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instruções de proteção ambiental das faixas de domínio ... - IPR - Dnit

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REVISÃOEngesur Consultoria e Estudos Técnicos LtdaEQUIPE TÉCNICA:Eng° José Luis Mattos <strong>de</strong> Britto Pereira(Coor<strong>de</strong>nador)Eng° Zomar Antonio Trinta(Supervisor)Eng° Francisco Vidal Araújo Lombardo(Consultor)Eng° Rogério <strong>de</strong> Souza Lima(Consultor)Tec° Marcus Vinícius <strong>de</strong> Azevedo Lima(Técnico em Informática)Tec° Alexandre Martins Ramos(Técnico em Informática)Tec° Reginaldo Santos <strong>de</strong> Souza(Técnico em Informática)COMISSÃO DE SUPERVISÃO:Eng° Gabriel <strong>de</strong> Lucena Stuckert(DNIT / DPP / <strong>IPR</strong>)Eng° Mirandir Dias da Silva(DNIT / DPP / <strong>IPR</strong>)Eng° José Carlos Martins Barbosa(DNIT / DPP / <strong>IPR</strong>)Eng° Elias Salomão Nigri(DNIT / DPP / <strong>IPR</strong>)COLABORADORES:Engª Ângela Maria Barbosa Parente(DNIT / DPP / Coord.-Geral <strong>de</strong> Meio Ambiente)Engª Prepredigna Elga D. A. da Silva(DNIT / DPP / <strong>IPR</strong>)Engº José Francisco Amantéa(SISCON - Analista Ambiental)Eng° Pedro Mansour(DNIT / DPP / <strong>IPR</strong>)Engª Regina Célia Suzano Avena(DNIT / DPP / <strong>IPR</strong>)Engº Augusto Carlos Quintanilha Hollanda Cunha(STE - Analista Ambiental)PRIMEIRA EDIÇÃO – Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1996DNER:Eng° Carlos Henrique Lima <strong>de</strong> NoronhaEng° Rosana Diniz BrandãoCAB - Consultores Associados Brasileiros S.A.:Biol.ª Adélia Maria Salviano JapiassuAdv.° Arthur Eduardo D. Gonçalves HortaArq.° Eduardo Costa Stewart DantasEng° Gilian <strong>de</strong> Miranda RaposoEng° Haroldo Stewart DantasEng° Lázaro A. V. PortoEng° Marcílio Augusto NevesBrasil. Departamento Nacional <strong>de</strong> Infra-Estrutura <strong>de</strong> Transportes.Diretoria <strong>de</strong> Planejamento e Pesquisa. Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>de</strong>Estudos e Pesquisa. Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Rodoviárias.Instruções <strong>de</strong> proteção <strong>ambiental</strong> <strong>das</strong> <strong>faixas</strong> <strong>de</strong> domínio e lin<strong>de</strong>iras<strong>das</strong> rodovias fe<strong>de</strong>rais. 2. ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2005.161p. (<strong>IPR</strong>. Publ., 713).1. Rodovias - Projetos - Manuais. I. Série. II. Título.Impresso no Brasil/Printed in Brazil


MINISTÉRIO DOS TRANSPORTESDEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTESDIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISACOORDENAÇÃO DE ESTUDOS E PESQUISAINSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIASRodovia Presi<strong>de</strong>nte Dutra, Km 163 - Vigário GeralCep.: 21240-000 - Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJTel.: (0XX21) 3371-5888Fax.: (0XX21) 3371-8133e-mail.: ipr@dnit.gov.brTÍTULO:INSTRUÇÕES DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DAS FAIXAS DE DOMÍNIO E LINDEIRAS DAS RODOVIAS FEDERAISPrimeira Edição Original: 1996Revisão: DNIT / EngesurContrato: DNIT / Engesur PG – 157/2001-00Aprovado Pela Diretoria Colegiada do DNIT em 24 / 05 / 2005


APRESENTAÇÃOA Coor<strong>de</strong>nação do Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Rodoviárias do Departamento Nacional <strong>de</strong> Infra-Estrutura <strong>de</strong> Transportes, dando prosseguimento ao Programa <strong>de</strong> Revisão e Atualização<strong>de</strong> Normas e Manuais Técnicos vem lançar à comunida<strong>de</strong> rodoviária as Instruções <strong>de</strong>proteção <strong>ambiental</strong> <strong>das</strong> <strong>faixas</strong> <strong>de</strong> domínio e lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> rodovias fe<strong>de</strong>rais, objeto <strong>de</strong>revisão do homônimo do DNER <strong>de</strong> 1996.Nesta edição buscou-se incorporar o que há <strong>de</strong> mais atual nas técnicas <strong>de</strong> proteção domeio ambiente, notadamente, as ações antrópicas que ocorrem nas <strong>faixas</strong> <strong>de</strong> domínio elin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> rodovias fe<strong>de</strong>rais, a fim <strong>de</strong> garantir que empreendimentos nessas áreas nãovenham a prejudicar os ecossistemas, a flui<strong>de</strong>z do tráfego e a segurança do usuário davia.Por outro lado, solicita-se aos técnicos e profissionais que venham a utilizá-lo, possamusufruir os benefícios <strong>de</strong>correntes e que caminhem para a necessária uniformização dosmétodos e procedimentos, que enviem suas críticas e sugestões, visando oaperfeiçoamento <strong>das</strong> diretrizes aqui estabeleci<strong>das</strong> para Rodovia Presi<strong>de</strong>nte Dutra, Km163, Centro Rodoviário, Vigário Geral, Rio <strong>de</strong> janeiro, RJ, CEP 21240-000, aos cuidadosdo Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Rodoviárias ou pelo e-mail dnitiprnormas@ig.com.br.Eng° Chequer Jabour ChequerCoor<strong>de</strong>nador do Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Rodoviárias


SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 3IPA 01 – ARBORIZAÇÃO E PAISAGISMO .................................................................... 7IPA 02 – HORTO FLORESTAL E VIVEIROS ESPECIAIS ............................................. 35IPA 03 – QUEIMADAS E AÇÃO DE TERCEIROS ......................................................... 41IPA 04 – TRAVESSIAS URBANAS E PRESERVAÇÃO RODOVIÁRIA ......................... 45IPA 05 – ATERROS SANITÁRIOS E POLUIÇÃO FÍSICA.............................................. 55IPA 06 – CONTROLE DE PROCESSOS EROSIVOS NA FAIXA DE DOMÍNIO ............ 57IPA 07 – RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ................................................ 69IPA 08 – RECUPERAÇÃO DE PASSIVOS AMBIENTAIS.............................................. 83


71 INTRODUÇÃOUma estrada <strong>de</strong> rodagem po<strong>de</strong> causar um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> impactos ambientais, comrepercussões diretas nos meios físico, biótico e antrópico <strong>de</strong> sua área <strong>de</strong> influência.Em muitos segmentos rodoviários, as caracteristicas ambientais originais da região <strong>de</strong>entorno apresentam-se bastante <strong>de</strong>scaracteriza<strong>das</strong>, <strong>de</strong>vido a ações <strong>de</strong>correntes doantropismo, incluisive com a introdução <strong>de</strong> espécimes vegetais exóticos.Neste contexto, a arborização e o projeto paisagístico têm muito a contribuir tanto narecuperação <strong>de</strong> paisagens <strong>de</strong>grada<strong>das</strong> e portanto servindo <strong>de</strong> medida compensatória àsupressão <strong>de</strong> vegetação, quanto na preservação <strong>de</strong> um patrimônio paisagístico da Faixa<strong>de</strong> Domínio e <strong>das</strong> áreas lin<strong>de</strong>iras, reconstituindo corredores ecológicos anteriormenteexistentes, em especial, através <strong>das</strong> matas auxiliares junto aos cursos d´água.A arborização e o tratamento paisagístico são aqui abordados e consi<strong>de</strong>rados pordiferentes aspectos, incluindo o funcional e estrutural, e principalmente reconhecida a suaimportância para uma melhor integração <strong>ambiental</strong> e ecológica da rodovia no gran<strong>de</strong>ecossistema na qual ela se insere.Para este fim, esta Instrução enfoca prioritariamente a revegetação da faixa <strong>de</strong> domínioatravés dos diferentes estratos - arbóreo, arbustivo e herbáceo - indicando diretrizes <strong>de</strong>projeto quanto ao formato e conteúdo.Cabe ressaltar ainda, que este item do componente é materializado através do Projeto <strong>de</strong>Paisagismo que se insere no âmbito do Projeto <strong>de</strong> Engenharia, e apresenta aindainterface com outras Instruções – tais como a <strong>de</strong> Travessias Urbanas, a <strong>de</strong> Recuperação<strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>, a <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos, entre outras.2 OBJETIVOEsta Instrução <strong>de</strong> Proteção Ambiental objetiva o tratamento paisagístico e <strong>ambiental</strong> <strong>das</strong><strong>faixas</strong> <strong>de</strong> domínio e lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> rodovias fe<strong>de</strong>rais, mediante a implantação <strong>de</strong>arborização a<strong>de</strong>quada, <strong>de</strong> forma a harmonizar o campo visual e colaborar para que arodovia se integre na paisagem e transmita conforto e segurança aos usuários.Em termos específicos, este programa tem os seguintes objetivos:a) Auxiliar na manutenção e no enriquecimento da cobertura vegetal ao longo da faixa <strong>de</strong>domínio, recompondo na medida do possível pequenas amostras <strong>de</strong> vegetação nativa;


