Sentimento materno no processo de amamentação e o papel do ...
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62.2 Instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informaçõesForam realizadas buscas na LILACS – Literatura Lati<strong>no</strong>-Americana e <strong>do</strong>Caribe em Ciências da Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> da BIREME (São Paulo, BR.),disponíveis na Biblioteca Virtual em Saú<strong>de</strong> (www.bvs.br ou www.bireme.br.E <strong>no</strong> SCIELO (Scientific Eletronic Library on line) biblioteca eletrônica queabrange uma coleção selecionada <strong>de</strong> perío<strong>do</strong>s científicos brasileiros, disponíveisem: www.scielo.br e <strong>no</strong> INCA – Instituto Nacional <strong>de</strong> Câncer (www.inca.gov.br).As palavras-chave são: enfermagem, aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>, mãe,amamentação.Os artigos pesquisa<strong>do</strong>s correspon<strong>de</strong>m aos a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 2000 a 2010.3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICAA importância <strong>do</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> é reconhecida nacional einternacionalmente, é um tema muito discuti<strong>do</strong>, pois acondiciona vantagens tantopara o bebê quanto para a mãe. Faz a diferença entre a saú<strong>de</strong> e a <strong>do</strong>ença, entre avida e a morte.Conforme Ferreira (2010), o aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> imuniza o bebê <strong>de</strong> váriostipos <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença, reduz a mortalida<strong>de</strong> infantil, reduz hospitalizações, melhora anutrição, protege contra o câncer <strong>de</strong> mama, é mais econômico e melhora aqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>ntre outras vantagens. Mesmo a par <strong>do</strong>s benefícios ofereci<strong>do</strong>spelo o aleitamento, ainda existem profissionais da Enfermagem que são omissos aprática <strong>do</strong> incentivo direciona<strong>do</strong> as mães, para que possam alimentar seus filhoscom o seu próprio leite.O leite <strong>mater<strong>no</strong></strong> é o único alimento completo e saudável para o bebê. Éisento <strong>de</strong> germes, tem maior valor nutritivo e evita diarréias e infecções. Sãoinúmeras as vantagens, tanto <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m física como psíquica, para o bebê epara mãe (FERREIRA, 2010, p. 04).
7Por meio <strong>do</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> não apenas o bebê, mas as mães tambémpo<strong>de</strong>rão ter várias vantagens por meio <strong>do</strong> mesmo, sen<strong>do</strong> o leite <strong>mater<strong>no</strong></strong> umelemento primordial neste <strong>processo</strong>, pois por meio da amamentação po<strong>de</strong>rá preveniro bebê contra infecções gastrintestinais, respiratórias e urinárias. Portanto por meio<strong>do</strong> leite <strong>mater<strong>no</strong></strong> protege o bebê contra alergias, fazen<strong>do</strong> também com que o mesmotenha uma melhor adaptação a outros alimentos. Em se tratan<strong>do</strong> das vantagenspara a mãe, por meio <strong>do</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> a mãe po<strong>de</strong>rá facilitar uma involuçãouterina mais precoce, proporcionar me<strong>no</strong>r probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter câncer <strong>de</strong> mamaentre outros.Segun<strong>do</strong> a Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> (OMS) e o Ministério da Saú<strong>de</strong> oaleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> é exclusivo por seis meses e aleitamento misto até os <strong>do</strong>isa<strong>no</strong>s. Entretanto, antes <strong>do</strong>s seis meses não há benefícios em iniciar os alimentoscomplementares, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, acarretar <strong>de</strong>trimentos à saú<strong>de</strong> da criança, pois aadmissão precoce <strong>de</strong> outros alimentos está associada a:• Maior número <strong>de</strong> episódios <strong>de</strong> diarréia;• Maior número <strong>de</strong> hospitalizações por <strong>do</strong>ença respiratória;• Risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição se os alimentos introduzi<strong>do</strong>s forem nutricionalmenteinferiores o leite <strong>mater<strong>no</strong></strong>, como, por exemplo, quan<strong>do</strong> os alimentos sãomuito diluí<strong>do</strong>s;• Me<strong>no</strong>r absorção <strong>de</strong> nutrientes importantes <strong>do</strong> leite <strong>mater<strong>no</strong></strong>, como o ferro eo zinco;• Me<strong>no</strong>r eficácia da lactação como méto<strong>do</strong> anticoncepcional;• Me<strong>no</strong>r duração <strong>do</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> (MINISTERIO DA SAÚDE, 2009,p.12-13).Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse pressuposto a pesquisa se evi<strong>de</strong>ncia em buscar subsídiospara comprovar a importância da Enfermagem <strong>no</strong> <strong>processo</strong> <strong>do</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>.Buscan<strong>do</strong> a conscientizar esses profissionais <strong>de</strong> que eles são um vetor que po<strong>de</strong>fazer a diferença na vida <strong>do</strong>s recém nasci<strong>do</strong>s.
