<strong>de</strong> resolver um novo problema, não solucionado por nenhumproduto corrente. Este novo problema po<strong>de</strong> resultar da re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um apanhado<strong>de</strong> problemas correntes ou do surgimento <strong>de</strong> um problema inteiramente novo, semprece<strong>de</strong>ntes.A abordagem <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005) enfatiza esta questão da re<strong>de</strong>finiçãodo problema em que se concentram setor e mercado, no que eles chamam <strong>de</strong> teoriareconstrucionista. Ao recriar as <strong>de</strong>finições do que é o problema ou o objetivo,po<strong>de</strong>m-se re<strong>de</strong>finir as soluções (i. e., po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>senvolver novos produtos). Umnovo objetivo po<strong>de</strong> implicar em atributos <strong>de</strong> valor distintos, não presentes nas ofertascorrentes. A partir da teoria <strong>de</strong> Barker (1993) tem-se que, o surgimento <strong>de</strong> um novo<strong>para</strong>digma <strong>de</strong>corre dos problemas que os <strong>para</strong>digmas correntes não conseguemresolver. Esses problemas po<strong>de</strong>m representar uma oportunida<strong>de</strong> inexplorada <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma nova solução <strong>para</strong> o mercado, tanto pela i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>pontos a melhorar nas ofertas correntes quanto a constatação <strong>de</strong> que estas po<strong>de</strong>mser completamente re<strong>de</strong>finidas. Para tal, é importante <strong>de</strong>clarar o objetivo almejadopelo mercado, ou o problema que o produto resolve <strong>de</strong> maneira global.Estabeleceu-se que a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> objetivo <strong>de</strong>ve conter no máximo 15palavras expressas pela combinação <strong>de</strong> um ou mais verbos e substantivos, comuma conotação positiva. Devem-se evitar termos negativos e a palavra “não” <strong>de</strong> sua<strong>de</strong>claração. Estas são recomendações <strong>de</strong> King e Schlicksupp (1999) <strong>para</strong> a<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> problemas. Alguns exemplos <strong>de</strong> produtos e serviços e algumas<strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> função ou objetivo almejado pelos compradores com eles:a) Sistema <strong>de</strong> irrigação: assegurar que as plantas do jardim e da horta recebamágua suficiente <strong>para</strong> florescer e crescer;b) Sistema <strong>de</strong> backup: armazenar com segurança arquivos gerados nocomputador automaticamente;PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 134c) Restaurante: oferecer prazer gastronômico e ambiente agradável <strong>para</strong>conversas;d) Cinema: proporcionar entretenimento visual.Kim e Mauborgne (2005) comentam que um novo objetivo po<strong>de</strong> surgir dacombinação <strong>de</strong> um ou mais objetivos, como no caso em que ofertas que se <strong>de</strong>stinama objetivos aparentemente distintos são empregados pelos consumidores a ummesmo objetivo, mais amplo. Segundo eles, os produtos e serviços po<strong>de</strong>m assumirformas diferentes e executar funções diversas, mas ainda assim servir aos mesmosobjetivos (ibi<strong>de</strong>m). Este é o caso dos restaurantes e dos cinemas, pois se <strong>de</strong>scobriuque algumas pessoas os utilizam <strong>para</strong> um objetivo em comum: passar uma noiteagradável fora <strong>de</strong> casa.Assim, nota-se que estas <strong>de</strong>finições são pouco exatas e envolvem acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> articulação do uso dos produtos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte ou não das suasfunções originais. Julga-se importante <strong>para</strong> se chegar a tais re<strong>de</strong>finições aobservação prática do uso das ofertas pelo mercado.Desta forma, o objetivo po<strong>de</strong> ser expresso pela função <strong>de</strong> um produtoespecífico ou po<strong>de</strong> ser mais amplo que as funções explícitas <strong>de</strong>sses produtos. Istoimplica este ser dividido em duas áreas: objetivos correntes e novos objetivos.O objetivo corrente está relacionado a uma aplicação conhecida <strong>de</strong> um produtoexistente. Ele po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido pela análise da aplicação <strong>de</strong> um produto <strong>de</strong> partida.Esta aplicação po<strong>de</strong> ser ou não coerente com a função original do produto. Logo,não basta observar e analisar os produtos; é preciso analisar a experiência <strong>de</strong> usodo cliente.O campo do novo objetivo po<strong>de</strong> surgir <strong>de</strong> duas maneiras:a) Pela <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> um novo objetivo por acaso ou pelo processo <strong>de</strong>prospecção, que não é atendido por nenhum dos produtos correntes. Pelaobservação do cliente ou pelo estudo <strong>de</strong> um fator <strong>de</strong> influência (mudanças naesfera política, econômica, social, tecnológica, ambiental e legal), a equipepo<strong>de</strong> chegar à conclusão da existência <strong>de</strong> um objetivo sem prece<strong>de</strong>ntes, poisnão é atendido por nenhuma das ofertas correntes;PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 135b) Pela combinação <strong>de</strong> objetivos correntes complementares ou alternativos,re<strong>de</strong>finindo um objetivo prévio. Neste caso, há uma análise <strong>de</strong> um ou maisobjetivos correntes, que serviu <strong>de</strong> entrada no processo, na expectativa <strong>de</strong>re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um objetivo mais amplo, ao qual a nova oferta visa aten<strong>de</strong>r.No segundo caso, o raciocínio <strong>de</strong>riva das orientações <strong>de</strong> Kim e Mauborgne(2005). Ele é ilustrado pelo Cirque du Solei em Kim e Mauborgne (2005), no qual se<strong>de</strong>finiu um objetivo amplo <strong>para</strong> uma nova oferta <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> objetivos parciais <strong>de</strong>ofertas específicas alternativas. Apesar das ofertas serem en<strong>de</strong>reçadas a objetivosdiferentes, o cliente às utilizava <strong>para</strong> um único objetivo.Como sugere a quarta fronteira da EOA, investigar se são utilizados produtosou serviços complementares po<strong>de</strong> indicar produtos que aten<strong>de</strong>m objetivos parciaisinterligados. Isto po<strong>de</strong> sinalizar que não se há uma solução completa <strong>para</strong> se atingiro objetivo final. Este po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como novo objetivo, a ser atingido com umnovo produto. Das orientações <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005), o <strong>de</strong>safio está nare<strong>de</strong>finição do problema em que se concentra o setor específico. De acordo com osautores (pg. 28), isto po<strong>de</strong> ser obtido com o <strong>de</strong>slocamento do foco estratégico dacompetição <strong>para</strong> setores alternativos e não-clientes. Neste caso, há um<strong>de</strong>slocamento no processo <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong> problemas nesses campos. Levantamseos objetivos correntes e, se possível, se <strong>de</strong>fine um novo, mais amplo.Assim, no mapa mental do CPO <strong>de</strong>vem ser respondidas as seguintes questõesdirecionadoras quanto aos objetivos correntes e novos objetivos:a) Qual é o objetivo <strong>de</strong> partida que o perfil <strong>de</strong> cliente <strong>de</strong> partida tenta atingir como produto <strong>de</strong> partida?b) Quais são os objetivos correntes que os diferentes perfis <strong>de</strong> clientes correntestentam atingir com o produto <strong>de</strong> partida?c) Quais são os objetivos correntes que os diferentes perfis <strong>de</strong> clientes correntestentam atingir com os produtos correntes?d) Quais são os objetivos correntes que os diferentes perfis <strong>de</strong> não-clientestentam atingir com o produto <strong>de</strong> partida?PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 136e) Quais são os objetivos correntes que os diferentes perfis <strong>de</strong> não-clientestentam atingir com os produtos correntes?f) Quais são os objetivos diferentes dos correntes que os diferentes perfis <strong>de</strong>clientes correntes e super-clientes tentam atingir com o produto <strong>de</strong> partida?g) Quais são os objetivos diferentes dos correntes que os diferentes perfis <strong>de</strong>clientes correntes e super-clientes tentam atingir com os produtos correntes?h) Quais são os objetivos diferentes dos correntes que os diferentes perfis <strong>de</strong>não-clientes tentam atingir com o produto <strong>de</strong> partida?i) Quais são os objetivos diferentes dos correntes que os diferentes perfis <strong>de</strong>não-clientes tentam atingir com os produtos correntes?j) Quais são os objetivos diferentes dos correntes que po<strong>de</strong>m ser re<strong>de</strong>finidospela combinação dos objetivos correntes dos clientes e não-clientes doproduto <strong>de</strong> partida?k) Quais são os objetivos diferentes dos correntes que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidos pelaanálise e combinação dos problemas enfrentados e superados por clientes enão-clientes reportados nos quadrantes <strong>de</strong> entrada?O item “k” remete ao trabalho a ser realizado nos quadrantes, discutido naSeção 4.5.4.5 <strong>de</strong>ste trabalho. Nota-se que o trabalho com o mapa mental do CPOnão é linear, mas composto <strong>de</strong> idas e vindas a campos específicos do mo<strong>de</strong>lo.4.5.4.4 Levantar informações relativas ao eixo “como”Este eixo é dividido em produtos, ou meios, correntes e novos produtos. Aúnica divisão investigada trata dos produtos correntes. A divisão dos novos produtosremete à saída do mo<strong>de</strong>lo com a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> que se encaixe aum objetivo corrente ou novo, <strong>para</strong> um cliente corrente ou novo, ou pela combinação<strong>de</strong>sses elementos. Na divisão dos novos produtos também po<strong>de</strong>m ser alocadasidéias <strong>de</strong> novos produtos obtidas via insight durante o processo, embora este nãoseja o objetivo do mo<strong>de</strong>lo.Na divisão dos produtos correntes, <strong>de</strong>vem ser levantadas todas as ofertasempregadas pelos diferentes perfis <strong>de</strong> compradores <strong>para</strong> atingir o objetivo <strong>de</strong>partida, total ou parcialmente. Com isto, pelo levantamento <strong>de</strong> informações relativasPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 139ao contexto <strong>de</strong> cada quadrante, como po<strong>de</strong> ser visto no mapa mental do CPO. Osmecanismos apresentados anteriormente po<strong>de</strong>m ser empregados <strong>para</strong> obtenção dasrespostas. Contudo, na Seção 4.5.4.6, apresenta-se um mecanismo auxiliar <strong>para</strong>visualização da situação e levantamento <strong>de</strong>sses problemas. O conteúdo e alocaçãoda informação nas divisões dos eixos é que <strong>de</strong>termina em qual quadrante se estátrabalhando. A seguir, discutem-se cada um dos quadrantes apresentados.No quadrante 1 se prospectam problemas que os clientes correntes enfrentamou superam ao utilizarem um produto corrente <strong>para</strong> atingir um objetivo corrente econhecido (Figura 4.11).Figura 4.11: Quadrante 1, ver<strong>de</strong>, <strong>de</strong> entrada.Assim, as questões direcionadoras no quadrante 1 são:a) Quais as barreiras/problemas que os clientes correntes enfrentam <strong>para</strong> atingiros objetivos correntes com os produtos correntes e que <strong>de</strong>smotivam acompra?b) Quais as barreiras/problemas que os clientes correntes superam com osprodutos correntes <strong>para</strong> atingir os objetivos correntes e que motivam acompra?PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 140Nota-se que estas perguntas <strong>de</strong>rivam do padrão inferido na obra <strong>de</strong> Kim eMauborgne (2005). Eles representam tanto os atributos <strong>de</strong> valor ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>svalor dasofertas correntes e que influenciam a compra. Os atributos <strong>de</strong> valor presentes nasofertas correntes representam um apanhado <strong>de</strong> problemas que elas são capazes <strong>de</strong>resolver. Logo, não <strong>de</strong>vem ser esquecidos na proposta <strong>de</strong> uma nova oferta.No quadrante 2, se prospectam problemas que os não-clientes e potenciasnovos clientes, encontram ou superam ao utilizarem um produto corrente <strong>para</strong> atingirum objetivo corrente e conhecido (Figura 4.12).Figura 4.12: Quadrante 2, amarelo, <strong>de</strong> entrada.Assim, as questões direcionadoras no quadrante 2 são:a) Quais as barreiras/problemas que os não clientes enfrentam <strong>para</strong> atingir osobjetivos correntes com os produtos correntes e que <strong>de</strong>smotivam a compra?b) Quais as barreiras/problemas que os não-clientes superam com os produtoscorrentes <strong>para</strong> atingir os objetivos correntes e que motivam a compra?Os próximos quadrantes envolvem a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um novo objetivo. Comoexplanado anteriormente, isto implica em um trabalho prévio <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição dosmesmos nos eixos. Esta <strong>de</strong>finição po<strong>de</strong> <strong>de</strong>correr do apanhado <strong>de</strong> problemasi<strong>de</strong>ntificados nos dois quadrantes anteriores. Acredita-se que a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 141ofertas disponíveis <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r esses novos objetivos <strong>de</strong>finidos ou re<strong>de</strong>finidosten<strong>de</strong> a ocorrer em menor proporção aos objetivos correntes. Mas, como hápossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ofertas que possam ser empregas isoladamente ou em conjunto,estas <strong>de</strong>vem ser analisadas.Assim, no quadrante 3 trabalha-se com clientes atuais, que utilizam um produtoatual <strong>para</strong> atingir um novo objetivo, até então <strong>de</strong>sconhecido (Figura 4.13).Figura 4.13: Quadrante 3, amarelo, <strong>de</strong> entrada.As questões direcionadoras no quadrante 3 são:a) Quais as barreiras/problemas que os clientes correntes enfrentam <strong>para</strong> atingiros novos objetivos com os produtos correntes e que <strong>de</strong>smotivam a compra?b) Quais as barreiras/problemas que os clientes correntes superam com osprodutos correntes <strong>para</strong> atingir os novos objetivos e que motivam a compra?No quadrante 4 trabalha-se com novos clientes, que utilizam um produto atual<strong>para</strong> atingir um novo objetivo, até então <strong>de</strong>sconhecido (Figura 4.14).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 142Figura 4.14: Quadrante 4, laranja, <strong>de</strong> entrada.As questões direcionadoras no quadrante 4 são:a) Quais as barreiras/problemas que os não clientes enfrentam <strong>para</strong> atingir onovo objetivo com os produtos correntes e que <strong>de</strong>smotivam a compra?b) Quais as barreiras/problemas que os não-clientes superam com os produtoscorrentes <strong>para</strong> atingir os novos objetivos e que motivam a compra?Ao se levantarem estas informações, total ou parcialmente, po<strong>de</strong>-se partir <strong>para</strong>o estágio 3. Nota-se que, quanto mais explorados forem os elementos do estágio 2,mais material se terá <strong>para</strong> o trabalho no estágio 3. Ao focar nos fatores que po<strong>de</strong>mmotivar a compra, acredita-se que ocorra um <strong>para</strong>lelo com as idéias <strong>de</strong> Gladwell(2002), empregadas por Kim e Mauborgne (2005), quanto aos poucos fatores queproduzem uma influência <strong>de</strong>sproporcional nos resultados. Nota-se ainda que, essesfatores po<strong>de</strong>m ser expressos ou não expressos pelos compradores, como sugereStull, Myers e Scott (2008). Alguns fatores que motivam ou não a compra po<strong>de</strong>m serinferidos pelos pesquisadores, com base em outros fatos e dados nãodisponibilizados diretamente pelos clientes.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 1434.5.4.6 Levantar problemas que os compradores enfrentam ou superamLevantar esses problemas, como solicitados nas questões direcionadoras daSeção 4.5.4.5, é o ponto chave do processo <strong>de</strong> prospecção. Através <strong>de</strong>les po<strong>de</strong>-sechegar à <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> um novo objetivo a ser en<strong>de</strong>reçado por completo em umasolução. A consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> um conjunto específico dos mesmos po<strong>de</strong> representar ofator <strong>de</strong> diferenciação da nova oportunida<strong>de</strong> e, conseqüentemente, da nova solução.A literatura aponta os mecanismos já citados <strong>de</strong> VOC <strong>para</strong> levantamento dosmesmos. Contudo, pelas afirmações <strong>de</strong> Pahl et al. (2005) e Kim e Mauborgne(2005), visualizou-se uma forma <strong>de</strong> diagramação <strong>de</strong> problemas que po<strong>de</strong> estimular olevantamento dos mesmos. Recomenda-se esta proposta especulativa, caso não seesteja obtendo resultados com as práticas <strong>de</strong> VOC. Além <strong>de</strong>sta proposta, também sesugere o emprego da técnica <strong>de</strong> re<strong>de</strong>finição heurística, apresentada em King eSchlicksupp (1999).Da teoria <strong>de</strong> Pahl et al. (2005), notou-se a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diagramar oproblema principal dos compradores e seus sub-problemas pela ilustração dos trêscomponentes elementares dos problemas assim como das três causas <strong>de</strong>obstáculos (Figura A.2, reapresentada na Figura 4.15).Figura 4.15: Exemplo <strong>de</strong> diagramação do problema dos compradores.Assim, recomenda-se que os pesquisadores tentem diagramar o estado inicial,o objetivo final e as barreiras enfrentadas e superadas entre os dois estados, casoas práticas <strong>de</strong> VOC não estejam surtindo efeito.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 144O procedimento consiste <strong>de</strong> dois passos principais:a) Em um painel flipchart <strong>de</strong>marcar com uma caneta hidrográfica as três seçõesapresentadas na Figura 4.15, com duas linhas verticais, com um espaçomaior na parte central (80% do tamanho total);b) Em papeletas a<strong>de</strong>sivas coloridas escrever os estados inicial e final e asbarreiras superadas e enfrentadas, utilizar cores diferentes <strong>de</strong> papeletas <strong>para</strong>cada uma <strong>de</strong>ssas quatro categorias, então fixá-las no painel como convir.Há uma inter-relação entre os problemas e os objetivos que os indivíduosenfrentam. Contudo, perguntar diretamente aos clientes po<strong>de</strong> não surtir efeito. Porisso se <strong>de</strong>ve mapear a experiência do indivíduo. Neste caso, o mapa visa ilustrar aexperiência do indivíduo em atingir um <strong>de</strong>terminado objetivo. Tudo o que está nocaminho entre o estado in<strong>de</strong>sejado e o <strong>de</strong>sejado é um problema, é uma barreira. Aremoção <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>las po<strong>de</strong> representar a diferença entre a compra ou não <strong>de</strong>uma <strong>de</strong>terminada solução. Para estimular o levantamento do diagrama, surgem-seas perguntas direcionadoras da Figura 4.16, capazes <strong>de</strong> liberar utilida<strong>de</strong> excepcional(KIM e MAUBORGNE, 2005).Compra Entrega Uso Suplementos Manutenção DescarteProdutivida<strong>de</strong> dos clientes: em que estágio se encontram os maiores obstáculos à produtivida<strong>de</strong> dosclientes?Simplicida<strong>de</strong>: em que estágio se encontram os maiores obstáculos à simplicida<strong>de</strong>?Conveniência: em que estágio se encontram os maiores obstáculos à conveniência?Risco: em que estágio se encontram os maiores obstáculos à redução do risco?Diversão e imagem: em que estágio se encontram os maiores obstáculos à diversão e imagem?Preservação ambiental: em que estágio se encontram os maiores obstáculos à preservaçãoambiental?Figura 4.16: Obstáculos à utilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> o comprador.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005).4.5.4.7 Explorar quadrante negroO quadrante negro (Figura 4.17) também po<strong>de</strong> ser chamado <strong>de</strong> quadrante da<strong>de</strong>scoberta aci<strong>de</strong>ntal. Além das idéias, po<strong>de</strong>m nele ser arquivados insights <strong>de</strong> toda aPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 145or<strong>de</strong>m, <strong>para</strong> serem <strong>de</strong>pois alocados em quadrantes específicos no CPO. Aoencontrar uma informação tida como relevante, mas que no momento <strong>de</strong> sua<strong>de</strong>scoberta não seja possível alocá-la ou relacionada a algum quadrante, seuregistro é garantido <strong>para</strong> análise posterior. Assim, este quadrante é uma espécie <strong>de</strong>rascunho. Ao final do processo seu conteúdo <strong>de</strong>ve estar vazio.Figura 4.17: Quadrante negro.O conteúdo do quadrante negro é esvaziado em dois momentos no estágio 2:i/logo após o trabalho com os eixos; e ii/logo após o trabalho com os quadrantes <strong>de</strong>entrada, antes <strong>de</strong> partir <strong>para</strong> o estágio 3. A inserção do conteúdo no quadrante,durante o trabalho <strong>de</strong> exploração corrente é orientada por quatro perguntas-guia,que visam facilitar a realocação posterior. São os seguintes campos:a) A informação está associada aos eixos?b) A informação está associada aos quadrantes <strong>de</strong> entrada?c) A informação está associada aos quadrantes <strong>de</strong> saída?d) A informação está associada à lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong>novos produtos?Viu-se que a i<strong>de</strong>ação intuitiva <strong>de</strong> novos produtos é algo natural e espontâneodo ser humano. Acredita-se que idéias <strong>de</strong> novos produtos ou soluções possam surgirno transcorrer do processo. Apesar da geração <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos não sero foco do mo<strong>de</strong>lo proposto, se obtidas, estas <strong>de</strong>vem ser registradas <strong>para</strong>consi<strong>de</strong>ração posterior no PDP ou no PEP. Quando há o registro <strong>de</strong> uma idéia <strong>de</strong>PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 146um novo produto, ao término do trabalho <strong>de</strong> exploração no estágio 2 <strong>de</strong>ve-se<strong>de</strong>terminar:a) Qual é o problema principal que a idéia visa resolver (qual objetivo ela permitealguém alcançar)?b) A idéia resolve o problema <strong>de</strong> quem (o que caracteriza o perfil do indivíduo)?Assim, essas respostas visam enriquecer o mapa mental <strong>de</strong> prospecção, <strong>para</strong>então se iniciar o estágio 3. Ao quadrante negro, também po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>stinadas asoportunida<strong>de</strong>s emergentes, que po<strong>de</strong>m ou não estar relacionadas ao processocorrente <strong>de</strong> prospecção. Ao final do processo, os registros <strong>de</strong>vem ser alocados emoutros quadrantes, ou se não for possível, ao se tratarem <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s ou idéiasfora do escopo do processo corrente, <strong>de</strong>vem ser en<strong>de</strong>reçadas à lista <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s especulativas. Logo, o quadrante negro agrega o conceito <strong>de</strong>“armazém <strong>de</strong> idéias”.4.6 ESTÁGIO 3 – PROCESSAMENTO DO CPODetalhes das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste estágio estão no <strong>de</strong>sdobramento do Apêndice Ge em maiores <strong>de</strong>talhes no mapa mental do CPO (Apêndice H).Este estágio compreen<strong>de</strong> o processamento das informações <strong>de</strong> entrada doCPO <strong>para</strong> se chegar a <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s potenciais.4.6.1 Entradas do estágio 3A principal entrada <strong>de</strong>ste estágio é o mapa mental do CPO com os eixos equadrantes <strong>de</strong> entrada total ou parcialmente preenchidos. Esta entrada étransformada no transcorrer do processo até seu estágio final, que constitui a saídado estágio 3.4.6.2 Saídas do estágio 3A principal saída do estágio 3 se dá pelo mapa mental do CPO com eixos equadrantes <strong>de</strong> entrada e <strong>de</strong> saída total ou parcialmente preenchidos. Os quadrantes<strong>de</strong> saída envolvem a <strong>de</strong>finição dos atributos <strong>de</strong> valor, as <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong>PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 147oportunida<strong>de</strong> e as eventuais idéias <strong>de</strong> novos produtos geradas via insight notranscorrer do processo.4.6.3 Mecanismos - Ferramentas e recursos necessários <strong>para</strong> o estágio 3Os mecanismos anteriormente citados <strong>para</strong> o estágio 2 po<strong>de</strong>m serparcialmente utilizados no estágio 3. Visualiza-se o emprego do diagrama <strong>de</strong>afinida<strong>de</strong> <strong>para</strong> redução <strong>de</strong> alguns atributos. Neste estágio, são necessários algunsmecanismos analíticos como a MEREC, além da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> redação <strong>para</strong> a<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>.4.6.3.1 Recursos necessáriosOs mesmos recursos relacionados <strong>para</strong> o estágio 2 são utilizados no estágio 3.4.6.4 Ativida<strong>de</strong>s e tarefas do estágio 3Nas próximas seções são discutidas as ativida<strong>de</strong>s e tarefas do estágio 3.Consultar Apêndice G <strong>para</strong> a listagem <strong>de</strong>talhada das mesmas.4.6.4.1 Prospectar oportunida<strong>de</strong>s nos quadrantes das novas ofertas – <strong>de</strong> saídaOs quadrantes <strong>de</strong> saída, 5, 6, 7 e 8, são os dos novos produtos assim comodas idéias <strong>de</strong> novos produtos (Figura 4.18). Cada quadrante <strong>de</strong> saída leva a umnovo produto distinto, variando conforme o cliente e o objetivo a que se <strong>de</strong>stina.Nota-se que os quadrantes <strong>de</strong>rivam dos problemas dos clientes não atendidoscom os produtos correntes, tanto parcialmente quanto pela não existência <strong>de</strong> umproduto <strong>para</strong> resolver o problema ou permitir que se alcance o novo objetivo. Nemtodos po<strong>de</strong>m ser comercialmente atrativos. Porém, po<strong>de</strong>m ser alternativas <strong>de</strong>expansão do crescimento da empresa. Aqueles mais propensos a gerar crescimentosubstancial são indicados no texto e com um ícone na forma <strong>de</strong> estrela ou ban<strong>de</strong>iraver<strong>de</strong> no mapa mental do CPO.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 148Figura 4.18: Quadrantes <strong>de</strong> saída.No quadrante 5 (Figura 4.19) é especificada a oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> um novoproduto, que visa aten<strong>de</strong>r um cliente atual à atingir um objetivo atual e conhecido.Este quadrante marca a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoria incremental <strong>de</strong> um produto atual.Figura 4.19: Quadrante 5, amarelo, <strong>de</strong> saída.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 149O quadrante 6 (Figura 4.20) marca a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> umnovo produto completamente voltado <strong>para</strong> um novo cliente. Trata-se se umaoportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> melhorar um produto atual <strong>de</strong>stinado <strong>para</strong> um novo cliente. Esteproduto po<strong>de</strong> ser novo <strong>para</strong> a empresa também.Figura 4.20: Quadrante 6, laranja, <strong>de</strong> saída.Nota-se que nos quadrantes 5 e 6, o objetivo dos novos produtos é atendido,total ou parcialmente por um ou mais produtos correntes. Também, ao en<strong>de</strong>reçarproblemas que ocorrem com estes e mantendo-se o seu objetivo, há as melhoriasincrementais.No quadrante 7 (Figura 4.21), é especificada a oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um novo produto, que visa aten<strong>de</strong>r um cliente atual à atingir umnovo objetivo, até então <strong>de</strong>sconhecido. Este quadrante marca a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um produto até então sem prece<strong>de</strong>ntes, cujo objetivo vinhasendo atingido pela combinação <strong>de</strong> produtos atuais. Nota-se a importância da<strong>de</strong>finição do novo objetivo.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 150Figura 4.21: Quadrante 7, laranja, <strong>de</strong> saída.No quadrante 8 (Figura 4.22) é especificada a oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um novo produto, que visa aten<strong>de</strong>r um novo cliente à atingir umnovo objetivo, até então <strong>de</strong>sconhecido.Figura 4.22: Quadrante 8, vermelho, <strong>de</strong> saída.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 151Este quadrante marca a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um produto atéentão sem prece<strong>de</strong>ntes. Além <strong>de</strong>stes quadrantes, visualiza-se a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>combinar um ou mais quadrantes <strong>de</strong> saída, <strong>para</strong> se obter uma oferta mais ampla. Naprática, há uma combinação <strong>de</strong> atributos <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> outros quadrantes. Com isto,pelas inferências possíveis com a teoria <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005), espera-seampliar a <strong>de</strong>manda do novo produto.4.6.4.2 Combinações dos quadrantes das novas ofertas potenciaisAlém das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos expressas pelos quadrantesanteriores, há a possibilida<strong>de</strong> dos produtos <strong>de</strong>correntes da combinação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outros quadrantes. Visualizam-se nove combinações possíveis,contudo apenas cinco passíveis <strong>de</strong> aplicação.Pela combinação dos atributos <strong>de</strong> valor dos quadrantes 5 e 6 po<strong>de</strong>-se levantaruma oportunida<strong>de</strong> potencial que expan<strong>de</strong> o mercado <strong>de</strong> uma oferta atual, aoen<strong>de</strong>reçar um novo produto, <strong>para</strong> um objetivo corrente, <strong>para</strong> um cliente corrente e<strong>para</strong> um novo cliente simultaneamente (Figura 4.23). Esta combinação é feita pelaseleção <strong>de</strong> atributos <strong>de</strong> valor originais dos quadrantes 5 e 6.Figura 4.23: Quadrantes 5 e 6, <strong>de</strong> saída.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 152Pela combinação dos atributos <strong>de</strong> valor dos quadrantes 5 e 7 chega-se a umaoportunida<strong>de</strong> potencial com aplicação ampliada, ao propor um novo produto que<strong>de</strong>sempenha tanto um objetivo corrente quanto um novo objetivo, <strong>de</strong>rivado ou não<strong>de</strong>sse objetivo corrente, a um grupo <strong>de</strong> clientes correntes, que compram as ofertascorrentes (Figura 4.24).Figura 4.24: Quadrantes 7 e 8, <strong>de</strong> saída.Como exemplo po<strong>de</strong>-se citar os consoles <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o-game que permitem tantoentretenimento pelos jogos, seu objetivo original, quanto entretenimento com filmesem mídia digital. Esses aparelhos permitem uma nova forma <strong>de</strong> entretenimento, maso seu mercado continua sendo o <strong>de</strong> jogadores, não o <strong>de</strong> cinéfilos.Pela combinação dos atributos <strong>de</strong> valor dos quadrantes 6 e 8 (Figura 4.25)chega-se a uma oportunida<strong>de</strong> potencial com aplicação ampliada, mas que visaaten<strong>de</strong>r exclusivamente à uma base compradores diferentes daqueles já atendidos.Propõe-se um novo produto que <strong>de</strong>sempenha tanto um objetivo corrente quanto umnovo objetivo, <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong>sse objetivo corrente, a um grupo <strong>de</strong> clientes diferentes,que habitualmente não compram, ou compram minimamente, as ofertas correntesque os clientes correntes costumam comprar.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 153Figura 4.25: Quadrantes 6 e 8, <strong>de</strong> saída.Por exemplo, este caso po<strong>de</strong> ser ilustrado pela extensão <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> umproduto, tanto com uma proposição <strong>de</strong> valor acima ou abaixo dos níveis da linhacorrente. O novo produto será substancialmente adquirido por um novo perfil <strong>de</strong>cliente seja ele anteriormente refratário ou inexplorado. Embora esta combinaçãoseja possível <strong>de</strong> ser visualizada em um novo produto, assim como a anterior,recomenda-se o enfoque naquelas que envolvem atributos capazes <strong>de</strong> contemplaros clientes correntes e novos clientes simultaneamente, como ocorre com osquadrantes 5 e 6 e também com os quadrantes 7 e 8.Pela combinação dos atributos <strong>de</strong> valor dos quadrantes 7 e 8 po<strong>de</strong>-se levantaruma oportunida<strong>de</strong> potencial que visa aten<strong>de</strong>r um mercado amplo que <strong>de</strong>mandameios <strong>para</strong> atingir um novo objetivo, diferente daqueles que os produtos correntessão capazes <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r. Aqui é en<strong>de</strong>reçado um novo produto que permite à base <strong>de</strong>clientes correntes e novos clientes atingir um novo objetivo (Figura 4.26).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 154Figura 4.26: Quadrantes 7 e 8, <strong>de</strong> saída.Nesta combinação, se obtém um produto voltado <strong>para</strong> um objetivo diferenciadomas que não compete com o objetivo <strong>de</strong> partida <strong>de</strong>finido <strong>para</strong> a prospecção.Pela combinação dos atributos <strong>de</strong> valor dos quadrantes 5, 6, 7 e 8, chega-se a<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> ampla <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um novo produto(Figura 4.27). Embora haja esta possibilida<strong>de</strong>, acredita-se ser difícil a suaelaboração. Contudo, caso seja visualizada uma oportunida<strong>de</strong> que se encaixe nestecaso, se chega à uma proposta mais ampla que a obtida com os quadrantes 5 e 6, 7e 8 e qualquer um dos quadrantes isoladamente.De maneira geral, po<strong>de</strong>-se dizer que os quadrantes <strong>de</strong> saída permitem oitocategorias diferentes <strong>de</strong> novos produtos. Desta forma, a empresa po<strong>de</strong> utilizar essasoito categorias como guias <strong>de</strong> seu processo <strong>de</strong> diferenciação com novos produtos. Oconhecimento prévio <strong>de</strong>ssas categorias po<strong>de</strong> ser utilizado na <strong>de</strong>finição da tarefa <strong>de</strong>prospecção que dá início ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 155Figura 4.27: Quadrantes 5, 6, 7 e 8, <strong>de</strong> saída.Por exemplo, po<strong>de</strong>-se citar o caso do Cirque du Solei. Ele aten<strong>de</strong> ao objetivoamplo <strong>de</strong> entretenimento artístico sofisticado ao mesmo tempo em que aten<strong>de</strong> aosobjetivos parciais <strong>de</strong> outras ofertas correntes, como o circo, o teatro, o cinema,espetáculos <strong>de</strong> dança, entre outros. A combinação <strong>de</strong> atributos <strong>de</strong> valor presentesnessas ofertas correntes assim como novos atributos a ele adicionados permitem<strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> ampla <strong>de</strong>manda. Entretanto, acredita-se que, <strong>de</strong>vido ao preço cobradopelo espetáculo, ainda haja uma parcela <strong>de</strong> clientes que não po<strong>de</strong> pagar pela oferta.A seguir, são <strong>de</strong>talhadas as ativida<strong>de</strong>s necessárias <strong>para</strong> o processamento<strong>de</strong>sses quadrantes <strong>de</strong> saída.4.6.4.3 Selecionar quadrante <strong>de</strong> saída <strong>para</strong> processamentoNo estágio 2, pre<strong>para</strong>-se um conjunto <strong>de</strong> informações que <strong>de</strong>terminam aspossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> processamento ou não <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados quadrantes <strong>de</strong> saída.A <strong>de</strong>terminação do quadrante <strong>de</strong> saída <strong>para</strong> processamento po<strong>de</strong> serestabelecida na tarefa <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> que dá início ao processo, ouser <strong>de</strong>terminada pela equipe <strong>de</strong> prospecção com base nos resultados do processoexploratório.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 156O ponto central da escolha resi<strong>de</strong> na presença <strong>de</strong> problemas enfrentados pelosclientes <strong>para</strong> atingir seus objetivos em um ou mais quadrantes <strong>de</strong> entrada. Conformevisto na abordagem <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005) acredita-se que as oportunida<strong>de</strong>smais promissoras sejam as obtidas pelo processamento dos quadrantes combinados5 e 6, 7 e 8 e 5, 6, 7 e 8.Contudo, isto só será possível se houver problemas enfrentados e superadospelos compradores nos quadrantes <strong>de</strong> entrada 1 e 2 e/ou 3 e 4.Ao serem <strong>de</strong>finidas as saídas <strong>para</strong> processamento, recomenda-se, no editor <strong>de</strong>mapa mental utilizado, fechar os campos das saídas que não serão processadas nomapa mental do CPO. Assim, o mapa fica com menos elementos à mostra e seenfatizam aqueles essenciais <strong>para</strong> o trabalho <strong>de</strong> prospecção.4.6.4.4 Selecionar e converter barreiras dos quadrantes <strong>de</strong> entrada em atributos <strong>de</strong> valorPara se chegar aos atributos <strong>de</strong> valor, ou sub-problemas que o novo produtonecessita resolver <strong>para</strong> motivar a compra, é utilizada a técnica do diagrama <strong>de</strong>afinida<strong>de</strong>s e a ferramenta MEREC, <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005).Deve-se, em seqüência:a) Transcrever barreiras enfrentadas e superadas do quadrante <strong>de</strong> entradarelacionado à ao quadrante <strong>de</strong> saída em análise;b) Reescrevê-las com termos positivos (passar sentido da mensagem do que ocliente não quer <strong>para</strong> aquilo que o cliente quer, ajustar o sentido das frases);c) Agrupá-las por afinida<strong>de</strong> em uma lista <strong>de</strong> até <strong>de</strong>z que unam a massa <strong>de</strong>compradores;d) Classificá-las nas questões direcionadoras da MEREC;e) Avaliá-las quanto ao potencial <strong>de</strong> oceano azul com o TOA.Embora este filtro <strong>de</strong> atributos pu<strong>de</strong>sse ser mais robusto, com o emprego <strong>de</strong>técnicas estatísticas <strong>de</strong>correntes da aplicação <strong>de</strong> questionários quantitativos <strong>para</strong>mapear os atributos escolhidos pelos potenciais compradores, optou-se por umatécnica <strong>de</strong> escolha intuitiva dos pesquisadores composta <strong>de</strong> discussão e votação.Isto visa agilizar e facilitar o processo. Esta abordagem implica em um viés maior aoprocesso. Porém, o mo<strong>de</strong>lo apresenta um filtro no estágio 4. Apenas os atributosPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 157pré-selecionados pelos pesquisadores no estágio 3 são submetidos ao questionárioestruturado <strong>para</strong> teste quantitativo da oportunida<strong>de</strong> potencial, junto à uma amostracontrolável <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>ntes.Além da listagem dos atributos é importante qualificá-los no quarto passo. Sãosugeridas as seguintes questões direcionadoras <strong>de</strong>rivadas da MEREC <strong>de</strong> Kim eMauborgne (2005):a) Que atributos consi<strong>de</strong>rados indispensáveis pelo setor <strong>de</strong>vem ser eliminados?b) Que atributos <strong>de</strong>vem ser reduzidos bem abaixo dos padrões setoriais?c) Que atributos <strong>de</strong>vem ser elevados bem acima dos padrões setoriais?d) Que atributos nunca oferecidos pelo setor <strong>de</strong>vem ser criados?Os atributos listados nos passos anteriores <strong>de</strong>vem ser movidos <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>um dos ramais relativos à estas questões no mapa mental do CPO.Nota-se que estas perguntas sugerem o estabelecimento <strong>de</strong> um nível <strong>de</strong> oferta<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados atributos (i. e. se alto, baixo ou semelhante). Porém, o nível real <strong>de</strong>oferta <strong>de</strong> cada atributo, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>terminado pela massa <strong>de</strong> clientes. Assim, maisuma vez, é no questionário estruturado que serão coletados os níveis <strong>de</strong> oferta queos diferentes perfis <strong>de</strong> clientes almejam <strong>para</strong> cada atributo pré-selecionado pelospesquisadores. Os níveis <strong>de</strong> atributos sugeridos, embora não tenham indicaçõesnuméricas, são apenas especulações. Além do mais, a etapa <strong>de</strong> projetoinformacional no PDP, possui os mecanismos mais a<strong>de</strong>quados <strong>para</strong> mensuração donível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados atributos, além dos aqui abordados.Quanto à criação <strong>de</strong> novos atributos, espera-se que a <strong>de</strong>scoberta das barreirasenfrentadas pelos compradores e que não são superadas pelas ofertas correntessejam suficientes <strong>para</strong> estimular a criação <strong>de</strong> novos atributos. Contudo, caso istonão ocorra, sugere-se analisar os obstáculos à utilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> o comprador,sugeridos por Kim e Mauborgne (2005). Po<strong>de</strong>m ser utilizadas as seguintes questõesdirecionadoras <strong>para</strong> estímulo da criação <strong>de</strong> novos atributos:a) Po<strong>de</strong>-se adicionar produtivida<strong>de</strong> ou função?b) Po<strong>de</strong>-se adicionar simplicida<strong>de</strong>?c) Po<strong>de</strong>-se adicionar conveniência?PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 158d) Po<strong>de</strong>-se adicionar função?e) Po<strong>de</strong>-se adicionar diversão, emoção ou imagem?f) Po<strong>de</strong>-se adicionar segurança ou reduzir algum risco?g) Po<strong>de</strong>-se adicionar preservação ambiental?Após a classificação com a MEREC, no quinto passo, recomenda-se aplicar umchecklist relativo aos oceanos azuis <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005). Embora o TOAseja empregado <strong>para</strong> avaliação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> oceano azul, acredita-se que umaadaptação <strong>de</strong> suas questões centrais possam ser utilizadas <strong>para</strong> verificar aincorporação dos atributos <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> oceano azul na <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>.São elas:a) Há atributos que remetam à utilida<strong>de</strong> é excepcional?b) Há atributos que remetam à razões irresistíveis <strong>para</strong> comprar o produto?c) Há atributos que tornam o preço facilmente acessível <strong>para</strong> a massa <strong>de</strong>compradores?d) Há atributos que reduzam o custo da oferta em relação às correntes do setor?e) Há atributos que remetam à superação <strong>de</strong> todas as barreiras à adoção?O i<strong>de</strong>al é que todas essas perguntas tenham respostas afirmativas. Caso nãoseja possível, po<strong>de</strong>-se re-elaborar o conjunto <strong>de</strong> atributos, ou aceitá-los se houverconsenso da equipe.4.6.4.5 Declarar oportunida<strong>de</strong>s potenciaisApós a listagem e a classificação dos atributos, a oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong>veser <strong>de</strong>clarada no seguinte formato (Tabela 4.1):Tabela 4.1: Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial.“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (transcrever objetivo a ser alcançado), que possua osseguintes atributos nunca ofertados pelo setor: (relacionar três atributos nunca oferecidos); sem osseguintes atributos comuns às ofertas do setor e sem valor <strong>para</strong> o mercado (relacionar atributos); commais dos seguintes atributos comuns às ofertas do setor: (relacionar atributos); e com menos dosseguintes atributos comuns às ofertas do setor: (relacionar atributos).”PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 159Po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>claradas diferentes oportunida<strong>de</strong>s caso haja possibilida<strong>de</strong> <strong>para</strong>tal. Como essas oportunida<strong>de</strong>s remetem às iniciativas estratégicas a seremempreendidas pela empresa, rumo ao crescimento, recomenda-se testar a qualida<strong>de</strong>da <strong>de</strong>claração perante as três características da boa estratégia, propostas por Kim eMauborgne (2005):a) Foco;b) Singularida<strong>de</strong>;c) Mensagem consistente.O conjunto <strong>de</strong> atributos inseridos na <strong>de</strong>claração <strong>de</strong>ve ser capaz <strong>de</strong> qualificar a<strong>de</strong>claração perante esses critérios. Deve-se buscar um conjunto <strong>de</strong> atributosdiferentes daqueles entregues pelas ofertas correntes, sobretudo atributos nuncaofertados ou que mereçam mudanças no nível <strong>de</strong> oferta até o ponto <strong>de</strong> seremeliminados. É pelo conjunto do objetivo a ser atingido com o produto, atributos aserem criados, eliminados, elevados e reduzidos que se origina o potencial <strong>de</strong>criação <strong>de</strong> ofertas diferenciadas e <strong>de</strong> baixo custo.Embora a geração e a seleção <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos ocorram em umaetapa posterior do PDP, acredita-se ser importante relacionar os atributos queinduzam a criativida<strong>de</strong> <strong>para</strong> idéias diferenciadas e <strong>de</strong> baixo custo. Esta <strong>de</strong>claraçãoatua como uma pré-especificação do produto utilizando os termos dos compradores.Caso idéias <strong>de</strong> novos produtos sejam geradas em uma etapa posterior do PEP,estes atributos po<strong>de</strong>m atuar como critérios <strong>de</strong> pré-seleção. Contudo, <strong>para</strong> o iníciodos projetos do produto uma especificação técnica <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senvolvida,como recomendam os melhores mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> referência <strong>para</strong> o PDP conhecidos.4.6.4.6 Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtos.Esta ativida<strong>de</strong> envolve apenas a tarefa <strong>de</strong> copiar e alocar idéias registradas noeixo “como”, na divisão relativa aos novos produtos, que forem pertinentes aoquadrante <strong>de</strong> saída <strong>de</strong>finido.Deve-se verificar o quadrante negro. As idéias lá presentes, relacionadas aoprocesso corrente <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong>vem ser movidas <strong>para</strong> o eixo “como” e entãoPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 160copiadas <strong>para</strong> os quadrantes <strong>de</strong> saída pertinentes. Esta ativida<strong>de</strong> encerra oestágio 3.4.7 ESTÁGIO 4 – PROCESSAMENTO DA SAÍDAAqui, são processadas as saídas do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<strong>para</strong> que possam ter andamento no PDP.Neste estágio, o trabalho é realizado fora do editor <strong>de</strong> mapa mental. Sãoempregados editores <strong>de</strong> planilhas e <strong>de</strong> texto <strong>para</strong> o processamento da saída domo<strong>de</strong>lo. Detalhes das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste estágio estão no <strong>de</strong>sdobramento doApêndice G e em maiores <strong>de</strong>talhes no mapa mental do CPO (Apêndice H).4.7.1 Entradas do estágio 4A principal entrada do estágio 4 se dá pelo mapa mental do CPO com eixos equadrantes <strong>de</strong> entrada e <strong>de</strong> saída total ou parcialmente preenchidos. Os quadrantes<strong>de</strong> saída <strong>de</strong>vem possuir a <strong>de</strong>finição dos atributos <strong>de</strong> valor, as <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong> e as eventuais idéias <strong>de</strong> novos produtos geradas via insight notranscorrer do processo.Além <strong>de</strong>ssa entrada, há dois arquivos <strong>de</strong> referência que <strong>de</strong>vem serexaminados. Também, analisar a lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong>novos produtos. Mais <strong>de</strong>talhes são apresentados nas seções seguintes e noApêndice G.4.7.2 Saídas do mo<strong>de</strong>lo e do estágio 4A saída do mo<strong>de</strong>lo se dá no formato <strong>de</strong> um portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produto com diversas <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sorganizadas pelos diferentes tipos <strong>de</strong> quadrantes <strong>de</strong> saída.Destas <strong>de</strong>clarações, uma ou mais são escolhidas <strong>para</strong> serem convertidas emum ou mais questionários com perguntas fechadas <strong>para</strong> aplicação quantitativa quevisam testar: i/o nível mais elementar <strong>de</strong> um produto capaz <strong>de</strong> gerar lucro <strong>para</strong> aPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 161empresa; ii/a existência <strong>de</strong> um problema que as pessoas estejam dispostas a pagarpor uma solução possuidora <strong>de</strong> certo nível <strong>de</strong> atributos <strong>de</strong> valor.Desta forma, com o mo<strong>de</strong>lo é possível obter oportunida<strong>de</strong>s hipotéticas e testálasquantitativamente antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver um produto ou uma solução voltada àaten<strong>de</strong>r o problema <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado grupo <strong>de</strong> indivíduos.Outra saída do processo po<strong>de</strong> ser a lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s eidéias <strong>de</strong> novos produtos. Nela são registradas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scobertas durante oprocesso <strong>de</strong> prospecção, mas não apresentam relação direta com o mesmo <strong>para</strong>serem aproveitadas e avaliadas no momento.4.7.3 Mecanismos - Ferramentas e recursos necessários <strong>para</strong> o estágio 4Neste estágio, são necessários alguns mecanismos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>alternativas.Contudo, a avaliação <strong>de</strong> alternativas nas etapas iniciais do PDP é um tantodiferenciada. Como comentam Cooper (2001) e Cooper e Edgett (2007), os métodosutilizados <strong>para</strong> avaliação nas <strong>de</strong>mais etapas do PDP não são aplicáveis no início doprocesso. Porém, há algumas recomendações dos autores <strong>para</strong> esta tarefa.4.7.3.1 Técnicas <strong>de</strong> mensuração <strong>de</strong> benefícios com diagrama <strong>de</strong> bolhas e <strong>de</strong> pesquisaquantitativaNota-se que, até este estágio do processo <strong>de</strong> prospecção, há uma mescla <strong>de</strong>fatos e dados concretos com os vieses naturais do processamento mental dosindivíduos. Mesmo as interações com os clientes são qualitativas. Embora asavaliações nas etapas iniciais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento também sejam <strong>de</strong> cunhoqualitativo, como estipulam Cooper (2001) e Cooper e Edgett (2007), <strong>de</strong>ve-se buscarbalizar as análises em dados quantitativos.Dos diferentes mecanismos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificados, duasabordagens se mostraram relevantes, uma <strong>de</strong> Cooper e Edgett (2007) e outra <strong>de</strong>Stull, Myers e Scott (2008).Cooper e Edgett (2007) recomendam o uso do diagrama <strong>de</strong> bolhas com aavaliação <strong>de</strong> duas dimensões: i/magnitu<strong>de</strong> da oportunida<strong>de</strong>; e ii/atrativida<strong>de</strong> daPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 162mesma <strong>para</strong> a empresa. A magnitu<strong>de</strong> da oportunida<strong>de</strong> e a atrativida<strong>de</strong> <strong>para</strong> aempresa são obtidas por equações específicas fornecidas pelos autores. Com estesíndices po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>finir um ponto em um plano cartesiano. Este ponto <strong>de</strong>fine aposição da bolha e o índice <strong>de</strong> investimento requerido <strong>de</strong>fine o diâmetro da mesma.Entretanto, embora a elaboração <strong>de</strong>sses tipos <strong>de</strong> gráficos seja importante, eles nãogarantem uma escolha <strong>de</strong> sucesso.Assim, Stull, Myers e Scott (2008) comentam que pon<strong>de</strong>rações mais confiáveissó são possíveis com o emprego <strong>de</strong> técnicas quantitativas <strong>de</strong> pesquisa, comoquestionários estruturados aplicados <strong>para</strong> uma amostra representativa e controlávelda população. Assim, a segunda forma <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da aplicação <strong>de</strong> umquestionário quantitativo <strong>para</strong> uma amostra representativa da população em análise.4.7.3.2 Recursos necessáriosOs mesmos recursos relacionados <strong>para</strong> o estágio 3 são utilizados no estágio 4.Contudo, há a adição <strong>de</strong> novos arquivos <strong>de</strong> referência, envolvendo arquivos padrão(portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, mo<strong>de</strong>lo que questionário estruturado, lista especulativa<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos).Na seqüência, cada passo é discutido em <strong>de</strong>talhes, visando a suaoperacionalização.4.7.4 Ativida<strong>de</strong>s e tarefas do estágio 4Nas próximas seções são discutidas as ativida<strong>de</strong>s e tarefas do estágio 4.Consultar o Apêndice G <strong>para</strong> a listagem.4.7.4.1 Alimentar portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtosEsta ativida<strong>de</strong> consiste da transcrição dos resultados do mapa mental do CPOno portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos (Apêndice J,apenas a planilha referente ao quadrante 5 foi incluída, <strong>para</strong> visualizar as <strong>de</strong>mais énecessário consultar o arquivo eletrônico disponível no CD anexado ao trabalho).Basicamente, consiste em copiar as <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> dosquadrantes <strong>de</strong> saída <strong>para</strong> os campos da planilha eletrônica do portfólio. O portfólioestá dividido nos oito tipos <strong>de</strong> quadrantes <strong>de</strong> saída, isolados ou combinados.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 1634.7.4.2 Avaliar oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novo produtoApós a inserção das <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, faz-se a avaliação <strong>de</strong> suamagnitu<strong>de</strong> e atrativida<strong>de</strong> <strong>para</strong> o negócio.Este exercício é feito em equipe, no qual diferentes índices são estabelecidostendo-se uma relação <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> referência <strong>para</strong> cada índice. Os valores sãoinseridos em campos específicos do portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e geramautomaticamente um diagrama <strong>de</strong> bolhas <strong>de</strong> todas as alternativas inseridas(esquema na Figura 4.28, mo<strong>de</strong>lo no Apêndice J).Figura 4.28: Visão esquemática do portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s no quadrantes 5, <strong>de</strong> saída.Os índices <strong>de</strong> 0 a 10 necessitam <strong>de</strong> referências <strong>para</strong> os seus extremos, <strong>para</strong>que assim possam ser estabelecidos coerentemente. Contudo, não forami<strong>de</strong>ntificados esses valores nas obras consultadas. Julga-se que a empresa <strong>de</strong>vaatribuir essas referências com base em sua cultura <strong>de</strong> negócios. Alguns índicesforam estimados <strong>para</strong> teste experimental do mo<strong>de</strong>lo, apresentado no próximocapítulo, (Tabela 4.2).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 164Tabela 4.2: Referências <strong>para</strong> cômputo da magnitu<strong>de</strong> da oportunida<strong>de</strong> e atrativida<strong>de</strong>.Índice qualificador <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> Referência <strong>para</strong> 0 Referência <strong>para</strong> 10Vantagem competitiva > 10 produtos concorrentes Nenhum produto concorrenteAtrativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado < 100 compradores pot. > 1000 compradores pot.Retorno versus risco Baixo retorno e alto risco Alto retorno e baixo riscoEncaixe estratégico Nenhum alinhamento Pleno alinhamentoAlavancagem <strong>de</strong> competências Novas competências Competências correntesViabilida<strong>de</strong> técnica Não há possibilida<strong>de</strong> > 10 possibil. <strong>de</strong> soluçãoInvestimento requerido >= R$ 1.000.000,00


