Artigo08A FARSA DAINCONFIDÊNCIAMINEIRAMichael PeuserA “história” do <strong>Brasil</strong> é umagrande MENTIRA bem contada!Se a “cereja do bolo” da históriabrasileira é uma grande farsa, imagineo resto do “bolo”...O MARTÍRIO DE TIRADENTES:UMA FARSA CRIADA POR LÍDERESDA INCOFIDÊNCIA MINEIRAEle estava muito bem vivo, umano depois, em Paris. O feriado de21 de abril é fruto de uma históriafabricada que criou Tiradentescomo bode expiatório, que levariaa culpa pelo movimento da InconfidênciaMineira.Quem morreu no lugar dele foi umladrão chamado Isidro Gouveia.A mentira que criou o feriado de 21de abril é: Tiradentes foi sentenciadoà morte e foi enforcado nodia 21 de abril de 1792, no Rio deJaneiro, no local chamado Campoda Lampadosa, que hoje é conhecidocomo a Praça Tiradentes.Com a Proclamação da República,precisava ser criada uma novaidentidade nacional.Pensou-se em eternizar MarechalDeodoro, mas o escolhido foi Tiradentes.Ele era de Minas Gerais,estado que tinha na época amaior força republicana e era umpolo comercial muito forte. Jogaramao povo uma imagem de Tiradentesparecida com a de Cristoe era o que bastava: um “Cristoda Multidão”. Transformaram-noem herói nacional cuja figura ehistória “construída” agradavatanto à elite quanto ao povo.
09A vida dele em poucas palavras:Tiradentes nasceu em 1746 naFazenda do Pombal, entre SãoJosé e São João Del Rei (MG).Era filho de um pequeno fazendeiro.Ficou órfão de mãeaos nove anos e perdeu o paiaos 11. Não chegou a concluiro curso primário. Foi morarcom seu padrinho, SebastiãoFerreira Dantas, um cirurgiãoque lhe deu ensinamentos deMedicina e Odontologia. Aindajovem, ficou conhecido pelahabilidade com que arrancavaos dentes estragados das pessoas.Daí veio o apelido de Tira-Dentes.Em 1780, tornou-seum soldado e, um ano à frente,foi promovido a alferes. Nestamesma época, envolveu-se naInconfidência Mineira contra aCoroa portuguesa, que exploravao ouro encontrado em MinasGerais. Tiradentes foi iniciadona Maçonaria pelo poeta e juizCruz e Silva, amigo de váriosinconfidentes. Tiradentes teriasalvado a vida de Cruz e Silva,não se sabe em que circunstâncias.Tiradentes, Maçonaria e a InconfidênciaMineiraComo era um simples alferes(patente igual à de tenente),não lideraria coronéis, padrese desembargadores, que eramos verdadeiros líderes do movimento.Semi-alfabetizado, émuito provável que nunca esteveplenamente a par dos planose objetivos do movimento.Em todos os movimentos libertáriosacontecidos no <strong>Brasil</strong>,durante os séculos XVIII e XIX,era comum o “dedo da Maçonaria”.E Tiradentes foi maçon,mas estava longe de acompanharos maçons envolvidos naInconfidência, porque esseseram cultos, e em sua grandeparte, estudantes que haviamrecentemente regressado “formados”da cidade de Coimbra,em Portugal. Uma das evidênciasdocumentais da participaçãoda Maçonaria são as cartasde denúncia existentes nosautos da Devassa, informandoque maçons estavam envolvidosnos conluios.Os maçons brasileiros foramencorajados na tentativa de libertação,pela história dos EstadosUnidos da América, ondesaíram vitoriosos - mesmo emluta desigual - os maçons norteamericanosGeorge Washington,Benjamin Franklin e ThomasJefferson. Tambémé possível comprovar aparticipação da Maçonariana InconfidênciaMineira, sob o pavilhãoe o dístico maçônicodo Libertas Quae SeraTamen, que adorna otriângulo perfeito, comeste fragmento de Virgílio(Éclogas, I, 27).Tiradentes era um dospoucos inconfidentesque não tinha família.Tinha apenas uma filhailegítima e traçavado padre. Era o de menor preparocultural e poucos