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A Cooperação Transfronteiriça eo Projecto Transmuseus - Câmara ...

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__________________________________________________________________________A Cooperação Transfronteiriça e o <strong>Projecto</strong> <strong>Transmuseus</strong>A concepção e o desenvolvimento do projecto do Centro de Arte Contemporânea tem origem e desenvolve-seatravés de acordos de Cooperação Transfronteiriça, no âmbito da parceria entre as cidades de Bragança ede Zamora, no sentido de implementarem o conceito de Pólo Cultural Regional Transfronteiriço, apostandona cultura como factor de competitividade.O projecto ganha consistência após a Assinatura do Protocolo de Colaboração entre a Câmara Municipal deBragança e a Fundação de Serralves (Fevereiro de 2001), aparecendo formalmente estruturado emcandidatura, apresentada em Outubro de 2002, ao Programa INTERREG III A, obtendo aprovação em Junhode 2003 - “<strong>Projecto</strong> <strong>Transmuseus</strong>: Rede de Museus Multifuncionais Transfronteiriços” que contempla aconstrução do Centro de Arte Contemporânea em Bragança e do Museu Baltasar Lobo em Zamora.O <strong>Projecto</strong> <strong>Transmuseus</strong>, idealizado como um projecto de referência, é diferenciador em vários âmbitos: naconcepção em si mesmo, como projecto de cooperação transfronteiriça entre duas cidades com relaçõeshistóricas muito fortes; os arquitectos a designar para a elaboração dos projectos deveriam ser referênciaspúblicas e constituir uma mais valia ao projecto, razão da escolha do Arq.º Souto Moura (Bragança) e doArq.º Rafael Mon<strong>eo</strong> (Zamora); as colecções permanentes a instalar deveriam estar associadas a artistas comforte ligação à área regional e que constituíssem uma mais valia para o projecto; para a programação e gestãodas exposições temporárias deveriam ser realizadas parcerias com entidades de experiência publicamentereconhecida, situação já assegurada com a Fundação de Serralves (protocolo assinado a 26 de Fevereiro de2001) e com o Centro de Arte Reina Sofia (protocolo em negociação).O Investimento Global e o Apoio ComunitárioO investimento global no Centro de Arte Contemporânea em Bragança é de 5.194.210,85 Euros, valorcomparticipado por fundos Comunitários, via INTERREG III A, em 1.930.000 Euros, e o Museu Baltasar Loborepresenta um investimento de 7. 825.136,61 Euros, com uma comparticipação de 5.500.000 Euros peloINTERREG III A.O Centro de Arte Contemporânea Graça MoraisO <strong>Projecto</strong> do Centro de Arte Contemporânea de Bragança é da autoria do Arquitecto Souto Moura e incidiusobre a recuperação e adaptação do antigo Solar dos Sá Vargas, localizado no centro histórico da cidade,incluindo a construção de raiz de um segundo corpo – o Núcl<strong>eo</strong> de Exposições Temporárias.Gabinete de Apoio e Relações Externas | Tel.: 273 304 279 | Fax: 273 304 298 | imprensa@cm-braganca.pt 1