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 8b) Promover a recomposição <strong>das</strong> formações ciliares na faixa <strong>de</strong> domínio, reconstituindocorredores, ecológicos existentes e oferecendo proteção adicional contra oassoreamento e condições propícias à fauna aquática e terrestre;c) Contribuir com a segurança rodoviária utilizando o potencial da vegetação comosinalização viva, como barreira vegetativa na segurança rodoviária, pois o plantio <strong>de</strong>módulos <strong>de</strong> arbustos servem como buchas para redução da velocida<strong>de</strong> dos veículos,que por aci<strong>de</strong>nte rodoviário saem da pista em direção a parte livre da faixa <strong>de</strong> domínio.d) Como medida compensatória da perda do patrimônio biótico <strong>das</strong> áreas <strong>de</strong> uso docanteiro <strong>de</strong> obras, <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>smatamento necessário em obras rodoviárias.e) Como barreira vegetativa na redução do run-off da drenagem superficial <strong>de</strong> proteção docorpo estradal.3 FASESO Projeto Paisagístico trata e seleciona o tipo e a vegetação compatíveis com afitogeografia da região, com base no equilíbrio biológico existente nas diferentescoberturas vegetais dos ecossistemas brasileiros.Na fase <strong>de</strong> projeto da rodovia este <strong>de</strong>talhamento <strong>de</strong>verá estar integrado com o projeto <strong>de</strong>paisagismo, em harmonia com os <strong>de</strong>mais tipos <strong>de</strong> equipamentos, tais como áreas <strong>de</strong><strong>de</strong>scanso, mirantes, sítios históricos, arqueológicos e turísticos.Durante a construção <strong>de</strong>verão ser implanta<strong>das</strong> as espécies indica<strong>das</strong> no projeto,preservando-se na medida do possível a vegetação natural existente.Na fase <strong>de</strong> operação da rodovia <strong>de</strong>verá ser realizado um trabalho <strong>de</strong> reposição <strong>das</strong>espécies, ou introduzi<strong>das</strong> melhorias paisagísticas, relativas aos aspectos visual efuncional, objetivando combater os efeitos da oclusão visual e do ofuscamento produzidopelos faróis dos veículos.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOSObjetivando, predominantemente, aten<strong>de</strong>r à segurança e ao conforto dos usuários <strong>das</strong>rodovias, <strong>de</strong>verão ser adota<strong>das</strong> as seguintes diretrizes principais:a) a arborização <strong>de</strong>verá estar totalmente integrada à paisagem, <strong>de</strong> modo a contribuir paraa harmonia visual do conjunto constituído pelos elementos construtivos, arquitetônicose a vegetação local;b) ao longo da rodovia <strong>de</strong>ver-se-á priorizar os maciços vegetais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s volumes, porserem mais significativos, em locais intermitentes nas tangentes longas, contribuindopara reduzir a monotonia, bem como nas imediações <strong>das</strong> curvas, para combater osefeitos da oclusão visual;c) as árvores <strong>de</strong> porte <strong>de</strong>verão ser planta<strong>das</strong> em locais isolados e distantes, no mínimo10m do bordo dos acostamentos <strong>de</strong> maneira a eliminar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrênciaIPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 9<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> colisões frontais dos veículos com estas; servindo esteespaço entre o acostamento e as árvores para plantio <strong>de</strong> arbustivas, <strong>de</strong> modo a formarum maciço vegetativo, que atua como bucha para redução da velocida<strong>de</strong> dos veículos,que por aci<strong>de</strong>nte são projetados para fora da pista.d) <strong>de</strong>verá ser evitado o plantio <strong>de</strong> árvores <strong>de</strong> porte elevado em linha, a não ser que hajainteresse paisagístico ou <strong>de</strong> segurança;e) a arborização <strong>de</strong>verá ser constituída por maciços pluriespecíficos, variando a altura, ovolume, a textura e a cor, <strong>de</strong>vendo estarem espaçados assimetricamente, tendo comocontraponto árvores isola<strong>das</strong> e afasta<strong>das</strong> da pista <strong>de</strong> rolamento e;f) os casos em que a rodovia atravessar bosques, ou trechos <strong>de</strong>nsamente arborizados,não haverá necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> plantio na faixa <strong>de</strong> domínio, exceto para os arbustos quepossibilitarão a criação <strong>de</strong> um extrato intermediário entre o maciço arbóreo e o extratoherbáceo <strong>de</strong> revestimento vegetal.g) não <strong>de</strong>verão ser planta<strong>das</strong> árvores frutíferas na faixa <strong>de</strong> domínio <strong>das</strong> rodovias,evitando-se interferência com as condições <strong>de</strong> segurança.h) Recomenda-se a harmonização dos itens (a) até (d) com a sugestão do esquemaanexo (Composição Estrutural Arbóreo e Arbustivo do Paisagismo da Faixa <strong>de</strong>Domínio)5 ATIVIDADES/AÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DO PROJETOAs ativida<strong>de</strong>s/ações previstas nesta Instrução <strong>de</strong> Arborização e Paisagismo sãoretrata<strong>das</strong> através do Projeto <strong>de</strong> Paisagismo, que integra o Projeto Final <strong>de</strong> Engenharia<strong>de</strong> obras rodoviárias.Este projeto é apresentado ou sob o sistema modular (projetos-tipo) ou <strong>de</strong> representaçãoespecífica para cada situação trabalhada; a opção por uma ou outra forma <strong>de</strong>apresentação cabe às Consultoras contrata<strong>das</strong> para a elaboração do Projeto <strong>de</strong>Engenharia In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da forma <strong>de</strong> apresentação, on<strong>de</strong> o Projeto <strong>de</strong> Paisagismocontempla as diretrizes básicas estabeleci<strong>das</strong> por esta Instrução <strong>ambiental</strong> para asdiversas situações presentes nos diferentes segmentos da rodovia.Os itens subseqüentes referem-se à versão simplificada <strong>de</strong> apresentação do projeto, queé estruturado nos seguintes elementos básicos:a) Projeto-tipo/módulos paisagísticos; sua estrutura espacial e quantitativos;b) Planilhas <strong>de</strong> localização do módulo e suas repetições, constituindo os projetos tipo;c) Especificações <strong>de</strong> espécies vegetais e seus quantitativos;d) Instruções <strong>de</strong> plantio e monitoramento;e) Pesquisa <strong>de</strong> mercado para obtenção <strong>das</strong> espécies seleciona<strong>das</strong>, objetivando orientar oproponente construtor do segmento, ou apresentação <strong>de</strong> especifação para implantação<strong>de</strong> viveiro para produção <strong>de</strong> mu<strong>das</strong> e os custos envolvidos.IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 10Este formato visa uma representação gráfica que seja ao mesmo tempo sucinta eeficiente, trazendo economia <strong>de</strong> tempo e <strong>de</strong> recursos sem comprometer a qualida<strong>de</strong> dotrabalho em to<strong>das</strong> as suas etapas.COMPOSIÇÃO ESTRUTURAL ARBÓREO E ARBUSTIVO DOPAISAGISMO NA FAIXA DE DOMÍNIOIPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 115.1 PROJETOS-TIPO / MÓDULOS PAISAGÍSTICOSOs projetos-tipo são constituídos por módulos paisagísticos que serão implantados aolongo da rodovia, aten<strong>de</strong>ndo os objetivos <strong>de</strong> cada projeto e consi<strong>de</strong>rando as situaçõestípicas encontra<strong>das</strong>.Os módulos paisagísticos que compõem um projeto-tipo são constituídos por um conjunto<strong>de</strong> espécies vegetais arbóreas e arbustivas, <strong>de</strong>finidos em função da variação geométricada pista ou <strong>de</strong> seus dispositivos ambientais, com objetivos específicos tais como controle<strong>de</strong> erosão, sinalização viva, proteção <strong>ambiental</strong>, etc.Na formação dos módulos paisagísticos dar-se-á preferência na localização <strong>das</strong> espéciesarbustivas próximas ao corpo estradal, e as espécies arbóreas próximas à cerca limite dafaixa <strong>de</strong> domínio.Objetiva-se com esta distribuição permitir que as espécies arbustivas tenham o efeito <strong>de</strong>amortecimento ante a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colisões frontais com as espécies arbóreas.Cabe <strong>de</strong>stacar a importância do projeto-tipo para as áreas <strong>de</strong> preservação permanentetais como matas ciliares e margens <strong>de</strong> lagoas.Estas áreas irão receber especial atenção, on<strong>de</strong> o tratamento paisagístico temfundamentalmente uma proposta <strong>de</strong> caráter <strong>ambiental</strong> e recuperação ecológica, inclusivecomo vegetação <strong>de</strong> sucessão em áreas <strong>de</strong> uso do canteiro <strong>de</strong> obras.Cada projeto-tipo, apresentado em prancha formato A4, contempla as seguintescaracterísticas em termos <strong>de</strong> conteúdo:a) Planta baixa do projeto-tipo, indicando a localização dos volumes arbóreos e/ouarbustivos ao longo da faixa <strong>de</strong> domínio;b) Quadros e/ou planilhas indicando:– espécie vegetal pelo nome científico e nome vulgar;– quantitativo <strong>das</strong> mu<strong>das</strong> por espécie - árvores e palmeiras por unida<strong>de</strong>, e arbustospor m² - e no total;– características solicita<strong>das</strong> para o porte <strong>das</strong> mu<strong>das</strong>;– compasso <strong>de</strong> plantio <strong>das</strong> árvores e palmeiras.Os locais <strong>de</strong> implantação dos projetos-tipo e <strong>de</strong> seus módulos paisagísticos ao longo darodovia são indicados através <strong>de</strong> uma tabela contendo, no mínimo, a localização (km), olado e o módulo paisagístico a implantar.Apresentam-se a seguir sugestões para composição dos conjuntos paisagísticos segundomódulos.IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 12Fundamentando-se no príncipio <strong>de</strong> que uma árvore adulta necessita o máximo <strong>de</strong> 25m 2(5m x 5m) e um arbusto necessita <strong>de</strong> 9m 2 (3m x 3m), o qual se arredondará para 10m 2para facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cálculo.Recomenda-se a área <strong>de</strong> 400m 2 para cada módulo, constituido <strong>de</strong> 8 árvores e 20arbustos.Em função do conjunto paisagístico planejado serão grupados tantos módulosnecessários.Exemplifica-se esta proposição, adotando-se uma curva acentuada com 200m <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento e uma largura externa ao corpo estradal <strong>de</strong> 20m, ter-se-á200m x 20m = 4.000m 2 que será constituído <strong>de</strong> 10 módulos padrões <strong>de</strong> 400m 2 .O conjunto paisagístico terá portanto 80 ávorese 200 arbustos.A forma estrutural do módulo po<strong>de</strong>rá variar em função da largura da faixa disponível,sugerindo-se no caso <strong>de</strong> 20m, a seguinte distribuição5ÁrvoreArbusto55520m20mObjetivando-se aten<strong>de</strong>r a alínea C do item 4 anterior, sugere-se que em se tratando <strong>de</strong>curva acentuada os primeiros 10m, ou seja as duas primeiras filas seriam constituí<strong>das</strong> <strong>de</strong>arbustos (parte próxima à curva) e as dua filas externas constituí<strong>das</strong> por árvores,conforme croquis.CercaLimitrofe5CercaLimitrofe5520m5IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 13Embora são apresenta<strong>das</strong> estas sugestões, o projetista do paisagismo tem liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong>planejar os módulos paisagísticos em função <strong>das</strong> áreas disponíveis e recomenda<strong>das</strong>,consi<strong>de</strong>rando sempre as posições altimétricas da pista <strong>de</strong> rolamento em relação àsespécies vegetais (arbustos e árvores).Da mesma forma, consi<strong>de</strong>rando também os dispositivos <strong>de</strong> segurança rodoviária (guardarail)associados ao módulo paisagístico, po<strong>de</strong>ndo inclusive neste caso aumentar o númeroe o porte <strong>das</strong> árvores.A tabela 1 apresenta a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> cada uma <strong>das</strong> situações consi<strong>de</strong>ra<strong>das</strong> no Projeto <strong>de</strong>Paisagismo.TABELA 1 – Situações do projeto <strong>de</strong> paisagismoN.º <strong>de</strong>Or<strong>de</strong>mSituação Consi<strong>de</strong>rada Objetivos Caracterização010203040506Curvas horizontaisacentua<strong>das</strong>Cabeceiras <strong>de</strong> obras <strong>de</strong>arte (pontes)Quebra <strong>de</strong> monotonia emretasDrenagens e passagensem nível inferiorCurvas verticaisacentua<strong>das</strong>Defensa natural emcurvas / talu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corteem rocha07 Retornos08 Acessos09 Defensa natural em retasSinalizar à longa distância, as curvashorizontais e locais perigososSinalizar obras <strong>de</strong> arte a longadistância e oferecer estímulos àredução <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>Diminuir a monotonia e o cansaçovisual, estimulando visualmente omotoristaSinalizar a presença <strong>de</strong>stesequipamentos a longa distânciaSinalizar a longa distância as curvasverticais, buscando dar ao motorista aimpressão <strong>de</strong> afunilamento da estrada.Oferecer uma proteção adicional aosusuários quando o terreno estiver numnível mais baixo que o da rodovia, etratar paisagisticamente os cortesSinalizar a presença <strong>de</strong>stesdispositivos a longa distância,estimulando a redução <strong>de</strong>velocida<strong>de</strong>Sinalizar a presença <strong>de</strong>stesdispositivos a longa distância,estimulando a redução <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>Alertar os motoristas quanto ao<strong>de</strong>snível existente entre a pista e oterreno natural.Plantio <strong>de</strong> maciços arbóreos earbustivos homogêneos um poucoantes da curva, acompanhando-apelo lado externoPlantio <strong>de</strong> árvores e arbustosdispostas em diagonal em relação àdireção do tráfego, trazendo umasensação <strong>de</strong> afunilamento. No caso<strong>de</strong> pontes, <strong>de</strong>verá sercompatibilizado com o projeto-tipo<strong>de</strong> matas ciliaresMaciços arbóreos e arbustivosheterogêneos,dispostosaleatoriamente ao longo <strong>das</strong> gran<strong>de</strong>sretasMaciços arbóreos e conjuntosarbustivosPlantio <strong>de</strong> maciços arbóreos earbustivos heterogêneos em curva,localizados no ponto mais alto dacurva vertical da estrada.Maciços arbóreos e arbustivos nonível inferior, e conjuntos <strong>de</strong>arbustos ou trepa<strong>de</strong>iras nos talu<strong>de</strong>s<strong>de</strong> corteVegetação <strong>de</strong> baixo porte nas ilhas earbórea na faixa <strong>de</strong> domínio, visandosinalização viva compatível com aSegurança rodoviária.Vegetação <strong>de</strong> baixo porte nas ilhas earbórea na faixa <strong>de</strong> domínio, visandosinalização viva compatível com aSegurança rodoviária.Maciços arbóreos arbustivosheterogêneos com copa <strong>de</strong>nsaIPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 14N.º <strong>de</strong>Or<strong>de</strong>mSituação Consi<strong>de</strong>rada Objetivos Caracterização10 Placas <strong>de</strong> sinalização11 Para<strong>das</strong> <strong>de</strong> ônibus1213Matas ciliares/Áreasmarginais <strong>de</strong> lagunascosteirasBarreira antiofuscamentono canteiro centralDestacar as placas <strong>de</strong> sinalização eevitar o aparecimento <strong>de</strong> vegetaçãoina<strong>de</strong>quada na frente <strong>das</strong> mesmasOferecer sombreamento e sinalizaçãoda presença dos abrigos <strong>de</strong> ônibus alonga distância.Oferecer proteção adicional contra oassoreamento <strong>das</strong> margens, promovercondições propícias para a presençada fauna aquática e terrestre,constituindo um corredor ecológicoOferecer uma vegetação a<strong>de</strong>quadaaos canteiros centrais, servindo <strong>de</strong>barreira contra luz, melhorando assimas condições <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> emtrechos <strong>de</strong> pista duplaVegetação homogênea herbácea ouarbustiva <strong>de</strong> baixo porte,apresentando cores ou texturas quea <strong>de</strong>staquem na paisagemVegetação arbórea <strong>de</strong> médio agran<strong>de</strong> porte, com copa <strong>de</strong>nsa,dispostos junto ao abrigo <strong>de</strong> modo anão bloquear a visão da pista <strong>de</strong>chegada dos ônibus. Iluminação etelefone público.Conjuntos arbóreos e/ou arbustivosheterogêneos, implantados cadalado <strong>das</strong> pontes ao longo dos rios nafaixa <strong>de</strong> domínio. Deverá sercompatibilizado com o projeto-tipopontes. No caso <strong>de</strong> áreas marginais<strong>de</strong> lagunas costeiras, estesconjuntos serão implantados nafaixa <strong>de</strong> domínio quando esta sesitua em margem <strong>de</strong> lagoa. Aplicamsemódulos <strong>de</strong> reflorestamento <strong>de</strong>manguezal ou sobre restinga,conforme a vegetação observada nolocalConjuntos homogêneos <strong>de</strong> arbustos<strong>de</strong> fácil manejo e manutenção.Quando a rodovia cruzar Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação a vegetação especificada para osprojetos-tipo correspon<strong>de</strong> à espécies nativas características <strong>de</strong>stas áreas, com o uso <strong>de</strong>cores, texturas e estruturas para criar uma mesma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> visual.O objetivo é o <strong>de</strong> informar visualmente aos usuários da estrada que se trata <strong>de</strong> umambiente diferenciado, enriquecendo assim a sua experiência.O paisagismo <strong>das</strong> interseções, travessias urbanas e belve<strong>de</strong>res <strong>de</strong>ve ser apresentado emprojetos específicos.5.2 ESPECIFICAÇÃO DE ESPÉCIES VEGETAISNo processo <strong>de</strong> revegetação da faixa <strong>de</strong> domínio, é <strong>de</strong> fundamental importância oconceito <strong>de</strong> reflorestamento heterogêneo para a especificação <strong>das</strong> espécies vegetais queserão <strong>de</strong>fini<strong>das</strong> nos módulos paisagísticos.Nesta perspectiva, busca-se trabalhar com a maior diversida<strong>de</strong> possível <strong>de</strong> espéciesvegetais nativas e que sejam representativas dos diversos estágios temporais eestruturais dos diferentes ecossistemas presentes na área em questão.O processo <strong>de</strong> revegetação <strong>de</strong>verá ser feito a partir <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong> plantio, isto é,combinações <strong>de</strong> espécies com diferentes papéis no processo <strong>de</strong> sucessão ecológica.IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 15Deste modo as espécies pioneiras, <strong>de</strong> crescimento mais rápido, criam condições edáficase microclimáticas para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>das</strong> espécies intermediárias e tardias.Esta é a base do conceito <strong>de</strong> sucessão secundária, que tem sido uma estratégia <strong>de</strong>revegetação para áreas altera<strong>das</strong> pelo uso antrópico utilizada com sucesso emempreendimentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, incluindo rodovias.O fator limitante <strong>de</strong>sta especificação é a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mu<strong>das</strong> ou sementes <strong>das</strong>espécies arbustivas e arbóreas na área <strong>de</strong> influência da rodovia. A recomendação daimplantação <strong>de</strong> viveiro próprio ou conveniado com as Prefeituras Municipais ou mesmosInstitutos Florestais Estaduais, Embrapa, Institutos Agronômicos constitue a melhor formapara se contornar este fator limitante.5.2.1 SELEÇÃO DE ESPÉCIESA seleção <strong>das</strong> espécies <strong>de</strong>verá ser consi<strong>de</strong>rada como fator relevante nos trabalhos <strong>de</strong>vegetação e <strong>de</strong> revegetação <strong>das</strong> <strong>faixas</strong> <strong>das</strong> rodovias.Para tanto, <strong>de</strong>verão ser adotados critérios agronômicos <strong>de</strong> aptidão <strong>de</strong> terras, visando aadaptabilida<strong>de</strong> ecológica, as exigências <strong>de</strong> porte e vigor vegetal, além dos aspectosestéticos.Consi<strong>de</strong>rando a gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> do bioma no território nacional, com dimensõescontinentais, ao se selecionar as espécies <strong>de</strong>verão ser consi<strong>de</strong>rados os fatores queconduzem ao equilíbrio biológico existente nas diferentes coberturas vegetais dosecossistemas brasileiros, através dos diferentes domínios, a saber: o Amazônico, doCerrado, da Caatinga, da Mata Atlântica, da Araucária, <strong>das</strong> Pradarias e <strong>de</strong>Transição.Para a proteção à Fauna e à Flora nestes diferentes domínios ecológicos nacionais,grupos <strong>de</strong> espécies para cada comunida<strong>de</strong> vegetal a ser recuperada ou implantada, sãoconsi<strong>de</strong>rados 6 gran<strong>de</strong>s conjuntos paisagísticos, a saber:a) Mata Ciliar;b) Mata <strong>das</strong> baixa<strong>das</strong> com drenagem <strong>de</strong>ficiente;c) Mata <strong>das</strong> baixa<strong>das</strong> com boa drenagem (solos arenosos);d) Mata em encosta;e) Vegetação arbustiva sobre restinga;f) Vegetação <strong>de</strong> manguezal.Estes grupos <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong>verão ser usados como referência para especificação davegetação que constituirá os módulos paisagísticos a serem implantados na faixa <strong>de</strong>domínio.IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 16Desta forma, a seleção <strong>de</strong> espécies vegetais estará direcionada para sua autosustentação<strong>de</strong> acordo com sua comunida<strong>de</strong> ecológica, consi<strong>de</strong>rando seu papel namanutenção da fauna local.Além disso, ressalta-se ainda como características <strong>de</strong>sejáveis da vegetação a serimplantada o seu rápido <strong>de</strong>senvolvimento, fácil implantação a baixo custo e conseqüentemanutenção, e reduzida exigência quanto às condições do solo.Recomenda-se um <strong>de</strong>staque especial na indicação para o plantio <strong>de</strong> palmeiras (gêneroPalmae) ao longo do trechos rodoviários.As palmeiras são extremamente importantes no tratamento paisagístico da rodovia pordiversos motivos: pelo aspecto ecológico e <strong>ambiental</strong>, são as plantas mais característicasda flora tropical, e representam um importante suporte alimentar para a avifauna; peloaspecto estético, seu porte altaneiro e elegante fazem com que seu emprego judiciosopossa trazer uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> paisagística ao local on<strong>de</strong> são implanta<strong>das</strong>.Além disso, são plantas que não exigem cuidados especiais em termos <strong>de</strong> manutenção.Consi<strong>de</strong>ra-se portanto <strong>de</strong> fundamental importância a especificação <strong>de</strong> diversas palmeirasno tratamento paisagístico rodoviário seleciona<strong>das</strong> <strong>de</strong> ocorrências naturais <strong>das</strong> diversasregiões brasileiras.5.2.2 INSTRUÇÕES DE PLANTIOA execução da arborização <strong>de</strong> um trecho da rodovia, após <strong>de</strong>finida a forma, osquantitativos e os tipos <strong>das</strong> espécies vegetais a serem implanta<strong>das</strong>, <strong>de</strong>verá obe<strong>de</strong>cer àsseguintes etapas:a) Preparo <strong>das</strong> Mu<strong>das</strong> em viveirosDeverá ser realizado em viveiro com instalações a<strong>de</strong>qua<strong>das</strong>, com área suficiente ecanteiros especialmente preparados para esta finalida<strong>de</strong>, através da obtenção <strong>de</strong>sementes produzi<strong>das</strong> por matrizes seleciona<strong>das</strong>.Estas matrizes, tanto <strong>de</strong> natureza arbórea como arbustiva, <strong>de</strong>verão ser resultantes <strong>de</strong>espécies produzi<strong>das</strong> em hortos e <strong>de</strong>stina<strong>das</strong> a fornecer as sementes que darão origem àsmu<strong>das</strong> utiliza<strong>das</strong> para o plantio <strong>das</strong> áreas a serem arboriza<strong>das</strong>.Cuidados especiais <strong>de</strong>verão ser adotados em relação aos canteiros, constituídos porcama<strong>das</strong> drenante, <strong>de</strong> esterco e <strong>de</strong> solo areno-argiloso.As sementes serão introduzi<strong>das</strong> nos canteiros, cobertas com tela fina para a proteçãocontra a insolação e as chuvas intensas que po<strong>de</strong>m prejudicar o seu <strong>de</strong>senvolvimento.Esta proteção <strong>de</strong>verá ser mantida até o início da germinação, quando <strong>de</strong>verá serrealizada a aclimatação <strong>das</strong> mu<strong>das</strong> no canteiro, retirando-se a cobertura, inicialmente emIPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 17intervalos <strong>de</strong> horas, em seguida <strong>de</strong> dias e, finalmente, retirando-se <strong>de</strong>finitivamente acobertura.Ao atingir a altura <strong>de</strong> 5 cm as mu<strong>das</strong> <strong>de</strong>verão ser transplanta<strong>das</strong> para sacos plásticos,proce<strong>de</strong>ndo-se a novo processo <strong>de</strong> aclimatação <strong>das</strong> mu<strong>das</strong> no ripado, durante 15 dias,procurando-se mantê-las na sombra durante 50% do tempo.As mu<strong>das</strong> <strong>de</strong>verão permanecer no viveiro da obra, em local <strong>de</strong>nominado pátio <strong>de</strong> espera,até alcançarem alturas <strong>de</strong> 0,50 a 1,50 m, quando estarão aptas para serem utiliza<strong>das</strong> noplantio.Antes <strong>de</strong> serem transporta<strong>das</strong> para o plantio <strong>de</strong>verão ser aduba<strong>das</strong> e receber tratamentofitosanitário.b) Transporte <strong>das</strong> Mu<strong>das</strong>Exigirá o máximo <strong>de</strong> cuidados, principalmente quando se utilizar espécies mais sensíveis,<strong>de</strong>vendo-se colocar, no fundo da carroceria do caminhão, uma camada <strong>de</strong> argila que <strong>de</strong>veser mantida constantemente saturada, objetivando evitar a queima <strong>das</strong> raízes que tenhamperfurado os sacos plásticos nos quais tenham sido acondiciona<strong>das</strong>.Sobre as mesmas, <strong>de</strong>verá ser colocado um encerado para evitar, durante o transporte, aação do sol e do vento.c) Preparo do TerrenoNas áreas seleciona<strong>das</strong> para o paisagismo será procedida a limpeza, através da remoção<strong>de</strong> todo o lixo e/ou restos <strong>de</strong> obra, tais como tocos, galhos, pedras, plantas in<strong>de</strong>sejáveis,etc.O solo <strong>de</strong>verá ser todo revolvido no entorno <strong>das</strong> covas com 1,0m <strong>de</strong> raio e numa camada<strong>de</strong> 5 a 10 cm, visando sua aeração e <strong>de</strong>scompactamento.Em solos muito compactados, a <strong>de</strong>scompactação <strong>de</strong>verá ser executada a, no mínimo,20 cm <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>.d) EstaqueamentoDefinição da posição exata <strong>de</strong> cada muda (quando árvore ou palmeira) ou da área(quando arbustos ou cobertura <strong>de</strong> solo) através <strong>de</strong> estacas com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> cadaespécie, conforme o projeto.O compasso <strong>de</strong> plantio <strong>das</strong> árvores e palmeiras <strong>de</strong>verá variar <strong>de</strong> 5,00 m a 10,00m, e o <strong>de</strong>arbustos <strong>de</strong> 2,00m a 4,00m. (recomendação anterior <strong>de</strong> 25m 2 para árvores e 10m 2 paraarbustos)e) Abertura e Adubação <strong>de</strong> CovasAs covas para plantio <strong>de</strong> espécies arbóreas <strong>de</strong>verão ter no mínimo, 0,50 m x 0,50 m x0,50 m, com o espaçamento <strong>de</strong>finido conforme o projeto.IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 18As covas <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>ixa<strong>das</strong> abertas pelo menos por 24horas, visando a aeração eação bactericida do sol.A abertura <strong>das</strong> covas, ao longo do trecho a ser arborizado, <strong>de</strong>verá reproduzir ascaracterísticas apresenta<strong>das</strong>, isto é, distribuindo-as em grupamentos intercalados,variando <strong>de</strong> acordo com a textura, a altura e a cor <strong>das</strong> flores, ou mesmo <strong>das</strong> folhas.A camada <strong>de</strong> solo orgânico existente <strong>de</strong>verá ser retirada na ocasião da abertura da covae <strong>de</strong>positada separadamente do restante do solo.Concluída a escavação, <strong>de</strong>ve ser recolocada uma camada <strong>de</strong> terra <strong>de</strong>scompactada <strong>de</strong>,aproximadamente, 0,50 m, proce<strong>de</strong>ndo-se a colagem da mesma da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 100 a 150gramas por cova.O adubo orgânico <strong>de</strong>ve ser curtido, e seu volume <strong>de</strong>verá correspon<strong>de</strong>r a 1/3 do volume dacova.Após a colocação do adubo na cova, <strong>de</strong>ve-se adicionar 1/3 do restante do solo retiradoquando da abertura da cova, promovendo-se sua mistura com o adubo orgânico, <strong>de</strong> modoque o local on<strong>de</strong> será inserida a muda fique em nível superior ao do restante do solo noentorno da cova.f) Plantio e Tutoramento <strong>das</strong> Árvores (e Arbustos)Após o preparo <strong>das</strong> covas, o plantio <strong>de</strong>verá ser executado retirando-se as embalagens,evitando perda <strong>de</strong> terra vegetal que vem com o torrão.As mu<strong>das</strong> <strong>de</strong>verão ser cuidadosamente coloca<strong>das</strong> nas covas, evitando bati<strong>das</strong> para quesuas raízes não sofram lesões.Completar a cova com terra vegetal adubada e preenchendo-se com terra e esterco,sendo este último na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 3 a 4 litros por cova.O tutoramento visa garantir um crescimento retilíneo e proteger a muda contra ações ousituações que possam danificá-la.Consiste na colocação <strong>de</strong> estacas <strong>de</strong> bambu, que são amarra<strong>das</strong> no tronco <strong>das</strong> mu<strong>das</strong>através <strong>de</strong> fita <strong>de</strong> plástico ou <strong>de</strong> borracha em forma <strong>de</strong> 8 e colocada em 2 pontos comintervalo <strong>de</strong> 50cm, frouxa o suficiente para não danificar o tronco durante seucrescimento.As mu<strong>das</strong> <strong>de</strong>verão ser rega<strong>das</strong> imediatamente após o plantio.A técnica agronômica recomenda o preparo <strong>das</strong> covas e sua <strong>de</strong>marcação no períodoseco do ano, e o plantio <strong>das</strong> mu<strong>das</strong> no princípio do período chuvoso, para reduzir ecustos <strong>de</strong> irrigação.IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 19g) IrrigaçãoConsiste na aspersão <strong>de</strong> água nas áreas planta<strong>das</strong>, através <strong>de</strong> carro pipa ou outro meioa<strong>de</strong>quado, cuja periodicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá ser diária quando não for época <strong>de</strong> chuva.h) Manutenção do PlantioAbrange as seguintes ativida<strong>de</strong>s:limpeza <strong>de</strong> folhas secas, espécies invasoras e capina <strong>das</strong> áreas planta<strong>das</strong>, combatesistemático às pragas e doenças (formigas, fungos e outros), e rega sistemática.No final do primeiro ano do plantio, <strong>de</strong>verá ser verificada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adubaçãoadicional e reposição <strong>de</strong> falhas da vegetação introduzida.i) Registro do PlantioDeverá ser realizado através do preenchimento <strong>de</strong> formulários, previamente preparados,nos quais constem a natureza da espécie, a procedência, o local do plantio, a data e onome do responsável pelo mesmo.6 MONITORAMENTODeverá ser realizado pela equipe <strong>de</strong> Gestão Ambiental do DNIT, que será responsávelpelo acompanhamento da implantação <strong>de</strong> to<strong>das</strong> as ações relativas ao projeto.O monitoramento <strong>de</strong>stina-se ao acompanhamento do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>das</strong> mu<strong>das</strong>durante o período <strong>de</strong> aclimatação, estimado em 90 dias no mínimo.Nesta etapa <strong>de</strong>verão ser realiza<strong>das</strong> as correções e substituição <strong>das</strong> mu<strong>das</strong> que nãoapresentarem <strong>de</strong>senvolvimento satisfatório.Como premissa do <strong>de</strong>senvolvimento dos trabalhos <strong>de</strong> supervisão <strong>ambiental</strong>, tem-se aestrita observância ao Projeto Executivo <strong>de</strong> Paisagismo e às diretrizes estabeleci<strong>das</strong>nesta InstruçãoAs ações do monitoramento apoiam-se essencialmente em inspeções visuais, cobrindotrês momentos distintos representados pelo plantio, a pega <strong>das</strong> mu<strong>das</strong> e a a<strong>de</strong>quação àscondições ambientais <strong>de</strong> inserção.Na fase <strong>de</strong> plantio, além <strong>das</strong> recomendações explicita<strong>das</strong> no item 5 <strong>de</strong>sta Instrução,<strong>de</strong>verão ser observa<strong>das</strong> as condições fitossanitárias dos elementos vegetais implantados.Nesta fase, o acompanhamento será pari-passu com o plantio.Na fase pega <strong>de</strong> mu<strong>das</strong>, será verificado semanalmente o crescimento radicular e foliarexistência <strong>de</strong> mu<strong>das</strong> mortas ou em estado irrecuperável, a ocorrência <strong>de</strong> pragas e aspráticas <strong>de</strong> manutenção e a reposição <strong>das</strong> per<strong>das</strong>.IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 20Para a verificação da a<strong>de</strong>quação às condições ambientais <strong>de</strong> inserção, será observada acolonização propiciada pelos módulos paisagísticos implantados, e a eventual ocorrência<strong>de</strong> conflitos com outros elementos da rodovia, os quais <strong>de</strong>verão ser sanados durante afase <strong>de</strong> implantação, através <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> alteração pela supervisora responsável pelosaspectos ambientais da obra.Para a avaliação dos resultados da implantação <strong>de</strong>ste projeto e subsidiar a elaboração <strong>de</strong>documentos, serão utiliza<strong>das</strong> imagens <strong>de</strong> satélite ou outros procedimentos tecnológicosque permitam avaliar a<strong>de</strong>quadamente a evolução dos serviços, consi<strong>de</strong>rando os marcoszero, intermediário e final <strong>das</strong> obras, <strong>de</strong> modo a permitir <strong>de</strong>monstrar quantitativamente obenefício <strong>ambiental</strong> resultante.7 ASPECTOS LEGAISGuarda conformida<strong>de</strong> com os dispositivos constitucionais, observada a competência daUnião para proteger o meio ambiente e preservar a flora (Constituição Fe<strong>de</strong>ral Art.23Incisos VI e VII, bem como para legislar sobre a conservação da natureza e preservaçãodo meio ambiente (Art.24 inciso VI).A normalização da arborização <strong>de</strong>verá se nortear nas diretrizes expressas no CódigoFlorestal - sancionado através da Lei 4.771/65, no artigo 3º, que enumera as formas <strong>de</strong>vegetação as quais, <strong>de</strong>vido a sua importante situação, po<strong>de</strong>m passar a ser <strong>de</strong>preservação permanente, quando assim <strong>de</strong>clara<strong>das</strong> por ato do Po<strong>de</strong>r Público.Entre essas formas <strong>de</strong> vegetação <strong>de</strong>stacam-se as que se <strong>de</strong>stinam a formar <strong>faixas</strong> <strong>de</strong>proteção ao longo <strong>de</strong> rodovias, objetivando atenuar a erosão dos solos.O artigo 19 prevê que a exploração <strong>de</strong> florestas, tanto <strong>de</strong> domínio público como <strong>de</strong>domínio privado, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> aprovação prévia do IBAMA e que, no caso <strong>de</strong> reposiçãoflorestal, <strong>de</strong>ve ser priorizada a utilização <strong>de</strong> espécies nativas.Recomenda-se que sejam adotados cuidados com a preservação <strong>das</strong> áreas mais críticasno que tange à proteção contra erosões e <strong>de</strong>slizamentos, bem como em relação aoreflorestamento <strong>das</strong> áreas problemáticas, <strong>de</strong>finindo a preferência pelo plantio <strong>de</strong> espéciesnativas.8 BIBLIOGRAFIAa) BRASIL. Departamento Nacional <strong>de</strong> Estra<strong>das</strong> <strong>de</strong> Rodagem. Diretoria <strong>de</strong> EngenhariaRodoviária. Divisão <strong>de</strong> Estudos e Projetos. Serviço <strong>de</strong> Estudos Rodoviários eAmbientais. DNER-ISA 07: impactos da fase <strong>de</strong> obras rodoviárias – causas/mitigação/eliminação. In: ______. Corpo normativo <strong>ambiental</strong> para empreendimentos rodoviários.Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1996. p. 59-70.b) ______. Diretoria <strong>de</strong> Planejamento. Divisão <strong>de</strong> Estudos e Projetos; PRODEC. Manual<strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> consultoria para estudos e projetos rodoviários. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1978. 2v. em 8.IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 21c) ______; INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA. Projeto <strong>de</strong> engenharia da ligaçãoFlorianópolis – Osório: projeto básico <strong>ambiental</strong>. Brasília; Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2001.d) BRASIL. Departamento Nacional <strong>de</strong> Infra-Estrutura <strong>de</strong> Transportes. Diretoria <strong>de</strong>Planejamento e Pesquisa. Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>de</strong> Estudos e Pesquisa. Instituto <strong>de</strong>Pesquisas Rodoviárias. Especificações gerais para obras rodoviárias. In: ______.Ativida<strong>de</strong>s e produtos do <strong>IPR</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro, n. 2, 2003. CD-ROM.e) ______. Lei N. 4.771, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1965. Institui o novo Código Florestal.Disponível em: . Acesso em: 08 mar. 2004.f) CALDEIRON, Sueli Sirena, (Coord.). Recursos naturais e meio ambiente: uma visão doBrasil. Rio <strong>de</strong> Janeiro: IBGE. Departamento <strong>de</strong> Recursos Naturais e EstudosAmbientais, 1993.g) DISTRITO RODOVIÁRIO FEDERAL, 07. Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Concessões Rodoviárias.PER – Programa <strong>de</strong> exploração rodoviária, monitoração: especificações gerais. Rio <strong>de</strong>Janeiro, 2000.h) DÓRIA, Renato Araújo. Instruções para os trabalhos <strong>de</strong> sinalização viva nas estra<strong>das</strong><strong>de</strong> rodagem. Rio <strong>de</strong> Janeiro: DNER, 1962.i) REUNIÃO ESTADUAL DE ECOLOGIA RODOVIÁRIA, 1., 1978, Florianópolis. Anais...Florianópolis: DER, 1978.IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 22Anexo APROJETO TIPO 01CURVAS HORIZONTAIS ACENTUADASO plantio <strong>de</strong> maciços um pouco antes da curva e a acompanhando pelo lado externoforma um conjunto que, ao ser observado à distância, provoca a sensação <strong>de</strong> umobstáculo na rodovia, o que faz com que os motoristas, instintivamente, reduzam avelocida<strong>de</strong>. A adoção <strong>das</strong> mesmas espécies em to<strong>das</strong> ocasiões em que for utilizada estasolução, faz com que o usuário associe a vegetação ao "<strong>de</strong>senho" da estrada.O mo<strong>de</strong>lo abaixo é apenas um exemplo para a especificação da vegetação. Deverão serobserva<strong>das</strong> as recomendações do Programa <strong>de</strong> Proteção à Fauna e à Flora.Representação GráficaNomeComumNomecientífico -FamíliaPorteAdultoFloraçãoObservaçõesEspaçamento <strong>de</strong>PlantioAlturadaMudaQuantCanelasassafrásOcoteapretiosa–Lauraceae15 mInexpressivaárvore nativa daregião, folhagemvistosa, abrotação temcores vivas10 m entre plantas, 8 mentre filas, plantio em filas<strong>de</strong>sencontra<strong>das</strong> em 5 m,um maciço a 100 m datangente da curva, outromaciço acompanhando acurva pelo lado externo1,5 m 26*CaliandrarosaCalliandaraselloi-Leguminosae2,5 m*varia conforme o comprimento da curvaRosa –Verão –Primaveraarbusto gran<strong>de</strong>,forma touceiras<strong>de</strong>nsas, exigepoda anual paraformaçãoplantio em linhas, nocanteiro central, 2 linhas<strong>de</strong>sencontra<strong>das</strong>, distandocada uma 50 cm do eixodo canteiro. Espaçamentoentre-plantas <strong>de</strong> 1 m0,8 m 150*Nota: Compatibilizar a sugestão do conjuntopaisagístico (vários módulos) apresentandoacima, com as sugestões dos itens 4 e 5.Fonte: DNER/IME (2001)IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 23Anexo BPROJETO TIPO 2CABECEIRAS DE OBRAS-DE-ARTE-ESPECIAISA arborização tem por finalida<strong>de</strong>, nas cabeceiras <strong>de</strong> pontes, chamar a atenção dosmotoristas para a presença da obra-<strong>de</strong>-arte. A sensação <strong>de</strong> afunilamento provocada peloplantio <strong>de</strong> árvores em fileiras dispostas em diagonal em relação à direção do tráfego levao motorista a reduzir a velocida<strong>de</strong> e evitar ultrapassagens.O mo<strong>de</strong>lo abaixo é apenas um exemplo para a especificação da vegetação. Deverão serobserva<strong>das</strong> as recomendações do Programa <strong>de</strong> Proteção à Fauna e à Flora.RepresentaçãoGráficaNomeComumNomecientífico -FamíliaPorteAdultoFloraçãoObservaçõesEspaçamento<strong>de</strong> PlantioAlturadaMudaQuantbaguaçuingáfeijãoTalauma ovata -MAGNOLIACEAEInga marginata -LEGUMINOSAE15 m10 mBranco -verãoBranco -primaveraárvore nativa daregião, floresgran<strong>de</strong>s eperfuma<strong>das</strong>folhagem <strong>de</strong>nsa,permanente, frutoscomestíveis,atrativo paraavifauna8 m entreplantas, primeiramuda da fila a 6m da faixa <strong>de</strong>domínio e 50 mda cabeceira daponte1,5 m 241,2 m 24Nota 1: Este módulo <strong>de</strong>ve ser compatibilizadocom o <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> mata ciliarNota 2: Compatibilizar a sugestão do conjuntopaisagístico (vários módulos) apresentandoacima, com as sugestões dos itens 4 e 5.Fonte: DNER/IME (2001)IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 24Anexo CPROJETO TIPO 03QUEBRA DE MONOTONIA EM RETASO uso <strong>de</strong> maciços dispostos aleatoriamentes ao longo <strong>das</strong> gran<strong>de</strong>s retas, compostos porespécies <strong>de</strong> diferentes alturas, tipo <strong>de</strong> folhas, flores e outras características faz com que omotorista seja constantemente estimulado.O mo<strong>de</strong>lo abaixo é apenas um exemplo para a especificação da vegetação. Deverão serobserva<strong>das</strong> as recomendações do Programa <strong>de</strong> Proteção à Fauna e à Flora.NomeComumNome científico -FamíliaPorteAdultoFloraçãoObservaçõesEspaçamento <strong>de</strong>PlantioAltura daMudaQuantjacarandáJacarandamimosaefolia -BIGNONIACEAE12 mlilás -prim/verãotipaguapuruvuipê-roxobutiazeirocereja-domatogrumixamaTipuana tipu -LEGUMINOSAESchizolobiumparahybum -LEGUMINOSAETabebuia avelana<strong>de</strong>ae- BIGNONIACEAEButia capitata -PALMAEEugenia involucrata -MYRTACEAEEugenia brasiliensis -MYRTACEAE20 m25 m15 m08 m15 m15 mamarelo -primaveraamarelo -primaveraroxo -primaveraamarelo -prim/verbranco -primaverabranco -primaveraEscolher pelomenos 4espécies paraintercala<strong>das</strong>cada maciçoDistribuição aleatória <strong>das</strong>plantas. Plantio comespaçamento <strong>de</strong> 8 mentre plantas, primeirafila a 8 m da faixa <strong>de</strong>acostamento, usar aomenos 3 filascomdistância entre filasvariando entre 6 e 8 m, 8plantas / fila.Distância média entre osmaciços, 300 m.Variandoentre 1,5 me 2,0 m24aroeirapiriquitaSchinus terebinthifolius- ANACARDIACEAE06 mamarelo -primaveraNota: Compatibilizar a sugestão do conjuntopaisagístico (vários módulos) apresentandoacima, com as sugestões dos itens 4 e 5.Fonte: DNER/IME (2001)IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 25Anexo DPROJETO TIPO 04DRENAGENS E PASSAGENS EM NÍVEL INFERIORAs passagens em nível inferior e as drenagens po<strong>de</strong>m ter sua ocorrência marcadavisualmente pelo uso da vegetação. A implantação <strong>de</strong> maciços arbustivos, <strong>de</strong> preferênciacom flores <strong>de</strong> coloração viva, nos talu<strong>de</strong>s da faixa <strong>de</strong> domínio ao longo <strong>de</strong>stas estruturas,em contraponto com a vegetação natural do terreno, em nível mais baixo, tem o efeito <strong>de</strong>“mostrar” ao motorista a diferença <strong>de</strong> nível entre os dois planos, o leito da estrada e oterreno natural, além <strong>de</strong>, pelo uso repetitivo da espécie, indicar aquelas estruturas.O mo<strong>de</strong>lo abaixo é apenas um exemplo para a especificação da vegetação. Deverão serobserva<strong>das</strong> as recomendações do Programa <strong>de</strong> Proteção à Fauna e à Flora.RepresentaçãoGráficaNomeComumNomecientífico -FamíliaPorteAdultoFloraçãoObservaçõesEspaçamento <strong>de</strong>PlantioAlturadaMudaQuantlantanaLantana camara-VERBENACEAE1,5 mvariada -prim/verão*estimativa para bueiro tubular duplo com diâmetro <strong>de</strong> 1.20marbustoresistente ao sol,forma touceiras<strong>de</strong>nsasparabrotações0,4 m entre-plantas,primeira muda da fila a1 m da borda dobueiro, plantar, nomínimo 2 filasintercala<strong>das</strong>.Durante os primeirosanos <strong>de</strong> crescimentofazer poda <strong>de</strong> topoprovocarlaterais.Entre as mu<strong>das</strong> o solo<strong>de</strong>ve permanecer comgrama.0,2 m 150*Nota: Compatibilizar a sugestão do conjuntopaisagístico (vários módulos) apresentandoacima, com as sugestões dos itens 4 e 5.Fonte: DNER/IME (2001)IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 26Anexo EPROJETO TIPO 05CURVAS VERTICAIS ACENTUADASO plantio <strong>de</strong> maciços vegetais ao longo da faixa <strong>de</strong> domínio, em curva, conforme mostra afigura a abaixo, tem a função <strong>de</strong> dar ao motorista a impressão <strong>de</strong> afunilamento daestrada, ainda o conjunto <strong>de</strong> espécies ocorrendo sempre nestas situações ten<strong>de</strong> a marcara ocorrência da situação pela repetição, da mesma forma que na solução encontrada parao projeto tipo 03.Nos quadros <strong>das</strong> espécies, usar as mesmas composições aplica<strong>das</strong> no projeto tipo 09.O mo<strong>de</strong>lo abaixo é apenas um exemplo para a especificação da vegetação. Deverão serobserva<strong>das</strong> as recomendações do Programa <strong>de</strong> Proteção à Fauna e à Flora.Representação GráficaNomeComumNome científico- FamíliaPorteAdultoFloraçãoObservaçõesEspaçamento<strong>de</strong> PlantioAlturadaMudaQuantbaguaçuingáfeijãoTalauma ovata -MAGNOLIACEAEInga marginata -LEGUMINOSAE15 m10 mbranco -verãobranco -primaveraárvore nativa daregião, floresgran<strong>de</strong>seperfuma<strong>das</strong>folhagem <strong>de</strong>nsa,permanente, frutoscomestíveis, atrativopara avifauna8 m entre plantas,primeira muda da1,5 m 24fila a 6 m da faixa<strong>de</strong> domínio e 50 mda cabeceira daponte 1,2 24Nota: Compatibilizar a sugestão do conjuntopaisagístico (vários módulos) apresentandoacima, com as sugestões dos itens 4 e 5.Fonte: DNER/IMEIPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 27Anexo FPROJETO TIPO 06DEFENSA NATURAL EM CURVAS - TALUDES DE CORTE EM ROCHASSempre que a estrada atravessar regiões <strong>de</strong> relevo mais trabalhado, on<strong>de</strong> as curvaspo<strong>de</strong>m ser muito perigosas por, <strong>de</strong> um lado estar um talu<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte em rocha, e do outro,terreno nível bem mais baixo do que o da faixa <strong>de</strong> rolamento, a vegetação oferece umrecurso a mais na segurança do usuário da rodovia. Da mesma forma que nas curvasacentua<strong>das</strong>, funciona como <strong>de</strong>fensa natural quando utilizada no talu<strong>de</strong> <strong>de</strong> aterro. Já nazona <strong>de</strong> talu<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte, tem função estética, "disfarçando a pare<strong>de</strong>".O mo<strong>de</strong>lo abaixo é apenas um exemplo para a especificação da vegetação. Deverão serobserva<strong>das</strong> as recomendações do Programa <strong>de</strong> Proteção à Fauna e à Flora.Representação GráficaNomeComumNomecientífico -FamíliaPorteAdultoFloraçãoObservaçõesEspaçamento<strong>de</strong> PlantioAlturadaMudaQuantseteléguasPodranearicasoliana -BIGNONIACEAE2 mrosa -prim/verãotrepa<strong>de</strong>iraescan<strong>de</strong>nte muitoagressiva,<strong>de</strong>senvolve raízesnos ramos que tocamo solo2,0espaçamentoentre-plantas,uma linha a 1,0m da borda dotalu<strong>de</strong>Para a <strong>de</strong>fensa utilizar as mesmas espécies do projeto tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensa natural em reta.Para a <strong>de</strong>fensa utilizar as mesmas recomendações do projeto tipo <strong>de</strong> curvas horizontais acentua<strong>das</strong>.1,0 mconformeo talu<strong>de</strong>Nota: Compatibilizar a sugestão do conjuntopaisagístico (vários módulos) apresentandoacima, com as sugestões dos itens 4 e 5.Fonte: DNER/IME (2001)IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 28Anexo GPROJETO TIPO 07RETORNOSOs retornos, como as acessos (projeto tipo 08) são locais on<strong>de</strong> se aumentam aspossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes. A vegetação po<strong>de</strong> ser indicadora da ocorrência dos retornosquando a<strong>de</strong>quadamente. Espécie arbóreas <strong>de</strong> copa compacta, planta<strong>das</strong> em fila <strong>de</strong>nsa,isto é, com espaçamento reduzido, ao longo da pista emcurvamais aberta, em contraponto com uma espécie mais alta, com espaçamento maior, aolongo da outra pista, indicam, além da ocorrência do retorno, o lado da rodovia a que elese aplica.O mo<strong>de</strong>lo abaixo é apenas um exemplo para a especificação da vegetação. Deverão serobserva<strong>das</strong> as recomendações do Programa <strong>de</strong> Proteção à Fauna e à Flora.Representação GráficaNomeComumNome científico- FamíliaPorteAdultoFloraçãoObservaçõesEspaçamento <strong>de</strong>PlantioAlturadaMudaQuantpaineiraChorisia speciosa-BOMBACACEAE25 mrosa -primaveraárvore <strong>de</strong> porteimponente10 m entre plantas, filaa 8 m doacostamento, 4plantas para cada ladoa partir do centro doretorno2,0 m 8manduiranaSenna multijugaa- LEGUMINOSAE12 mamarelo -primaverafolhagem6 m entre plantas, filaa 5 m doacostamento, osmaciços acompanhamo <strong>de</strong>senho da pistacom eixo <strong>de</strong>slocadopelas curvas <strong>de</strong>retorno1,2 m 24Nota: Compatibilizar a sugestão do conjuntopaisagístico (vários módulos) apresentandoacima, com as sugestões dos itens 4 e 5.Fonte: DNER/IME (2001)IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 29Anexo HPROJETO TIPO 08ACESSOSDe forma semelhante à adotada nos projetos anteriores, a vegetação tem a função <strong>de</strong>informar aos usuários a ocorrência <strong>de</strong> situações que exigem maior atenção. Oscruzamentos com acessos são locais on<strong>de</strong> normalmente ocorrem muitos aci<strong>de</strong>ntes, umdos motivos e a falta <strong>de</strong> atenção dos motoristas para a situação <strong>de</strong> veículos cruzando arodovia. Com o uso da vegetação, po<strong>de</strong>-se provocar a impressão <strong>de</strong> “fechamento” dapista através do plantio em curva. Já adoção <strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte na faixa <strong>de</strong>domínio, no lado on<strong>de</strong> se insere o acesso, faz com que o motorista seja alertado <strong>de</strong> suapresença.O mo<strong>de</strong>lo abaixo é apenas um exemplo para a especificação da vegetação. Deverão serobserva<strong>das</strong> as recomendações do Programa <strong>de</strong> Proteção à Fauna e à Flora.Representação GráficaNomeComumNomecientífico -FamíliaPorteAdultoFloraçãoObservaçõesEspaçamento<strong>de</strong> PlantioAlturadaMudaQuanttimbaúvaingá-feijãoEnterolobiumcontortisiliquum -LEGUMINOSAEInga marginata -LEGUMINOSAE25 m10 mbranco -verãobranco -primaveraárvore nativa daregião, porteimponente, copa 10 m doespraiada, marco acostamento, navisualbissetriz dofolhagempermanente,comestíveis,para avifauna<strong>de</strong>nsa,frutosatrativo1,5 m 24ângulo entre oseixos <strong>das</strong> duaspistas 1,2 m 24Nota: Compatibilizar a sugestão do conjuntopaisagístico (vários módulos) apresentandoacima, com as sugestões dos itens 4 e 5.Fonte: DNER/IME (2001)IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 30Anexo JPROJETO TIPO 09DEFENSA NATURAL EM RETASComo nas situações 01 e 03, a vegetação po<strong>de</strong> alertar os motoristas <strong>das</strong> diferenças <strong>de</strong>nível entre o plano <strong>de</strong> rolamento e o terreno natural. Além disso, nesta situação, maciçosvegetais bem <strong>de</strong>nsos, com espécies <strong>de</strong> copa baixa, <strong>de</strong>nsa e com ramos <strong>de</strong>lgados, po<strong>de</strong>mevitar que os veículos que se <strong>de</strong>sviam da estrada atinjam gran<strong>de</strong>s velocida<strong>de</strong>s durante aqueda. Observar que <strong>de</strong>vem ser evita<strong>das</strong> árvores com inserção <strong>de</strong> copa alta e troncosúnicos com diâmetro muito gran<strong>de</strong> (com efeito na batida semelhante ao <strong>de</strong> um poste).O mo<strong>de</strong>lo abaixo é apenas um exemplo para a especificação da vegetação. Deverão serobserva<strong>das</strong> as recomendações do Programa <strong>de</strong> Proteção à Fauna e à Flora.NomeComumNome científico -FamíliaPorteAdultoFloraçãoObservaçõesEspaçamento <strong>de</strong>PlantioAltura daMudaQuantbranquilhopitangueirachal-chalquaresmeira-arbustoingámacacosangrad'águacipó-<strong>de</strong>são-joãosalseiroSebastianacommersoniana -EUPHORBIACEAEEugenia uniflora -MYRTACEAEAllophylus edulis -SAPINDACEAEInga marginata -LEGUMINOSAETibouchinasemi<strong>de</strong>candra -MELASTOMATACEAECroton urucurana -EUPHORBIACEAEPyrostegia venusta -BIGNONIACEAESalyx humboldtiana -SALICACEAE12 m12 m10 m15 m02 m12 m02 m15 mbranco -primaveraroxo -prim/verãolaranja -prim/verãobranco -primaveraDistribuição aleatória <strong>das</strong>plantas.Para árvores, plantio comespaçamento <strong>de</strong> 8 mentre-plantas, primeirafila a 4 m do pé dotalu<strong>de</strong>.Usar ao menos 3 filasEscolher pelointercala<strong>das</strong>menos 4espécies paracada maciçocomdistância entre filasvariando entre 6 e 8 m, 8plantas / fila.Os arbustos <strong>de</strong>vem ficarintercalados com asárvores na primeira filaco espaçamento <strong>de</strong> 2 mentre-plantas.Distância média entre osmaciços, 200 mVariandoentre 1,5 m e2,0 m paraárvores e 1,0m paraarbustos etrepa<strong>de</strong>iras24 árvores21 arbustosNota: Compatibilizar a sugestão do conjuntopaisagístico (vários módulos) apresentandoacima, com as sugestões dos itens 4 e 5.Fonte:DNER/IME (2001)IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 31Anexo KPROJETO TIPO 10PLACAS DE SINALIZAÇÃOA vegetação po<strong>de</strong> alertar os motoristas <strong>das</strong> diferenças <strong>de</strong> nível entre o plano <strong>de</strong>rolamento e o terreno natural.Além disso, nesta situação, maciços vegetais bem <strong>de</strong>nsos, com espécies <strong>de</strong> copa baixa,<strong>de</strong>nsa e com ramos <strong>de</strong>lgados, po<strong>de</strong>m evitar que os veículos que se <strong>de</strong>sviam da estradaatinjam gran<strong>de</strong>s velocida<strong>de</strong>s durante a queda. Observar que <strong>de</strong>vem ser evita<strong>das</strong> árvorescom inserção <strong>de</strong> copa alta e troncos únicos com diâmetro muito gran<strong>de</strong> (com efeito nabatida semelhante ao <strong>de</strong> um poste).O mo<strong>de</strong>lo abaixo é apenas um exemplo para a especificação da vegetação. Deverão serobserva<strong>das</strong> as recomendações do Programa <strong>de</strong> Proteção à Fauna e à Flora.Representação GráficaNomeComumNomecientífico -FamíliaPorteAdultoFloraçãoObservaçõesAlturadaMudaSinalizaçãisoladaquant./placaCortinaquant./metrolantanaCaliandrarosaLantana camara-VERBENACEAECalliandra selloi -LEGUMINOSAE1,5 m2,5 mvariada -prim/verãoarbusto resistenteao sol, formatouceiras <strong>de</strong>nsasarbusto gran<strong>de</strong>,forma touceirasrosa –<strong>de</strong>nsas, exige podaprim/verãoanual paraformação0,2 m 20 10,8 m 20 1• Placas <strong>de</strong> Sinalização Isola<strong>das</strong>: Deverá ser implantado um maciço vegetal para auxiliarna leitura <strong>das</strong> placas. Este maciço estará localizado atrás <strong>das</strong> placas, quando estasestiverem isola<strong>das</strong>.• Cortina Antiofuscante: No canteiro central, divisor <strong>das</strong> pistas, <strong>de</strong>verá ser implantadauma cortina vegetal com espécies <strong>de</strong> porte arbustivo, que <strong>de</strong>verão ter dupla finalida<strong>de</strong>:criar obstáculos à luz dos veículos e embelezar a rodovia.Esta cortina <strong>de</strong>verá ser interrompida 100 m antes <strong>de</strong> qualquer interseção. As mu<strong>das</strong> serãoplanta<strong>das</strong> em duas fileiras <strong>de</strong>sencontra<strong>das</strong>, distanciando cada uma <strong>de</strong> 1,00 m do eixo docanteiro e entre si no sentido longitudinal.Nota: Compatibilizar a sugestão do conjuntopaisagístico (vários módulos) apresentandoacima, com as sugestões dos itens 4 e 5.Fonte: DNER/IME (2001)IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 32Anexo LPROJETO TIPO 11MÓDULO PAISAGÍSTICO PARA PARADA DE ÔNIBUSO mo<strong>de</strong>lo abaixo é apenas um exemplo para a especificação da vegetação. Deverão serobserva<strong>das</strong> as recomendações do Programa <strong>de</strong> Proteção à Fauna e à Flora.LegendaI<strong>de</strong>ntificaçãoNomecomumNome científicoCor <strong>de</strong>FlorÉpoca <strong>de</strong>floraçãoAltura(m)Quantida<strong>de</strong>Tipo ITipo IIEspaçamentotArbóreaJeriváSyagrusromanzoffianaCreme Out-Mar 20 5 6 4,00 mArbustivaRodo<strong>de</strong>ndroRhodo<strong>de</strong>ndronthomsoniiRosa Mar-Set 3 – 4 19 19 3,00 mSubarbustiva Lantana Lantana camara Diversos Ano todo 0,5 60 50 0,50 mFonte: DNER/IME (2001)IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 33Anexo MProjeto tipo 12MATA CILIARFonte: DNER/IME (2001)IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 34Anexo NPROJETO TIPO 13MÓDULO PAISAGÍSTICO PARA CANTEIRO CENTRALO mo<strong>de</strong>lo abaixo é apenas um exemplo para a especificação da vegetação. Deverão serobserva<strong>das</strong> as recomendações do Programa <strong>de</strong> Proteção à Fauna e à Flora.LegendaI<strong>de</strong>ntificaçãoNomecomumNome científicoCor <strong>de</strong>FlorÉpoca <strong>de</strong>floraçãoAltura(m)Quantida<strong>de</strong>EspaçamentoEspirra<strong>de</strong>ira Nerium olean<strong>de</strong>r Rosa Set-Mar 03-05 32 3Caliandro Calliandra tweedii Vermelha Set-Mar 03 6 3Aleluia Senna bicapsularis Amarela Ano todo 02-04 6 3Fonte: DNER/IME (2001)Nota: Compatibilizar a sugestão do conjuntopaisagístico (vários módulos) apresentandoacima, com as sugestões dos itens 4 e 5.IPA – 01 – Arborização e PaisagismoMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


351 INTRODUÇÃOOs projetos <strong>de</strong> arborização e paisagismo estabelecidos na IPA-01 <strong>de</strong> recuperação<strong>ambiental</strong> da faixa <strong>de</strong> domínio irão exigir durante as obras a disponibilida<strong>de</strong> efornecimento <strong>de</strong> inúmeras mu<strong>das</strong> vegetais <strong>de</strong> diferentes tipos e estágios <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento para aten<strong>de</strong>r o cronograma <strong>de</strong> obras.Estas mu<strong>das</strong> exigem para estarem aptas ao plantio no campo, um planejamento préviopara que se <strong>de</strong>senvolvam <strong>das</strong> sementes geradoras aten<strong>de</strong>ndo ao tempo necessário <strong>de</strong>sua formação vegetal segundo as características <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> cada espécie.Este processo <strong>de</strong>senvolve-se em hortos ou viveiros especiais, os primeiros vinculados aórgãos públicos ou privados <strong>de</strong> cada região do país, enquanto os segundos po<strong>de</strong>m serestabelecidos para aten<strong>de</strong>r condições específicas <strong>de</strong> um empreendimento rodoviário.2 OBJETIVODestina-se esta Intrução, a orientar, principalmente as Unida<strong>de</strong>s Regionais do DNIT, aimplantação <strong>de</strong> hortos florestais ou viveiros especiais no preparo e formação <strong>de</strong> espécies,para a reposição da cobertura vegetal ou atendimento do projeto <strong>ambiental</strong>, visando aarborização, e mesmo o reflorestamento <strong>das</strong> <strong>faixas</strong> <strong>de</strong> domínio e áreas especiaislin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> rodovias <strong>de</strong> interesse à sua segurança operacional.3 FASEOs hortos florestais <strong>de</strong>verão ser distribuídos por diferentes regiões, possibilitando aperfeita execução <strong>de</strong> plantios em qualquer época do ano, com mu<strong>das</strong> disponíveis emquantida<strong>de</strong> suficiente, para aten<strong>de</strong>r a execução <strong>de</strong> projetos regionais <strong>de</strong> reposição dacobertura vegetal e na <strong>de</strong> conservação <strong>das</strong> rodovias.Os viveiros especiais serão sempre estabelecidos nos canteiros <strong>das</strong> obras ou locaisespecíficos para aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> toda a revegetação dos projetos rodoviários, ou<strong>de</strong>stinados a complementar os hortos existentes, para aten<strong>de</strong>r o <strong>de</strong>senvolvimento e ofornecimento <strong>de</strong> mu<strong>das</strong> vegetais especiais – caso <strong>das</strong> espécies <strong>de</strong>stina<strong>das</strong> à formação <strong>de</strong>barreiras vivas pelas suas características diferencia<strong>das</strong> e abrangência, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte daregião do país a que se <strong>de</strong>stinam.