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 165Aqui, como sugerem Sutll et al. (2008), usam-se ferramentas quantitativas <strong>para</strong>verificar a veracida<strong>de</strong> e relevância do problema/objetivo i<strong>de</strong>ntificado, que caracterizaa oportunida<strong>de</strong>. A intenção é ter indícios com um grau <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong> conhecidoacerca da oportunida<strong>de</strong> potencial. Essencialmente, o questionário en<strong>de</strong>reça, entreoutras, as três perguntas propostas pelos autores:a) O problema é urgente?b) O problema é compartilhado por um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> pessoas?c) As pessoas estão dispostas a pagar <strong>para</strong> resolver este problema?Com o auxílio do portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, do mapa mental do CPO e doarquivo padrão <strong>para</strong> o questionário estruturado (ver Apêndice K, e esquema naFigura 4.29), elabora-se um questionário quantitativo, que po<strong>de</strong> sofrer alterações naestrutura proposta, mas <strong>de</strong>ve examinar os campos propostos e ser <strong>de</strong>stinado aosdiferentes perfis <strong>de</strong> compradores levantados, <strong>para</strong> se testar a oportunida<strong>de</strong> potencialcom um número representativo da população.Figura 4.29: Visão esquemática do questionário estruturado <strong>de</strong> saída.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 166Cada campo do formulário <strong>de</strong> saída se relacionada à uma questão chave <strong>de</strong>stequestionário. Concentra-se em questões simples, não imaginativas, que o clientepo<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r facilmente, como orienta Griffin (1996). A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perguntasassim como a forma <strong>de</strong> escrita apresentadas no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> questionário são <strong>para</strong>simples referência. Os pesquisadores po<strong>de</strong>m explorar e investigar diferentes formas<strong>de</strong> subproblemas que levaram a <strong>de</strong>terminação dos atributos. É requerida adaptaçãodos termos e expressões <strong>de</strong> referência <strong>para</strong> utilização da estrutura proposta.O processamento <strong>de</strong>sta etapa segue as recomendações convencionais <strong>de</strong>pesquisa quantitativa e <strong>de</strong> processamento estatístico como sugerido por Malhotra(2006). Acredita-se que o conhecimento <strong>para</strong> esta etapa seja <strong>de</strong> domínio comum <strong>de</strong>profissionais <strong>de</strong> marketing.A seguir, questões relativas à integração do mo<strong>de</strong>lo no PPE e no PDP sãodiscutidas assim como as características do mo<strong>de</strong>lo que remetem a aceleração doprocesso <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.4.8 INTEGRAÇÃO DO MODELO NO PPE E NO PDPA proposta aqui apresentada se insere na etapa <strong>de</strong> PEP, na qual sãoperseguidas metas <strong>de</strong> crescimento da empresa com iniciativas estratégicas <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos.Assim, o PPE <strong>de</strong>ve estabelecer metas <strong>de</strong> crescimento a serem <strong>de</strong>sdobradas<strong>para</strong> a UN e <strong>de</strong>sta <strong>para</strong> a UF <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos, que <strong>de</strong>ve selecionaros projetos <strong>de</strong> novos produtos que serão empreendidos em busca <strong>de</strong>stecrescimento.Para tal, no PEP po<strong>de</strong>-se utilizar o portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s como sugeridoneste trabalho, caso exista previamente, assim como se po<strong>de</strong> executar o mo<strong>de</strong>locomo proposto, <strong>para</strong> a prospecção <strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s. Com as <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser geradas idéias <strong>de</strong> novos produtos (ou não) e seremestabelecidos os projetos <strong>de</strong> novos produtos <strong>para</strong> início do PDP. Não se sabe ainfluência nos resultados, se positivas ou negativas, da <strong>de</strong>finição ou não <strong>de</strong> idéias<strong>para</strong> o início do PDP. Contudo, acredita-se que o PDP possa ser iniciado por ambasas entradas. Sabe-se que o PDP aos mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Back et al. (2008), Rozenfeld et al.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 167(2006) e Pahl et al.(2005) é capaz <strong>de</strong> ser executado sem a <strong>de</strong>finição inicial <strong>de</strong> umaidéia <strong>de</strong> novo produto, uma forma <strong>de</strong> solução, mas sim com uma <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> umproblema enfrentado pelo cliente. De qualquer modo, como se po<strong>de</strong> observar emKing e Schlicksupp (1999), a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> um problema, ou oportunida<strong>de</strong>, éfundamental <strong>para</strong> qualquer método <strong>de</strong> estímulo à criativida<strong>de</strong> que venha a serempregado no PEP <strong>para</strong> a geração <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos, caso o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>PDP adotado pela empresa o exija. De maneira geral, a integração do mo<strong>de</strong>lo po<strong>de</strong>ser vista no esquema da Figura 4.30.Figura 4.30: Esquema da relação entre CPO, PPE, PDP e PEP.Cabe ao PEP selecionar as iniciativas estratégicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>novos produtos que favoreçam o êxito da estratégia da corporação. Além <strong>de</strong>ssasorientações, há particularida<strong>de</strong>s quanto às etapas <strong>de</strong> projeto informacional, projetoconceitual, projeto preliminar, assim como <strong>para</strong> os portais <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão entre essasetapas.Sugere-se que os seguintes critérios <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados nas<strong>de</strong>mais etapas <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> soluções do PDP, e até mesmo no PEP, caso haja ageração e seleção <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos, e assim manter o teste <strong>de</strong> idéias dooceano azul (TOA):a) A utilida<strong>de</strong> é excepcional?PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 168b) As razões <strong>para</strong> comprar o produto são irresistíveis?c) O preço estabelecido é facilmente acessível <strong>para</strong> a massa <strong>de</strong> compradores?d) A estrutura <strong>de</strong> custos <strong>para</strong> ofertar o produto é compatível com a meta <strong>de</strong>custo?e) O produto supera todas as barreiras à adoção?Sugere-se ainda que, o preço e o custo-alvo sejam especificados na etapa <strong>de</strong>projeto informacional, quando elaboradas as especificações do produto. SegundoKim e Mauborgne (2005), não se <strong>de</strong>ve permitir que o custo <strong>de</strong>termine o preço.Também, não se <strong>de</strong>ve reduzir a utilida<strong>de</strong> porque o alto custo inibe a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>lucrar ao preço estratégico. Quando o custo-alvo é inviável, das duas uma: i/seabandona a idéia, porque o oceano azul não será lucrativo; ou ii/se inova o mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong> negócios <strong>para</strong> atingir o custo-alvo (ibi<strong>de</strong>m).Durante o PDP, especificamente na etapa <strong>de</strong> projeto conceitual, é sugerido quesejam consi<strong>de</strong>radas as idéias eventualmente geradas durante o processo <strong>de</strong>prospecção. Caso o PEP englobe a geração <strong>de</strong> idéias, também é recomendada averificação <strong>de</strong>ssas idéias, registradas no mapa mental do CPO.É <strong>de</strong> fundamental importância que os perfis <strong>de</strong> compradores relacionados àoportunida<strong>de</strong> prospectada façam parte das investigações realizadas durante o PDP,assim como façam parte do benchmarking <strong>de</strong>talhado dos produtos concorrentes, osprodutos utilizados por esses perfis <strong>de</strong> compradores.Sugere-se ainda que a lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong> novosprodutos tenha uso constante durante o PDP e seja alimentada pelas inferências<strong>de</strong>correntes do trabalho mais aprofundado realizado com os potenciais compradorese produtos correntes. Essa lista também po<strong>de</strong> ser empregada durante o PPE, <strong>para</strong>registro <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias emergentes. Acredita-se que esta prática po<strong>de</strong>acelerar o processo <strong>de</strong> prospecção. Deve-se estimular o hábito entre oscolaboradores, <strong>de</strong> registrar essas especulações na lista. Para tal, sugere-se que aUF <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos <strong>de</strong>signe um responsável e atribua metasrelacionadas à captura <strong>de</strong>ssas oportunida<strong>de</strong>s e idéias emergentes na empresa.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 169Como se po<strong>de</strong> notar, algumas recomendações remetem ao estabelecimento <strong>de</strong>um sistema integrado na empresa. Esta oportunida<strong>de</strong> é discutida na Seção 6.2, <strong>de</strong>recomendação <strong>de</strong> trabalhos futuros.4.9 ACELERAÇÃO DA PROSPECÇÃOComo se viu anteriormente, a análise <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>novos produtos com o emprego do mo<strong>de</strong>lo ocorre nas rodadas <strong>de</strong> PEP que<strong>de</strong>correm dos ciclos do PPE da empresa.Assim, a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da freqüência que esta ativida<strong>de</strong>é realizada. O nível <strong>de</strong> resposta estratégica às mudanças externas que umaempresa enfrenta está intimamente relacionada à freqüência com que a estratégia eas iniciativas estratégicas (i. e. projetos ou programas que operacionalizam aestratégia) são atualizadas. Os projetos <strong>de</strong> novos produtos são uma categoria<strong>de</strong>ssas iniciativas. Julga-se importante <strong>para</strong> a aceleração do processo, que aconsi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> novas iniciativas estratégicas, assim como a avaliação <strong>de</strong>continuida<strong>de</strong> das iniciativas correntes, ocorra com maior freqüência (mais <strong>de</strong> umavez ao ano) e que os projetos <strong>de</strong> prospecção sejam planejados <strong>de</strong> maneira aantece<strong>de</strong>r esses ciclos. Assim, no PEP <strong>de</strong>ve-se estar disponível o portfólio <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos, com a indicação daquelasque passaram pelo teste quantitativo.Outra medida <strong>para</strong> a aceleração do processo consiste da participação contínuados colaboradores. Deve-se permitir que estes alimentem a lista especulativa <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong> novos produtos, a ser avaliada no estágio 1 do mo<strong>de</strong>loproposto e na <strong>de</strong>finição da tarefa <strong>de</strong> prospecção. Com isto, se coletamoportunida<strong>de</strong>s emergentes <strong>de</strong>correntes da <strong>de</strong>scoberta aci<strong>de</strong>ntal, que é umaconstante do tema que não <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rada.Acredita-se que um sistema que integre essas listas e facilite a inserção <strong>de</strong>propostas tanto pelos colaboradores quanto pela comunida<strong>de</strong> externa, favoreça aaceleração do processo. Contudo, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sse sistema foge ao escopoinicial <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong> dissertação. No Capítulo 6 é sugerido um trabalho futuro, <strong>de</strong>nível <strong>de</strong> doutorado, <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste sistema.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 1704.10 DIFERENCIAIS DESTA PROPOSTAAbordar diferenças também implica em discutir algumas semelhanças.É notável que a estrutura do cubo segue as orientações propostas por Cooper(2001) e Cooper e Edgett (2007) <strong>para</strong> as arenas estratégicas. Contudo, os autoresnão tecem um procedimento semelhante ao exposto, nem mesmo é esclarecida umaprospecção <strong>de</strong> problemas e as divisões como propostas aqui.A sistemática visa o potencial <strong>de</strong> novos produtos, ou seja, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> umproblema que um grupo <strong>de</strong> compradores <strong>de</strong>seja resolver com um novo produto. Nãoé incentivada a geração <strong>de</strong> soluções <strong>para</strong> estes problemas ou como, visto, ageração <strong>de</strong> idéias antes do PDP.O mo<strong>de</strong>lo também não é <strong>de</strong>stinado à geração <strong>de</strong> estratégias como no caso daEOA, e tampouco é um mo<strong>de</strong>lo substituto à abordagem <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005).Também, não foi <strong>de</strong> interesse resolver, com esta proposta, a série <strong>de</strong> lacunasmetodológicas i<strong>de</strong>ntificadas na proposta dos autores. Entretanto, o mo<strong>de</strong>lo apontapotenciais iniciativas estratégicas, expressas por oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento, viao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos.Embora seja notável a importância das técnicas <strong>de</strong> pesquisa qualitativa nomo<strong>de</strong>lo e, sobretudo, das práticas conhecidas como <strong>de</strong> “VOC”, a aplicação dasmesmas no mo<strong>de</strong>lo se dá na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, e não <strong>para</strong>levantamento <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> clientes <strong>de</strong> um produto estabelecido, como sãoconsagradas. Não se encontrou referência das práticas <strong>de</strong> VOC, como em Shillito(2001), especificamente <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, como proposta nestetrabalho.Nota-se que há uma mescla <strong>de</strong> orientações dos diferentes MCIOs com as daEOA. Contudo, o mo<strong>de</strong>lo proposto apresenta particularida<strong>de</strong>s que o diferencia <strong>de</strong>outros mo<strong>de</strong>los ou <strong>de</strong> uma abordagem específica.Apesar das lacunas apresentadas, o mo<strong>de</strong>lo contém um procedimento atéentão sem prece<strong>de</strong>ntes nas publicações investigadas. Embora não seja capaz <strong>de</strong>respon<strong>de</strong>r todas as questões que ainda pairam acerca da FFE e do processo <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, o mo<strong>de</strong>lo representa um ponto <strong>de</strong> partida compossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> teste e, conseqüentemente, ajustes em sua estrutura.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 1714.11 APLICAÇÃO PRELIMINARApós a realização <strong>de</strong> um experimento piloto, discutido no próximo capítulo, coma participação <strong>de</strong> dois profissionais representativos da indústria, viu-se anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ilustrar a aplicação da sistemática, sobretudo o preenchimento domapa mental do CPO.Assim, <strong>de</strong>senvolveu-se um estudo similar à tarefa experimental proposta, como emprego <strong>de</strong> um produto <strong>de</strong> partida diferente daquele a ser empregado noexperimento: um aparelho <strong>de</strong> barbear Gillette Mach 3 Turbo.Figura 4.31: Aparelho <strong>de</strong> barbear Gillette Mach 3 Turbo, utilizado <strong>para</strong> aplicação preliminar.Como o experimento preliminar foi <strong>de</strong>senvolvido apenas pelo autor, baseadoem especulações através <strong>de</strong> brainstorming individual, sem a discussão com outraspessoas e sem uma consulta direta aos clientes e não-clientes, julga-se não serrepresentativo do potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta do mo<strong>de</strong>lo. Porém, serve <strong>de</strong> exemplo<strong>para</strong> preenchimento dos formulários.O mesmo foi <strong>de</strong>senvolvido em uma seção <strong>de</strong> aproximadamente cinco horas evinte minutos. O mapa mental do CPO <strong>para</strong> o parelho <strong>de</strong> barbear é apresentado noApêndice L. Foram <strong>de</strong>claradas oportunida<strong>de</strong>s nos quadrantes 5 (Tabela 4.3), 6(Tabela 4.4) e 5 e 6 combinados (Tabela 4.5). O Apêndice M apresenta o portfólio <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s dos respectivos quadrantes.Viu-se que o mo<strong>de</strong>lo permitiu explorar novos objetivos, <strong>de</strong>correntes do produto<strong>de</strong> partida, como o <strong>de</strong> retirar bolinhas formadas nos tecidos <strong>de</strong> roupas e o <strong>de</strong>higienizar a<strong>para</strong>to <strong>para</strong> barba. Po<strong>de</strong>-se verificar no mapa mental do CPO que algunsPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 172campos dos quadrantes <strong>de</strong> saída foram parcialmente preenchidos. Estacaracterística ilustra o caráter exploratório (divergente) do mo<strong>de</strong>lo e a suacapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento das informações no estágio 3 (convergente).Tabela 4.3: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 da aplicação preliminar.“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (fazer a barba/barbear), que possua os seguintesatributos nunca ofertados pelo setor: (Prazer e diversão no barbear; Proteção da pele contra irritaçõese ressecamento; Proteção da pele contra cortes em cravos, espinhas, rugas, verrugas e flaci<strong>de</strong>z);sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setor e sem valor <strong>para</strong> o mercado (variações dosprodutos); com mais dos seguintes atributos comuns às ofertas do setor: (Higiene e saú<strong>de</strong>;Manutenção; Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>para</strong> barba completa e ajustes em bigo<strong>de</strong>s e cavanhaques; qualida<strong>de</strong>do barbear); e com menos dos seguintes atributos comuns às ofertas do setor: (Preço da experiência;Dependência da marca do aparelho; Sofisticação tecnológica).”Tabela 4.4: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 6 da aplicação preliminar.“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (fazer a barba/barbear), que possua os seguintesatributos nunca ofertados pelo setor: (Multiuso; Prazer e diversão no barbear; Proteção da pele contrairritações e ressecamento; Proteção da pele contra cortes em cravos, espinhas, rugas, verrugas eflaci<strong>de</strong>z); sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setor e sem valor <strong>para</strong> o mercado(Variações dos produtos; <strong>de</strong>pendência da marca do aparelho); com mais dos seguintes atributoscomuns às ofertas do setor: (Higiene e saú<strong>de</strong>; Disponibilida<strong>de</strong> (distribuição); e com menos dosseguintes atributos comuns às ofertas do setor: (Preço da experiência).”Tabela 4.5: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 e 6 da aplicação preliminar.“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (fazer a barba/barbear), que possua os seguintesatributos nunca ofertados pelo setor: (Multiuso; Prazer e diversão no barbear; Proteção da pele contrairritações e ressecamento; Proteção da pele contra cortes em cravos, espinhas, rugas, verrugas eflaci<strong>de</strong>z); sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setor e sem valor <strong>para</strong> o mercado(Variações dos produtos; Dependência da marca do aparelho); com mais dos seguintes atributoscomuns às ofertas do setor: (Higiene e saú<strong>de</strong>; Manutenção; Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>para</strong> barba completa eajustes em bigo<strong>de</strong>s e cavanhaques; Qualida<strong>de</strong> do barbear; Disponibilida<strong>de</strong> (distribuição)); e commenos dos seguintes atributos comuns às ofertas do setor: (Preço da experiência; Sofisticaçãotecnológica).”Ao todo, 17 idéias <strong>de</strong> novos produtos foram registradas no mapa mental(Tabela 4.6).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 173Tabela 4.6: Relação <strong>de</strong> idéias registradas no eixo “como” da aplicação preliminar.Barbeador elétrico que produz e ejeta espuma <strong>de</strong> barbear automaticamente no rostoCabeça removível <strong>para</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong> tirar bolinhas <strong>de</strong> roupas, po<strong>de</strong> seracoplada em aparelhos diversos, sofisticados ou econômicosCabeça <strong>de</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong> rostos com espinha, po<strong>de</strong> ser acoplada em aparelhosdiversos, sofisticados ou econômicosAparelho <strong>de</strong> barbear <strong>de</strong>scartável especial <strong>para</strong> adolescentesGel pós-barba <strong>para</strong> cicatrização rápida <strong>de</strong> cortes na peleKit econômico <strong>de</strong> aparelhos sofisticadosAparelho <strong>de</strong> barbear <strong>para</strong> cegosSabonete <strong>para</strong> banho e barbaSabonete pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> barba, xampu e condicionador <strong>para</strong> banhoAparelho <strong>de</strong> barba econômico que permite acoplamento <strong>de</strong> cabeças <strong>de</strong> lâminas <strong>de</strong> outros fabricantes,sofisticadas ou econômicasBarbeador elétrico que aquece a pele ou a água <strong>para</strong> barbearBarbeador a raio-laser, portátilCondicionador <strong>de</strong> cabelos e pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> barbaXampu e pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> barbaSistema <strong>para</strong> secagem e esterilização <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> barbearKit <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong> pré-adolescentes "kit minha primeira barba"Conjunto <strong>de</strong> cabeças removíveis <strong>para</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong> tirar bolinhas <strong>de</strong> roupas, efazer a barba, po<strong>de</strong> ser acoplada em aparelhos diversos, sofisticados ou econômicosA título <strong>de</strong> exemplo <strong>de</strong> preenchimento, não foi <strong>de</strong>senvolvido o questionárioestruturado <strong>de</strong> saída, nem mesmo a lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong>novos produtos. Optou-se por verificar as dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pelosparticipantes do experimento com a proposta original, sem um exemplo <strong>de</strong>preenchimento.4.12 DISCUSSÕES E CONCLUSÕES DO CAPÍTULO 4Nota-se que o mo<strong>de</strong>lo proposto apresenta aspectos positivos e negativos. Eleconsegue en<strong>de</strong>reçar algumas lacunas metodológicas da FFE (como o processoPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 174exploratório entre outras), mas <strong>de</strong>ixa outras <strong>de</strong>scobertas, como a previsão <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s futuras, entre outras.O processo não é plenamente sistemático, pois <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do processamentotácito <strong>de</strong> informações por seus praticantes. Contudo, o mo<strong>de</strong>lo fornece umaestrutura e um procedimento <strong>de</strong> exploração e processamento <strong>de</strong> informações queauxilia a explicitar o processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e o trabalho emequipe nessa tarefa. Po<strong>de</strong>-se dizer que o mo<strong>de</strong>lo explicita parte do processo tácito eassim permite o compartilhamento <strong>de</strong>ste em equipe.O resultado final se dá na forma da <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> um problema potencial queuma parcela consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> compradores está disposta a pagar por uma solução.Esta saída po<strong>de</strong> ser a entrada do projeto informacional. Caso o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDP daempresa exija a geração <strong>de</strong> idéias <strong>para</strong> entrada no processo, ou <strong>para</strong> estudos <strong>de</strong>portfólio, a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser empregada como problema ouobjetivo a ser explorado com diferentes métodos <strong>de</strong> estímulo à criativida<strong>de</strong>, como ospropostos por King e Schlicksupp (1999).A abordagem não elimina a serendipida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> prospecção. Insights<strong>de</strong> novos produtos são capturados no processo. Porém, o seu foco não são asidéias (i. e. formas <strong>de</strong> resolver o problema central da oportunida<strong>de</strong>). As idéiaseventualmente registradas pelos pesquisadores durante o processo po<strong>de</strong>m servircomo catalisadoras <strong>de</strong> novas idéias nas seções <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> e po<strong>de</strong>m seradicionadas às idéias geradas por essas práticas <strong>para</strong> avaliação conjunta.Nota-se que a abordagem proposta se fundamenta consi<strong>de</strong>ravelmente naspráticas <strong>de</strong> VOC. Estas, apesar <strong>de</strong> custosas, permitem a obtenção <strong>de</strong> informaçõesnem sempre disponíveis em bases <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> baixo custo. Assim, o mo<strong>de</strong>lomescla as práticas <strong>de</strong> busca que envolvem dados primários e secundários comoforma <strong>de</strong> viabilizar a sua exeqüibilida<strong>de</strong>.O mo<strong>de</strong>lo permite que gran<strong>de</strong> parte do trabalho seja executada por inferênciasresultantes do conhecimento prévio dos pesquisadores. Apesar disto viabilizar aexecução com os recursos <strong>de</strong> pessoal da empresa, po<strong>de</strong> embutir vieses nosresultados. Contudo, é enfatizado que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos mecanismos <strong>de</strong>PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 175exploração empregados, o resultado sempre <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado como umaoportunida<strong>de</strong> potencial.A aplicação do questionário estruturado, seguindo as orientações <strong>de</strong> pesquisaquantitativa, como sugere as melhores práticas do marketing (ver Malhotra (2006)),ten<strong>de</strong> a verificar a existência <strong>de</strong>sse potencial e a explicitar os eventuais vieses. Nãose i<strong>de</strong>ntificou outra forma <strong>de</strong> verificar, <strong>de</strong> maneira controlável, o potencial <strong>de</strong> umaoportunida<strong>de</strong> senão com os métodos quantitativos.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 1765 AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL DO MODELOA seguir apresentam-se os experimentos projetados e realizados <strong>para</strong> testeprático do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos proposto. Também, são apresentados osresultados obtidos com as equipes e as suas implicações na proposta.Na Figura 5.1 é apresentado o caminho metodológico percorrido até o presentecapítulo. Nota-se que, após a análise dos resultados do experimento, viu-se anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incorporação <strong>de</strong> algumas melhorias propostas pelos praticantes,que levaram a uma reformulação <strong>de</strong> algumas partes do mo<strong>de</strong>lo.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 177Figura 5.1: Caminho metodológico percorrido até o Capítulo 5.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 1785.1 EXPERIMENTOS PROJETADOSDesenvolveram-se dois experimentos <strong>para</strong> teste do mo<strong>de</strong>lo proposto, sendoum piloto e outro final.O experimento piloto foi realizado no dia 20 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2009 e oexperimento final foi realizado nos dias 22 e 24 <strong>de</strong> outubro do mesmo ano. Foramreunidas 14 pessoas e estas foram agrupadas em duplas, totalizando um grupopiloto, um grupo <strong>de</strong> controle e cinco grupos <strong>para</strong> teste do mo<strong>de</strong>lo. Os gruposreceberam a mesma tarefa, porém o grupo <strong>de</strong> controle não teve orientações quantoa quaisquer mecanismos <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. A seguir, sãoapresentados <strong>de</strong>talhes dos testes realizados.5.1.1 Perfil dos grupos participantesComo visto anteriormente, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>substancialmente do conhecimento prévio dos indivíduos e também <strong>de</strong> suahabilida<strong>de</strong> com as técnicas <strong>de</strong> pesquisa qualitativa.Assim, a equipe i<strong>de</strong>al seria composta <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>tentoras <strong>de</strong>ssesconhecimentos e habilida<strong>de</strong>s, além <strong>de</strong> serem representativas dos perfis profissionaisdos potenciais usuários do mo<strong>de</strong>lo. Desta forma, buscaram-se reunir profissionaisdos perfis <strong>de</strong> atuação apresentados na Tabela 5.1.Tabela 5.1: Perfil <strong>de</strong> atuação dos grupos.Perfil <strong>de</strong> atuação GPt GC G1 G2 G3 G4 G5Indústria X X X XAca<strong>de</strong>mia X XProjetistas novos X XMarketingXNota-se que o Grupo Piloto (GPt), é composto <strong>de</strong> dois profissionais comatuação na indústria e experiência com o PDP (são dois especialistas em Gestão <strong>de</strong>Desenvolvimento <strong>de</strong> Produtos – GDP). O Grupo <strong>de</strong> Controle (GC) é composto <strong>de</strong> umprofissional experiente e representativo da indústria (gerente <strong>de</strong> P&D <strong>de</strong> umaPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 179empresa <strong>de</strong>senvolvedora <strong>de</strong> produtos eletrônicos <strong>de</strong> Curitiba) e um projetistainiciante no âmbito do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos. O Grupo 1 (G1) écomposto <strong>de</strong> dois profissionais atuantes na indústria e com graduação na área <strong>de</strong>engenharia. O Grupo 2 (G2) é composto <strong>de</strong> dois profissionais atuantes na indústria ena aca<strong>de</strong>mia, com mestrado em engenharia mecânica com ênfase na área <strong>de</strong>manufatura. Estes dois profissionais também possuem especialização em GDP. OGrupo 3 (G3) conta com dois profissionais com treinamento em marketing. O Grupo4 (G4) conta com duas profissionais atuantes na aca<strong>de</strong>mia, sendo uma commestrado em engenharia mecânica com ênfase em manufatura e outra especialistaem ergonomia e mestranda em Design. O Grupo 5 (G5) é composto <strong>de</strong> doisprojetistas iniciantes, estudantes do curso <strong>de</strong> engenharia mecânica.Na Tabela 5.2 apresentam-se os nomes dos participantes e seus respectivosgrupos.Tabela 5.2: Participantes e seus respectivos grupos.Participantes GP GC G1 G2 G3 G4 G5Flávio LeonelCarlos Eduardo Pimpão BlumeXXDavid KretschekCláudio NavarroXXSezinando Ribeiro dos SantosEdu BackXXJuliane Bassi PadilhaTiago Rodrigues WellerXXThiago André RossiAna Caroline PadilhaXXOksana Alphonse DibGheysa PradoXXGustavo Giacomel KutianskiMateus RobertoXXPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 180A seguir, são apresentados alguns <strong>de</strong>talhes dos experimentos.5.1.2 Declaração da tarefa do experimentoA todos os grupos participantes foi apresentado o seguinte cenário:a) Empresa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte do ramo <strong>de</strong> higiene pessoal;b) Atuação global;c) Estratégia genérica <strong>de</strong> diferenciação e baixo custo.Com base neste cenário, os participantes foram imbuídos da tarefa <strong>de</strong>prospectar oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong> novos produtos a partir <strong>de</strong> uma escova <strong>de</strong><strong>de</strong>nte da marca Oral-B mo<strong>de</strong>lo Advantage-Plus (produto <strong>de</strong> partida).5.1.3 Recursos disponibilizados às equipesForam disponibilizadas diferentes combinações dos seguintes recursos àsequipes <strong>para</strong> a execução da tarefa:a) Computador com acesso a internet;b) Painel flipchart com marcadores e papeletas Post-it;c) Softwares e arquivos <strong>de</strong> referência <strong>para</strong> execução do mo<strong>de</strong>lo proposto(versão digital);d) Papel e lápis <strong>para</strong> anotações diversas;e) Produtos <strong>para</strong> teste e ambiente <strong>para</strong> teste;f) Mo<strong>de</strong>lo do CPO em ma<strong>de</strong>ira e cópia impressa da apresentação e da tabela<strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobramento do mo<strong>de</strong>lo;g) Exemplo <strong>de</strong> preenchimento do mapa mental do CPO e do portfólio <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s (versão digital).Ao GPt foram disponibilizados os itens <strong>de</strong> “a” a “f” e <strong>para</strong> o GC apenas os itens<strong>de</strong> “a” a “e”, sendo que, <strong>para</strong> este o arquivo <strong>de</strong> referência era relativo ao relatório aser entregue. Para os grupos <strong>de</strong> 1 a 5 foram disponibilizados todos os itens<strong>de</strong>scritos. Além <strong>de</strong>sses itens, solicitou-se às equipes que trouxessem uma câmerafotográfica digital <strong>de</strong> casa, se possível, assim como o cabo <strong>para</strong> a retirada dasPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 181imagens, na eventual necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização das mesmas. A seguir sãocomentadas algumas particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sses itens.Foram adquiridas e distribuídas quatro escovas <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte da marca Oral-Bmo<strong>de</strong>lo Advantage-Plus (Figura 5.2), com o preço <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> R$ 8,49. O mo<strong>de</strong>lopo<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como intermediário em temos que sofisticação e preço. Foidisponibilizada uma escova <strong>para</strong> cada dupla.Figura 5.2: Escovas <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte Oral-B Advantage-Plus.As escovas disponibilizadas eram novas. Um espaço foi <strong>de</strong>stinado <strong>para</strong> testedos produtos. Além <strong>de</strong>sses produtos, também foram <strong>de</strong>ixados disponíveis outrosinstrumentos utilizados <strong>para</strong> a higiene bucal como:a) Escova elétrica pulsante da marca Oral-B mo<strong>de</strong>lo Pulsar;b) Escova elétrica oscilante da marca Oral-B, mo<strong>de</strong>lo Crossaction;c) Escova <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte com cabo emborrachado da marca Oral-B, mo<strong>de</strong>loAdvantage-Plus, <strong>de</strong>sgastada;d) Fio <strong>de</strong>ntal;e) Pastas <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte;f) Enxaguante bucal;PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 182g) Toalhas <strong>para</strong> secagem.Contudo, aos grupos só foi mencionada a existência <strong>de</strong> mais produtosrelacionados à higiene bucal, e que só seriam disponibilizados <strong>para</strong> observação sesolicitados pela dupla. Nenhum dos grupos o fez.Foram confeccionados 45 blocos (cinco conjuntos, Figura 5.3) coloridos <strong>de</strong>ma<strong>de</strong>ira <strong>para</strong> facilitar o entendimento dos princípios do CPO. A cada dupla foidisponibilizado um conjunto, menos ao grupo <strong>de</strong> controle.Figura 5.3: Mo<strong>de</strong>los em ma<strong>de</strong>ira do CPO.A cópia impressa da apresentação seguiu as particularida<strong>de</strong>s dos diferentesgrupos. O GPt recebeu uma cópia colorida da primeira versão <strong>de</strong>stinada <strong>para</strong>treinamento. A segunda versão <strong>de</strong>stinada aos grupos <strong>de</strong> 1 a 5 apresentou maisconteúdo e explicações que a primeira. A apresentação disponibilizada ao GCapresentava essencialmente orientações quanto à tarefa.Aos grupos <strong>de</strong> 1 a 5 foi apresentada e disponibilizada uma cópia do mapamental do CPO e portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvido como exemplo,apresentados na Seção 4.11 e nos Apêndices L e M.5.1.4 Questionário elaborado <strong>para</strong> o experimentoForam <strong>de</strong>senvolvidos dois questionários, um <strong>para</strong> as equipes <strong>de</strong> teste domo<strong>de</strong>lo e outro <strong>para</strong> o grupo <strong>de</strong> controle. O questionário <strong>para</strong> os praticantes domo<strong>de</strong>lo é apresentado no Apêndice N, e <strong>para</strong> o grupo <strong>de</strong> controle no Apêndice O.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 183Ambos os instrumentos visam avaliar a opinião dos participantes. Uma questãoé en<strong>de</strong>reçada <strong>para</strong> verificar o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto em divulgar os resultados daativida<strong>de</strong>, e assim a possibilida<strong>de</strong> dos participantes omitirem alguma oportunida<strong>de</strong>ou idéia <strong>de</strong> novo produto, por consi<strong>de</strong>rá-la proprietária.5.2 EXPERIMENTO PILOTOO experimento piloto foi o primeiro experimento realizado com a proposta. Elefoi realizado no dia 20 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2009, em ambiente controlado, nas instalaçõesdo laboratório Legio, no campus Curitiba da <strong>UTFPR</strong>. Nele partici<strong>para</strong>m doisprofissionais relativos ao GPt.Um dos profissionais possui 12 anos <strong>de</strong> experiência na área <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos, mas mencionou não ter experiência comi<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. O outro possui oito anos <strong>de</strong> experiência com<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e cinco anos <strong>de</strong> experiência com a i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos. Um dos participantes é <strong>de</strong>signer <strong>de</strong> produtose o outro é engenheiro mecânico, ambos têm especialização em GDP.A agenda do evento apresentou com os seguintes tópicos:a) Definições e conceitos elementares;b) Cubo <strong>de</strong> Prospecção <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s;c) Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s;d) Apresentação e esclarecimento da tarefa;e) Questionário <strong>de</strong> avaliação da proposta;f) Discussões e coffee-break.O teste constituiu <strong>de</strong> uma apresentação <strong>de</strong> pouco mais <strong>de</strong> 25 minutos acercado tema, mo<strong>de</strong>lo e tarefa, seguida do início da mesma. A última interferência doinstrutor foi realizada quinze minutos após o início da ativida<strong>de</strong>. O início da tarefaocorreu às 19h 30min e terminou aproximadamente às 21h, com a chamada doinstrutor pelos participantes. Posteriormente, foram efetuados os tópicos “e” e “f” daagenda.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 1845.2.1 Resultados do experimento pilotoVerificou-se que as orientações dadas no experimento piloto não foramsuficientes <strong>para</strong> a realização da tarefa com o mo<strong>de</strong>lo proposto.A equipe reportou dificulda<strong>de</strong>s na execução da tarefa com o mo<strong>de</strong>lo. Osparticipantes respon<strong>de</strong>ram parcialmente os campos do mapa mental do CPO e nãoconseguiram utilizar o portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e o questionário estruturado <strong>de</strong>saída. Não houve <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>.Apenas os campos relativos ao produto <strong>de</strong> partida e ao cliente <strong>de</strong> partida forampreenchidos como esperado, além da divisão <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos do eixo“como”. As seguintes idéias <strong>de</strong> novos produtos foram relacionadas, sem associaçãoa algum quadrante <strong>de</strong> saída em específico (Tabela 5.3).Tabela 5.3: Relação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos do GPt.Parte da cabeça da escova que liberasse anti-sépticoEscova com <strong>de</strong>sign diferenciadoRevestimento da escova que não permite a proliferação <strong>de</strong> bactérias e fungosIncluir um limpador <strong>de</strong> língua na cabeça da escova, com o mesmo material do corpoFormas mais anatômicasEscova que se adapte a diferentes características <strong>de</strong> arcadas <strong>de</strong>ntáriasAs respostas foram sobremaneira genéricas, e apenas três atributos <strong>de</strong> valorforam listados nos quadrantes <strong>de</strong> saída. Verificou-se que os praticantes nãoutilizaram o flipchart e as papeletas a<strong>de</strong>sivas Post-it, e também não experimentaramo produto na área <strong>para</strong> teste.5.2.2 Respostas dos questionários aplicados ao grupo pilotoOs participantes reportaram pelo questionário, que o tempo <strong>para</strong> compreensãodos estágios do mo<strong>de</strong>lo foi insuficiente, <strong>de</strong>vido à complexida<strong>de</strong> do processo e falta<strong>de</strong> explicação a<strong>de</strong>quada do mo<strong>de</strong>lo e do preenchimento do mapa mental do CPO.Eles mencionaram também que o tempo <strong>para</strong> a realização do experimento foiinsuficiente <strong>de</strong>vido à amplitu<strong>de</strong> do mesmo. Não houve orientação <strong>de</strong> trabalho emPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 185quadrantes específicos. Os participantes foram expostos a todas as possibilida<strong>de</strong>sdo mo<strong>de</strong>lo.Os participantes sentiram necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais orientações além daquelasfornecidas no início do processo e presentes na documentação, sobretudo <strong>de</strong>exemplos <strong>de</strong> preenchimento dos formulários.Os respon<strong>de</strong>ntes divergiram nas respostas quanto ao êxito da ativida<strong>de</strong>. Umacredita não ter tido êxito e o outro não soube respon<strong>de</strong>r.Um dos participantes mencionou haver relação <strong>de</strong> alguma oportunida<strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificada com uma experiência prévia. Os participantes não se sentem<strong>de</strong>sconfortáveis em divulgar as informações obtidas com o experimento.Os dois respon<strong>de</strong>ntes acreditam que o conceito do CPO facilita o entendimentoda tarefa <strong>de</strong> exploração. Porém, assinalaram terem dificulda<strong>de</strong> com o conceito <strong>de</strong>mapa mental <strong>para</strong> busca e exposição <strong>de</strong> informações em equipe, mesmo tendofacilida<strong>de</strong> na utilização do software empregado.Os dois respon<strong>de</strong>ntes, mesmo com as dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas, acreditam quepo<strong>de</strong>riam <strong>de</strong>scobrir mais oportunida<strong>de</strong>s com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> prospecção proposto.Segundo um <strong>de</strong>les, a proposta apresenta potencial <strong>de</strong> acelerar o processo <strong>de</strong>prospecção. O outro membro não soube respon<strong>de</strong>r.Ambos acreditam que possam i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s sistematicamente coma proposta. Ambos conseguem visualizar idéias <strong>de</strong> novos produtos a partir da<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>. Porém, a dupla não teve êxito na <strong>de</strong>claração.Eles assinalaram que, <strong>para</strong> a busca <strong>de</strong> informações sobre problemas relativosaos quadrantes <strong>de</strong> entrada do mo<strong>de</strong>lo, foram feitas especulações com o emprego <strong>de</strong>brainstorming.Um dos participantes reportou que os pontos fortes da proposta são o mapamental do CPO e a lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong> novos produtos.O outro acredita que os pontos fortes sejam o portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e adistinção entre oportunida<strong>de</strong> e idéia. Quanto aos pontos fracos, o outro respon<strong>de</strong>nteapontou a distinção entre oportunida<strong>de</strong> e idéia e ambos assinalaram como sendo oprocedimento (tabela <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobramento).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 186Ambos os respon<strong>de</strong>ntes acham necessárias modificações no mo<strong>de</strong>lo nosentido <strong>de</strong> simplificá-lo e <strong>de</strong> especificar mais claramente as informações requeridas.Mesmo com as dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas, ambos utilizariam complementarmente aproposta <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Para tal, um dos participantesmencionou que adicionaria processos intuitivos complementares.Ambos os participantes mencionaram ter participado <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s anteriormente. Um <strong>de</strong>les assinalou ter conhecimentobásico sobre o tema enquanto o outro reportou conhecimento avançado, ao ser uma<strong>de</strong> suas funções <strong>de</strong> trabalho.Nenhum dos participantes leu a obra <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005), mas um dosparticipantes assinalou ter lido artigos sobre o tema.5.2.3 Discussões realizadas com o grupo pilotoOs participantes reportaram muita dificulda<strong>de</strong> <strong>para</strong> compreen<strong>de</strong>r a forma <strong>de</strong>preenchimento do mapa mental do CPO. Apesar das notas e orientações presentesno documento, elas não apresentavam exemplos que facilitassem o preenchimentodos campos.Uma frase mencionada por um dos participantes acerca do treinamentoefetuado resume o tom das discussões: “...é como ouvir uma canção, você ouve aspartes, acha interessante, mas como ela passa rápido e <strong>de</strong> uma só vez, você nãoconsegue cantá-la sozinho...”Os participantes acharam a proposta um tanto complexa <strong>para</strong> sercompreendida em um treinamento <strong>de</strong> 25 minutos. Apesar <strong>de</strong> não teremcompreendido o mo<strong>de</strong>lo na íntegra os participantes acharam a propostainteressante. Segundo eles, uma das falhas do treinamento foi não explicitar anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abstração no estágio 2 e a falta <strong>de</strong> exemplos práticos <strong>para</strong>referência do quê se esperava com a ativida<strong>de</strong>.Os mesmos reportaram ter uma orientação à solução, à geração <strong>de</strong> idéias. Istoficou premente nos resultados obtidos. Eles também enfrentaram problemas com aorientação estratégica <strong>de</strong> diferenciação e baixo custo, expressa no cenário da tarefa.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 187Segundo um dos participantes, isto é incomum, pois geralmente ou se procuradiferenciação ou baixo custo.Um dos participantes comentou que, na empresa em que trabalha, os novosprodutos são <strong>de</strong>finidos pela alta direção ou por visitas em exposições tecnológicasdo setor, seguida da geração <strong>de</strong> idéias. Também, foi mencionado que o<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> vendas geralmente <strong>de</strong>fine os novos produtos e os ven<strong>de</strong> semmaiores estudos. Porém, segundo ele houve casos em que o produto, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>pronto, não tinha nenhuma relação com os problemas enfrentados pelos clientes.Sabe-se que esta prática é nociva aos recursos <strong>de</strong> qualquer empresa.Segundo ele a empresa tem buscado se diferenciar com a estratégia <strong>de</strong>negócios e não apenas com os novos produtos. Mudanças no sistema <strong>de</strong>distribuição entre outros tem tido maior retorno que as diferenciações com produtos.Ele mencionou que, recentemente, a direção tomou ações inspiradas nos conceitosda EOA, mas que não houve uma aplicação metodológica da abordagem <strong>de</strong> Kim eMauborgne (2005).5.2.4 Melhorias incorporadas no experimento finalCom o teste piloto foi possível observar que, em um primeiro momento, serianecessária uma maior duração <strong>de</strong> treinamento e também algumas modificaçõesmo<strong>de</strong>lo, como a inclusão <strong>de</strong> exemplos <strong>de</strong> preenchimento nas orientações.Contudo, optou-se por incorporar modificações apenas no treinamento e naapresentação do mesmo. A principal modificação ocorreu com a elaboração <strong>de</strong> umexemplo <strong>de</strong> preenchimento do mapa mental do CPO e do portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s,apresentado na Seção 4.11. Ele foi inserido na apresentação e disponibilizado <strong>para</strong>consultas durante o experimento final.O tempo <strong>de</strong> treinamento foi ampliado <strong>para</strong> 90 minutos. Também, foramincluídos sli<strong>de</strong>s na apresentação referentes a algumas <strong>de</strong>finições e conceitos. Oesquema da Figura 3.1 acerca da segmentação e <strong>de</strong>-segmentação foi incluído e oconceito <strong>de</strong> abstração <strong>para</strong> a coleta <strong>de</strong> informações <strong>para</strong> então convergir oraciocínio foi enfatizado.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 188Foi estimulado o contato com o mo<strong>de</strong>lo, durante a apresentação, com dicas <strong>de</strong>utilização do software. Constatou-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explorar um mapa mental emconjunto e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explorar um exemplo <strong>de</strong> preenchimento em conjunto,mesmo que uma parcela simples do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ponta a ponta (como o trabalho doquadrante 1, <strong>de</strong> entrada, ao 5, <strong>de</strong> saída.Com a realização da aplicação preliminar, verificou-se que dificilmente asequipes teriam capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explorar todas as possibilida<strong>de</strong>s en<strong>de</strong>reçadas nomapa mental do CPO em um trabalho <strong>de</strong> aproximadamente três horas. Desta forma,induziu-se que as equipes procurassem explorar o quadrante 1, <strong>de</strong> entrada, e oquadrante 5, <strong>de</strong> saída, <strong>para</strong> então preencherem o portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e oquestionário estruturado <strong>de</strong> saída. Havendo tempo suficiente elas po<strong>de</strong>riam voltar aoestágio 2 <strong>para</strong> explorar novas informações relativas aos eixos, ao estágio 2 <strong>para</strong> olevantamento <strong>de</strong> problemas e <strong>para</strong> o estágio 3 e 4, <strong>para</strong> finalização do trabalho.Assim, seria possível verificar o comportamento do mo<strong>de</strong>lo nos quatro estágiospropostos, mesmo que sem uma exploração exaustiva <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s. Com isto,partiu-se <strong>para</strong> o experimento final.5.3 EXPERIMENTO FINALHouve três seções <strong>de</strong> experimentais envolvendo os grupos <strong>de</strong> 1 a 5. A primeiraocorreu no dia 22 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2009, com o G1, a segunda e a terceira ocorreramno dia 24 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2009, sendo uma seção pela manhã, com o GC, o G2 e oG3, e outra à tar<strong>de</strong>, com o G4 e o G5.Todas as seções ocorreram em ambiente controlado, nas instalações dolaboratório Legio, laboratório Ti<strong>de</strong>p e na sala <strong>de</strong> reuniões do Citec, no campusCuritiba da <strong>UTFPR</strong>. Todos os grupos foram isolados um dos outros.A agenda do experimento final apresentou os seguintes tópicos, que resumemas ativida<strong>de</strong>s realizadas:a) Definições e conceitos elementares;b) Cubo <strong>de</strong> Prospecção <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s;c) Mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvido;PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 189d) Exemplo <strong>de</strong> aplicação;e) Apresentação e esclarecimento da tarefa;f) Questionário <strong>de</strong> avaliação da proposta;g) Discussões e coffee-break.Nota-se que foi adicionado um tópico a mais, em relação ao experimento piloto,relativo ao exemplo <strong>de</strong> aplicação e preenchimento dos formulários do mo<strong>de</strong>lo. Comoocorreram três seções experimentais, procurou-se proporcionar treinamentosemelhante (Figura 5.4 e Figura 5.5). A apresentação do primeiro experimento foigravada em áudio e estudada no intuito <strong>de</strong> se manter o mesmo nível <strong>de</strong>informações. Contudo, as diferenças entre os participantes acabaram por embutirpequenas modificações, relativas às duvidas específicas dos participantes.As seções <strong>de</strong> treinamento tiveram em média, duração <strong>de</strong> 105 minutos,aproximadamente. Algumas equipes solicitaram esclarecimentos durante aapresentação, ocasionando oscilações no tempo <strong>de</strong> treinamento.Figura 5.4: Fotos do experimento – treinamento e apresentação da tarefa.Embora tenha sido projetada uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospecção com duraçãomáxima <strong>de</strong> três horas, as equipes encerraram suas ativida<strong>de</strong>s em média uma hora equarenta e nove minutos após o término do treinamento e início da tarefa (Tabela5.4). A última interferência do instrutor ocorreu após quinze minutos do início daativida<strong>de</strong>. Poucos esclarecimentos foram solicitados pelos participantes nesteperíodo.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 190Tabela 5.4: Duração da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospecção dos grupos.GC G1 G2 G3 G4 G5Início 9:20 20:30 11:10 11:07 16:15 16:12Término 12:09 22:10 13:26 12:40 17:57 18:05Duração 2h e 49 min. 1h e 40 min. 2h e 16 min. 1h e 33 min. 1h e 42 min. 1h e 53 min.Figura 5.5: Fotos dos grupos participantes do experimento e do grupo <strong>de</strong> controle.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 1915.3.1 Resultados do experimento finalTodas as equipes conseguiram i<strong>de</strong>ntificar uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoriaincremental na tarefa proposta. Todas elas conseguiram trabalhar satisfatoriamentecom o mapa mental do CPO e com o portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Contudo, houveproblemas na conversão da <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> no questionário estruturado<strong>de</strong> saída. Apenas um grupo não registrou idéias <strong>de</strong> novos produtos. Em geral, asequipes preencheram os eixos do mo<strong>de</strong>lo e quadrantes satisfatoriamente. A seguir,são comentados os resultados por grupo.5.3.1.1 Resultados do grupo 1Os campos relativos ao produto, cliente e objetivo <strong>de</strong> partida foram preenchidosa<strong>de</strong>quadamente.As barreiras enfrentadas e superadas com o produto <strong>de</strong> partida forampreenchidas satisfatoriamente, embora não tenham sido reportados alguns produtoscomplementares e substitutos no eixo “como”. 20 barreiras foram relatadas. Contudonem todas foram relacionadas e transformadas em atributos <strong>de</strong> valor. Não ficou claraa conversão dos mesmos. Foi <strong>de</strong>clarada uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoria incremental<strong>de</strong> quadrante 5 (Tabela 5.5) 5 .Tabela 5.5: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 do G1.“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (realizar limpeza bucal eficiente), que possua osseguintes atributos nunca ofertados pelo setor: (manutenção e higienização das escovas); sem osseguintes atributos comuns às ofertas do setor e sem valor <strong>para</strong> o mercado (qualida<strong>de</strong> somente emprodutos <strong>de</strong> alto preço); com mais dos seguintes atributos comuns às ofertas do setor: (qualida<strong>de</strong> daescovação e fácil higienização da escova); e com menos dos seguintes atributos comuns às ofertasdo setor: (sofisticação da embalagem).”Nenhuma idéia foi relacionada a um quadrante <strong>de</strong> saída específico, mas houveidéias registradas no eixo “como” (Tabela 5.6).5 Todas as transcrições apresentadas são literais. Foram mantidos os erros <strong>de</strong> digitação e não conformida<strong>de</strong>s com aformatação solicitada aos participantes do experimento.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 192Tabela 5.6: Relação <strong>de</strong> idéias registradas no eixo “como” pelo G1.Escova <strong>de</strong>ntal com dosador <strong>de</strong> creme <strong>de</strong>ntalEscova com regulagem da altura das cerdasCabo da escova com tamanho ajustávelEscova com proteção anti bactériaEmbalagem que faz a limpeza da escovaMaterial das cerdas mais resistente e não agressivo à gengivaTubo <strong>de</strong> creme <strong>de</strong>ntal com 2 saídasA oportunida<strong>de</strong> foi transcrita <strong>para</strong> o portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadamente.Contudo a transição <strong>para</strong> o questionário estruturado <strong>de</strong> saída não ocorreu damaneira como esperada, embora a forma final <strong>de</strong>ste elemento seja particular aointeresses <strong>de</strong> investigação da equipe. A equipe focou no problema <strong>de</strong> manutenção ehigienização da escova e não no problema <strong>de</strong>clarado na oportunida<strong>de</strong>.5.3.1.2 Resultados do grupo 2Os campos relativos ao produto, cliente e objetivo <strong>de</strong> partida foram preenchidosa<strong>de</strong>quadamente. As barreiras enfrentadas e superadas com o produto <strong>de</strong> partidaforam preenchidas satisfatoriamente, embora não tenham sido reportados algunsprodutos complementares e substitutos no eixo “como”. 24 barreiras foram relatadas.A transformação das mesmas em atributos <strong>de</strong> valor foi satisfatória. Foi <strong>de</strong>claradauma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoria incremental <strong>de</strong> quadrante 5 (Tabela 5.7).Tabela 5.7: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 do G2.“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (escovar a boca), que possua os seguintes atributosnunca ofertados pelo setor: Prazer e diversão na escovação; Proteção contra infecções e irritações;Máxima remoção <strong>de</strong> placa bacteriana; Facilida<strong>de</strong> no manuseio da escova; Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escovação<strong>de</strong> língua, bochecha e locais <strong>de</strong> difícil acesso sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setore sem valor <strong>para</strong> o mercado (Dependência da marca no caso das escovas elétricas); com mais dosseguintes atributos comuns às ofertas do setor: (Higiene e saú<strong>de</strong>; Manutenção da escova; Qualida<strong>de</strong>da escovação); e com menos dos seguintes atributos comuns às ofertas do setor: (Preço daexperiência; Dependência da marca da escova; Sofisticação do produto).”Nenhuma idéia <strong>de</strong> novo produto foi registrada por esta equipe. A oportunida<strong>de</strong>foi transcrita <strong>para</strong> o portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadamente. A transição <strong>para</strong> oquestionário estruturado <strong>de</strong> saída foi satisfatória, embora precise <strong>de</strong> alguns ajustes.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 193A equipe focou no problema <strong>de</strong>clarado na oportunida<strong>de</strong>. Nota-se que, no caso <strong>de</strong>uma melhoria incremental, a primeira pergunta se torna um tanto óbvia, ao menos<strong>para</strong> o estudo em questão.5.3.1.3 Resultados do grupo 3Os campos relativos ao produto, cliente e objetivo <strong>de</strong> partida foram preenchidosa<strong>de</strong>quadamente. Contudo, um novo objetivo foi registrado <strong>de</strong> forma equivocada. Aequipe explorou outros eixos do mo<strong>de</strong>lo e respon<strong>de</strong>u algumas questões alaranjadas.As barreiras enfrentadas e superadas com o produto <strong>de</strong> partida forampreenchidas satisfatoriamente, embora não tenham sido reportados alguns produtoscomplementares e substitutos no eixo “como”. 16 barreiras foram relatadas noquadrante 1 e onze barreiras foram registradas no quadrante 2. Contudo nem todasforam relacionadas e transformadas em atributos <strong>de</strong> valor. Não ficou clara aconversão dos mesmos. Foi <strong>de</strong>clarada uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoria incremental<strong>de</strong> quadrante 5 (Tabela 5.8). Nota-se que a <strong>de</strong>claração da oportunida<strong>de</strong> não seguiufielmente ao exemplo, sendo consi<strong>de</strong>rada insatisfatória.Tabela 5.8: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 do G3.“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> escovar os <strong>de</strong>ntes com praticida<strong>de</strong> ao mesmo tempoem que pareça ser algo inovador. Que possua os seguintes atributos nunca ofertados pelo setor:Praticida<strong>de</strong>, higiene ao armazenar os produtos, instrução sobre o modo <strong>de</strong> uso e conservação ; eatraente aos olhos do consumidor sobre formas e cores; sem precisar exclusivamente <strong>de</strong> orientaçãoprofissional <strong>para</strong> a melhor escolha e que seja mais fácil <strong>de</strong> ser localizado ; com mais dos seguintesatributos comuns às ofertas do setor: mais divulgação eficiente, maior distribuição em pontos-<strong>de</strong>vendaalternativos e comunicação <strong>de</strong> uso versátil (além <strong>de</strong> apenas escovar os <strong>de</strong>ntes)”Nenhuma idéia foi relacionada ao quadrante 5, <strong>de</strong> saída, mas houve idéiasregistradas no quadrante 6, <strong>de</strong> saída (Tabela 5.9). Nota-se que a primeira idéia dalista po<strong>de</strong>ria estar registrada em algum dos quadrantes <strong>de</strong> saída relativos aos novosobjetivos.Tabela 5.9: Relação <strong>de</strong> idéias registradas no quadrante 6 do pelo G3.Escova específica <strong>para</strong> limpeza <strong>de</strong> roupasEscova técnica <strong>para</strong> limpeza <strong>de</strong> locais <strong>de</strong> difícil acessoEscova que libere enxaguante bucal enquanto escovaPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 194A oportunida<strong>de</strong> foi transcrita <strong>para</strong> o portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadamente.Contudo, não houve a transição <strong>para</strong> o questionário estruturado <strong>de</strong> saída. A equiperegistrou uma idéia <strong>de</strong> novo produto na lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias<strong>de</strong> novos produtos. Contudo o registro <strong>de</strong>veria ter sido feito no eixo “como”, pois erarelacionada à ativida<strong>de</strong> corrente <strong>de</strong> prospecção.5.3.1.4 Resultados do grupo 4Os campos relativos ao produto, cliente e objetivo <strong>de</strong> partida foram preenchidosa<strong>de</strong>quadamente. A equipe explorou outros eixos do mo<strong>de</strong>lo e respon<strong>de</strong>u algumasquestões alaranjadas a<strong>de</strong>quadamente.As barreiras enfrentadas e superadas com o produto <strong>de</strong> partida forampreenchidas satisfatoriamente, embora não tenham sido esclarecidos os produtosoriginários das barreiras em suas <strong>de</strong>clarações. 29 barreiras foram relatadas noquadrante 1. A conversão das mesmas em atributos <strong>de</strong> valor foi satisfatória, porémapresenta atributos que remetem a características <strong>de</strong> produtos (princípios <strong>de</strong>solução) e solicitação <strong>de</strong> função <strong>de</strong> maneira genérica. Foi <strong>de</strong>clarada umaoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoria incremental <strong>de</strong> quadrante 5 (Tabela 5.10).Tabela 5.10: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 do G4.“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> limpar os <strong>de</strong>ntes, a língua e a gengiva, que possua osseguintes atributos nunca ofertados pelo setor: mais funções adicionais e aumento da sofisticaçãotecnológica como: produtos específicos <strong>para</strong> uma <strong>de</strong>terminada situação, a substituição apenas daparte <strong>de</strong>sgastada do produto; sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setor e sem valor <strong>para</strong>o mercado: variabilida<strong>de</strong>; com mais dos seguintes atributos comuns às ofertas do setor: limpeza ediferenciação; e com menos dos seguintes atributos comuns às ofertas do setor: menosmovimentação das mãos, menos ferimentos à boca e à gengiva e maior firmeza na pega do cabo daescova, relacionados à facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso.”Cinco idéias <strong>de</strong> novos produtos foram registradas a<strong>de</strong>quadamente noquadrante (Tabela 5.11).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 195Tabela 5.11: Relação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> quadrante 5 do G4.Goma <strong>de</strong> mascar ou pastilha que substitua a escovaçãoEscova especial <strong>para</strong> <strong>de</strong>stros e canhotosCabos especiais <strong>para</strong> pessoas idosas ou com alguma dificulda<strong>de</strong> motoraSubstituição apenas da cabeça da escova ou das cerdasProjeto <strong>para</strong> <strong>de</strong>smontagem visando a se<strong>para</strong>ção dos materiais <strong>para</strong> reciclagemA oportunida<strong>de</strong> foi transcrita <strong>para</strong> o portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadamente.Contudo a transição <strong>para</strong> o questionário estruturado <strong>de</strong> saída não ocorreu damaneira como esperada. A equipe focou no problema <strong>de</strong> ferimentos na boca com aescova e não no problema <strong>de</strong>clarado na oportunida<strong>de</strong>. Os <strong>de</strong>mais campos foramconvertidos satisfatoriamente.5.3.1.5 Resultados do grupo 5Os campos relativos ao produto, cliente e objetivo <strong>de</strong> partida foram preenchidosa<strong>de</strong>quadamente, embora pu<strong>de</strong>ssem ter sido adicionados mais <strong>de</strong>talhes. A equipenão explorou outros eixos do mo<strong>de</strong>lo.As barreiras enfrentadas e superadas com o produto <strong>de</strong> partida forampreenchidas satisfatoriamente, embora não tenham sido esclarecidos os produtosoriginários das barreiras em suas <strong>de</strong>clarações. 35 barreiras foram relatadas noquadrante 1. A conversão das mesmas em atributos <strong>de</strong> valor foi satisfatória, porémacredita-se que alguns <strong>de</strong>les merecem retrabalho. Foi <strong>de</strong>clarada uma oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> melhoria incremental <strong>de</strong> quadrante 5 (Tabela 5.12).Tabela 5.12: Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> quadrante 5 do G5.“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> manter a higiene bucal, que possua os seguintesatributos nunca ofertados pelo setor: Maior ciclo <strong>de</strong> vida do produto, Conforto e Prazer na escovação;sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setor e sem valor <strong>para</strong> o mercado Design daescova; com mais dos seguintes atributos comuns às ofertas do setor: Utilização da escova fora <strong>de</strong>casa, Qualida<strong>de</strong> da escovação e Higiene Bucal; e com menos dos seguintes atributos comuns àsofertas do setor: Estética pessoal.”Cinco idéias <strong>de</strong> novos produtos foram registradas a<strong>de</strong>quadamente noquadrante 5 (Tabela 5.13).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 196Tabela 5.13: Relação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> quadrante 5 do G5.Escova com sugador <strong>para</strong> evitar o excesso <strong>de</strong> espumaKit com escova + copo + fio <strong>de</strong>ntal + anti-sépticoCaixa <strong>para</strong> transporte e armazenamentoCapa <strong>para</strong> a cabeça da escovaCabeça <strong>de</strong>scartávelA oportunida<strong>de</strong> foi transcrita <strong>para</strong> o portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadamente.Contudo a transição <strong>para</strong> o questionário estruturado <strong>de</strong> saída não ocorreu damaneira como esperada. A equipe focou no problema do ciclo <strong>de</strong> vida do produto enão no problema <strong>de</strong>clarado na oportunida<strong>de</strong>. Os <strong>de</strong>mais campos foram convertidossatisfatoriamente.5.3.1.6 Resultados do grupo <strong>de</strong> controleO grupo <strong>de</strong> controle contou com a participação <strong>de</strong> um profissional experiente eoutro iniciante no âmbito do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos.O profissional experiente é gerente <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> umaempresa <strong>de</strong>senvolvedora <strong>de</strong> produtos eletrônicos <strong>de</strong> Curitiba. Mais <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong>experiência com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e com três anos <strong>de</strong>experiência com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novosprodutos. O profissional possui titulação em engenharia elétrica e mestrado eminformática industrial.O profissional iniciante em P&D está cursando tecnologia mecatrônica e possuium ano e meio <strong>de</strong> experiência na área e meio ano <strong>de</strong> experiência com ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos.Quanto aos resultados obtidos, verifica-se que, essencialmente, foramsugeridas idéias <strong>de</strong> novos produtos (Tabela 5.14). O raciocínio se balizouessencialmente na forma dos produtos e características dos mesmos. Contudo,nota-se que algumas <strong>de</strong>las en<strong>de</strong>reçam problemas e perfis <strong>de</strong> clientes distintos.Juntamente com a relação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s/idéias, foram adicionados <strong>de</strong>senhosrepresentativos dos novos produtos. Isto caracteriza o raciocínio nos princípios <strong>de</strong>solução e na i<strong>de</strong>ação <strong>de</strong> novos produtos. Percebe-se que diversos problemas foramPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 197en<strong>de</strong>reçados nessas soluções, inclusive novas aplicações <strong>para</strong> os produtoscorrentes, (novos objetivos).Tabela 5.14: Relação <strong>de</strong> idéias e oportunida<strong>de</strong>s do GC.Cabos <strong>de</strong> escova intercambiáveis <strong>para</strong> venda apenas <strong>de</strong> cabeças, ganhando com isso modularida<strong>de</strong>e redução <strong>de</strong> lixo e uso consciente <strong>de</strong> matéria prima.Escovas <strong>para</strong> portadores <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s especiais – Vendas sob <strong>de</strong>manda e <strong>para</strong> governos.a) Escovas com o formato do cabo em anel <strong>para</strong> fixação nos <strong>de</strong>dosb) Escovas com encaixes próprios <strong>para</strong> equipamentos <strong>de</strong> auxílio a portadores <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>sespeciais.c) Escovas com i<strong>de</strong>ntificação em braile. Isso auxilia o usuário a encontrar a sua e comprarcorretamente.Uso da embalagem como Marketing e EducativaNa embalagem <strong>de</strong>scartável, que vem apenas <strong>para</strong> proteger a escova, colocar informações sobresaú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntal, problemas causados pela má ou não escovação dos <strong>de</strong>ntes.Desenvolver uma capa protetora <strong>para</strong> a escova contendo informações instrutivas, <strong>de</strong> forma aconscientizar o uso, a forma e o porquê da escovação.A empresa tem sua principal área <strong>de</strong> atuação na higiene pessoal, porém novas oportunida<strong>de</strong>s estáem usar seu conhecimento em novos mercados.Escovas <strong>para</strong> usos específicosa) cerdas presas a um <strong>de</strong>dal <strong>para</strong> escovar moedas e pequenos objetosb) recipientes com cerdas e manivelas <strong>para</strong> auxiliar na limpeza <strong>de</strong> pequenos objetos.c) Alterar material do cabo <strong>para</strong> usuário que usa EPI, no caso luvas.d) Formato <strong>de</strong> cabeça específica <strong>para</strong> cilindros e outros formatos <strong>de</strong> material.e) Desenvolvimento <strong>de</strong> suportes <strong>para</strong> escova, evitando que a mesma cai durante seu uso, porexemplo, cabo preso ao cabo <strong>para</strong> fixação no pulso/ argola <strong>para</strong> organizar e não <strong>de</strong>ixar a escovajogada em bancadas.Desenvolvimento <strong>de</strong> suporte <strong>para</strong> Fio Dental, como, por exemplo, uma forquilha, com isso reduz-se aquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material e facilita o uso do fio <strong>de</strong>ntal antes das escovações.Suporte <strong>para</strong> auxiliar a inserção <strong>de</strong> fio <strong>de</strong>ntal <strong>para</strong> usuário <strong>de</strong> aparelhos ortodônticos.Inserir tecnologia <strong>de</strong> medição <strong>de</strong> movimento na escova <strong>para</strong> disponibilizar à institutos <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>dados comportamentais.Acessórios <strong>para</strong> hotel <strong>de</strong> forma a guardar escovas <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte em local fechado, evitando <strong>de</strong>ixar oproduto em contado com o ar. O Ar <strong>de</strong> um banheiro possui partículas <strong>de</strong> coliformes no ar, produtos <strong>de</strong>limpeza, etc.Na Tabela 5.15 é apresentado o procedimento utilizado pelo GC.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 198Tabela 5.15: Procedimento utilizado pelo GC <strong>para</strong> a realização da tarefa.1. I<strong>de</strong>ntificação da experiência pessoal dos membros do grupo e suas especificida<strong>de</strong>s.2. Discussão sobre as formas <strong>de</strong> como levantar as idéias.3. Uso da técnica <strong>de</strong> Brainstorming.a. Palavras soltas em um chart iniciando por escova <strong>de</strong> <strong>de</strong>nteb. Organização das palavras por tópicos <strong>de</strong> relação entre sic. I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> novos produtos e oportunida<strong>de</strong>s4. Colocar no papel a <strong>de</strong>scrição dos produtos e idéias5. Elaborar <strong>de</strong>senhos/rascunhos das idéias em papel6. Discutir7. As ferramentas utilizadas foram canetas pretas, azul e vermelha <strong>para</strong> melhor i<strong>de</strong>ntificar e agru<strong>para</strong>s idéias, papel sulfite <strong>para</strong> rascunhar as idéias e os <strong>de</strong>senhos, computador <strong>para</strong> finalizar relatório8. Uso da internet <strong>para</strong> pesquisa.O principal mecanismo empregado <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s foi a técnica<strong>de</strong> brainstorming. As principais dificulda<strong>de</strong>s relatadas <strong>para</strong> a execução da tarefaforam:a) Falta <strong>de</strong> conhecimento do processo produtivo e materiais utilizados;b) Falta <strong>de</strong> conhecimento do mercado específico <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> Higiene.Nota-se que o GC i<strong>de</strong>ntificou novas idéias e problemas motivadores <strong>de</strong> novosprodutos. Assim como novos perfis <strong>de</strong> compradores. Entretanto, o fez com oemprego <strong>de</strong> uma técnica intuitiva focada na i<strong>de</strong>ação <strong>de</strong> novos produtos.5.3.2 Respostas dos questionários aplicados aos grupos <strong>de</strong> 1 a 5A seguir, são expostas e discutidas as questões do questionário aplicado apóso experimento com o mo<strong>de</strong>lo.Viu-se que 80% dos participantes mencionaram que o tempo <strong>para</strong>compreensão dos estágios do mo<strong>de</strong>lo foi suficiente. Quem reportou o contráriomencionou que a proposta apresenta novida<strong>de</strong>, o que dificulta a sua compreensãono tempo disposto.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 199Dos participantes, 70% reportaram que o tempo <strong>para</strong> a realização doexperimento foi suficiente. Outros mencionaram que o tempo foi insuficiente, pois,<strong>para</strong> entregar algum resultado no tempo estabelecido como referência <strong>para</strong> aativida<strong>de</strong>, alguns pontos do mo<strong>de</strong>lo tiveram que ser <strong>de</strong>ixados <strong>de</strong> lado. Segundo eles,com mais tempo po<strong>de</strong>riam explorar mais o mo<strong>de</strong>lo e entregar melhores resultados.Verificou-se que 70% dos entrevistados não tiveram necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maisorientações além daquelas dadas no treinamento, apresentação da tarefa edocumentação fornecida. Constatou-se que 60% dos participantes acreditam ter tidoêxito na ativida<strong>de</strong> proposta, porém 30% não souberam respon<strong>de</strong>r a esta pergunta.Quem reportou não ter tido êxito (10%), mencionou que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>u sobremaneira doroteiro e do exemplo fornecidos.A oportunida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificada se relaciona com alguma experiência prévia <strong>para</strong>80% dos participantes. Nesta questão, esperava-se unanimida<strong>de</strong>. Verifica-se quedois participantes não compreen<strong>de</strong>ram a pergunta.Nenhum participante reportou <strong>de</strong>sconforto em divulgar as informaçõesapresentadas.Dos respon<strong>de</strong>ntes, 90% acreditam que o conceito do CPO facilita oentendimento da tarefa <strong>de</strong> exploração. Apenas um participante mencionou que,<strong>de</strong>vido ao seu conhecimento acerca <strong>de</strong> outras metodologias <strong>para</strong> projeto <strong>de</strong> produto,teve dificulda<strong>de</strong>s em interpretar a nova proposta.O conceito <strong>de</strong> mapa mental <strong>para</strong> busca e exposição <strong>de</strong> informações em equipefoi <strong>de</strong> fácil compreensão e houve facilida<strong>de</strong> na utilização do software <strong>para</strong> edição <strong>de</strong>mapas mentais proposto, <strong>para</strong> 90% dos respon<strong>de</strong>ntes.Houve unanimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que, com mais tempo, po<strong>de</strong>r-se-ia i<strong>de</strong>ntificar maisoportunida<strong>de</strong>s com o emprego do mo<strong>de</strong>lo proposto. Também, 70% dosentrevistados acreditam que a proposta possa acelerar o processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.Todos os participantes acreditam que a proposta possa i<strong>de</strong>ntificaroportunida<strong>de</strong>s sistematicamente e 90% mencionaram ser capazes <strong>de</strong> visualizaridéias <strong>de</strong> novos produtos a partir da <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> obtida.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 20080% dos respon<strong>de</strong>ntes mencionaram necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> modificações noprocedimento proposto. Foram reportadas sugestões <strong>de</strong> modificação nasorientações contidas no portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e <strong>para</strong> elaboração da <strong>de</strong>claraçãoda oportunida<strong>de</strong>. Foi solicitada alguma forma <strong>de</strong> facilitar o entendimento do CPO e ainteração com o mesmo assim como do relacionamento e sequências práticas entreos estágios do mo<strong>de</strong>lo. Também, foi requerida maior simplificação da linguagemutilizada no mapa mental do CPO e o aumento do tamanho dos ícones gráficos domesmo.80% dos participantes mencionaram nunca terem participado <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong><strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos anteriormente. Para arealização do experimento os participantes recorreram aos seguintes mecanismos<strong>para</strong> busca <strong>de</strong> problemas nos quadrantes <strong>de</strong> entrada (Figura 5.6).Figura 5.6: Mecanismos empregados <strong>para</strong> busca <strong>de</strong> informações sobre problemas nos quadrantes<strong>de</strong> entrada.Embora 20% tenham reportado o emprego <strong>de</strong> observação do uso em campo eexperimentação, sabe-se que nenhuma equipe solicitou acesso à área <strong>de</strong> teste.Nota-se que a pergunta não foi clara o suficiente <strong>para</strong> os entrevistados. Percebe-setambém que o mecanismo mais empregado <strong>para</strong> a tarefa foi o brainstorming comPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 201apoio <strong>de</strong> experiências prévias dos entrevistados com o produto ou com o projeto <strong>de</strong>produtos similares (como reportado no campo “outros”).Os pontos fortes da proposta se concentraram no mapa mental do CPO, nadistinção entre oportunida<strong>de</strong> e idéia e no portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s (Figura 5.7).Figura 5.7: Pontos fortes da proposta.Contudo, embora a distinção entre oportunida<strong>de</strong> e idéia tenha sido reportadacomo ponto forte por parte dos respon<strong>de</strong>ntes, outra parcela o apontou como umados pontos fracos mais representativos (Figura 5.8). A lista especulativa eoportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong> novos produtos também foi reportada como ponto fraco.Infere-se que esta opinião tenha sido <strong>de</strong>corrente do pouco uso <strong>de</strong>ste formulário naativida<strong>de</strong> proposta.Figura 5.8: Pontos fracos da proposta.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 202Quanto ao potencial <strong>de</strong> uso da proposta <strong>para</strong> prospectar oportunida<strong>de</strong>sinexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos, todos os respon<strong>de</strong>ntesutilizariam a proposta, sendo que 50% a utilizariam exclusivamente e os <strong>de</strong>mais autilizariam complementarmente.Nota-se que todos os participantes possuem algum conhecimento acerca doprocesso <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos(Figura 5.9).Figura 5.9: Grau <strong>de</strong> conhecimento acerca do processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos.50% dos participantes tiveram treinamento no assunto e um dos participantestem como função <strong>de</strong> trabalho a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.Nenhum dos participantes leu o livro <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005). Contudo,gran<strong>de</strong> parte dos participantes (60%) já leu artigos sobre o assunto.5.3.3 Respostas dos questionários do grupo <strong>de</strong> controleOs dois participantes mencionaram que o tempo <strong>para</strong> compreensão daativida<strong>de</strong> e <strong>para</strong> a realização do experimento foi suficiente. O grupo solicitou auxílioapenas <strong>para</strong> preenchimento do relatório. Segundo eles, foi obtido êxito na ativida<strong>de</strong>,que apresenta relação com experiências prévias.Eles não sentem <strong>de</strong>sconforto em divulgar as informações do experimento. Umdos respon<strong>de</strong>ntes acredita que po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>scobrir mais oportunida<strong>de</strong>s com aabordagem adotada, o outro (profissional experiente) acredita que não. Os doisparticipantes reportaram consenso na abordagem adotada <strong>de</strong> brainstorming.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 203Segundo eles, eles conseguem visualizar idéias <strong>de</strong> novos produtos a partir das<strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s obtidas. Segundo eles, os pontos fortes daabordagem <strong>de</strong> brainstorming estão no procedimento e na liberda<strong>de</strong> e simplicida<strong>de</strong><strong>de</strong> aplicação.Reportaram que os pontos fracos são a distinção entre oportunida<strong>de</strong> e idéia(infere-se que seja a falta <strong>de</strong> distinção, pois o GC não recebeu orientação nesteassunto) e a falta <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo ou procedimento que evite a perda <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vido ao fato das idéias serem imediatas e as oportunida<strong>de</strong>s poucoexploradas.Nenhum dos participantes reportou ter participado <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s anteriormente, embora tenham mencionado possuircerta experiência com o tema. Os mesmos informaram ter conhecimento básicosobre o tema e não ter lido a obra <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005), sendo estatotalmente <strong>de</strong>sconhecida pelos mesmos.5.3.4 Discussões realizadas com os grupos <strong>de</strong> 1 a 5Nas discussões com os participantes do experimento que utilizaram o mo<strong>de</strong>loproposto foram levantados alguns elogios e algumas críticas e sugestões. A seguir,são discutidas algumas <strong>de</strong>las, especialmente as críticas e sugestões. Nota-se quenem sempre essas observações são representativas <strong>de</strong> todos os indivíduos.Os participantes solicitaram melhorias no treinamento, sobretudo do materialempregado, com a exploração <strong>de</strong> alternativas visuais animadas, com cores etransparências. Viu-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indicar o “estágio zero”, <strong>para</strong> iniciantes. Omo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>veria orientar o usuário por on<strong>de</strong> começar a exploração e a <strong>de</strong>finir on<strong>de</strong> seque chegar (quadrante <strong>de</strong> saída). O mo<strong>de</strong>lo foi tido como complexo <strong>para</strong> iniciantes,por alguns participantes.Alguns usuários tiveram dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vido ao pouco tempo <strong>para</strong> assimilaçãoplena do mo<strong>de</strong>lo e <strong>de</strong> seu potencial. Algumas pessoas se mostraram <strong>de</strong>sapontadaspor não po<strong>de</strong>rem explorá-lo no todo. Segundo alguns, sem o exemplo prático nãohaveria êxito na ativida<strong>de</strong>. As dicas dadas no treinamento e registradas naapresentação foram cruciais <strong>para</strong> um dos grupos. Segundo alguns participantes,PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 204alguns campos do mapa mental do CPO apresentam nomenclatura complexa, emespecial as perguntas relacionadas aos eixos.Alguns participantes questionaram a subjetivida<strong>de</strong> das análises nopreenchimento do portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Contudo esta é uma característica<strong>de</strong>ste estágio da FFE, como comentam Cooper e Edgett (2007). O uso <strong>de</strong> critériosquantitativos neste estágio é tido como nocivo, dadas as incertezas presentes.Solicitaram-se melhorias nas orientações <strong>de</strong> preenchimento do portfólio esubstituição da linguagem matemática das mesmas por uma textual.Foram mencionados problemas na elaboração do questionário <strong>de</strong> saída. Asequipes tiveram dificulda<strong>de</strong>s em encaixar as perguntas com a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong> obtida, com atributos <strong>de</strong> valor levantados e com problemasi<strong>de</strong>ntificados. Viu-se que a ausência <strong>de</strong> um exemplo <strong>de</strong> aplicação <strong>para</strong> estaconversão dificultou a ativida<strong>de</strong>. Mas, também se verificou que, <strong>para</strong> os quadrantesrelativos às melhorias incrementais, o problema que caracteriza a oportunida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>parecer um tanto óbvio, pois elementos diferenciais da oportunida<strong>de</strong> se encontramnos atributos <strong>de</strong> valor <strong>de</strong>sdobrados dos problemas enfrentados e superados pelamassa <strong>de</strong> compradores com os produtos correntes.Quanto aos quadrantes <strong>de</strong> saída, viu-se ser <strong>de</strong>snecessário reescrever osproblemas <strong>para</strong> termos positivos. O agrupamento por afinida<strong>de</strong> e a escrita dosatributos <strong>de</strong> valor que agregam esses problemas aten<strong>de</strong> aos propósitos sem otrabalho <strong>de</strong> reescrita. Alguns participantes reportaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que osoftware empregado <strong>para</strong> edição <strong>de</strong> mapas mentais <strong>de</strong>veria ser inteligente <strong>para</strong>evitar ações equivocadas <strong>de</strong> copiar e colar. Os campos correlacionados <strong>de</strong>veriam seauto-preencher. Não se sabe do potencial <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> macros <strong>para</strong> resolver esteproblema.Quanto aos quadrantes <strong>de</strong> entrada, alguns participantes levantaram problemasque os clientes enfrentam ou superam, mas que não <strong>de</strong>smotivam e nem motivam acompra. Isto implicaria na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma nova categoria, neutra, <strong>para</strong> alocação<strong>de</strong>sses problemas nos quadrantes <strong>de</strong> entrada.Alguns participantes mencionaram ser importante reforçar os conceitos<strong>de</strong>rivados da EOA no mo<strong>de</strong>lo.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 205Além das críticas e sugestões, também houve muitos elogios. Algunsparticipantes acharam a proposta “espetacular”, uma “boa sistemática”, “muitointeressante”. Alguns consi<strong>de</strong>ram o CPO uma forma <strong>de</strong> representação criativa <strong>de</strong> ummo<strong>de</strong>lo.Segundo um dos grupos, o mo<strong>de</strong>lo ajuda a organizar a linha <strong>de</strong> raciocínio daequipe, apresenta um relacionamento lógico <strong>de</strong> informações. Facilita o registro <strong>de</strong>idéias e informações relacionadas e até obriga a equipe a registrá-las e <strong>de</strong>screvêlas,“sistematiza o pensamento”. A tendência <strong>de</strong> focar na solução, em idéias <strong>de</strong>novos produtos, é aproveitada.Alguns participantes mencionaram ter uma experiência interessante quando, aosentir que as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> resposta <strong>de</strong> um campo estavam esgotadas, ao inserirapenas uma nova informação em um dos eixos se <strong>de</strong><strong>para</strong>ram com um novo campo<strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s. Ou seja, a forma do mo<strong>de</strong>lo estimulou a obtenção <strong>de</strong> novasrespostas <strong>para</strong> as questões direcionadoras, ampliando o campo <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong>informações e prospecção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.Alguns participantes apreciaram a relação lógica das cores dos quadrantes doCPO e a presença do mo<strong>de</strong>lo em ma<strong>de</strong>ira <strong>para</strong> manipulação e apoio aoaprendizado.5.4 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOSNota-se que o mo<strong>de</strong>lo apresentou resultados positivos e negativos.Po<strong>de</strong>-se dizer que a sistemática proposta permitiu aos participantes exploraroportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria incremental a partir <strong>de</strong> um produto <strong>de</strong> partida. Contudo,não foi possível testar o potencial <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s totalmentediferentes daquela já explorada pelo mesmo. Acredita-se que, os resultados obtidosse alinham ao conceito <strong>de</strong> oceano azul <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> um oceano vermelho. Não sei<strong>de</strong>ntificaram oceanos azuis isolados. Todos os participantes conseguiramcaracterizar uma oportunida<strong>de</strong> e associar atributos <strong>de</strong> valor que, segundo a proposta<strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005), têm potencial <strong>de</strong> diferenciação e baixo custosimultaneamente. Alguns dos novos atributos relatados não são explorados em umaúnica oferta.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 206Com<strong>para</strong>tivamente com o GC, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propostas foi inferior. Contudo,viu-se que o GC contribuiu com <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos e não <strong>de</strong>problemas a serem explorados, embora novos problemas e perfis <strong>de</strong> clientespossam ser inferidos com os resultados apresentados. A abordagem intuitivaadotada pelo GC, embora produtiva, nem sempre po<strong>de</strong> trazer os mesmosresultados. O mo<strong>de</strong>lo, por sua vez, apresentou resultados condizentes com osquadrantes e eixos explorados. No mo<strong>de</strong>lo, explorar novas aplicações e diferentesperfis <strong>de</strong> clientes é parte integrante da sistemática, com o brainstorming adotadopelo GC, essa exploração é casual, não uma regra. Todos os participantesacreditam que po<strong>de</strong>riam obter uma maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resultados caso tivessemmais tempo <strong>para</strong> explorar o mo<strong>de</strong>lo. Um dos participantes do GC reportouesgotamento com o brainstorming. A diferença <strong>de</strong> experiência entre o grupo <strong>de</strong>controle e <strong>de</strong>mais grupos experimentais não foi significativa, mas equivalentes.O mo<strong>de</strong>lo mostrou consistência com a teoria que o suporta. Po<strong>de</strong>-se dizer quea estrutura tridimensional, <strong>de</strong>rivada da perspectiva cognitiva proposta por Shane(2000), seja estimulante <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Com<strong>para</strong>tivamentecom a aplicação preliminar realizada pelo autor, as equipes apresentaramsimilarida<strong>de</strong>, porém os acertos não foram unânimes.Embora os participantes, em sua maioria, possuíssem pouco ou nenhumconhecimento acerca da EOA, todos conseguiram <strong>de</strong>clarar razoavelmente umaoportunida<strong>de</strong> e relacionar atributos <strong>de</strong> valor voltados à busca simultânea <strong>de</strong>diferenciação e baixo custo, como exposto na estratégia genérica da empresafictícia. O GC não en<strong>de</strong>reçou claramente esta questão, tampouco priorizou as“oportunida<strong>de</strong>s” levantadas, como é possível <strong>de</strong> ser obtido com o portfólio <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s da presente proposta.Viu-se que os participantes se concentraram sobremaneira na técnica <strong>de</strong>brainstorming <strong>para</strong> exploração do mo<strong>de</strong>lo. Isto implica que apenas foi explorado oconhecimento prévio dos participantes e seus vieses. Contudo, viu-se que o mo<strong>de</strong>lopermitiu o compartilhamento e exposição <strong>de</strong> parte <strong>de</strong>ste conhecimento, até entãoreservado a cada um dos participantes.Verificou-se também que, além do grupo <strong>de</strong> controle, os praticantes nãoutilizaram o flipchart e as papeletas a<strong>de</strong>sivas Post-it, e também não experimentaramPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 207o produto na área <strong>para</strong> teste. Embora isto possa sugerir a remoção <strong>de</strong>ssas práticas,acredita-se que elas sejam fundamentais <strong>para</strong> a discussão e exploração <strong>de</strong> aspectosnão tão evi<strong>de</strong>ntes da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospecção.Assim, com base nos resultados obtidos, visualizaram-se algumaspossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria, apresentadas a seguir.5.5 MELHORIAS E AJUSTES NO MODELOA seguir, são sinalizados alguns ajustes necessários na proposta, baseadosem problemas comuns enfrentados pelos usuários, a serem en<strong>de</strong>reçados emtrabalhos futuros.Com base no estudo piloto, acredita-se ser importante enfatizar o uso doquadrante negro no caso <strong>de</strong> divergências entre os participantes. Assim, o enfoquena geração <strong>de</strong> informações e andamento do trabalho seria mantido, mesmo queestas não estejam alocadas corretamente, a princípio.Sugere-se a incorporação <strong>de</strong> exemplos <strong>de</strong> preenchimento nas notas <strong>de</strong>orientação do mapa mental do CPO. Entretanto, embora isto possa facilitar a prática,não se sabe até que ponto isto possa influenciar negativamente o trabalho <strong>de</strong>prospecção.Também, <strong>de</strong>vem ser abordados os problemas na conversão dos resultados domapa mental do CPO nos questionários estruturados. Talvez seja necessária umaadaptação dos questionários <strong>de</strong> saída às particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada quadrante <strong>de</strong>saída ou combinações. Po<strong>de</strong> ser melhorada a linguagem das questões lá presentes.Os problemas enfrentados e superados, mas que são neutros quanto à <strong>de</strong>cisão<strong>de</strong> compra <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>stacados dos <strong>de</strong>mais. Se nem toda solução resolve umproblema que o cliente está disposto a pagar por ela, po<strong>de</strong>m haver problemas que ocliente também não está disposto a pagar <strong>para</strong> resolver. Contudo, eles po<strong>de</strong>m seri<strong>de</strong>ntificados e, na falta <strong>de</strong> uma categoria <strong>para</strong> os mesmos, po<strong>de</strong>m ser alocados emuma das duas possibilida<strong>de</strong>s dos quadrantes <strong>de</strong> entrada, a qual lhes é atribuídaimportância, <strong>para</strong> serem convertidas em atributos <strong>de</strong> valor. Assim, sugere-se aincorporação da seguinte questão nos quadrantes <strong>de</strong> entrada: Quais asPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 208barreiras/problemas enfrentados e superados, mas que não motivam e tambémnão <strong>de</strong>smotivam a compra? Na Figura 5.10 apresenta-se um exemplo da adaptaçãoproposta.Figura 5.10: Exemplo <strong>de</strong> modificação nos quadrantes <strong>de</strong> entrada do mapa mental do CPO.Nem todas as respostas <strong>de</strong>vem ser incluídas no processamento da saída doCPO, no estágio 3. A menos que representem potencial <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> atributos quese relacionem com a redução <strong>de</strong> custos, tais barreiras não <strong>de</strong>vem ser convertidasem atributos <strong>de</strong> valor. Assim, esses registros <strong>de</strong>vem ter uma análise especial <strong>para</strong>verificar a sua configuração como sendo uma preocupação do setor e não domercado (i. e., atributos ofertados habitualmente pelo setor, mas sem valor <strong>para</strong> omercado).Quanto aos quadrantes <strong>de</strong> saída, sugere-se uma mudança no procedimento.Deve-se, em seqüência:a) Copiar as barreiras enfrentadas e superadas do quadrante <strong>de</strong> entradarelacionado ao quadrante <strong>de</strong> saída em análise;b) Agrupá-las por afinida<strong>de</strong> em uma lista <strong>de</strong> até <strong>de</strong>z que unam a massa <strong>de</strong>compradores (arrastar barreiras <strong>para</strong> as categorias/atributos);c) Avaliá-las quanto ao potencial <strong>de</strong> oceano azul com a MEREC;d) Avaliá-las quanto ao potencial <strong>de</strong> oceano azul com o TOA.Desta forma, a classificação dos atributos segundo a MEREC é feita na<strong>de</strong>claração da oportunida<strong>de</strong> diretamente. Assim, oportunida<strong>de</strong>s alternativas po<strong>de</strong>mser <strong>de</strong>claradas apenas com a variação dos atributos <strong>de</strong> valor, sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>alocá-los por completo. Isto elimina a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> itens nos quadrantes <strong>de</strong> saída,PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 209no mapa mental do CPO, reduzindo parcialmente a sua complexida<strong>de</strong> visual. Oprocedimento <strong>de</strong>scrito po<strong>de</strong> ser inserido como nota <strong>de</strong> orientação (Figura 5.11).Figura 5.11: Exemplo <strong>de</strong> modificação nos quadrantes <strong>de</strong> saída do mapa mental do CPO.Além <strong>de</strong>stas melhorias, sugere-se modificar a linguagem matemática dasorientações do portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s por uma verbal.Essas modificações, entre outras, implicam em ajustes na tabela <strong>de</strong><strong>de</strong>sdobramento do mo<strong>de</strong>lo.5.6 DISCUSSÕES E CONCLUSÕES DO CAPÍTULO 5O mo<strong>de</strong>lo mostrou-se funcional, embora não tenham sido reportadasoportunida<strong>de</strong>s extraordinárias com o experimento realizado.O experimento realizado não pô<strong>de</strong> testar todas as nuances e possibilida<strong>de</strong>svisualizadas no mo<strong>de</strong>lo. A estrutura <strong>de</strong> mapa mental não oferece limites <strong>para</strong> aadição <strong>de</strong> informações e <strong>de</strong> especulações acerca do relacionamento entre elas.Acredita-se que o mo<strong>de</strong>lo não teve todo o seu potencial explorado. Contudo elemostrou-se válido <strong>para</strong> a busca <strong>de</strong> informações que ten<strong>de</strong>m a favorecer ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Viu-se que as questões en<strong>de</strong>reçadas nos eixos “oquê”, “quem” e “como”, estimulam a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas que po<strong>de</strong>m levar ànovos produtos. Nota-se que, com um pouco <strong>de</strong> treinamento, todos os estágiospo<strong>de</strong>m ser explorados.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 5 Avaliação experimental do mo<strong>de</strong>lo 210Observa-se também que, a complexida<strong>de</strong> do mapa mental influencianegativamente o seu entendimento <strong>para</strong> testes <strong>de</strong> curta duração. Contudo,melhorias <strong>de</strong>vem ser incorporadas tanto no treinamento quanto no mo<strong>de</strong>lo. Acreditaseque, com o uso, o praticante acabe por memorizar as partes principais do mapamental do CPO, assim tenha mais facilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> trabalho com o mo<strong>de</strong>lo.A realização do experimento piloto foi <strong>de</strong> fundamental importância <strong>para</strong> arealização dos <strong>de</strong>mais experimentos. Recomenda-se aos pesquisadores que porventura tomem este trabalho como referência, ou que estejam <strong>de</strong>senvolvendomo<strong>de</strong>los similares, a realizá-lo antes <strong>de</strong> uma aplicação em maior escala.Nota-se que a prospecção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s em um experimento <strong>de</strong> curtaduração e recursos financeiros, materiais e <strong>de</strong> pessoal <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> substancialmentedo conhecimento prévio dos participantes e <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong>novos conhecimentos em um curto espaço <strong>de</strong> tempo.Quanto mais informações forem coletadas e organizadas, mais completo setorna o conhecimento dos <strong>de</strong>sbravadores e mais realista e completo se torna o mapamental do CPO, o que implica na qualida<strong>de</strong> e na quantida<strong>de</strong> dos resultados.Contudo, testes prolongados carecem <strong>de</strong> recursos financeiros tecnológicos ehumanos que não foram consi<strong>de</strong>rados no início <strong>de</strong>ste projeto. A dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>reunião <strong>de</strong> profissionais representativos disponíveis é um fator limitante. Acredita-seque a pouca disponibilida<strong>de</strong> dos participantes <strong>para</strong> a realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s comoesta, implique negativamente nos resultados, tendo em vista a necessida<strong>de</strong>exploratória do mo<strong>de</strong>lo.Por fim, acredita-se que o experimento i<strong>de</strong>al envolveria a utilização <strong>de</strong> umformato <strong>de</strong> curso <strong>de</strong> extensão, no qual, no primeiro dia seriam vistos os conceitosfundamentais e a apresentação da sistemática, no segundo dia seria realizado umaaplicação conjunta guiada pelo instrutor em tempo real, com todos os participantesao mesmo tempo, e no terceiro dia haveria uma aplicação sem a interferência doinstrutor.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 6 Conclusões e recomendações 2116 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES6.1 CONCLUSÕESUma oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> conduzir uma investigação no âmbito da i<strong>de</strong>ntificaçãosistemática e acelerada <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>novos produtos foi caracterizada e explorada com o <strong>de</strong>senvolvimento e teste <strong>de</strong>mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> tal.Verificou-se que a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s constitui umpasso importante no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e que é pouco estruturadanos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Processo <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Produtos (PDP). Em <strong>para</strong>lelo,observou-se que uma alternativa <strong>para</strong> esta operação, chamada <strong>de</strong> Estratégia doOceano Azul (EOA), apresenta potencial <strong>para</strong> ser adaptada ao PDP.Um estudo dos principais mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> PDP foi estruturado, com enfoque emsuas práticas <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Também, foram levantados outrosmecanismos <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s disponíveis na literatura. Umestudo <strong>de</strong>talhado acerca da EOA foi <strong>de</strong>senvolvido e <strong>de</strong>la foram extraídas as suasprincipais contribuições relativas à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Houve iniciativas<strong>de</strong> contato com uma empresa praticante, assim como com os autores e consultoresda abordagem <strong>de</strong> EOA, embora sem retorno expressivo <strong>de</strong>ssas partes. Uma análisecrítica e dois mapas mentais que ilustram os principais aspectos da obra <strong>de</strong> Kim eMauborgne (2005) foram apresentados.Com base nas informações levantadas um mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s foi <strong>de</strong>senvolvido e testado. Embora o experimento realizado nãotenha examinado o mo<strong>de</strong>lo em sua totalida<strong>de</strong>, este se mostrou funcional. O mesmoconstitui um novo objeto <strong>de</strong> estudo e teste, tendo em vista que outros mo<strong>de</strong>losi<strong>de</strong>ntificados <strong>para</strong> tal não apresentam um procedimento facilmente reproduzívelexperimentalmente. No caso da EOA, acredita-se que o esforço <strong>de</strong> procedimentá-lajá constitua um <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> pesquisa especial. Não se sabe das iniciativas <strong>de</strong> seusautores a este respeito.Com relação aos objetivos específicos <strong>de</strong>sta pesquisa, verifica-se que omo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>senvolvido os en<strong>de</strong>reça da seguinte forma. Discutiu-se na Seção 4.9 quePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 6 Conclusões e recomendações 212a aceleração do processo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da constância das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prospecção emonitoramento do ambiente externo. Também, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da velocida<strong>de</strong> das etapassubseqüentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobramento da oportunida<strong>de</strong> em produtos e das <strong>de</strong>cisões.Acredita-se que a presente proposta possa acelerar o processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s. Contudo, suspeita-se que o potencial <strong>de</strong> aceleração possa serampliado com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema integrado <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s, complementar ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> prospecção, sob responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s (UGO).Contudo, apesar <strong>de</strong>ssa oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sse sistema serlatente à luz das <strong>de</strong>scobertas da presente pesquisa, ela exige um trabalho <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ação e <strong>de</strong>senvolvimento além dos limites estabelecidos neste trabalho <strong>de</strong>mestrado. O exercício investigativo das fontes consultadas e levantamento doestado da arte por si só compreen<strong>de</strong>m esforço particular. Como po<strong>de</strong> ser observado,os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> origem tomados como referência são pouco exatos por natureza.Ainda há uma carga consi<strong>de</strong>rável na capacida<strong>de</strong> perceptiva e cognitiva dospesquisadores e empreen<strong>de</strong>dores no processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.Assim, o presente mo<strong>de</strong>lo não apresenta uma resposta integral e única <strong>para</strong> aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisa empreendida. O mo<strong>de</strong>lo não é exaustivo <strong>para</strong> esclarecercompletamente a FFE. Tampouco, encerra dúvidas procedimentais do PEP. Hálacunas semânticas. O processo exploratório envolve a busca <strong>de</strong> objetos a eatribuição <strong>de</strong> sentido a estes, expressos por palavras e frases. Estas nem sempresão capazes <strong>de</strong> traduzir a realida<strong>de</strong>. Contudo, todas as relações são estabelecidaspelo significado <strong>de</strong>ssas frases. Assim, acredita-se ser difícil a obtenção <strong>de</strong> umaresposta exata <strong>para</strong> este processo, tendo em vista a sua <strong>de</strong>pendência do processocognitivo humano. Nota-se que esta <strong>de</strong>pendência também ocorre no PPE e,sobretudo, nas etapas <strong>de</strong> projeto informacional e conceitual do PDP.Para finalizar, julga-se que o objetivo principal da presente pesquisa, comoexposto na Seção 1.2 foi justificado e atingido, embora não se possa dizer comcerteza que os resultados obtidos acelerem o processo.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Capítulo 6 Conclusões e recomendações 2136.2 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROSSão recomendados os seguintes trabalhos futuros:a) Incorporação no mo<strong>de</strong>lo proposto das melhorias i<strong>de</strong>ntificadas no experimentorealizado nesta pesquisa;b) Testes <strong>de</strong> maior duração, no formato <strong>de</strong> curso, com treinamento eexperimentação simultânea do mo<strong>de</strong>lo;c) O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema integrado <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s,complementar ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> prospecção, sob responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> umaUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s (UGO). Este conceito <strong>de</strong>riva dasorientações <strong>de</strong> Kaplan e Norton (2008) <strong>para</strong> a criação <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Gestão Estratégica (UGE), responsável pela gestão das iniciativasestratégicas na corporação, entre outras. A UGO po<strong>de</strong>ria ser uma divisão daUGE;d) Estudo do potencial <strong>de</strong> associar as oportunida<strong>de</strong>s registradas no portfólio comindicadores dinâmicos, atualizados com base no <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> produtos jálançados no mercado. Assim, a posição das bolhas po<strong>de</strong>ria mudar com baseno comportamento real do mercado, evitando problemas <strong>de</strong> reavaliaçãoconstante da listagem <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias;e) Maior estudo dos fatores <strong>de</strong> influência na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.Nesta pesquisa foram feitas algumas especulações sobre o assunto, mas nãoforam incluídas como parte do mo<strong>de</strong>lo. O potencial <strong>de</strong> especular idéias,problemas e mercados frente às mudanças e eventos diários como forma <strong>de</strong>alimentar continuamente a lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong>novos produtos e fomentar trabalhos com o CPO, <strong>de</strong>ve ser investigado, assimcomo a sua relação com a <strong>de</strong>scoberta e a previsão <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s;f) Maior estudo dos fatores cognitivos estimulantes à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s e incorporação dos mesmos no mo<strong>de</strong>lo. Acredita-se que aperspectiva cognitiva <strong>de</strong>va ser investigada com maior ênfase. Suspeita-se queeste caminho <strong>de</strong> pesquisa tenha potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>svendar a base elementar<strong>de</strong>sse tema.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Produção científica no período (2007-2009) 214PRODUÇÃO CIENTÍFICA NO PERÍODO (2007-2009)KAMPA, J. R., BORSATO, M. A study on the application of business plans in newproduct <strong>de</strong>velopment processes In: LOUREIRO, G.; CURRAN, R. (Org.), ComplexSystems Concurrent Engineering.1 ed. London: Springer, 2007, p. 203-210.KAMPA, J. R., BORSATO, M. A study on the application of business plans in newproduct <strong>de</strong>velopment processes In: ISPE INTERNATIONAL CONFERENCE ONCONCURRENT ENGINEERING, 14., 2007, São José dos Campos. Proceedings ofthe 14th ISPE International Conference on Concurrent Engineering. São Josédos Campos: ISPE, 2007, p. 203-210.MOSCHETO, A. D.; ESTORILIO, C. C. A.; RODRIGUES, F. R. M.; DARELLA, G. G.;KAMPA, J. R.; BERNASKI, P. C. Melhoria do projeto <strong>de</strong> um helicóptero <strong>de</strong> brinquedocom a aplicação dos métodos Análise <strong>de</strong> Valor, DFMA e FMEA <strong>de</strong> projeto. In:CONGRESSO BRASILEIRO DE GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DEPRODUTOS. 6., 2007, Belo Horizonte. Anais do 6º Congresso Brasileiro <strong>de</strong>Gestão <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Produtos. Belo Horizonte: IGDP, 2007.DIB, O. A.; KAMPA, J. R.; BORSATO, M. Uma representação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>referência <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos em método IDEF3. In:CONGRESSO BRASILEIRO DE GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DEPRODUTOS. 6., 2007, Belo Horizonte. Anais do 6º Congresso Brasileiro <strong>de</strong>Gestão <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Produtos. Belo Horizonte: IGDP, 2007.CARVALHO, A. B. A.; DIB, O. A.; KAMPA, J. R.; POLEDNA, S. R. C.; BARBOSA, S.L. M.; CZIULIK, C. Metodologia <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> alternativas <strong>para</strong>pequenos agricultores com a utilização <strong>de</strong> materiais recicláveis. In: ENCONTRONACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE, 9., 2007,Curitiba. Anais do 9º Encontro Nacional Sobre Gestão Empresarial e MeioAmbiente. Curitiba: ENGEMA, 2007.DIB, O. A.; POLEDNA, S. R. C.; KAMPA, J. R.; CARVALHO, A. B. A.; BARBOSA,S.L.M. Desenvolviemnto <strong>de</strong> alternativas <strong>para</strong> climatização <strong>de</strong> estufas utilizandomateriais recicláveis. In: CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA MECÂNICAPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


