5.2.2 Receptor full-segO receptor full-seg é um receptor que é capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>codificar informações <strong>de</strong>áudio, ví<strong>de</strong>o, dados.A classificação full-seg [3] é aplicada aos conversores digitais, também conhecidopor set-top box. Este tipo <strong>de</strong> receptor é capaz <strong>de</strong> receber e <strong>de</strong>codificar sinais <strong>de</strong>televisão digital terrestre <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>finição.Os principais requisitos do receptor full-seg são:• A unida<strong>de</strong> receptora <strong>de</strong>ve ser capaz <strong>de</strong> sintonizar os canais <strong>de</strong> televisão limitadospela banda <strong>de</strong> VHF alto, compreendidos entre os canais 07 a 13, e os canaislimitados pela banda <strong>de</strong> UHF, compreendidos entre os canais 14 a 69.• Os receptores full-seg <strong>de</strong>vem obrigatoriamente ser capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>codificar bitstreamscom todas as ferramentas <strong>de</strong> codificação <strong>de</strong>scritas no perfil high.• Os receptores full-seg <strong>de</strong>vem obrigatoriamente pelo menos suportar a <strong>de</strong>codificação <strong>de</strong>ví<strong>de</strong>o nos formatos 525i, 525p, 750p e 1125i.• É <strong>de</strong>finido <strong>para</strong> os receptores full-seg o middleware Ginga procedural e <strong>de</strong>clarativo.Desta forma, quando o middleware Ginga é embarcado em receptores full-seg aslinguagens <strong>de</strong> programação procedural e <strong>de</strong>clarativa, <strong>de</strong>finidas respectivamente comoGinga-J e Ginga-NCL <strong>de</strong>vem obrigatoriamente ser atendidas.• É facultado ao fabricante <strong>de</strong> receptores full-seg a implementação da porta USB,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que estes equipamentos não disponham <strong>de</strong> canal <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong>, ainda que omiddleware Ginga esteja portado nestes aparelhos.5.3 Atualizações <strong>de</strong> Set-top boxesQuando um consumidor adquire uma TV, a expectativa é que se permaneça com elapor muitos anos. Ao adquirir um PC, sabe-se que ele ficará obsoleto em um curto período<strong>de</strong> tempo e <strong>de</strong>verá ser trocado.O set-top box é um caso intermediário entre essas duas situações, <strong>de</strong>vendopermanecer na casa do usuário por alguns anos. Na visão do usuário, o set-top box formaum conjunto com a TV. No entanto, emissoras e operadoras po<strong>de</strong>m constantementeoferecer novas funcionalida<strong>de</strong>s que exijam mais recursos do terminal. Dessa forma, oprojeto <strong>de</strong> um set-top box [6] <strong>de</strong>ve permitir que algumas extensões sejam feitas <strong>de</strong> modoque o set-top box não necessite ser trocado, como por exemplo, adicionar um slot livre <strong>de</strong>PCMCIA, permitir a expansão <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong> memória, troca <strong>de</strong> CPU e atualização <strong>de</strong>software.5.4 Análise com<strong>para</strong>tiva com os principais conversores digitais disponíveis nomercado nacionalO Laboratório Digital [7] realizou uma análise com<strong>para</strong>tiva com os principaisconversores digitais disponíveis no mercado e chegou às seguintes conclusões.