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 364 ATIVIDADESA principal ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá ser a produção <strong>de</strong> mu<strong>das</strong> para aten<strong>de</strong>r ao reflorestamento <strong>de</strong>áreas mais vulneráveis, tais como, as margens <strong>das</strong> <strong>faixas</strong> lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> rodovias e doscorpos d’água, as encostas etc.O DNIT <strong>de</strong>verá propor a realização <strong>de</strong> Convênios com os Municípios, Universida<strong>de</strong>s,Institutos Florestais, além <strong>de</strong> outras organizações interessa<strong>das</strong>, para a implantação <strong>de</strong>hortos florestais, <strong>de</strong> forma a otimizar a produção <strong>de</strong> mu<strong>das</strong> e sementes.5 IMPLANTAÇÃOOs hortos florestais <strong>de</strong>verão estar situados em terrenos planos e cercados, <strong>de</strong>preferência, próximos a reservatórios <strong>de</strong> água e protegidos dos ventos. As mu<strong>das</strong><strong>de</strong>verão germinar em ripados que as protegerão <strong>de</strong>vendo, ainda, serem instalados<strong>de</strong>pósitos para os materiais, as esterqueiras e as áreas <strong>de</strong> transplante.6 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS6.1 OBTENÇÃO E ARMAZENAMENTO DE SEMENTESAs sementes <strong>de</strong>verão ser seleciona<strong>das</strong> <strong>de</strong> acordo com critérios agronômicos, baseadosnas regiões fitogeográficas do território nacional.Há instituições especializa<strong>das</strong> on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>-se obter as sementes <strong>de</strong> essências florestaisnativas, como Hortos Florestais públicos e particulares, Universida<strong>de</strong>s e JardinsBotânicos.6.2 PRODUÇÃO DE COMPOSTO ORGÂNICONos substratos utilizados nas sementeiras e recipientes individuais <strong>de</strong>vem ser utilizadoscompostos orgânicos bem curtidos, que po<strong>de</strong>m ser obtidos através <strong>de</strong> restos <strong>de</strong> culturado próprio viveiro.A produção <strong>de</strong> composto orgânico visa melhor aproveitamento <strong>de</strong> esterco animal e restos<strong>de</strong> cultura, originando um adubo orgânico <strong>de</strong> baixo custo e <strong>de</strong> ótima qualida<strong>de</strong>.6.3 PRODUÇÃO DE MUDASPara um bom resultado, é necessário que se tenha solo fértil, mais ou menospulverulento, fino, livre <strong>de</strong> torrões e rico em nutrientes.As Chefia <strong>das</strong> Unida<strong>de</strong>s Regionais do DNIT <strong>de</strong>verão tomar a iniciativa <strong>de</strong> propor arealização <strong>de</strong> convênios para a implantação e manutenção dos hortos, <strong>de</strong> maneira quepossam, também, auxiliar no atendimento <strong>das</strong> necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reflorestamento dosmunícipios.IPA – 02 – Horto Florestal e Viveiros EspeciaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 377 ESPÉCIES VEGETAIS RECOMENDADASSão apresenta<strong>das</strong>, a seguir, as principais espécies vegetais recomenda<strong>das</strong> para utilizaçãona recuperação <strong>ambiental</strong> na faixa lin<strong>de</strong>ira <strong>das</strong> rodovias.7.1 PROTEÇÃO CONTRA EROSÃO E MINIMIZAÇÃO DA PROPAGAÇÃO DAS QUEIMADASAs espécies recomenda<strong>das</strong> são:• Peroba.......................................... Aspidosperma sp ;• Pau-pombo................................... Tapirira sp ;• Maria-mole.................................... Dendropanax sp ;• Castanha-da-praia........................ Bombacopsis sp ;• Almecegueira................................ Protium sp ;• Embaúva ...................................... Cecropia sp ;• Oiti ................................................ Licania sp ;• Dia<strong>de</strong>ma ....................................... Stifftia sp ;• Tapiá ............................................ Alchornea sp ;• Licurana........................................ Hyeronima sp ;• Caxim ........................................... Pachystroma sp ;• Guanandi...................................... Calophyllum sp ;• Bacupari ....................................... Rheedia sp ;• Abricó-<strong>de</strong>-macaco ........................ Couroupita sp ;• Jarana .......................................... Lecythis sp ;• Caínga.......................................... Mol<strong>de</strong>nhawera sp ;• Pacová-<strong>de</strong>-macaco....................... Swartzia sp ;• Fava-<strong>de</strong>-bolota ............................. Parkia sp ;• Angelins........................................ Andira sp ;• Jacarandá-do-litoral...................... Platymiscium sp ;• Pau-sangue .................................. Pterocarpus sp ;• Jacatirão....................................... Miconia sp ;• Quaresmeira................................. Tibouchina sp ;• Grumixama................................... Eugenia sp ;• Carrapateira.................................. Metrodorea sp ;IPA – 02 – Horto Florestal e Viveiros EspeciaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 38Além <strong>de</strong>stas espécies que são características <strong>de</strong> Florestas Sempre-Ver<strong>de</strong>, algumas sãomais comuns em florestas <strong>das</strong> Região Sul, tais como:• Erva-mate..................................... Ilex paraguaiensis ;• Falso-barbatimão.......................... Cassia sp ;• Pinheiro-bravo ............................. Podocarpus sp ;• Pinheiro-do-paraná....................... Araucaria sp ;Para as <strong>faixas</strong> <strong>de</strong> domínio <strong>de</strong>verão também ser utiliza<strong>das</strong> espécies arbustivas, gramíneas,leguminosas e araceas (gibóias), <strong>de</strong> acordo com as concepções paisagísticas, levando-seem conta os projetos-tipo indicados na IPA-01 <strong>de</strong> Arborização e Paisagismo.7.2 RECOMPOSIÇÃO VEGETAL DE TALUDES, ATERROS, BANQUETAS E BERMASEspécies <strong>de</strong> cobertura vegetal:• Azaléa .......................................... Rhodo<strong>de</strong>ndron simsii• Dracena........................................ Dracaena <strong>de</strong>remensis• Jasmin .......................................... Jasminum nudiflorum• Magnólias ..................................... Magnolia spp• Uvarana........................................ Dracaena congesgta• Gramíneas (capins):• Grama-batatais ou forquilha ......... Paspalum notatum• Grama-seda.................................. Cynodum dactylon• Capim kikuio ................................. Pennisetum clan<strong>de</strong>stinum• Capim pernambuco ...................... Paspalum mandiocanum• Capim-chorão ............................... Eragostris curvula• Capim-gordura.............................. Melinis minutiflora• Capim cidreira• Capim pensacola• Braquiárias (brizanta, <strong>de</strong>cubens, umidicola)• Capim mimoso• Caniço ou bambuzinho................. Bambusa mitis• Leguminosas:• Azevem......................................... Lolium multiflorum• Soja-perene.................................. Glycine javanicaIPA – 02 – Horto Florestal e Viveiros EspeciaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 39• Amendoim rasteiro ....................... Arachis• Kudzu tropical............................... Pueraria phaseoloi<strong>de</strong>s• Sensitiva....................................... Mimosa pudica• Centrocema.................................. Centrocema pubecens• Calopogônio• Indigo............................................ Indigofera hen<strong>de</strong>caphila• Feijão-<strong>de</strong>-porco7.3 BARREIRAS VEGETAIS – ESTABILIZAÇÃO DE SOLOS E REDUÇÃO DE ENXURRADAS:• Capim Vetiver ............................... Vetiveria zizanioi<strong>de</strong>s• Bambu e taquaras7.4 RECOMPOSIÇÃO DE MATA CILIAR:• Unhas-<strong>de</strong>-gato.............................. Acacias paniculata/plumosa/polyphylia• Iricuranas...................................... Alchorneas sidaefolia e triplinervia• Cabelo-<strong>de</strong>-anjo ............................. Calliandra selloi• Mandarave-quebra-foice............... Calliandra tweediei Benth.• Pata-<strong>de</strong>-vaca ................................ Bauhinia forficata Link.• Guaçatonga.................................. Casearia sylvestris Sw.• Arariba.......................................... Centrolobium tomentosum• Copaiba-capauva ......................... Copaifera langsdorfii• Sangra-d’aua ................................ Croton celtidifolius• Açoita-cavalo ................................ Luehea divaricata• Unha-<strong>de</strong>-gato(2) ........................... Mimosa bimucronata• Ingá .............................................. Inga Sp.• Jacaré-manjoleiro ......................... Pipta<strong>de</strong>nia communis• Angico........................................... Pipta<strong>de</strong>nia colubrina• Pessegueiro-brava ....................... Prunus sellowii• Aroeira-mansa .............................. Schinus therebinthifollius• Arruda rajada................................ Swartzia acutifolia• Crindiúva ...................................... Trema micranthaIPA – 02 – Horto Florestal e Viveiros EspeciaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 40• Capixinguis ................................... Crotons floribundus e piptocalyx8 BIBLIOGRAFIAa) BRASIL. Departamento Nacional <strong>de</strong> Estra<strong>das</strong> <strong>de</strong> Rodagem. Controle <strong>de</strong> combate aerosão: tabela <strong>de</strong> leguminosas e gramíneas. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1994.b) REUNIÃO ESTADUAL DE ECOLOGIA RODOVIÁRIA, 1., 1978, Florianópolis. Anais...Florianópolis: DER, 1978.IPA – 02 – Horto Florestal e Viveiros EspeciaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


411 INTRODUÇÃOAs queima<strong>das</strong> utiliza<strong>das</strong> ainda na área rural, alia<strong>das</strong> a outras práticas <strong>de</strong> manejoagropecuário ou em áreas já urbaniza<strong>das</strong>, são eventos que influem negativamente naoperação e conservação rodoviária e <strong>de</strong>vem merecer atenção nos projetos ambientais <strong>de</strong>implantação, na seleção <strong>de</strong> espécies vegetais <strong>de</strong> proteção da faixa <strong>de</strong> domínio.2 OBJETIVOProteger ou atenuar, do ponto <strong>de</strong> vista <strong>ambiental</strong>, os efeitos físicos, biológicos eantrópicos, adversos, causados pela queimada da cobertura vegetal <strong>das</strong> <strong>faixas</strong> lin<strong>de</strong>irase <strong>de</strong> domínio <strong>das</strong> rodovias.3 FASEOs serviços <strong>de</strong> preservação contra queima<strong>das</strong> nas <strong>faixas</strong> <strong>de</strong>verão ser realizados durantea etapa <strong>de</strong> conservação rotineira <strong>das</strong> rodovias.Tipos <strong>de</strong> vegetação resistentes ao fogo, em especial as constituí<strong>das</strong> <strong>de</strong> capim Vetiver eSansão do Campo (Sabiá), <strong>de</strong>verão ser implantados nesta fase, mediante a seleção,através <strong>de</strong> critérios agronômicos.4 CLASSIFICAÇÃO E CAUSAS PRINCIPAISA classificação mais a<strong>de</strong>quada para <strong>de</strong>finir os tipos <strong>de</strong> queima<strong>das</strong> se baseia no seu grau<strong>de</strong> envolvimento <strong>de</strong> cada estrato combustível florestal, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o solo mineral até o topo<strong>das</strong> árvores.As queima<strong>das</strong> são classifica<strong>das</strong> em subterrâneas, superficiais e <strong>de</strong> copas, principalmenteem <strong>de</strong>corrência dos seguintes aspectos:a) queima <strong>de</strong> restos <strong>de</strong> culturas, palha<strong>das</strong> e gravetos;b) limpeza <strong>de</strong> pastagens, com fogo não controlado;c) queima provocada por fogueiras em acampamento, não apaga<strong>das</strong> <strong>de</strong>vidamente,pontas <strong>de</strong> cigarros, outras formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scuidos, e;d) garrafas ou cacos <strong>de</strong> vidro, sobre a vegetação seca, funcionando como lentes eprovocando combustão.


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 425 TIPOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS RESULTANTESOs impactos ambientais negativos provocados pelas queima<strong>das</strong>, aci<strong>de</strong>ntais ouvoluntárias, produzi<strong>das</strong> nas <strong>faixas</strong> <strong>de</strong> domínio po<strong>de</strong>rão originar os seguintes fatoresadversos;5.1 IMPACTOS NEGATIVOS DE NATUREZA FÍSICAResultantes da <strong>de</strong>struição dos seguintes dispositivos:a) cercas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> <strong>de</strong>limitação <strong>das</strong> <strong>faixas</strong> <strong>de</strong> domínio;b) sinalização vertical;c) placas <strong>de</strong> propaganda;d) eventuais instalações <strong>de</strong> apoio em pré-moldados <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e;e) instalações <strong>de</strong> serviço.5.2 IMPACTOS NEGATIVOS DE NATUREZA BIOLÓGICAa) cobertura vegetal <strong>de</strong> proteção do solo, com relevância nos talu<strong>de</strong>s dos cortes e aterros,indispensáveis para a proteção dos mesmos contra a erosão;b) flora regional e reservas florestais, e;c) "habitat" da fauna.5.3 IMPACTOS NEGATIVOS DE NATUREZA ANTRÓPICA:a) produção <strong>de</strong> fumaça, prejudicando a visibilida<strong>de</strong>;b) aci<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong>vido a falta <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> associada à redução <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> dosveículos;c) poluição atmosférica através da emissão <strong>de</strong> gases tóxicos e particulados, e ;d) dificulda<strong>de</strong>s para o tráfego aéreo, em algumas regiões, e;e) problemas acarretados às proprieda<strong>de</strong>s particulares.6 EXECUÇÃO DE MEDIDAS DE PROTEÇÃODeverão ser executa<strong>das</strong> medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> proteção da rodovia durante a realização dosserviços <strong>de</strong> conservação rotineira, adotando-se, além <strong>das</strong> recomendações <strong>das</strong> DiretizesBásicas para Ativida<strong>de</strong>s Rodoviárias Ambientais do DNIT, as seguintes:a) realização <strong>de</strong> roçada e capina, utilizando-se ferramentas e equipamentos a<strong>de</strong>quados;b) não utilização <strong>de</strong> explosivos para a remoção <strong>de</strong> vegetação ou <strong>de</strong>smatamentos;c) não permitir o uso <strong>de</strong> herbici<strong>das</strong> e <strong>de</strong>sfolhantes;IPA – 03 – Queima<strong>das</strong> e Ação <strong>de</strong> TerceirosMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 43d) execução <strong>de</strong> aceiros na periferia <strong>de</strong> matas, bosques e capoeiras;e) construção <strong>de</strong> cortinas <strong>de</strong> segurança utilizando reflorestamentos com espéciesflorestais que ofereçam maior resistência à propagação do fogo;f) utilização <strong>de</strong> espécies vegetais que sejam resistentes ao fogo, tais como sabiá esanssão do campog) eliminação dos resíduos vegetais provenientes da poda e roçado nos acostamentos eno canteiro central, mediante queima controlada, em local a<strong>de</strong>quado, impossibilitando apropagação do fogo.h) aproveitamento dos resíduos da capina para emprego como adubo nas áreas<strong>de</strong>grada<strong>das</strong>.7 TÉCNICAS DE COMBATE AO FOGOPara se atacar um incêndio florestal, com equipes <strong>de</strong> combate, existem três métodos,usados, <strong>de</strong> acordo, com a intensida<strong>de</strong> do fogo:a) o fogo é atacado diretamente com abafadores ou através <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> água outerra;b) construção <strong>de</strong> um pequeno aceiro <strong>de</strong> 1,0 m <strong>de</strong> largura, paralelo à linha do fogo;c) se a intensida<strong>de</strong> do fogo for alta, <strong>de</strong>ve-se abrir um aceiro largo na frente do fogo e usaro contrafogo para ampliar o aceiro ainda mais.7.1 CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE ACEIROSAceiros são técnicas preventivas <strong>de</strong>stina<strong>das</strong> a quebrar a continuida<strong>de</strong> do materialcombustível.Constituem-se basicamente <strong>de</strong> <strong>faixas</strong> livres <strong>de</strong> vegetação, superior a 5 m, on<strong>de</strong> o solopermanece exposto, ou protegido por leguminosas resistentes ao fogo, dificultando apropagação <strong>das</strong> queima<strong>das</strong> e extremamente úteis como meios <strong>de</strong> acesso e <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong>apoio para as turmas <strong>de</strong> combate.7.2 CORTINAS DE SEGURANÇAAs cortinas <strong>de</strong> segurança são técnicas que, basicamente, alteram a inflamabilida<strong>de</strong> domaterial combustível.Quando existem gran<strong>de</strong>s extensões refloresta<strong>das</strong> com espécies altamente combustíveis,sujeitas a incêndios <strong>de</strong> copa, o estabelecimento <strong>de</strong> <strong>faixas</strong> <strong>de</strong> espécies menos inflamáveis,formando verda<strong>de</strong>iras cortinas, oferecem maior resistência à propagação dos incêndios.Nas margens dos aceiros e ao longo <strong>das</strong> divisas da faixa <strong>de</strong> domínio <strong>das</strong> rodovias,também po<strong>de</strong>m ser planta<strong>das</strong> linhas com espécies menos inflamáveis, para reduzir apropagação <strong>de</strong> possíveis incêndios.IPA – 03 – Queima<strong>das</strong> e Ação <strong>de</strong> TerceirosMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 44As espécies vegetais que per<strong>de</strong>m parte <strong>das</strong> folhas em <strong>de</strong>termina<strong>das</strong> épocas do ano, não<strong>de</strong> vem ser utiliza<strong>das</strong>, pois as folhas caí<strong>das</strong> formam uma camada <strong>de</strong> material facilmenteinflamável.Cuidados especiais <strong>de</strong>vem ser adotados em relação à utilização <strong>de</strong> gramíneas nas <strong>faixas</strong><strong>de</strong> domínio, face ao seu comportamento durante a estação seca, tornando-se altamenteinflamável.Também <strong>de</strong>verão ser envidados esforços para eliminar <strong>de</strong>termina<strong>das</strong> espécies, como ocapim colonião, que inva<strong>de</strong>m o canteiro central e as proximida<strong>de</strong>s dos acostamentos <strong>das</strong>rodovias, alcançando alturas eleva<strong>das</strong> por ocasião <strong>das</strong> chuvas, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 2 m,tornando-se altamente combustíveis ao secarem sob a ação do sol.Como alternativa utilizar as gramíneas consorcia<strong>das</strong> com plantas que não sofrem <strong>de</strong>intensa perda <strong>de</strong> água durante a estação seca, tais como, as leguminosas forrageiras eas gibóias (Araceas), <strong>de</strong> fácil <strong>de</strong>senvolvimento.Recomenda-se a margaridinha silvestre, com pequenas flores amarelas (Ve<strong>de</strong>liapaludosa - Compositae), se possível, ao longo <strong>das</strong> cercas que divi<strong>de</strong>m as <strong>faixas</strong> <strong>de</strong>domínio, funcionando como um aceiro ver<strong>de</strong>.8 BIBLIOGRAFIAa) BRASIL. Código penal. Tít. VIII. Dos crimes contra a incolumida<strong>de</strong> pública. Cap. I. Doscrimes <strong>de</strong> perigo comum. Art. 250. Incêndio. In: ______. Código penal. 40. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2002.b) ______. Lei n. 4.771, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1965. Institui o novo Código Florestal.Disponível em: . Acesso em: 08 mar. 2004.IPA – 03 – Queima<strong>das</strong> e Ação <strong>de</strong> TerceirosMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


451 INTRODUÇÃOA presença <strong>de</strong> uma rodovia em zona urbana ten<strong>de</strong> a estabelecer um conflito entre oespaço viário e o espaço urbano, com sérios impactos negativos para ambos, que afetamo <strong>de</strong>sempenho operacional da rodovia e provocam a perda da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dapopulação dos núcleos urbanos.As preocupações ambientais presentes nos casos <strong>de</strong> travessias urbanas, consistem namitigação ou eliminação <strong>das</strong> adversida<strong>de</strong>s gera<strong>das</strong> pelo conflito espaço viário versusespaço urbano, caracteriza<strong>das</strong> pelos seguintes impactos:a) modificações no uso e ocupação do solo;b) segregação urbana;c) intrusão visual;d) Poluição atmosférica e sonora; ee) Vibração.A interação <strong>de</strong>stes impactos causa sérios inconvenientes à rodovia, bem como àsativida<strong>de</strong>s e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no núcleo atingido.Resumidamente, as distorções no uso e ocupação do solo dizem respeito aosimpactos causados por novos usos e ocupações implantados sem planejamento ao longoda rodovia. São estacionamentos construídos em locais impróprios, para<strong>das</strong> <strong>de</strong> ônibusmal localiza<strong>das</strong> e remanejamento <strong>de</strong> trânsito para segmentos <strong>de</strong> ruas locais, ocasionadospelo forte po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> atração que a mesma exerce. Isto po<strong>de</strong> gerar junto à comunida<strong>de</strong>local, entre outros impactos, <strong>de</strong>struição ou ruptura <strong>de</strong> valores arquitetônicos epaisagísticos, favelização <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>socupa<strong>das</strong>, ou ainda redução <strong>de</strong> receitas <strong>de</strong>pequenas empresas e <strong>de</strong>semprego.A segregação espacial urbana, por sua vez, se caracteriza quando a área urbana sea<strong>de</strong>nsa ao redor <strong>de</strong> um trecho viário provoca a segregação espacial urbana pela divisão<strong>das</strong> áreas que são corta<strong>das</strong> pela via, impedindo o livre acesso entre ambas as partes dacida<strong>de</strong>. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> circulação entre uma área e outra da cida<strong>de</strong>, por pessoas emercadorias provoca a transposição da rodovia <strong>de</strong> um lado para outro, provocandoproblemas <strong>de</strong> segurança. Essas travessias, normalmente não são bem resolvi<strong>das</strong>,causando aci<strong>de</strong>ntes, como atropelamentos e colisões e restrição à mobilida<strong>de</strong> do tráfego.A segregação espacial urbana potencializa a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> travessias <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres eveículos, originando, congestionamentos e aci<strong>de</strong>ntes, principalmente por atropelamentos.


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 46É o mais grave dos impactos, e é o aglutinador <strong>de</strong> to<strong>das</strong> as interferências que atuam notrânsito, com o objetivo <strong>de</strong> reduzir o número dos aci<strong>de</strong>ntes in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dagravida<strong>de</strong>, quer sejam, apenas danos materiais, quer sejam com envolvimento <strong>de</strong> vítimas.O clamor populacional local contra o crescente número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, leva as autorida<strong>de</strong>smunicipais a executarem intervenções mal <strong>de</strong>linea<strong>das</strong> que acabam provocando novosconflitos e aci<strong>de</strong>ntes com maior gravida<strong>de</strong>.A intrusão visual diz respeito ao impedimento da visualização parcial ou total dapaisagem urbana, ou a visualização <strong>de</strong> paisagem esteticamente <strong>de</strong>sagradável.Tal impacto, provocado pela presença da rodovia e seus equipamentos (aterros, muros <strong>de</strong>contenção, postes, placas <strong>de</strong> sinalização, viadutos etc), afeta negativamente as áreaslin<strong>de</strong>iras, <strong>de</strong>svalorizando-as.A poluição atmosférica e sonora, se potencializa pela falta <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>, com aobstrução do trânsito, gerando os congestionamentos urbanos, que são os maiores focos<strong>de</strong> poluição. Quando o veículo está parado ou <strong>de</strong>senvolve velocida<strong>de</strong>s mínimas emprimeira marcha, a produção <strong>de</strong> gases CO 2 é muito maior, poluindo o ar com maiorintensida<strong>de</strong>, gerando vários problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, notadamente, as doenças <strong>de</strong> causasrespiratórias, alergias e conjuntivites, principalmente nas crianças e nos idosos. O ruídodo ronco dos motores, as constantes frenagens e mau uso da buzina causam poluiçãosonora que afetam o sistema auditivo.Já o tráfego <strong>de</strong> passagem que a<strong>de</strong>ntra à área urbana, o faz em altas velocida<strong>de</strong>s. Aredução da velocida<strong>de</strong>, muitas vezes, é abrupta pela inexistência <strong>de</strong> sinalizaçãoa<strong>de</strong>quada e principalmente pela interferência maligna da construção <strong>de</strong> quebra-molas elomba<strong>das</strong>, segundo padrões construtivos sem qualquer técnica e com intervalos muitopróximos, gerando congestionamentos, quando o volume <strong>de</strong> veículos é intenso, o queagrava a poluição. O estacionamento irregular nos acostamentos <strong>das</strong> vias urbanas é outrofator <strong>de</strong> impedância na mobilida<strong>de</strong> do tráfego. Os semáforos <strong>de</strong>srregulados e as para<strong>das</strong><strong>de</strong> ônibus em locais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres sem as respectivas baias <strong>de</strong>recuo, são, via-<strong>de</strong>-regra, graves transtornos ao tráfego e agravam inúmeros conflitos <strong>de</strong>congestionamento, manobras arrisca<strong>das</strong> para troca <strong>de</strong> faixa <strong>de</strong> trânsito, quando isto épossível, com riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> colisões e atropelamentos <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres.A vibração, causada pela trepidação do pavimento afeta as construções comerciais oumesmo resi<strong>de</strong>nciais próximas à rodovia, agrava o problema <strong>de</strong> fissuras da alvenaria <strong>das</strong>construções, principalmente quando o tráfego tem volume acentuado e com altopercentual <strong>de</strong> veículos pesados, tais como; caminhões, carretas e até tremunhões(caminhões articulados), principalmente se trafegarem por áreas <strong>de</strong> antigas construções,ten<strong>de</strong>rão a <strong>de</strong>struir o patrimônio histórico da cida<strong>de</strong>.A magnitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes impactos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> diversos fatores, entre os quais <strong>de</strong>stacam-seos aspectos relacionados com a geometria da rodovia (planta , perfil e seção transversal),a largura / utilização da faixa <strong>de</strong> domínio e a estruturação do tecido urbano.IPA – 04 – Travessia Urbanas e Preservação RodoviáriaMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 47Este último fator consi<strong>de</strong>ra o tipo <strong>de</strong> uso e ocupação do solo da faixa lin<strong>de</strong>ira e o sistemaviário local e seu grau <strong>de</strong> inter-relacionamento com a rodovia, que estabelece o nível <strong>de</strong>interferência do tráfego urbano <strong>de</strong> veículos motorizados e pe<strong>de</strong>stres, com o fluxorodoviário <strong>de</strong> longa distância.A fim <strong>de</strong> melhorar as externalida<strong>de</strong>s provoca<strong>das</strong> pelo trânsito urbano ao meio ambiente<strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>linea<strong>das</strong> as possíveis medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> correção, <strong>de</strong> caráter geral, para aremo<strong>de</strong>lação da configuração viária, <strong>de</strong>vendo ser ressaltado que, para cada área emparticular, <strong>de</strong>vem ser manti<strong>das</strong> as características urbanas da cida<strong>de</strong>, principalmente emrelação a preservação do patrimônio histórico. Assim, estudos pormenorizados <strong>de</strong>vem serexecutados para se estabelecer com maior precisão a adaptabilida<strong>de</strong> <strong>das</strong> correçõesrecomenda<strong>das</strong> a serem inseri<strong>das</strong> no conjunto formado pelas vias, pelo tipo e volume dotráfego que a compõe. Como a via é fundamental às ativida<strong>de</strong>s sócio-econômicas <strong>de</strong>veser preservada e melhorada suas condições <strong>de</strong> trafegabilida<strong>de</strong> e segurança, comintervenções bem <strong>de</strong>linea<strong>das</strong>, que resolvam um <strong>de</strong>terminado impacto sem criar outros.Quanto ao or<strong>de</strong>namento do uso e ocupação do solo na área <strong>de</strong> influência da rodovia, oProjeto <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento Territorial, que integra o Projeto Básico Ambiental <strong>de</strong> obrasrodoviárias, <strong>de</strong>ve prever a atuação junto às autorida<strong>de</strong>s municipais em duas fases.A primeira tendo como objetivo o estabelecimento <strong>de</strong> diretrizes <strong>de</strong> uso e ocupação do solona faixa lin<strong>de</strong>ira, numa largura aproximada <strong>de</strong> 100m para cada lado da via.Num segundo momento, as ações estarão volta<strong>das</strong> para a elaboração ou a<strong>de</strong>quação dosPlanos Diretores Municipais.2 OBJETIVOObjetiva manter a operacionalida<strong>de</strong> da rodovia, ajudar a or<strong>de</strong>nar as suas <strong>faixas</strong> lin<strong>de</strong>iras eatenuar adversida<strong>de</strong>s provoca<strong>das</strong> pela presença no tecido urbano.Consi<strong>de</strong>ra-se que os impactos negativos <strong>de</strong> natureza física e biológica, existentes emalgumas vias implanta<strong>das</strong> mais recentemente, tenham sido eliminados, ou mitigados,através <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> preconiza<strong>das</strong> pelo Estudo <strong>de</strong> Impacto Ambiental (EIA), elaborado nafase <strong>de</strong> estudos e projeto.Em termos gerais, o objetivo básico é a a<strong>de</strong>quação do planejamento, construção eoperação da rodovia, <strong>de</strong> modo a integrá-la ao espaço urbano, minimizando os impactosnegativos, tais como seccionamento, ruídos e aci<strong>de</strong>ntes.Muitos problemas relacionados às travessias urbanas estão diretamente relaciona<strong>das</strong>com a autorização do acesso direto às áreas lin<strong>de</strong>iras ou o seu impedimento, através <strong>de</strong>bloqueio, mediante a construção <strong>de</strong> ruas laterais, conforme preconizado na Resolução18/91 - Instruções para Autorização e Construção <strong>de</strong> Acessos às RodoviasFe<strong>de</strong>rais, DEST/DNER, originária da atualização da Resolução nº 1.125/78.IPA – 04 – Travessia Urbanas e Preservação RodoviáriaMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 483 ATIVIDADESA máxima condição <strong>de</strong> operacionalida<strong>de</strong> e segurança <strong>de</strong> uma via urbana seria conseguidaatravés da inexistência <strong>de</strong> acessos e travessia <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres, apesar da ocupação <strong>das</strong>áreas lin<strong>de</strong>iras adjacentes.Na impossibilida<strong>de</strong> da utilização <strong>de</strong> tal medida, preconiza-se o controle <strong>de</strong> acessosatravés <strong>das</strong> seguintes ações:a) a autorização <strong>de</strong> acessos e travessias <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres só <strong>de</strong>verá ser concedida apósanálise criteriosa da localização <strong>de</strong>sses pontos, tendo em vista, as conveniências darodovia, as características da malha viária local e as trajetórias <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres;b) impedimento do acesso <strong>de</strong> veículos e pe<strong>de</strong>stres fora dos pontos selecionados,utilizando-se obstáculos físicos (<strong>de</strong>fensas, gradis, vegetação, etc) e;c) eliminação da interação do tráfego local com o <strong>de</strong> longa distância, mediante a criação<strong>de</strong> pistas laterais, ou realizando melhoramentos nas vias internas da área urbana.Entretanto, a implementação <strong>de</strong> tais ações provoca, os impactos acima citados <strong>de</strong>segregação urbana e intrusão visual, e para mitigá-los, no interesse da própria rodovia,<strong>de</strong>verão ser exerci<strong>das</strong> as ativida<strong>de</strong>s adiante discrimina<strong>das</strong>.3.1 AÇÕESNas rodovias em fase <strong>de</strong> projeto, ou em operação, são imprescindíveis as seguintesações:a) Levantamento dos dados <strong>de</strong> campo, com <strong>de</strong>staque para:– o reconhecimento <strong>de</strong> campo, para a observação <strong>das</strong> condições da geometria viária,pavimentação, sinalização, tráfego <strong>de</strong> veículos, pe<strong>de</strong>stres, estacionamentos, postos<strong>de</strong> serviço, preservação da faixa <strong>de</strong> domínio, uso e ocupação do solo nas <strong>faixas</strong>lin<strong>de</strong>iras, etc.;– o ca<strong>das</strong>tro físico <strong>das</strong> travessias, através <strong>de</strong> serviços aerofotogramétricos etopográficos, para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>das</strong> interseções e acessos existentes, e <strong>de</strong> outrosdispositivos <strong>de</strong> engenharia <strong>de</strong> tráfego;– <strong>de</strong>terminação do volume <strong>de</strong> tráfego longitudinal e dos principais fluxos <strong>de</strong>transposição da rodovia por veículos e pe<strong>de</strong>stres.b) Coleta e exame da documentação existente, para conhecimento <strong>de</strong> planos diretoresmunicipais e outros programas municipais, estaduais ou do governo fe<strong>de</strong>ral, cujaimplementação possa <strong>de</strong> alguma forma impactar o tráfego <strong>de</strong> veículos e pe<strong>de</strong>stresnestes locais.c) Análise dos registros <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> suas características eprováveis causas, localização <strong>de</strong> pontos críticos, etc.IPA – 04 – Travessia Urbanas e Preservação RodoviáriaMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 49d) Consultas preliminares para ouvir o pleito <strong>das</strong> autorida<strong>de</strong>s municipais e dacomunida<strong>de</strong>.e) Elaboração <strong>das</strong> diretrizes básicas <strong>de</strong> projeto, objetivando evitar ou mitigar impactosambientais.f) Desenvolvimento do Plano Funcional <strong>das</strong> travessias urbanas, contemplando diferentesalternativas <strong>de</strong> projeto, incluindo, quando pertinente, a proposição <strong>de</strong> novo traçado parao contorno do núcleo urbano em estudo.g) Reuniões com autorida<strong>de</strong>s municipais e comunida<strong>de</strong> para discussão do PlanoFuncional proposto.h) Elaboração do Anteprojeto <strong>das</strong> travessias urbanas com a incorporação <strong>das</strong> sugestõespertinentes.i) Realização <strong>de</strong> novas roda<strong>das</strong> <strong>de</strong> negociação com as comunida<strong>de</strong>s afeta<strong>das</strong>.j) Elaboração do Projeto Final <strong>de</strong> Engenharia <strong>das</strong> travessias urbanas, contendo todos osdispositivos físicos necessários para a mitigação dos impactos ambientais i<strong>de</strong>ntificados.Convém <strong>de</strong>stacar que, como resultado <strong>das</strong> consultas às autorida<strong>de</strong>s municipais ecomunida<strong>de</strong> local nas diversas fases <strong>de</strong> elaboração do projeto <strong>de</strong> engenharia, váriasmodificações po<strong>de</strong>m ser introduzi<strong>das</strong> no projeto <strong>de</strong> travessias urbanas.Exemplificando, tem-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> alterações na localização <strong>de</strong> interseções, a indicação <strong>de</strong>novos dispositivos como passarelas e passagens inferiores e até mesmo o prolongamentoda extensão <strong>de</strong> alguns viadutos, no intuito <strong>de</strong> reduzir a segregação urbana eprincipalmente a intrusão visual.Admite-se a colaboração <strong>de</strong> órgãos rodoviários com a Prefeitura envolvida, efetivadaatravés <strong>de</strong> Convênios, quer no auxílio ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um Plano Diretor, quer napavimentação <strong>de</strong> uma rua local, ou em outra ativida<strong>de</strong> que contribua para os fins<strong>de</strong>sejados.3.2 MODIFICAÇÕES NO USO E OCUPAÇÃO DO SOLOEstas alterações po<strong>de</strong>m proporcionar efeitos traumatizantes tanto à via quanto àcomunida<strong>de</strong> em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> impactos, tais como:a) <strong>de</strong>struição ou ruptura <strong>de</strong> valores estéticos, com perda <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da paisagemurbana;b) <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> sítios <strong>de</strong> valor arquitetônico, urbanístico e/ou paisagístico;c) invasão <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>socupa<strong>das</strong> e;d) intensificação da ocupação <strong>de</strong> áreas, através da alteração <strong>de</strong> uso, migração,favelização, redução <strong>de</strong> receita <strong>de</strong> pequenas empresas, <strong>de</strong>semprego, além <strong>de</strong> outrotipos <strong>de</strong> impactos.IPA – 04 – Travessia Urbanas e Preservação RodoviáriaMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 50Deste modo, a fim <strong>de</strong> atenuar tais situações, recomenda-se medi<strong>das</strong> mitigadoras que seseguem:a) recomposição paisagística observando, sempre que possível, características originais e<strong>de</strong> acordo com a vocação <strong>das</strong> comunida<strong>de</strong>s afeta<strong>das</strong>;b) evitar a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> sítios <strong>de</strong> valor arquitetônico, urbanístico e/ou paisagístico, poisnão há como mitigar o efeito negativo;c) estabelecer mecanismos no sentido <strong>de</strong> evitar o conflito espaço viário x espaço urbano;d) sugerir e colaborar com a municipalida<strong>de</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento do plano diretor;e) colaborar com a municipalida<strong>de</strong> na obtenção <strong>de</strong> recursos para a implantação da infraestruturaurbana;f) construção <strong>de</strong> ciclovias para coibir o trânsito <strong>de</strong> bicicletas nos acostamentos;g) introdução <strong>de</strong> dispositivos inibidores da velocida<strong>de</strong> do tráfego.As vias próximas a núcleos urbanos, como as estra<strong>das</strong> <strong>de</strong> contorno, merecem as mesmaspreocupações, exigindo ações junto à municipalida<strong>de</strong>, visando o or<strong>de</strong>namento do solo nassuas <strong>faixas</strong> lin<strong>de</strong>iras, e a implementação da infra-estrutura necessária para a ocupação<strong>de</strong>stas áreas.Dentre as disposições utiliza<strong>das</strong> para mitigar os impactos estão:a) Sinalização horizontal e verticalA sinalização permanente, composta por placas, painéis, marcas no pavimento eelementos auxiliares, constitui-se num sistema <strong>de</strong> dispositivos fixos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> tráfegoque, por sua simples presença no ambiente operacional <strong>de</strong> uma via, regulam, advertem eorientam os seus usuários. Há uma dificulda<strong>de</strong> crescente em se atrair a atenção dosusuários para a sinalização permanente da via, o que requer projetos atualizados, oemprego <strong>de</strong> novas técnicas e materiais e correta manutenção, atualmente tratada comoengenharia <strong>de</strong> sinalização.b) Melhoria <strong>de</strong> acessos, retornos e interseçõesOs acessos <strong>de</strong>vem prever sinalização a<strong>de</strong>quada e comprimentos <strong>de</strong> <strong>faixas</strong> <strong>de</strong> aceleraçãoe <strong>de</strong>saceleração compatíveis com a velocida<strong>de</strong> diretriz <strong>de</strong> via. Além dos aspectos docomprimento da faixa <strong>de</strong> <strong>de</strong>saceleração e na outra pista da faixa <strong>de</strong> aceleração, osretornos <strong>de</strong>vem levar em consi<strong>de</strong>ração o refúgio para a formação da fila da espera, paracomportar o número <strong>de</strong> veículos que aguarda a transposição da faixa <strong>de</strong> mesmo sentido epenetrar na corrente <strong>de</strong> tráfego <strong>de</strong> sentido contrário. No caso <strong>de</strong> pista simples e mãodupla, a caixa <strong>de</strong> espera, <strong>de</strong>ve ser prevista no acostamento, ou através <strong>de</strong> trevo em nível.As melhorias nas interseções são <strong>de</strong>termina<strong>das</strong> pelas intensida<strong>de</strong>s e composição dosfluxos <strong>de</strong> tráfego que se interceptam, pelas manobras e conflitos que geram. Para osdiversos tipos <strong>de</strong> interseções, po<strong>de</strong> ser necessário acrescentar a canalização do tráfegoou o alargamento <strong>das</strong> <strong>faixas</strong>. O tipo canalizado é aquele que possui sinalizaçãoIPA – 04 – Travessia Urbanas e Preservação RodoviáriaMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 51horizontal ou pequenas ilhas <strong>de</strong> canalização do tráfego distribuí<strong>das</strong> na interseção.Depen<strong>de</strong>ndo da intensida<strong>de</strong> dos fluxos <strong>de</strong> tráfego que se interceptam, po<strong>de</strong> sernecessária a adoção <strong>de</strong> sinalização horizontal, vertical ou semafórica para controle dotráfego, visando dotar a interseção <strong>de</strong> condições a<strong>de</strong>qua<strong>das</strong> <strong>de</strong> tráfego e <strong>de</strong> segurança.Quando há interseções <strong>de</strong> ramos múltiplos e vários conflitos, <strong>de</strong>ntro da área urbana,mesmo com pequeno espaçamento, a melhoria é a colocação <strong>de</strong> uma rotatória que po<strong>de</strong>ser implantada apenas com pintura no pavimento e <strong>de</strong>limitadores, através da canalizaçãodo tráfego, ou construção física da ilha central.c) Eliminação <strong>de</strong> estacionamentos e para<strong>das</strong>Um veículo parado ou estacionado no acostamento é um elemento contribuinte para umaci<strong>de</strong>nte. Os estacionamentos e as para<strong>das</strong> irregulares <strong>de</strong>vem ser i<strong>de</strong>ntificados eeliminados, a fim <strong>de</strong> preservar a segurança e a flui<strong>de</strong>z do tráfego. Normalmente nas áreasurbanas, carentes <strong>de</strong> estacionamento regulares, há vários veículos parados em locaisproibidos que afeiam sensivelmente a segurança. A eliminação do estacionamentoirregular e o controle <strong>das</strong> para<strong>das</strong> dos ônibus trazem consi<strong>de</strong>ráveis melhorias àsegurança, à acessibilida<strong>de</strong> e à mobilida<strong>de</strong>.d) Canalização do tráfegoA canalização do tráfego representa a separação ou a regulamentação e odirecionamento dos movimentos conflitantes do tráfego em trajetórias bem <strong>de</strong>fini<strong>das</strong>,através do uso <strong>de</strong> marcas no pavimento (sinalização horizontal), ilhas <strong>de</strong> canalização,separação e direcionamento <strong>de</strong> <strong>faixas</strong> com a utilização tachões, reflexivos ou não,pequenas ilhas, ou outros meios, visando incrementar a segurança e or<strong>de</strong>nar osmovimentos, tanto <strong>de</strong> veículos quanto <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres. Quando forem utiliza<strong>das</strong> ilhas físicas,estas <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>limita<strong>das</strong> por meios-fios. Em alguns casos a utilização <strong>de</strong> barreiraspara proteção <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres po<strong>de</strong>m ser necessárias.e) Redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>A instalação <strong>de</strong> dispositivos redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> é um dos meios mais eficazes quese tem para melhoria <strong>das</strong> condições <strong>de</strong> segurança. São vários os elementos que se po<strong>de</strong>lançar mão para efetuar a transição <strong>das</strong> altas velocida<strong>de</strong>s da via rural, para velocida<strong>de</strong>scompatíveis com a área urbana, <strong>de</strong>ntre os quais po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>stacados:− sinalização vertical <strong>de</strong> advertência <strong>de</strong> aproximação do perímetro urbano;− sinalização vertical <strong>de</strong> redução do limite <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>;− sinalização horizontal, através da construção <strong>de</strong> <strong>faixas</strong> transversais <strong>de</strong> sonorização,com a utilização <strong>de</strong> tachas reflexivas;− instalação <strong>de</strong> dispositivo eletrônico (ITS) para controle <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> queutilizado com bom senso no estabelecimento <strong>das</strong> velocida<strong>de</strong>s máximas permiti<strong>das</strong>.− dispositivos <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Tráfego (Traffíc Calmíng), tais como:• estreitamento <strong>de</strong> pista com restrição lateralIPA – 04 – Travessia Urbanas e Preservação RodoviáriaMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 52• lomba<strong>das</strong> baixas e longas com extensão aproximada <strong>de</strong> 3,70m (road humps)• acessos e divisão <strong>de</strong> pistas com canteiro central (gateways)• câmaras <strong>de</strong>tetoras <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s (speed cameras)• <strong>de</strong>flexões horizontais no pavimento• pavimento diferenciado3.3 SEGREGAÇÃO URBANAEste impacto caracteriza-se pela perda total ou parcial <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> a ativida<strong>de</strong>s taiscomo escolas, comércio, postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, etc. Como medi<strong>das</strong> mitigadoras recomen<strong>das</strong>e:a) criar canais <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> (para veículos e pe<strong>de</strong>stres) consi<strong>de</strong>rando-se apossibilida<strong>de</strong> do rebaixamento da pista, mantendo acessos nas superfícies. Esta seriaa solução i<strong>de</strong>al, anular não só o impacto <strong>de</strong> segregação urbana, como o dos acessosin<strong>de</strong>vidos e da intrusão visual, mitigando ainda os produzidos por ruídos e vibrações,etc.;b) na impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rebaixamento da pista, por faltar recursos ou motivos técnicos,tais canais <strong>de</strong>verão ser criados pela utilização <strong>de</strong> semáforos, passagens inferiores oupassarelas;c) colaborar com a municipalida<strong>de</strong> no sentido <strong>de</strong> realocar ativida<strong>de</strong>s, e;d) colaborar com a municipalida<strong>de</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento ou reavaliação do plano diretor.3.4 INTRUSÃO VISUALCaracterizam a intrusão visual o impedimento da visualização, parcial ou total, dapaisagem urbana, ou <strong>de</strong> paisagem esteticamente <strong>de</strong>sagradável.Para mitigar estes efeitos recomenda-se:a) propor projetos <strong>de</strong> engenharia esteticamente a<strong>de</strong>quados à paisagem urbana;b) criar <strong>faixas</strong> <strong>de</strong> domínio em função do grau <strong>de</strong> obstrução visual;c) utilizar vegetação em especial barreiras vegetais, e;d) consi<strong>de</strong>rar o <strong>de</strong>senho e aparência estética dos equipamentos complementar à via(postes, placas, semáforos, etc.).Face ao exposto, recomenda-se que se realize esforços no sentido <strong>de</strong> tentar visualizar ecompreen<strong>de</strong>r a interação dos impactos gerados pelo conflito espaço viário x espaçourbano, os efeitos negativos e as medi<strong>das</strong> que <strong>de</strong>verão ser adota<strong>das</strong> para mitigá-los.IPA – 04 – Travessia Urbanas e Preservação RodoviáriaMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 533.5 PAISAGISMOConsi<strong>de</strong>rando-se que as preocupações do DNIT quanto à ocupação or<strong>de</strong>nada <strong>das</strong> <strong>faixas</strong><strong>de</strong> domínio e lin<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> suas rodovias, também encerram aspectos estéticos, o recursoao Paisagismo Rodoviário conforme instruído na IPA-01, <strong>de</strong>verá ser utilizado, não só peloseu valor próprio, tendo em vista que uma vizinhança esteticamente agradável é sempre<strong>de</strong>sejada, mas também como instrumento para:a) canalização <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres;b) sinalização viva;c) impedir a visão <strong>de</strong> paisagens antiestéticas, como áreas <strong>de</strong>grada<strong>das</strong>, favelas, etc.;d) recobrimento vegetal, e;e) revestimento dos acessos <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres lisos e <strong>de</strong>sempenados.4 BIBLIOGRAFIAa) ARY, José Carlos Aziz et al. Tratamento <strong>das</strong> travessias rodoviárias em áreas urbanas.Brasília: GEIPOT, 1986.b) BELLIA, Vitor; BIDONE, Edson D. Rodovias, recursos naturais e meio ambiente.Niterói: EdUFF; Brasília: DNER, 1993.c) BRASIL. Departamento Nacional <strong>de</strong> Estra<strong>das</strong> <strong>de</strong> Rodagem. Diretoria <strong>de</strong>Desenvolvimento Tecnológico. Divisão <strong>de</strong> Capacitação Tecnológica. IS – 216: instrução<strong>de</strong> serviço para projeto <strong>de</strong> paisagismo. In: ______. Diretrizes básicas para elaboração<strong>de</strong> estudos e projetos rodoviários (escopos básicos/instruções <strong>de</strong> serviço). Rio <strong>de</strong>Janeiro, 199. p. 211-215. (<strong>IPR</strong>. Publ., 707).d) ______. Diretoria <strong>de</strong> Operações Rodoviárias. Divisão <strong>de</strong> Engenharia e Segurança <strong>de</strong>Trânsito. Instruções para autorização e construção <strong>de</strong> acesso as rodovias fe<strong>de</strong>rais:aprovado pelo Conselho <strong>de</strong> Administração em sua sessão n. 17 <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong>1991, conforme resolução 18/91. Brasília, 1991.e) TRINTA, Z. A. Contribuição ao estudo <strong>das</strong> travessias urbanas. 2001. Tese (Mestrado) –Coor<strong>de</strong>nação dos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>de</strong> Engenharia, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>raldo Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2001.f) ______. Impactos ambientais provocados pelo trânsito urbano. Revista eletrônica <strong>de</strong>administração, Rio <strong>de</strong> Janeiro, ago. 2002.g) ______; RIBEIRO, P. C. M. Análise <strong>de</strong> configuração viária <strong>das</strong> travessias urbanas. In:CONGRESSO RIO DE TRANSPORTES, 1., 2003, Rio <strong>de</strong> Janeiro. Anais... Rio <strong>de</strong>Janeiro: FIRJAN, 2003.IPA – 04 – Travessia Urbanas e Preservação RodoviáriaMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