__________________________________________________________________________O antigo Solar dos Sá Vargas (também conhecido pelo Solar dos Veiga Cabral), construção setecentista, delinhas vincadamente horizontais, teve como proprietários Francisco Xavier da Veiga Cabral e Câmara (séculoXVIII), José de Sá Carneiro Vargas (1814), a Santa Casa da Misericórdia de Bragança (1936) e Banco dePortugal (1940). O Banco de Portugal cessou a sua actividade em Bragança a 31 de Março de 1993, sendoque a Câmara Municipal de Bragança adquiriu o edifício em Novembro de 2002, um processo negociadodesde 1996.É no antigo edifício do Banco de Portugal, reconstruído como antigo solar, mantendo-se a fachada original, quese instalou o Espaço de Exposições Permanentes, onde se encontra a exposição da pintora Graça Morais“Pintura e Desenho 1983 - 2005”. A atribuição do nome da pintora Graça Morais ao Centro de ArteContemporânea resultou da decisão unânime tomada em Reunião de Câmara Municipal de 12 de Fevereiro de2007. A 25 de Abril de 2007 é assinado, entre a Câmara Municipal de Bragança e a pintora Graça Morais, oProtocolo de Colaboração e o Contrato de Comodato.Graça Morais nasceu no Vieiro, Trás-os-Montes, em 1948. Depois de completar os estudos liceais emBragança, frequenta o Curso Superior de Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto. Em 1976, commais sete artistas e um crítico de arte, integra o Grupo Puzzle, com o qual apresentou várias exposições eperformances. De 1976 a 1979 estuda em Paris, como bolseira da Fundação Gulbenkian. Participa, desde1969, em inúmeras exposições individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro, estando tambémrepresentada em inúmeras colecções públicas e privadas.GRAÇA MORAIS – EXPOSIÇÃO “Pintura e Desenho 1983 - 2005”«A pintura e o desenho sempre se cruzaram na obra de Graça Morais. A representação da figura associa-se àexpressão do gesto nas linhas do desenho ou na tintagem da aguarela que convertem cada trabalho em papelnuma condensação do que será nas suas telas disseminado e ampliado, sujeito a um diferente trabalho decomposição. Entre o desejo da representação e a expressividade da emoção, o trabalho de Graça Moraiscentra-se em temas que lhe suscitam as suas insistentes referências: a ancestralidade camponesa, os rituaisantropológicos e a sua representação etnográfica, a relação entre a condição da mulher e do homem numuniverso rural, a relação entre o amor e a morte, entre o animal e o humano. Por vezes, uma inaudita esurpreendente violência contamina a afectividade com que a artista redefine e reinterpreta as figuras querepresenta, como se elas fossem personagens de uma tragédia antiquíssima, mas sempre presenteNas obras reunidas para o Centro que agora se inaugura, dedicado ao seu trabalho, encontram-se exemplosde desenhos e de pinturas onde tais conflitos surgem evidentes: dos retratos de mulheres transmontanas àsfiguras masculinas representativas da sexualidade e da morte, dos animais de caça aos desenhos de cenasquotidianas de intensa serenidade, uma cosmologia singular se desvenda. Há por vezes uma ambiçãopicassiana transferida para o território de um ponto de vista feminino em alguns destes trabalhos. Háminotauros escondidos por detrás de alguns dos animais feridos que neles encontramos. Natureza e culturatrespassam-se nestes retratos e nestas figuras. No conjunto das obras expostas, uma síntese da obra deGraça Morais surge revelada, nesse domínio onde pintar e desenhar foram também sempre um indício de umdesejo de querer dizer.»Comissário: João Fernandes | Exposição programada pela Câmara Municipal de BragançaGabinete de Apoio e Relações Externas | Tel.: 273 304 279 | Fax: 273 304 298 | imprensa@cm-braganca.pt 2