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Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 223APÊNDICE A – CONCEITOS E DEFINIÇÕES FUNDAMENTAISA seguir são apresentados e discutidos alguns conceitos e <strong>de</strong>finiçõesalternativas <strong>de</strong> termos fundamentais <strong>para</strong> esta pesquisa. A sua leitura integral érecomendada <strong>para</strong> o entendimento das discussões <strong>de</strong>ste trabalho.Os termos são discutidos em uma seqüência que visa favorecer o seuentendimento, mas não alfabética.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 224A.1 OPORTUNIDADEBaron (2004) realizou análises <strong>de</strong> um amplo apanhado <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições eestabeleceu que: uma oportunida<strong>de</strong> envolve o potencial <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> algo novo 6(novos produtos, serviços, novos mercados, novos processos <strong>de</strong> produção, novasmatérias-primas, novas maneiras <strong>de</strong> organizar as tecnologias existentes, entreoutros), que tem o potencial <strong>de</strong> gerar valor econômico (i. e. lucro), e que é vistacomo <strong>de</strong>sejável na socieda<strong>de</strong> em que ela ocorre (i. e. o seu <strong>de</strong>senvolvimento éconsistente com os padrões legais e morais, e, portanto, não seria bloqueada ourestringida por esses padrões).Outros autores apresentam <strong>de</strong>finições alternativas. Baron e Shane (2007)comentam que uma oportunida<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dora é uma situação na qual umapessoa po<strong>de</strong> explorar uma nova idéia <strong>de</strong> negócio que tem o potencial <strong>de</strong> gerarlucros. Kotler e Keller (2006), por sua vez, comentam que uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>marketing existe quando a empresa po<strong>de</strong> lucrar ao aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s dosconsumidores <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado segmento. Kotler (1999) afirma que on<strong>de</strong> quer quehaja uma necessida<strong>de</strong>, há uma oportunida<strong>de</strong>. Ele <strong>de</strong>fine oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marketingcomo uma área <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> e interesse do comprador, cuja satisfação dá àempresa uma alta probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obter um <strong>de</strong>sempenho lucrativo. Para ele, existeuma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marketing quando o profissional <strong>de</strong> marketing i<strong>de</strong>ntifica umgrupo <strong>de</strong> indivíduos <strong>de</strong> tamanho significativo cujas necessida<strong>de</strong>s não estão sendoatendidas. Muzyka (2001) <strong>de</strong>fine oportunida<strong>de</strong> como um conceito negocial [sic] que,se transformado em um produto ou serviço tangível oferecido por uma empresa,resultará em lucro financeiro.Para Koen et al. (2001 e 2002) oportunida<strong>de</strong> é um hiato (gap) <strong>de</strong> negócios outecnológico, que uma empresa ou indivíduo acredita, que existe entre a situaçãoatual (presente) e um futuro visionado <strong>de</strong> maneira a capturar vantagem competitiva,respon<strong>de</strong>r a uma ameaça, resolver um problema ou amenizar uma dificulda<strong>de</strong>.Esses autores diferenciam o conceito <strong>de</strong> idéia e oportunida<strong>de</strong>. Enten<strong>de</strong>-se que estehiato, representa uma barreira entre uma situação atual e outra <strong>de</strong>sejada. Da<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Pahl et al. (2005) <strong>para</strong> problema, apresentada a seguir, po<strong>de</strong>-se6 Os termos e frases sublinhadas no <strong>de</strong>correr do texto são ênfases estabelecidas pelo autor <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong> dissertação.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 225enten<strong>de</strong>r que <strong>de</strong>sta barreira po<strong>de</strong> estar associada à ausência <strong>de</strong> um meio <strong>para</strong>atingir a situação <strong>de</strong>sejada, um objetivo final.Dessas <strong>de</strong>finições, po<strong>de</strong>-se concluir que oportunida<strong>de</strong> é o potencial <strong>de</strong> umanova idéia lucrativa. Na literatura <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>, como em King e Schlicksupp(1999) po<strong>de</strong>-se concluir que o potencial <strong>de</strong> uma nova idéia é um problema bem<strong>de</strong>finido. Disso, po<strong>de</strong>-se dizer que uma oportunida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser vista como umproblema bem <strong>de</strong>finido, que possibilita o surgimento <strong>de</strong> novas idéias <strong>de</strong> solução,mas que apresenta o potencial <strong>de</strong> lucro. Nesta mesma linha <strong>de</strong> raciocínio, dasafirmações <strong>de</strong> Stull, Myers e Scott (2008) po<strong>de</strong>-se inferir que oportunida<strong>de</strong> é umproblema que alguém tem e está disposto à pagar por uma solução. Isto se alinha àteoria <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> valores, apresentada por Kotler e Keller (2006), apresentada naSeção A.19, pois enfatiza o potencial <strong>de</strong> ganho pela oferta <strong>de</strong> uma solução.Kotler (2003) comenta que se <strong>de</strong>ve ficar atento aos problemas. As pessoas sequeixam da dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> dormir um sono tranqüilo durante toda a noite, <strong>de</strong>encontrar programas <strong>de</strong> férias acessíveis, <strong>de</strong> livrar-se do entulho acumulado emsuas casas, <strong>de</strong> rastrear as origens da família, <strong>de</strong> erradicar as ervas daninhas emseus jardins, e assim por diante. Segundo ele, cada um <strong>de</strong>sses problemas po<strong>de</strong>suscitar várias soluções.Nota-se que, as <strong>de</strong>finições remetem que, somente pela criação e oferta <strong>de</strong> algoé que se po<strong>de</strong> lucrar com a oportunida<strong>de</strong>. A oportunida<strong>de</strong> em si é potencial <strong>de</strong> lucro,ou potencial <strong>de</strong> se conseguir algum valor. Percebe-se ainda que, os conceitos <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong> e idéia se confun<strong>de</strong>m na literatura. Geralmente não é feita umadistinção clara, embora haja conotações <strong>de</strong> que se trate <strong>de</strong> elementos diferentes,mas inter-relacionados.A.2 OPORTUNIDADE INEXPLORADA DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTONeste trabalho, trata-se <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sdobrada emidéias <strong>de</strong> novos produtos. É aqui <strong>de</strong>finida como um problema latente, passível <strong>de</strong> serpercebido por alguém, que um grupo <strong>de</strong> indivíduos possuem e que estão dispostos,ou serem estimulados, a pagar por uma solução, ainda <strong>de</strong>sconhecida, na forma <strong>de</strong>um produto (baseado em Stull, Myers e Scott (2008)).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 226A.3 OPORTUNIDADE DE OCEANO AZULNão há uma <strong>de</strong>finição exata <strong>para</strong> este termo em Kim e Mauborgne (2005).Infere-se que os conceitos <strong>de</strong> oceano azul e <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oceano azul sesobreponham.Segundo Kim e Mauborgne (2005, pg. 4-5; 2009a), os oceanos azuis sãocaracterizados por espaços <strong>de</strong> mercado inexplorados, pela criação <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda epela oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alto crescimento altamente lucrativo. Kim e Mauborgne (2009a)comentam que os oceanos azuis representam o espaço <strong>de</strong> mercado <strong>de</strong>sconhecido,i. e. todos os setores que não existem no presente. Segundo eles, oceanos azuispo<strong>de</strong>m ser criados pela expansão das fronteiras dos setores existentes ou pelareconstrução <strong>de</strong>ssas fronteiras (ibi<strong>de</strong>m).Embora Kim e Mauborgne (2005) comentem que po<strong>de</strong> haver isolamento (i.e.espaços <strong>de</strong> mercado in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes dos pré-existentes) não se i<strong>de</strong>ntificaramexemplos. Desta forma, teoricamente, os oceanos azuis po<strong>de</strong>m ser isolados ou<strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> oceanos vermelhos (Figura A.1).Figura A.1: Oceanos azuis isolados e <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> oceano vermelho.Os autores comentam que é maior a incidência <strong>de</strong> oceanos azuis <strong>de</strong>rivados.Po<strong>de</strong>-se dizer que a abordagem metodológica da EOA, proposta por eles, visasistematizar esse processo <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> fronteiras e assim a “criação” <strong>de</strong> umnovo espaço <strong>de</strong> mercado (ibi<strong>de</strong>m).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 227A.4 OPORTUNIDADE DE TROCA DE VALORESNeste trabalho, trata-se <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> que fomenta a troca <strong>de</strong> valoresentre setor e mercado. É uma chance <strong>de</strong> se obter algum valor <strong>de</strong>sejado, então <strong>de</strong>posse <strong>de</strong> outro indivíduo, ou grupo <strong>de</strong> indivíduos, pela troca <strong>de</strong> um valor <strong>de</strong>sejadopor estes, e que po<strong>de</strong> ser ofertado.Como será visto na discussão acerca do Processo <strong>de</strong> Toca <strong>de</strong> Valores, queaborda a teoria <strong>de</strong> Kotler e Keller (2006), a obtenção <strong>de</strong> um valor <strong>de</strong>sejado não<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> unicamente do processo <strong>de</strong> troca, pois os indivíduos po<strong>de</strong>m produzir ovalor, extorquir o valor ou pedir gratuitamente o valor <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> outra pessoa.Contudo, a troca é o mecanismo legal e socialmente aceitável. A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> um valor vai além do processo <strong>de</strong> troca. Porém, nocontexto do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos, o enfoque é no processo <strong>de</strong> troca.No sentido mais amplo, oportunida<strong>de</strong> nada mais é do que uma chance <strong>de</strong> se obteralgo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do meio empregado.A.5 IDENTIFICAÇÃO E RECONHECIMENTO DE OPORTUNIDADESegundo Baron (2004), o reconhecimento <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s se refere ao(s)processo(s) cognitivo(s) ativo(s) pelo qual os indivíduos concluem que elesi<strong>de</strong>ntificaram o potencial <strong>de</strong> criar algo novo que tem o potencial <strong>de</strong> gerar valoreconômico e que não está sendo explorado ou <strong>de</strong>senvolvido no momento, e que évisto como <strong>de</strong>sejável na socieda<strong>de</strong> na qual ele ocorre (i.e., o seu <strong>de</strong>senvolvimento éconsistente com as condições morais e legais existentes). Ardichvili, Cordozo eSourav (2003) apud Baughn et al. (2004) comentam que o reconhecimento <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s envolve sentir ou perceber necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado e/ou recursossubutilizados, e então <strong>de</strong>scobrir e <strong>de</strong>senvolver um encaixe entre essas necessida<strong>de</strong>se recursos.A.6 IDÉIAO termo idéia po<strong>de</strong> representar inúmeras abstrações mentais. Nesta pesquisasão <strong>de</strong> único interesse aquelas relativas aos novos produtos.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 228Segundo Koen et al. (2001 e 2002), idéia é a forma mais embrionária <strong>de</strong> umnovo produto ou serviço. Ela consiste freqüentemente <strong>de</strong> uma visão <strong>de</strong> alto nível dasolução i<strong>de</strong>ntificada <strong>para</strong> o problema i<strong>de</strong>ntificado pela oportunida<strong>de</strong>.Nota-se uma relação entre idéia e oportunida<strong>de</strong> nessa <strong>de</strong>finição. Aqui, o hiatomencionado na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses autores é tratado como umproblema, cuja solução po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scrita em mais alto nível pela idéia.Dolabela (1999) comenta que atrás da oportunida<strong>de</strong> sempre existe uma idéia,seja um produto e/ou um serviço. Entretanto, Baron (2004) argumenta que nem todaidéia po<strong>de</strong> ser uma oportunida<strong>de</strong>. Segundo ele, a tecnologia existente po<strong>de</strong> torná-laimpossível <strong>de</strong> gerar valor econômico. Contudo, ele comenta que há um limite tênueentre idéia e oportunida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da escola e linha <strong>de</strong> raciocínio que se segue.Acredita-se que nem todas as novas idéias en<strong>de</strong>reçarão a oportunida<strong>de</strong>, ou secaracterizarão como oportunida<strong>de</strong>s. Pois, mesmo que en<strong>de</strong>recem um problema ouárea <strong>de</strong> interesse do comprador, estas po<strong>de</strong>m não ser lucrativas ou viáveis. Porém,nem todo problema <strong>de</strong>scoberto po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> interesse do comprador.Nesta pesquisa, estes termos são abordados como distintos, embora interrelacionados.Acredita-se que pela análise das idéias po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>svendar aoportunida<strong>de</strong> nela oculta, o problema que ela tenta solucionar e a situação visionadaa que ela se <strong>de</strong>stina.A.7 IDÉIA DE OCEANO AZULAqui, trata-se da criação <strong>de</strong>rivada da oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oceano azul. Kim eMauborgne (2009b) estabelecem o índice <strong>de</strong> idéia <strong>de</strong> oceano azul <strong>para</strong> verificar seuma idéia aten<strong>de</strong> os critérios da EOA. Para ser qualificada <strong>de</strong>sta forma uma idéia<strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r os seguintes critérios (ibi<strong>de</strong>m):a) A nova oferta provê utilida<strong>de</strong> excepcional?b) O preço é facilmente acessível <strong>para</strong> a massa <strong>de</strong> compradores alvo?c) A estrutura <strong>de</strong> custo aten<strong>de</strong> ao custo alvo?d) As barreiras <strong>de</strong> adoção foram consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início?PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 229Se a resposta for negativa em qualquer <strong>de</strong>ssas perguntas, é importanteretornar ao passo anterior até se obter respostas positivas em todas elas (ibi<strong>de</strong>m).Nota-se que estes critérios constituem o princípio <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência à seqüênciaestratégica na proposta <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005).A.8 PRODUTO CONCEITOSegundo Koen et al. (2002) o conceito tem uma forma bem <strong>de</strong>finida, e incluitanto <strong>de</strong>scrições visuais como escritas, que inclui suas características primárias ebenefícios ao consumidor combinado com uma compreensão ampla da tecnologianecessária. Segundo a Associação <strong>de</strong> Gestão e Desenvolvimento <strong>de</strong> Produto(Product Development and Management Association – PDMA), conceito é uma<strong>de</strong>scrição claramente escrita e, possivelmente, visual <strong>de</strong> uma idéia <strong>de</strong> um novoproduto, na qual se incluem as suas características primárias e benefícios aoconsumidor (ROSENAU JUNIOR, 1996).A.9 VALORKotler e Keller (2006) <strong>de</strong>finem valor como uma combinação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,serviço e preço. Segundo eles, o valor reflete os benefícios e os custos tangíveis eintangíveis percebidos pelo consumidor. Aqui, pela <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Koen et al. (2002)<strong>para</strong> oportunida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fine-se valor como o objetivo final correspon<strong>de</strong> à situaçãovisionada pelo cliente <strong>de</strong> um lado, e pelo setor <strong>de</strong> outro, em um processo <strong>de</strong> troca <strong>de</strong>valores (discutido na Seção A.19).A.10 ATRIBUTO DE VALORAqui, trata-se <strong>de</strong> uma parcial do valor. O valor como um todo po<strong>de</strong> serexpresso por seus diferentes atributos <strong>de</strong> valor. Na prática, são os atributos que ocliente utiliza <strong>para</strong> avaliar o valor total <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado produto. Kim e Mauborgne(2005, pg. 43) afirmam que os atributos <strong>de</strong> valor <strong>de</strong>vem ser expressos em termosque os compradores possam compreen<strong>de</strong>r e valorizar e não ser articulados na formaPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 230<strong>de</strong> jargão operacional. Por exemplo, utilizar a palavra velocida<strong>de</strong> à megahertz, águaquente à temperatura <strong>de</strong> fontes termais.A.11 BENEFÍCIOSegundo a PDMA, benefício é um atributo expresso nos termos do que ousuário obtém do produto ao invés das suas características físicas ouparticularida<strong>de</strong>s. Benefícios são geralmente pareados com característicasespecíficas, mas eles não precisam ser. Benefícios são percebidos, nãonecessariamente reais (ROSENAU JUNIOR, 1996).A.12 NECESSIDADE DO CLIENTESegundo a PDMA, necessida<strong>de</strong> do cliente é um problema que o clientegostaria que fosse resolvido. É aquilo que o cliente gostaria que um produto fizessepor ele (ROSENAU JUNIOR, 1996).Griffin (1996) comenta que as necessida<strong>de</strong>s do consumidor são os problemasque um produto ou serviço soluciona e a função a qual o mesmo <strong>de</strong>sempenha. Elas<strong>de</strong>screvem aquilo que os produtos fazem e não como fazem. Rozenfeld et al. (2006)comentam que as necessida<strong>de</strong>s dos clientes são dados originais dos <strong>de</strong>sejos dosclientes, que po<strong>de</strong>m ser redundantes e expressar as características dos produtos.Shillito (2001) <strong>de</strong>fine necessida<strong>de</strong> como aquilo que o cliente quer, a falta <strong>de</strong> algo,orientada <strong>para</strong> o futuro, que leva ao produto dominante <strong>de</strong> amanhã e é <strong>de</strong> longoprazo. Segundo ele, a necessida<strong>de</strong> nem sempre po<strong>de</strong> ser reconhecida ou <strong>de</strong>scritapelo cliente.A.13 OBJETIVO FINALNeste trabalho, trata-se do valor mais amplo almejado pelo cliente. Kim eMauborgne (2005) o remetem à solução total <strong>para</strong> o problema do cliente. Aqui, elese traduz no benefício total esperado pelo cliente e que o cliente espera que oproduto satisfaça.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 231Da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Pahl et al. (2005), trata-se da situação final <strong>de</strong>sejada, estadosA’, B’ e C’ da Figura, apresentada na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> problema. De Shillito (2001) seconclui que, se a situação final <strong>de</strong>sejada for escrita positivamente, tem-se o objetivo,e se for escrita <strong>de</strong> maneira negativa, tem-se o problema. De Stull, Myers e Scott(2008) conclui-se que, se alguém <strong>de</strong>seja pagar <strong>para</strong> atingir este objetivo, tem-seuma oportunida<strong>de</strong>.A.14 PROBLEMAPahl et al. (2005, pg. 31) comentam que um problema caracteriza-se por trêscomponentes:a) Uma situação inicial in<strong>de</strong>sejada, ou seja, existência <strong>de</strong> uma situaçãoinsatisfatória;b) Uma situação final <strong>de</strong>sejada, ou seja, alcançar uma situação satisfatória ou oresultado <strong>de</strong>sejado;c) Obstáculos que, num dado momento, impe<strong>de</strong>m a transformação da situaçãoinicial in<strong>de</strong>sejada na situação final <strong>de</strong>sejada.Segundo eles, os obstáculos, que impe<strong>de</strong>m a transformação, po<strong>de</strong>m sercausados pêlos seguintes motivos (ibi<strong>de</strong>m):a) Os meios <strong>para</strong> a superação são <strong>de</strong>sconhecidos e ainda precisam serencontrados (problema <strong>de</strong> síntese, problema do operador);b) Os meios são conhecidos, mas são tão numerosos ou precisam sercombinados em número tão gran<strong>de</strong>, que impossibilita uma experimentaçãosistemática (problema <strong>de</strong> interpolação, problema <strong>de</strong> combinação ou <strong>de</strong>seleção);c) Os objetivos só são vagamente conhecidos ou imprecisamente formulados. Asolução resulta da constante pon<strong>de</strong>ração e eliminação <strong>de</strong> contradições, atéobter um resultado aceitável que atenda os objetivos <strong>de</strong>sejados (problemadialético, problema <strong>de</strong> busca e <strong>de</strong> aplicação).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 232Devido à importância <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>finição <strong>para</strong> esta pesquisa, <strong>de</strong>senvolveu-se umailustração dos três componentes dos problemas assim como das três causas <strong>de</strong>obstáculos (Figura A.2).Figura A.2: Ilustração da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> problema.Os problemas po<strong>de</strong>m ser tanto uma situação inicial in<strong>de</strong>sejada (A, B e C),quanto uma situação final <strong>de</strong>sejada (A’, B’ e C’), assim como as barreiras entre estesestados (quadrados entre estado inicial e final). A situação final <strong>de</strong>sejada tambémpo<strong>de</strong> ser chamada <strong>de</strong> objetivo final a ser alcançado. Atingi-lo implica no emprego <strong>de</strong>um meio (a, b, c ou d), que po<strong>de</strong> ser tido como uma solução e que po<strong>de</strong> sermanifestada por um produto ou serviço. Os obstáculos, como comentam Pahl et al.(2005), também po<strong>de</strong>m ser o <strong>de</strong>sconhecimento <strong>de</strong> um meio, a existência e exigência<strong>de</strong> muitos meios ou a não <strong>de</strong>finição do objetivo final. Além disso, sabe-se que todosos elementos ilustrados mudam com o passar do tempo.Outra <strong>de</strong>finição complementar é dada por Shillito (2001). Ele <strong>de</strong>fine problemacomo as necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos do cliente escrito <strong>de</strong> maneira negativa. Disto,enten<strong>de</strong>-se que, ao se i<strong>de</strong>ntificar algo não <strong>de</strong>sejável, po<strong>de</strong>-se reescrevê-lo <strong>de</strong>maneira positiva e assim se obtém a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> uma necessida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>sejo.King e Schlicksupp (1999) <strong>de</strong>finem problema como uma discrepância entreuma situação existente e um estado <strong>de</strong>sejado. Inclui conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>safio,oportunida<strong>de</strong>, tarefa, questão ou melhoria <strong>de</strong> processo.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 233A.15 SOLUÇÃONeste trabalho, solução <strong>de</strong>nota o meio empregado <strong>para</strong> resolver um problema.O “como” que proporciona um “o que”. Especificamente, um produto que entrega umbenefício/valor ao cliente. Shillito (2001) <strong>de</strong>fine solução como o preenchimento <strong>de</strong>uma necessida<strong>de</strong> ou problema do cliente. Barker (1993) associa o conceito <strong>de</strong>solução ao <strong>de</strong> <strong>para</strong>digma.A.16 PARADIGMAPara Barker (1993), um <strong>para</strong>digma é um apanhado <strong>de</strong> regras e regulamentos(escritos ou não) que fazem duas coisas: i/ estabelece ou <strong>de</strong>fine limites; e ii/ indicacomo se comportar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sses limites <strong>para</strong> se obter sucesso. Shillito (2001) o<strong>de</strong>fine como um mo<strong>de</strong>lo mental <strong>de</strong> como o ser humano compreen<strong>de</strong> o mundo e toma<strong>de</strong>cisões.Através <strong>de</strong> Barker (1993), po<strong>de</strong>-se dizer que um <strong>para</strong>digma é uma forma <strong>de</strong>resolver um problema. Métodos, metodologias, formas <strong>de</strong> pensar, incluindo produtose serviços específicos são tipos <strong>de</strong> <strong>para</strong>digmas. A quebra <strong>de</strong> <strong>para</strong>digma ocorrequando se utiliza um novo <strong>para</strong>digma <strong>para</strong> resolver um problema até então resolvidopor outro <strong>para</strong>digma. Barker (1993) comenta que é pelo uso do <strong>para</strong>digma correnteque se i<strong>de</strong>ntificam os seus limites, problemas que ele não consegue resolver, e épela explicitação <strong>de</strong>stes problemas que surge o potencial <strong>para</strong> a criação <strong>de</strong> um novo<strong>para</strong>digma, que po<strong>de</strong> ser uma evolução incremental do <strong>para</strong>digma anterior ou umaquebra total do mesmo.Nesta pesquisa, um novo produto representa um novo <strong>para</strong>digma, que po<strong>de</strong>ser uma melhoria incremental <strong>de</strong> um produto corrente, ou um produto que pouco seassemelha com o seu antecessor. Das orientações <strong>de</strong> Barker (1993) quanto àquebra <strong>de</strong> <strong>para</strong>digmas, conclui-se que, é pelos problemas que os produtos correntesnão resolvem que se cria o potencial <strong>para</strong> os novos produtos (Figura A.3).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 234Figura A.3: Comportamento dos <strong>para</strong>digmas no transcorrer do tempo.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Barker (1993).Como se po<strong>de</strong> notar, com o passar do tempo <strong>de</strong>scobrem-se problemas que os<strong>para</strong>digmas correntes não conseguem resolver, o que indica oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um novo <strong>para</strong>digma, que via <strong>de</strong> regra, seguirá o mesmo ciclo.Das <strong>de</strong>finições anteriores, acredita-se que é pela <strong>de</strong>scoberta dos problemasque os indivíduos não conseguem resolver com os produtos correntes, e que<strong>de</strong>sejam pagar <strong>para</strong> resolvê-los, que se encontram as oportunida<strong>de</strong>s <strong>para</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos lucrativos.A.17 ESTRATÉGIACooper (2001) comenta que a palavra estratégia é <strong>de</strong>rivada do grego antigo esignifica "a arte do general". De acordo com Cooper 2001 e Cooper e Edgett (2007),no contexto dos negócios, estratégia vem sendo <strong>de</strong>finida como "os esquemas nosquais os recursos e vantagens <strong>de</strong> uma empresa são gerenciados (<strong>de</strong>sdobrados)<strong>para</strong> surpreen<strong>de</strong>r e superar os competidores ou <strong>de</strong> explorar oportunida<strong>de</strong>s".Estratégia é sobre escolher mercados a atacar e escolher os produtos com osquais atacá-los (COOPER, 2001). Segundo Kaplan e Norton (2008), estratégias sãohipóteses sobre a criação <strong>de</strong> valor. A estratégia <strong>de</strong>screve a proposta <strong>de</strong> valor <strong>para</strong>os clientes a ser apresentada pela organização <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s dosclientes em <strong>de</strong>terminado nicho <strong>de</strong> mercado (ibi<strong>de</strong>m, p.98).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 235A.18 ESTRATÉGIA DO OCEANO AZULKim e Mauborgne (2009c) <strong>de</strong>finem EOA como a busca simultânea <strong>de</strong>diferenciação e baixo custo <strong>de</strong> maneira a se criar um novo espaço <strong>de</strong> mercado. Esteconceito é discutido em <strong>de</strong>talhes no Capítulo 3. A seguir, se apresenta um apanhadosobre as principais referências do tema da pesquisa.A.19 PROCESSO DE TROCA DE VALORESComo o tema <strong>de</strong>ste trabalho se relaciona com as etapas iniciais <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos, especificamente a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong> mercado que fomentam o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> umanova oferta <strong>de</strong> valor, julga-se necessário discorrer sobre o processo <strong>de</strong> troca <strong>de</strong>valores.Segundo Kotler e Keller (2006), só se po<strong>de</strong> obter um “valor”, seja um produto,serviço, dinheiro ou qualquer outra coisa que <strong>de</strong>seje, mediante quatro maneirasdistintas, cada qual com as suas limitações peculiares:a) Po<strong>de</strong>-se produzir o valor;b) Po<strong>de</strong>-se extorquir o valor <strong>de</strong> alguém (utilizar a força bruta);c) Po<strong>de</strong>-se pedir gratuitamente;d) Po<strong>de</strong>-se oferecer outro valor (um produto, serviço, dinheiro, entre outros) emtroca ao valor <strong>de</strong>sejado.Neste contexto, infere-se que o termo oportunida<strong>de</strong>, em seu sentido maisamplo, po<strong>de</strong> ser entendido como as diferentes chances <strong>de</strong> se obter um “valor”.Po<strong>de</strong>-se i<strong>de</strong>ntificar uma chance <strong>de</strong> se produzir um valor <strong>para</strong> si mesmo, uma chance<strong>de</strong> se extorquir o valor <strong>de</strong> alguém, uma chance <strong>de</strong> pedir o valor <strong>para</strong> alguém ou <strong>de</strong>trocar um valor com outrem. Todas são chances <strong>de</strong> se conseguir algo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo.Porém, como as três primeiras alternativas não são aplicáveis no contextoempresarial e legal, a troca é o meio comumente adotado. Segundo os autores, elaé um processo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> valor, porque normalmente <strong>de</strong>ixa as partes em melhorsituação, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> o ganho ser em dinheiro ou em bens e/ou serviços(ibi<strong>de</strong>m).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 236De acordo com eles, toda a economia é baseada neste processo, que permeiaos fluxos <strong>de</strong> valor entre diferentes mercados, assim como a relação existente entre omercado (quem procura) e o setor (quem oferta), (Figura A.4, ibi<strong>de</strong>m). Nestecontexto se inserem os novos produtos, serviços e negócios.Figura A.4: Relacionamento entre setor e mercado.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Kotler e Keller (2006).Na interface entre setor e mercado fluem informações, materiais e dinheiroarranjados <strong>de</strong> uma forma em que ambas as partes acreditam ganhar valor atravésda troca (ibi<strong>de</strong>m). Em última análise, setor e mercado são constituídos <strong>de</strong> indivíduosque <strong>de</strong>sejam ou necessitam obter algum valor (KAMPA, 2008).Assim, os empreendimentos perseguem a efetivação <strong>de</strong> um potencial <strong>de</strong> trocaque po<strong>de</strong> ser chamado <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado. Segundo Kotler e Keller (2006)ela po<strong>de</strong> surgir em três situações distintas:a) Fornecer algo escasso;b) Fornecer, <strong>de</strong> maneira nova, ou melhor, um produto ou serviço existente;c) Fornecer um novo produto ou serviço.Essas três situações remetem ao valor <strong>de</strong>sejado pelo mercado e que o setor<strong>de</strong>ve se encarregar <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e fornecer. Assim, a troca implica em umtrabalho investigativo no sentido <strong>de</strong> se <strong>de</strong>scobrir qual é o valor <strong>de</strong>sejado pelacontraparte <strong>para</strong> se efetivar a troca. Desta forma, segundo os autores, <strong>para</strong> que atroca possa existir, cinco condições são essenciais (ibi<strong>de</strong>m):a) Que existam pelo menos duas partes;b) Que todas as partes possuam algo que possa ter valor <strong>para</strong> as outras partes;c) Que todas as partes tenham capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação e entrega;d) Que todas as partes estejam livres <strong>para</strong> aceitar ou recusar a oferta <strong>de</strong> troca;PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice A Conceitos e <strong>de</strong>finições fundamentais 237e) Que todas as partes acreditem ser a<strong>de</strong>quado participar da negociação.Setor e mercado constituem as duas partes necessárias a qualquer processo<strong>de</strong> troca. O mercado tem o que o setor procura – o dinheiro, principalmente. O setor,por sua vez, <strong>de</strong>ve possuir <strong>para</strong> troca aquilo que o mercado tem interesse –<strong>de</strong>terminados bens e serviços. Porém, <strong>para</strong> que ambos conquistem o que <strong>de</strong>sejam<strong>de</strong>vem ter capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicar e <strong>de</strong> entregar a oferta. O setor <strong>de</strong>ve tercondições <strong>de</strong> produzir os bens e serviços e entregá-los ao mercado e este <strong>de</strong>ve tercondições <strong>de</strong> pagar pela oferta, mediante uma negociação e um acordo comumentre as partes (KAMPA, 2008).Segundo Annacchino (2007), o consumidor está procurando por uma soluçãoque atenda uma necessida<strong>de</strong> por um bom preço. Os problemas dos consumidoressão aqueles que precisam ser resolvidos pelos produtos e serviços da empresa.Logo, a empresa <strong>de</strong>ve ser vista pelo cliente como uma solucionadora <strong>de</strong> problemase consultora confiável. O valor necessita ser criado e trocado <strong>para</strong> que ambas aspartes fiquem em melhor situação (ibi<strong>de</strong>m).Esta façanha <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> substancialmente do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento daoferta <strong>de</strong> valor e do sistema que efetivará a troca <strong>de</strong> valores – dos produtos/serviçose do negócio (KAMPA, 2008). Neste trabalho, o enfoque se dá na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas ofertas <strong>de</strong> valor, especificamente nasoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos que tornam seuspre<strong>de</strong>cessores irrelevantes sob o ponto <strong>de</strong> vista do mercado – os produtos que<strong>de</strong>sbravam oceanos azuis.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice B Outros mecanismos e abordagens <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 238APÊNDICE B – OUTROS MECANISMOS E ABORDAGENS PARA AIDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADESA seguir são apresentados alguns mo<strong>de</strong>los e mecanismos <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, complementares àqueles expostos no corpo do trabalho. Acoletânea <strong>de</strong> artigos apresentada em Butler (2004) <strong>de</strong>monstra o estado da artenessas pesquisas no campo do empreen<strong>de</strong>dorismo e apresenta dois mo<strong>de</strong>los <strong>para</strong> ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s empreen<strong>de</strong>doras.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice B Outros mecanismos e abordagens <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 239B.1 MECANISMOS DE IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE KO (2004)Ko (2004) apresenta uma estrutura <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sempreen<strong>de</strong>doras (Figura B.1Figura).Figura B.1: Estrutura <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s empreen<strong>de</strong>doras.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Ko (2004).Nota-se que no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Ko (2004) o pensamento associativo e/oubissociativo entre as re<strong>de</strong>s sociais e o conhecimento prévio, somado ao estado <strong>de</strong>alerta entre essas relações, leva às idéias empreen<strong>de</strong>doras. Nota-se que asoportunida<strong>de</strong>s empreen<strong>de</strong>doras são <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> idéias empreen<strong>de</strong>doras, após apercepção <strong>de</strong> que estas são <strong>de</strong>sejáveis e viáveis. Referências ao estado <strong>de</strong> alertaaparecerem constantemente em Butler (2004). Segundo Dimov (2004), oreconhecimento <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> se dá <strong>de</strong> uma relação entre o indivíduo e oseu contexto. Segundo ele os principais processos <strong>para</strong> isso <strong>de</strong>correm do insightcriativo, da busca motivada e do estado <strong>de</strong> alerta. Conforme afirmações <strong>de</strong>Sandberg e Hench (2004), a distinção entre a busca <strong>de</strong>liberada e o processo nãoplanejado <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta não <strong>de</strong>liberada resi<strong>de</strong> na idéia do estado <strong>de</strong> alerta.Apesar <strong>de</strong>ssas afirmações, Fiet, Clouse e Norton Junior (2004), comentam queo estado <strong>de</strong> alerta, entretanto, não é uma estratégia <strong>de</strong> busca tão eficiente quantoparece, pois po<strong>de</strong> ser associada à sorte e, sendo assim, não po<strong>de</strong>ria ser transmitidaem um treinamento, por exemplo. Contudo, embora, o seu emprego sejaquestionável, acredita-se que a serendipida<strong>de</strong> não <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>sestimulada nasbuscas sistemáticas. Acredita-se que o pesquisador <strong>de</strong>ve, sim, ficar atento àsinformações que coleta e se estas po<strong>de</strong>m representar oportunida<strong>de</strong>s. Ascaracterísticas gerais da proposta po<strong>de</strong>m ser vistas na Tabela B.1.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice B Outros mecanismos e abordagens <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 240Tabela B.1: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ko(2004).Parâmetros com<strong>para</strong>tivosElementos caracterizadores <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> aceleração da <strong>de</strong>scobertaMecanismos <strong>de</strong> integração com o PDPPrincipal saída do mo<strong>de</strong>lo e formatoAplicação (<strong>de</strong>scobrimento e/ou previsão)Características do mo<strong>de</strong>loDesejo por parte <strong>de</strong> compradores acerca <strong>de</strong> umaidéia consi<strong>de</strong>rada viávelInsight <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> pensamento associativo ebissociativo entre estado <strong>de</strong> alerta, re<strong>de</strong>s sociaise conhecimento prévioNão <strong>de</strong>finidoNão <strong>de</strong>finido, infere-se que seja o estado <strong>de</strong>alerta do indivíduoNão <strong>de</strong>finidoIdéia <strong>de</strong> negócio em formato não <strong>de</strong>finidoNão <strong>de</strong>finido, infere-se que ambasB.2 MECANISMOS DE IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE FIET,CLOUSE E NORTON JUNIOR (2004)Fiet, Clouse e Norton Junior (2004) apresentam um mo<strong>de</strong>lo prescritivo <strong>para</strong> a<strong>de</strong>scoberta e exploração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s empreen<strong>de</strong>doras (Figura B.2).Figura B.2: Mo<strong>de</strong>lo prescritivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta e exploração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s empreen<strong>de</strong>doras.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Fiet, Clouse e Norton Junior (2004).Nota-se que no ponto <strong>de</strong> partida (1) há a experiência prévia do indivíduo,constituída <strong>de</strong> conhecimentos gerais e conhecimentos específicos sobre um campo.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice B Outros mecanismos e abordagens <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 241Segundo eles, este conhecimento é que dá suporte <strong>para</strong> todos os outros passos. Eleé baseado no conhecimento <strong>de</strong> pessoas, lugares, tempo, circunstâncias especiais etecnologia. A aquisição <strong>de</strong>sse conhecimento tem um preço, assim o empreen<strong>de</strong>doreconomiza, corta custos, ao selecionar canais <strong>de</strong> informação conhecidos (2) <strong>para</strong> abusca <strong>de</strong> informações específicas. O conhecimento <strong>de</strong>sses canais leva oempreen<strong>de</strong>dor a <strong>de</strong>senvolver um conjunto específico <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> busca (4), o qualjulga ser o mais eficiente <strong>para</strong> buscas sistemáticas. O emprego <strong>de</strong>sses canais (5)po<strong>de</strong> levar a uma atualização do conjunto <strong>de</strong> canais (3), conforme o seu<strong>de</strong>sempenho. Entretanto, nesse processo, ninguém po<strong>de</strong> prever quando uma<strong>de</strong>scoberta ocorrerá (6), pois é consi<strong>de</strong>rada específica a cada empreen<strong>de</strong>dor <strong>de</strong>vidoao elo entre o conhecimento do empreen<strong>de</strong>dor e a oportunida<strong>de</strong> (ibi<strong>de</strong>m). Osautores comentam, que esse conjunto <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> informação que o empreen<strong>de</strong>dor<strong>de</strong>senvolve, ten<strong>de</strong> a aumentar a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sucesso das <strong>de</strong>scobertas. Se oempreen<strong>de</strong>dor não está qualificado <strong>para</strong> explorar a “idéia” que ele <strong>de</strong>scobriu, elepo<strong>de</strong> adquirir competências (7) e recursos valiosos e difíceis <strong>de</strong> imitar (8) quepermitirem explorar rapidamente a “idéia” (9). Assim ele po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sfrutar dosbenefícios do processo (10) (ibi<strong>de</strong>m). Ver características gerais na Tabela B.2.Tabela B.2: Principais características dos mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Fiet,Clouse e Norton Junior (2004).Parâmetros com<strong>para</strong>tivosElementos caracterizadores <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sMecanismos <strong>de</strong> aceleração da <strong>de</strong>scobertaMecanismos <strong>de</strong> integração com o PDPPrincipal saída do mo<strong>de</strong>lo e formatoAplicação (<strong>de</strong>scobrimento e/ou previsão)Características do mo<strong>de</strong>loNão <strong>de</strong>finido, infere-se que seja uma idéia <strong>de</strong> umnovo empreendimentoEstabelecimento e atualização constante <strong>de</strong>canais <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> informaçõesCapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exploração da idéia i<strong>de</strong>ntificadaNão <strong>de</strong>finido, infere-se que seja a buscaconstante <strong>de</strong> informações diversas nos canais <strong>de</strong>buscaNão <strong>de</strong>finidoIdéia ou oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio em formato não<strong>de</strong>finidoNão <strong>de</strong>finido, infere-se que ambasPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice B Outros mecanismos e abordagens <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 242Nota-se que o mo<strong>de</strong>lo explicita um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta tácito doempreen<strong>de</strong>dor. Contudo, não representa um processo <strong>de</strong> negócio. O mo<strong>de</strong>lofortalece a influência do conhecimento prévio e da formação <strong>de</strong> novo conhecimentoatravés da busca em canais <strong>de</strong> informação rumo a <strong>de</strong>scoberta, mesmo que estaocorra pela serendipida<strong>de</strong>.B.3 TÉCNICAS DE PESQUISA QUALITATIVAEnten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s dos consumidores é fundamental <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar,especificar e justificar uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produto (BAXTER, 2003).Existem diversas práticas indicadas <strong>para</strong> obtenção <strong>de</strong> dados qualitativos,<strong>de</strong>ntre as quais <strong>de</strong>stacam-se: i/ observações; ii/ focus groups; iii/ entrevistas um-aum;iv/ visitas em casa, entre outros (DAVIS, 1996). No tocante às entrevistas, elassão baseadas em questões abertas, <strong>de</strong>ixando o entrevistado falar livremente sobre otema abordado. O entrevistador tem o papel <strong>de</strong> tomar notas e garantir o foco noassunto (Ibi<strong>de</strong>m).As questões abordadas <strong>de</strong>vem ser condizentes com a experiência da pessoacom o tema. Não se <strong>de</strong>vem fazer perguntas relativas a algo que o entrevistado, <strong>de</strong>fato, nunca tenha experimentado antes. Isso evita que o mesmo imagine umasituação i<strong>de</strong>al não condizente com a realida<strong>de</strong> e, conseqüentemente, com os dadosprocurados. O único tipo <strong>de</strong> informação que um entrevistado po<strong>de</strong>, <strong>de</strong> fato, fornecer<strong>de</strong> forma segura é aquela sobre a qual seja familiar, tenha conhecimento ou aquelasque já tenham tido uma experiência direta (GRIFFIN, 1996).Os consumidores não po<strong>de</strong>m dizer se gostam ou não <strong>de</strong> um produtocompletamente novo, que eles nunca viram antes (BAXTER, 2003). Segundo Griffin(1996), interagir aprofundadamente com vinte consumidores é suficiente <strong>para</strong> obtercerca <strong>de</strong> 90% das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stes.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice C Questionário <strong>de</strong>stinado a empresa praticante <strong>de</strong> EOA e respostas 243APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO DESTINADO A EMPRESAPRATICANTE DE EOA E RESPOSTASA seguir, apresenta-se o questionário estruturado <strong>de</strong>stinado à empresa <strong>de</strong>automação comercial, juntamente com as respostas obtidas e com uma análise dasmesmas. Ele visa esclarecer a integração prática da EOA em um PDP <strong>de</strong> umaempresa <strong>de</strong>senvolvedora <strong>de</strong> bens duráveis. Inicialmente, objetivou-se umaentrevista, com um roteiro <strong>de</strong>finido. Porém, <strong>de</strong>vido à indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo porparte da empresa <strong>para</strong> participar da pesquisa, <strong>de</strong>senvolveu-se um questionário comperguntas fechadas. Esse processo resultou em um aumento no número <strong>de</strong>perguntas, e tornou o questionário um tanto longo. Contudo, como o arquivo foienviado em formato digital, as questões podiam ser resolvidas com o editor <strong>de</strong> textocom apenas uma marcação nos campos sugeridos.Como houve apenas um respon<strong>de</strong>nte, as suas respostas foram inseridas e onome do respon<strong>de</strong>nte foi omitido. A análise das respostas está na seqüência <strong>de</strong>apresentação <strong>de</strong>sta seção.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


1UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – <strong>UTFPR</strong>PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIAMECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong>INTRODUÇÃOEste instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações é parte <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> pesquisa científica inédito,relacionado à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos. Ointeresse <strong>de</strong>ste questionário é obter uma visão qualitativa da prática frente alguns postulados teóricos. Asua participação é fundamental <strong>para</strong> atingir este objetivo.PÚBLICO ALVOEste questionário é <strong>de</strong>stinado a profissionais envolvidos com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e aqueles envolvidos com o planejamento estratégico da empresa e<strong>de</strong> novos produtos. Nesse contexto, enquadram-se gerentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e li<strong>de</strong>ranças estratégicas<strong>de</strong> um modo geral.ORIENTAÇÕESA sua participação po<strong>de</strong>rá ocorrer em uma ou duas etapas. A primeira <strong>de</strong>las se dá com o preenchimento<strong>de</strong>ste questionário. A segunda etapa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá das suas respostas e será na forma <strong>de</strong> uma entrevistapessoal ou por telefone <strong>para</strong> a discussão pontual <strong>de</strong> algumas das suas respostas. Assim, após respon<strong>de</strong>r asperguntas seguintes, salvar o documento e enviá-lo <strong>para</strong> josmael@gmail.com. Mais esclarecimentos pelosfones (41) 3642-4345/3310-4776/8411-3847 ou pelo e-mail já citado.O questionário é anônimo. É <strong>de</strong> fundamental importância que as respostas reflitam a verda<strong>de</strong>. Não existemrespostas certas ou erradas. As questões são <strong>de</strong> múltipla escolha e algumas permitem mais <strong>de</strong> umaresposta. As perguntas se enquadram nas seções abaixo.Seção ASeção BSeção CSeção DEstratégia doOceano Azul – EOAI<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mercadoProcesso <strong>de</strong>PlanejamentoEstratégico – PPEProcesso <strong>de</strong>Desenvolvimento<strong>de</strong> Produtos – PDPPg. 3Pg. 5Pg. 6Pg. 7Após as seções temáticas há a seção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do entrevistado na página 8.LISTA DE SIGLASBSC: Balanced Scorecard; EOA: Estratégia do Oceano Azul; PDP: Processo <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Produtos;P&D: Pesquisa e Desenvolvimento; PPE: Processo <strong>de</strong> Planejamento Estratégico.<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