551 INTRODUÇÃOA remoção do lixo urbano é responsabilida<strong>de</strong> dos municípios, bem como a seleção <strong>das</strong>áreas utiliza<strong>das</strong> para esta finalida<strong>de</strong>.A medida que as cida<strong>de</strong>s crescem, passa a agravar-se o problema relativo ao volume <strong>de</strong>lixo a ser coletado diariamente, bem como a escolha do local a<strong>de</strong>quado, afastado da áreaurbana e com acesso permanente, <strong>de</strong> forma a ser utilizada como aterro sanitário (lixão).Caso as áreas seleciona<strong>das</strong> encontrem-se localiza<strong>das</strong> nas <strong>faixas</strong> lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> rodoviasfe<strong>de</strong>rais, <strong>de</strong>verão ser apresentados estudos para solicitação da autorização dos acessos,<strong>de</strong> acordo com as exigências preconiza<strong>das</strong> nas normas do DNIT.2 OBJETIVOComo os aterros sanitários costumam ser executados em áreas lin<strong>de</strong>iras e, às vezes, naprópria faixa <strong>de</strong> domínio <strong>das</strong> rodovias, caberá as Unida<strong>de</strong>s Regionais do DNIT, evitar queestes prejudiquem a segurança do tráfego e o conforto dos usuários.Deverão ser realiza<strong>das</strong> gestões com as autorida<strong>de</strong>s municipais e órgãos responsáveispelo controle <strong>ambiental</strong> da área, a fim <strong>de</strong> removê-los <strong>das</strong> imediações <strong>das</strong> rodoviasfe<strong>de</strong>rais.3 SELEÇÃO DE ÁREAS ADEQUADASAs áreas a serem seleciona<strong>das</strong> para utilização como aterros sanitários (lixão) <strong>de</strong>verãosituar-se fora da área <strong>de</strong> influência direta <strong>das</strong> rodovias, evitando-se impactos ambientaisnegativos, tanto quanto à segurança do tráfego e ao conforto do usuário, como aosreferentes às poluições visual , do ar e do lençol freático, invocativos <strong>de</strong> odores<strong>de</strong>sagradáveis, e proliferação <strong>de</strong> vetores in<strong>de</strong>sejáveis, como ratos, mosquitos e répteisetc.Caberá à Prefeitura interessada selecionar as áreas utiliza<strong>das</strong> como aterro sanitário,<strong>de</strong>vendo provi<strong>de</strong>nciar os elementos necessários à solicitação da autorização para aconstrução dos acessos.Para atendimento <strong>das</strong> exigências preconiza<strong>das</strong> nas Normas do DNIT, <strong>de</strong>verão serconsi<strong>de</strong>rados os seguintes aspectos:a) os acessos <strong>de</strong>verão ser projetados aten<strong>de</strong>ndo as exigências relativas às distânciasmínimas <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> exigi<strong>das</strong> para a manutenção da segurança do tráfego;


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 56b) <strong>de</strong>verão ser obe<strong>de</strong>ci<strong>das</strong> as distâncias mínimas em relação a pontes, viadutos, túneis einterseções.Para a seleção <strong>das</strong> áreas dos aterros sanitários recomenda-se:a) as áreas seleciona<strong>das</strong> para a execução <strong>de</strong> aterros sanitários não po<strong>de</strong>rão sersusceptíveis à cheias e alagamentos, <strong>de</strong>vendo o terreno apresentar <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>satisfatória para a drenagem.b) não po<strong>de</strong>rão estar localiza<strong>das</strong> nas proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nascentes, cursos d'águas, corposhídricos etc, e;c) não <strong>de</strong>verão estar situados nas proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> núcleos populacionais.4 ATERROS SANITÁRIOS EXISTENTES NAS ÁREAS LINDEIRASNos casos <strong>de</strong> aterros sanitários existentes, on<strong>de</strong> estejam ocorrendo prejuízos para otráfego e para a segurança dos usuários da rodovia, <strong>de</strong>verão ser realiza<strong>das</strong> injunções nosentido <strong>de</strong> transferi-los, levando a efeito a <strong>de</strong>sapropriação da área, caso necessário.5 TRANSPORTE DE LIXO E ENTULHODeverá ser atribuição da Unida<strong>de</strong> Regional, com jurisdição sobre o trecho on<strong>de</strong> o mesmose situar, observar a eventual perda <strong>de</strong> material transportado ao trafegar nas rodovias,evitando o excesso <strong>de</strong> carregamento dos veículos, bem como a exigência <strong>de</strong> cobertura<strong>das</strong> caçambas ou carrocerias dos caminhões, com lonas.A Polícia Rodoviária Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>verá ser acionada para as ações punitivas junto aosresponsáveis pelo transporte incorreto verificado.6 DESCARGA DE ENTULHOSDeverá ser impedida a <strong>de</strong>scarga na faixa <strong>de</strong> domínio <strong>das</strong> rodovias fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> entulhoproveniente <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, ou outros <strong>de</strong> qualquer espécie.7 BIBLIOGRAFIAa) BRASIL. Departamento Nacional <strong>de</strong> Estra<strong>das</strong> <strong>de</strong> Rodagem. Diretoria <strong>de</strong> OperaçõesRodoviárias. Divisão <strong>de</strong> Engenharia e Segurança <strong>de</strong> Trânsito. Instruções paraautorização e construção <strong>de</strong> acesso as rodovias fe<strong>de</strong>rais: aprovado pelo Conselho <strong>de</strong>Administração em sua sessão n. 17 <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1991, conforme resolução18/91. Brasília, 1991.b) ______. Diretoria <strong>de</strong> Planejamento. Divisão <strong>de</strong> Estudos e Projetos; PRODEC. Manual<strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> consultoria para estudos e projetos rodoviários. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1978. 2v. em 8.IPA – 05 – Aterros Sanitários e Poluição FísicaMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


571 INTRODUÇÃOO Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos, <strong>de</strong>verá ser efetivado ao longo <strong>de</strong> todo o período davida úitl <strong>de</strong> empreendimentos rodoviários, <strong>de</strong>vendo enfocar as condições ambientais dosterrenos expostos, que sofreram alterações no relevo e no sistema natural <strong>de</strong> drenagem,ao longo da Faixa <strong>de</strong> Domínio.Essas ações, associa<strong>das</strong> à retirada da vegetação protetora, à movimentação <strong>de</strong> solos erochas, à extensão e características morfológicas e geológicas <strong>das</strong> áreas impacta<strong>das</strong>,resultam em alterações nos processos do meio físico, principalmente em locais sensíveisque po<strong>de</strong>m se manifestar em erosões laminares e lineares intensas, ravinamentos,voçorocamentos, assim como em instabilização <strong>de</strong> encostas e maciços, levando acenários <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação <strong>ambiental</strong>.No contexto da execução <strong>de</strong> serviços em obras, o controle dos processos erosivos éfundamental para evitar a formação <strong>de</strong> focos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação incipientes e requer aadoção <strong>de</strong> cuidados operacionais, que procurem evitar ao máximo a sua ocorrência,particularmente, em situações que envolvam:− Obras <strong>de</strong> Terraplenagem− Obras <strong>de</strong> Drenagem;− Execução <strong>de</strong> Aterros, Cortes e Bota-foras;− Exploração <strong>de</strong> Jazi<strong>das</strong> e Caixas <strong>de</strong> Empréstimo;− Instalação e Operação <strong>de</strong> Canteiros <strong>de</strong> Obra, Instalações Industriais e Equipamentosem Geral;− Execução <strong>de</strong> Desmatamento e Limpeza <strong>de</strong> Terrenos;− Implantação e Operação <strong>de</strong> Caminhos <strong>de</strong> Serviço;2 OBJETIVOSEsta Instrução tem por objetivo elencar as ações operacionais preventivas e corretivas<strong>de</strong>stina<strong>das</strong> a promover o controle dos processos erosivos <strong>de</strong>correntes da obra, e evitarproblemas <strong>de</strong> instabilização <strong>de</strong> encostas e maciços, enfocando, principalmente na Faixa<strong>de</strong> Domínio, as áreas <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cortes e aterros, áreas <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong>construção e bota-foras, áreas <strong>de</strong> canteiros <strong>de</strong> obras e <strong>de</strong> caminhos <strong>de</strong> serviço, <strong>de</strong>ntreoutras, que pela inexistência <strong>de</strong> um manejo a<strong>de</strong>quado do solo, ou do sub-


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 58dimensionamento da drenagem, po<strong>de</strong>m acarretar riscos à integrida<strong>de</strong> <strong>das</strong> estruturas daRodoviaAs ações operacionais visam a promover a recomposição do equilíbrio em áreasporventura <strong>de</strong>sestabiliza<strong>das</strong> e com processos erosivos <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ados, como tambémevitar a instalação <strong>de</strong>sses processos, contribuindo para a redução da perda <strong>de</strong> solos e doassoreamento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem.Tais ações se traduzem na implementação <strong>de</strong> um elenco <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> e dispositivosa<strong>de</strong>quados (durante a fase <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> obras ), associado a um conjunto <strong>de</strong>condicionantes a serem observados no processo construtivo, que possibilitam reduzir assituações específicas <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> processos erosivos laminares, lineares e<strong>de</strong> processos ativos pré-existentes, assim como <strong>de</strong> estabilizações, que possam vir acomprometer o corpo estradal ou atingir áreas limítrofes.Dentre os elementos preventivos a serem consi<strong>de</strong>rados, <strong>de</strong>stacam-se como maisimportantes os correspon<strong>de</strong>ntes a:a) Adoção, para os talu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cortes e aterros e nas caixas <strong>de</strong> empréstimo, jazi<strong>das</strong> ebota-foras, <strong>de</strong> conformação geométrica compatível com as características geotécnicasdos materiais e com a topografia <strong>das</strong> áreas limítrofes;b) Definição <strong>de</strong> estruturas e dispositivos físicos <strong>de</strong> drenagem a serem incorporados àinfraestrutura viária do trecho (bueiros, sarjetas, <strong>de</strong>sci<strong>das</strong> d’água, valetas, dissipadores<strong>de</strong> energia etc), com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controlar o fluxo <strong>das</strong> águas pluviais superficiais eprofun<strong>das</strong>;c) Associar a estas estruturas <strong>de</strong> drenagem barreiras vegetais para controle <strong>de</strong>enxurra<strong>das</strong>, redução da intensida<strong>de</strong> do fluxo d’água, retenção <strong>de</strong> sedimentos e <strong>de</strong>tritos,protegendo estes dispositivos <strong>de</strong> assoreamento e redução <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong>operacional, além <strong>de</strong> contribuir para a melhor conservação e redução <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>manutenção;d) Barreiras vegetais eficientes e comprova<strong>das</strong> são forma<strong>das</strong> por linhas <strong>de</strong> Capim Vetiver,bambu e taquara, que também contribuem para o reforço natural do subsolo com suasre<strong>de</strong>s <strong>de</strong> raízes;e) Recuperação da cobertura vegetal para a proteção <strong>das</strong> superfícies expostas à ação<strong>das</strong> águas pluviais, a regularização e redução do escoamento superficial e o aumentodo tempo <strong>de</strong> absorção da água pelo subsolo, contribuindo no controle dos processoserosivos e <strong>de</strong> instabilização e evitando o carreamento <strong>de</strong> sedimento às linhas <strong>de</strong>drenagem;f) Definição <strong>de</strong> estruturas físicas apropria<strong>das</strong> a serem implanta<strong>das</strong> em locais/situaçõesespecíficas, dita<strong>das</strong> pela interferência do traçado já <strong>de</strong>finido com locais <strong>de</strong> ecodinâmicasuscetível à alteração nos processos do meio físico, causada pelas intervençõesnecessárias à execução <strong>das</strong> obras ou por agentes outros.IPA – 06 – Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos na Faixa <strong>de</strong> DomínioMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 59Cumpre observar que as finalida<strong>de</strong>s dos elementos acima <strong>de</strong>stacados, mutuamente seintegram e/ou contribuem, em termos práticos, para o alcance dos objetivos <strong>de</strong>steControle Ambiental, na medida em que:a) O emprego <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> drenagem provisórios ou <strong>de</strong>finitivos revestidos em geral<strong>de</strong> concreto associados sempre a barreiras vegetais, resistindo <strong>de</strong>vidamente avolumes/velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escoamento elevados e canalizando as águas superficiais,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os pontos <strong>de</strong> captação até os talvegues naturais, constituem-se em elementospreventivos no sentido <strong>de</strong> proteger as áreas objeto <strong>de</strong> recuperação <strong>ambiental</strong> dosfluxos mais concentrados, levando à proteção do meio ambiente ao longo <strong>de</strong> toda vidaútil da Rodovia;b) O revestimento vegetal – barreiras e cobertura superficial (ação <strong>de</strong>stacada naelaboração da Instrução <strong>de</strong> Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>), executado sobre osolo <strong>de</strong>vidamente reconformado, oferece a proteção e controle <strong>de</strong> caráter extensivocontra os processos erosivos (para os baixos volumes específicos e velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>escoamento <strong>das</strong> águas), favorecendo o encaminhamento <strong>das</strong> águas até os locais <strong>de</strong>captação dos dispositivos <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong>finidos nesta Instrução;Da mesma maneira, cabe registrar que, para efeito <strong>de</strong> caracterização da abrangência doControle Ambiental em foco, estabelece-se o seguinte:a) As ações operacionais preventivas e corretivas menciona<strong>das</strong> no inicio <strong>de</strong>ste Item,quando <strong>de</strong>stina<strong>das</strong> a contemplar ocorrências <strong>de</strong>ntro da Faixa <strong>de</strong> Domínio integrarão oProjeto Ambiental <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos;b) As ações operacionais preventivas e corretivas menciona<strong>das</strong> no inicio <strong>de</strong>ste Item,quando <strong>de</strong>stina<strong>das</strong> a contemplar ocorrências fora da Faixa <strong>de</strong> Domínio, integrarão oProjeto Ambiental <strong>de</strong> Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS3.1 A LINHA METODOLÓGICAA linha metodológica adotada na elaboração do Projeto <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> ProcessosErosivos apoia-se em especificações consagra<strong>das</strong> pelo DNIT e retrata<strong>das</strong> nos ManuaisTécnicos - Manual <strong>de</strong> Projeto <strong>de</strong> Engenharia Rodoviária, Manual <strong>de</strong> Hidrologia e Manual<strong>de</strong> Drenagem; que ordinariamente, e <strong>de</strong> uma forma geral, contemplam ou envolvem umasérie <strong>de</strong> procedimentos específicos, a seguir sumariamente abordados na forma dos itens3.1.1 a 3.1.4.3.1.1 A IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS CARACTERIZADORES DA REGIÃO, EM TERMOS DECOMPONENTES CLIMÁTICOS, DE RELEVO, DOS SOLOS E DA VEGETAÇÃOSobre esses elementos, os quais por suas particularida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m se constituir nascausas geradoras mais freqüentes <strong>de</strong> ocorrências <strong>de</strong> processos erosivos, são pertinentesas seguintes consi<strong>de</strong>rações.IPA – 06 – Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos na Faixa <strong>de</strong> DomínioMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 60a) Chuva – A precipitação pluviométrica, importante indicador do quadro climático, atuana aceleração maior ou menor da erosão, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da sua distribuição mais oumenos regular, no tempo e no espaço, e sua intensida<strong>de</strong>. Chuvas torrenciais oupanca<strong>das</strong> <strong>de</strong> chuvas intensas, constituem a forma mais agressiva <strong>de</strong> impacto da águano solo. Durante estes eventos, a aceleração da erosão é máxima, acirrando processosativos <strong>de</strong> ravinamento e voçorocamento <strong>de</strong> maneira extremamente rápida, criando,muitas vezes, situações emergenciais.b) Relevo – As características do relevo refletem-se na intensificação <strong>de</strong> processoserosivos. Maiores velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> erosão po<strong>de</strong>m ser espera<strong>das</strong> em relevosaci<strong>de</strong>ntados, como morros, do que em relevos suaves, como colinas amplas, pois<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s mais acentua<strong>das</strong> favorecem a concentração e maiores velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>escoamento <strong>das</strong> águas superficiais, aumentando sua capacida<strong>de</strong> erosiva.Associativamente, os serviços <strong>de</strong> terraplenagem nesses terrenos, com retirada ouacúmulo <strong>de</strong> materiais, modificando as condições topográficas, a geometria e o estado<strong>de</strong> tensões originais, seja pelo alívio <strong>de</strong> cargas ou carregamento, po<strong>de</strong>m dar origem aprocessos do meio físico ao <strong>de</strong>sestruturar solos e expor seus horizontes maissensíveis, levando à erosão laminar mais intensa, sulcos, ravinas e, inclusive,voçorocas. Em terrenos inclinados, a modificação da geometria e da resistênciamecânica do solo e da rocha potencializam a formação <strong>de</strong> processos <strong>de</strong>escorregamento ou que<strong>das</strong> <strong>de</strong> blocos, enquanto que, em terrenos sujeitos a rastejos, oprocesso po<strong>de</strong> ser intensificado, particularmente em corpos <strong>de</strong> tálus.c) Solo – A natureza dos solos constitui um dos principais fatores indicativos <strong>das</strong>uscetibilida<strong>de</strong> dos terrenos à erosão. Quando resultantes <strong>de</strong> processos pretéritos <strong>de</strong>erosão, transporte, <strong>de</strong>posição e sedimentação em encostas, formam os tálus oucolúvios, constituídos por composição e granulometria bastante heterogênea e apresença <strong>de</strong> materiais originários <strong>de</strong> matrizes argilosas e arenosas. Esses terrenos sãoaltamente instáveis quando processa<strong>das</strong> alterações em sua geometria (cortes eaterros) e em seu sistema <strong>de</strong> infiltração e percolação <strong>de</strong> água. Quanto mais arenosa atextura do solo, menor o grau <strong>de</strong> coesão <strong>de</strong> suas partículas e maior o potencial <strong>de</strong>instalação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> processos erosivos, comparativamente aos solosargilosos. Esses processos apresentam-se fundamentalmente associados a<strong>de</strong>ficiências do sistema <strong>de</strong> drenagem e da ausência <strong>de</strong> proteção vegetal <strong>de</strong> coberturae/ou barreiras vegetais para contenção <strong>de</strong> enxurra<strong>das</strong>.d) Vegetação – A cobertura vegetal exerce importante papel na estabilida<strong>de</strong> do solo, namedida em que amortece o impacto da chuva, regulariza e reduz o escoamentosuperficial, a remoção e o transporte <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong> solo e favorece a absorção daágua pelo sub-solo. As culturas agrícolas e pastagens oferecem relativa proteçãosuperficial ao solo, embora, em áreas <strong>de</strong>clivosas, essa proteção seja mais efetivaquando há sistemas radiculares profundos quando utiliza-se barreiras vegetais como asproporciona<strong>das</strong> pelo capim Vetiver e por bambus. O manejo ina<strong>de</strong>quado do solo etambém as <strong>de</strong>ficiências na drenagem <strong>de</strong> áreas agrícolas são causas freqüentes dainstalação <strong>de</strong> processos erosivos.IPA – 06 – Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos na Faixa <strong>de</strong> DomínioMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 613.1.2 A DETERMINAÇÃO PRECISA DOS LOCAIS DE INCIDÊNCIAS POTENCIAIS E/OU SUSCETÍVEISÀ INSTALAÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOSNesse tópico são <strong>de</strong>fini<strong>das</strong> as áreas <strong>de</strong> abrangência dos fenômenos passíveis <strong>de</strong>ocorrência, entre as linhas <strong>de</strong> crista e cumeada da elevação até o divisor <strong>de</strong> águas dabacia contribuinte para a região <strong>de</strong> cada local, observando-se:a) Os talvegues a montante do terreno ou com influência na área do corte;b) Os blocos <strong>de</strong> rocha superficiais e suas condições <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> (nessascircunstâncias os blocos <strong>de</strong>verão ser removidos durante as operações <strong>de</strong>terraplenagem ou obras <strong>de</strong> contenção);c) A existência <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s em processo <strong>de</strong> instabilização, on<strong>de</strong> o movimento <strong>de</strong> massaspossa alterar as contribuições dos talvegues para os talu<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>rados;d) A existência <strong>de</strong> sulcos <strong>de</strong> erosão em qualquer estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento;e) O tipo <strong>de</strong> recobrimento vegetal, a existência ou não <strong>de</strong> barreiras vegetais específicaspara contenção <strong>de</strong> enxurra<strong>das</strong>) e o mapeamento <strong>de</strong>talhado <strong>das</strong> diferentes espéciesocorrentes;f) O mapeamento <strong>das</strong> áreas <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> afloramentos rochosos com os seusrespectivos estágios <strong>de</strong> alteração, a tipologia da rocha e outras particularida<strong>de</strong>snotáveis como fraturas, friabilida<strong>de</strong> etc.;g) As áreas mais eleva<strong>das</strong> com conformação <strong>de</strong> contrafortes <strong>de</strong>finidores <strong>das</strong> bacias <strong>de</strong>captação <strong>de</strong> precipitações pluviométricas;h) O zoneamento <strong>das</strong> ocorrências <strong>de</strong> horizontes <strong>de</strong> solos diferenciados como colúvios,solos residuais, <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> tálus;i) O levantamento topográfico e geológico-geotécnico-pedológico do talu<strong>de</strong>, i<strong>de</strong>ntificandosua altura ou localização estratégica, on<strong>de</strong> os efeitos da erosão comprometam aintegrida<strong>de</strong> local. Os estudos <strong>de</strong>verão consi<strong>de</strong>rar os perfis topográficos obtidos aolongo <strong>de</strong> planos ortogonais ao talu<strong>de</strong> até as linhas <strong>de</strong> cumea<strong>das</strong>, mapeando os váriostipos <strong>de</strong> solos (residual, coluvial, sedimentar, <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> tálus) e as anomaliasgeológicas como intrusões, diques, <strong>de</strong>rrames basálticos, dobras, falhas, fraturamento,grau <strong>de</strong> alteração etc, e padrões <strong>de</strong> drenagem. Deve-se complementar comdiagnósticos <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> sob o ponto <strong>de</strong> vista geológico, risco geotécnico e riscohidrológico3.1.3 A DEFINIÇÃO DAS MEDIDAS PREVENTIVAS E/OU CORRETIVAS A SEREM IMPLANTADASPARA O CONTROLE DE EROSÕES E DOS PROCESSOS DE ESTABILIZAÇÃOEstas medi<strong>das</strong> têm por objetivo evitar a instalação <strong>de</strong> processos do meio físico oureintegrar as áreas trata<strong>das</strong> à paisagem original, com a atenuação ou eliminação <strong>de</strong> áreaspropensas a processos erosivos e/ou <strong>de</strong> instabilização e se materializam através <strong>das</strong>soluções <strong>de</strong>fini<strong>das</strong> no Projeto <strong>de</strong> Engenharia, nos capítulos correspon<strong>de</strong>ntes a ObrasComplementares, a Drenagem, a Obras <strong>de</strong> Arte Correntes e outros Componentes. São,IPA – 06 – Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos na Faixa <strong>de</strong> DomínioMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 62assim, <strong>de</strong>finidos procedimentos ordinários bem como o emprego <strong>de</strong> dispositivosespecíficos, cuja utilização é prática consagrada, na Engenharia Rodoviária.3.1.4 O ESTABELECIMENTO DE UM ELENCO DE CONDICIONANTES, DISPONDO SOBREATIVIDADES DIRETAMENTE OU INDIRETAMENTE RELACIONADAS COM AS OBRASDestas condicionantes, instituí<strong>das</strong> através <strong>de</strong> Especificações Complementares, a seremrigorosamente observa<strong>das</strong> durante a execução <strong>das</strong> obras, para aten<strong>de</strong>r à preservação<strong>ambiental</strong> em seus múltiplos aspectos, cabe <strong>de</strong>stacar o seguinte:a) Aten<strong>de</strong>r entre Outras, as Seguintes Orientações Relativamente àsInstalações/Construções <strong>das</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Apoio:– A área <strong>de</strong> implantação dos canteiros não po<strong>de</strong> ser susceptível à instalação <strong>de</strong>processos erosivos;– A instalação do canteiro <strong>de</strong> obras <strong>de</strong>verá contemplar a implantação <strong>de</strong> um sistema<strong>de</strong> drenagem específico para cada local, <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> erosão específico, e <strong>de</strong>estabilização, <strong>de</strong>ntre outros;– As áreas seleciona<strong>das</strong> para a abertura <strong>de</strong> trilhas, caminhos <strong>de</strong> serviço e entra<strong>das</strong> <strong>de</strong>acesso não <strong>de</strong>vem ser susceptíveis a processos erosivos;– As áreas <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> jazi<strong>das</strong> e caixas <strong>de</strong> empréstimo não po<strong>de</strong>m sersusceptíveis a cheias e inundações, bem como as áreas <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> jazi<strong>das</strong> <strong>de</strong>materiais argilosos não <strong>de</strong>vem apresentar lençol freático aflorante;– As áreas <strong>de</strong>stina<strong>das</strong> à implantação <strong>de</strong> usinas e britagem, à abertura <strong>de</strong> trilhas,caminhos <strong>de</strong> serviço e estra<strong>das</strong> <strong>de</strong> acesso, para instalação <strong>de</strong> jazi<strong>das</strong> e caixas <strong>de</strong>empréstimo e áreas terraplena<strong>das</strong> e <strong>de</strong> bota-fora não po<strong>de</strong>m estar sujeitas àsinstabilida<strong>de</strong>s físicas passíveis <strong>de</strong> ocorrência em cotas superiores, como porexemplo escorregamentos <strong>de</strong> materiais instáveis.b) Adotar, entre Outros, os Seguintes Procedimentos no que respeito as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>cunho operacional:– Respeitar a legislação <strong>de</strong> uso e ocupação do solo vigente nos municípios envolvidos.Nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>smatamento e <strong>de</strong> limpeza <strong>de</strong> terrenos, respeitar a legislação <strong>de</strong>uso e ocupação do solo vigente nos municípios envolvidos.– Planejar previamente os serviços <strong>de</strong> terraplenagem.– Os serviços <strong>de</strong> terraplenagem <strong>de</strong>verão ser objeto <strong>de</strong> planejamento prévio, com afinalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se evitar e/ou minimizar a exposição <strong>de</strong>snecessária dos solos à ação,principalmente, <strong>das</strong> águas superficiais.– Condicionar a abertura <strong>de</strong> novas frentes <strong>de</strong> obras à ocorrência <strong>de</strong> condiçõesclimáticas satisfatórias.IPA – 06 – Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos na Faixa <strong>de</strong> DomínioMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 63O engenheiro responsável pela obra, <strong>de</strong>verá ter acesso aos dados meteorológicos daregião, evitando, sempre que possível, a abertura <strong>de</strong> novas frentes quando houverprevisão <strong>de</strong> chuvas intensas num curto período <strong>de</strong> tempo, <strong>de</strong>vendo:– Limitar o <strong>de</strong>smatamento.Orientar e limitar o <strong>de</strong>smatamento ao estritamente necessário à implantação <strong>das</strong>obras na faixa estradal (pista + acostamento + aceiros laterais).– Limitar a abertura <strong>de</strong> canchas.Deverá ser limitada ao máximo a abertura <strong>de</strong> novas frentes, sem que as já abertas,terraplenagem do corpo estradal, drenagem, cobertura <strong>de</strong> proteção, bacias <strong>de</strong>sedimentação etc., tenham sido concluí<strong>das</strong>.– Manter a execução do corte vegetal estritamente no limite <strong>de</strong>finido na Nota <strong>de</strong>Serviço.Para os espécimes vegetais com DAP (Diâmetro à Altura do Peito) > 10 cm fazer o corteseletivo com moto-serra e proce<strong>de</strong>r o empilhamento da ma<strong>de</strong>ira para posterior transporte.A ma<strong>de</strong>ira oriunda do corte só po<strong>de</strong>rá ser transportada com a respectiva ATPF(Autorização para o Transporte <strong>de</strong> Produtos Florestais) a ser obtida no órgão florestallicenciador.– Estocar a<strong>de</strong>quadamente o solo orgânico proveniente da limpeza dos “off-sets”.Referido solo orgânico <strong>de</strong>verá ser reaplicado nos locais <strong>de</strong> empréstimo, bota-foras e<strong>de</strong>mais áreas a serem recupera<strong>das</strong>, conforme estabelecido.– Adotar providências e implantar dispositivos que impeçam o carreamento <strong>de</strong>sedimentos para os corpos d’água.Estas providências/dispositivos, a serem implantados nos casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>smatamentose limpeza<strong>de</strong> terrenos nas proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corpos d’água envolvem, por exemplo, oenleiramento do material removido, a construção <strong>de</strong> valetas para condução <strong>das</strong>águas superficiais, valetas paralelas ao corpo d’água etc.– Restringir ao mínimo o <strong>de</strong>smatamento <strong>de</strong> vegetação ciliar, na implantação <strong>de</strong> pontese/ou bueiros.Limitar ao máximo, na implantação <strong>de</strong> pontes e ou bueiros, o processo <strong>de</strong><strong>de</strong>gradação da vegetação ciliar, restringindo as áreas a serem <strong>de</strong>smata<strong>das</strong>, aomínimo efetivamente necessário.– Executar medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> proteção contra processos erosivos e <strong>de</strong>smoronamentos, ematerros <strong>de</strong> encontros <strong>de</strong> pontes e em aterros que apresentem faces <strong>de</strong> contato como corpo hídrico.As medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> proteção pertinentes envolvem a construção <strong>de</strong> terra armada,enrocamento, pedra argamassada, argamassa projetada etc., <strong>de</strong>vendo se esten<strong>de</strong>raté a cota máxima da cheia.IPA – 06 – Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos na Faixa <strong>de</strong> DomínioMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 64– Executar medi<strong>das</strong> que objetivem evitar a evolução <strong>de</strong> erosões e ruturasremontantes, no caso <strong>de</strong> aterro em encostas.Essas medi<strong>das</strong> <strong>de</strong>verão incluir:• Implantação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> drenagem para captação <strong>de</strong> surgências d’água,se necessário, antes <strong>de</strong> lançar qualquer material (colchão drenante);• Conformação do pé <strong>de</strong> aterro em forma <strong>de</strong> dique, com material razoavelmentecompactado e, quando próximo a cursos d’água, proteger o dique comenrrocamento;• Compactação do aterro, conforme <strong>de</strong>finido no Projeto, em cama<strong>das</strong>, além daproteção e drenagem superficial.– Evitar o aparecimento e aceleramento <strong>de</strong> processos erosivos, através <strong>de</strong> medi<strong>das</strong>preventivas.Tais medi<strong>das</strong> preventivas consistem, por exemplo, na revegetação <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>sexpostos e com alta <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>, terraceamento, barreiras vegetais, drenagem,amenização da <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s, manejo e compactação do solo etc.– Adotar sistema <strong>de</strong> drenagem específico temporário, nas áreas com operação <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> terraplenagem.Recomenda-se, para este fim, a construção <strong>de</strong> bacia <strong>de</strong> sedimentação (ou caixa <strong>de</strong>siltagem) – a qual se constitui em uma pequena e temporária estrutura <strong>de</strong> contençãoformada por escavação e/ou dique, que intercepta e retém sedimentos carreados pelaságuas superficiais, evitando o assoreamento <strong>de</strong> cursos d’água, banhados etc. Tais bacias<strong>de</strong>verão ser construí<strong>das</strong> próximas ao pé dos talu<strong>de</strong>s dos aterros ou nas proximida<strong>de</strong>s <strong>das</strong>saí<strong>das</strong> <strong>das</strong> <strong>de</strong>scargas dos drenos <strong>das</strong> águas superficiais, <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> sedimentos <strong>de</strong>aterros, cortes e bota-foras, não <strong>de</strong>vendo ser construí<strong>das</strong> no leito <strong>de</strong> cursos d’água. Avida útil recomendada para esses dispositivos é <strong>de</strong> 18 meses, constando em seqüência,algumas informações sobre o dispositivo.Para uma primeira estimativa, o volume (V) mínimo <strong>das</strong> bacias po<strong>de</strong> ser calculado atravésda expressão a seguir:V = 0 , 4 × A × h , on<strong>de</strong>V = volume da bacia, em m³A = superfície da área <strong>de</strong> contribuição, em m²;h = altura máxima, em m.Para a região em estudo, recomenda-se que o volume mínimo da bacia, seja <strong>de</strong> 190m3/ha <strong>de</strong> área <strong>de</strong> contribuição.IPA – 06 – Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos na Faixa <strong>de</strong> DomínioMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 65Os sedimentos <strong>de</strong>positados na bacia, <strong>de</strong>vem ser removidos e dispostos em localapropriado (bota-fora controlado, corpo <strong>de</strong> aterro da rodovia) e a bacia <strong>de</strong>ve serrecuperada nas suas dimensões originais.A operação <strong>de</strong> remoção dos sedimentos <strong>de</strong>ve ser realizada no momento em que ameta<strong>de</strong> da altura útil da bacia for alcançada pelo material <strong>de</strong>positado.O dique <strong>das</strong> bacias <strong>de</strong> sedimentação <strong>de</strong>verá ser construído com os materiais da própriaobra ou disponíveis no local específico (rocha sã, argila, rocha alterada etc.) O dique não<strong>de</strong>verá ter altura maior do que 2,0 m, na parte on<strong>de</strong> a topografia do terreno natural é amais baixa. A plataforma <strong>de</strong> topo <strong>de</strong>verá ter um mínimo <strong>de</strong> 1,5 m <strong>de</strong> largura e os talu<strong>de</strong>sinclinação 2H:1V, ou mais abatidos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do material <strong>de</strong> construção. O vertedorda bacia, po<strong>de</strong> ser constituído <strong>de</strong> argila, <strong>de</strong> tubo, <strong>de</strong> pedra ou <strong>de</strong> concreto. Para cadalocal <strong>de</strong>ve ser estudado o tipo <strong>de</strong> material a ser empregado, observando-se sempre, agarantia da sua não erodibilida<strong>de</strong>. Como medida prática, po<strong>de</strong> ser adotada a largura <strong>de</strong> 4m do vertedor para uma área <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong> 0,8 ha. Após a estabilização <strong>das</strong> áreasafeta<strong>das</strong> pela construção da Rodovia, recuperar e revegetar o local ocupado pelas bacias.3.2 DEFINIÇÃO DOS SERVIÇOS A EXECUTARAssim, com base na adoção do referido instrumental técnico e, observados osprocedimentos <strong>de</strong>scritos no item 3.1 foram <strong>de</strong>finidos, em termos <strong>de</strong> modalida<strong>de</strong>s,localizações, especificações e quantitativos, os vários serviços e elementos a executarcom vistas ao controle dos processos erosivos e <strong>de</strong> instabilização <strong>de</strong> maciços e encostas,serviços estes que, em conjunto com as obras <strong>de</strong> implantação, pavimentação esinalização, integram as planilhas <strong>de</strong> quantitativos <strong>de</strong> serviços que serão executadospelas empreiteiras <strong>das</strong> obras.Referidos serviços, conforme reportados em 3.1.3 compreen<strong>de</strong>m serviços ordinários <strong>de</strong>revestimento e proteção vegetal e <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> drenagem e obras <strong>de</strong>arte correntes, bem como serviços específicos, em especial, para aten<strong>de</strong>r a problemas <strong>de</strong>instabilida<strong>de</strong>É <strong>de</strong> se observar, outrossim, que na forma da sistemática vigente no DNIT, soluçõesconstantes no Projeto <strong>de</strong> Engenharia Rodoviária são objeto <strong>de</strong> análise e revisão a partirdo início <strong>das</strong> obras, oportunida<strong>de</strong> em que, no caso específico dos serviços <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>processos erosivos e <strong>de</strong> instabilização <strong>de</strong> maciços e encostas, ante a verificação <strong>de</strong>insuficiências – inclusive <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes eventualmente ocorridosposteriormente à elaboração dos Estudos e Projetos, po<strong>de</strong>rá evi<strong>de</strong>nciar-se a conveniênciada adoção <strong>de</strong> alterações e complementações às soluções previstas no Projeto <strong>de</strong>Engenharia.IPA – 06 – Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos na Faixa <strong>de</strong> DomínioMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 664 MONITORAMENTOO monitoramento será <strong>de</strong>senvolvido pela Fiscalização do DNIT que, para tanto, po<strong>de</strong>rácontar com a participação <strong>de</strong> Firma Consultora encarregada da Gestão Ambiental,ativida<strong>de</strong> esta que se constitui em objeto <strong>de</strong> um programa específico.As ativida<strong>de</strong>s pertinentes ao Monitoramento, que terão a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>:a) Verificação da a<strong>de</strong>quada execução dos elementos/dispositivos constantes, comosoluções, no Projeto <strong>de</strong> Engenharia e que aten<strong>de</strong>m aos vários ComponentesAmbientais.b) Verificação da conformida<strong>de</strong> <strong>ambiental</strong>, no que respeita à observância doscondicionamentos instituídos e que interferem com os procedimentos relacionados coma programação <strong>de</strong> obras e os processos construtivos. Em termos específicos, paraaten<strong>de</strong>r a tais finalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>verão ser, basicamente cumpri<strong>das</strong> as seguintes etapas:c) Análise <strong>de</strong> toda a documentação técnica do Empreendimento, em especial dosaspectos <strong>de</strong> interface do Projeto <strong>de</strong> Engenharia com o Componente <strong>de</strong> Proteção contraProcessos Erosivos.d) Inspeção preliminar aos trechos para certificação <strong>de</strong> que as “condições <strong>de</strong> campo” aolongo <strong>de</strong> cada trecho são efetivamente as retrata<strong>das</strong> no Projeto <strong>de</strong> Engenharia comvistas, inclusive, à <strong>de</strong>tecção da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eventuais a<strong>de</strong>quações, no que serefere às soluções <strong>de</strong> engenharia relaciona<strong>das</strong> com o controle <strong>de</strong> processos erosivos.e) Registro <strong>de</strong> todos os dispositivos a serem implantados, para aten<strong>de</strong>r ao objetivo doProjeto.f) Inspeções diárias ao trecho para, relativamente aos dispositivos a serem implantados,verificar:– O cumprimento do cronograma estabelecido– A evolução <strong>de</strong> execução dos serviços , com avaliação qualitativa e quantitativa dosserviços e a observância <strong>das</strong> Especificações Técnicas pertinentes.g) Inspeções diárias ao trecho para verificar quanto ao atendimento, durante todo oprocesso construtivo, dos condicionamentos estabelecidos nas EspecificaçõesComplementares com ênfase para os seguintes tópicos:– Condições <strong>de</strong> implantação e funcionamento dos Canteiros <strong>de</strong> Obras, dos Caminhos<strong>de</strong> Serviço e <strong>de</strong> to<strong>das</strong> as <strong>de</strong>mais Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Apoio.– Observância do que prescreve a legislação do uso e ocupação do solo, vigente nosmunicípios envolvidos.– Minimização, em termos <strong>de</strong> extensão e <strong>de</strong> tempo cronológico, da exposição dossolos movimentados à ação <strong>de</strong> águas <strong>de</strong> superfície.– Condicionamento da abertura <strong>de</strong> novas frentes <strong>de</strong> obras às condições climáticas.– Limitação da faixa a ser <strong>de</strong>smatada ao estritamente necessário.IPA – 06 – Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos na Faixa <strong>de</strong> DomínioMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 67– Condicionamento da abertura <strong>de</strong> novas frentes <strong>de</strong> terraplenagem à plena conclusãodos elementos <strong>de</strong> proteção estabelecidos (drenagem e cobertura <strong>de</strong> proteção,principalmente), para frente <strong>de</strong> obra já aberta (terraplenagem e corpo estradal).– Execução do corte estritamente no limite <strong>de</strong>finido na Nota <strong>de</strong> Serviço.– Estocagem a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> solo orgânico proveniente da limpeza dos “off-sets”.– Implantação <strong>de</strong> dispositivos que impeçam o carreamento <strong>de</strong> sedimentação para oscorpos hídricos.– Minimização <strong>de</strong> <strong>de</strong>smatamento da vegetação ciliar.– Execução <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> proteção nos aterros que apresentem face <strong>de</strong> contato comcorpos hídricos.– Execução <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> preventivas/corretivas com vistas a evitar a evolução <strong>de</strong>erosões e rupturas remontantes.– Adoção <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> preventivas para evitar o aparecimento ou aceleração <strong>de</strong>processos erosivos.– Adoção <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> drenagem específico temporário, nas áreas com operação <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> terraplenagem.h) Tais inspeções que serão <strong>de</strong> caráter seletivo em função <strong>de</strong> cada Impacto e <strong>das</strong>uscetibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada segmento à incidência do referido Impacto, terão <strong>de</strong>fini<strong>das</strong> asua metodologia e periodicida<strong>de</strong> a partir do conhecimento mais preciso in loco.i) O Monitoramento <strong>de</strong>verá se esten<strong>de</strong>r, contemplando situações específicas, durante aFase <strong>de</strong> Operação da Rodovia, por um período a ser <strong>de</strong>finido no estágio final da fase<strong>de</strong> Construção.NOTA:Conforme exposto, as ativida<strong>de</strong>s pertinentes ao monitoramento serão<strong>de</strong>senvolvi<strong>das</strong> no âmbito do PGA – Programa <strong>de</strong> Gestão Ambiental – o qualtem por objetivo <strong>de</strong> caráter geral “Garantir que todos os ComponentesAmbientais e condicionamentos outros instituídos no Projeto <strong>de</strong> Engenhariaserão <strong>de</strong>vidamente <strong>de</strong>senvolvidos nos prazos e <strong>de</strong>ntro <strong>das</strong> condiçõesestabeleci<strong>das</strong> para obtenção do Licenciamento Ambiental”.IPA – 06 – Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos na Faixa <strong>de</strong> DomínioMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