Os participantes dos testes foram a Philips com o DTR1007/78, o DigiTV HD daPositivo e o HDTV Bravia DMX-DT1, da Sony. A gran<strong>de</strong> ausente foi a Semp Toshiba que,infelizmente, não tinha um equipamento disponível na época em que os testes foramrealizados.Cada conversor analisado parece ter um público alvo em mente. O DigiTV HD daPositivo (R$ 699,00) é, por enquanto, o conversor mais em conta do mercado; possuirecursos simples e é um dos únicos capaz <strong>de</strong> funcionar em TVs convencionais sem entrada<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o, via canal 3 ou 4. Des<strong>de</strong> o seu lançamento, seu firmware (parte responsável por<strong>de</strong>talhes como informação sobre o componente instalado e pelo mecanismo <strong>de</strong>funcionamento) passou por várias atualizações e ajustes finos, que tornaram o seu uso bemmais agradável. Seu controle remoto só funciona com o conversor e, ao contrário dosconcorrentes, todos os seus comandos estão em português. Para reinicializar o equipamentoe/ou instalar um novo firmware basta inserir um memory key com o novo código e <strong>de</strong>sligaro aparelho da tomada. O sistema reinicia toda a vez que o mesmo é reconectado à re<strong>de</strong>elétrica.Já o receptor Bravia DMX-DT1 da Sony (R$ 999,00) foi criado especificamente<strong>para</strong> trabalhar com os aparelhos <strong>de</strong> TV da linha Bravia, <strong>de</strong> modo que o produto em si épraticamente uma caixa preta, que se conecta diretamente nas TVs e aparelhos <strong>de</strong> som damarca. A vantagem <strong>de</strong>ssa solução é que o conversor se integra perfeitamente aos recursosda TV, com a vantagem <strong>de</strong> ser possível operar o conversor pelo mesmo controle remoto.No final das contas, essa solução não é muito diferente da oferecida pelos aparelhos <strong>de</strong> TVcom conversor integrado, caso da Samsung e da LG, principalmente se a intenção é <strong>de</strong>comprar o conversor e a TV ao mesmo tempo.O DTR1007/78 da Philips (R$ 899,00) por sua vez, po<strong>de</strong> ser usado em praticamentequalquer televisão convencional, menos naquelas equipadas apenas com entrada <strong>para</strong>antena <strong>de</strong> TV. Além das saídas <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o analógico e HDMI (tecnologia <strong>de</strong> conexão capaz<strong>de</strong> lidar com áudio e ví<strong>de</strong>o simultaneamente), o DTR1007/78 também possui saída <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>ocomponente, S-Vi<strong>de</strong>o e som estéreo SPDIF (formato utilizado <strong>para</strong> transferir informações<strong>de</strong> áudio digital <strong>de</strong> um equipamento <strong>para</strong> outro), e até uma interface <strong>de</strong> re<strong>de</strong> padrãoEthernet. Essa interface po<strong>de</strong> ser uma indicação <strong>de</strong> que o mesmo já está pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> asegunda fase da TV digital: a interativida<strong>de</strong>. Seu controle remoto também po<strong>de</strong> ser usado<strong>para</strong> controlar outros equipamentos, como o aparelho <strong>de</strong> TV e reprodutor <strong>de</strong> DVD, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>que fabricados pela Philips. Uma curiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse conversor digital é que ele tambémpo<strong>de</strong> ser usado como media player. Basta conectar um dispositivo <strong>de</strong> armazenamento USBque o mesmo é capaz <strong>de</strong> reproduzir imagens em JPEG, músicas em MP3 e ví<strong>de</strong>os emMPEG2 (esquema <strong>de</strong> codificação/<strong>de</strong>codificação <strong>de</strong> sinais digitais <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o). Como oDigiTV da Positivo, o firmware do DTR1007/78 da Philips po<strong>de</strong> ser atualizado pelopróprio usuário.No geral, todos os conversores funcionam essencialmente do mesmo modo e têm asmesmas funções básicas, ou seja, vasculham e memorizam canais, apresentam informaçõessobre a programação, horários e até mesmo o tempo restante <strong>para</strong> o programa terminar(caso do Philips). Também oferecem controle <strong>de</strong> acesso, que permite selecionar quaiscanais po<strong>de</strong>m ser assistidos e quais terão o acesso bloqueado. Apesar das inúmerassemelhanças, foi notado que um recurso que diferencia um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> outro é a capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> sintonizar canais, em especial os <strong>de</strong> sinal mais fraco. Assim, foi conectada uma antenaexterna UHF aos três conversores e após o processo <strong>de</strong> varredura e i<strong>de</strong>ntificação dos canaisfoi contabilizado o número <strong>de</strong> estações que cada equipamento programou. Nesse teste, o