2TERMO DE CONFIDENCIALIDADETodas as informações são confi<strong>de</strong>nciais e nenhum respon<strong>de</strong>nte será i<strong>de</strong>ntificado nos resultados <strong>de</strong>steestudo assim como será mantido sigilo acerca das respostas e da empresa.Josmael Roberto KampaEsp. Gestão <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> ProdutosMestrando em Engenharia Mecânica<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


3Seção A – EOAEstratégia do Oceano Azul1. Qual é o seu grau <strong>de</strong> conhecimento acerca daEstratégia do Oceano Azul (EOA)?BásicoIntermediárioAvançadoInexistente (pular <strong>para</strong> a questão 25)2. Você leu o livro EOA?Sim. Com base no que você leu, você acreditaser possível a sua implementação na empresaapenas com a leitura do livro?SimNãoNão seiNão3. Quando vocês adotaram, formal ouinformalmente, a EOA na empresa?Não adotamos (pular <strong>para</strong> a questão 25)20052006200720082009Não sei4. A EOA ainda é uma abordagem corrente?SimNão maisNão sei5. Quais são/foram as funções da EOA na empresa?I<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado <strong>para</strong> o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas ofertas <strong>de</strong> valor(produtos/serviços/experiências)Orientar estrategicamente a organizaçãoOrientar estrategicamente o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> novos produtosOrientar estrategicamente o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> novos serviçosOrientar estrategicamente o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> novas experiênciasOrientar estrategicamente o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócioOutrasNão sei6. A empresa contratou uma consultoria externa<strong>para</strong> implementar a EOA?SimNãoNão sei7. A empresa teve <strong>de</strong> adaptar a EOA <strong>de</strong> algumaforma <strong>para</strong> po<strong>de</strong>r praticá-la? (Enten<strong>de</strong>r adaptaçãocomo qualquer alteração <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo/propostaoriginal).SimNão (pular <strong>para</strong> questão 10)Não sei (pular <strong>para</strong> questão 10)8. Quais foram os principais pontos adaptados <strong>para</strong>praticá-la na empresa?Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encaixe com <strong>de</strong>mais processosFacilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicaçãoInclusão <strong>de</strong> novas ferramentas e técnicasespecíficas no mo<strong>de</strong>lo originalOutrosNão sei9. Quem realizou a adaptação?Equipe internaConsultoria externa. A mesma daimplementaçãoConsultoria externaOutrosNão sei10. A empresa possui algum esquema visual doprocedimento corrente da EOA?Sim. É possível a <strong>de</strong>monstração/explicação<strong>de</strong>sse procedimento?SimNãoNão seiNãoNão sei11. Dos princípios apresentados a seguir (conforme<strong>de</strong>nominação original <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005))quais <strong>de</strong>les são/foram empregados <strong>para</strong> aformulação e execução da EOA na empresa (leiatodos antes <strong>de</strong> assinalar)?Reconstrua as fronteiras do mercadoConcentre-se no panorama geral, não nosnúmerosVá além da <strong>de</strong>manda existenteAcerte a seqüência estratégicaSupere as principais barreiras organizacionaisEmbuta a execução na estratégiaDesconheço todos estes princípiosUtilizamos outras <strong>de</strong>nominações <strong>para</strong> estesprincípios.12. A empresa enfrenta ou enfrentou dificulda<strong>de</strong>sna implementação <strong>de</strong> algum <strong>de</strong>sses princípios?SimNãoNão sei<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


413. Das ferramentas apresentadas a seguir(conforme <strong>de</strong>nominação original <strong>de</strong> Kim eMauborgne (2005)) quais <strong>de</strong>las são/foramempregadas <strong>para</strong> a formulação e execução da EOAna empresa (leia todas antes <strong>de</strong> assinalar)?Matriz <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> valorMo<strong>de</strong>lo das quatro açõesMatriz eliminar-reduzir-elevar-criarChecklist <strong>de</strong> alinhamento com as trêscaracterísticas da boa estratégia (foco,singularida<strong>de</strong> e mensagem consistente)Desconheço todas essas ferramentasUtilizamos outras <strong>de</strong>nominações <strong>para</strong> estasferramentas14. A empresa enfrenta ou enfrentou dificulda<strong>de</strong>sna implementação <strong>de</strong> alguma <strong>de</strong>ssas ferramentas?Sim.NãoNão sei15. Quem participa/participava da formulação daEOA na empresa?Alta direçãoGrupo seleto <strong>de</strong> indivíduosGrupo seleto <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentosTodos os funcionários da empresaNão sei16. Quem participa/participava da execução daEOA na empresa?Alta direçãoGrupo seleto <strong>de</strong> indivíduosGrupo seleto <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentosTodos os funcionários da empresaNão sei17. Como a EOA é/era documentada?Com os mo<strong>de</strong>los (gráficos, tabelas) originais daprópria EOADesenhoTexto explicativoApresentação em Power PointPlano <strong>de</strong> negóciosTabela <strong>de</strong> especificaçõesOutras formasNão sei18. Como a EOA é/era disseminada na empresa?Com a divulgação dos mo<strong>de</strong>los (gráficos,tabelas) originais da própria EOAOutrosNão é/era disseminadaNão sei19. Há algum mecanismo formal que represente aintegração da EOA com o Processo <strong>de</strong>Desenvolvimento <strong>de</strong> Produtos (PDP)?SimNãoNão sei20. Como a integração da EOA com o PDP é/eradisseminada na organização?Divulgação <strong>de</strong> um esquema visual. É possível aapresentação <strong>de</strong>ste esquema genérico?SimNãoNão seiPalestraTreinamento (curso interno ou externo)OutrosNão é/era disseminadaNão sei21. Há algum mecanismo formal que represente aintegração da EOA como o Processo <strong>de</strong>Planejamento Eestratégico (PPE) ou sistema <strong>de</strong>gestão estratégica da empresa?SimNãoNão sei22. Como essa integração da EOA como o PPE ousistema <strong>de</strong> gestão estratégica da empresa é/eradisseminada na organização?Divulgação <strong>de</strong> um esquema visual. É possível aapresentação <strong>de</strong>ste esquema genérico?SimNãoNão seiPalestraTreinamento (curso interno ou externo)OutrosNão é/era disseminadaNão sei23. Você têm uma idéia <strong>de</strong> quantas oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> oceanos azuis foram percebidas e registradasapós a implementação da EOA?NenhumaMenos <strong>de</strong> <strong>de</strong>zDez ou maisNão sei24. São/eram utilizados alguns indicadoresespecíficos <strong>para</strong> avaliar uma oportunida<strong>de</strong> ereconhecê-la como um oceano azul?SimNãoNão sei<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


525. Na empresa, as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos sãonecessárias <strong>para</strong> a <strong>de</strong>finição das estratégias?SimNãoNão sei26. Na empresa, a estratégia orienta a i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novosprodutos?SimNãoNão sei27. A empresa trabalha com estratégias distintas<strong>para</strong> inovação <strong>de</strong> valor (oceanos azuis) ecompetição (oceanos vermelhos)?SimNãoNão sei28. Você po<strong>de</strong> relatar verbalmente um caso <strong>de</strong>sucesso da aplicação da EOA na empresa?Sim (Esta resposta será registradapessoalmente)NãoSeção BProcesso <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>Oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> MercadoInexploradas <strong>de</strong> NovosProdutos1. A empresa apresenta uma sistemática ouprocedimento <strong>de</strong>finida <strong>para</strong> a percepção <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado com potencial <strong>para</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos?Sim. É possível a <strong>de</strong>monstração/explicação<strong>de</strong>sse procedimento?SimNãoNão seiNãoNão sei2. A abordagem adotada é consi<strong>de</strong>rada eficiente?SimNãoNão sei3. Qual é o número médio anual <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>spercebidas no processo <strong>de</strong> prospecção?1 a 5 oportunida<strong>de</strong>s por ano6 a 10 oportunida<strong>de</strong>s por ano11 a 20 oportunida<strong>de</strong>s por anoMais <strong>de</strong> vinteNão sei4. Qual é o percentual anual <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sinexploradas (oceanos azuis) das oportunida<strong>de</strong>spercebidas no processo <strong>de</strong> prospecção?Menos <strong>de</strong> 10%De 10% a 20%Mais <strong>de</strong> 20%Não sei5. O processo <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong> novasoportunida<strong>de</strong>s é contínuo ou é um projeto <strong>de</strong>duração <strong>de</strong>finida?Processo contínuo (365 dias por ano)Projeto <strong>de</strong> duração <strong>de</strong>finidaNão sei6. A empresa utiliza indicadores específicos <strong>para</strong>reconhecer uma oportunida<strong>de</strong> genérica?Sim, os mesmos utilizados <strong>para</strong> asoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> oceano azulSim, indicadores diferentes daqueles utilizados<strong>para</strong> as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> oceano azulNãoNão sei7. Como as oportunida<strong>de</strong>s são registradas?DesenhoTexto explicativo (sinopse)Apresentação em Power PointPlano <strong>de</strong> negóciosTabela <strong>de</strong> especificaçõesOutras formasNão sei8. Quem (pessoa ou <strong>de</strong>partamento) é o responsávelpela gestão do processo <strong>de</strong> percepção <strong>de</strong> novasoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado da empresa?MarketingEngenhariaPesquisa & Desenvolvimento (P&D)VendasAlta direçãoOutrosNão sei<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


69. A empresa diferencia os conceitos: idéia versusoportunida<strong>de</strong>?SimNãoNão sei10. Quais das fontes <strong>de</strong> idéias/oportunida<strong>de</strong>s sãoutilizadas pela empresa <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>um novo produto (po<strong>de</strong>-se marcar mais <strong>de</strong> uma)?Pesquisas direcionadasPesquisa pura focada em produtosPesquisa pura focada em processosPesquisa focada no setor/concorrênciaPesquisa focada no mercado/cliente e nãoclientePesquisa focada em novas tecnologiasPesquisa direcionada financiada por agências<strong>de</strong> fomento e centros <strong>de</strong> pesquisaSugestõesIdéias da direção da empresaSugestão dos colaboradoresSugestões <strong>de</strong> clientesSugestões dos distribuidoresSugestões dos fornecedoresSugestões da assistência técnicaSugestões <strong>de</strong> inventores autônomosSugestões <strong>de</strong> consultoresProcessosDescoberta aci<strong>de</strong>ntal (serendipida<strong>de</strong>)Busca <strong>de</strong> soluções completas <strong>para</strong> soluçõesparciaisBusca <strong>de</strong> aumento da competitivida<strong>de</strong>Busca <strong>de</strong> saída <strong>de</strong> uma situação <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>Busca <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> novas tecnologiasI<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> não satisfeitaPráticas <strong>de</strong> open innovationProcedimento interno da empresa <strong>para</strong>i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e geração <strong>de</strong> idéiasEstratégia do Oceano AzulConcursos internos <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> negócios eafinsConcursos externos <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> negócios eafinsEventosAbertura <strong>de</strong> novos mercadosAumento da participação no mercadoConquista da li<strong>de</strong>rança do mercadoLançamento <strong>de</strong> novas tecnologiasOferta <strong>de</strong> novas matérias-primas por terceirosMudança <strong>de</strong> distribuidoresRelatos <strong>de</strong> insatisfação dos consumidoresMudanças <strong>de</strong> comportamento do consumidorNovos produtos lançados em outros paísesNovos produtos lançados pela concorrênciaEntrada em vigor <strong>de</strong> novas normasMudanças na legislaçãoPublicação <strong>de</strong> patentes <strong>de</strong> terceirosOutrasNenhuma <strong>de</strong>ssas fontesNão sei quais fontes são utilizadasSeção C – PPEProcesso <strong>de</strong> PlanejamentoEstratégico1. Quantas vezes ao ano a empresa <strong>de</strong>senvolvesuas rodadas <strong>de</strong> planejamento estratégico?Uma vez ao anoSemestralmenteBimestralmenteOutraNão sei2. Quais os horizontes <strong>de</strong> planejamento adotadosnessas rodadas?Horizonte <strong>de</strong> 1 anoHorizonte <strong>de</strong> 3 anosHorizonte <strong>de</strong> 5 anosHorizonte <strong>de</strong> 10 anosOutroNão sei3. A empresa utiliza algum mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> o Processo<strong>de</strong> Planejamento Estratégico (PPE)?Sim. Ele é baseado em quais mo<strong>de</strong>losteóricos/acadêmicos?Não seiEstratégia do Oceano Azul (EOA)Balanced Scorecard (BSC)OutrosNãoNão sei4. Quais elementos da lista a seguir são elaboradosno PPE <strong>para</strong> a <strong>de</strong>finição da estratégia?Análise <strong>de</strong> cenáriosAnálise <strong>de</strong> tendênciasAnálise <strong>de</strong> mercado (clientes)Análise <strong>de</strong> setor (concorrentes)Análise estratégica do BSCAnálise SWOT<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


7Exercício <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>novos produtos/serviços/experiênciasDefinição/re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> missãoDefinição/re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> visão <strong>de</strong> futuroDefinição/re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> objetivos estratégicose metas. Sob quais perspectivas?FinanceiraDo clienteDos processos internosDe aprendizado e crescimentoOutras.Definição/re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenhoRedação <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> ação.Redação do plano <strong>de</strong> negócios da corporaçãoRedação do planos <strong>de</strong> negócios das unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> negóciosDefinição/re<strong>de</strong>finição do Scorecard do BSCDefinição/re<strong>de</strong>finição do Mapa Estratégico doBSCDefinição/re<strong>de</strong>finição da Matriz <strong>de</strong> Avaliação<strong>de</strong> Valor da EOARedação do plano estratégico da corporaçãoRedação dos planos estratégicos das unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> negócioDefinição/re<strong>de</strong>finição do portfólio <strong>de</strong> produtosDefinição/re<strong>de</strong>finição dos planos <strong>de</strong> projetos.Outros.Nenhum <strong>de</strong>sses elementosNão sei nada a respeito5. Como a estratégia é documentada?Com os mo<strong>de</strong>los do BSCCom os mo<strong>de</strong>los da EOADesenhoTexto explicativo (sinopse)Apresentação em Power PointPlano <strong>de</strong> negóciosTabela <strong>de</strong> especificaçõesOutras formasNão seiSeção D – PDPProcesso <strong>de</strong>Desenvolvimento <strong>de</strong> novosProdutos1. É possível a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> um esquema dasetapas principais do Processo <strong>de</strong> Desenvolvimento<strong>de</strong> Produtos da empresa (PDP)?SimNão, mas posso <strong>de</strong>screver suas etapasprincipaisNãoNão sei2. A percepção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos é um estágioespecífico no PDP ou este é um processo a parte doprocesso?Processo a parte do PDPEtapa do PDPNão sei3. A elaboração da estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentose configura em qual das situações abaixo?Processo a parte do PDPEtapa do PDPEtapa que antece<strong>de</strong> o PDPEtapa <strong>para</strong>lela ao PDPNão sei6. Como a estratégia corporativa é disseminada naempresa?Com a divulgação dos mo<strong>de</strong>los do BSCCom a divulgação dos mo<strong>de</strong>los da EOAOutrosA estratégia não é disseminada na empresaNão sei<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


8Seção <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação dosentrevistadosDos seguintes temas abaixo apresentados, pontue<strong>de</strong> 0 a três o seu nível <strong>de</strong> domínio sobre ele, sendo:"0" = Inexistente (não me julgo em posição <strong>de</strong>respon<strong>de</strong>r assertivamente sobre esta área)"1" = Básico (não trabalho nesta área, masconheço do assunto aqui na empresa)"2" = Intermediário (trabalho na interface comesta área)"3" = Avançado (trabalho nesta área)( 1 ) Estratégia do Oceano Azul (Seção A - Azul)( 1 ) I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado<strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos (SeçãoB - Vermelho)( 2 ) Processo <strong>de</strong> planejamento estratégico (SeçãoC - Ver<strong>de</strong>)( 1 ) Processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novosprodutos (Seção D - Amarelo)Nome*: OmitidoCargo: TraineeDepartamento: Planejamento estratégicoTempo <strong>de</strong> casa: 18mesesTempo <strong>de</strong> experiência na área: 6 mesesFormação: AdministraçãoE-mail:Telefones <strong>para</strong> contato:Interesse em participar <strong>de</strong> experimento prático<strong>de</strong>corrente <strong>de</strong>sta pesquisa:SimNão* Caso os campos não estejam editáveis, clicar com o botão direito domouse sobre eles e selecionar “atualizar campo”.Muito obrigado!Agora salve o documento e envie <strong>para</strong>:josmael@gmail.com<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