691 INTRODUÇÃOEsta IPA se <strong>de</strong>stina a especificar as ações que <strong>de</strong>vem ser realiza<strong>das</strong>, durante obrasrodoviárias para recuperação <strong>de</strong> áreas cujas características preexistentes foram altera<strong>das</strong>pela inserção do empreendimento.A recuperação imediata <strong>de</strong>stas áreas erradica ou impe<strong>de</strong> a evolução <strong>de</strong> processoserosivos, instabilida<strong>de</strong>s dos maciços implantados (cortes e aterros / bota-foras) outerrenos naturais, assoreamentos <strong>das</strong> linhas <strong>de</strong> drenagem (natural ou sistemas<strong>de</strong>correntes <strong>das</strong> obras), aumento ou surgimento <strong>de</strong> turvação nas águas, redução / perda<strong>de</strong> habitats da fauna.2 OBJETIVOSEsta IPA visa, pela implantação <strong>de</strong> vegetação protetora (revegetação) e sistema <strong>de</strong>drenagem superficial, reduzir / controlar /reverter os fenômenos ambientais gerados pelasprincipais fontes / causas <strong>de</strong> impactos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> obras rodoviárias, quecompreen<strong>de</strong>m:a) A revegetação por cobertura vegetal formada pela aplicação consorciada <strong>de</strong> gramínease leguminosas objetiva iniciar / revigorar / manter a estrutura fértil do solo, alterada (ouaté mesmo erradicada) em conseqüência <strong>das</strong> obras.b) A revegetação através do plantio <strong>de</strong> espécies arbóreas e arbustivas regionais (muitasvezes em consórcio com gramíneas e leguminosas), <strong>de</strong> áreas planas ou poucoinclina<strong>das</strong>, objetiva o revigoramento vegetativo existente, a preservação do patrimôniobiótico e a recomposição paisagística local.c) A implantação <strong>de</strong> drenagem superficial tem por objetivo coletar e conduzir as águassuperficiais, or<strong>de</strong>nadamente, através <strong>de</strong> dispositivos a<strong>de</strong>quadamente dimensionados eimplantados, <strong>de</strong> maneira a que não causem danos às áreas <strong>das</strong> obras ou lin<strong>de</strong>iras pelainstalação <strong>de</strong> erosões, ravinamentos, enchentes, alagamentos e assoreamentos. Aimplantação <strong>de</strong> drenagem superficial se fará não apenas nas áreas altera<strong>das</strong> pela ação<strong>das</strong> obras, mas também em terrenos naturais, <strong>de</strong> acordo com as condições existentes.3 DEFINIÇÕESPara efeito <strong>de</strong>sta IPA são adota<strong>das</strong> as <strong>de</strong>finições:a) Revegetação – implantação <strong>de</strong> vegetação em áreas cujas características da coberturaoriginal foram altera<strong>das</strong>, em todo ou parcialmente, pela ação direta ou indireta <strong>das</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 70obras. A revegetação po<strong>de</strong> ser feita pela aplicação <strong>de</strong> cobertura vegetal, pelo plantio <strong>de</strong>árvores e arbustos ou pela sua consorciação;b) Plantio – processo <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> espécies vegetais no solo para efetivar suacobertura / proteção vegetal, que se fará manualmente e / ou pelo processo <strong>de</strong>hidrossemeadura;c) Cobertura Vegetal – plantio, pelo processo <strong>de</strong> hidrossemeadura, <strong>de</strong> espécies vegetaisherbáceas gramíneas e leguminosas consorcia<strong>das</strong>, na superfície <strong>de</strong> solos expostospela ação <strong>das</strong> obras;d) Plantio <strong>de</strong> Árvores e Arbustos – plantio manual <strong>de</strong> espécies vegetais arbóreas earbustivas consorcia<strong>das</strong>, na superfície <strong>de</strong> solos expostas pela ação <strong>das</strong> obras, emáreas planas ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> suave;e) Hidrossemeadura – processo <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> sementes, por jateamento,condiciona<strong>das</strong> em elementos <strong>de</strong> fixação no solo / elementos protetores (mulch), adubose nutrientes;f) Drenagem superficial – coleta e condução <strong>das</strong> águas superficiais <strong>de</strong> áreas altera<strong>das</strong>pelas obras ou mesmo do terreno natural, neste segundo caso a<strong>de</strong>quando ascondições existentes às necessida<strong>de</strong>s do projeto;g) Valeta – vala <strong>de</strong> pequena seção transversal para coleta e escoamento <strong>de</strong> águassuperficiais. Normalmente tem a seção retangular, trapezoidal ou triangular, po<strong>de</strong>ndoou não ser provida <strong>de</strong> revestimento;h) Áreas <strong>de</strong> apoio às obras – acampamentos, áreas industriais, áreas explora<strong>das</strong> paraobtenção <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção (areia, brita, solos selecionados, cascalhos,lateritas, outros);i) Áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> acentuada - compreen<strong>de</strong>m os talu<strong>de</strong>s dos maciços resultantes<strong>das</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> terraplenagem (cortes, aterros, bota-foras, áreas <strong>de</strong> apoio às obras,outros);j) Áreas planas ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> suave – compreen<strong>de</strong>m as “praças” dos bota – foras,áreas <strong>de</strong> apoio às obras e outras.4 MATERIAIS4.1 IMPLANTAÇÃO DE COBERTURA VEGETAL (PLANTIO DE GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS PORHIDROSSEMEADURA)Em função <strong>das</strong> carências regionais, notadamente em relação a pluviosida<strong>de</strong> e fertilida<strong>de</strong>dos solos, as espécies vegetais seleciona<strong>das</strong> apresentarão as seguintes características:a) Agressivida<strong>de</strong> e rusticida<strong>de</strong>;b) Rápido <strong>de</strong>senvolvimento;c) Pouca <strong>de</strong>pendência da fertilida<strong>de</strong> dos solos e pluviosida<strong>de</strong> regional;IPA – 07 – Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>MT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 71d) Poucas exigências na conservação e manutenção;As espécies utiliza<strong>das</strong> pertencem às famílias botânicas <strong>das</strong> Gramineae e Leguminosas,classifica<strong>das</strong> e caracteriza<strong>das</strong> segundo o quadro 1.QUADRO 1Família Botânica Espécies Indica<strong>das</strong> CaracterísticasGramíneasLeguminosasPaspalum notatum (Grama Batatais);Eragostis curvula (Capim Chorão);Minis minitiflora (Capim Gordura ou Meloso);Lolium multiflorum (Azevêm);Setária anceps (Capim Setária).Puerária phaseolói<strong>de</strong>s (Kudzu Tropical);Calopogonium mucinoi<strong>de</strong>s (Calopo);Cajanus muconi<strong>de</strong>s (Feijão Guandu);Centrocema pubesces (Centrosema);Estizolobium anterrinium (Mucuna)Crescimento rápido;Baixa exigência em fertilida<strong>de</strong> dosubstrato;Alta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perfilhamento;Gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>material vegetativo, resultando emcontribuição para a estabilida<strong>de</strong> dosistema pelo fornecimento <strong>de</strong>matéria orgânica.Alta capacida<strong>de</strong> reprodutiva;Baixa exigência em fertilida<strong>de</strong>;Melhora as características dosubstrato através da fixaçãobiológica <strong>de</strong> nitrogênio daatmosfera;Devido ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sistema radicular, favorece acaptação e reciclagem <strong>de</strong> nutrientesmais profundos.Será obrigatoriamente informada à Fiscalização, a porcentagem <strong>de</strong> pureza e o po<strong>de</strong>rgerminativo <strong>de</strong> todos os lotes <strong>de</strong> sementes que cheguem ao canteiro <strong>de</strong> obras. Devemapresentar, como condições mínimas, os valores constantes no quadro 2.QUADRO 2Família Botânica Pureza % Germinação %Gramínea 55 60Leguminosa 90 80De acordo com as disponibilida<strong>de</strong>s regionais <strong>de</strong> mercado <strong>de</strong>ve-se utilizar consórcio <strong>de</strong>três a quatro tipos <strong>de</strong> cada família botânica, que se complementem quanto àscaracterísticas técnicas e paisagísticas <strong>de</strong>seja<strong>das</strong>.4.2 PLANTIO DE ÁRVORES E ARBUSTOSA obtenção <strong>das</strong> espécies adquiri<strong>das</strong> se fará em fornecedores tradicionais, <strong>de</strong>vidamentecre<strong>de</strong>nciados.Em obediência aos condicionantes ambientais as espécies vegetais nativas terãoobrigatoriamente preferência em relação às exóticas.IPA – 07 – Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>MT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 724.3 IMPLANTAÇÃO DE DRENAGEM SUPERFICIAL (IMPLANTAÇÃO DE VALETAS SEMREVESTIMENTO, REVESTIDAS EM CONCRETO DE CIMENTO OU COM COBERTURA VEGETAL)a) Concreto <strong>de</strong> Cimento– O concreto será dosado, experimentalmente, para uma resistência característica acompressão (fck) min. aos 28 dias, <strong>de</strong> 11 Mpa;– O concreto será preparado <strong>de</strong> acordo com as normas ABNT: NBR – 6118/80, NBR –12654/92, NBR – 12655/92 e NBR – 7187/87, aten<strong>de</strong>ndo as Especificações do DNITe as Particulares e Complementares da obra.b) Revestimento Vegetal– Será feito o plantio pelo processo <strong>de</strong> Hidrossemeadura.5 EQUIPAMENTOSTodo equipamento a ser utilizado será vistoriado pela Fiscalização, para garantir asegurança dos operários, população lin<strong>de</strong>ira, assim como as condições i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong>conservação e regulagem dos motores, <strong>de</strong> maneira a se evitar contaminações ao meioambiente.5.1 IMPLANTAÇÃO DE COBERTURA VEGETAL (PLANTIO DE GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS PORHIDROSSEMEADURA)a) Tratores agrícolas <strong>de</strong> pneus para aração, gra<strong>de</strong>amento e homogeneização dos solos;b) Ferramentas agrícolas diversas, tais como: pás, picaretas, enxa<strong>das</strong>, rastelhos, para oplantio e regularização do solo;c) Caminhão espargidor, constituído <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito (pipa convencional), equipado com eixogirador (opcionalmente, agitador) para homogeneização da mistura; bomba rotativapara aspersão da mistura.5.2 PLANTIO DE ÁRVORES E ARBUSTOSFerramentas agrícolas diversas, tais como: pás, picaretas, enxa<strong>das</strong>, rastelhos, para oplantio e regularização do solo;5.3 IMPLANTAÇÃO DE DRENAGEM SUPERFICIAL (IMPLANTAÇÃO DE VALETAS SEMREVESTIMENTO, REVESTIDAS EM CONCRETO DE CIMENTO OU COM COBERTURA VEGETAL)O equipamento será <strong>de</strong>finido e dimensionado em função <strong>das</strong> necessida<strong>de</strong>s <strong>das</strong> obras,recomendando-se no mínimo:a) Caminhão basculante;b) Retroescava<strong>de</strong>ira;c) Betoneira ou caminhão betoneira;IPA – 07 – Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>MT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 73d) Compactador <strong>de</strong> solos tipo sapo ou <strong>de</strong> mesa;e) Motoniveladora.6 EXECUÇÃO6.1 IMPLANTAÇÃO DE COBERTURA VEGETAL (PLANTIO DE GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS PORHIDROSSEMEADURA)6.1.1 MÉTODO EXECUTIVOA implantação <strong>de</strong> cobertura vegetal por hidrossemeadura, se fará conforme <strong>de</strong>finido noquadro 4.QUADRO 4Preparo do solo;Ativida<strong>de</strong>s requeri<strong>das</strong>Reincorporação do solo fértil (camadavegetal), estocado;Método ExecutivoRegularização da superfície, erradicando processos erosivos elimpeza total com a retirada <strong>de</strong> entulhos, pedras, outros;O solo fértil será transportado e espalhado, por meio <strong>de</strong>caminhões basculantes, por toda a área <strong>de</strong> trabalho. Emseguida, este solo será incorporado ao terreno existente pormeio <strong>de</strong> gra<strong>de</strong>s <strong>de</strong> disco puxa<strong>das</strong> por tratores <strong>de</strong> esteira;Correção do solo;Preparo da solução;A solução será preparada no caminhão pipaAplicação <strong>de</strong> calcário dolomítico, <strong>de</strong> acordo com os padrões, alanço, por toda a superfície;Fertilizantes e sementes – <strong>de</strong> acordo os padrões e seleçõesplaneja<strong>das</strong>;A<strong>de</strong>sivo – hidrosfofato na dosagem <strong>de</strong> 1.000 litros / ha,diluídos em água, na proporção <strong>de</strong> 1:20;Mulch – composto <strong>de</strong> serragem <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e palha, na razão<strong>de</strong> 3 tonela<strong>das</strong> /ha;Aplicação da solução;Manutenção;A solução será continuamente agitada durante a operação edistribuída homogeneamente na superfície, na razão <strong>de</strong>20.000 litros /ha;Após 6 meses da semeadura, será necessário a aplicação <strong>de</strong>50 kg /ha <strong>de</strong> fósforo e 25 kg /ha <strong>de</strong> potássio, a lanço, ou comaduba<strong>de</strong>iras apropria<strong>das</strong> ou adubação foliar líquida, comdiluição <strong>de</strong> fertilizantes em água, tal como a hidrossemeadura.IPA – 07 – Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>MT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 746.1.2 TAXAS DE ADUBAÇÃO E CORREÇÃO DO SOLOO quadro 5, a seguir, apresenta taxas <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> aditivos, fertilizantes e corretivos<strong>de</strong> caráter geral para os solos. Estes valores po<strong>de</strong>rão ser alterados, caso <strong>de</strong>terminadopela Fiscalização, após análise pedológica e edáfica do solo.QUADRO 5Elementos Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nutriente (kg/ha) Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fertilizante (kg/ha)Nitrogênio 50 111 <strong>de</strong> Uréia ou 252 <strong>de</strong> Sulfato <strong>de</strong> Amônio.Fósforo 140304 <strong>de</strong> Superfosfato Triplo ou 700 <strong>de</strong>Superfosfato Simples.Potássio 90 150 <strong>de</strong> Cloreto <strong>de</strong> Potássio.Cálcio * 381Magnésio 521080 <strong>de</strong> Calcário Dolomítico (mínimo <strong>de</strong>35,4% <strong>de</strong> CaO, 19,8% <strong>de</strong> Mgo) CorretivoEnxofre** 43,2 43,2 <strong>de</strong> Enxofre VentiladoBoro 2,57 7,1 <strong>de</strong> BóraxCobre 1,59 5,0 <strong>de</strong> Sulfato <strong>de</strong> CobreManganês 6,5 20,5 <strong>de</strong> Sulfato <strong>de</strong> ManganêsMolibdênio 0,119 0,20 <strong>de</strong> Molibato <strong>de</strong> SódioZinco 4,8 15,8 <strong>de</strong> Sulfato <strong>de</strong> Zinco* Necessário aumentar, ao se utilizar serragem em quantida<strong>de</strong> superior ao especificado.** Desnecessário aplicar, se utilizado Sulfato <strong>de</strong> Amônio (N) ou Superfosfato Simples(P), visto que esses fertilizantes contém enxofre suficiente.6.1.3 ÁREAS DE APLICAÇÃOSerão objetos <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> hidrossemeadura to<strong>das</strong> as superfícies <strong>de</strong>sprovi<strong>das</strong> <strong>de</strong>cobertura vegetal (in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da inclinação) em conseqüência <strong>das</strong> obras ou mesmoterrenos naturais, conforme <strong>de</strong>terminação da Fiscalização.6.2 PLANTIO DE ÁRVORES E ARBUSTOSO plantio será feito com coveamento por grupos <strong>de</strong> cinco mu<strong>das</strong>, formando um quadradocom mais uma muda no centro (quincôncio) e as covas terão dimensões 0,40 x 0,40 x0,40 m, com espaçamento <strong>de</strong> 2,0 x 2,0 m.Serão objetos <strong>de</strong> plantio <strong>de</strong> arbóreas e arbustivas to<strong>das</strong> as superfícies planas ou cominclinação suave <strong>de</strong>sprovi<strong>das</strong> <strong>de</strong> cobertura vegetal em conseqüência <strong>das</strong> obras, oumesmo terrenos naturais, conforme <strong>de</strong>terminação da Fiscalização.Os padrões mínimos <strong>de</strong> adubação <strong>de</strong>vem ser comprovados com análise dos solos, eobe<strong>de</strong>cerão aos seguintes parâmetros básicos:a) 150 g calcáreo;IPA – 07 – Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>MT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 75b) 120 g <strong>de</strong> adubo químico NPK (10-20-10) + 5% <strong>de</strong> enxofre + micronutrientes (Zinco eBoro);c) 1000 g <strong>de</strong> adubo orgânico com massa <strong>de</strong> mamona ou esterco curtido (<strong>de</strong> curral ougalinheiro);d) Mistura com o solo retirados da cova, preparada 20 dias antes do plantio <strong>das</strong> mu<strong>das</strong>;e) para melhor <strong>de</strong>senvolvimento <strong>das</strong> mu<strong>das</strong>, recomenda-se o uso <strong>de</strong> solo vegetal;f) irrigar diariamente, na proporção <strong>de</strong> 5 litros /cova, ao anoitecer, até confirmação da“pega” <strong>das</strong> mu<strong>das</strong>.6.3 IMPLANTAÇÃO DE DRENAGEM SUPERFICIAL (IMPLANTAÇÃO DE VALETAS SEMREVESTIMENTO, REVESTIDAS EM CONCRETO DE CIMENTO OU COM COBERTURAVEGETAL)6.3.1 VALETAS SEM REVESTIMENTOa) As valetas sem revestimentos serão utiliza<strong>das</strong>, preferencialmente, como drenagem <strong>de</strong>serviço durante as obras. Posteriormente, a critério da Fiscalização, po<strong>de</strong>rão sermanti<strong>das</strong> para a fase operacional;b) Seu uso, se <strong>de</strong>cidido pela sua permanência, será restrito às áreas com solosresistentes à erosão e com <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>ra<strong>das</strong>;c) O preparo e a regularização da superfície <strong>de</strong>sejada, serão executados manualmente oumediante emprego <strong>de</strong> lâmina <strong>de</strong> motoniveladora ou valeta<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong> forma a se obter ageometria <strong>de</strong>sejada para cada dispositivo;d) Os materiais empregados serão os próprios solos locais, <strong>de</strong>vendo a superfície acaba<strong>das</strong>er firme e bem <strong>de</strong>sempenada;e) Os materiais exce<strong>de</strong>ntes <strong>das</strong> escavações e regularização da superfície acabada, serão<strong>de</strong>stinados a bota-foras localizados <strong>de</strong> modo a não interferir no escoamento <strong>das</strong> águassuperficiais ou prejudicar a paisagem;f) Em espaçamentos e comprimentos <strong>de</strong>finidos pela Fiscalização, serão implanta<strong>das</strong>saí<strong>das</strong> d’água <strong>das</strong> valetas (bigo<strong>de</strong>s) com <strong>de</strong>ságüe em terreno natural. Casonecessário, nestes pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ságüe, serão previstos dispositivos para evitar aformação <strong>de</strong> processos erosivos.6.3.2 VALETAS COM REVESTIMENTO VEGETALa) As escavações para execução <strong>de</strong> valetas com revestimento vegetal se farão <strong>de</strong> acordocom as mesmas prescrições <strong>das</strong> valetas sem revestimento;b) A aplicação do revestimento vegetal (hidrossemeadura) se fará após a Fiscalizaçãoliberar a regularização da superfície acabada e verifica<strong>das</strong> as condições <strong>de</strong>escoamento;IPA – 07 – Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>MT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 76c) Caso exigido pela Fiscalização, o revestimento vegetal aplicado será periodicamenteirrigado, até se constatar a sua efetiva fixação nas superfícies recobertas;d) Durante o período remanescente da obra, ficará a cargo da Construtora arecomposição <strong>de</strong> falhas na cobertura vegetal;e) Em espaçamentos e comprimentos <strong>de</strong>finidos pela Fiscalização, serão implanta<strong>das</strong>saí<strong>das</strong> d’água <strong>das</strong> valetas (bigo<strong>de</strong>s) com <strong>de</strong>ságüe em terreno natural. Casonecessário, nestes pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ságüe, serão previstos dispositivos para evitar aformação <strong>de</strong> processos erosivos.6.3.3 VALETAS COM REVESTIMENTO EM CONCRETO DE CIMENTOa) As valetas revesti<strong>das</strong> em concreto, só serão implanta<strong>das</strong> mediante autorização daFiscalização, em locais <strong>de</strong> forte potencial para instalação <strong>de</strong> processos erosivos e / oufortes <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s;b) As escavações para execução <strong>de</strong> valetas com revestimento em concreto se farão <strong>de</strong>acordo com as mesmas prescrições <strong>das</strong> valetas sem revestimento;c) As valetas revesti<strong>das</strong> em concreto po<strong>de</strong>rão ser molda<strong>das</strong> “in loco” ou pré molda<strong>das</strong>, acritério da Fiscalização,d) Para a marcação da localização <strong>das</strong> valetas serão implantados gabaritos (guias <strong>de</strong>ma<strong>de</strong>ira) servindo <strong>de</strong> referência para a concretagem, cuja seção transversalcorrespon<strong>de</strong> às dimensões e forma <strong>de</strong> cada dispositivo, espaçados em 2 m. Asconcretagens só serão inicia<strong>das</strong>, após a Fiscalização verificar e liberar o acabamento /compactação <strong>das</strong> superfícies em terra e o posicionamento dos gabaritos;e) A concretagem envolverá um plano executivo, prevendo o lançamento do concreto empanos alternados;f) O espalhamento e acabamento do concreto serão feitos com ferramentas manuais.Será obrigatório o uso <strong>de</strong> régua que, apoiada nas duas guias adjacentes, permitirá aconformação final da superfície;g) A cada 12 m será executada junta <strong>de</strong> dilatação, preenchida com cimento asfálticoaquecido;h) Em espaçamentos e comprimentos <strong>de</strong>finidos pela Fiscalização, serão implanta<strong>das</strong>saí<strong>das</strong> d’água <strong>das</strong> valetas (bigo<strong>de</strong>s) com <strong>de</strong>ságüe em terreno natural. Casonecessário, nestes pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ságüe, serão previstos dispositivos para evitar aformação <strong>de</strong> processos erosivos.6.3.4 ÁREAS DE APLICAÇÃOA implantação <strong>de</strong> valetas obe<strong>de</strong>cerá aos seguintes critérios básicos:a) As valetas sem revestimento são indica<strong>das</strong> para terrenos com pouca <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> e/ouresistentes à formação <strong>de</strong> processos erosivos e /ou instabilizações;IPA – 07 – Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>MT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 77b) As valetas com revestimento vegetal são indica<strong>das</strong> para áreas com maiores<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s e suportam maiores extensões, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a cobertura vegetal estejatotalmente consolida por toda a superfície;c) As valetas revesti<strong>das</strong> em concreto só serão implanta<strong>das</strong> em casos extremos,<strong>de</strong>vidamente autoriza<strong>das</strong> pela Fiscalização;d) Sempre que necessário, os <strong>de</strong>ságües <strong>das</strong> valetas serão complementados pordispositivos, conforme especificado no quadro 6, adiante.Quadro 6DispositivoDescida d’águaDissipador <strong>de</strong> energiaDeságüe em terreno natural(“Bigo<strong>de</strong>s”)UtilizaçãoDispositivo em concreto, tipo canal (com ou sem <strong>de</strong>graus), para conduzir aságuas, <strong>das</strong> valetas, por talu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cortes ou aterros;Dispositivo, implantado ao término da <strong>de</strong>scida d’água para proteção do terrenonatural da ação <strong>das</strong> águas. Po<strong>de</strong> ser em concreto, pedras arruma<strong>das</strong>,argamassa<strong>das</strong>, restos <strong>de</strong> concreto, outros;Dispositivo implantado (<strong>de</strong> forma manual ou por máquinas), em terrenos compouca <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> e / ou resistentes a formação <strong>de</strong> processos erosivos, para<strong>de</strong>ságüe <strong>das</strong> valetas.7 INSPEÇÃO7.1 IMPLANTAÇÃO DE COBERTURA VEGETAL (PLANTIO DE GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS PORHIDROSSEMEADURA)7.1.1 CONTROLE DE EXECUÇÃOCompreen<strong>de</strong>rá o acompanhamento <strong>das</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação <strong>das</strong> taxas <strong>de</strong> adubação eda garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> dos produtos aplicados. Será sempre verificado se as espéciesvegetais utiliza<strong>das</strong> aten<strong>de</strong>m às necessida<strong>de</strong>s / carências da obra e dos regionais. Serãotambém verificados a correta adoção dos períodos <strong>de</strong> irrigação e <strong>das</strong> quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>água nas revegetações.7.1.2 CONTROLE DA GERMINAÇÃO E COBERTURASerá visual, com base na germinação <strong>das</strong> espécies vegetais, seu <strong>de</strong>senvolvimentovigoroso e a efetivação da total cobertura do solo.7.2 PLANTIO DE ÁRVORES E ARBUSTOS7.2.1 CONTROLE DE EXECUÇÃOCompreen<strong>de</strong>rá o acompanhamento <strong>das</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação <strong>das</strong> taxas <strong>de</strong> adubação eda garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> dos produtos aplicados. Será sempre verificado se as espéciesvegetais utiliza<strong>das</strong> aten<strong>de</strong>m às necessida<strong>de</strong>s / carências da obra e dos regionais. SerãoIPA – 07 – Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>MT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 78também verificados a correta adoção dos períodos <strong>de</strong> irrigação e <strong>das</strong> quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>água nas revegetações.7.2.2 CONTROLE DA GERMINAÇÃO E COBERTURASerá visual, com base na germinação <strong>das</strong> espécies vegetais, seu <strong>de</strong>senvolvimentovigoroso e a efetivação do total do enraizamento.7.3 IMPLANTAÇÃO DE DRENAGEM SUPERFICIAL (IMPLANTAÇÃO DE VALETAS SEMREVESTIMENTO, REVESTIDAS EM CONCRETO DE CIMENTO OU COM COBERTURA VEGETAL)7.3.1 CONTROLE DO MATERIAL E EXECUTIVOO controle tecnológico do concreto será realizado com base nas normas da ABNT.7.3.2 VERIFICAÇÃO FINAL DA QUALIDADEa) As dimensões <strong>das</strong> seções transversais avalia<strong>das</strong> não <strong>de</strong>vem diferir <strong>das</strong> indica<strong>das</strong> emprojeto <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1%, em pontos isolados;b) To<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> espessuras efetua<strong>das</strong> <strong>de</strong>vem se situar no intervalo <strong>de</strong> ±10% emrelação à espessura <strong>de</strong> projeto;7.3.3 CONTROLE DE ACABAMENTOSerá feito <strong>de</strong> forma visual, garantindo que não ocorra prejuízo à operação hidráulica davaleta;7.3.4 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃOa) Os serviços rejeitados serão corrigidos, complementados ou refeitos;b) Os resultados dos controles serão registrados nos relatórios periódicos <strong>de</strong>acompanhamento.8 MONITORAMENTOO monitoramento será <strong>de</strong>senvolvido pela Fiscalização e terão a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>:a) Verificação da a<strong>de</strong>quada execução dos elementos / dispositivos constantes, comosoluções, no Projeto <strong>de</strong> Engenharia e que aten<strong>de</strong>m aos vários ComponentesAmbientais.b) Verificação da conformida<strong>de</strong> <strong>ambiental</strong>, no que respeita à observância doscondicionamentos instituídos e que interferem com os procedimentos relacionados coma programação <strong>de</strong> obras e os processos construtivos. Em termos específicos,IPA – 07 – Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>MT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 79para aten<strong>de</strong>r a tais finalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>verão ser, basicamente cumpri<strong>das</strong> as seguintesetapas:c) Análise <strong>de</strong> toda a documentação técnica do Empreendimento, em especial dosaspectos <strong>de</strong> interface do Projeto <strong>de</strong> Engenharia com a Componente Recuperação <strong>de</strong>Áreas Degrada<strong>das</strong>;d) Inspeção preliminar aos trechos para certificação <strong>de</strong> que as “condições <strong>de</strong> campo” aolongo do eixo <strong>de</strong> projeto, são efetivamente as retrata<strong>das</strong> no Projeto <strong>de</strong> Engenharia comvistas, inclusive, à <strong>de</strong>tecção da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eventuais a<strong>de</strong>quações, no que serefere às soluções <strong>de</strong> engenharia relaciona<strong>das</strong> a recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gra<strong>das</strong>;e) Registro <strong>de</strong> todos os dispositivos a serem implantados, para aten<strong>de</strong>r ao objetivo doProjeto.8.1 INSPEÇÕES DIÁRIAS AO TRECHO PARA VERIFICAR:a) O cumprimento do cronograma estabelecidob) A evolução <strong>de</strong> execução dos serviços e a observância <strong>das</strong> Especificações Técnicaspertinentes.8.2 INSPEÇÕES DIÁRIAS AO TRECHO PARA VERIFICAR QUANTO AO ATENDIMENTO, DURANTETODO O PROCESSO CONSTRUTIVO, DOS CONDICIONAMENTOS ESTABELECIDOS NASESPECIFICAÇÕES COMPLEMENTARES COM ÊNFASE PARA OS SEGUINTES TÓPICOS:a) Condições <strong>de</strong> implantação e funcionamento dos Canteiros <strong>de</strong> Obras, dos Caminhos <strong>de</strong>Serviço e <strong>de</strong> to<strong>das</strong> as <strong>de</strong>mais Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Apoio.b) Observância do que prescreve a legislação do uso e ocupação do solo, vigente nosmunicípios envolvidos.c) Minimização, em termos <strong>de</strong> extensão e <strong>de</strong> tempo cronológico, da exposição dos solosmovimentados à ação <strong>de</strong> águas <strong>de</strong> superfície.d) Condicionamento da abertura <strong>de</strong> novas frentes <strong>de</strong> obras às condições climáticas.e) Limitação da faixa a ser <strong>de</strong>smatada ao estritamente necessário.f) Condicionamento da abertura <strong>de</strong> novas frentes <strong>de</strong> terraplenagem à plena conclusãodos elementos <strong>de</strong> proteção estabelecidos (drenagem e cobertura <strong>de</strong> proteção,principalmente), para frente <strong>de</strong> obra já aberta (terraplenagem e corpo estradal).g) Execução do corte estritamente no limite <strong>de</strong>finido na Nota <strong>de</strong> Serviço.h) Estocagem a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> solo orgânico proveniente da limpeza dos “off-sets”.i) Implantação <strong>de</strong> dispositivos que impeçam o carreamento <strong>de</strong> sedimentação para oscorpos hídricos.j) Minimização <strong>de</strong> <strong>de</strong>smatamento da vegetação ciliar.IPA – 07 – Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>MT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 80k) Execução <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> proteção nos aterros que apresentem face <strong>de</strong> contato comcorpos hídricos.l) Execução <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> preventivas / corretivas com vistas a evitar a evolução <strong>de</strong>erosões;m) Adoção <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> preventivas para evitar o aparecimento ou aceleração <strong>de</strong>processos erosivos.n) Adoção <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> drenagem específico temporário, nas áreas com operação <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> terraplenagem.8.3 INSPEÇÕES DE CARATER SELETIVOTais inspeções, que serão <strong>de</strong> caráter seletivo em função <strong>de</strong> cada Impacto e <strong>das</strong>uscetibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada segmento à incidência do referido Impacto, terão <strong>de</strong>fini<strong>das</strong> a suametodologia e periodicida<strong>de</strong> a partir do conhecimento mais preciso in loco.8.4 FASE DE OPERAÇÃO DA RODOVIAO Monitoramento <strong>de</strong>verá se esten<strong>de</strong>r, contemplando situações específicas, durante aFase <strong>de</strong> Operação da Rodovia, por um período a ser <strong>de</strong>finido no estágio final da fase <strong>de</strong>Construção.NOTA:Conforme exposto, as ativida<strong>de</strong>s pertinentes ao monitoramento serão<strong>de</strong>senvolvi<strong>das</strong> no âmbito do PGA – Programa <strong>de</strong> Gestão Ambiental – o qualtem por objetivo <strong>de</strong> caráter geral “Garantir que todos os ComponentesAmbientais e condicionamentos outros instituídos no Projeto <strong>de</strong> Engenhariaserão <strong>de</strong>vidamente <strong>de</strong>senvolvidos nos prazos e <strong>de</strong>ntro <strong>das</strong> condiçõesestabeleci<strong>das</strong> para obtenção do Licenciamento Ambiental”.9 BIBLIOGRAFIAa) BRASIL. Departamento Nacional <strong>de</strong> Estra<strong>das</strong> <strong>de</strong> Rodagem. Diretoria <strong>de</strong> EngenhariaRodoviária. Divisão <strong>de</strong> Estudos e Projetos. Serviço <strong>de</strong> Estudos Rodoviários eAmbientais. DNER-ISA 07: impactos da fase <strong>de</strong> obras rodoviárias – causas/mitigação/eliminação. In: ______. Corpo normativo <strong>ambiental</strong> para empreendimentos rodoviários.Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1996. p. 59-70.b) ______. Constituição (1988). Art. 176. Disponível em: .Acesso em: 29 mar. 2005.c) ______; INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA. Projeto <strong>de</strong> engenharia da ligaçãoFlorianópolis – Osório: projeto básico <strong>ambiental</strong>. Brasília; Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2001.d) ______. Departamento Nacional <strong>de</strong> Infra-Estrutura <strong>de</strong> Transportes. Diretoria <strong>de</strong>Planejamento e Pesquisa. Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>de</strong> Estudos e Pesquisa. Instituto <strong>de</strong>Pesquisas Rodoviárias. Especificações gerais para obras rodoviárias. In: ______.Ativida<strong>de</strong>s e produtos do <strong>IPR</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro, n. 2, 2003. CD-ROM.IPA – 07 – Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>MT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 81e) DISTRITO RODOVIÁRIO FEDERAL, 07. Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Concessões Rodoviárias.PER – Programa <strong>de</strong> exploração rodoviária, monitoração: especificações gerais. Rio <strong>de</strong>Janeiro, 2000.f) INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS. Manual <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> engenhariarodoviária. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1974.g) ______. Divisão <strong>de</strong> Pesquisas; GEPEL. Manual <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> rodovias. Rio <strong>de</strong>Janeiro, 1990.h) ______; ______. Manual <strong>de</strong> hidrologia básica para estruturas <strong>de</strong> drenagem. Rio <strong>de</strong>Janeiro, 1990.IPA – 07 – Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degrada<strong>das</strong>MT/DNIT/<strong>IPR</strong>


