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50 Anos de Cirurgia da Mão no Brasil - Osvandré Lech Ortopedia

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Presi<strong>de</strong>ntesgran<strong>de</strong> intérprete – formaram os artesões, osartistas e até as guerreiras.De que valeria o estro <strong>de</strong> Beethoven, se asMÃOS não executassem as sonatas? Tudo teriamorrido <strong>no</strong> poço <strong>de</strong> sua própria memória.As MÃOS escrevem as partituras que tornarama sua música imortal, e as MÃOS executam assuas obras, que <strong>no</strong>s transportam a um mundomágico.De artesão, o homem passou à máquina e<strong>da</strong> máquina ao computador. A inteligênciacriou tudo através <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ação, mas só a MÃOrealizou tudo com perfeição. As MÃOS fizeramas ro<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s carruagens, as asas dos aviões eas ogivas dos transplanetários.A MÃO pintou o Juízo Final na Capela Cistina,esculpiu a Virgem Maria com o Filho mortona transfiguração <strong>da</strong> Pietá, escreveu a DivinaComédia, compôs os Lusía<strong>da</strong>s, gravou em letra<strong>de</strong> imprensa a Oração <strong>da</strong> Coroa <strong>de</strong> Demóstenes.A MÃO que fez tudo isso <strong>de</strong>sapareceu,virou pó, mas todo o seu trabalho é atemporal,não morrerá.A MÃO <strong>de</strong>termina o gesto, e o gesto <strong>de</strong>fine aintenção – assim a MÃO coman<strong>da</strong>. A MÃO fazimprecações, a MÃO verbera, a MÃO acusa, aMÃO rege, a MÃO afugenta, aproxima, indica,suaviza. A MÃO incita, a MÃO aterroriza, a MÃOdivi<strong>de</strong>, reparte, junta. A MÃO faz crescer, aMÃO minimiza, a MÃO aponta, ataca, absolve.A MÃO abençoa, a MÃO lê pelo cego, fala pelomudo. A MÃO eleva, repele, cumprimenta,<strong>de</strong>spe<strong>de</strong>, a MÃO gesticula. A MÃO diz a<strong>de</strong>us...MÃO calosa, infantil, moça, velha. MÃO tíbia.MÃO aberta, trêmula, bonita, preta, branca eamarela. MÃO ru<strong>de</strong>. MÃO fi<strong>da</strong>lga. MÃO do Sinal<strong>da</strong> Cruz. MÃO levanta<strong>da</strong> <strong>da</strong> Suástica. MÃOfecha<strong>da</strong>. MÃO vacilante, inerente, fria. MÃOque se acaba. Sempre as MÃOS... Acima <strong>de</strong>tudo as MÃOS...Senhores Congressistas, aqui estamos reunidos.Nós que, com as <strong>no</strong>ssas MÃOS, cui<strong>da</strong>mos<strong>de</strong> outras MÃOS. Este é o gran<strong>de</strong> gesto <strong>da</strong>s<strong>no</strong>ssas MÃOS para com to<strong>da</strong>s as MÂOS queprecisam.José Raul ChiconelliRio <strong>de</strong> Janeiro”1976-1977Christóvão Colombo <strong>da</strong> GamaOs compadres Pernet e GamaChristóvão Colombo <strong>da</strong> Gama presidiu a SBCMentre 1976 e 77. Por estar impossibilitado <strong>de</strong> contribuirpessoalmente com esta publicação, pormotivo <strong>de</strong> doença, seu filho e sua esposa produziramo <strong>de</strong>poimento abaixo em seu <strong>no</strong>me, emprimeira pessoa, como ele o teria feito. São asmemórias <strong>de</strong> uma família que participou <strong>da</strong> história<strong>da</strong> SBCM, aju<strong>da</strong>ndo Gama a organizar umcongresso, recebendo palestrantes internacionaisem casa e convivendo com um cirurgião <strong>de</strong> mãopreocupado com os <strong>de</strong>sti<strong>no</strong>s <strong>da</strong> especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>no</strong>país. A eles, o <strong>no</strong>sso agra<strong>de</strong>cimento.“Após me formar na Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Bahia, em 1956, inicieimeu treinamento em cirurgia geral. Em 1963, fuipara o Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> frequentei, duranteum a<strong>no</strong>, o curso <strong>de</strong> Medicina do Trabalho na Escola<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Osvaldo Cruz.Em março <strong>de</strong> 1966, viajei para São Paulo, on<strong>de</strong> estagieicom Alípio Pernet, que se tor<strong>no</strong>u um gran<strong>de</strong>amigo e compadre após batizar meu filho maisvelho. Retornei para Salvador <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um a<strong>no</strong>,on<strong>de</strong> comecei a trabalhar como cirurgião <strong>da</strong> mão,tornando-me responsável pela especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> naFacul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<strong>da</strong> Bahia. Nesse período, fui um dos fun<strong>da</strong>dores<strong>da</strong> regional Norte-Nor<strong>de</strong>ste <strong>da</strong> SBCM.Convi<strong>da</strong>do por Pernet, retornei para São Paulo,<strong>de</strong>sta vez <strong>de</strong>finitivamente, em 1972, para ajudáloa organizar o curso <strong>de</strong> pós-graduação <strong>da</strong> SantaCasa <strong>de</strong> Misericórdia, on<strong>de</strong> me tornei assistenteem 1976. Montei o Serviço <strong>de</strong> <strong>Cirurgia</strong> <strong>da</strong> <strong>Mão</strong>do Hospital Christovão <strong>da</strong> Gama em Santo André(SP), on<strong>de</strong> treinaram profissionais qualificadosque passaram a fazer parte <strong>da</strong> <strong>no</strong>ssa socie<strong>da</strong><strong>de</strong>,como João Manuel, Paulo Henrique, Ary Galassoe Osvaldo Sampaio. Em setembro <strong>de</strong> 1975, duran-73

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