Apêndice C Questionário <strong>de</strong>stinado a empresa praticante <strong>de</strong> EOA e respostas 252A seguir são discutidas as respostas obtidas. Aquelas assinaladas pelorespon<strong>de</strong>nte como fora <strong>de</strong> seu conhecimento não são comentadas no geral.O respon<strong>de</strong>nte reportou níveis básicos <strong>de</strong> conhecimento acerca da EOA,i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado e PDP e nível <strong>de</strong> conhecimentointermediário quanto ao PPE. O respon<strong>de</strong>nte é pertencente ao <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong>planejamento estratégico e atua na área há seis meses e na empresa há 18 meses.Ele não leu a obra <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005).O respon<strong>de</strong>nte apontou <strong>de</strong>sconhecer as respostas <strong>de</strong> aproximadamente 32%das questões relativas à EOA, Seção A do questionário. De maneira geral, osresultados apontaram que, na opinião do entrevistado, adaptações foram feitas nametodologia da EOA <strong>para</strong> a sua prática na empresa. Também foram feitasadaptações <strong>para</strong> a integração com o PDP.Segundo ele, a EOA é empregada <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e orientar estrategicamente o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio. Contudo, ele não sabe dizer se a EOA ainda é umaabordagem corrente ou quando ela foi adotada ou <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser.O respon<strong>de</strong>nte indicou <strong>de</strong>sconhecimento acerca <strong>de</strong> adaptações, mas indicouque foram incluídas novas ferramentas e técnicas entre outras, na proposta original.Não foi possível o contato com o respon<strong>de</strong>nte <strong>para</strong> esclarecimentos.Dos princípios da EOA são praticados apenas os dois primeiros, que recebemoutra nomenclatura. Isto indica que, teoricamente, a empresa explora as seisfronteiras da EOA. O segundo princípio é procedimental. É indicado que a empresaenfrentou dificulda<strong>de</strong>s na aplicação dos mesmos assim como das ferramentas. Detodas as ferramentas propostas por Kim e Mauborgne (2005), apenas o checklist <strong>de</strong>alinhamento com as três características da boa estratégia (i. e. foco, singularida<strong>de</strong> emensagem consistente), é utilizada. Isto indica que <strong>de</strong> fato, a empresa não pratica aEOA como proposta pelos autores. Ressalta-se ainda a não utilização da MAV, umadas principais ferramentas da EOA, utilizadas tanto <strong>para</strong> a compreensão do setor edo mercado assim como <strong>para</strong> a formulação da estratégia. Isto indica que nemmesmo os princípios reportados são executados conforme sugerido pelos autores.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice C Questionário <strong>de</strong>stinado a empresa praticante <strong>de</strong> EOA e respostas 253O fato <strong>de</strong> o respon<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sconhecer quem participa da formulação da EOA naempresa indica que ele próprio não participa, o que mostra <strong>de</strong>scompasso com arecomendação dos autores, <strong>de</strong> que todos participem <strong>de</strong>sse processo. Estaparticipação ocorre apenas na execução, como reportado.A EOA é documentada através <strong>de</strong> apresentações com o software Power Point,com o emprego <strong>de</strong> plano <strong>de</strong> negócios e com uma tabela <strong>de</strong> especificações. Orespon<strong>de</strong>nte informou não haver um mecanismo formal <strong>de</strong> integração da EOA com oPDP, mas informou a divulgação <strong>de</strong> um esquema visual aos colaboradores <strong>para</strong> adisseminação. Já a integração da EOA com o PPE apresenta um mecanismo formal<strong>de</strong> representação, não passível <strong>de</strong> divulgação. Como foi visto em Kaplan e Norton(2008), a EOA se encaixa na etapa <strong>de</strong> formulação estratégica.O respon<strong>de</strong>nte informou que menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> oceano azulforam i<strong>de</strong>ntificadas com o emprego da EOA. Para i<strong>de</strong>ntificá-las são utilizadoscritérios, mas estes não foram mencionados. Segundo ele, na empresa, a<strong>de</strong>claração estratégica orienta a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, mas na Seção C écomentado que a estratégia não é disseminada na empresa. Assim, não se sabe atéque ponto o processo <strong>de</strong> prospecção é afetado. O fato é que a empresa trabalhacom uma única estratégia tanto <strong>para</strong> oceanos azuis quanto <strong>para</strong> vermelhos.Quanto ao processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercadoinexploradas <strong>de</strong> novos produtos, Seção B, o respon<strong>de</strong>nte apresentou<strong>de</strong>sconhecimento das respostas <strong>de</strong> 60% das perguntas.Segundo ele, o processo <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s ocorrecontinuamente, 365 dias ao ano. Estas são registradas via apresentações emsoftware Power Point e redação <strong>de</strong> plano <strong>de</strong> negócio. Os <strong>de</strong>partamentosresponsáveis pela gestão do processo <strong>de</strong> percepção <strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s são o<strong>de</strong> marketing, <strong>de</strong> P&D, a alta direção e outros, não indicados.O respon<strong>de</strong>nte indica <strong>de</strong>sconhecer se a empresa diferencia os conceitos <strong>de</strong>idéia e oportunida<strong>de</strong>, o que indica que estas <strong>de</strong>finições não são explícitas <strong>para</strong> oscolaboradores da empresa. Dentre as fontes <strong>de</strong> idéias e oportunida<strong>de</strong>s sugeridas naquestão <strong>de</strong>z da Seção B do questionário, o processo <strong>de</strong> EOA não foi assinalado. IstoPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice C Questionário <strong>de</strong>stinado a empresa praticante <strong>de</strong> EOA e respostas 254mostra uma inconsistência nas respostas, pois anteriormente o respon<strong>de</strong>nte indica oexposto como uma das funções da EOA na empresa.Quanto à Seção C do questionário, 100% das questões foram <strong>de</strong> conhecimentodo respon<strong>de</strong>nte. A empresa utiliza o BSC <strong>para</strong>, anualmente, <strong>de</strong>senvolver seusplanos <strong>de</strong> cinco anos.Nota-se que as análises relativas ao BSC como reportadas por Kaplan eNorton (2008 e 2004) são executadas e que, adicionalmente, é feito um exercício<strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos e serviços, neste ciclo.Nota-se também que nenhuma das ferramentas da EOA é utilizada, inclusiveaquelas relativas aos princípios da EOA tidos como praticados pelo respon<strong>de</strong>nte. Aestratégia é documentada com os mo<strong>de</strong>los do BSC e em software Power Point. Masassinala que a estratégia não é disseminada na empresa. Isto também vai contra asindicações <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005).Quanto a Seção D do questionário, relativa ao PDP, das três questões orespon<strong>de</strong>nte pô<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r duas. Ele informou que a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s é uma etapa do PDP da empresa, mas que não seria possívelmostrar um esquema das principais etapas <strong>de</strong>sse processo.Tendo em vista o <strong>de</strong>sconhecimento do respon<strong>de</strong>nte acerca <strong>de</strong> boa parte dosquestionamentos e a falta <strong>de</strong> coerência entre algumas das respostas, acredita-seque os resultados <strong>de</strong>ssa investigação sejam <strong>de</strong> pouca utilida<strong>de</strong> prática <strong>para</strong> estapesquisa como um todo.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice D Questionário <strong>de</strong>stinado aos autores Kim e/ou Mauborgne e/ou assistentes diretos 255APÊNDICE D – QUESTIONÁRIO DESTINADO AOS AUTORES KIME/OU MAUBORGNE E/OU ASSISTENTES DIRETOSA seguir, apresentam-se questões que visam esclarecer a integração prática daEOA no PDP, junto aos autores da proposta <strong>de</strong> oceano azul. Objetivaram-sequestões adicionais, em uma segunda etapa, caso houvesse participação nestaprimeira etapa.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


1FEDERAL UNIVERSITY OF TECHNOLOGY – PARANÁ STATE – <strong>UTFPR</strong>MASTERS PROGRAMME IN MECHANICAL AND MATERIALSENGINEERING – <strong>PPGEM</strong>INTRODUCTIONThis questionnaire is part of a scientific research project, related to new product opportunitiesi<strong>de</strong>ntification. The aim of this research instrument is to clarify certain Blue Ocean Strategy (BOS) aspectsconsi<strong>de</strong>ring business applications.RESPONDENT FOCUSEDThese specially selected questions are directed to BOS authors, W. Chan Kim and Renée Mauborgne, or, ifnot possible, their direct assistants.ORIENTATIONSThis document must be filed and saved in your computer. It is recommen<strong>de</strong>d to save it while the fillingprocess and rename it with the addition of your surname. If the fields are not editable, right-click with yourmouse button over them and select “refresh fields”. The questions are essentially of multi-choice, andmore than one response is allowed. There are no true or false questions. It is of fundamental importancethat the responses reflect your opinion. All are related to the sections below:Section ABlue Ocean Strategy businessimplementation and theoryPg. 2Section BRespon<strong>de</strong>nt i<strong>de</strong>ntificationPg. 3LIST OF ACRONYMSBOS: Blue Ocean Strategy; PDP: New Product Development Process.CONFIDENTIALITY TERMTo the respon<strong>de</strong>nts is ensured complete confi<strong>de</strong>ntiality of their answers. All the research results obtainedfrom this questionnaire will be published internationally recognized standards.Josmael Roberto KampaProduct Development Management SpecialistMasters stu<strong>de</strong>nt in Mechanical Engineering<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (55 41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


2Blue Ocean Strategy (BOS)business implementation andtheory1. Are blue oceans created or discovered?Blue oceans are proactivelycreated by companiesBlue oceans are discovered by businesses,because they existed yet not being perceivedI do not know exactly2. A blue ocean is:A strategyAn opportunityAn i<strong>de</strong>aA problem to be solvedA solution to a problemAn unexplored marketA market hardly examinedOther. What?3. Are there differences between blue oceans andunexplored market opportunities?Yes. Which?NoI do not know4. Are blue ocean i<strong>de</strong>as and blue oceanopportunities the same thing?Yes. Why?No. What are the differences?I do not know exactly5. What is, in practice, a blue ocean isolated from ared ocean?An i<strong>de</strong>a that fills a completely new humanneed.A completely new i<strong>de</strong>a who fills a knownhuman needOther. What?6. Which criteria <strong>de</strong>fine a blue ocean, so it ispossible to clearly recognize it?NewnessPotential profitMoral, legal and ethical acceptabilityThe new value curve alignment with the threecharacteristics of good strategy (focus, divergenceand compelling tagline)Strategic sequence assertivenessOther. Which ones?7. Does the BOS formulation accelerate theopportunities' discovery?Yes. Why?NoI do not know8. Using the BOS methodology, is it possible todiscover blue oceans without the <strong>de</strong>finition of aninitial <strong>de</strong>sired market?Yes. How?NoDo not know9. In Appendix B, do you comment on the problemre<strong>de</strong>finition. Is this exercise that reveals the blueoceans?YesNoI do not knowComplement:10. In the context of the BOS formulation, can theproblem re<strong>de</strong>finition process be assumed as a<strong>para</strong>digm shift, concerning a value offer?YesNoI do not knowComplement:11. What are the creativity mechanisms that havebeen successfully employed by companies for i<strong>de</strong>ageneration in the BOS formulation process?TRIZBrainstormingBrainwrittingMorphological matrix/chartKineticsLateral ThinkingOther. What?I do not know12. During the application of which principle mustthe oriented blue ocean i<strong>de</strong>a generation occur?Reconstruct market boundariesFocus on the big picture, not the numbersReach beyond existing <strong>de</strong>mandAll of themOther. Which ones?13. The BOS formulation starts with:Researches with customersResearches with non-customersResearches with direct competitorsResearches within the sectorOther. What?Complement:14. Must the BOS principles be appliedsequentially?Yes<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (55 41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


3No. How?With project planningOther. How?15. The four actions framework must be applied:Prior to principle 3 (reach beyond existing<strong>de</strong>mand)During principle 3Before and during principle 3Also with other principles. Which and when?16. How can one fill the buyer utility map?With logic marks (as "occur" or "does notoccur")With a literal responseOther. How?17. What do you mean by "all" when you <strong>de</strong>clarethe need to exist a fair process?All the company employees. How to do so?Task force with representatives from all majorsectors/<strong>de</strong>partments of the companyTask force with representatives from specific<strong>de</strong>partments. Which ones?All employees of specific <strong>de</strong>partments. Whichones?Respon<strong>de</strong>nt i<strong>de</strong>ntificationsectionName:E-mail:Contact phones:Do you have interest in participating in anexperiment <strong>de</strong>rived from this research?YesNoWould you like to comment something about thisquestionnaire or about the theme? If so, pleaseleave it here:Thank you!Please save this document and send it to:josmael@gmail.com18. About the Elco case, in page 174, is possible tosay:The company applied all the BOS procedures,as suggested by the book, to formulate its strategyThe company did not use the BOS procedures,as suggested by the book, to formulate its strategyand the theory was adapted to the caseNone19. Can one implement the BOS methodologysuccessfully only with the book orientations?YesNoI do not know20. Do companies must adapt the BOSmethodology in some way to implement it?(Un<strong>de</strong>rstand adaptation as a change in the mo<strong>de</strong>lor original proposal).YesNoI do not know21. Is there a known New Product DevelopmentProcess (PDP) mo<strong>de</strong>l better suited for BOSmethodology integration?Yes. Which author?NoI do not know<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (55 41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


Apêndice E Questionário <strong>de</strong>stinado a consultores <strong>de</strong> EOA (nacionais e internacionais) 259APÊNDICE E – QUESTIONÁRIO DESTINADO A CONSULTORES DEEOA (NACIONAIS E INTERNACIONAIS)A seguir, apresentam-se algumas questões <strong>de</strong>stinadas a consultores <strong>de</strong> EOA(nacionais e internacionais), quanto à integração da EOA com o PDP e o seupotencial <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. A versão apresentada é em inglês.Para os consultores nacionais foi <strong>de</strong>senvolvida e enviada uma versão em português.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


1FEDERAL UNIVERSITY OF TECHNOLOGY – PARANÁ STATE – <strong>UTFPR</strong>MASTERS PROGRAMME IN MECHANICAL AND MATERIALSENGINEERING – <strong>PPGEM</strong>INTRODUCTIONThis questionnaire is part of a scientific research project, related to new product opportunitiesi<strong>de</strong>ntification. The aim of this research instrument is to clarify certain Blue Ocean Strategy (BOS) aspectsconsi<strong>de</strong>ring business applications.RESPONDENT FOCUSEDThese specially selected questions are directed to BOS consultants, responsible for the BOS concepts andmethodology implementation on enterprises.ORIENTATIONSThis document must be filed and saved in your computer. It is recommen<strong>de</strong>d to save it while the fillingprocess and rename it with the addition of your surname. If the fields are not editable, right-click with yourmouse button over them and select “refresh fields”. The questions are essentially of multi-choice, andmore than one response is allowed. There are no true or false questions. It is of fundamental importancethat the responses reflect your opinion. All are related to the sections below:Section ABlue Ocean Strategy businessimplementationPg. 2Section BRespon<strong>de</strong>nt i<strong>de</strong>ntificationPg. 5Please, give special attention to the meaning of the terms "BOS" and "blue ocean". Here, the term "BOSmethodology" means the procedures as suggested by the book. The "adapted BOS methodology" or"adapted BOS" means a methodological adaptation, resulting in a partially different approach from the onepresented by the book. The "customized BOS" is the company's strategy, which aims a blue oceanopportunity/i<strong>de</strong>a, formulated with the BOS methodology application, either adapted or the same as shownin the book.LIST OF ACRONYMSBOS: Blue Ocean Strategy; PDP: New Product Development Process; SPP: Strategic Planning Process.CONFIDENTIALITY TERMTo the respon<strong>de</strong>nts is ensured complete confi<strong>de</strong>ntiality of their answers. All the research results obtainedfrom this questionnaire will be published internationally recognized standards.Josmael Roberto KampaProduct Development Management SpecialistMasters stu<strong>de</strong>nt in Mechanical Engineering<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (55 41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


2Blue Ocean Strategy (BOS)Business implementation1. What are the aims of the BOS methodology,when implemented in a company, as a businessprocess?I<strong>de</strong>ntify market opportunities for the<strong>de</strong>velopment of new value offers(products/services/experiences)To gui<strong>de</strong> the organization strategicallyTo gui<strong>de</strong> the <strong>de</strong>velopment of new productsstrategicallyTo gui<strong>de</strong> the <strong>de</strong>velopment of new servicesstrategicallyTo gui<strong>de</strong> the <strong>de</strong>velopment of new experiencesstrategicallyTo gui<strong>de</strong> the <strong>de</strong>velopment of new businessmo<strong>de</strong>ls strategicallyOther. Which?2. In your opinion, is the BOS methodology, aspresented by the book, sufficiently systematic?YesNoI do not know3. Is the customized BOS formulation by theenterprises, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt by insights arising from theanalysis process?YesNoI do not know4. Can one implement the BOS methodologysuccessfully only with the book orientations?YesNo. Approximately how long are the trainingactivities nee<strong>de</strong>d to implement the BOS to its fullyoperational as a business process?Less than 10 hoursBetween 10 and 20 hoursBetween 20 and 30 hoursBetween 30 and 40 hoursMore than 40 hoursI do not knowI do not knowI do not know6. Do companies must adapt the BOS methodologyin some way to implement it? (Un<strong>de</strong>rstandadaptation as a change in the mo<strong>de</strong>l or originalproposal).YesNo (skip to question 11)I do not know (skip to question 11)7. What are the main topics adapted in itsmethodology to implement it?Interface between processesLecturing proceduresInclusion of specific tools and techniquesOther. Which?8. Who should conduct the BOS methodologicaladjustments?Internal company teamsExternal consultancyOther. Who?9. How long does it take to adapt the original BOSmethodology?Less than 10 hoursBetween 10 and 20 hoursBetween 20 and 30 hoursBetween 30 and 40 hoursMore than 40 hoursI do not know10. How much does the methodological adjustmentservices cost for the examined company?Less than US$125,00 per hourBetween US$125,00 and US$250,00 per hourBetween US$250,00 and US$375,00 per hourBetween US$375,00 and US$500,00 per hourMore than US$500,00 per hourI do not know5. Approximately, how much does the BOSmethodology implementation cost with yourconsultancy?Less than US$125,00 per hourBetween US$125,00 and US$250,00 per hourBetween US$250,00 and US$375,00 per hourBetween US$375,00 and US$500,00 per hourMore than US$500,00 per hour<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (55 41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


3Yes. Which methods/mo<strong>de</strong>ls/techniques?11. About the BOS methodological principlespresented below, which ones are actually moreoften employed by companies consi<strong>de</strong>ring BOSissues?Reconstruct market boundariesFocus on the big picture, not the numbersReach beyond existing <strong>de</strong>mandGet the strategic sequence rightOvercome key organizational hurdlesBuild execution into strategyAll of themI do not know12. About the BOS tools and mo<strong>de</strong>ls presentedbelow, which ones are actually more oftenemployed by companies consi<strong>de</strong>ring BOS issues?Strategy CanvasFour actions frameworkEliminate-Reduce-Raise-Create GridChecklist of alignment with the threecharacteristics of a good strategy (focus,divergence and compelling tagline)All of themI do not know13. Who participates in the formulation of thecustomized BOS in the companies that contractyour consultancy?Board of directionSelected group of individuals. How many andwith which functions?Selected group of <strong>de</strong>partments. Which<strong>de</strong>partments?All employees of the company. Howmany?I do not know14. Who are the participants involved in producingresults from the customized BOS in the companiesthat contract your consultancy?Board of directionSelected group of individuals. How many andwith which functions?Selected group of <strong>de</strong>partments. Which<strong>de</strong>partments?All employees of the company. Howmany?I do not knowNoI do not know16. How is the customized BOS documented in thecompanies that contract your consultancy?With the help of mo<strong>de</strong>ls (graphs, tables) assuggested in the BOS bookDrawingsTextsMultimedia presentationsBusiness PlansTables of specificationOther forms. Which ones?I do not know. Contact:17. How is the customized BOS disseminated in thecompanies that contract your consultancy?With the release of the mo<strong>de</strong>ls (graphs, tables)inclu<strong>de</strong>d in the original BOS, as suggested in thebookOther. How?18. Do you provi<strong>de</strong> a formal mechanism torepresent the integration of BOS methodologywithin the companies' New Product DevelopmentProcess (PDP)?Yes. Is it possible to share this mechanism?YesNoI do not know, you should contact:NoI do not know19. How is the integration between BOSmethodology and PDP disseminated by thecompanies that contract your consultancy?I do not knowDisclosure of a visual diagram. Is it possible toshare this general scheme?YesNoI do not know, you should contact:LectureTraining (either, internal or external)Other. How?15. Do you employ specific approaches (with theaddition of new methods, mo<strong>de</strong>ls, among others,not listed in the book) to facilitate the BOSmethodology integration within the companies'current business processes?<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (55 41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


420. Is there a known PDP mo<strong>de</strong>l better suited forBOS methodology integration?Yes. Which author?NoI do not know21. Do you provi<strong>de</strong> a formal mechanism torepresent the BOS methodology integration withinthe companies' Strategic Planning Process (SPP) orstrategic management system?Yes. Is it possible to share this general scheme?YesNoI do not know, you should contact:NoI do not know22. How often should companies reformulate theircustomized BOS?Once a yearEvery semesterBimonthlyWhen their current blue ocean strategy isturned redOther. How many?I do not know, you should contact:23. Could you mention which companies thatcontract your consultancy use BOS methodology asa business process?Yes. Which are the better cases?NoI do not know. You should contact:24. Could you mention whichproducts/services/experiences and/or businessmo<strong>de</strong>ls of the past and recent portfolio of thecompanies that contract your consultancy resulte<strong>de</strong>xclusively from BOS methodology application?Yes. Which ones?NoI do not know. You should contact:25. Do you have an i<strong>de</strong>a of how many blue oceansopportunities have been perceived and recor<strong>de</strong>d bythe companies after the BOS methodologyimplementation:NoneLess than tenTen or moreI do not know. You should contact:26. Do you suggest certain specific indicators toaccess an opportunity, which recognizes it as a blueocean?Yes. Which ones?NewnessPotential profitMoral, legal and ethical acceptabilityThe new value curve alignment with thethree characteristics of good strategy (focus,divergence and compelling tagline)Strategic sequence assertivenessOther. Which ones?No27. Which blue ocean recognition mechanisms arerecommen<strong>de</strong>d by your consultancy?Strategy CanvasFour actions frameworkEliminate-Reduce-Raise-Create GridChecklist of alignment with the threecharacteristics of a good strategy (focus,divergence and compelling tagline)Checklist of strategic sequence assertivenessOther. Which ones?28. Consi<strong>de</strong>ring your consultancy gui<strong>de</strong>lines, newproduct <strong>de</strong>velopment opportunities are necessaryfor <strong>de</strong>fining strategies? Comment on your answer.YesNoI do not knowComments:29. Consi<strong>de</strong>ring your consultancy gui<strong>de</strong>lines, thestrategy gui<strong>de</strong>s the new product <strong>de</strong>velopmentopportunities i<strong>de</strong>ntification? Comment on youranswer.YesNoI do not knowComments:A - Consi<strong>de</strong>ring the best case:NoneLess than tenTen or moreI do not know. You should contact:B - Consi<strong>de</strong>ring the worst case:<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (55 41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


5Respon<strong>de</strong>nt i<strong>de</strong>ntificationsectionName:Company:Position:Department:Current company experience:yearsField experience:yearsBlue Ocean Strategy experience:yearsEducation:E-mail:Contact phones:Do you have interest in participating in anexperiment <strong>de</strong>rived from this research?YesNoWould you like to comment something about thisquestionnaire or about the theme? If so, pleaseleave it here:Thank you!Please save this document and send it to:josmael@gmail.com<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (55 41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


Apêndice F Caso <strong>de</strong> aplicação brasileira da EOA no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos 265APÊNDICE F – CASO DE APLICAÇÃO BRASILEIRA DA EOA NODESENVOLVIMENTO DE PRODUTOSA seguir, apresenta-se um estudo <strong>de</strong> caso <strong>de</strong> aplicação da abordagem <strong>de</strong> EOAno <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> uma empresa brasileira.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice F Caso <strong>de</strong> aplicação brasileira da EOA no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos 266Embora a obra <strong>de</strong> Kim e Mauborgne (2005) contenha <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> casos <strong>de</strong>aplicação <strong>para</strong> a EOA, acredita-se que se tratam <strong>de</strong> casos adaptados à teoria e nãoresultantes <strong>de</strong>la.Porém, em agosto <strong>de</strong> 2009, inaugurou-se em São Paulo o Instituto <strong>de</strong>Estratégia do Oceano Azul. Infelizmente, não foi possível investigar ou consultarrepresentantes do instituto em tempo hábil <strong>para</strong> o encerramento <strong>de</strong>sta dissertação.Contudo, na página da internet do instituto é apresentado o caso do papel higiênicoScott compacto (Figura F.1). Aparentemente, o produto foi <strong>de</strong>senvolvido com osmecanismos da EOA. Não é indicado se o caso foi adaptado à teoria <strong>de</strong> EOA, comoaqueles constantes no livro.Figura F.1: Embalagem e papel higiênico Scott compacto.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Kimberly-Clark (2009).A seqüência <strong>de</strong> aplicação reportada é simplificada, porém é baseada empesquisas <strong>de</strong> mercado anteriores, <strong>de</strong> caráter não <strong>de</strong>clarado na metodologia <strong>de</strong> Kime Mauborgne (2005). No caso ilustrado é notável a importância <strong>de</strong> pesquisasauxiliares. Segundo Kimberly-Clark (2009) o cenário inicial era composto:a) Mais <strong>de</strong> 250 marcas competindo no mercado Brasileiro;b) 85% do mercado composto por papel higiênico <strong>de</strong> folha simples;c) Consumidores fortemente orientados por preço;d) Preço e atributos <strong>de</strong> produto altamente relacionados.Alguns dos chamados “pontos quentes” (hotspots) i<strong>de</strong>ntificados em pesquisascom consumidores (ibi<strong>de</strong>m):PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice F Caso <strong>de</strong> aplicação brasileira da EOA no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos 267a) Dificulda<strong>de</strong> em diferenciar as marcas/versões na gôndola;b) Produto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> volume necessitando muito espaço <strong>para</strong> armazenagem etransporte;c) País com extensão continental e infra-estrutura <strong>de</strong> transportes <strong>de</strong>ficiente;d) Apenas pacotes <strong>de</strong> quatro rolos cabem nas sacolas <strong>de</strong> supermercado.Nota-se que foram realizadas pesquisas junto aos consumidores e, po<strong>de</strong>-sedizer que os quatro tópicos mencionados são problemas que os consumidoresenfrentam com os produtos correntes. Nota-se ainda que são reportados problemastanto do consumidor final quanto do intermediário, nas questões relativas aarmazenagem. O instituto apresenta a MAV da Figura F.2) <strong>para</strong> ilustrar a situaçãoinicial.Figura F.2: MAV inicial do setor <strong>de</strong> papel higiênico.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Kimberly-Clark (2009).Nota-se na MAV a existência <strong>de</strong> dois grupos estratégicos no setor, comoexpressos na segunda fronteira do primeiro princípios <strong>de</strong> formulação da EOA. Assim,como base nesses dados, <strong>de</strong>senvolveu-se a idéia do Scott compacto, composto dasseguintes características do produto e da embalagem (ibi<strong>de</strong>m):a) Rolos <strong>de</strong> 20 m <strong>de</strong> papel higiênico folha dupla <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>;b) Apenas uma versão com oito rolos que cabe na sacola <strong>de</strong> supermercado;PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice F Caso <strong>de</strong> aplicação brasileira da EOA no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos 268c) Compactados <strong>para</strong> proporcionar 28% <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> volume x oito rolosconvencional;d) Comunicação da embalagem objetiva e clara;e) Cores da embalagem e formato do produto chamam atenção na gôndola dosupermercado;f) Forte apelo emocional com interação do mascote da marca na embalagem.Não são indicados os passos metodológicos seguidos até o insight doproduto. Assim, se chegou à nova MAV, que explicita a frase “conforto e praticida<strong>de</strong>por um preço justo” (Figura F.3).Figura F.3: Nova MAV do setor <strong>de</strong> papel higiênico.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Kimberly-Clark (2009).Nota-se que foram adicionados cinco atributos, mas nenhum <strong>de</strong>les é exclusivo.O diferencial se dá no nível <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> cada atributo. Nos quatro atributos originais,a nova oferta se situa com nível intermediário entra as ofertas correntes, e nos novosatributos, em que as ofertas correntes se concentram, a nova oferta se diferencia.Nota-se ainda que parte dos novos atributos foram <strong>de</strong>rivados dos problemas dosclientes com as ofertas correntes. Este fato não é tido como regra em Kim eMauborgne (2005).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice G Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 269APÊNDICE G – DESDOBRAMENTO DO MODELO PARA AIDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADESA seguir apresenta-se o <strong>de</strong>sdobramento das etapas do mo<strong>de</strong>lo em entradas,ativida<strong>de</strong>s tarefas, domínios, mecanismos, controle e saídas.O índice 1 trata do estágio 1 (E1). Os índices <strong>de</strong> 2 a 7 abordam o estágio 2(E2). Os índices <strong>de</strong> 8 a 11 referen-se ao estágio 3 (E3). Os índices <strong>de</strong> 12 a 15 aoestágio 4 (E4). Apesar <strong>de</strong> a lista sugerir um trabalho seqüencial, especialmente noestágio 2, o mesmo ocorre <strong>de</strong> maneira dinâmica entre as diferentes ativida<strong>de</strong>s dosestágios.Os domínios <strong>de</strong> conhecimento são estabelecidos pela relação apresentada porBack et al. (2008). São eles:a) Gestão Empresarial (GE);b) Gerenciamento <strong>de</strong> Projeto (GP);c) Marketing (MK);d) Projeto do Produto (PrP);e) Projeto da Manufatura (PM);f) Suprimento (SU);g) Qualida<strong>de</strong> (QU);h) Dependabilida<strong>de</strong> (DP);i) Administrativo-Financeiro (AF);j) Produção (PR);k) Pós-venda (PV);l) Todos os domínios <strong>de</strong> conhecimento (TDC).PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice G Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 270Tabela G.1: Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.Índice Entradas Ativida<strong>de</strong>s Tarefas Domínios Mecanismos Controles Saídas1 - E1 Tarefa <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong>Definir entrada <strong>de</strong>Descrever cliente, objetivo eTDCArquivo <strong>de</strong>O cliente, o objetivoMapa mental dooportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>finidapartidaproduto <strong>de</strong> partida; Preencherreferência <strong>para</strong>e o produto <strong>de</strong>CPO com camposLista especulativa <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong>novos produtoscampos relativos ao cliente,produto e objetivo <strong>de</strong> partidano mapa mental do CPOmapa mental doCPOpartida <strong>de</strong>vem ter uminter-relacionamentoclarorelativos ao cliente,produto e objetivo <strong>de</strong>partida preenchidos2 – E2 Mapa mental do CPO comExplorar eixos <strong>de</strong>Respon<strong>de</strong>r questõesMKBrainstorming;Mudar mecanismoMapa mental docampos relativos ao cliente,prospecçãodirecionadoras relativas aosDiagrama <strong>de</strong><strong>de</strong> resposta ouCPO com eixoproduto e objetivo <strong>de</strong> partidapreenchidosLevantar informaçõesrelativas ao eixo “quem”clientes correntesRespon<strong>de</strong>r questõesdirecionadoras relativas aosnão-clientesafinida<strong>de</strong>; Trabalhocom dadosprimários; Trabalhocom dadossecundáriosmudar <strong>de</strong> eixo casoalgumas questõesnão possam serrespondidas <strong>de</strong>momento“quem” total ouparcialmentepreenchido3 – E2 Mapa mental do CPO comExplorar eixos <strong>de</strong>Respon<strong>de</strong>r questõesMK e PrPBrainstorming;Mudar mecanismoMapa mental doeixo “quem” total ouprospecçãodirecionadoras relativas aosDiagrama <strong>de</strong><strong>de</strong> resposta ouCPO com eixoparcialmente preenchidoLevantar informaçõesrelativas ao eixo “o quê”objetivos correntesRespon<strong>de</strong>r questõesdirecionadoras relativas aosnovos objetivosafinida<strong>de</strong>; Trabalhocom dadosprimários; Trabalhocom dadossecundáriosmudar <strong>de</strong> eixo casoalgumas questõesnão possam serrespondidas <strong>de</strong>momento“quem” e “o quê”total ou parcialmentepreenchidos4 – E2 Mapa mental do CPO comExplorar eixos <strong>de</strong>Respon<strong>de</strong>r questõesPrPBrainstorming;Mudar mecanismoMapa mental doeixo “quem” e “o quê” total ouprospecçãodirecionadoras relativas aosDiagrama <strong>de</strong><strong>de</strong> resposta ouCPO com eixosparcialmente preenchidosLevantar informaçõesrelativas ao eixo “como”produtos correntesafinida<strong>de</strong>; Trabalhocom dadosprimários; Trabalhomudar <strong>de</strong> eixo casoalgumas questõesnão possam ser“quem”, “o quê” e“como” total ouparcialmentecom dadosrespondidas <strong>de</strong>preenchidossecundáriosmomentoPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)(Continua...)