831 INTRODUÇÃOEsta IPA se <strong>de</strong>stina a especificar as ações que <strong>de</strong>vem ser realiza<strong>das</strong>, para recuperação<strong>de</strong> Passivos Ambientais <strong>de</strong> rodovias sob jurisdição do Departamento Nacinal <strong>de</strong> Infra -Estrutura e Tranportes - DNIT. A recuperação <strong>de</strong>stas ocorrências erradica ou estabiliza<strong>de</strong>gradações instala<strong>das</strong> em função da existência da rodovia.O Passivo Ambiental apresentado por re<strong>de</strong>s viárias se limita e é constituído porexternalida<strong>de</strong>s gera<strong>das</strong> pela existência da rodovia sobre terceiros e por externalida<strong>de</strong>sgera<strong>das</strong> por terceiros sobre a rodovia (embora os últimos sejam passivos gerados porterceiros, nem sempre eles po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificados ou responsabilizados, obrigando oórgão rodoviário a assumi-lo em benefício da estrada e / ou <strong>de</strong> seus usuários).Os casos em que os processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação estejam limitados à faixa <strong>de</strong> domínio, sempotencial <strong>de</strong> evolução para as áreas lin<strong>de</strong>iras, não são consi<strong>de</strong>rados como parcelas doPassivo Ambiental.Como exemplos <strong>das</strong> externalida<strong>de</strong>s que constituem o Passivo Ambiental po<strong>de</strong>m sercita<strong>das</strong>:a) Externalida<strong>de</strong>s gera<strong>das</strong> por ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> terceiros interferindo na operação da rodovia:a implantação <strong>de</strong> loteamentos marginais, cujas obras <strong>de</strong> terraplenagem, quase sempreexecuta<strong>das</strong> sem o controle técnico necessário, causam assoreamento na pista <strong>de</strong>rolamento e no sistema <strong>de</strong> drenagem;b) Externalida<strong>de</strong>s gera<strong>das</strong> pela rodovia, agindo sobre terceiros: uma caixa <strong>de</strong> empréstimoque, após o término <strong>das</strong> ativida<strong>de</strong>s exploratórias, não foi beneficiada por serviços <strong>de</strong>recuperação da área. Neste caso, o surgimento <strong>de</strong> erosões e conseqüentesassoreamentos po<strong>de</strong>rão prejudicar, além do corpo estradal, proprieda<strong>de</strong>s lin<strong>de</strong>iras(perda <strong>de</strong> pastagens e áreas agricultáveis).2 OBJETIVOSOs objetivos dos trabalhos compreen<strong>de</strong>m a I<strong>de</strong>ntificação, Caracterização e Proposição<strong>de</strong> Soluções – Tipo (que serão, futuramente, <strong>de</strong>talha<strong>das</strong>, à nível executivo, pelo Projeto<strong>de</strong> Engenharia) para erradicação/estabilização <strong>de</strong> passivos ambientais <strong>de</strong>tectados namallha rodoviária do DNIT.


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 843 METODOLOGIA3.1 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTALAs ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stina<strong>das</strong> ao levantamento Passivo Ambiental serão executa<strong>das</strong> conformeas codificções constantes nas Tabelas 1 e 2 e aos Quadros: Caracterização doSegmento Rodoviário e Caracterização do Problema, a seguir apresentados e<strong>de</strong>talhados.3.1.1 TABELA 1Esta tabela estabelece codificação para i<strong>de</strong>ntificar os problemas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>ambiental</strong> commaior incidência em rodovias nacionais, <strong>de</strong> modo a facilitar tanto o levantamento <strong>de</strong>campo, como o processamento <strong>das</strong> informações em escritório. Assim, to<strong>das</strong> asexternalida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m ser reconhecidos como passivo <strong>ambiental</strong>, conforme <strong>de</strong>finidose i<strong>de</strong>ntificados antes, serão objeto <strong>de</strong> levantamento, com caracterização, dimensões elocalização.A Tabela 1 classifica e codifica 78 problemas rodoviários clássicos, <strong>de</strong>ntro dos seguintesgran<strong>de</strong>s grupos <strong>de</strong> ocorrência:a) Cortes e Aterros – on<strong>de</strong> constam as principais ocorrências nestes terraplenos, subagrupa<strong>das</strong> em : erosões, <strong>de</strong>sagregações, escorregamentos, queda / rolamento <strong>de</strong>blocos e recalques, sendo também i<strong>de</strong>ntificada a causa do problema;b) Áreas Utiliza<strong>das</strong> para Apoio às Obras e Ações <strong>de</strong> Terceiros – agrupa os problemas<strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> antigas áreas para apoio às obras (empréstimos, jazi<strong>das</strong>, bota-foras,acampamentos, outros) e aqueles <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> terceiros, ou sejam :externas a faixa <strong>de</strong> domínio da rodovia (implantação <strong>de</strong> loteamentos e outrosempreendimentos, comércios marginais, acessos irregulares, ocupação da faixa <strong>de</strong>domínio, outros). As ocorrências também estão consi<strong>de</strong>ra<strong>das</strong> <strong>de</strong> acordo com oterrapleno ou área <strong>de</strong> ocorrência: cortes, aterros, bota-foras, e ocupação da faixa <strong>de</strong>domínio.Dentro <strong>de</strong>ste grupo, foram <strong>de</strong>stacados dois sub grupos, <strong>de</strong>vido a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>interferir na operação / segurança da via, a saber:– Acesso Irregulares – on<strong>de</strong> serão ca<strong>das</strong>trados os acessos sem as condiçõestécnicas e <strong>de</strong> segurança requeri<strong>das</strong> à operação da rodovia. Estes dispositivoscontribuem para ocorrência <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, assoreamentos e fluxos <strong>de</strong> águas pluviais(enxurra<strong>das</strong>);– Ocupação da Faixa <strong>de</strong> Domínio – compreen<strong>de</strong>rá o registro <strong>das</strong> ocupaçõesirregulares da Faixa <strong>de</strong> Domínio. As invasões da Faixa causam problemas <strong>de</strong>segurança ao invasor e ao usuário da via (comércio, moradias); erosões eassoreamentos (agricultura) e entupimento / represamento <strong>de</strong> drenagens e OACs(<strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> lixo, agricultura);IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 85c) Assoreamentos e Alagamentos – finalmente, neste item são catalogados osassoreamentos e alagamentos, e i<strong>de</strong>ntifica<strong>das</strong> suas origens.A seguir é apresentada a Tabela 1.TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS PROBLEMASFAIXA DE DOMÍNIO E ÁREAS ADJACENTESEROSÃO – ER(01) em sulcos(02) diferenciada(03) longitudinal em plataforma(04) associada a sistemas <strong>de</strong> drenagem(05) ravinamentoDESAGREGAÇÃO SUPERFICIAL – DS(06) <strong>de</strong>sagregação superficialEROSÃO – ER(16) em sulcos(17) longitudinal em plataforma(18) associada a sistemas <strong>de</strong> drenagem(19) interna ao maciço (piping)(20) ravinamentoCORTESESCORREGAMENTO – ES(07) <strong>de</strong>vido à inclinação acentuada(08) ao longo <strong>de</strong> estruturas residuais(09) no contato solo x rocha(10) por saturação(11) por evolução <strong>de</strong> erosão(12) em corpo <strong>de</strong> tálusATERROSESCORREGAMENTO – ES(21) por <strong>de</strong>ficiencia <strong>de</strong> fundação;(22) no maciço(23) associada a sistemas <strong>de</strong>drenagem(24) em tranposição <strong>de</strong> OACQUEDA DE BLOCOS – Q.B.(13) por estruturas residuais(14) por <strong>de</strong>scalçamentoROLAMENTO DE BLOCOS - RB(15) rolamento <strong>de</strong> blocosRECALQUE – RE(25) ) por <strong>de</strong>ficiencia <strong>de</strong> fundação;(26) associado a sistemas <strong>de</strong>drenagem;(27) por selagem <strong>de</strong> OAC(28) por rompimento <strong>de</strong> OAC(29) por má compactaçao domaciçoÁREAS UTILIZADAS PARA APOIO ÀS OBRAS– AÇÕES DE TERCEIROSEROSÃO – ER(30) em sulcos(31) diferenciada(32) associada a sistemas <strong>de</strong> drenagem(33) ravinamentoEROSÃO – ER(46) em sulcos(47) longitudinal em plataforma(48) associada a sistemas <strong>de</strong> drenagem(49) interna ao maciço (piping)(50) ravinamentoACESSOS IRREGULARESACESSOS IRREGULARES – AI(60) pavimentado(61) não pavimentado(62) em condição crítica <strong>de</strong> segurança(63) segmento críticoASSOREAMENTOASSOREAMENTO – AS(68) <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> corte(69) <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> aterro(70) <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> área explorada(71) <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> bota – fora(72) <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> terceiro(73) <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> acesso irregularCORTESESCORREGAMENTO – ES(37) <strong>de</strong>vido à inclinação acentuada(38) ao longo <strong>de</strong> estruturas residuais(39) no contato solo x rocha(40) por saturação(41) por evolução <strong>de</strong> erosãoATERROS / BOTA – FORASESCORREGAMENTO – ES(51) por <strong>de</strong>ficiencia <strong>de</strong> fundação;(52) no maciço(53) associada a sistemas <strong>de</strong>drenagem(54) em tranposição <strong>de</strong> OACQUEDA DE BLOCOS – Q.B.(42) por estruturas residuais(43) por <strong>de</strong>scalçamentoROLAMENTO DE BLOCOS - RB(44) rolamento <strong>de</strong> blocosRECALQUE – RE(55) ) por <strong>de</strong>ficiencia <strong>de</strong> fundação;(56) associado a sistemas <strong>de</strong>drenagem;(57) por selagem <strong>de</strong> OAC(58) por rompimento <strong>de</strong> OAC(59) por má compactação domaciçoOCUPAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIOOCUPAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO – OF(64) agricultura(65) edificações(66) comércio(67) <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> lixoALAGAMENTOALAGAMENTO – AL(74) por obstruçao <strong>de</strong> OAC(75) por obstruçao <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> drenagem(76) por implantação <strong>de</strong> OAC em cota superior aotalvegue(77) por inexistência <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> drenagem(78) <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> acesso irregularIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 863.1.2 TABELA 2A Tabela 2 indica a gravida<strong>de</strong> do problema em relação a Pista <strong>de</strong> Rolamento e ÁreasAdjacentes, <strong>de</strong> acordo seu nível <strong>de</strong> intervenção.Refere-se, primeiro, em relação à Pista <strong>de</strong> Rolamento, on<strong>de</strong> o problema será analisado emfunção do risco que apresenta ao tráfego (linha Interna).Na linha seguinte, Externa, serão analisa<strong>das</strong> as mesmas condições <strong>de</strong> interferência nasáreas adjacentes a Faixa <strong>de</strong> Domínio.A seguir é apresentada a Tabela 2.Tabela 2 – Gravida<strong>de</strong> da SituaçãoNÍVEL EM RELAÇÃO À PISTA DE ROLAMENTO EM RELAÇÃO ÀS ÁREAS ADJACENTES00 sem perigo sem perigo01 potencial para oferecer perigo potencial para oferecer perigo02 com perigo eminente com perigo eminente03 já interferente com perigo já interferente com perigo3.1.3 QUADRO DE CARACTERIZAÇÃO DO SEGMENTO RODOVIÁRIOEste quadro tem por objetivo apresentar elementos caracterizadores da seção tranversalda pista <strong>de</strong> rolamento e acostamentos e também informar em relação ao relevo da região<strong>de</strong> inserção da rodovia inventariada. Estes elementos, irão embasar a pesquisa da origem<strong>das</strong> <strong>de</strong>gradações e a <strong>de</strong>finição <strong>das</strong> soluções corretivas.A seguir é apresentado o Quadro <strong>de</strong> Caracterização do Segmento Rodoviário.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 87CARACTERIZAÇÃO DO SEGMENTO RODOVIÁRIORODOVIA:SEGMENTO:km à kmPISTA:SIMPLESDUPLAN° DE FAIXAS DE ROLAMENTO:ACOSTAMENTOS:SIMNÃOPAVIMENTO DA PISTA DE ROLAMENTO:ASFÁLTICOCONCRETONÃO PAVIMENTADAOUTROS:PAVIMENTO DOS ACOSTAMENTOS:ASFÁLTICOCONCRETONÃO PAVIMENTADAOUTROS:RELÊVO:PLANOONDULADOMONTANHOSOESCARPADOIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 883.1.4 QUADROS DE CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMAEstes quadros agrupam os problemas <strong>de</strong>tectados <strong>de</strong> acordo com o grupo ao qualpertencem (Grupos I, II, III, IV e V), on<strong>de</strong> estão classificados e codificados <strong>de</strong> acordo comas Tabelas 1 e 2, os problemas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>ambiental</strong> com maior incidência em rodoviasnacionais, <strong>de</strong> modo a facilitar tanto o levantamento <strong>de</strong> campo, como o processamento <strong>das</strong>informações em escritório.Assim, to<strong>das</strong> as externalida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m ser reconhecidos como passivo <strong>ambiental</strong>,conforme <strong>de</strong>finidos e i<strong>de</strong>ntificados antes, serão objeto <strong>de</strong> levantamento, com i<strong>de</strong>ntificação,dimensões e localização, <strong>de</strong> acordo com seu grupo, compreen<strong>de</strong>ndo:3.1.4.1 GRUPO II<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas ambientais <strong>de</strong>correntes da implantação da rodovia (erosões,assoreamentos, ravinamentos, inundações, <strong>de</strong>slizamentos, etc.), que interfiram outenham potencial para interferir não só no corpo estradal, mas também em áreas e/oucomunida<strong>de</strong>s lin<strong>de</strong>iras à faixa <strong>de</strong> domínio da rodovia. Compreen<strong>de</strong>rá a análise e registro<strong>de</strong> problemas ocorrentes internamente à faixa <strong>de</strong> domínio, em evolução ou com potencial<strong>de</strong> evolução, para áreas adjacentes e vice versa.3.1.4.1.1. PREENCHIMENTO DO QUADRO “GRUPO I”Na linha Discriminação e Classificação do Problema constará a indicação primária dopassivo,(erosão, escorregamento, etc.), complementada pela sua classificação (erosãoem sulcos, escorregamento por problemas <strong>de</strong> fundação, etc.), também a enquadrando emrelação ao terrapleno ou áreas <strong>de</strong> ocorrência,(corte, aterro, áreas explora<strong>das</strong>, etc.).Segueexemplo:a) erosão, em sulcos ocorrente em talu<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte: ER 01;b) recalque, em aterro, por insuficiência <strong>de</strong> drenagem: RE 24.A linha Localização não necessita explicação.As Dimensões (comprimento, largura e altura),<strong>de</strong> natureza expedita, serão estima<strong>das</strong>visualmente, sem utilização <strong>de</strong> equipamentos topográficos e tem por objetivo embasar aindicação preliminar <strong>das</strong> soluções corretivas.A informação relativa a Montante / Jusante, caracterizará se o problema ocorre àmontante, jusante ou em ambos os lados da rodovia.Presença <strong>de</strong> água: a informação requerida refere-se à presença perene <strong>de</strong> água porexposição do lençol freático ou se é resultante da retenção <strong>das</strong> águas pluviais.A Cobertura Vegetal, será classificada <strong>de</strong> acordo com os percentuais dos portes dosespécimes ocorrentes.Em Classificação do Material: registrar, <strong>de</strong> acordo com a Especificação DNER – ES280/97, os materiais ocorrentes.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 89Gravida<strong>de</strong>: enquadrar a ocorrência em um dos níveis previstos na Tabela 2, referindo-seprimeiro em relação à pista <strong>de</strong> rolamento, on<strong>de</strong> o problema será analisado em função dorisco que apresenta ao tráfego (linha Interna). Na linha seguinte, Externa, será analisadaa condição <strong>de</strong> interferência nas áreas adjacentes à faixa <strong>de</strong> domínio.A seguir é apresentado o Quadro <strong>de</strong> Caracterização do Problema relativo ao Grupo I.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


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Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 913.1.4.2 GRUPO III<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> antigas áreas <strong>de</strong> uso para apoio as obras que interfiram ou tenhampotencial <strong>de</strong> interferência na rodovia e/ou comunida<strong>de</strong>s lin<strong>de</strong>iras.Compreen<strong>de</strong>rá o registro <strong>de</strong> problemas originados em áreas utiliza<strong>das</strong> para apoio àsobras, a saber: explora<strong>das</strong> para obtenção <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção (brita, areia, seixo,solo, cascalho), ocupa<strong>das</strong> por bota – foras, acampamentos, etc.3.1.4.2.1. PREENCHIMENTO DO QUADRO “GRUPO II”As linhas Discriminação e Classificação do Problema têm metodologia <strong>de</strong>preenchimento idênticas às do quadro anterior.Na linha Distância ao Eixo. refere-se à distância referenciada ao eixo <strong>de</strong> projeto, sempreamarrada ao estaqueamento e/ou marco quilométrico.A linha Utilização pelas Obras irá informar qual o uso da área <strong>de</strong> apoio pelas obras, ouseja: acampamento, jazida, britagem, etc.A informação relativa ao Material Explorado informará o tipo <strong>de</strong> material obleto <strong>de</strong>exploração, classificado como já e <strong>de</strong>finido no Grupo I.As linhas Cobertura Vegetal, Gravida<strong>de</strong> e Presença <strong>de</strong> água, serão preenchi<strong>das</strong>conforme já <strong>de</strong>finido para o Grupo I.A seguir é apresentado o Quadro <strong>de</strong> Caracterização do Problema relativo ao Grupo II.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


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Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 933.1.4.3 GRUPO IIII<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas ambientais <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s não <strong>de</strong>correntes daoperação da rodovia.Compreen<strong>de</strong>rá o registro <strong>de</strong> passivos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> terceiros (p. ex. lavouras,indústrias ativida<strong>de</strong>s agrícolas, terraplanagens, lixo etc.) que interfiram ou com potencial<strong>de</strong> interferência no corpo estradal e/ou faixa <strong>de</strong> domínio da rodovia3.1.4.3.1. PREENCHIMENTO DO QUADRO “GRUPO III”O preenchimento será idêntico ao Grupo II, com exceção da linha Caracterização doempreendimento foco da <strong>de</strong>gradação, que tem por objetivo breve caracterização daativida<strong>de</strong> foco da <strong>de</strong>gradação, p. ex.: industria, loteamento, lixo, lavoura etc..A seguir é apresentado o Quadro <strong>de</strong> Caracterização do Problema relativo ao Grupo III.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


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Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 953.1.4.4 GRUPO IVI<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> interferência com núcleos urbanos.Compreen<strong>de</strong>rá a caracterização <strong>das</strong> travessias urbanas e seus equipamentos.3.1.4.4.1. PREENCHIMENTO DO QUADRO “GRUPO IV”As linhas Localida<strong>de</strong>, Localização / Lado e Extensão são auto explicativas.As informações relativas a Ruas Laterais e Ruas Transversais, referem-se à existência<strong>de</strong>stas vias e sua posição em relação ao eixo <strong>de</strong> projeto, amarrada ao estaqueamentoe/ou quilometragem.Em Equipamentos para travessia <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stre, será informado apenas a existência <strong>de</strong>stesdispositivos, não sendo necessário quantificar, p.ex. semáforos, passarelas.O preenchimento da linha Segmento Crítico tem por objetivo informar (sim ou não) se no localocorrem constantemente aci<strong>de</strong>ntes, face a falta <strong>de</strong> segurança, e se fará a partir <strong>de</strong> informações daEquipe Técnica do DNIT.Neste caso, a Gravida<strong>de</strong> da Situação não será analisada pelo seu potencial <strong>de</strong> ocorrênciaexternamente á faixa <strong>de</strong> domínio, posto que a maioria dos problemas correspon<strong>de</strong>rá a aci<strong>de</strong>ntes napista <strong>de</strong> rolamento.A seguir é apresentado o Quadro <strong>de</strong> Caracterização do Problema relativo ao Grupo IV.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


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Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 973.1.4.5 GRUPO VI<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> acessos irregulares e ocupações da Faixa <strong>de</strong> Domínio. Compreen<strong>de</strong>rá acaracterização dos acessos sem a padronização técnica do DNIT e o uso in<strong>de</strong>vido dafaixa <strong>de</strong> domínio por terceiros.3.1.4.5.1. PREENCHIMENTO DO QUADRO “GRUPO V”As linhas Localização e Dimensões são auto explicativas.As informações relativas a Interferência com o Corpo Estradal, referem-se ao registro<strong>de</strong> qual dispositivo, equipamento e área do corpo estradal é interferido pelo problema.A Caracterização do Problema, compreen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>scrição resumida do evento. Por exemplo:“Acesso a Fábrica, com tráfego <strong>de</strong> veículos pesados” ou “Ocupação por moradias <strong>de</strong> baixa renda,com <strong>de</strong>spejo <strong>de</strong> esgoto no sistema <strong>de</strong> drenagem superficial”.O preenchimento da linha Segmento Crítico tem por objetivo informar (sim ou não) se no localocorrem constantemente aci<strong>de</strong>ntes, face a falta <strong>de</strong> segurança, e se fará a partir <strong>de</strong> informações daEquipe Técnica do DNIT.Neste caso, a Gravida<strong>de</strong> da Situação não será analisada pelo seu potencial <strong>de</strong> ocorrênciaexternamente á faixa <strong>de</strong> domínio, posto que a maioria dos problemas correspon<strong>de</strong>rá a aci<strong>de</strong>ntes eintervenções na pista <strong>de</strong> rolamento.A seguir é apresentado o Quadro <strong>de</strong> Caracterização do Problema relativo ao Grupo V.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