__________________________________________________________________________O Núcl<strong>eo</strong> de Exposições Temporárias, edifício construído de raiz, tem uma área de exposição de 240 m² euma altura de 8,30 metros. Aqui encontra-se a exposição inaugural de Gerardo Burmester “As Cores NãoDizem Nada” (de 30 de Junho a 31 de Outubro).Gerardo Burmester nasceu em 1953, no Porto, cidade onde vive e trabalha. Frequentou, de 1973 a 1974, aEscola Superior de Belas Artes do Porto. De 1975 a 1978 viveu e trabalhou em Paris. Fez parte do GrupoPuzzle. Fez parte do Espaço Lusitano, no Porto. Expõe desde 1976 – a sua obra tem sido apresentada atravésda pintura, da escultura e da instalação e encontra-se representada em muitas colecções públicas.GERARDO BURMESTER - EXPOSIÇÃO “As Cores Não Dizem Nada”(de 30 de Junho a 31 de Outubro).«Gerardo Burmester começa a apresentar o seu trabalho na segunda metade da década de 70,desenvolvendo várias acções performativas e configurando uma obra pictórica que associa referências n<strong>eo</strong>românticasà crítica irónica da condição da pintura e dos seus temas na situação portuguesa e internacional domomento. Em finais da década de 80, a obra de Burmester passa a utilizar o objecto e a instalação espacialcomo propostas de um teatro dos lugares por ela reinventados, aproximando e distanciando o espectador emjogos de sedução visual tão atractivos quanto frios no perfeccionismo intocável dos materiais utilizados:madeira folheada, alumínio polido, feltro industrial. No trabalho especificamente realizado para o Centro deArte Contemporânea de Bragança, o artista apresenta um conjunto de elementos coloridos de alumínio polidocujos volumes pontuam o lugar num itinerário que tanto reflecte a imagem do espectador como sublinha aexterioridade deste em relação ao alinhamento daqueles no espaço. Um “quadro” feito de feltro e de chapas deacrílico de cores fluorescentes objectualiza a condição da pintura, convidando a descobrir a grande galeriaonde o espectador é convidado a entrar dentro de um outro “quadro”: ali, numerosos elementos de alumínio ede acrílico criam ritmos de transparência e de opacidade no espaço, confrontando cores, linhas e g<strong>eo</strong>metrias.A condição minimalista e abstracta desta “paisagem” antinaturalista confronta-se com o preenchimento dochão por lascas de acrílico resultantes do corte dos elementos fixados na parede. Uma diferença detemperatura diferencia a experiência “fria” da observação em relação à experiência”quente” da entrada numespaço-quadro, onde o único elemento de variação será precisamente o movimento do espectador e osvestígios dos seus percursos no chão. “As cores não dizem nada”, o título deste projecto de GerardoBurmester, desmente a expectativa de quem na arte procura outra coisa que não ela mesma, expressão deuma das condições mais livres e singulares da condição humana.»Comissário: João Fernandes | Exposição programada pela Fundação de SerralvesComo complemento, o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais tem um Serviço Educativo (que vaidesenvolver programas específicos para as escolas, Workshops temáticos, ateliês de artes plásticas,encontros com artistas plásticos, projectos de cooperação e visitas guiadas), um Centro de Documentação,uma Livraria/Loja e um Bar/Cafetaria (com uma esplanada no Jardim interior).Centro de Arte Contemporânea Graça Morais | Rua Abílio Beça, 150 | 5300-011 BragançaTel.: (351) 273 302 410 | centro.arte@cm.braganca.ptHorário: terça a domingo das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30 (encerra à segunda)Gabinete de Apoio e Relações Externas | Tel.: 273 304 279 | Fax: 273 304 298 | imprensa@cm-braganca.pt 3


__________________________________________________________________________Visita do Primeiro-Ministro, Eng.º José Sócrates, àsobras de construção do Centro de Arte Contemporânea,a 28 de Abril de 2006Visita da Comissária Europeia para o DesenvolvimentoRegional, Danuta Hübner, a 27 de Março de 2007Fachada do antigo edifício do Banco de Portugal (Rua Abílio Beça)Fotografia de Lucília Monteiro/VisãoNúcl<strong>eo</strong> de Exposições Temporárias – construção de raiz (Rua Emídio Navarro)Gabinete de Apoio e Relações Externas | Tel.: 273 304 279 | Fax: 273 304 298 | imprensa@cm-braganca.pt 4


__________________________________________________________________________Colecção Permanente - Graça MoraisNúcl<strong>eo</strong> de Exposições Temporárias - Gerardo BurmesterBragança, 26 de Junho de 2008Gabinete de Apoio e Relações Externas | Tel.: 273 304 279 | Fax: 273 304 298 | imprensa@cm-braganca.pt 5

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