Apêndice G Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 271Tabela G.1: Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s (continuação).Índice Entradas Ativida<strong>de</strong>s Tarefas Domínios Mecanismos Controles Saídas5 – E2 Mapa mental do CPO comExplorar eixos <strong>de</strong>Respon<strong>de</strong>r questõesMK e PrPBrainstorming;Mudar mecanismoMapa mental doeixos “quem”, “o quê” eprospecçãodirecionadoras dos eixos nãoDiagrama <strong>de</strong><strong>de</strong> resposta ouCPO com eixos“como” total ou parcialmentepreenchidosRevisar e completarcampos nãopreenchidos relativosaos eixosrespondidas anteriormente epassíveis <strong>de</strong> seremrespondidas à luz das novasinformaçõesafinida<strong>de</strong>; Trabalhocom dadosprimários; Trabalhocom dadossecundáriosmudar <strong>de</strong> eixo casoalgumas questõesnão possam serrespondidas <strong>de</strong>momento“quem”, “o quê” e“como” total ouparcialmentepreenchidos6 – E2 Mapa mental do CPO comExplorar quadrantes <strong>de</strong>Observar uso em campoMK, PrP eBrainstorming;Mudar mecanismoMapa mental doeixos “quem”, “o quê” e“como” total ou parcialmentepreenchidosentradaLevantar problemas queos compradoresenfrentam e/ousuperam com osprodutos correntes <strong>para</strong>atingir um <strong>de</strong>terminadoobjetivo e que motivamou <strong>de</strong>smotivam acompraExperimentar produtosEntrevistar usuáriosObservar uso virtualmenteProcurar reclamações em sitesespecializados na internetEspecular problemas combrainstormingDiagramar problema e exploraralavancas <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>PVDiagrama <strong>de</strong>afinida<strong>de</strong>; Trabalhocom dadosprimários; Trabalhocom dadossecundários;Diagramação doproblema com ousem estímulo dasalavancas <strong>de</strong>utilida<strong>de</strong> excepcional<strong>de</strong> resposta oumudar <strong>de</strong> eixo ouquadrante casoalgumas questõesnão possam serrespondidas <strong>de</strong>momentoCPO com eixos equadrantes <strong>de</strong>entrada total ouparcialmentepreenchidosexcepcionalRespon<strong>de</strong>r questõesdirecionadoras dos quadrantes<strong>de</strong> entradaRegistrar informações einsights <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novosprodutos no quadrante negro(Continua...)PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice G Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 272Tabela G.1: Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s (continuação).Índice Entradas Ativida<strong>de</strong>s Tarefas Domínios Mecanismos Controles Saídas7 – E2 Mapa mental do CPO comExplorar eixos <strong>de</strong>Alocar informações aos eixos,MK e PrPAnálise <strong>de</strong> encaixeOrientações dadasMapa mental doeixos e quadrantes <strong>de</strong>prospecção equadrantes <strong>de</strong> entrada ou<strong>de</strong> informação nosno mapa mental doCPO com eixos eentrada total ou parcialmentequadrantes <strong>de</strong> entradasaída ou à lista especulativacampos disponíveisCPOquadrantes <strong>de</strong>preenchidosLista especulativa <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong>Esvaziar quadrantenegro<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong>novos produtosentrada total ouparcialmentepreenchidosnovos produtosLista especulativa <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s eidéias <strong>de</strong> novosprodutos atualizada8 – E3 Mapa mental do CPO comProspectarAvaliar quadrantes <strong>de</strong> saídaMK e PrPAnálise dosOrientações dadasMapa mental doeixos e quadrantes <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s nosindicados na tarefa <strong>de</strong>quadrantes <strong>de</strong>no mapa mental doCPO com eixos eentrada total ou parcialmentequadrantes <strong>de</strong> saídaprospecção (se indicados naentrada quanto aCPOquadrantes <strong>de</strong>preenchidosSelecionar quadrante<strong>de</strong> saída <strong>para</strong>processamentotarefa)Verificar possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>processamento dosquadrantes <strong>de</strong> saídacominados, 5 e 6, 7 e 8, e 5, 6,7 e 8presença <strong>de</strong>barreirasenfrentadas peloscompradores com osprodutos correntesentrada total ouparcialmentepreenchidos e comquadrante <strong>de</strong> saída<strong>de</strong>finido <strong>para</strong>processamentoAbrir ramos do mapa mentaldo CPO dos quadrantes <strong>de</strong>saída <strong>para</strong> processamentoFechar ramos do mapa mentaldo CPO que não sejam <strong>de</strong>interesse <strong>para</strong> processamento(Continua...)PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice G Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 273Tabela G.1: Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s (continuação).Índice Entradas Ativida<strong>de</strong>s Tarefas Domínios Mecanismos Controles Saídas9 – E3 Mapa mental do CPO comProspectar op. nosCopiar barreiras enfrentadas eMK, PrP eAnálise semânticaOrientações dadasMapa mental doeixos e quadrantes <strong>de</strong>entrada total ou parcialmentepreenchidos e com quadrante<strong>de</strong> saída <strong>de</strong>finido <strong>para</strong>processamentoquadrantes <strong>de</strong> saídaSelecionar e converterbarreiras dosquadrantes <strong>de</strong> entradaem atributos <strong>de</strong> valorsuperadas pelos clientes <strong>para</strong>o campo do quadrante <strong>de</strong>saídaReescrever barreiras emtermos positivos, seAFDiagrama <strong>de</strong>afinida<strong>de</strong> com auxílio<strong>de</strong> painéis flipchart epapeletas a<strong>de</strong>sivasno mapa mental doCPOCPO com eixos equadrantes <strong>de</strong>entrada e <strong>de</strong> saídatotal ou parcialmentepreenchidosdos novos produtosnecessário<strong>para</strong> o quadrante <strong>de</strong>saída <strong>de</strong>finidoAgrupar atributos por afinida<strong>de</strong>caso sejam mais que 10Classificá-los nas questõesdirecionadoras da MERECAvaliá-las quanto ao potencial<strong>de</strong> oceano azul com o TOA10 – E3 Mapa mental do CPO comProspectarPreencher <strong>de</strong>claração <strong>de</strong>TDCDiagrama <strong>de</strong>Exemplo <strong>de</strong>Mapa mental doeixos e quadrantes <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s nosoportunida<strong>de</strong> relacionando oafinida<strong>de</strong> com auxílioformatação daCPO com eixos eentrada e <strong>de</strong> saída total ouquadrantes <strong>de</strong> saídaobjetivo principal a ser<strong>de</strong> painéis flipchart e<strong>de</strong>claraçãoquadrantes <strong>de</strong>parcialmente preenchidosDeclarar oportunida<strong>de</strong>com base no objetivo enos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> onovo produto doquadrante <strong>de</strong> saídaatendido com o novo produto,os atributos novos, os atributosque <strong>de</strong>vem ser atendidos embaixo e alto níveis e osatributos a serem eliminados eos perfis <strong>de</strong> compradores alvopapeletas a<strong>de</strong>sivasentrada e <strong>de</strong> saídatotal ou parcialmentepreenchidos<strong>de</strong>finidoAvaliar <strong>de</strong>claração quanto aofoco, singularida<strong>de</strong> emensagem consistente(Continua...)PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice G Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 274Tabela G.1: Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s (continuação).Índice Entradas Ativida<strong>de</strong>s Tarefas Domínios Mecanismos Controles Saídas11 – E3 Mapa mental do CPO comRelacionar idéias <strong>de</strong>Copiar e alocar idéiasTDCAnálise <strong>de</strong> encaixeDefinições <strong>de</strong>Mapa mental doeixos e quadrantes <strong>de</strong>novos produtos seregistradas no eixo “como”, nada oportunida<strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong> e idéiaCPO com eixos eentrada e <strong>de</strong> saída total ouobtidas via insights nodivisão relativa aos novos<strong>de</strong>clarada e dasquadrantes <strong>de</strong>parcialmente preenchidostranscorrer do processoprodutos, que foremidéias relacionadas,entrada e <strong>de</strong> saídaalinhadas com apertinentes ao quadrante <strong>de</strong>obtidas via insighttotal ou parcialmenteoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradasaída <strong>de</strong>finidodurante o processopreenchidos12 – E4 Mapa mental do CPO comTranscreverTranscrever oportunida<strong>de</strong>sTDCArquivo <strong>de</strong>Todas asPortfólio <strong>de</strong>eixos e quadrantes <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>claradas no mapa mental doreferência <strong>para</strong><strong>de</strong>clarações dooportunida<strong>de</strong>sentrada e <strong>de</strong> saída total ou<strong>de</strong>claradas no mapaCPO no portfólio <strong>de</strong>portfólio <strong>de</strong>mapa mental dopreenchido com asparcialmente preenchidosmental do CPO nooportunida<strong>de</strong>soportunida<strong>de</strong>sCPO <strong>de</strong>vem estaroportunida<strong>de</strong>sArquivo <strong>de</strong> referência <strong>para</strong>portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sportfólio <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>stranscritas noportfólio <strong>de</strong> op.<strong>de</strong>claradas13 – E4 Portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sAvaliar internamente aPon<strong>de</strong>ração dos índices <strong>de</strong>MK, PrP eAnálise <strong>de</strong>Diretrizes <strong>para</strong>Portfólio <strong>de</strong>com as novas oportunida<strong>de</strong>satrativida<strong>de</strong> dasqualificação das oportunida<strong>de</strong>sAFespecialistas erealização <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>claradasoportunida<strong>de</strong>spotenciais no portfólio <strong>de</strong>discussão em equipereuniõespreenchido com as<strong>de</strong>claradasoportunida<strong>de</strong>sacerca dos valoresoportunida<strong>de</strong>sdos índices<strong>de</strong>claradas epon<strong>de</strong>radas14 – E4 Portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sSelecionarAvaliar diagrama <strong>de</strong> bolhas eMK, PP eAnálise <strong>de</strong>Diretrizes <strong>para</strong>Portfólio <strong>de</strong>preenchido com asoportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>cidir qual oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>veAFespecialistas erealização <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>soportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>claradas epotenciais <strong>para</strong> testeseguir <strong>para</strong> teste quantitativodiscussão em equipereuniõespreenchido com aspon<strong>de</strong>radasquantitativo junto aoacerca do diagramaop. <strong>de</strong>claradas emercado<strong>de</strong> bolhaspon<strong>de</strong>radas eoportunida<strong>de</strong>selecionada <strong>para</strong>teste grifada(Continua...)PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice G Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 275Tabela G.1: Desdobramento do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s (continuação).Índice Entradas Ativida<strong>de</strong>s Tarefas Domínios Mecanismos Controles Saídas15 – E4 Portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sPre<strong>para</strong>r questionárioPre<strong>para</strong>r questõesMKArquivo <strong>de</strong>Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>Questionáriopreenchido com as<strong>para</strong> teste quantitativoestruturadas pela associaçãoreferência <strong>para</strong>elaboração <strong>de</strong>estruturado <strong>para</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>claradas eda oportunida<strong>de</strong>dos campos do portfólio <strong>de</strong>questionárioquestionáriosteste quantitativo dapon<strong>de</strong>radas e oportunida<strong>de</strong>potencialoportunida<strong>de</strong>s e do mapaestruturado <strong>para</strong>estruturados <strong>para</strong>oportunida<strong>de</strong>selecionada <strong>para</strong> teste grifadamental do CPO com osteste quantitativo dapesquisa quantitativapotencial preenchidoMapa mental do CPO comeixos e quadrantes <strong>de</strong>entrada e <strong>de</strong> saída total oucampos do arquivo <strong>de</strong>referência <strong>para</strong> questionárioestruturadooportunida<strong>de</strong>potencialadotado pelaempresaRecomendações <strong>de</strong>parcialmente preenchidosFazer ajustes nas frases <strong>para</strong>Malhotra (2006)Arquivo <strong>de</strong> referência <strong>para</strong>garantir a coerência do textoquestionário estruturado <strong>para</strong>teste quantitativo daoportunida<strong>de</strong> potencial16 Relação <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong>Garantir a avaliaçãoI<strong>de</strong>ntificar os portais <strong>de</strong>GPRelação <strong>de</strong> critériosMo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDPRelação <strong>de</strong> critériosseleção <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> oceanoa<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão que abordam a<strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> idéiasadotado pela<strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> idéiasazuloceano azul durante oseleção <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos<strong>de</strong> oceano azulempresa<strong>de</strong> oceano azulPDPprodutos no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDPadotado pela empresaAnexar relação critérios <strong>de</strong>seleção <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> oceanoMo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PDPadotado pelaempresaanexada aoscritérios <strong>de</strong> seleçãoconvencionais doPDPazul nos portais <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão doPDPPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Apêndice H Mapa mental do CPO 276APÊNDICE H – MAPA MENTAL DO CPOA seguir apresenta-se o mapa mental do CPO impresso. Algumas imagens dainterface do arquivo eletrônico estão no Compact Disc (CD) que acompanha estetrabalho. O documento foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>para</strong> uso em meio eletrônico com o softwareMindjet MindManager. A versão eletrônica, <strong>de</strong> posse do autor <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong>dissertação, apresenta orientações <strong>para</strong> preenchimento dos campos. Contudo,essas orientações estão presentes no corpo <strong>de</strong>ste trabalho, na apresentação domo<strong>de</strong>lo no Capítulo 4.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Qual é o perfil do cliente <strong>de</strong> partida?Quais são os perfis <strong>de</strong> clientes correntesdo produto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> atingir oobjetivo <strong>de</strong> partida?Explorar clientescorrentesQuais são os perfis <strong>de</strong> clientes correntesdos produtos correntes <strong>para</strong> atingir osobjetivos correntes?Quais são os perfis <strong>de</strong> super-clientescorrentes - clientes que tentam inovar - doproduto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> atingir objetivosdiferentes do <strong>de</strong> partidaQuais são os perfis <strong>de</strong> super-clientescorrentes - clientes que tentam inovar -dos produtos correntes <strong>para</strong> atingirobjetivos diferentes dos correntes?1) Transcrever barreiras enfrentadas esuperadas do quadrante 1; 2) Reescrevê-lascom termos positivos; 3) Agrupá-las porafinida<strong>de</strong> em uma lista <strong>de</strong> até 10; 4)Classificá-las nas questões guia abaixo(mover); 5) Avaliá-las quanto ao potencial <strong>de</strong>oceano azul com o TOA (ver nota)Que atributos consi<strong>de</strong>rados indispensáveispelo setor <strong>de</strong>vem ser eliminados?Que atributos <strong>de</strong>vem ser reduzidos bemabaixo dos padrões setoriais?Que atributos <strong>de</strong>vem ser elevados bemacima dos padrões setoriais?Que atributos nunca oferecidos pelo setor<strong>de</strong>vem ser criados?“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (transcrever objetivo a seralcançado), que possua os seguintes atributos nunca ofertados pelo setor: (relacionar3 atributos nunca oferecidos); sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setore sem valor <strong>para</strong> o mercado (relacionar atributos); com mais dos seguintes atributoscomuns às ofertas do setor: (relacionar atributos); e com menos dos seguintesatributos comuns às ofertas do setor: (relacionar atributos).”Selecionar e converter barreiras doquadrante 1 em atributos <strong>de</strong> valorDeclarar oportunida<strong>de</strong>, ou oportunida<strong>de</strong>s,com base nos objetivos e nos atributos <strong>de</strong>valor selecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 5Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaSelecionar e converter barreiras doquadrante 2 em atributos <strong>de</strong> valorDeclarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 6Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaSelecionar e converter barreiras doquadrante 3 em atributos <strong>de</strong> valorDeclarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 7Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaQuadrante 5<strong>de</strong> saídaQuadrante6 <strong>de</strong> saídaQuadrante 7<strong>de</strong> saídaColetar informações <strong>de</strong>clientes, objetivos eprodutosEixo Quem? I<strong>de</strong>ntificarclientes e não clientesalvoEixo O quê? I<strong>de</strong>ntificarobjetivo final docliente/não clienteExplorar clientesdiferentes - nãoclientesExplorar objetivocorrenteExplorar objetivodiferenteQuais são os perfis <strong>de</strong> não clientesquase convertidos (que compram muitopouco ou trocam facilmente) do produto<strong>de</strong> partida <strong>para</strong> atingir o objetivo <strong>de</strong>partida?Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientesquase convertidos (que compram muitopouco ou trocam facilmente) dosprodutos correntes <strong>para</strong> atingir osobjetivos correntes?Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientesrefratários (que não querem ou nãopo<strong>de</strong>m comprar) do produto <strong>de</strong> partida<strong>para</strong> atingir o objetivo <strong>de</strong> partida?Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientesrefratários (que não querem ou nãopo<strong>de</strong>m comprar) dos produtos correntes<strong>para</strong> atingir os objetivos correntes?Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientesinexplorados do produto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong>atingir o objetivo <strong>de</strong> partida?Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientesinexplorados dos produtos correntes <strong>para</strong>atingir os objetivos correntes?Qual é o objetivo <strong>de</strong> partida que operfil <strong>de</strong> cliente <strong>de</strong> partida tentaatingir com o produto <strong>de</strong> partida?Quais são os objetivos correntes que osdiferentes perfis <strong>de</strong> clientes correntestentam atingir com o produto <strong>de</strong> partida?Quais são os objetivos correntes que osdiferentes perfis <strong>de</strong> clientes correntestentam atingir com os produtos correntes?Quais são os objetivos correntes que osdiferentes perfis <strong>de</strong> não-clientes tentamatingir com o produto <strong>de</strong> partida?Quais são os objetivos correntes que osdiferentes perfis <strong>de</strong> não-clientes tentamatingir com os produtos correntes?Quais são os objetivos diferentes doscorrentes que os diferentes perfis <strong>de</strong>clientes correntes e super-clientes tentamatingir com o produto <strong>de</strong> partida?Quais são os objetivos diferentes doscorrentes que os diferentes perfis <strong>de</strong>clientes correntes e super-clientes tentamatingir com os produtos correntes?Quais são os objetivos diferentes doscorrentes que os diferentes perfis <strong>de</strong>não-clientes tentam atingir com o produto<strong>de</strong> partida?Quais são os objetivos diferentes doscorrentes que os diferentes perfis <strong>de</strong>não-clientes tentam atingir com osprodutos correntes?Quais são os objetivos diferentes doscorrentes que po<strong>de</strong>m ser re<strong>de</strong>finidos pelacombinação dos objetivos correntes dosclientes e não-clientes do produto <strong>de</strong>partida?Quais são os objetivos diferentes dos correntesque po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidos pela análise ecombinação dos problemas enfrentados esuperados por clientes e não-clientes reportadosnos quadrantes <strong>de</strong> entrada?Selecionar e converterbarreiras dos quadrantes 1 e2 em atributos <strong>de</strong> valorDeclarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 5 e 6Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaSelecionar e converterbarreiras dos quadrantes 1 e3 em atributos <strong>de</strong> valorSelecionar e converter barreiras doquadrante 4 em atributos <strong>de</strong> valorDeclarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 8Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaQuadrantes 5 e 6Quadrante 8<strong>de</strong> saídaProspectar oportunida<strong>de</strong>snos Quadrantes <strong>de</strong> saídaEixo Como? I<strong>de</strong>ntificarmeios possíveis <strong>para</strong>atingir o objetivo finalExplorar produtoscorrentesQual é o produto <strong>de</strong> partida docliente <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> atingir oobjetivo <strong>de</strong> partida?Quais os produtos substitutos que sãoutilizados pelos diferentes perfis <strong>de</strong> clientescorrentes <strong>para</strong> atingir o objetivo <strong>de</strong> partida?Quais os produtos substitutos que sãoutilizados pelos diferentes perfis <strong>de</strong>clientes <strong>para</strong> atingir os objetivoscorrentes?Quais os produtos substitutos que sãoutilizados pelos diferentes perfis <strong>de</strong>clientes <strong>para</strong> atingir os objetivosdiferentes?Quais os produtos substitutos que sãoutilizados pelos diferentes perfis <strong>de</strong> nãoclientes <strong>para</strong> atingir o objetivo <strong>de</strong>partida?Quais os produtos substitutos que sãoutilizados pelos diferentes perfis <strong>de</strong>não clientes <strong>para</strong> atingir os objetivoscorrentes?Quais os produtos substitutos que sãoutilizados pelos diferentes perfis <strong>de</strong> nãoclientes <strong>para</strong> atingir os objetivosdiferentes?Explorar ofertascorrentes nãoconvencionaisQuais os produtos não convencionais, oualternativos, que os diferentes perfis <strong>de</strong> clientes enão clientes utilizam ou po<strong>de</strong>riam utilizar <strong>para</strong>atingir o objetivo <strong>de</strong> partida?Quais os produtos não convencionais, oualternativos, que os diferentes perfis <strong>de</strong> clientes enão clientes utilizam ou po<strong>de</strong>riam utilizar <strong>para</strong>atingir os objetivos correntes?Quais os produtos não convencionais, oualternativos, que os diferentes perfis <strong>de</strong> clientes enão clientes utilizam ou po<strong>de</strong>riam utilizar <strong>para</strong>atingir os novos objetivos?Declarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 5 e 7Quadrantes 5 e 7Registrar produtosdiferentes - idéias <strong>de</strong> novosprodutosRelacionar idéias <strong>de</strong> novos produtos seobtidas via insights no transcorrer doprocesso alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaSelecionar e converterbarreiras dos quadrantes 2e 4 em atributos <strong>de</strong> valorDeclarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 6 e 8Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaSelecionar e converterbarreiras dos quadrantes 3e 4 em atributos <strong>de</strong> valorQuadrantes 6 e 8QuadrantescombinadosExplorar problemas nosQuadrantes <strong>de</strong> entradaQuadrante 1<strong>de</strong> entradaQuadrante 2<strong>de</strong> entradaQuadrante 3<strong>de</strong> entradaQuais as barreiras/problemas que os clientescorrentes enfrentam <strong>para</strong> atingir os objetivoscorrentes com os produtos correntes e que<strong>de</strong>smotivam a compra?Quais as barreiras/problemas que os clientescorrentes superam com os produtoscorrentes <strong>para</strong> atingir os objetivos correntese que motivam a compra?Quais as barreiras/problemas que os nãoclientes enfrentam <strong>para</strong> atingir os objetivoscorrentes com os produtos correntes e que<strong>de</strong>smotivam a compra?Quais as barreiras/problemas que osnão-clientes superam com os produtoscorrentes <strong>para</strong> atingir os objetivos correntese que motivam a compra?Quais as barreiras/problemas que osclientes correntes enfrentam <strong>para</strong> atingiros novos objetivos com os produtoscorrentes e que <strong>de</strong>smotivam a compra?Quais as barreiras/problemas que os clientescorrentes superam com os produtoscorrentes <strong>para</strong> atingir os novos objetivos eque motivam a compra?Declarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 7 e 8Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaQuadrantes 7 e 8Quadrante 4<strong>de</strong> entradaQuais as barreiras/problemas que os nãoclientes enfrentam <strong>para</strong> atingir o novoobjetivo com os produtos correntes e que<strong>de</strong>smotivam a compra?Quais as barreiras/problemas que osnão-clientes superam com os produtoscorrentes <strong>para</strong> atingir os novos objetivos eque motivam a compra?Selecionar e converterbarreiras dos quadrantes 1,2,3 e 4 em atributos <strong>de</strong> valorA informação estáassociada aos eixos?Declarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 5, 6, 7 e 8Quadrantes 5, 6, 7 e 8Re-alocar informações doQuadrante negroA informação estáassociada aosquadrantes <strong>de</strong> entrada?Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaA informação estáassociada aos quadrantes<strong>de</strong> saída?A informação está associada à listaespeculativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s eidéias <strong>de</strong> novos produtos?


Apêndice I Formulário da lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong> novos produtos 278APÊNDICE I – FORMULÁRIO DA LISTA ESPECULATIVA DEOPORTUNIDADES E IDÉIAS DE NOVOS PRODUTOSA seguir apresenta-se o formulário da lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s eidéias <strong>de</strong> novos produtos. Este formulário visa o registro <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>semergentes durante as ativida<strong>de</strong>s correntes da empresa assim como durante oprocesso <strong>de</strong> prospecção específico. Como a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s é umprocesso cognitivo, acredita-se que haja a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobertas nãorelacionadas ao processo corrente. Isto é inerente às particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cadaindivíduo quanto ao seu conhecimento prévio.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Data Hora Proponente Local e situação <strong>de</strong><strong>de</strong>scoberta ou insightProblema, necessida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sejo,interesse, chateação (O quê?)Soluções, idéias, produtos,serviços potenciais (Como?)Perfil <strong>de</strong> individuos afetados peloproblema (quem?)


Apêndice J Formulário do portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos 280APÊNDICE J – FORMULÁRIO DO PORTFÓLIO DEOPORTUNIDADES DE NOVOS PRODUTOSNeste Apêndice, apresenta-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formulário <strong>para</strong> o portfólio <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s potenciais <strong>de</strong> novos produtos. As oportunida<strong>de</strong>s são organizadas porquadrantes do CPO e pon<strong>de</strong>radas <strong>para</strong> alimentar um gráfico <strong>de</strong> bolhas que asrepresenta. O mo<strong>de</strong>lo é composto <strong>de</strong> nove formulários, um <strong>para</strong> cada quadrante <strong>de</strong>saída e combinados. Para título <strong>de</strong> exemplo é apresentado apenas o <strong>de</strong> quadrante5. A diferença entre os formulários está apenas no ícone gráfico que os i<strong>de</strong>ntifica.Algumas imagens da interface do arquivo eletrônico, com todos os formulários,estão no CD que acompanha este trabalho. Há exemplos das referências <strong>para</strong>preenchimento dos índices no documento.O diagrama <strong>de</strong> bolhas <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> Cooper e Edgett (2007). A magnitu<strong>de</strong> daoportunida<strong>de</strong> (MO) é obtida pela seguinte equação (ibi<strong>de</strong>m):MO=0,40*VC+0,30*AM+0,30*RVROn<strong>de</strong>:a) VC: Vantagem competitiva;b) AM: Atrativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado;c) RVR: Retorno versus risco.A atrativida<strong>de</strong> <strong>para</strong> a empresa (AE) é obtida pela seguinte equação (ibi<strong>de</strong>m):AE=0,33*EE+0,33*AC+0,33*VTOn<strong>de</strong>:d) EE: Encaixe estratégico;e) AC: Alavancagem <strong>de</strong> competências;f) VT: Viabilida<strong>de</strong> técnica.Com estes índices po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>finir um ponto em um plano cartesiano que<strong>de</strong>fine a posição da bolha e o índice <strong>de</strong> investimento requerido <strong>de</strong>fine o diâmetro damesma.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Quadrante 5 Id. Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencialA 0 0B 0 0C 0 0D 0 0E 0 0F 0 0G 0 0H 0 0I 0 0J 0 0Vantagem competitiva (0-10)Atrativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado (0-10)Retorno versus risco (0-10)Magnitu<strong>de</strong> da oportunida<strong>de</strong>Encaixe estratégico (0-10)Alavancagem <strong>de</strong> competências (0-10)Viabilida<strong>de</strong> técnica (0-10)Encaixe e alavancagemInvestimento requerido (0-10)Qualificação10Magnitu<strong>de</strong> da oportunida<strong>de</strong>9876543210Encaixe e alavancagem do negócio0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10BCDEFGHAIJConsultar mapas mentais <strong>de</strong> origem <strong>para</strong> <strong>de</strong>talhamento dos atributos <strong>de</strong> valor e relação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos


Apêndice K Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> questionário estruturado <strong>para</strong> teste da oportunida<strong>de</strong> potencial 282APÊNDICE K – MODELO DE QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO PARATESTE DA OPORTUNIDADE POTENCIALA seguir, apresenta-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> questionário a ser elaborado tendo com obase os resultados do estágio 3 e a seleção da oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> teste junto aomercado.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


1NOME DA EMPRESAINTRODUÇÃOEste instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações é parte <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um novoproduto. (Esta página inicial po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scartada).PÚBLICO ALVOAs questões apresentadas a seguir são <strong>de</strong>stinadas a (inserir frases <strong>de</strong>limitadoras dos perfis <strong>de</strong> clientes aserem investigados).ORIENTAÇÕESEste documento <strong>de</strong>ve ser preenchido e salvo no seu computador. Recomenda-se salva-lo durante opreenchimento e nomeá-lo com a inclusão do seu sobrenome. Caso os campos <strong>de</strong> resposta não estejameditáveis, clicar com o botão direito do mouse sobre eles e selecionar “atualizar campo”. As questões sãoprepon<strong>de</strong>rantemente <strong>de</strong> múltipla escolha, nas quais mais <strong>de</strong> uma escolha é permitida. Não existemrespostas certas ou erradas. É <strong>de</strong> fundamental importância que estas respostas reflitam a sua opinião. Asperguntas se enquadram nas seções abaixo.Seção AInvestigação do problemaSeção BI<strong>de</strong>ntificação do entrevistadoLISTA DE SIGLASNONONO: Nonono; NONONO: Nonono; NONONO: Nonono.TERMO DE CONFIDENCIALIDADEAos respon<strong>de</strong>ntes é resguardada confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> completa das suas respostas. Todos os resultados <strong>de</strong>stapesquisa obtidos com este questionário serão publicados conforme padrões internacionais reconhecidos.Nome do ResponsávelDepartamento do responsávelNome da Empresa – Departamento – Responsável – Fone: (DDD) Nonono – E-mail: Nonono


2Seção A – Investigação doproblema1. Você enfrenta o seguinte problema: Nonono?SimNão (pular <strong>para</strong> questão...)2. Com qual freqüência você enfrenta esteproblema?DiariamenteSemanalmenteMensalmenteBimestralmenteSemestralmenteAnualmenteNão sei3. Você pagaria <strong>para</strong> alguém ou um produtoresolver este problema?SimNãoNão sei4. Quanto você estaria disposto a pagar <strong>para</strong>alguém ou algum produto resolver esse problema<strong>para</strong> você?Menos <strong>de</strong> R$?,00Entre R$?,00 e R$?,00Entre R$?,00 e R$?,00Entre R$?,00 e R$?,00Mais <strong>de</strong> R$?,00Não sei5. Qual é o nível <strong>de</strong> urgência <strong>de</strong> solução <strong>de</strong>steproblema <strong>para</strong> você?Não é urgenteÉ pouco urgente (preciso resolvê-lo neste ano)É urgente (preciso resolvê-lo neste mês)É muito urgente (preciso resolvê-lo hoje)Não seiSeção B – I<strong>de</strong>ntificação dorespon<strong>de</strong>nteNome:Sexo: Masculino | FemininoIda<strong>de</strong>:Nonono:Nonono:Nonono:Nonono:anosAtivida<strong>de</strong> profissional:Formação:E-mail:Telefones <strong>para</strong> contato:Você gostaria <strong>de</strong> fazer algum comentário acerca<strong>de</strong>ste questionário ou sobre alguma pergunta? Porfavor, <strong>de</strong>ixe-os aqui:Muito obrigado!Agora salve o documento e envie <strong>para</strong>:nonono@nonono.com.br6. Dos seguintes temas abaixo apresentados,relacionados ao problema, pontue <strong>de</strong> 0 a 3 o seunível importância, sendo: "0" = Não importante;"1" = Pouco importante; "2" = Importante; "3" =Muito importante.( - ) Nonono( - ) Nonono( - ) Nonono( - ) Nonono( - ) Nonono( - ) Nonono( - ) Nonono( - ) Nonono( - ) NononoNome da Empresa – Departamento – Responsável – Fone: (DDD) Nonono – E-mail: Nonono