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Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 993.1.5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕESO levantamento do Passivo Ambiental <strong>de</strong> acordo com a metodologia aqui apresentadapropiciará a constituição <strong>de</strong> um banco <strong>de</strong> dados homogêneo, pouco <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte daheterogeneida<strong>de</strong> <strong>das</strong> equipes <strong>de</strong> levantamento <strong>de</strong> campo. Os levantamentos <strong>de</strong>vem sercomplementados por registro fotográfico <strong>de</strong> todos os passivos inventariados e indicaçãodos projetos tipo <strong>das</strong> intervenções corretivas.Caberá ao Projeto Executivo <strong>de</strong> Engenharia, em uma etapa posterior, <strong>de</strong>talhar, quantificare orçar (a partir dos Projetos Tipo indicados), as obras para eliminação ou mitigação dosproblemas.Face ao potencial evolutivo <strong>de</strong> Passivos Ambientais, recomenda-se constantemonitoramento <strong>das</strong> áreas inventaria<strong>das</strong>, registro <strong>das</strong> alterações ocorri<strong>das</strong> para verificaçãoda valida<strong>de</strong> <strong>das</strong> soluções indica<strong>das</strong> e, se for o caso, propor as alterações necessárias.Deve-se ressaltar que o Monitoramento será executado em dois períodos, a saber:a) 1º Período: compreendido entre o término <strong>de</strong> levantamento do Passivo Ambiental eIndicação da Solução Corretiva e o início <strong>das</strong> obras, com o objetivo <strong>de</strong> verificar se aevolução do problema torna necessário alterar a solução indicada;b) 2º Período: com início após o término <strong>das</strong> intervenções corretivas, com o objetivo <strong>de</strong>verificar a funcionalida<strong>de</strong> da solução implantada.3.2 PRIORIZAÇÃO DE INTERVENÇÕES CORRETIVAS3.2.1 INTRODUÇÃOConsi<strong>de</strong>rando a necessida<strong>de</strong> do gerenciamento dos sempre escassos recursosdisponíveis para a realização <strong>das</strong> intervenções previstas, torna-se imprescindível acriação <strong>de</strong> um método que priorize tais intervenções, <strong>de</strong> modo a dirigir a execução para oconjunto que represente o melhor/maior ganho <strong>ambiental</strong> possível em toda malha viária acada período orçamentário que po<strong>de</strong> ser chamada <strong>de</strong> intervenção ótima para aqueleperíodo. A intervenção ótima raramente coinci<strong>de</strong> com o maior número possível <strong>de</strong>intervenções, ou com intervenção total em um ou poucos trechos. Para tanto, criou-se ummo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> caracterização dos trechos rodoviários homogêneos que compõem a malha,em função dos seguintes parâmetros, os quais, ao fim, <strong>de</strong>finirão as priorida<strong>de</strong>s almeja<strong>das</strong>:a) características operacionais da rodovia;b) características ambientais da rodovia e seu entorno;c) indicadores sócio-econômicos.Apesar do enfoque essencialmente <strong>ambiental</strong> na metodologia proposta, optou-se porconsi<strong>de</strong>rar também fatores não exclusivamente ambientais, pois a simples existência daIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 100rodovia (como ocorre em qualquer intervenção <strong>de</strong> atuação antrópica) caracteriza umasituação <strong>de</strong> não-exclusivida<strong>de</strong> <strong>ambiental</strong>. Uma não-interação <strong>de</strong> fatores implicaria emrecomendações ina<strong>de</strong>qua<strong>das</strong>, ao consi<strong>de</strong>rarmos que alguém paga pêlos investimentosrealizados, e que, <strong>de</strong> forma geral, o objeto <strong>de</strong> interesse principal é o empreendimentoviário, sendo necessário, portanto, a obtenção do ponto <strong>de</strong> equilíbrio entre interessesexclusivamente <strong>ambiental</strong>istas (meios físico, biológico e ecossistemas naturais) e sócioeconômicos.Como ponto comum <strong>de</strong>stes interesses po<strong>de</strong>-se citar o fator <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes,<strong>de</strong>corrente da existência e da operação da rodovia, que sob o ponto <strong>de</strong> vista <strong>ambiental</strong>gera impactos nos meios físico, biótico e antrópico (contaminação <strong>de</strong> mananciais,incêndios, vítimas humanas e prejuízo material), mas, mesmo assim, são aceitáveis pelasocieda<strong>de</strong>.3.2.2 CARACTERIZAÇÃO DA RODOVIA3.2.2.1 PARÂMETROSA caracterização da rodovia <strong>de</strong>ve ser feita por segmentos (sub-trechos homogêneos)analisados, on<strong>de</strong> são consi<strong>de</strong>rados parâmetros significativos os seguintes itens:a) Volume <strong>de</strong> tráfego;b) Estado <strong>de</strong> conservação, sendo este uma combinação dos seguintes fatores:– condições gerais da via (pista e acostamento); e– sistema <strong>de</strong> drenagem.c) Características <strong>de</strong> interesse antrópico:– interesse estratégico;– interesse sócio-econômico;– risco <strong>de</strong> dano <strong>ambiental</strong>.3.2.2.2 VOLUME DE TRÁFEGOO volume <strong>de</strong> tráfego, aqui em veículos/dia (VMD), envolve simultaneamente fatores comoimportância da rodovia, potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste e risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes (função <strong>de</strong>probabilida<strong>de</strong> direta da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> veículos).3.2.2.3 ESTADO DE CONSERVAÇÃOA variável correspon<strong>de</strong>nte ao estado <strong>de</strong> conservação da rodovia envolve fatores comoproteção/preservação do investimento viário, segurança/conforto do usuário e o risco <strong>de</strong>aci<strong>de</strong>ntes envolvendo veículos ou a própria via, pela atuação sinérgica <strong>de</strong> eventosnaturais e antrópicos.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 101O sistema <strong>de</strong> drenagem representa um dos maiores fatores <strong>de</strong> risco <strong>ambiental</strong> emrodovias em operação. Os problemas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> falhas no funcionamento a<strong>de</strong>quadodos dispositivos <strong>de</strong> drenagem implicam em impactos que <strong>de</strong>mandam custo <strong>de</strong> mitigaçãomuito superior ao custo <strong>de</strong> conservação/melhoramento.A alteração da forma <strong>de</strong> ocupação da região <strong>de</strong> entorno da rodovia, no segmentoconsi<strong>de</strong>rado, e a eventual variação climática, po<strong>de</strong>m alterar a funcionabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> umsistema drenante, tornando-o insuficiente, obrigando a adoção <strong>de</strong> novos conceitos <strong>de</strong>projeto, quando constatada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu redimensionamento.3.2.2.4 CARACTERÍSTICAS DE INTERESSE ANTRÓPICOForam assim classificados os parâmetros não mensuráveis em campo, visando inserir, nomo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> priorização, elementos <strong>de</strong> caráter logístico para cada trecho consi<strong>de</strong>rado.Estas características <strong>de</strong>vem ser adota<strong>das</strong> apenas, conforme seu conceito, em trechosrodoviários pré-<strong>de</strong>finidos pela administração vigente, pois conforme seus interesses será<strong>de</strong>cidido se <strong>de</strong>termina<strong>das</strong> vias po<strong>de</strong>m (ou não) merecer <strong>de</strong>staque no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>priorização <strong>de</strong> investimentos. Por exemplo, no caso da malha do Rio <strong>de</strong> Janeiro se<strong>de</strong>stacaram a Rodovia Rio-Santos, por se tratar da rota <strong>de</strong> fuga em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte comas usinas nucleares localiza<strong>das</strong> em Angra dos Reis, e a Via Dutra, por interligar os doismaiores centros econômicos do País (Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo).a) Interesse EstratégicoDeterminados trechos <strong>de</strong> rodovias apresentam características singulares do ponto <strong>de</strong>vista estratégico, e, <strong>de</strong>sta forma, <strong>de</strong>vem ter priorida<strong>de</strong> na distribuição dos recursosdisponíveis.São consi<strong>de</strong>rados merecedores <strong>de</strong>sta vantagem trechos <strong>de</strong> rodovias diretamenterelacionados a:− rotas <strong>de</strong> evacuação <strong>de</strong> regiões <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> catástrofes (naturais ou não).− traçados alternativos para eventual interrupção <strong>de</strong> vias principais.− vias <strong>de</strong> ligação a pontos estratégicos <strong>de</strong> segurança pública/nacional.b) Interesse Sócio-EconômicoDo ponto <strong>de</strong> vista sócio-econômico isto se aplica a vias <strong>de</strong> corredores <strong>de</strong> ligação <strong>de</strong>regiões produtoras a centros <strong>de</strong> consumo ou que permitam fluxo turístico, além <strong>de</strong> viasexclusivas para acesso <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s a locais com maiores ofertas <strong>de</strong> empregos eserviços.c) Riscos <strong>de</strong> Danos AmbientaisSão objeto <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> na metodologia proposta segmentos viários implantados emáreas protegi<strong>das</strong> por lei (parques, reservas, etc) e, em especial, as travessias e/ouproximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corpos hídricos que abasteçam centros urbanos/indústrias (rios, lagos,IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 102reservatórios, represas), on<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes po<strong>de</strong>m por em risco a qualida<strong>de</strong>/quantida<strong>de</strong> <strong>das</strong>águas <strong>de</strong>stina<strong>das</strong> a uso humano/industrial.No caso <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> proteção/preservação <strong>ambiental</strong>, estes sistemas já apresentam, <strong>de</strong>forma geral, equilíbrio crítico com a presença da rodovia. Um aci<strong>de</strong>nte em tais áreasconfigura uma situação <strong>de</strong>licada para o perfeito funcionamento do ecossistema atingido,quer na forma <strong>de</strong> incêndios, quer na eventual contaminação por <strong>de</strong>rramamento <strong>de</strong> cargaspotencialmente perigosas.3.2.3 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E BIOLÓGICA3.2.3.1 PARÂMETROSPara caracterização física e biológica <strong>de</strong> cada segmento <strong>de</strong> rodovia <strong>de</strong>vem serconsi<strong>de</strong>rados parâmetros que representem alteração potencial significativa aoecossistema do qual se faz componente, pelo fator <strong>de</strong> risco à integrida<strong>de</strong> da rodovia e ásua condição <strong>de</strong> operação, tais como:a) tipo/estado do solob) cobertura vegetalc) características climáticas.O resultado da interação <strong>de</strong>stes parâmetros freqüentemente extrapola as previsõesefetua<strong>das</strong> pela interpretação isolada <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les. Áreas originalmente preditascomo instáveis po<strong>de</strong>m apresentar estabilida<strong>de</strong> aceitável e outras, presumidamenteestáveis ce<strong>de</strong>m freqüentemente, ameaçando a operação e, até, a integrida<strong>de</strong> da rodovia,com o conseqüente impacto ao ecossistema do qual é componente.3.2.3.2 TIPO/ESTADO DO SOLOA estabilida<strong>de</strong> do solo é fortemente influenciada pela existência <strong>de</strong> condicionantes locaisem função <strong>de</strong> características que, atuando sinergicamente a fatores edafológicos po<strong>de</strong>malterar a estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maciços.3.2.3.3 COBERTURA VEGETALDevem ser consi<strong>de</strong>ra<strong>das</strong> duas variáveis relativas a cobertura vegetal: <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> ea<strong>de</strong>quação.O primeiro conceito que <strong>de</strong>ve ser revisto é o <strong>de</strong> que uma cobertura vegetal <strong>de</strong>nsa ésuficiente para manter a integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma encosta. A integrida<strong>de</strong> é o resultado doconjunto <strong>de</strong> diversas variáveis (aborda<strong>das</strong> neste mo<strong>de</strong>lo), e não apenas da existência <strong>de</strong>vegetação. São inúmeros os casos <strong>de</strong> catástrofes associa<strong>das</strong> a gran<strong>de</strong>s escorregamentosocorridos em áreas não antropiza<strong>das</strong>.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 103A a<strong>de</strong>quação da vegetação é caracterizada pela presença <strong>de</strong> espécies que efetuem aproteção e coesão da camada superficial do solo, combinada com espécies capazes <strong>de</strong>firmar as cama<strong>das</strong> mais profun<strong>das</strong>.De forma geral uma encosta que apresenta como cobertura floresta preservada, não énecessariamente mais estável do que uma área beneficiada por estudos e projetosespecíficos, que indicaram a adoção <strong>de</strong> combinação <strong>de</strong> floresta (árvores maiores comraízes profun<strong>das</strong>) com vegetação rasteira (raízes compactas, agregando e protegendo acamada superficial do solo) e/ou com obras especificas <strong>de</strong> estabilização.3.2.3.4 CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICASDo ponto <strong>de</strong> vista climático, o item mais significativo para conservação <strong>de</strong> rodovias noaspecto <strong>ambiental</strong> é a intensida<strong>de</strong>/duração <strong>das</strong> precipitações. Os fenômenos então<strong>de</strong>correntes como erosão, alagamento e <strong>de</strong>sestabilização do solo por saturação, sãopotencialmente graves, implicando em riscos significativos à rodovia (corpo estradai eobras <strong>de</strong> arte) e ao meio ambiente, normalmente trazendo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obrasemergênciais, caracteriza<strong>das</strong> por condições <strong>de</strong> trabalho que, normalmente, não po<strong>de</strong>mgarantir a adoção <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> proteção convenientes.3.3 MÉTODO PARA PRIORIZAÇÃO DE INTERVENÇÕES3.3.1 COMPONENTESO método proposto consiste no preenchimento <strong>das</strong> fichas:a) Levantamento <strong>de</strong> Parâmetros para Caracterização da Rodovia (quadro XIV)b) Determinação dos índices <strong>de</strong> Priorização, e, logo a seguir, na <strong>de</strong>terminação do índice<strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong> (quadro 4).3.3.2 LEVANTAMENTO DE PARÂMETROS PARA CARACTERIZAÇÃO DA RODOVIA (QUADRO XIV,EM ANEXO)Os parâmetros consi<strong>de</strong>rados nesta fase compreen<strong>de</strong>m:3.3.2.1 SISTEMA DE DRENAGEMAnalisar o funcionamento do sistema, classificando-o <strong>de</strong> acordo com os seguintesindicadores:a) Suficiente/Insuficiente-verificar a funcionabilida<strong>de</strong> dos dispositivos implantados;b) Bem/Mal conservado - verificar o estado geral <strong>de</strong> conservação do sistema;IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 1043.3.2.2 CONDIÇÃO GERAL DA VIA (PISTA E ACOSTAMENTO)verificar o estado geral da superfície do pavimento, em relação a segurança e conforto dousuário.Esta classificação será realizada pela verificação visual do estado <strong>de</strong> conservação dapista <strong>de</strong> rolamento e acostamentos, <strong>de</strong>ntro do seguinte critério:a) superfície da pista <strong>de</strong> rolamento apresentando menos <strong>de</strong> 5% da área com<strong>de</strong>gradações; classificação: BOA.b) superfície da pista <strong>de</strong> rolamento apresentando entre 5% e 15% da área com<strong>de</strong>gradações; classificação: REGULARc) superfície da pista <strong>de</strong> rolamento apresentando mais <strong>de</strong> 15% da área com <strong>de</strong>gradações;classificação: PÉSSIMA.3.3.2.3 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DA VIAApós caracterização da pista <strong>de</strong> rolamento, proce<strong>de</strong>r-se-á <strong>de</strong> modo idêntico a análise dosacostamentos e interação <strong>de</strong>ste dado com a avaliação da pista <strong>de</strong> rolamento, como sesegue:a) a existência <strong>de</strong> acostamentos pavimentados em BOM estado, consagra a classificaçãoda pista <strong>de</strong> rolamento, que será a <strong>de</strong>finitiva;b) a existência <strong>de</strong> acostamentos pavimentados em REGULAR ou PÉSSIMO estado, tornanecessário a seguinte avaliação:c) pista <strong>de</strong> rolamento com classificação inferior aos acostamentos: manter a classificaçãoda pista, que será a <strong>de</strong>finitiva;d) pista <strong>de</strong> rolamento com classificação superior aos acostamentos: manter aclassificação dos acostamentos, que será a <strong>de</strong>finitiva.e) acostamentos não pavimentados ou inexistentes: a classificação da pista <strong>de</strong> rolamentoserá reduzida ao nível imediatamente inferior (p.ex.: BOA para REGULAR), que será aclassificação <strong>de</strong>finitiva.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 105QUADRO XIVLevantamento <strong>de</strong> Parâmetros para Caracterização da RodoviaFICHA:RODOVIA: ESTADO: RESIDÊNCIA:TRECHO:EXTENSÃO:Condição Geral da Via / Pista e AcostamentoPéssimo Regular BomSistema <strong>de</strong> drenagemSuficienteBem ConservadoInsuficienteMal ConservadoVolume <strong>de</strong> Tráfegoveículos / diaInteresse estratégico Sim NãoInteresse sócio-econômico Sim NãoRisco <strong>de</strong> dano <strong>ambiental</strong> Sim NãoCobertura VegetalDensa Esparsa NulaA<strong>de</strong>quada: Sim NãoSolo / Talu<strong>de</strong>sEstável Médio InstávelPrecipitação mm / ano Estiagem ProlongadaSimNãoIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 1063.3.2.4 VERIFICAR AINDA, OS SEGUINTES PARÂMETROS:a) Volume <strong>de</strong> tráfego: informar o volume médio diário (VMD);b) Interesses: estratégico, sócio-econômico - analisar e informar a atual utilização darodovia. Se possível, confrontá-la com as projeções efetua<strong>das</strong> nos Estudos <strong>de</strong>Viabilida<strong>de</strong>;c) Risco <strong>de</strong> dano <strong>ambiental</strong>: informar a existência ou potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong>danos em áreas <strong>de</strong> interesse <strong>ambiental</strong>.d) Cobertura vegetal: analisar a cobertura vegetal ocorrente, não só em relação a<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, mas principalmente sob sua a<strong>de</strong>quação em termos <strong>de</strong> proteção do solo,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da vegetação ser natural (autóctone) ou exótica.e) Solos/talu<strong>de</strong>s: analisar os maciços pertinentes á rodovia, tendo em foco a ocorrênciaou possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> áreas instáveis (recalques, queda <strong>de</strong> barreiras,queda <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> rocha, etc);f) Precipitação: informar o índice pluviométrico da área <strong>de</strong> interesse, acrescentando, sepossível, dados relativos a maior precipitação ocorrente, e sua distribuição sazonal.A orientação para confronto <strong>de</strong> dados atuais com os Estudos <strong>de</strong> Viabilida<strong>de</strong>, tem porobjetivo verificar se o empreendimento distanciou-se <strong>de</strong> seus objetivos iniciais, permitindoo aparecimento <strong>de</strong> fatores não previstos nas fases <strong>de</strong> planejamento da rodovia, queacarretaram alterações ao meio ambiente, causando interferências (p.ex.: alteração douso do solo, criação <strong>de</strong> poios industriais e turísticos geradores <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> tráfego etc)<strong>de</strong>correntes da não previsão/implantação <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> engenharia à época <strong>das</strong> obras.Deve-se então consi<strong>de</strong>rar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma revisão nas projeções efetua<strong>das</strong>, comcalibração baseada nos dados atuais, visando <strong>de</strong>finir novos cenários regionais para arodovia e ecossistema associado.A solicitação relativa aos índices pluviométricos tem por objetivo caracterizar o ciclo <strong>das</strong>precipitações mais intensas, proporcionando avaliação mais realista da urgência em seimplantar intervenções.3.3.3 DETERMINAÇÃO DE PRIORIZAÇÃOA obtenção <strong>de</strong> um índice <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> IP para cada segmento rodoviário homogêneoconsi<strong>de</strong>rado, <strong>de</strong>terminante da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> para as intervençõescorretivas/preventivas, é feita com a interação dos parâmetros <strong>de</strong> caracterização darodovia, registrados quando do preenchimento da planilha apresentada no Quadro XIV.Neste procedimento são <strong>de</strong>terminados inicialmente dois índices: Técnico (IT) e <strong>de</strong> Risco(IR).IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 107QUADRO XVDeterminação <strong>de</strong> Priorização <strong>de</strong> IntervençõesTABELA 1Condições Gerais da Via / Pista e AcostamentoV1PéssimoV2RegularV3BomTABELA 1a. - ESTADO DE CONSERVAÇÃOSISTEMA DE DRENAGEMCONDIÇÕESINSUFICIENTE INSUFICIENTE SUFICIENTE SUFUCIENTEGERAIS DA VIAMAL CONSERVADA BEM CONSERVADA MAL CONSERVADA BEM CONSERVADOV1 Péssimo Mau RegularV2 Mau Regular BomV3 Regular Bom ÓtimoTABELA 2. - INDICE TÉCNICOESTADO DEVOLUME MÉDIO DE TRÁFEGO DIÁRIOCONSERVAÇÃO < 300 < 700 < 1400 < 3000 > 3000Bom 0 1 1 2 2Ótimo 1 1 2 2 3Regular 1 2 3 3 4Mau 2 3 3 4 5Péssimo 3 3 4 5 6TABELA 2a. Interesse Estratégico + 1Interesse Sócio-Econômico + 1Risco <strong>de</strong> Dano Ambiental + 1TABELA 3. - RISCO GEO-AMBIENTALCOBERTURA VEGETALTIPO/ESTADODENSA / DENSA / ESPARSA / ESPARSA /DE SOLOADEQUADA INADEQUADA ADEQUADA NULAEstável G0 G1G2Médio G1 G2 G3Instável G2 G3G4TABELA 3a.NuloBaixoMédioAltoRISCO CLIMÁTICOPrecipitação até 1000 mm/ano sem estiagem prolongadaPrecipitação até 1000 mm/ano com estiagem prolongadaPrecipitação < 2000 mm/anoPrecipitação > 2000 mm/anoTABELA 3b. - INDICE DE RISCORISCORISCO CLIMÁTICOGEO-AMBIENTAL NULO BAIXO MÉDIO ALTOG0 0 0 1 1G1 0 1 1 2G2 1 1 2 3G3 2 2 3 4G4 3 3 4 5TABELA 4. - ÍNDICE DE PRIORIDADEÍNDICEÍNDICE DE RISCOTÉCNICO 0 1 2 3 4 5≤ 1 1 1 2 2 3 32 1 2 2 3 3 43 2 2 3 3 4 44 2 3 3 4 4 55 3 3 4 4 5 56 3 4 4 5 5 6≥ 7 3 4 5 6 6 7Mínimo:* Limpesa* Conservação e manutençãoMelhorias:* Recupração <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>grada<strong>das</strong>* Melhoria dos sistemas <strong>de</strong> drenagem* Melhoria em dispositivos na interface comáreas urbanasIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 1083.3.3.1 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE TÉCNICO (IT)O índice Técnico é resultado da interação dos parâmetros <strong>de</strong> caracterização da rodoviacom a utilização <strong>das</strong> tabelas 1, 1a, 2 e 2a apresenta<strong>das</strong> no Quadro 4.Com o uso da Tabela 1, i<strong>de</strong>ntifica-se o índice "V", para as condições gerais da via (pista eacostamento).Condição geral da Via / Pista e acostamentoPéssimo Regular BomTABELA 1Condições Gerais da Via / Pista e AcostamentoV1PéssimoV2RegularV3BomV1V2V3Uma vez obtido este índice, ele é associado aos parâmetros referentes ao sistema <strong>de</strong>drenagem com a utilização da tabela 1a, permitindo a <strong>de</strong>terminação do <strong>de</strong>scritor paraestado <strong>de</strong> conservação da rodovia.Sistema <strong>de</strong> DrenagemV1V2V3SuficienteBem ConservadoInsuficienteMal ConservadoTABELA 1a. - ESTADO DE CONSERVAÇÃOSISTEMA DE DRENAGEMCONDIÇÕESINSUFICIENTE INSUFICIENTE SUFICIENTE SUFUCIENTEGERAIS DA VIAMAL CONSERVADA BEM CONSERVADA MAL CONSERVADA BEM CONSERVADOV1 Péssimo Mau RegularV2MauRegularBomV3 RegularBom ÓtimoIndicador do Estado <strong>de</strong> Conservação:Ótimo, Bom, Regular, PéssimoA <strong>de</strong>terminação do índice Técnico é realizada então em duas etapas, <strong>de</strong>scritas a seguir.Primeiramente, com o uso da tabela 2, é efetuada a interação entre o <strong>de</strong>scritor <strong>de</strong> estado<strong>de</strong> conservação da rodovia e o volume <strong>de</strong> tráfego do segmento, <strong>de</strong>terminando o índiceTécnico Preliminar.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 109Indicador do Estado <strong>de</strong> Conservação:Ótimo, Bom, Regular, PéssimoVolume <strong>de</strong> TráfegoTABELA 2. - INDICE TÉCNICOESTADO DEVOLUME MÉDIO DE TRÁFEGO DIÁRIOCONSERVAÇÃO < 300 < 700 < 1400 < 3000 > 3000Bom0 1 1 2 2Ótimo1 1 2 2 3Regular1 2 3 3 4Mau2 3 3 4 5Péssimo 3 3 4 5 6ÍndiceTécnicoPreliminar:1, 2, 3, 4, 5 ou 6A seguir, com o auxílio da tabela 2a, <strong>de</strong>ve-se adicionar a este valor preliminar asbonificações previstas que se façam necessárias para os aspectos <strong>de</strong> interesse darodovia, em relação a: fatores estratégicos; interesse sócio-econômico e risco potencial<strong>de</strong> dano <strong>ambiental</strong>.Interesse estratégicoInteresse sócio-econômicoRisco <strong>de</strong> dano <strong>ambiental</strong>SimSimSimNãoNãoNãoÍndiceTécnico Preliminar:1, 2, 3, 4, 5, ou 6TABELA 2a.Interesse EstratégicoInteresse Sócio-EconômicoRisco <strong>de</strong> Dano Ambiental+ 1+ 1+ 1Índice Técnico:1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9No final <strong>de</strong>ste procedimento é obtido o Índice Técnico, que será utilizado posteriormentepara a <strong>de</strong>terminação do índice <strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong> IP.3.3.3.2 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE RISCO (IR)O índice <strong>de</strong> Risco é o resultado da interação dos parâmetros <strong>de</strong> caracterização física ebiológica (registra<strong>das</strong> quando do preenchimento da planilha apresentada no Quadro 3),para cada segmento rodoviário homogêneo consi<strong>de</strong>rado, com a utilização <strong>das</strong> tabelas 3,3A e 3B apresenta<strong>das</strong> no Quadro XV.Com o uso da tabela 3 e efetuada a interação entre os parâmetros referentes à coberturavegetal e tipo/estado do solo/talu<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>termina-se o índice "G", <strong>de</strong>scritor para o riscogeo<strong>ambiental</strong>.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 110Cobertura vegetalDensa Esparsa NulaA<strong>de</strong>quadaSimNãoSolo / Talu<strong>de</strong>sEstável Médio EstávelTABELA 3. - RISCO GEO-AMBIENTALCOBERTURA VEGETALDENSA / DENSA /ADEQUADA INADEQUADAG0G1G1G2G2G3TIPO/ESTADODE SOLOEstávelMédioInstávelESPARSA /ADEQUADAESPARSA / NULAINADEQUADAG2G3G4Risco Geo-Ambiental:G0, G1, G2, G3 OU G4Através da tabela 3a i<strong>de</strong>ntifica-se o <strong>de</strong>scritor para o fator <strong>de</strong> risco climático, função daprecipitação registrada para o segmento rodoviário homogêneo consi<strong>de</strong>rado.PrecipitaçãoNmm/anoTABELA 3A - RISCO CLIMÁTICORISCO CLIMÁTICONulo Precipitação até 1000 mm/ano sem estiagem prolongadaBaixo Precipitação até 1000 mm/ano com estiagem prolongadaMédio Precipitação < 2000 mm/anoAlto Precipitação > 2000 mm/anoRisco Climático:Nulo, Baixo,Médio ou AltoA <strong>de</strong>terminação do índice <strong>de</strong> Risco é efetuada com o auxílio da tabela 3B, com a qual éfeita a interação entre o índice "G" <strong>de</strong>scritor do fator <strong>de</strong> risco geo<strong>ambiental</strong> e o fator <strong>de</strong>risco climático.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 111Risco Geo-Ambiental:G0, G1, G2, G3 OU G4Risco Climático:Nulo, Baixo, Médio ou AltoTABELA 3b. - INDICE DE RISCORISCORISCO CLIMÁTICOGEO-AMBIENTAL NULO BAIXO MÉDIO ALTOG00 0 1 1G10 1 1 2G21 1 2 3G32 2 3 4G43 3 4 5Índice <strong>de</strong> Risco:0, 1, 2, 3, 4 ou 5No final <strong>de</strong>ste procedimento é obtido o índice <strong>de</strong> Risco, que será usado posteriormentepara a <strong>de</strong>terminação do índice <strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong> (IP).3.3.3.3 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE PRIORIDADE (IP)A <strong>de</strong>terminação do IP é realizada com o auxílio da tabela 4 apresentada no Quadro XV. Éo resultado da convergência dos valores <strong>de</strong>terminados previamente para os índicesTécnico e <strong>de</strong> Risco, respectivamente IT e IR.Índice Técnico:1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9Índice <strong>de</strong> Risco:0, 1, 2, 3, 4 ou 5TABELA 4. - ÍNDICE DE PRIORIDADEÍNDICEÍNDICE DE RISCOTÉCNICO 0 1 2 3 4 5≤ 1 1 1 2 2 3 32 1 2 2 3 3 43 2 2 3 3 4 44 2 3 3 4 4 556≥ 7333344445456556567ÍNDICE DE PRIORIDADE - IPIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 112Desta forma po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>terminar, para cada segmento homogêneo <strong>de</strong> rodoviaconsi<strong>de</strong>rado, um índice <strong>de</strong> priorização para que se possa <strong>de</strong>finir qual o nível <strong>de</strong> soluçãorecomendado e que permita a gerência eficiente dos recursos disponíveis e para asintervenções corretivas/preventivas necessárias.3.3.4 CLASSIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES PROPOSTASAs soluções a serem indica<strong>das</strong> pelo técnico responsável pêlos estudos serão,logicamente, <strong>de</strong>fini<strong>das</strong> em função <strong>de</strong> características relativas a Geologia,Relevo/Topografia, Solos, Pluviosida<strong>de</strong>, Cobertura Vegetal e Drenagem Natural. Estestópicos <strong>de</strong>vem ser analisados em conjunto com as características antrópicas doempreendimento e também com o caráter emergencial da intervenção a aplicar, ou sejaqual a urgência necessária na implantação <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> corretivas ou preventivas aoproblema <strong>de</strong>tectado, além, é claro, da disponibilida<strong>de</strong> orçamentária.O índice <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> IP <strong>de</strong> cada segmento rodoviário permite a classificação ordinal daaplicação dos recursos disponíveis. Visando o gerenciamento <strong>de</strong>stes recursos, optou-sepela associação <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> com o agrupamento <strong>de</strong> soluções recomenda<strong>das</strong>para cada nível <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>.IPNÍVEL DE INTERVENÇÃO PROPOSTA ASSOCIADA≤ 1 - 2 13 - 5 26 - ≥ 7 3Cada solução tipo proposta está associada ao nível <strong>de</strong> intervenção, e como resultadodisto tem-se uma lista <strong>de</strong> alternativas para cada segmento rodoviário consi<strong>de</strong>rado. O IP,ao representar o conjunto priorida<strong>de</strong> técnica/risco, indica também qual a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>gran<strong>de</strong>za do custo <strong>de</strong> intervenção que <strong>de</strong>verá ser dispendido para cada segmento.Após o ca<strong>das</strong>tro <strong>das</strong> áreas <strong>de</strong>grada<strong>das</strong>, os técnicos proce<strong>de</strong>rão a indicação <strong>de</strong> soluções<strong>de</strong> engenharia para erradicação ou mitigação dos problemas. Devem ser indica<strong>das</strong> omaior número possível <strong>de</strong> opções, enquadrando-as <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um dos níveis <strong>de</strong>intervenção propostas (1 , 2 ou 3) , <strong>de</strong>ntro do seguinte principio:nível 1 - intervenções com menor custo <strong>de</strong> implantação, indica<strong>das</strong> para baixos Índices<strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong>, p. ex.: execução <strong>de</strong> canaletas <strong>de</strong> drenagem sem revestimentoou revesti<strong>das</strong> com grama; acerto manual <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s; aplicação <strong>de</strong> solo cimentoensacado para obturação <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s erodidos, pequenas operações <strong>de</strong>terraplenagem para correção da inclinação <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s; etc.nível 2 - intervenções <strong>de</strong> natureza executiva mais complexa, envolvendo equipamentos<strong>de</strong> maior porte, equipes humanas com especialização a<strong>de</strong>quada aos serviços,e, em alguns casos, necessitam <strong>de</strong> matéria prima obe<strong>de</strong>cendo especificaçõestécnicas. Estas soluções serão indica<strong>das</strong> para Índices <strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong> médios,po<strong>de</strong>ndo-se citar como exemplos: canaletas <strong>de</strong> drenagem 65 revesti<strong>das</strong> emconcreto; acerto <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s pelo uso <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> terraplenagem;IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 113utilização <strong>de</strong> gabiões na recuperação <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s erodidos; confecção <strong>de</strong> muros<strong>de</strong> peso; aplicação <strong>de</strong> drenos sub-horizontais; etc.nível 3 - finalmente, neste grupo encontram-se aquelas soluções com o custo <strong>de</strong>implantação mais elevado entre os três níveis consi<strong>de</strong>rados. Serão indica<strong>das</strong>aos Índices <strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong> elevados, tendo como exemplos: cortinasatiranta<strong>das</strong>; muros em concreto armado; terra armada; aplicação <strong>de</strong> estacasraiz; etc.NOTA:A proteção vegetal <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada como complemento à todos os níveis,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da solução adotada.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 114QUADRO XVI - PROPOSIÇÃO E CODIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES-TIPOSOLUÇÕES-TIPOGRUPO lNÍVEL DE INTERVENÇÃOCÓDIGORedução da Inclinação do talu<strong>de</strong> original 1 RITCriação <strong>de</strong> banquetas 1 CBAExecução <strong>de</strong> aterro <strong>de</strong> sustentação 2 EASExecução e estabilização <strong>de</strong> bota-foras 3 EBFEnrocamento 3 ENRAterro com geotextil 3 AGETerra armada 3 TARGRUPO IISolo cimento ensacado 1 SCEGabiões saco 3 GSAGabiões caixa 3 GCAColchões Reno 3 CREGRUPO IIIMuro em fogueira 2 FOGMuro <strong>de</strong> pedra argamassada 2 MPAMuro <strong>de</strong> concreto ciclópico 2 MCCCortina cravada 2 CCRMuros <strong>de</strong> concreto armado 3 MCACortina atirantada 3 CATEstacas raiz 3 ESRGRUPO IVImpermeabilização asfáltica 1 IASPano <strong>de</strong> Pedra 2 PPETela metálica 2 TMEGunita e tela 3 GTEGRUPO VProteção vegetal 2 PVEPlantio em manta continua 2 PMCPlantio em canteiros escalonados 2 PCERip/Rap – Plantio 2 RRPGRUPO VICanaleta <strong>de</strong> crista <strong>de</strong> corte 2 CCCCanaleta <strong>de</strong> banqueta 2 CBQCanaleta <strong>de</strong> pé <strong>de</strong> aterro 2 CPASarjeta <strong>de</strong> pista 2 SPTDescida d'água 2 DDABacia <strong>de</strong> amortecimento 2 BAMCaixa coletora 2 CCTBueiro <strong>de</strong> grei<strong>de</strong> 2 BGRImplantação <strong>de</strong> drenagem superficial (Global) 3 IDSGRUPO VIlDetalhe Barbaça 1 DBADrenos sub-horizontais 2 DSHGRUPO VIII"Cordão vegetal" 2 CDVPassagem <strong>de</strong> animais selvagens 3 PASGRUPO IXExploração <strong>de</strong> jazi<strong>das</strong> 3 EXJIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 1153.4 GERENCIAMENTO DOS RECURSOS DISPONÍVEIS3.4.1 INTRODUÇÃOUma vez satisfeitas as etapas <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição e priorização <strong>das</strong> intervenções para cadatrecho, a implementação <strong>das</strong> soluções passa a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos.Para auxiliar a <strong>de</strong>cisão, optou-se por dividir as intervenções em dois grupos, a saber:a) Intervenções corretivas: Serão executa<strong>das</strong> <strong>de</strong>ntro da priorida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> acordo com acondição técnica <strong>de</strong> menor custo, mesmo que a previsão <strong>de</strong> vida útil da soluçãoescolhida seja inferior a outra <strong>de</strong> custo mais elevado. Deve-se agora levar emconsi<strong>de</strong>ração que o objetivo é implantar um conjunto <strong>de</strong> obras/ações que <strong>de</strong>tenham,mesmo temporariamente, o processo em evolução que ameaça o corpo estradal e/ouáreas/população lin<strong>de</strong>iras. As verbas <strong>de</strong>vem ser distribuí<strong>das</strong> <strong>de</strong> modo a obter omaior/melhor ganho <strong>ambiental</strong> possível nas áreas indica<strong>das</strong> pêlos levantamentosiniciais.b) Intervenções preventivas: Só serão executados, <strong>de</strong> acordo com os critériosapresentados, caso ainda exista disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos após a implantação <strong>de</strong>to<strong>das</strong> as intervenções corretivas.Devem ser consi<strong>de</strong>ra<strong>das</strong>, nesta fase, duas alternativas relativas à disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>recursos:a) Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos para financiar to<strong>das</strong> as intervenções, nos níveis <strong>de</strong> soluçãopropostos; oub) Disponibilida<strong>de</strong> parcial <strong>de</strong> recursosA seguir estão <strong>de</strong>scritos os procedimentos que <strong>de</strong>vem ser adotados em cada alternativa.3.4.2 ALTERNATIVA 1 - DISPONIBILIDADE TOTAL DE RECURSOSNeste caso, po<strong>de</strong>-se executar to<strong>das</strong> as soluções propostas, <strong>de</strong> acordo com a priorida<strong>de</strong><strong>de</strong>finida e melhor condição técnica, envolvendo inclusive intervenções mínimas (limpeza emanutenção) e melhorias, e que ao mesmo tempo que sejam <strong>de</strong>senvolvidos,paralelamente, obras <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>grada<strong>das</strong>, <strong>de</strong>correntes <strong>das</strong> obrasrodoviárias.Em relação as obras preventivas, <strong>de</strong>ve-se utilizar criteriosamente os recursos disponíveis,priorizando-as também <strong>de</strong> acordo com a metodologia até aqui proposta, sem <strong>de</strong>trimento<strong>de</strong> objetivos correcionais.3.4.3 ALTERNATIVA 2 - DISPONIBILIDADE PARCIAL DE RECURSOSNeste caso, foi <strong>de</strong>finida uma seqüência <strong>de</strong> alterações na proposta <strong>de</strong> intervençõesvisando compatibilizá-la com os recursos disponíveis. Deve ser consi<strong>de</strong>rado que nenhumtrecho <strong>de</strong>ve permanecer sem alguma intervenção, e que a concentração <strong>de</strong> recursos paraIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 116efetuar uma única intervenção (ou poucas), em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outras, acarreta em<strong>de</strong>gradação inevitável do sistema como um todo.As soluções, neste caso <strong>de</strong>vem restringir-se aos serviços normais <strong>de</strong> conserva rodoviária,que compreen<strong>de</strong>m, entre outras ativida<strong>de</strong>s, a manutenção da funcionabilida<strong>de</strong> do sistema<strong>de</strong> drenagem e implantação <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> caráter emergencial que assegurem acontinuida<strong>de</strong> do tráfego, minimizem as agressões ao ecossistema e garantam asegurança do usuário e da população existente na área <strong>de</strong> influência direta - quecompreen<strong>de</strong> a faixa <strong>de</strong> domínio, região lin<strong>de</strong>ira e micro bacias <strong>de</strong> drenagem.Consi<strong>de</strong>rando os índices IT e IR, optou-se por selecionar um grupo <strong>de</strong> intervenções parao qual, no caso <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> plena <strong>de</strong> recursos, <strong>de</strong>ixariam <strong>de</strong> receber asmelhorias, nos quais seriam executados apenas os serviços mínimos, conformeapresentado na tabela 4 do quadro XV.Embora as intervenções propostas para este grupo sejam <strong>de</strong> baixo valor, esta alternativabaseia-se na seleção do conjunto IT e IR. Ficam assim reduzi<strong>das</strong> as propostas paratrechos on<strong>de</strong> exista baixa priorida<strong>de</strong> pelos índices técnico e <strong>de</strong> risco.Caso ainda não existam recursos para executar as intervenções propostas, outraabordagem para viabilizar a execução <strong>das</strong> intervenções é apresentada a seguir.Preservando-se a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>finida na priorização original, <strong>de</strong>ve-se, iterativamente efetuar aredução do IT para todos os segmentos, <strong>de</strong>terminando um novo IP para cada um, à partirdo qual será possível <strong>de</strong>finir o custo do novo conjunto <strong>de</strong> intervenções propostas.A redução do custo é <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> dois itens:a) a redução do IP, que po<strong>de</strong> implicar na alteração do nível <strong>de</strong> intervenção, econseqüentemente em soluções propostas <strong>de</strong> menor custo; eb) migração na tabela 4 do quadro XV, <strong>de</strong>slocando um segmento para a área <strong>de</strong>intervenções mínimas (limpeza e manutenção).Este procedimento, <strong>de</strong>ve ser efetuado iterativamente, até que o conjunto <strong>das</strong> intervençõespropostas apresente um custo compatível com a disponibilida<strong>de</strong> orçamentária <strong>de</strong>recursos.3.5 APRESENTAÇÃO DAS SOLUÇÕES-TIPO3.5.1 RETALUDAMENTOO retaludamento será indicado após estudos geotécnicos que viabilizem sua execução,compreen<strong>de</strong>ndo:a) Redução da inclinação do talu<strong>de</strong> original: remoção <strong>de</strong> parte do material do talu<strong>de</strong>original objetivando alteração no estado <strong>das</strong> tensões em ação no maciço (Figura 1);IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 117b) Criação <strong>de</strong> banquetas: a redução da altura do talu<strong>de</strong> original, proporcionando melhoriana estabilida<strong>de</strong>. (Figura 2).A implantação <strong>de</strong> drenagem e proteção superficial é fundamental nas obras <strong>de</strong>retaludamento, pois reduzem a infiltração no terreno e conduzem as águas <strong>de</strong> superfície adispositivos a<strong>de</strong>quados a sua dissipação.3.5.2 ATERRO DE SUSTENTAÇÃO (FIGURA 3)Esta solução consiste no confinamento da superfície <strong>de</strong> rutura pela execução <strong>de</strong> aterro nabase do escorregamento, <strong>de</strong> acordo com as seguintes etapas construtivas:a) Preparo da superfície <strong>de</strong> contato entre o talu<strong>de</strong> original e o aterro <strong>de</strong> sustentaçãoatravés da execução <strong>de</strong> <strong>de</strong>graus.b) Execução <strong>de</strong> colchão drenante na área da base do aterro.c) Execução do aterro, <strong>de</strong> acordo com as especificações <strong>de</strong> serviço do DNIT.d) Implantação <strong>de</strong> drenagem superficial.e) Proteção superficial.3.5.3 EXECUÇÃO E ESTABILIZAÇÃO DE BOTA-FORASA prática comum <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> bota-foras tem sido a <strong>de</strong> transportar os excessos <strong>de</strong>material até a boca dos cortes, ou pouco além, <strong>de</strong>positando-o muitas vezes sobretalvegues, sem qualquer compactação. A erosão do material <strong>de</strong>positado é naturalmenterápida, levando ao assoreamento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem, per<strong>de</strong>ndo a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vazão, reduzindo o potencial do uso <strong>de</strong> várzeas assorea<strong>das</strong> por solo mineral, matando avegetação existente, sujando os mananciais e até impedindo a sobrevivência <strong>de</strong> algumasespécies aquáticas, ao mesmo tempo em que po<strong>de</strong> criar condições para a proliferação <strong>de</strong>espécies in<strong>de</strong>sejáveis (mosquitos, principalmente).Recomenda-se que, havendo excesso <strong>de</strong> material, procure-se projetar alargamentos <strong>de</strong>aterros (reduzindo a inclinação dos talu<strong>de</strong>s, por exemplo) e até construindo plataformascontínuas à estrada, que sirvam como áreas <strong>de</strong> estacionamento e <strong>de</strong>scanso para osusuários. No caso <strong>de</strong> bota-fora com materiais <strong>de</strong> terceira categoria (rochosos) seu uso épossível e <strong>de</strong>sejável como dissipadores <strong>de</strong> energia nas áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga dos sistemas<strong>de</strong> drenagem.A seguir são apresenta<strong>das</strong> recomendações para execução <strong>de</strong> bota-foras, que <strong>de</strong>verão serutiliza<strong>das</strong>/adapta<strong>das</strong> <strong>de</strong> acordo com a situação encontrada.a) Parâmetros Básicos para "bota-foras" (Figura 4)b) no entorno da linha <strong>de</strong> "off-set" do bota-fora <strong>de</strong>verá ser construído um aterro-barreiracom material compactado <strong>de</strong> acordo com as Especificações <strong>de</strong> Serviço do DNIT;c) nas proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cursos d'água, (proteger o aterro-barreira com enrocamento);IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 118d) implantar colchão drenante entre o bota-fora e o terreno natural;e) entre a saia do aterro e a crista do bota-fora executar drenagemf) implantar sistema <strong>de</strong> drenagem superficial (canaletas, <strong>de</strong>sci<strong>das</strong> d'água, etc);g) executar proteção vegetal em toda área do bota-fora.3.5.4 ENROCAMENTO (FIGURA 5)Os enrocamentos po<strong>de</strong>m ser aplicados em duas circunstâncias a saber:a) Enrocamentos <strong>de</strong> pedras <strong>de</strong> mão arruma<strong>das</strong>, implantados com o objetivo <strong>de</strong> dissiparáguas provenientes dos sistemas <strong>de</strong> drenagem superficial e profunda da rodovia.O diâmetro da pedra <strong>de</strong> mão utilizada será <strong>de</strong>finido pelo projeto em função davelocida<strong>de</strong> da água e da inclinação do dispositivo drenante, <strong>de</strong>vendo se situar na faixa<strong>de</strong> 10a 15 cm.– Escavação manual ou mecânica do terreno na extremida<strong>de</strong> <strong>de</strong> jusante do dispositivocujo fluxo <strong>de</strong>verá ter sua energia dissipada, aten<strong>de</strong>ndo as dimensões <strong>de</strong> projeto;– Compactação manual ou mecânica da superfície resultante após escavação;– Preenchimento da escavação com pedra <strong>de</strong> mão arrumada, executando <strong>de</strong> modo asobrar o menor número <strong>de</strong> vazios possível;– Sempre evitar escavações excessivas que posteriormente requeiramcomplementação com solo local, gerando possíveis pontos <strong>de</strong> erosão.b) Camada formada por pedras joga<strong>das</strong> com objetivo <strong>de</strong> proteger maciços terrosos daação <strong>das</strong> águas.3.5.5 ATERRO REFORÇADO COM GEOTEXTIL (FIGURA 6)O maciço formado pela integração do solo e mantas geotêxteis, funciona como umaestrutura <strong>de</strong> contenção, cabendo às mantas internas confinar o solo (isolando as diversascama<strong>das</strong>) e resistir aos trabalhos <strong>de</strong> tração no maciço. A face externa do talu<strong>de</strong>recomposto <strong>de</strong>ve ser protegida para evitar a ação do intemperismo no geotêxtil.3.5.6 TERRA ARMADA (FIGURA 7)Este processo é utilizado para recomposição ou confecção <strong>de</strong> aterro, através daintrodução no corpo do maciço <strong>de</strong> materiais com maior resistência que, quandosolicitados, trabalham em conjunto com o solo compactado.Os três componentes principais da "terra armada" são:a) o solo que envolve as armaduras e ocupa um espaço chamado "maciço em terraarmada";IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 119b) a "pele", que é o parâmetro externo, geralmente vertical, é constituído por placasrígi<strong>das</strong> <strong>de</strong> concreto armado;c) as armaduras, elementos lineares e flexíveis que trabalham à tração, são fixa<strong>das</strong> às"peles" por parafusos. Normalmente, são feitas <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> galvanização especial.3.5.7 SOLO CIMENTO ENSACADO (FIGURA 8)Solo Cimento Ensacado po<strong>de</strong> ser indicado com as seguintes funções:a) preenchimento (obturação) <strong>de</strong> cavida<strong>de</strong>s em talu<strong>de</strong>s;b) como muros <strong>de</strong> peso (para conter maciços em movimento);c) muro <strong>de</strong> espera, neste caso quando utilizado para contenção <strong>de</strong> solos carreados,impedindo a instalação <strong>de</strong> assoreamentos.Para sua execução acondiciona-se solo, misturado "in loco", a dosagens préestabeleci<strong>das</strong> <strong>de</strong> cimento (geralmente 5% <strong>de</strong> cimento, em volume) em sacos <strong>de</strong> aniagemou geossintéticos. Esta mistura <strong>de</strong> solidifica em curto período <strong>de</strong> tempo, compondo ummaciço compacto. <strong>de</strong> alta resistência ao intemperismo., com baixo custo tanto executivocomo <strong>de</strong> manutenção.3.5.8 GABIÕES (FIGURA 9)Os gabiões são utilizados para proteção superficial <strong>de</strong> encostas, proteção <strong>de</strong> margens <strong>de</strong>rios e também como muros <strong>de</strong> peso. Compreen<strong>de</strong>m estruturas drena<strong>das</strong> e relativamente<strong>de</strong>formáveis, o que permite o seu uso no caso <strong>de</strong> fundações que apresentam<strong>de</strong>formações maiores. Devido à sua simplicida<strong>de</strong> construtiva e os muros <strong>de</strong> gabiões vêmsendo muito utilizados como contenção <strong>de</strong> aterros e <strong>de</strong> encostas em obras <strong>de</strong> menorporte.Para melhorar a vida útil, <strong>de</strong>vem ser tomados cuidados especiais, visando evitar acorrosão dos arames constituintes <strong>das</strong> "gaiolas" ou sua <strong>de</strong>predação, através dorevestimento dos fios <strong>de</strong> arame com PVC ou do argamassamento da superfície externa.Os gabiões divi<strong>de</strong>m-se em três tipos a saber:a) Gabiões sacoSão constituídos por uma única tela <strong>de</strong> re<strong>de</strong> que forma um cilindro, aberto em umaextremida<strong>de</strong> (tipo saco) ou do lado (tipo bolsa).b) Colchões RenoOs colchões tipo reno, são gabiões cuja característica é a reduzida espessura (0,15m x0,20m, ou 0,30m) e são formados por uma re<strong>de</strong> metálica <strong>de</strong> malha hexagonal a que,geralmente, tem malhas menores que aquela utilizada na fabricação dos gabiões.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 120c) Gabiões caixaOs gabiões tipo caixa são elementos com a forma <strong>de</strong> prisma retangular constituídos poruma re<strong>de</strong> metálica <strong>de</strong> malha hexagonal,3.5.9 MURO DE PESO EM FOGUEIRA (FIGURA 10-A)Trata-se <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> concreto armado dispostos <strong>de</strong> modo a formar umaestrutura tipo "fogueira", cujo interior é preenchido por blocos <strong>de</strong> rocha, seixos <strong>de</strong> maioresdimensões e solos (aterro interno). Necessitam <strong>de</strong> reaterro na área a montante, sendoindicados para construção ou recuperação <strong>de</strong> maciços em encostas.3.5.10 MURO DE PESO DE PEDRA ARGAMASSADA (FIGURA 10-B)Consiste em pedras coloca<strong>das</strong> manualmente, cujos vazios são preenchidos comargamassa <strong>de</strong> cimento e areia. A estrutura formada por pedras <strong>de</strong> dimensões varia<strong>das</strong>confere rigi<strong>de</strong>z ao muro.Aconselha-se seu uso para contenção <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s até 3m.3.5.11 MURO DE PESO DE CONCRETO CICLÓPICO (FIGURA 10-C)Sua execução consiste no preenchimento <strong>de</strong> uma forma por concreto e blocos <strong>de</strong> rocha(normalmente produto da britagem primária). Po<strong>de</strong>m ser utilizados em talu<strong>de</strong>s com alturasmaiores que 3m.3.5.12 CORTINAS CRAVADASEsta estrutura <strong>de</strong> contenção é utilizada em obras provisórias ou emergenciais, po<strong>de</strong>ndoser contínuas compondo estruturas planas ou curvas, forma<strong>das</strong> por estacas-pranchacrava<strong>das</strong> verticalmente ao terreno.No caso <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong>scontínuas, as estacas são crava<strong>das</strong> distantes entre si, sendoeste espaço preenchido por painéis <strong>de</strong> concreto armado (Figuras 11 A/B/C).3.5.13 MUROS DE CONCRETO ARMADO (FIGURA 12)Este tipo <strong>de</strong> obra está associada a execução e recuperação <strong>de</strong> cortes e aterros. Suaestabilida<strong>de</strong> é função do seu peso próprio e da massa contígua <strong>de</strong> solo, que funcionacomo elemento da estrutura <strong>de</strong> arrimo.O muro <strong>de</strong> flexão simples é composto <strong>de</strong> uma laje horizontal ou <strong>de</strong> fundo e outra vertical,que trabalham engasta<strong>das</strong>. Em função da altura da obra torna-se necessário a construção<strong>de</strong> nervuras ou contrafortes: <strong>de</strong> tração, no caso <strong>de</strong> laje <strong>de</strong> fundo interna (sob o aterro), ou<strong>de</strong> compressão, no caso <strong>de</strong> laje externa.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 1213.5.14 CORTINAS ATIRANTADAS (FIGURA 13)Compreen<strong>de</strong> a execução <strong>de</strong> paramentos verticais <strong>de</strong> concreto armado, ancorados na árearesistente do maciço através <strong>de</strong> tirantes pretendidos, po<strong>de</strong>ndo ser constituído <strong>de</strong> placasisola<strong>das</strong> por tirante, placas para dois ou mais tirantes ou uma única cortina abrangendotodos os tirantes.No caso <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> cortes, a execução é feita a partir do topo, executando-se aobra por patamares, sendo que um patamar somente é iniciado quando o anterior (emcota mais elevada) já está com as placas executa<strong>das</strong> e os tirantes pretendidos (total ouparcialmente).Já no caso <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> aterros em encostas, o processo construtivo tem seqüênciainversa, iniciando-se <strong>de</strong> baixo para cima, com execução <strong>das</strong> placas <strong>de</strong> protensão dostirantes à medida que o aterro vai sendo executado.O uso <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> contenção atiranta<strong>das</strong> exige uma única premissa básica: apresença <strong>de</strong> horizontes suficientemente resistentes e estáveis para ancoragem dostirantes, a profundida<strong>de</strong>s compatíveis. Em princípio, este tipo <strong>de</strong> obra po<strong>de</strong> ser utilizadoem qualquer situação geométrica, quaisquer materiais e condições hidrológicas.3.5.15 ESTACAS RAIZ (FIGURA 14)As Estacas Raiz ou Micro Estacas compreen<strong>de</strong>m sistemas reticulados, perfurados,armados e injetados no solo "in situ" sob pressão, o que proporciona elevada a<strong>de</strong>rênciada estaca.Estes sistemas foram utilizados pela primeira vez no Brasil na Rodovia dos Imigrantes nadécada <strong>de</strong> 70, não sendo registrado nenhum caso <strong>de</strong> rutura ou mau funcionamento emáreas estabiliza<strong>das</strong> por este processo.3.5.16 IMPERMEABILIZAÇÃO ASFÁLTICA (FIGURA 15)É um processo que apresenta bastante eficiência na proteção superficial <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s àerosão e infiltrações, compreen<strong>de</strong>ndo aplicação <strong>de</strong> camada <strong>de</strong> asfalto diluído (emulsão oua quente) por rega ou preferencialmente, por aspersão. Como inconvenientes apresentapouca resistência a insolação e o péssimo aspecto visual, <strong>de</strong>vendo ser evitado em locaison<strong>de</strong> se <strong>de</strong>seja manter ou recompor a harmonia paisagística.3.5.17 PANO DE PEDRA (FIGURA 16)Indicado para proteção superficial <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s sujeitos a erosão, este processocompreen<strong>de</strong> o revestimento da superfície com blocos <strong>de</strong> rocha talhados para este fim, <strong>de</strong>modo a se conseguir a maior a<strong>de</strong>rência entre a manta <strong>de</strong> pedra e o solo do talu<strong>de</strong>.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 1223.5.18 TELA METÁLICA (FIGURA 17)Consiste na utilização <strong>de</strong> tela metálica fixada à superfície do talu<strong>de</strong> por meio <strong>de</strong>chumbadores, em locais on<strong>de</strong> existe a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> queda <strong>de</strong> pequenos blocos <strong>de</strong>rocha, com o conseqüente <strong>de</strong>scalçamento e instabilização <strong>das</strong> áreas sobrejacentes.A tela <strong>de</strong>ve estar protegida contra corrosão, principalmente quando instalada em meioagressivo. Para tanto, é usual o emprego <strong>de</strong> telas com fios galvanizados ou,mo<strong>de</strong>rnamente, também envoltos por capas plásticas.3.5.19 APLICAÇÃO DE ARGAMASSA PROJETADA (GUNITA) E TELA (FIGURA 18)Esta solução tem custo elevado pois utiliza tela metálica para sustentação da argamassa,composta por uma mistura <strong>de</strong> areia, cimento e pedrisco, projetada por bombas nasuperfície a ser protegida, resultando em uma espessura média <strong>de</strong> 4 cm.A tela metálica é fixada no talu<strong>de</strong> por chumbadores e pinçadores previamente aolançamento da argamassada.3.5.20 PROTEÇÃO VEGETALConsiste a proteção vegetal na utilização <strong>de</strong> vegetais diversos com o fim <strong>de</strong> preservartalu<strong>de</strong>s, áreas <strong>de</strong> empréstimos, banquetas, <strong>de</strong>sci<strong>das</strong> d'água, sarjetas, jazi<strong>das</strong> utiliza<strong>das</strong>para obtenção <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção e outras áreas que tenham sofrido alteraçõesna sua cobertura vegetal, dando-lhes condições <strong>de</strong> resistência à erosão.Qualquer que seja o processo <strong>de</strong> proteção vegetal, será indispensável que a área estejadrenada.3.5.20.1 PROCESSOS DE PROTEÇÃO VEGETAL:a) LEIVAS (PLACAS) -nos casos <strong>de</strong> facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aquisição, proximida<strong>de</strong> do canteiro <strong>de</strong>serviço e <strong>de</strong> cobertura <strong>de</strong> terrenos friáveis, não consolidados.b) MUDAS -em caso <strong>de</strong> terrenos planos ou <strong>de</strong> pouca <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>. SEMEADURA - emqualquer tipo <strong>de</strong> terreno, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que <strong>de</strong>vidamente preparado.c) ARBORIZAÇÃO - O plantio <strong>de</strong> árvores e arbustos <strong>de</strong>verá ser executado visando aocontrole da erosão, consolidação <strong>de</strong> áreas explora<strong>das</strong> e do corpo estradal,sombreamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso e recreação, proporcionando também a integraçãopaisagística <strong>de</strong> áreas objeto <strong>de</strong> intervenções <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> obras rodoviárias e daprópria rodovia, na natureza que a cerca.3.5.20.2 GRAMA VETIVEROriginário da Malásia, o Vetiver (Andropogon Squarrosus) da família <strong>das</strong> gramineas, está<strong>de</strong>spertando interesse mundial na proteção <strong>de</strong> áreas com plantio <strong>de</strong> espécies vegetais.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 123O Vetiver possui raízes que alcançam até 3 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>penetrar em fen<strong>das</strong> nas cama<strong>das</strong> rochosas, e <strong>de</strong> proporcionarem total enredamento entreas diversas cama<strong>das</strong> do solo, combatendo, assim, ao <strong>de</strong>slizamento <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s.Suas raízes e a cobertura formada por suas hastes, que alcançam 1,5m <strong>de</strong> altura,permitem a retenção <strong>de</strong> águas e sedimentos superficiais, criando um sistema <strong>de</strong>terraceamento nos talu<strong>de</strong>s, prevenindo o assoreamento em áreas lin<strong>de</strong>iras.Outra vantagem <strong>de</strong>sta gramínea é sua característica <strong>de</strong> "não invasora", ou seja, não<strong>de</strong>strói outras espécies vegetais, po<strong>de</strong>ndo inclusive ser utilizada como faixa <strong>de</strong>limitadora<strong>de</strong> áreas.Possui gran<strong>de</strong> versatilida<strong>de</strong> climática, suportando bem chuvas torrenciais e estiagensprolonga<strong>das</strong>, além <strong>de</strong> apresentar resistência a ação <strong>de</strong> queima<strong>das</strong>.3.5.21 PLANTIO EM MANTAS CONTÍNUAS (FIGURA 19)Este método é indicado para talu<strong>de</strong>s suaves e curtos, on<strong>de</strong> a ação <strong>das</strong> águas não se farásentir com intensida<strong>de</strong>.Compreen<strong>de</strong> os seguintes componentes construtivos:a) Cordão <strong>de</strong> sustentação (gravetos)b) Estacas <strong>de</strong> sustentaçãoc) Superfície escarificada do talu<strong>de</strong>d) Gramíneae) Manta <strong>de</strong> solo orgânico e gravetos3.5.22 PLANTIO EM CANTEIROS ESCALONADOS (FIGURA 20)Variação do itens anterior, este processo garante a sustentação do plantio em talu<strong>de</strong>smais longos e com inclinação acentuada, pois evita concentração (escoamento <strong>das</strong> águassuperficiais por gran<strong>de</strong>s extensões/áreas.Compreen<strong>de</strong> os seguintes componentes construtivos;a) Cordão <strong>de</strong> sustentação (gravetos)b) Estacas <strong>de</strong> sustentaçãoc) Superfície escarificada do talu<strong>de</strong>d) Solo orgânicoe) GramíneaIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 1243.5.23 PLANTIO CONSORCIADO A RIP-RAP PARA RECONFORMAÇÃO DE TALUDES (FIGURA 21 )Este método é recomendado para recuperação <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s sob a ação <strong>de</strong> erosãosuperficial, com presença <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> do solo.Compreen<strong>de</strong> o plantio <strong>de</strong> vegetação com raízes profun<strong>das</strong> nas <strong>faixas</strong> <strong>de</strong> solo entre aspedras componentes do rip-rap.3.5.24 IMPLANTAÇÃO DE DRENAGEM SUPERFICIAL (FIGURA 22)A implantação da drenagem superficial em obras rodoviárias é fator básico a estabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> maciços (cortes e aterros) e a manutenção <strong>das</strong> condições i<strong>de</strong>ais da plataforma <strong>de</strong>rolamento, sendo complemento indispensável as obras <strong>de</strong> contenção ou recuperaçãoefetua<strong>das</strong> no corpo estradal.O conjunto <strong>de</strong> componentes <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> drenagem superficial compreen<strong>de</strong>:a) sarjeta <strong>de</strong> pistab) canaleta <strong>de</strong> crista <strong>de</strong> cortec) canaleta <strong>de</strong> banquetad) canaleta <strong>de</strong> pé <strong>de</strong> aterroe) caixa coletoraf) <strong>de</strong>scida d'águag) bueiro <strong>de</strong> grei<strong>de</strong>h) bacia <strong>de</strong> amortecimento/enrocamento3.5.25 BARBACÃS (FIGURA 23)São tubos horizontais curtos, instalados em muros <strong>de</strong> concreto ou <strong>de</strong> pedra rejuntada,para coletar águas subterrâneas dos maciços situados a montante dos muros, rebaixandoo nível do "lençol freático" junto ao muro e reduzindo o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> subpressõesnas pare<strong>de</strong>s internas. Po<strong>de</strong>m também ser utilizados como saída <strong>de</strong> drenos existentes,atrás <strong>das</strong> estruturas <strong>de</strong> contenção.3.5.26 REBAIXAMENTO DE LENÇOL FREÁTICO EM TALUDES POR SPLICAÇÃO DE DRENOS SUB-HORIZONTAIS (FIGURA 24)Este tipo <strong>de</strong> drenagem profunda tem por objetivo extravasar do maciço as águas internas<strong>de</strong> percolação.Os drenos sub-horizontais profundos são tubos <strong>de</strong> drenagem, geralmente <strong>de</strong> PVC rígido,com diâmetros entre 25 e 76mm, instalados em perfurações sub-horizontais comfinalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> captação da água <strong>de</strong> percolação interna <strong>de</strong> aterros ou cortes saturados.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 125Também são utilizados, com bastante sucesso, na estabilização <strong>de</strong> massas <strong>de</strong> tálus, ecomo drenos auxiliares em obras <strong>de</strong> contenção on<strong>de</strong> o processo construtivo não permitea execução <strong>de</strong> barbacãs com a utilização <strong>de</strong> filtros <strong>de</strong> transição.Os tubos <strong>de</strong>vem ter a extremida<strong>de</strong> interna obturada e a extremida<strong>de</strong> externa livre compelo menos 1m para fora da superfície do terreno ou estrutura <strong>de</strong> contenção.O trecho perfurado dos tubos <strong>de</strong>ve ser envolvido com filtro <strong>de</strong> geotêxtil ou tela <strong>de</strong>nylon.3.5.27 SOLUÇÃO PARA REDUÇÃO DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA EM INTERFERÊNCIAS URBANASPOR IMPLANTAÇÃO DE "CORDÃO VEGETAL" (FIGURA 25)Consiste na implantação <strong>de</strong> uma faixa com largura entre 10 e 20 metros entre o bordo doacostamento e o limite da faixa <strong>de</strong> domínio com o objetivo <strong>de</strong> atenuar os efeitos dapoluição atmosférica nas residências lin<strong>de</strong>iras.Sempre que possível, <strong>de</strong>verá ser adotada em travessias urbanas.3.5.28 PASSAGEM DE ANIMAIS ASSOCIADA A OBRAS DE DRENAGEM (FIGURA 26)Em rodovias que atravessem regiões habita<strong>das</strong> por animais silvestres ou com ativida<strong>de</strong>specuárias, <strong>de</strong>verão ser implantados dispositivos que permitam a circulação <strong>de</strong> animais emambos os lados da estrada.Objetivando reduzir o número <strong>de</strong> obras sob o corpo estradal, propõe-se que as passagens<strong>de</strong> animais sejam consorcia<strong>das</strong> às Obras <strong>de</strong> Arte Correntes, dimensiona<strong>das</strong> no Projeto <strong>de</strong>Drenagem. Desta maneira, respeitada a seção dimensionada para o escoamento <strong>das</strong>águas, serão <strong>de</strong>fini<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> necessárias à circulação <strong>de</strong> animais.3.5.29 EXPLORAÇÃO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO (FIGURAS 27 E 28)A exploração <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção (areia, solos, seixo, rocha) tem causadoconsi<strong>de</strong>ráveis per<strong>das</strong> ao meio ambiente em conseqüência da condução predatória <strong>das</strong>escavações e da falta <strong>de</strong> recuperação <strong>das</strong> áreas utiliza<strong>das</strong>.3.5.29.1 EMPRÉSTIMOSOs empréstimos <strong>de</strong> terra, têm sido escolhidos <strong>de</strong> modo que a exploração tenha um custoreduzido <strong>de</strong> transporte, chegando-se ao extremo <strong>das</strong> construções projeta<strong>das</strong> pelo métododo "bota-<strong>de</strong>ntro", on<strong>de</strong> os tratores escavam o terreno natural perpendicularmente ao eixoda futura rodovia, acumulando o material sobre a plataforma projetada.Este método construtivo cria uma série imensa <strong>de</strong> "piscinas" ao longo <strong>das</strong> rodovias, tantoa jusante como montante <strong>de</strong>las, gerando dois problemas:a) ambiente favorável à proliferação <strong>de</strong> vetores <strong>de</strong> doenças graves (mosquitos,caramujos, etc);IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 126b) talu<strong>de</strong>s altos, compostos pela soma <strong>das</strong> alturas do aterro construído e da caixa <strong>de</strong>empréstimo explorada.A interligação <strong>das</strong> caixas <strong>de</strong> empréstimo construí<strong>das</strong> <strong>de</strong>ste modo tem sido prática comumna mitigação dos efeitos sobre a drenagem. Contudo, há que se ter atenção com osvolumes d'água que se acumulam e com a velocida<strong>de</strong> que o escoamento po<strong>de</strong> atingir emtrechos longos. A prática po<strong>de</strong>, ao fim, apenas trocar o problema original por erosões eravinamentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte.3.5.29.2 JAZIDASA exploração <strong>de</strong> jazi<strong>das</strong> tem causado per<strong>das</strong> ambientais consi<strong>de</strong>ráveis, tanto por suacondução predatória, como pelo <strong>de</strong>sperdício e, ainda, pela falta permanente <strong>de</strong>recuperação da área explorada. Toda exploração <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>veria serconduzida pêlos órgãos rodoviários segundo o Código <strong>de</strong> Minas. Embora este seconstitua num documento muito antigo e, sob certos aspectos, superado, suas <strong>de</strong>finiçõesem relação à predação e à recuperação <strong>de</strong> áreas continuam atuais.A exploração <strong>de</strong> saibreiras e cascalheiras para pavimentação (mesmo as lateríticas)costuma exigir o <strong>de</strong>smatamento e remoção do solo orgânico <strong>de</strong> extensas áreas, tornandoasinaptas a qualquer uso se não forem toma<strong>das</strong> medi<strong>das</strong> visando sua recuperação.Normalmente, o reespalhamento da camada vegetal (se reservada à época da remoção)e/ou plantio <strong>de</strong> mu<strong>das</strong> <strong>de</strong> árvores e arbustos po<strong>de</strong>m reverter o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação.Deve-se registrar que os solos expostos pela exploração estão sujeitos à incidência direta<strong>das</strong> águas pluviais, tornando-se altamente suscetíveis à erosão e suas conseqüências.Por sua vez, as escavações para retirada do material criam lagos que, se não drenados,têm as mesmas conseqüências daqueles criados pelas caixas <strong>de</strong> empréstimo.Quanto ao <strong>de</strong>sperdício, este é um problema comum em todo o Pais, on<strong>de</strong> os materiaisgranulares utilizados em revestimentos primários são jogados para fora dos aterros naspatrolagens sucessivas que eles sofrem. A busca <strong>de</strong> mais material aumenta as áreas<strong>de</strong>grada<strong>das</strong> pela exploração e, ao esgotarem as ocorrências, aumentam os custos <strong>de</strong>transporte pela obtenção <strong>de</strong> materiais cada vez mais longe do local <strong>de</strong> uso.A extração <strong>de</strong> areia ao longo <strong>de</strong> cursos d'água é uma ativida<strong>de</strong> da construção rodoviáriaque não causa tantos estragos como as <strong>de</strong>mais, principalmente <strong>de</strong>vido ao baixo consumorelativo que se tem nestas obras. Entretanto, a exploração <strong>de</strong>ve ser feita observando-seevitar a construção <strong>de</strong> buracos em áreas espraia<strong>das</strong> (são lagos <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> insetos ecausas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes).A exploração <strong>de</strong> Jazi<strong>das</strong> e Empréstimos <strong>de</strong>verá ser direcionada visando preparação doterreno <strong>de</strong> modo a facilitar a implantação da cobertura vegetal após o término <strong>das</strong>ativida<strong>de</strong>s. Para tal, <strong>de</strong>verão ser observa<strong>das</strong> as seguintes etapas:3.5.29.3 INICIO DOS TRABALHOSIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 127Quando da execução dos serviços <strong>de</strong> Desmatamento e Limpeza do terreno, seráprovi<strong>de</strong>nciado a estocagem do solo orgânico em áreas livres da ação <strong>das</strong> águas pluviais.3.5.29.4 DURANTE AS ESCAVAÇÕESEvitar carreamento e assoreamento nas áreas circunvizinhas, através da implantação <strong>de</strong>um sistema <strong>de</strong> drenagem superficial provisória, assim como a execução <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>síngremes, sujeitos a escorregamentos, e formação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressões no terreno, que nofuturo possam servir como <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> águas.3.5.29.5 FINAL DOS TRABALHOSExecutar a recuperação da área, reincorporando o material orgânico previamenteestocado à superfície resultante <strong>das</strong> ativida<strong>de</strong>s exploratórias, obe<strong>de</strong>cendo as seguintesetapas:a) escarifícação da área;b) espalhamento do solo orgânico;c) gra<strong>de</strong>amento para homogeneização dos solos;d) plantio <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong>fini<strong>das</strong> em projeto;e) irrigação;f) acompanhamento e manutenção.3.5.30 DESCIDAS D’ÁGUA (FIGURA 29)Dispositivos <strong>de</strong> drenagem superficial que possibilitam o escoamento <strong>das</strong> águas vertentessobre os talu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cortes ou aterros. Tem por objetivo evitar a formação <strong>de</strong> processoserosivos ou erradicar aqueles já instalados.3.5.31 BACIAS DE AMORTECIMENTO (FIGURA 30)Dispositivos implantados para redução da energia <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> água, previamente ao<strong>de</strong>ságüe em terreno natural, <strong>de</strong> modo a evitar a formação <strong>de</strong> processos erosivos.3.5.32 MEIOS-FIOS (FIGURA 31)Dispositivos <strong>de</strong>limitadores da plataforma rodoviária, com a principal função <strong>de</strong> interceptare conduzir as águas superficiais, para pontos previamente escolhidos <strong>de</strong> lançamento,evitando a formação <strong>de</strong> processo erosivos na plataforma e saias dos aterros.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 1283.5.33 ESTRUTURA DE DIQUES DE BAMBU (FIGURA 32)Tem por objetivo corrigir cavida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> erosões em talu<strong>de</strong>s, pela implantação<strong>de</strong> banquetas em <strong>de</strong>graus, compostas por solo (<strong>de</strong> preferencia local), adubo, gramíneas e/ ou arbustivas, dispostas em canteiros contidos por pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> bambu, taquaras ououtros espécimes locais.3.5.34 VALETA DE CRISTA DE CORTE (FIGURA 33)Tem por objetivo coletar e conduzir, até um ponto específico <strong>de</strong> <strong>de</strong>ságüe, as águassuperficiais do terreno natural a montante do corte evitando seu escoamento pelasuperfície do talu<strong>de</strong>. Assim, procura-se evitar a instalação <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> erosõessuperficiais em sulcos, pelo escoamento difuso, e <strong>de</strong> ravinamentos, pelo escoamentoconcentrado.3.5.35 RECUPERAÇÃO DE PEQUENAS E GRANDES EROSÕES “RAVINAMENTOS” (FIGURA34)Processos <strong>de</strong> erosões/ravinamentos em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu alto potencial <strong>de</strong> interferência nocorpo estradal e áreas lin<strong>de</strong>iras, são classifica<strong>das</strong> <strong>de</strong> “alto risco <strong>ambiental</strong>”. Em<strong>de</strong>corrência, constatou-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se estabelecer um procedimento que, noâmbito do DNIT, <strong>de</strong>fina uma metodologia básica para contenção <strong>de</strong>stes processos <strong>de</strong><strong>de</strong>gradação.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 129FIGURA 1 – REDUÇÃO DA INCLINAÇÃO DO TALUDEFIGURA 2 – CRIAÇÃO DE BANQUETASIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 130FIGURA 3 – ATERRO DE SUSTENTAÇÃOIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 131FIGURA 4 – EXECUÇÃO E ESTABILIZAÇÃO DE BOTA-FORASIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 132FIGURA 5 – ENROCAMENTOIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 133FIGURA 6 – ATERRO REFORÇADO COM GEOTEXTILFIGURA 7 – TERRA ARMADAIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 134FIGURA 8 – SOLO-CIMENTO ENSACADOIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 135FIGURA 8 – SOLO-CIMENTO ENSACADO (CONTINUAÇÃO)IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 136FIGURA 9 – GABIÕESIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 137FIGURA 10 – MURO DE PESOFIGURA 10A – MURO DE PESO EM FOGUEIRAIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 138FIGURA 10B – MURO DE PESO DE PEDRA ARGAMASSADAFIGURA 10C – MURO DE PESO DE CONCRETO CICLÓPICOIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 139FIGURA 11A – CORTINAS CRAVADASFIGURA 11BFIGURA 11CIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 140FIGURA 12 – MUROS DE CONCRETO ARMADOIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 141FIGURA 13 – CORTINAS ANTIRANDASIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 142FIGURA 14 – ESTACA RAIZFIGURA 15 – IMPERMEBILIZAÇÃO ASFÁLTICAIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 143FIGURA 16 – PANO DE PEDRAIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 144FIGURA 17 – CONTENÇÃO DE BLOCOS DE ROCHA PORAPLICAÇÃO DE TELA MATÁLICAIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 145FIGURA 18 – APLICAÇÃO DE ARGAMASSA JATEADA E TELA TIPO “GUNITA”IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 146FIGURA 19 – PLANTIO EM MATA CONTÍNUAFIGURA 20 – PLANTIO EM CANTEIROS ESCALONADOSFIGURA 21 – PLANTIO CONSORCIADO A RIP-RAPIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 147FIGURA 22 – DRENAGEM SUPERFICIALIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 148FIGURA 23 – DETALHE DO BARBACÃIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 149FIGURA 24 – REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO PORAPLICAÇÃO DE DRENOS SUB-HORIZONTAISIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 150FIGURA 25 – SOLUÇÃO PARA REDUÇÃO DA POLUIÇÃOATMOSFÉRICA EM INTERFERÊNCIA URBANAIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 151FIGURA 26 – PASSAGEM DE ANIMAIS SELVAGENS,ASSOCIADA A OBRAS DE DRENAGEMIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 152FIGURA 27 – EXPLORAÇÃO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 153FIGURA 28 – EXPLORAÇÃO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 154FIGURA 29 – DESCIDAS D’ÁGUASIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 155FIGURA 30 – BACIAS DE AMORTECIMENTOIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 156FIGURA 31 – MEIOS FIOSIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 157FIGURA 32 – ESTRUTURA DE DIQUES DE BAMBUIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 158FIGURA 32 – ESTRUTURA DE DIQUES DE BAMBU (CONTINUAÇÃO)IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 159FIGURA 33 – VALETA DE CRISTA DE CORTEIPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 160FIGURA 34 – RECUPERAÇÃO DE PEQUENAS EGRANDES EROSÕES (RAVINAMENTO)IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>


