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maria isabel cunha vieira estudo comparativo de ... - UFSC

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21A taxa <strong>de</strong> pacientes com achado inci<strong>de</strong>ntal do câncer <strong>de</strong> tireói<strong>de</strong> foi praticamente amesma nos dois anos estudados, resultado que vai <strong>de</strong> encontro ao significativo aumentoverificado na incidência dos carcinomas micropapilíferos, quase sempre assintomáticos. Talfato po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>corrente da metodologia do <strong>estudo</strong>, em que se consi<strong>de</strong>rou como achadoinci<strong>de</strong>ntal apenas o diagnóstico <strong>de</strong> câncer, excluindo-se nódulos que foram <strong>de</strong>scobertos aoacaso e que durante o acompanhamento verificou-se tratar-se <strong>de</strong> câncer ou mesmo pacientesem acompanhamento por lesões benignas <strong>de</strong> tireói<strong>de</strong> e com <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> outra lesão associada.A taxa <strong>de</strong> incidência do câncer <strong>de</strong> tireói<strong>de</strong> na região da Gran<strong>de</strong> Florianópolis é4, 28superior ao verificado em estatísticas mundiais e brasileiras 40 . A maior incidênciaverificada em relação às outras regiões do Brasil po<strong>de</strong> estar associada ao fato <strong>de</strong> Florianópolisrepresentar a cida<strong>de</strong> com maior Índice <strong>de</strong> Desenvolvimento Humano (IDH) <strong>de</strong>ntre as capitaisbrasileiras 47 , o que inclui uma população com maior acesso a serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, fatodiretamente associado ao aumento do diagnóstico <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> tireói<strong>de</strong>. As diferençasregionais verificadas nas taxas <strong>de</strong> incidência é também atribuída por Coeli et al 40 àdiscrepância na qualida<strong>de</strong> dos dados dos registros <strong>de</strong> câncer no Brasil.A comparação das taxas <strong>de</strong> incidência da Gran<strong>de</strong> Florianópolis, com uma amostrarelativamente pequena constituída por uma população com boas condições sócio-econômicas,com <strong>estudo</strong>s internacionais que englobaram uma população <strong>de</strong> todo um país, po<strong>de</strong>ria estarassociado a essa diferença verificada nas taxas <strong>de</strong> incidência em estatísticas mundiais e osdados obtidos para a Gran<strong>de</strong> Florianópolis.O carcinoma <strong>de</strong> tireói<strong>de</strong>, especialmente a forma papilífera, representa um achadofreqüente em autópsias <strong>de</strong> pacientes que <strong>de</strong>sconheciam tal diagnóstico. Tal evidência geradúvidas quanto à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se realizar tratamento cirúrgico em todos os pacientesdiagnosticados com microcarcinoma papilífero 48 . Davies et al 4 analisaram os casosdiagnosticados nos Estados Unidos ao longo <strong>de</strong> 29 anos e apontaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>estudo</strong>sfuturos para se <strong>de</strong>terminar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> técnicas menos agressivas na abordagem donódulo <strong>de</strong> tireói<strong>de</strong>, o que eventualmente po<strong>de</strong>ria levar a classificação <strong>de</strong> microcarcinomaspapilíferos como um achado normal. Contudo, apesar do bom prognóstico associado aosmicrocarcinomas, há relatos <strong>de</strong> tumores com elevada agressivida<strong>de</strong> 48 .A tireoi<strong>de</strong>ctomia total representa um procedimento com pequenos, porém relevantesriscos <strong>de</strong> complicações, que incluem hipoparatireoidismo permanente e dano ao nervolaríngeo recorrente, o qual po<strong>de</strong> provocar complicações pulmonares pela crônica aspiração,assim como <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>ns na qualida<strong>de</strong> da voz 4 . Trata-se, portanto, <strong>de</strong> um procedimento cujoscritérios <strong>de</strong> indicação <strong>de</strong>veriam ser bem estabelecidos.

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