amigos.Portanto, a melhor escolha paradesempenhar o papel de umbode expiatório que livraria damorte os verdadeiros chefes.E foi assim que foi armada atraição, em 15 de março de1789, com o Silvério dos Reisindo ao Palácio do governador edenunciando o Tiradentes. Elefoi preso no Rio de Janeiro, naCadeia Velha e seu julgamentoprolongou-se por dois anos.Durante todo o processo, eleadmitiu voluntariamente ser olíder do movimento, porque tinhaa promessa que livrariam asua cabeça na hipótese de umacondenação por pena de morte.Em 21 de abril de 1792, comajuda de companheiros daMaçonaria, foi trocado por umladrão, o carpinteiro Isidro Gouveia.O ladrão havia sido condenadoà morte em 1790 e assumiua identidade de Tiradentes,em troca de ajuda financeira àsua família, oferecida a ele pelaMaçonaria. Gouveia foi conduzidoao cadafalso e testemunhasque presenciaram a sua mortese diziam surpresas porque eleaparentava ter bem menos queseus 45 anos.No livro, de 1811, de autoria deHipólito da Costa (“Narrativa daPerseguição”) é documentada adiferença física de Tiradentescom o que foi executado em21 de abril de 1792. O escritorMartim Francisco Ribeiro de AndradaIII escreveu no livro “Contribuindo”,de 1921: “Ninguém,por ocasião do suplício, lhe viuo rosto, e até hoje se discute seele era feio ou bonito...”.O corpo do ladrão Gouveia foiesquartejado e os pedaços espalhadospela estrada até VilaRica (MG), cidade onde o mov-viu fotocópias de uma listade presença da galeria da AssembléiaNacional francesa de1793. Correa pesquisava sobreJosé Bonifácio de Andradae Silva e acabou encontrandoa assinatura que era o objetode suas pesquisas. Próximo àassinatura de José Bonifácio,também aparecia a de um certoAntônio Xavier da Silva. Correaera funcionário do Bancodo <strong>Brasil</strong>, se formara em grafotécnicae, por um acaso dodestino, havia estudado muitoa assinatura de Joaquim Joséda Silva Xavier, o Tiradentes.Concluiu que as semelhançaseram impressionantes.Tiradentes teria embarcadoincógnito, com a ajuda dosirmãos maçons, na nau Golfinho,em agosto de 1792, comdestino a Lisboa. Junto comTiradentes seguiu sua namorada,conhecida como PerpétuaMineira e os filhos do ladrãomorto Isidro Gouveia. Em umacarta que foi encontrada naTorre do Tombo, em Lisboa,existe a narração do autor, desembargadorSimão Sardinha,na qual diz ter-se encontrado,na Rua do Ouro, em dezembrodo ano de 1792, com alguémmuito parecido com Tiradentes,a quem conhecerano <strong>Brasil</strong>, e que ao reconhecêlosaiu correndo. Há relatosque 14 anos depois, em 1806,Tiradentes teria voltado ao<strong>Brasil</strong> quando abriu uma boticana casa da namorada PerpétuaMineira, na rua dos Latoeiros(hoje Gonçalves Dias)e que morreu em 1818.Em 1822, Tiradentes foi reconhecidocomo mártir da InconfidênciaMineira e, em 1865,proclamado Patrono Cívico danação brasileira.planos para casar-seimento se desenvolveu. A ca-com a sobrinha de umpadre chamado Rolim,por motivos econômicos.Ele era, então, detodo o grupo, aqueleconsiderado como uma“codorna no chão”, omais frágil dos inconfi-beça não foi encontrada, umavez que sumiram com ela paranão ser descoberta a farsa. Osdemais inconfidentes foramcondenados ao exílio ou absolvidos.A descoberta da farsaComentário: Se naquele tempoas “autoridades” já agiam assim,imagine o que não fazemhoje os politícos espertalhões,que povoam o Senado, o Congresso,Governos Estaduais ePrefeituras !dentes. Sem família eHá 41 anos (1969), o histo-sem dinheiro, querendoabocanhar as riquezasriador carioca Marcos Correaestava em Lisboa quandoMuita paz, saúde e felicidade.