Apêndice L Exemplo <strong>de</strong> preenchimento do mapa mental do CPO 285APÊNDICE L – EXEMPLO DE PREENCHIMENTO DO MAPA MENTALDO CPOA seguir o mapa mental do CPO preenchido com o caso do aparelho <strong>de</strong>barbear Gillette Mach 3 Turbo. O trabalho foi processado pelo autor em uma seçãoindividual <strong>de</strong> aproximadamente 5h 20min. O documento serve <strong>para</strong> ilustrar opreenchimento dos campos. Nota-se que alguns campos estão parcialmentepreenchidos, o que ilustra a dinâmica não seqüencial <strong>de</strong> preenchimento doscampos.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Coletar informações <strong>de</strong>clientes, objetivos eprodutosEixo Quem? I<strong>de</strong>ntificarclientes e não clientesalvoExplorar clientescorrentesQual é o perfil do cliente <strong>de</strong> partida?Homens <strong>de</strong> classe média e que valorizam um bom barbearQuais são os perfis <strong>de</strong> clientes correntesdo produto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> atingir oobjetivo <strong>de</strong> partida?Homens adultos jovens <strong>de</strong> classe médiaHomens adultos idosos <strong>de</strong> classe médiaMeninos adolescentes <strong>de</strong> classe médiaHomens que tiram toda a barbaHomens que tiram parcialmente a barbaQuais são os perfis <strong>de</strong> clientes correntesdos produtos correntes <strong>para</strong> atingir osobjetivos correntes?Quais são os perfis <strong>de</strong> super-clientescorrentes - clientes que tentam inovar - doproduto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> atingir objetivosdiferentes do <strong>de</strong> partidaMulheres e homens que usam aparelhos<strong>de</strong> lâminas <strong>para</strong> tirar bolinhas <strong>de</strong> roupasQuais são os perfis <strong>de</strong> super-clientescorrentes - clientes que tentam inovar -dos produtos correntes <strong>para</strong> atingirobjetivos diferentes dos correntes?Explorar clientesdiferentes - nãoclientesQuais são os perfis <strong>de</strong> não clientesquase convertidos (que compram muitopouco ou trocam facilmente) do produto<strong>de</strong> partida <strong>para</strong> atingir o objetivo <strong>de</strong>partida?Homens que tiram toda a barbaHomens que tiram parcialmente a barbaQuais são os perfis <strong>de</strong> não clientesquase convertidos (que compram muitopouco ou trocam facilmente) dosprodutos correntes <strong>para</strong> atingir osobjetivos correntes?Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientesrefratários (que não querem ou nãopo<strong>de</strong>m comprar) do produto <strong>de</strong> partida<strong>para</strong> atingir o objetivo <strong>de</strong> partida?Homens adultos jovens <strong>de</strong> classe baixaHomens adultos idosos <strong>de</strong> classe baixaMeninos adolescentes <strong>de</strong> classe baixaHomens que tiram toda a barbaHomens que tiram parcialmente a barbaQuais são os perfis <strong>de</strong> não clientesrefratários (que não querem ou nãopo<strong>de</strong>m comprar) dos produtos correntes<strong>para</strong> atingir os objetivos correntes?Quais são os perfis <strong>de</strong> não clientesinexplorados do produto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong>atingir o objetivo <strong>de</strong> partida?Homens que não fazem a barbaDeficientes mentaisDeficientes físicosCegosPessoas que cuidam <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficientesQuais são os perfis <strong>de</strong> não clientesinexplorados dos produtos correntes <strong>para</strong>atingir os objetivos correntes?Eixo O quê? I<strong>de</strong>ntificarobjetivo final docliente/não clienteExplorar objetivocorrenteQual é o objetivo <strong>de</strong> partida que operfil <strong>de</strong> cliente <strong>de</strong> partida tentaatingir com o produto <strong>de</strong> partida?Fazer a barbaQuais são os objetivos correntes que osdiferentes perfis <strong>de</strong> clientes correntestentam atingir com o produto <strong>de</strong> partida?Fazer a barba/barbearRemover pêlos do pescoço e costasRemover/cortar pêlos do rostoTomar banho e fazer a barbaQuais são os objetivos correntes que osdiferentes perfis <strong>de</strong> clientes correntestentam atingir com os produtos correntes?Quais são os objetivos correntes que osdiferentes perfis <strong>de</strong> não-clientes tentamatingir com o produto <strong>de</strong> partida?Fazer a barba/barbearRemover pêlos do pescoço e costasTomar banho e fazer a barbaQuais são os objetivos correntes que osdiferentes perfis <strong>de</strong> não-clientes tentamatingir com os produtos correntes?Explorar objetivodiferenteQuais são os objetivos diferentes doscorrentes que os diferentes perfis <strong>de</strong>clientes correntes e super-clientes tentamatingir com o produto <strong>de</strong> partida?Tirar bolinhas <strong>de</strong> blusas <strong>de</strong> lã e agasalhos <strong>de</strong> moletonQuais são os objetivos diferentes doscorrentes que os diferentes perfis <strong>de</strong>clientes correntes e super-clientes tentamatingir com os produtos correntes?Quais são os objetivos diferentes doscorrentes que os diferentes perfis <strong>de</strong>não-clientes tentam atingir com o produto<strong>de</strong> partida?Tirar bolinhas <strong>de</strong> blusas <strong>de</strong> lã e agasalhos <strong>de</strong> moletonQuais são os objetivos diferentes doscorrentes que os diferentes perfis <strong>de</strong>não-clientes tentam atingir com osprodutos correntes?Quais são os objetivos diferentes doscorrentes que po<strong>de</strong>m ser re<strong>de</strong>finidos pelacombinação dos objetivos correntes dosclientes e não-clientes do produto <strong>de</strong>partida?Fazer a barba, <strong>de</strong>pilar e tirar bolinhas <strong>de</strong> blusas <strong>de</strong> lã e agasalhos <strong>de</strong> moletonTomar banho e fazer a barbaTomar banho, fazer a barba e se <strong>de</strong>pilar simultaneamenteQuais são os objetivos diferentes dos correntesque po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidos pela análise ecombinação dos problemas enfrentados esuperados por clientes e não-clientes reportadosnos quadrantes <strong>de</strong> entrada?Ficar bonitoManter a pele saudávelSecar e esterilizar a<strong>para</strong>to <strong>para</strong> barbaEixo Como? I<strong>de</strong>ntificarmeios possíveis <strong>para</strong>atingir o objetivo finalExplorar produtoscorrentesQual é o produto <strong>de</strong> partida docliente <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> atingir oobjetivo <strong>de</strong> partida?Aparelho <strong>de</strong> barbear Gillette Mach 3 turboQuais os produtos substitutos e/oucomplementares que são utilizados pelosdiferentes perfis <strong>de</strong> clientes correntes <strong>para</strong>atingir o objetivo <strong>de</strong> partida?Barbeador elétricoBarbeador elétrico não molhávelBarbeador elétrico molhávelBarbeador elétrico com sistema <strong>de</strong>higienização e secagemAparelhos <strong>de</strong> barbear com lâmina ecabeça móveisAparelho <strong>de</strong> barbear com lâmina removívelAparelho <strong>de</strong> barbear com lâmina duplaAparelho <strong>de</strong> barbear com lâmina triplaAparelhos <strong>de</strong> barbear com cabos emborrachadosDepilação com raio-laserGelGel <strong>para</strong> barbearGel pós-barbaEspumaEspuma pronta <strong>para</strong> barbear em sprayEspuma <strong>para</strong> barbear em bisnagaPincel <strong>para</strong> espalhar espuma <strong>de</strong> barbearToalha <strong>de</strong> banhoÁgua quente e água friaPapel higiênico <strong>para</strong> estancar cortesBarbeiroKits <strong>de</strong> barbearQuais os produtos substitutos e/oucomplementares que são utilizadospelos diferentes perfis <strong>de</strong> clientes <strong>para</strong>atingir os objetivos correntes?Aparelho <strong>de</strong> <strong>de</strong>pilação elétricoMáquina <strong>de</strong> cortar cabeloQuais os produtos substitutos e/oucomplementares que são utilizadospelos diferentes perfis <strong>de</strong> clientes <strong>para</strong>atingir os objetivos diferentes?Removedor <strong>de</strong> bolinhas <strong>de</strong> roupas pro fricçãoRemovedor elétrico <strong>de</strong> bolinhas <strong>de</strong> roupasQuais os produtos substitutos e/oucomplementares que são utilizadospelos diferentes perfis <strong>de</strong> não clientes<strong>para</strong> atingir o objetivo <strong>de</strong> partida?Aparelhos <strong>de</strong> barbear econômicos, com cabeça fixaAparelho <strong>de</strong> barbear com lâmina removívelSabonete em barraXampu <strong>para</strong> cabelosCondicionador <strong>de</strong> cabeloToalha <strong>de</strong> banhoÁgua friaPapel higiênico <strong>para</strong> estancar cortesÁlcool etílicoLoção pós barba barataQuais os produtos substitutos e/oucomplementares que são utilizadospelos diferentes perfis <strong>de</strong> não clientes<strong>para</strong> atingir os objetivos correntes?Quais os produtos substitutos e/oucomplementares que são utilizadospelos diferentes perfis <strong>de</strong> não clientes<strong>para</strong> atingir os objetivos diferentes?Removedor <strong>de</strong> bolinhas <strong>de</strong> roupas pro fricçãoExplorar ofertascorrentes nãoconvencionaisQuais os produtos não convencionais, oualternativos, que os diferentes perfis <strong>de</strong> clientes enão clientes utilizam ou po<strong>de</strong>riam utilizar <strong>para</strong>atingir o objetivo <strong>de</strong> partida?Creme <strong>para</strong> redução <strong>de</strong> pêlosDepilação com cera quenteQuais os produtos não convencionais, oualternativos, que os diferentes perfis <strong>de</strong> clientes enão clientes utilizam ou po<strong>de</strong>riam utilizar <strong>para</strong>atingir os objetivos correntes?Quais os produtos não convencionais, oualternativos, que os diferentes perfis <strong>de</strong> clientes enão clientes utilizam ou po<strong>de</strong>riam utilizar <strong>para</strong>atingir os novos objetivos?Registrar produtosdiferentes - idéias <strong>de</strong> novosprodutosBarbeador elétrico que produz e ejeta espuma <strong>de</strong>barbear automaticamente no rostoCabeça removível <strong>para</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong> tirar bolinhas<strong>de</strong> roupas, po<strong>de</strong> ser acoplada em aparelhos diversos, sofisticados oueconômicosCabeça <strong>de</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong> rostos com espinha,po<strong>de</strong> ser acoplada em aparelhos diversos, sofisticados ou econômicosAparelho <strong>de</strong> barbear <strong>de</strong>scartável especial <strong>para</strong> adolescentesGel pós-barba <strong>para</strong> cicatrização rápida <strong>de</strong> cortes na peleKit econômico <strong>de</strong> aparelhos sofisticadosAparelho <strong>de</strong> barbear <strong>para</strong> cegosSabonete <strong>para</strong> banho e barbaSabonete pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> barba, Xampue condicionador <strong>para</strong> banho,Aparelho <strong>de</strong> barba econômico que permite acoplamento <strong>de</strong>cabeças <strong>de</strong> lâminas <strong>de</strong> outros fabricantes, sofisticadas oueconômicasBarbeador elétrico que aquece a pele oua água <strong>para</strong> barbearBarbeador a raio-laser, portátilCondicionador <strong>de</strong> cabelos e pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> barbaXampu e pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> barbaSistema <strong>para</strong> secagem e esterilização <strong>de</strong>aparelhos <strong>de</strong> barbearKit <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong> pré-adolescentes "kit minha primeira barba"Conjunto <strong>de</strong> cabeças removíveis <strong>para</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong>tirar bolinhas <strong>de</strong> roupas, e fazer a barba, po<strong>de</strong> ser acoplada emaparelhos diversos, sofisticados ou econômicosExplorar problemas nosQuadrantes <strong>de</strong> entradaQuadrante 1<strong>de</strong> entradaQuais as barreiras/problemas que os clientescorrentes enfrentam <strong>para</strong> atingir os objetivoscorrentes com os produtos correntes e que<strong>de</strong>smotivam a compra?Lâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a cravos e espinhasAparelhos sofisticados t6em um preço elevado das lâminas <strong>de</strong> reposiçãoO preço das lâminas geralmente sai o preço <strong>de</strong> um kit promocional com um novo aparelhoAparelhos <strong>de</strong> barbear da linha Mach 3 apresentam muitas variações do mesmo produtoLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a rugas da ida<strong>de</strong>Lâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a verrugasLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a flaci<strong>de</strong>z da peleBarbeiros nem sempre representam qualida<strong>de</strong>A <strong>de</strong>pilação com cera quente é doloridaA <strong>de</strong>pilação com raio laser é caraOs aparelhos sofisticados criam <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> uma marca <strong>de</strong> cabeças <strong>de</strong> lâminas, geralmente carasBarbeadores elétricos rotativos não são bons <strong>para</strong> ajustes em bigo<strong>de</strong>s e cavanhaquesPincel <strong>de</strong> barbear po<strong>de</strong> irritar a pele e estimular cortesOs kits sofisticados par barbear geram produtos sobressalentes sem utilida<strong>de</strong>Sabonete irrita e resseca a peleAparelhos econômicos não se moldam ao rosto e produzem cortes na peleLoção barata tem muito álcool e resseca a peleFazer a barba com pincel é muito chato e igualQuais as barreiras/problemas que os clientescorrentes superam com os produtoscorrentes <strong>para</strong> atingir os objetivos correntese que motivam a compra?Aparelhos sofisticados têm preço acessível <strong>para</strong> a primeira compraQualida<strong>de</strong> do serviço do barbeiroAparelhos sofisticados e espumas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> geram pouca ou nenhuma irritação na peleAparelhos sofisticados são bonitosSofisticação do aparelho <strong>de</strong> barbaA <strong>de</strong>pilação com raio-laser é duradouraOs aparelhos sofisticados permitem um barbear renteOs aparelhos <strong>de</strong> barbear sofisticados possuem lâminas mais afiadasUso <strong>de</strong> espuma pre<strong>para</strong>da em spray reduz os cortes no rosto <strong>de</strong>vido a cravos e espinhasAparelhos emborrachados permitem uma pega firme e ergonômicaBarbeadores elétricos não irritam a peleÁgua quente irrita menos a pela ao barbearAs cabeças <strong>de</strong> aparelhos com gel lubrificante facilitam o barbearPapel higiênico estanca o sangue com rapi<strong>de</strong>zA base <strong>para</strong> secagem do aparelho Mach3 aumenta a vida útil do barbeadorPoucas nervuras nos aparelhos melhoram a higieneA higiene dos aparelhos evita infecçõesBarbeadores elétricos molháveis e aparelhos <strong>de</strong> lâminas po<strong>de</strong>m ser utilizados no chuveiroFazer a barba com água quente dá um melhor resultado e é recomendada na embalagem dos aparelhosMáquinas <strong>de</strong> cortar cabelo permitem fazer acabamentos em cavanhaque e bigo<strong>de</strong>Barbeadores elétricos lineares permitem ajustes em cavanhaques e bigo<strong>de</strong>sBarbeadores elétricos com sistema <strong>de</strong> higienização evitam infecçõesBarbeadores elétricos com sistema <strong>de</strong> secagem aumenta a vida útil da lâminaAs cabeças móveis <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> lâminas e barbeadores elétricos se moldam ao rosto e produzem um resultado melhorEspuma pronta em spray é mais prática e não precisa do pincelOs kits sofisticados <strong>de</strong> barbear são baratos se com<strong>para</strong>dos com os produtos isoladamenteQuadrante 2<strong>de</strong> entradaQuais as barreiras/problemas que os nãoclientes enfrentam <strong>para</strong> atingir os objetivoscorrentes com os produtos correntes e que<strong>de</strong>smotivam a compra?Preço elevado dos aparelhos sofisticadosPreço elevado da espuma pronta em sprayPreço elevado do gel pós-barbaMuitos produtos semelhantes e com a mesma faixa <strong>de</strong> preçoAparelhos <strong>de</strong> barba sofisticados permitem que apenas um tipo <strong>de</strong> cabeça <strong>de</strong> lâmina seja acopladaOs aparelhos sofisticados criam <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> uma marca <strong>de</strong> cabeças <strong>de</strong> lâminas, geralmente carasBarbeadores elétricos são muito carosO serviço <strong>de</strong> um barbeiro é muito caroLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a cravos e espinhasLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a rugas da ida<strong>de</strong>Lâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a verrugasLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a flaci<strong>de</strong>z da pelePincel <strong>de</strong> barbear po<strong>de</strong> irritar a pele e estimular cortesFazer a barba com pincel é muito chato e igualQuais as barreiras/problemas que osnão-clientes superam com os produtoscorrentes <strong>para</strong> atingir os objetivos correntese que motivam a compra?Os aparelhos econômicos são baratosOs aparelhos são <strong>de</strong>scartáveisDisponibilida<strong>de</strong> do produto em diversos pontos <strong>de</strong> vendaEspuma <strong>de</strong> sabonete é funcional e barataPapel higiênico estanca o sangue com rapi<strong>de</strong>zXampú e condicionar não irritam a pele e amolecem os pelosLoção e álcool esterilizam a peleQuadrante 3<strong>de</strong> entradaQuais as barreiras/problemas que osclientes correntes enfrentam <strong>para</strong> atingiros novos objetivos com os produtoscorrentes e que <strong>de</strong>smotivam a compra?Uso <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> barba <strong>para</strong> remoção <strong>de</strong> bolinhas estraga a afiação da lâminaOs aparelhos <strong>de</strong> barbear são difíceis <strong>de</strong> higienizar e secarPêlos ficam presos nas lâminasO uso <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> barbear <strong>para</strong> tirar bolinhas <strong>de</strong> roupas po<strong>de</strong> rasgar a roupaOs removedores elétricos <strong>de</strong> bolinhas são muito carosOs removedores elétricos <strong>de</strong> bolinhas são pouco utilizados, não compensa comprarOs removedores <strong>de</strong> bolinhas não funcinam direito e são <strong>de</strong>moradosQuais as barreiras/problemas que os clientescorrentes superam com os produtoscorrentes <strong>para</strong> atingir os novos objetivos eque motivam a compra?As bolinhas das roupas são removidas com facilida<strong>de</strong> com os aparelhos <strong>de</strong> barbearAs bolinhas das roupas são removidas com baixo custo com os aparelhos <strong>de</strong> barbear econômicosQuadrante 4<strong>de</strong> entradaQuais as barreiras/problemas que os nãoclientes enfrentam <strong>para</strong> atingir o novoobjetivo com os produtos correntes e que<strong>de</strong>smotivam a compra?O uso <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> barbear <strong>para</strong> tirar bolinhas <strong>de</strong> roupas po<strong>de</strong> rasgar a roupaOs aparelhos <strong>de</strong> barbear são difíceis <strong>de</strong> higienizar e secarPêlos ficam presos nas lâminasOs removedores elétricos <strong>de</strong> bolinhas são muito carosOs removedores elétricos <strong>de</strong> bolinhas são pouco utilizados, não compensa comprarOs removedores <strong>de</strong> bolinhas não funcinam direito e são <strong>de</strong>moradosQuais as barreiras/problemas que osnão-clientes superam com os produtoscorrentes <strong>para</strong> atingir os novos objetivos eque motivam a compra?As bolinhas das roupas são removidas com facilida<strong>de</strong> com os aparelhos <strong>de</strong> barbearAs bolinhas das roupas são removidas com baixo custo com os aparelhos <strong>de</strong> barbear econômicosRe-alocar informações doQuadrante negroA informação estáassociada aos eixos?A informação estáassociada aosquadrantes <strong>de</strong> entrada?A informação estáassociada aos quadrantes<strong>de</strong> saída?A informação está associada à listaespeculativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s eidéias <strong>de</strong> novos produtos?Prospectar oportunida<strong>de</strong>snos Quadrantes <strong>de</strong> saídaQuadrante 5<strong>de</strong> saídaSelecionar e converter barreiras doquadrante 1 em atributos <strong>de</strong> valor1) Transcrever barreiras enfrentadas esuperadas do quadrante 1; 2) Reescrevê-lascom termos positivos; 3) Agrupá-las porafinida<strong>de</strong> em uma lista <strong>de</strong> até 10; 4)Classificá-las nas questões guia abaixo(mover); 5) Avaliá-las quanto ao potencial <strong>de</strong>oceano azul com o TOA (ver nota)Proteção da pele contra cortes em cravos, espinhas, rugas, verrugas e flaci<strong>de</strong>zLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a cravos e espinhasLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a verrugasLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a rugas da ida<strong>de</strong>Lâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a flaci<strong>de</strong>z da peleAparelhos econômicos não se moldam ao rosto e produzem cortes na peleUso <strong>de</strong> espuma pre<strong>para</strong>da em spray reduz os cortes no rosto <strong>de</strong>vido a cravos e espinhasProteção da pele contra irritações e ressecamentoPincel <strong>de</strong> barbear po<strong>de</strong> irritar a pele e estimular cortesSabonete irrita e resseca a peleLoção barata tem muito álcool e resseca a peleBarbeadores elétricos não irritam a peleAparelhos sofisticados e espumas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> geram pouca ou nenhuma irritação na peleÁgua quente irrita menos a pela ao barbearQualida<strong>de</strong> do barbearBarbeiros nem sempre representam qualida<strong>de</strong>Qualida<strong>de</strong> do serviço do barbeiroA <strong>de</strong>pilação com raio-laser é duradouraOs aparelhos sofisticados permitem um barbear renteAs cabeças móveis <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> lâminas e barbeadores elétricos se moldam ao rosto e produzem um resultado melhorOs aparelhos <strong>de</strong> barbear sofisticados possuem lâminas mais afiadasAparelhos emborrachados permitem uma pega firme e ergonômicaFacilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>para</strong> barba completa eajustes em bigo<strong>de</strong>s e cavanhaquesBarbeadores elétricos rotativos não são bons <strong>para</strong> ajustes em bigo<strong>de</strong>s e cavanhaquesAs cabeças <strong>de</strong> aparelhos com gel lubrificante facilitam o barbearBarbeadores elétricos molháveis e aparelhos <strong>de</strong> lâminas po<strong>de</strong>m ser utilizados no chuveiroFazer a barba com água quente dá um melhor resultado e é recomendada na embalagem dos aparelhosMáquinas <strong>de</strong> cortar cabelo permitem fazer acabamentos em cavanhaque e bigo<strong>de</strong>Barbeadores elétricos lineares permitem ajustes em cavanhaques e bigo<strong>de</strong>sEspuma pronta em spray é mais prática e não precisa do pincelPreço da experiênciaAparelhos sofisticados têm um preço elevado das lâminas <strong>de</strong> reposiçãoO preço das lâminas geralmente sai o preço <strong>de</strong> um kit promocional com um novo aparelhoA <strong>de</strong>pilação com raio laser é caraAparelhos sofisticados têm preço acessível <strong>para</strong> a primeira compraOs kits sofisticados <strong>de</strong> barbear são baratos se com<strong>para</strong>dos com os produtos isoladamenteVariações do produtoAparelhos <strong>de</strong> barbear da linha Mach 3 apresentam muitas variações do mesmo produtoDependência da marca do aparelhoOs aparelhos sofisticados criam <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> uma marca <strong>de</strong> cabeças <strong>de</strong> lâminas, geralmente carasSofisticação tecnológicaPrazer e diversão no barbearA <strong>de</strong>pilação com cera quente é doloridaFazer a barba com pincel é muito chato e igualAparelhos sofisticados são bonitosSofisticação do aparelho <strong>de</strong> barbaHigiene e saú<strong>de</strong>Papel higiênico estanca o sangue com rapi<strong>de</strong>zPoucas nervuras nos aparelhos melhoram a higieneA higiene dos aparelhos evita infecçõesBarbeadores elétricos com sistema <strong>de</strong> higienização evitam infecçõesManutençãoA base <strong>para</strong> secagem do aparelho Mach 3 aumenta a vida útil do barbeadorBarbeadores elétricos com sistema <strong>de</strong> secagem aumenta a vida útil da lâminaOs kits sofisticados <strong>para</strong> barbear geram produtos sobressalentes sem utilida<strong>de</strong>Que atributos consi<strong>de</strong>rados indispensáveispelo setor <strong>de</strong>vem ser eliminados?Variações dos produtosQue atributos <strong>de</strong>vem ser reduzidos bemabaixo dos padrões setoriais?Preço da experiênciaDependência da marca do aparelhoSofisticação tecnológicaQue atributos <strong>de</strong>vem ser elevados bemacima dos padrões setoriais?Higiene e saú<strong>de</strong>ManutençãoFacilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>para</strong> barba completa eajustes em bigo<strong>de</strong>s e cavanhaquesQualida<strong>de</strong> do barbearQue atributos nunca oferecidos pelo setor<strong>de</strong>vem ser criados?Prazer e diversão no barbearProteção da pele contra irritações e ressecamentoProteção da pele contra cortes em cravos, espinhas,rugas, verrugas e flaci<strong>de</strong>zDeclarar oportunida<strong>de</strong>, ou oportunida<strong>de</strong>s,com base nos objetivos e nos atributos <strong>de</strong>valor selecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 5“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (fazer a barba/barbear), que possua os seguintes atributosnunca ofertados pelo setor: (Prazer e diversão no barbear; Proteção da pele contra irritações e ressecamento;Proteção da pele contra cortes em cravos, espinhas, rugas, verrugas e flaci<strong>de</strong>z); sem os seguintes atributoscomuns às ofertas do setor e sem valor <strong>para</strong> o mercado (variações dos produtos); com mais dos seguintesatributos comuns às ofertas do setor: (Higiene e saú<strong>de</strong>; Manutenção; Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>para</strong> barba completae ajustes em bigo<strong>de</strong>s e cavanhaques; qualida<strong>de</strong> do barbear); e com menos dos seguintes atributos comunsàs ofertas do setor: (Preço da experiência; Dependência da marca do aparelho; Sofisticação tecnológica).”Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaCabeça <strong>de</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong> rostos com espinha,po<strong>de</strong> ser acoplada em aparelhos diversos, sofisticados ou econômicosAparelho <strong>de</strong> barbear <strong>de</strong>scartável especial <strong>para</strong> adolescentesGel pós-barba <strong>para</strong> cicatrização rápida <strong>de</strong> cortes na peleAparelho <strong>de</strong> barbear <strong>para</strong> cegosBarbeador a raio-laser, portátilBarbeador elétrico que aquece a pele oua água <strong>para</strong> barbearQuadrante6 <strong>de</strong> saídaSelecionar e converter barreiras doquadrante 2 em atributos <strong>de</strong> valor1) Transcrever barreiras enfrentadas esuperadas do quadrante 2; 2) Reescrevê-lascom termos positivos; 3) Agrupá-las porafinida<strong>de</strong> em uma lista <strong>de</strong> até 10; 4)Classificá-las nas questões guia abaixo(mover); 5) Avaliá-las quanto ao potencial <strong>de</strong>oceano azul com o TOA (ver nota)Preço da experiênciaPreço elevado dos aparelhos sofisticadosPreço elevado do gel pós-barbaPreço elevado da espuma pronta em sprayBarbeadores elétricos são muito carosO serviço <strong>de</strong> um barbeiro é muito caroOs aparelhos econômicos são baratosVariações dos produtosMuitos produtos semelhantes e com a mesma faixa <strong>de</strong> preçoDependência da marca do aparelhoAparelhos <strong>de</strong> barba sofisticados permitem que apenas um tipo <strong>de</strong> cabeça <strong>de</strong> lâmina seja acopladaOs aparelhos sofisticados criam <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> uma marca <strong>de</strong> cabeças <strong>de</strong> lâminas, geralmente carasHigiene e saú<strong>de</strong>Os aparelhos são <strong>de</strong>scartáveisPapel higiênico estanca o sangue com rapi<strong>de</strong>zLoção e álcool esterilizam a pelePrazer e diversão no barbearFazer a barba com pincel é muito chato e igualProteção da pele contra irritações e ressecamentoXampú e condicionar não irritam a pele e amolecem os pelosPincel <strong>de</strong> barbear po<strong>de</strong> irritar a pele e estimular cortesProteção da pele contra cortes em cravos, espinhas,rugas, verrugas e flaci<strong>de</strong>zLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a cravos e espinhasLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a rugas da ida<strong>de</strong>Lâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a flaci<strong>de</strong>z da peleLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a verrugasMultiusoEspuma <strong>de</strong> sabonete é funcional e barataAparelhos <strong>de</strong> barba sofisticados permitem que apenas um tipo <strong>de</strong> cabeça <strong>de</strong> lâmina seja acopladaDisponibilida<strong>de</strong> (distribuição)Disponibilida<strong>de</strong> do produto em diversos pontos <strong>de</strong> vendaQue atributos consi<strong>de</strong>rados indispensáveispelo setor <strong>de</strong>vem ser eliminados?Dependência da marca do aparelhoVariações dos produtosQue atributos <strong>de</strong>vem ser reduzidos bemabaixo dos padrões setoriais?Preço da experiênciaQue atributos <strong>de</strong>vem ser elevados bemacima dos padrões setoriais?Disponibilida<strong>de</strong> (distribuição)Higiene e saú<strong>de</strong>Que atributos nunca oferecidos pelo setor<strong>de</strong>vem ser criados?MultiusoProteção da pele contra cortes em cravos, espinhas,rugas, verrugas e flaci<strong>de</strong>zProteção da pele contra irritações e ressecamentoPrazer e diversão no barbearDeclarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 6“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (fazer a barba/barbear), que possua os seguintes atributosnunca ofertados pelo setor: (Multiuso; Prazer e diversão no barbear; Proteção da pele contra irritações eressecamento; Proteção da pele contra cortes em cravos, espinhas, rugas, verrugas e flaci<strong>de</strong>z); sem osseguintes atributos comuns às ofertas do setor e sem valor <strong>para</strong> o mercado (Variações dos produtos;<strong>de</strong>pendência da marca do aparelho); com mais dos seguintes atributos comuns às ofertas do setor: (Higiene esaú<strong>de</strong>; Disponibilida<strong>de</strong> (distribuiçào); e com menos dos seguintes atributos comuns às ofertas do setor:(Preço da experiência).”Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaSabonete pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> barba, Xampue condicionador <strong>para</strong> banho,Sabonete <strong>para</strong> banho e barbaAparelho <strong>de</strong> barba econômico que permite acoplamento <strong>de</strong>cabeças <strong>de</strong> lâminas <strong>de</strong> outros fabricantes, sofisticadas oueconômicasCondicionador <strong>de</strong> cabelos e pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> barbaXampu e pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> barbaQuadrante 7<strong>de</strong> saídaSelecionar e converter barreiras doquadrante 3 em atributos <strong>de</strong> valor1) Transcrever barreiras enfrentadas esuperadas do quadrante 3; 2) Reescrevê-lascom termos positivos; 3) Agrupá-las porafinida<strong>de</strong> em uma lista <strong>de</strong> até 10; 4)Classificá-las nas questões guia abaixo(mover); 5) Avaliá-las quanto ao potencial <strong>de</strong>oceano azul com o TOA (ver nota)Uso <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> barba <strong>para</strong> remoção <strong>de</strong> bolinhas estraga a afiação da lâminaOs aparelhos <strong>de</strong> barbear são difíceis <strong>de</strong> higienizar e secarPêlos ficam presos nas lâminasO uso <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> barbear <strong>para</strong> tirar bolinhas <strong>de</strong> roupas po<strong>de</strong> rasgar a roupaOs removedores elétricos <strong>de</strong> bolinhas são muito carosOs removedores elétricos <strong>de</strong> bolinhas são pouco utilizados, não compensa comprarOs removedores <strong>de</strong> bolinhas não funcionam direito e são <strong>de</strong>moradosAs bolinhas das roupas são removidas com facilida<strong>de</strong> com os aparelhos <strong>de</strong> barbearAs bolinhas das roupas são removidas com baixo custo com os aparelhos <strong>de</strong> barbear econômicosQue atributos consi<strong>de</strong>rados indispensáveispelo setor <strong>de</strong>vem ser eliminados?Que atributos <strong>de</strong>vem ser reduzidos bemabaixo dos padrões setoriais?Que atributos <strong>de</strong>vem ser elevados bemacima dos padrões setoriais?Que atributos nunca oferecidos pelo setor<strong>de</strong>vem ser criados?Declarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 7“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (Secar e esterilizar a<strong>para</strong>to <strong>para</strong>barba), que possua os seguintes atributos nunca ofertados pelo setor: (relacionar 3atributos nunca oferecidos); sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setor esem valor <strong>para</strong> o mercado (relacionar atributos); com mais dos seguintes atributoscomuns às ofertas do setor: (relacionar atributos); e com menos dos seguintesatributos comuns às ofertas do setor: (relacionar atributos).”“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (tirar bolinhas <strong>de</strong> roupas), que possuaos seguintes atributos nunca ofertados pelo setor: (relacionar 3 atributos nuncaoferecidos); sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setor e sem valor <strong>para</strong>o mercado (relacionar atributos); com mais dos seguintes atributos comuns àsofertas do setor: (relacionar atributos); e com menos dos seguintes atributos comunsàs ofertas do setor: (relacionar atributos).”Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaCabeça removível <strong>para</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong> tirar bolinhas<strong>de</strong> roupas, po<strong>de</strong> ser acoplada em aparelhos diversos, sofisticados oueconômicosSistema <strong>para</strong> secagem e esterilização <strong>de</strong>aparelhos <strong>de</strong> barbearQuadrante 8<strong>de</strong> saídaSelecionar e converter barreiras doquadrante 4 em atributos <strong>de</strong> valor1) Transcrever barreiras enfrentadas esuperadas do quadrante 4; 2) Reescrevê-lascom termos positivos; 3) Agrupá-las porafinida<strong>de</strong> em uma lista <strong>de</strong> até 10; 4)Classificá-las nas questões guia abaixo(mover); 5) Avaliá-las quanto ao potencial <strong>de</strong>oceano azul com o TOA (ver nota)As bolinhas das roupas são removidas com facilida<strong>de</strong> com os aparelhos <strong>de</strong> barbearAs bolinhas das roupas são removidas com baixo custo com os aparelhos <strong>de</strong> barbear econômicosO uso <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> barbear <strong>para</strong> tirar bolinhas <strong>de</strong> roupas po<strong>de</strong> rasgar a roupaOs aparelhos <strong>de</strong> barbear são difíceis <strong>de</strong> higienizar e secarPêlos ficam presos nas lâminasOs removedores elétricos <strong>de</strong> bolinhas são muito carosOs removedores elétricos <strong>de</strong> bolinhas são pouco utilizados, não compensa comprarOs removedores <strong>de</strong> bolinhas não funcinam direito e são <strong>de</strong>moradosQue atributos consi<strong>de</strong>rados indispensáveispelo setor <strong>de</strong>vem ser eliminados?Que atributos <strong>de</strong>vem ser reduzidos bemabaixo dos padrões setoriais?Que atributos <strong>de</strong>vem ser elevados bemacima dos padrões setoriais?Que atributos nunca oferecidos pelo setor<strong>de</strong>vem ser criados?Declarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 8“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (Secar e esterilizar a<strong>para</strong>to <strong>para</strong>barba), que possua os seguintes atributos nunca ofertados pelo setor: (relacionar 3atributos nunca oferecidos); sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setor esem valor <strong>para</strong> o mercado (relacionar atributos); com mais dos seguintes atributoscomuns às ofertas do setor: (relacionar atributos); e com menos dos seguintesatributos comuns às ofertas do setor: (relacionar atributos).”“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (tirar bolinhas <strong>de</strong> roupas), que possuaos seguintes atributos nunca ofertados pelo setor: (relacionar 3 atributos nuncaoferecidos); sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setor e sem valor <strong>para</strong>o mercado (relacionar atributos); com mais dos seguintes atributos comuns àsofertas do setor: (relacionar atributos); e com menos dos seguintes atributos comunsàs ofertas do setor: (relacionar atributos).”Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaCabeça removível <strong>para</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong> tirar bolinhas<strong>de</strong> roupas, po<strong>de</strong> ser acoplada em aparelhos diversos, sofisticados oueconômicosQuadrantescombinadosQuadrantes 5 e 6Selecionar e converterbarreiras dos quadrantes 1 e2 em atributos <strong>de</strong> valor1) Transcrever barreiras enfrentadas esuperadas dos quadrantes 1 e 2; 2)Reescrevê-las com termos positivos; 3)Agrupá-las por afinida<strong>de</strong> em uma lista <strong>de</strong> até10; 4) Classificá-las nas questões guiaabaixo (mover); 5) Avaliá-las quanto aopotencial <strong>de</strong> oceano azul com o TOA (vernota)Preço da experiênciaAparelhos sofisticados têm um preço elevado das lâminas <strong>de</strong> reposiçãoO preço das lâminas geralmente sai o preço <strong>de</strong> um kit promocional com um novo aparelhoA <strong>de</strong>pilação com raio laser é caraAparelhos sofisticados têm preço acessível <strong>para</strong> a primeira compraOs kits sofisticados <strong>de</strong> barbear são baratos se com<strong>para</strong>dos com os produtos isoladamentePreço elevado dos aparelhos sofisticadosPreço elevado do gel pós-barbaPreço elevado da espuma pronta em sprayBarbeadores elétricos são muito carosO serviço <strong>de</strong> um barbeiro é muito caroOs aparelhos econômicos são baratosVariações dos produtosMuitos produtos semelhantes e com a mesma faixa <strong>de</strong> preçoAparelhos <strong>de</strong> barbear da linha Mach 3 apresentam muitas variações do mesmo produtoDependência da marca do aparelhoAparelhos <strong>de</strong> barba sofisticados permitem que apenas um tipo <strong>de</strong> cabeça <strong>de</strong> lâmina seja acopladaOs aparelhos sofisticados criam <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> uma marca <strong>de</strong> cabeças <strong>de</strong> lâminas, geralmente carasHigiene e saú<strong>de</strong>Papel higiênico estanca o sangue com rapi<strong>de</strong>zPoucas nervuras nos aparelhos melhoram a higieneA higiene dos aparelhos evita infecçõesBarbeadores elétricos com sistema <strong>de</strong> higienização evitam infecçõesOs aparelhos são <strong>de</strong>scartáveisLoção e álcool esterilizam a pelePrazer e diversão no barbearA <strong>de</strong>pilação com cera quente é doloridaFazer a barba com pincel é muito chato e igualAparelhos sofisticados são bonitosSofisticação do aparelho <strong>de</strong> barbaFazer a barba com pincel é muito chato e igualProteção da pele contra irritações e ressecamentoXampú e condicionar não irritam a pele e amolecem os pelosPincel <strong>de</strong> barbear po<strong>de</strong> irritar a pele e estimular cortesSabonete irrita e resseca a peleLoção barata tem muito álcool e resseca a peleBarbeadores elétricos não irritam a peleAparelhos sofisticados e espumas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> geram pouca ou nenhuma irritação na peleÁgua quente irrita menos a pela ao barbearPincel <strong>de</strong> barbear po<strong>de</strong> irritar a pele e estimular cortesProteção da pele contra cortes em cravos, espinhas,rugas, verrugas e flaci<strong>de</strong>zLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a cravos e espinhasLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a rugas da ida<strong>de</strong>Lâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a flaci<strong>de</strong>z da peleAparelhos econômicos não se moldam ao rosto e produzem cortes na peleUso <strong>de</strong> espuma pre<strong>para</strong>da em spray reduz os cortes no rosto <strong>de</strong>vido a cravos e espinhasLâminas afiadas fazem cortes no rosto <strong>de</strong>vido a verrugasMultiusoEspuma <strong>de</strong> sabonete é funcional e barataAparelhos <strong>de</strong> barba sofisticados permitem que apenas um tipo <strong>de</strong> cabeça <strong>de</strong> lâmina seja acopladaDisponibilida<strong>de</strong> (distribuição)Disponibilida<strong>de</strong> do produto em diversos pontos <strong>de</strong> vendaQualida<strong>de</strong> do barbearBarbeiros nem sempre representam qualida<strong>de</strong>Qualida<strong>de</strong> do serviço do barbeiroA <strong>de</strong>pilação com raio-laser é duradouraOs aparelhos sofisticados permitem um barbear renteAs cabeças móveis <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> lâminas e barbeadores elétricos se moldam ao rosto e produzem um resultado melhorOs aparelhos <strong>de</strong> barbear sofisticados possuem lâminas mais afiadasAparelhos emborrachados permitem uma pega firme e ergonômicaFacilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>para</strong> barba completa eajustes em bigo<strong>de</strong>s e cavanhaquesBarbeadores elétricos rotativos não são bons <strong>para</strong> ajustes em bigo<strong>de</strong>s e cavanhaquesAs cabeças <strong>de</strong> aparelhos com gel lubrificante facilitam o barbearBarbeadores elétricos molháveis e aparelhos <strong>de</strong> lâminas po<strong>de</strong>m ser utilizados no chuveiroFazer a barba com água quente dá um melhor resultado e é recomendada na embalagem dos aparelhosMáquinas <strong>de</strong> cortar cabelo permitem fazer acabamentos em cavanhaque e bigo<strong>de</strong>Barbeadores elétricos lineares permitem ajustes em cavanhaques e bigo<strong>de</strong>sEspuma pronta em spray é mais prática e não precisa do pincelSofisticação tecnológicaManutençãoA base <strong>para</strong> secagem do aparelho Mach 3 aumenta a vida útil do barbeadorBarbeadores elétricos com sistema <strong>de</strong> secagem aumenta a vida útil da lâminaOs kits sofisticados <strong>para</strong> barbear geram produtos sobressalentes sem utilida<strong>de</strong>Que atributos consi<strong>de</strong>rados indispensáveispelo setor <strong>de</strong>vem ser eliminados?Variações dos produtosDependência da marca do aparelhoQue atributos <strong>de</strong>vem ser reduzidos bemabaixo dos padrões setoriais?Preço da experiênciaSofisticação tecnológicaQue atributos <strong>de</strong>vem ser elevados bemacima dos padrões setoriais?Higiene e saú<strong>de</strong>ManutençãoFacilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>para</strong> barba completa eajustes em bigo<strong>de</strong>s e cavanhaquesQualida<strong>de</strong> do barbearDisponibilida<strong>de</strong> (distribuição)Disponibilida<strong>de</strong> do produto em diversos pontos <strong>de</strong> vendaQue atributos nunca oferecidos pelo setor<strong>de</strong>vem ser criados?Prazer e diversão no barbearProteção da pele contra irritações e ressecamentoProteção da pele contra cortes em cravos, espinhas,rugas, verrugas e flaci<strong>de</strong>zMultiusoEspuma <strong>de</strong> sabonete é funcional e barataAparelhos <strong>de</strong> barba sofisticados permitem que apenas um tipo <strong>de</strong> cabeça <strong>de</strong> lâmina seja acopladaDeclarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 5 e 6“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (fazer a barba/barbear), que possua os seguintes atributosnunca ofertados pelo setor: (Multiuso; Prazer e diversão no barbear; Proteção da pele contra irritações eressecamento; Proteção da pele contra cortes em cravos, espinhas, rugas, verrugas e flaci<strong>de</strong>z); sem osseguintes atributos comuns às ofertas do setor e sem valor <strong>para</strong> o mercado (Variações dos produtos;Dependência da marca do aparelho); com mais dos seguintes atributos comuns às ofertas do setor: (Higienee saú<strong>de</strong>; Manutenção; Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>para</strong> barba completa e ajustes em bigo<strong>de</strong>s e cavanhaques;Qualida<strong>de</strong> do barbear; Disponibilida<strong>de</strong> (distribuição)); e com menos dos seguintes atributos comuns às ofertasdo setor: (Preço da experiência; Sofisticação tecnológica).”Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaSabonete pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> barba, Xampue condicionador <strong>para</strong> banho,Condicionador <strong>de</strong> cabelos e pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> barbaXampú e pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> barbaQuadrantes 5 e 7Selecionar e converterbarreiras dos quadrantes 1 e3 em atributos <strong>de</strong> valor1) Transcrever barreiras enfrentadas esuperadas dos quadrantes 1 e 3; 2)Reescrevê-las com termos positivos; 3)Agrupá-las por afinida<strong>de</strong> em uma lista <strong>de</strong> até10; 4) Classificá-las nas questões guiaabaixo (mover); 5) Avaliá-las quanto aopotencial <strong>de</strong> oceano azul com o TOA (vernota)Que atributos consi<strong>de</strong>rados indispensáveispelo setor <strong>de</strong>vem ser eliminados?Que atributos <strong>de</strong>vem ser reduzidos bemabaixo dos padrões setoriais?Que atributos <strong>de</strong>vem ser elevados bemacima dos padrões setoriais?Que atributos nunca oferecidos pelo setor<strong>de</strong>vem ser criados?Declarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 5 e 7“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (transcrever objetivo a seralcançado), que possua os seguintes atributos nunca ofertados pelo setor: (relacionar3 atributos nunca oferecidos); sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setore sem valor <strong>para</strong> o mercado (relacionar atributos); com mais dos seguintes atributoscomuns às ofertas do setor: (relacionar atributos); e com menos dos seguintesatributos comuns às ofertas do setor: (relacionar atributos).”Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtos seobtidas via insights no transcorrer doprocesso alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaConjunto <strong>de</strong> cabeças removíveis <strong>para</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong>tirar bolinhas <strong>de</strong> roupas, e fazer a barba, po<strong>de</strong> ser acoplada emaparelhos diversos, sofisticados ou econômicosQuadrantes 6 e 8Selecionar e converterbarreiras dos quadrantes 2e 4 em atributos <strong>de</strong> valor1) Transcrever barreiras enfrentadas esuperadas dos quadrantes 2 e 4; 2)Reescrevê-las com termos positivos; 3)Agrupá-las por afinida<strong>de</strong> em uma lista <strong>de</strong> até10; 4) Classificá-las nas questões guiaabaixo (mover); 5) Avaliá-las quanto aopotencial <strong>de</strong> oceano azul com o TOA (vernota)Que atributos consi<strong>de</strong>rados indispensáveispelo setor <strong>de</strong>vem ser eliminados?Que atributos <strong>de</strong>vem ser reduzidos bemabaixo dos padrões setoriais?Que atributos <strong>de</strong>vem ser elevados bemacima dos padrões setoriais?Que atributos nunca oferecidos pelo setor<strong>de</strong>vem ser criados?Declarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 6 e 8“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (transcrever objetivo a seralcançado), que possua os seguintes atributos nunca ofertados pelo setor: (relacionar3 atributos nunca oferecidos); sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setore sem valor <strong>para</strong> o mercado (relacionar atributos); com mais dos seguintes atributoscomuns às ofertas do setor: (relacionar atributos); e com menos dos seguintesatributos comuns às ofertas do setor: (relacionar atributos).”Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaConjunto <strong>de</strong> cabeças removíveis <strong>para</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong>tirar bolinhas <strong>de</strong> roupas, e fazer a barba, po<strong>de</strong> ser acoplada emaparelhos diversos, sofisticados ou econômicosQuadrantes 7 e 8Selecionar e converterbarreiras dos quadrantes 3e 4 em atributos <strong>de</strong> valor1) Transcrever barreiras enfrentadas esuperadas dos quadrantes 3 e 4; 2)Reescrevê-las com termos positivos; 3)Agrupá-las por afinida<strong>de</strong> em uma lista <strong>de</strong> até10; 4) Classificá-las nas questões guiaabaixo (mover); 5) Avaliá-las quanto aopotencial <strong>de</strong> oceano azul com o TOA (vernota)Que atributos consi<strong>de</strong>rados indispensáveispelo setor <strong>de</strong>vem ser eliminados?Que atributos <strong>de</strong>vem ser reduzidos bemabaixo dos padrões setoriais?Que atributos <strong>de</strong>vem ser elevados bemacima dos padrões setoriais?Que atributos nunca oferecidos pelo setor<strong>de</strong>vem ser criados?Declarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 7 e 8“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (transcrever objetivo a seralcançado), que possua os seguintes atributos nunca ofertados pelo setor: (relacionar3 atributos nunca oferecidos); sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setore sem valor <strong>para</strong> o mercado (relacionar atributos); com mais dos seguintes atributoscomuns às ofertas do setor: (relacionar atributos); e com menos dos seguintesatributos comuns às ofertas do setor: (relacionar atributos).”Relacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaCabeça removível <strong>para</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong> tirar bolinhas<strong>de</strong> roupas, po<strong>de</strong> ser acoplada em aparelhos diversos, sofisticados oueconômicosQuadrantes 5, 6, 7 e 8Selecionar e converterbarreiras dos quadrantes 1,2,3 e 4 em atributos <strong>de</strong> valor1) Transcrever barreiras enfrentadas esuperadas dos quadrantes 5, 6, 7 e 8; 2)Reescrevê-las com termos positivos; 3)Agrupá-las por afinida<strong>de</strong> em uma lista <strong>de</strong> até10; 4) Classificá-las nas questões guiaabaixo (mover); 5) Avaliá-las quanto aopotencial <strong>de</strong> oceano azul com o TOA (vernota)Que atributos consi<strong>de</strong>rados indispensáveispelo setor <strong>de</strong>vem ser eliminados?Que atributos <strong>de</strong>vem ser reduzidos bemabaixo dos padrões setoriais?Que atributos <strong>de</strong>vem ser elevados bemacima dos padrões setoriais?Que atributos nunca oferecidos pelo setor<strong>de</strong>vem ser criados?Declarar oportunida<strong>de</strong> com base noobjetivo e nos atributos <strong>de</strong> valorselecionados <strong>para</strong> o novo produto <strong>de</strong>quadrante 5, 6, 7 e 8“Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (transcrever objetivo a seralcançado), que possua os seguintes atributos nunca ofertados pelo setor: (relacionar3 atributos nunca oferecidos); sem os seguintes atributos comuns às ofertas do setore sem valor <strong>para</strong> o mercado (relacionar atributos); com mais dos seguintes atributoscomuns às ofertas do setor: (relacionar atributos); e com menos dos seguintesatributos comuns às ofertas do setor: (relacionar atributos).”Secar e esterilizar a<strong>para</strong>to <strong>para</strong> barbaRelacionar idéias <strong>de</strong> novos produtosse obtidas via insights no transcorrerdo processo alinhadas com aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>claradaConjunto <strong>de</strong> cabeças removíveis <strong>para</strong> aparelho <strong>de</strong> barbear especial <strong>para</strong>tirar bolinhas <strong>de</strong> roupas, e fazer a barba, po<strong>de</strong> ser acoplada emaparelhos diversos, sofisticados ou econômicosDissertacao <strong>PPGEM</strong> - CPO - Exemplo (2).mmap - 04-Nov-09 -


Apêndice M Exemplo <strong>de</strong> preenchimento do portfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s 287APÊNDICE M – EXEMPLO DE PREENCHIMENTO DO PORTFÓLIODE OPORTUNIDADESA seguir apresentam-se três planilhas, mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> preenchimento do portfólio<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s dos quadrantes 5, 6 e 5 e 6 combinados, <strong>de</strong>rivadas do exemplo <strong>de</strong>aplicação <strong>de</strong>senvolvido com o aparelho <strong>de</strong> barbear Gillette Mach 3 Turbo. Osexemplos foram feitos <strong>para</strong> visualização em tela <strong>de</strong> computador, logo, a frase com a<strong>de</strong>scrição da oportunida<strong>de</strong> aparece cortada.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


Quadrante 5 Id. Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencialQualificaçãoA Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (fazer a barba/barbear), que possua os seguintes 5 10 8 7.4 8 8 7 7.59 8B 0 0C 0 0D 0 0E 0 0F 0 0G 0 0H 0 0I 0 0J 0 0Vantagem competitiva (0-10)Atrativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado (0-10)Retorno versus risco (0-10)Magnitu<strong>de</strong> da oportunida<strong>de</strong>Encaixe estratégico (0-10)Alavancagem <strong>de</strong> competências (0-10)Viabilida<strong>de</strong> técnica (0-10)Encaixe e alavancagemInvestimento requerido (0-10)10Magnitu<strong>de</strong> da oportunida<strong>de</strong>9876543210Encaixe e alavancagem do negócio0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10BCDEFGHAIJConsultar mapas mentais <strong>de</strong> origem <strong>para</strong> <strong>de</strong>talhamento dos atributos <strong>de</strong> valor e relação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos


Quadrante 6 Id. Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencialQualificaçãoA Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (fazer a barba/barbear), que possua os seguintes 5 10 5 6.5 7 9 8 7.92 7B 0 0C 0 0D 0 0E 0 0F 0 0G 0 0H 0 0I 0 0J 0 0Vantagem competitiva (0-10)Atrativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado (0-10)Retorno versus risco (0-10)Magnitu<strong>de</strong> da oportunida<strong>de</strong>Encaixe estratégico (0-10)Alavancagem <strong>de</strong> competências (0-10)Viabilida<strong>de</strong> técnica (0-10)Encaixe e alavancagemInvestimento requerido (0-10)10Magnitu<strong>de</strong> da oportunida<strong>de</strong>9876543210Encaixe e alavancagem do negócio0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10BCDEFGHAIJConsultar mapas mentais <strong>de</strong> origem <strong>para</strong> <strong>de</strong>talhamento dos atributos <strong>de</strong> valor e relação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos


Quadrantes 5 e 6 Id. Declaração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> potencialQualificaçãoA Oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> produto que seja capaz <strong>de</strong> (fazer a barba/barbear), que possua os seguintes 8 10 6 8 7 8 6 6.93 5B 0 0C 0 0D 0 0E 0 0F 0 0G 0 0H 0 0I 0 0J 0 0Vantagem competitiva (0-10)Atrativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado (0-10)Retorno versus risco (0-10)Magnitu<strong>de</strong> da oportunida<strong>de</strong>Encaixe estratégico (0-10)Alavancagem <strong>de</strong> competências (0-10)Viabilida<strong>de</strong> técnica (0-10)Encaixe e alavancagemInvestimento requerido (0-10)10Magnitu<strong>de</strong> da oportunida<strong>de</strong>9876543210Encaixe e alavancagem do negócio0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10BCDEFGHAIJConsultar mapas mentais <strong>de</strong> origem <strong>para</strong> <strong>de</strong>talhamento dos atributos <strong>de</strong> valor e relação <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> novos produtos


Apêndice N Questionário <strong>de</strong>stinado aos participantes do experimento 291APÊNDICE N – QUESTIONÁRIO DESTINADO AOS PARTICIPANTESDO EXPERIMENTOA seguir, apresentam-se algumas questões direcionadas aos participantes doexperimento com o mo<strong>de</strong>lo proposto, após a conclusão da ativida<strong>de</strong>.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


1UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – <strong>UTFPR</strong>PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA EDE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong>INTRODUÇÃOEste instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações é parte <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> pesquisa científica, relacionado ài<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos. O interesse <strong>de</strong>stequestionário é o <strong>de</strong> verificar a opinião dos participantes acerca do experimento e do mo<strong>de</strong>lo proposto.PÚBLICO ALVOParticipantes do experimento <strong>de</strong> teste do mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvido.ORIENTAÇÕESEste documento <strong>de</strong>ve ser preenchido e salvo no seu computador. Recomenda-se salva-lo durante opreenchimento e nomeá-lo com a inclusão do seu sobrenome. Caso os campos <strong>de</strong> resposta não estejameditáveis, clicar com o botão direito do mouse sobre eles e selecionar “atualizar campo”. As questões sãoprepon<strong>de</strong>rantemente <strong>de</strong> múltipla escolha, nas quais mais <strong>de</strong> uma escolha é permitida. Não existemrespostas certas ou erradas. É <strong>de</strong> fundamental importância que estas respostas reflitam a sua opinião. Asperguntas se enquadram nas seções abaixo.Seção AExperimento e mo<strong>de</strong>loSeção BI<strong>de</strong>ntificação do entrevistadoLISTA DE SIGLASCPO: Cubo <strong>de</strong> Prospecção <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s.TERMO DE CONFIDENCIALIDADEAos respon<strong>de</strong>ntes é resguardada confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> completa das suas respostas. Todos os resultados <strong>de</strong>stapesquisa obtidos com este questionário serão publicados conforme padrões internacionais reconhecidos.Josmael Roberto KampaEsp. Gestão <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> ProdutosMestrando em Engenharia Mecânica<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


2Seção A – Experimento emo<strong>de</strong>lo1. Em sua opinião, o tempo <strong>para</strong> compreensão dosestágios do mo<strong>de</strong>lo proposto foi suficiente?SimNão. Por quê?2. O tempo <strong>para</strong> realização do experimento foisuficiente?SimNão. Por quê?3. Para a realização do experimento, você sentiunecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais orientações além daquelasdadas no inicio do processo e presentes nadocumentação fornecida?Sim. Quais?Não4. Você teve êxito na ativida<strong>de</strong> proposta?SimNão. Por quê?Não sei5. Alguma oportunida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificada se relaciona<strong>de</strong> alguma forma com alguma experiência préviasua (profissão, hobby ou outra experiência práticaanterior a este evento)?SimNãoNão sei6. Você se sente <strong>de</strong>sconfortável em divulgar asinformações obtidas com o experimento?SimNãoNão sei7. O conceito do Cubo <strong>de</strong> Prospecção <strong>de</strong>Oportunida<strong>de</strong>s (CPO) facilita o entendimento datarefa <strong>de</strong> exploração?SimNão. Por quê?8. O conceito <strong>de</strong> mapa mental <strong>para</strong> busca eexposição <strong>de</strong> informações em equipe foi <strong>de</strong> fácilcompreensão?SimNão9. O Software <strong>para</strong> edição <strong>de</strong> mapas mentaisutilizado foi <strong>de</strong> fácil utilização?SimNão10. Você acredita que, com mais tempo, po<strong>de</strong>ria<strong>de</strong>scobrir mais oportunida<strong>de</strong>s com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>prospecção proposto?SimNãoNão sei11. Você acredita que a proposta possa acelerar aprospecção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s?SimNãoNão sei12. Você acredita que a proposta possa i<strong>de</strong>ntificaroportunida<strong>de</strong>s sistematicamente?SimNãoNão sei13. Você consegue visualizar idéias <strong>de</strong> novosprodutos ou novas soluções a partir da <strong>de</strong>claração<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>?SimNãoNão sei14. Assinale os mecanismos empregados <strong>para</strong>busca <strong>de</strong> informações sobre problemas nosquadrantes <strong>de</strong> entrada:Observação do uso em campoExperimentação dos produtosEntrevistar usuáriosObservação do uso virtualmente, em sites <strong>de</strong>especializados em compartilhamento <strong>de</strong> imagensna internetProcura <strong>de</strong> reclamações em sitesespecializados na internetEspeculação <strong>de</strong> problemas com emprego dobrainstorming;Diagramação do problema e exploração dasalavancas <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> excepcionalOutros. Quais?15. Em sua opinião, quais são os pontos fortes daproposta?Procedimento (tabela <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobramento)Mapa mental do CPOPortfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sLista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong>novos produtosDistinção entre oportunida<strong>de</strong> e idéiaOutros. Quais?16. Em sua opinião, quais são os pontos fracos daproposta?Procedimento (tabela <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobramento)Mapa mental do CPOPortfólio <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


3Lista especulativa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e idéias <strong>de</strong>novos produtosDistinção entre oportunida<strong>de</strong> e idéiaOutros. Quais?Não sei17. Há alguma modificação no procedimento quevocê acha necessária?Sim. Quais?Não18. Você utilizaria esta proposta <strong>para</strong> prospectaroportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> novos produtos?Sim, exclusivamenteSim, complementarmente Quais abordagenscomplementares você adotaria?Não. Qual abordagem você adotaria?Não sei19. Você já participou <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificação oportunida<strong>de</strong>s anteriormente?SimNão20. Qual é o seu grau <strong>de</strong> conhecimento acerca doprocesso <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos?Inexistente (não sei do quê se trata)Básico (apenas li alguns livros ou artigos doassunto)Intermediário (tive treinamento no assunto)Avançado (é uma das minhas funções <strong>de</strong>trabalho)21. Você já leu o livro Estratégia do Oceano Azul, <strong>de</strong>Kim e Mauborgne?SimNão22. Qual é o seu grau <strong>de</strong> conhecimento acerca daEstratégia do Oceano Azul?Inexistente (não sei do quê se trata)Básico (apenas li o livro ou artigos do assunto)Intermediário (tive treinamento no assunto)Avançado (tive treinamento e pratico)Seção B – I<strong>de</strong>ntificação dosentrevistadosNome:Empresa:Cargo:Departamento:Tempo <strong>de</strong> experiência na área:anosTempo <strong>de</strong> experiência com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>novos produtos: anosTempo <strong>de</strong> experiência com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos: anosFormação (títulos):E-mail:Telefones <strong>para</strong> contato:Há interesse em participar da banca <strong>de</strong> avaliação<strong>de</strong>sta pesquisa?SimNãoVocê gostaria <strong>de</strong> fazer algum comentário acerca<strong>de</strong>ste questionário ou sobre o tema? Por favor,<strong>de</strong>ixe-os aqui:Muito obrigado!Agora salve o documento na área <strong>de</strong> trabalho doseu computador.<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


Apêndice O Questionário <strong>de</strong>stinado ao grupo <strong>de</strong> controle do experimento 295APÊNDICE O – QUESTIONÁRIO DESTINADO AO GRUPO DECONTROLE DO EXPERIMENTOA seguir, apresentam-se algumas questões direcionadas grupo <strong>de</strong> controle doexperimento, que não utilizaram o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sproposto, após a conclusão da ativida<strong>de</strong>.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong> (2009)


1UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – <strong>UTFPR</strong>PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA EDE MATERIAIS – <strong>PPGEM</strong>INTRODUÇÃOEste instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações é parte <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> pesquisa científica, relacionado ài<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s inexploradas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos. O interesse <strong>de</strong>stequestionário é o <strong>de</strong> verificar a opinião dos participantes acerca da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s proposta.PÚBLICO ALVOGrupo <strong>de</strong> controle do experimento.ORIENTAÇÕESEste documento <strong>de</strong>ve ser preenchido e salvo no seu computador. Recomenda-se salva-lo durante opreenchimento e nomeá-lo com a inclusão do seu sobrenome. Caso os campos <strong>de</strong> resposta não estejameditáveis, clicar com o botão direito do mouse sobre eles e selecionar “atualizar campo”. As questões sãoprepon<strong>de</strong>rantemente <strong>de</strong> múltipla escolha, nas quais mais <strong>de</strong> uma escolha é permitida em algumasquestões. Não existem respostas certas ou erradas. É <strong>de</strong> fundamental importância que estas respostasreflitam a sua opinião. As perguntas se enquadram nas seções abaixo.Seção AAtivida<strong>de</strong> propostaSeção BI<strong>de</strong>ntificação do entrevistadoTERMO DE CONFIDENCIALIDADEAos respon<strong>de</strong>ntes é resguardada confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> completa das suas respostas. Todos os resultados <strong>de</strong>stapesquisa obtidos com este questionário serão publicados conforme padrões internacionais reconhecidos.Josmael Roberto KampaEsp. Gestão <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> ProdutosMestrando em Engenharia Mecânica<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


2Seção A – Ativida<strong>de</strong> proposta1. Em sua opinião, o tempo <strong>para</strong> compreensão daativida<strong>de</strong> foi suficiente?SimNão. Por quê?2. O tempo <strong>para</strong> realização da ativida<strong>de</strong> foisuficiente?SimNão. Por quê?3. Para a realização da ativida<strong>de</strong>, você sentiunecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais orientações além daquelasdadas no inicio do processo e presentes nadocumentação fornecida?Sim. Quais?Não4. Você teve êxito na ativida<strong>de</strong> proposta?SimNão. Por quê?Não sei5. Alguma oportunida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificada se relaciona<strong>de</strong> alguma forma com alguma experiência préviasua (profissão, hobby ou outra experiência práticaanterior a este evento)?SimNãoNão sei6. Você se sente <strong>de</strong>sconfortável em divulgar asinformações obtidas com o experimento?SimNãoNão sei7. Você acredita que, com mais tempo, po<strong>de</strong>ria<strong>de</strong>scobrir mais oportunida<strong>de</strong>s com a abordagemadotada?SimNãoNão sei8. Houve consenso na abordagem tomada <strong>para</strong>i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos?SimNão9. Qual foi a abordagem adotada?Brainstorming (Osborn)Estratégia do Oceano Azul (Kim e Mauborgne)Tunned in (Stull et al.)Outras. Qual (<strong>de</strong>screver)?10. Você consegue visualizar idéias <strong>de</strong> novosprodutos ou novas soluções a partir da <strong>de</strong>claração<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> obtida?SimNãoNão sei11. Em sua opinião, quais são os pontos fortes daabordagem tomada?ProcedimentoDistinção entre oportunida<strong>de</strong> e idéiaOutros. Quais?Não sei12. Em sua opinião, quais são os pontos fracos daabordagem tomada?ProcedimentoDistinção entre oportunida<strong>de</strong> e idéiaOutros. Quais?Não sei13. Você já participou <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificação oportunida<strong>de</strong>s anteriormente?SimNão14. Qual é o seu grau <strong>de</strong> conhecimento acerca doprocesso <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos?Inexistente (não sei do quê se trata)Básico (apenas li alguns livros ou artigos doassunto)Intermediário (tive treinamento no assunto)Avançado (é uma das minhas funções <strong>de</strong>trabalho)15. Você já leu o livro Estratégia do Oceano Azul, <strong>de</strong>Kim e Mauborgne?SimNão16. Qual é o seu grau <strong>de</strong> conhecimento acerca daEstratégia do Oceano Azul?Inexistente (não sei do quê se trata)Básico (apenas li o livro ou artigos do assunto)Intermediário (tive treinamento no assunto)Avançado (tive treinamento e pratico)Seção B – I<strong>de</strong>ntificação dosentrevistadosNome:Empresa:Cargo:<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br


3Departamento:Tempo <strong>de</strong> experiência na área:anosTempo <strong>de</strong> experiência com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>novos produtos: anosTempo <strong>de</strong> experiência com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> novos produtos: anosFormação (títulos):E-mail:Telefones <strong>para</strong> contato:Há interesse em participar da banca <strong>de</strong> avaliação<strong>de</strong>sta pesquisa?SimNãoVocê gostaria <strong>de</strong> fazer algum comentário acerca<strong>de</strong>ste questionário ou sobre o tema? Por favor,<strong>de</strong>ixe-os aqui:Muito obrigado!Agora salve o documento na área <strong>de</strong> trabalho doseu computador.<strong>UTFPR</strong> – <strong>PPGEM</strong> – Josmael Roberto Kampa – Fone: (41) 36424345/84113847 – E-mail: josmael@gmail.com.br

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