Instruções <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong>das</strong> Faixas <strong>de</strong> Domínio e Lin<strong>de</strong>iras <strong>das</strong> Rodovias Fe<strong>de</strong>rais 1613.6 PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES – TIPO3.6.1 INTERAÇÃO MEIO AMBIENTE X ENGENHARIA RODOVIÁRIAApós a <strong>de</strong>finição <strong>das</strong> intervenções <strong>de</strong> acordo com o Capítulo 3.2, retro, seráestabelecido, em comum acordo entre os técnicos rodoviários e ambientais, as SoluçõesTipo a serem <strong>de</strong>talha<strong>das</strong> no Projeto <strong>de</strong> Engenharia, em função dos recursos disponíveis.3.6.2 CONCLUSÃO DOS TRABALHOSA conclusão dos trabalhos será consolidada pela apresentação <strong>de</strong> relatório, on<strong>de</strong>constem a Discriminação e Classificação do Problema, Documentário Fotográfico ea Solução – Tipo proposta, para cada passivo ca<strong>das</strong>trado.4 BIBLIOGRAFIAa) BRASIL. Departamento Nacional <strong>de</strong> Estra<strong>das</strong> <strong>de</strong> Rodagem. Diretoria <strong>de</strong> EngenhariaRodoviária. Divisão <strong>de</strong> Estudos e Projetos. Serviço <strong>de</strong> Estudos Rodoviários eAmbientais. DNER-ISA 07: impactos da fase <strong>de</strong> obras rodoviárias – causas/mitigação/eliminação. In: ______. Corpo normativo <strong>ambiental</strong> para empreendimentos rodoviários.Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1996. p. 59-70.b) ______; INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA. Projeto <strong>de</strong> engenharia da ligaçãoFlorianópolis – Osório: projeto básico <strong>ambiental</strong>. Brasília; Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2001.c) ______. Departamento Nacional <strong>de</strong> Infra-Estrutura <strong>de</strong> Transportes. Diretoria <strong>de</strong>Planejamento e Pesquisa. Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>de</strong> Estudos e Pesquisa. Instituto <strong>de</strong>Pesquisas Rodoviárias. Especificações gerais para obras rodoviárias. In: ______.Ativida<strong>de</strong>s e produtos do <strong>IPR</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro, n. 2, 2003. CD-ROM.d) DISTRITO RODOVIÁRIO FEDERAL, 07. Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Concessões Rodoviárias.PER – Programa <strong>de</strong> exploração rodoviária, monitoração: especificações gerais. Rio <strong>de</strong>Janeiro, 2000.IPA – 08 – Recuperação <strong>de</strong> Passivos AmbientaisMT/DNIT/<strong>IPR</strong>

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