8Amamentar é um ato natural, instintivo, biológico e próprio da espécie. Comesse pa<strong>no</strong> <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>, as ações propugnadas se orientam, invariavelmente,para informar a mulher sobre as vantagens em ofertar o seio a seu filho epor responsabilizá-la pelos resulta<strong>do</strong>s futuros, <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> sucesso ou<strong>do</strong> fracasso. A lógica <strong>de</strong> “informar para responsabilizar” procura modular ocomportamento da mulher em favor da amamentação, imputan<strong>do</strong>-lhe cul<strong>papel</strong>o <strong>de</strong>smame precoce, que é associa<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma direta a agravos para asaú<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu filho (ALMEIDA E NOVAK, 2004, p. 120).Para que esse i<strong>de</strong>al seja concretiza<strong>do</strong>, se faz necessário a conscientizaçãodaqueles profissionais que ainda se mantém inertes a uma atitu<strong>de</strong> tão grandiosa.O aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> é um assunto <strong>de</strong> sobrevivência e instrumenta oslimites da saú<strong>de</strong>, entoan<strong>do</strong> uma relevância social muito gran<strong>de</strong>, pois o que está emquestão são vidas humanas.A importância <strong>de</strong>sse ato é reconhecida, recomendada e orientada pela "OMS"Organização Mundial da Saú<strong>de</strong>, pela UNICEF, e pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>. Essaprática correta proporciona efeitos satisfatórios não exclusivamente para mãe/filho,mas para a família, para socieda<strong>de</strong> e até mesmo para os hospitais.A melhor forma <strong>de</strong> alimentação é o aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> específico para osprimeiros quatro a seis meses <strong>de</strong> vida, acompanha<strong>do</strong> da introdução <strong>de</strong> alimentossóli<strong>do</strong>s e líqui<strong>do</strong>s apropria<strong>do</strong>s para a ida<strong>de</strong>, com a continuação <strong>do</strong> aleitamento.Muitos <strong>do</strong>s benefícios já versa<strong>do</strong>s da amamentação materna sãosubstancialmente maiores quan<strong>do</strong> essa forma <strong>de</strong> alimentação é exclusiva pelome<strong>no</strong>s até o 4º mês.A amamentação provém alimentos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s para a manutenção dasaú<strong>de</strong>, crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s bebês, enquanto que aomesmo tempo beneficia a mãe lactante. O leite huma<strong>no</strong> é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> oalimento i<strong>de</strong>al para o primeiro a<strong>no</strong> <strong>de</strong> vida, incluin<strong>do</strong> casos <strong>de</strong> bebêsprematuros ou <strong>do</strong>entes, exceto em poucos casos <strong>de</strong> contaminaçõesespecíficas e <strong>do</strong>enças maternas, a serem discuti<strong>do</strong>s posteriormente.(DANIEL, 2009, p. 410)
9Conforme a citação acima o leite huma<strong>no</strong> é avalia<strong>do</strong> como sen<strong>do</strong> o alimentoi<strong>de</strong>al para o primeiro a<strong>no</strong> <strong>de</strong> vida da criança.No <strong>processo</strong> <strong>de</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância a comunicaçãoentre o profissional <strong>de</strong> enfermagem com a mãe.É necessária uma comunicação simples e objetiva durante a orientação, oincentivo e o apoio ao aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> diversasposições, promoven<strong>do</strong> relaxamento e posicionamento confortável,explican<strong>do</strong> a fonte <strong>do</strong>s reflexos da criança e mostran<strong>do</strong> como isso po<strong>de</strong> serusa<strong>do</strong> para ajudar na sucção <strong>do</strong> recém-nasci<strong>do</strong> (FERREIRA, 2010, p. 10).O profissional enfermeiro é um educa<strong>do</strong>r em potencial. Ele elabora, executa eavalia programas <strong>de</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>. No <strong>processo</strong> <strong>do</strong> aleitamento, cabe a esteprofissional ajudar a mãe por meio <strong>de</strong> orientação e ajuda, explican<strong>do</strong> <strong>de</strong> formaindividual, na gravi<strong>de</strong>z, <strong>no</strong> pré-parto, <strong>no</strong> parto e <strong>no</strong> puerpério, especialmente <strong>no</strong>sprimeiros dias após o parto, a grupos <strong>de</strong> mães, <strong>de</strong> familiares e <strong>de</strong> funcionários.O aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> carece ser específico até o sexto mês <strong>de</strong> vida, emanti<strong>do</strong> associa<strong>do</strong> a outros alimentos até o segun<strong>do</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> vida conformepreconiza<strong>do</strong> pelo Ministério da Saú<strong>de</strong> (MS), Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>(OMS), Fun<strong>do</strong> das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a WorldHealth Organization (VENÂNCIO, 2003 apud ALMEIDA, FERNANDES EARAÚJO, 2004 p. 02).Em se tratan<strong>do</strong> <strong>do</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> <strong>de</strong>ve ser exclusivo até o sexto mês <strong>de</strong>vida, cabe ressaltar que <strong>no</strong> Brasil é complica<strong>do</strong> pois as mulheres ainda nãoconseguiram a total liberação para a licença maternida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 6 meses, sen<strong>do</strong> umfator que influencia <strong>no</strong> <strong>de</strong>smame precoce.O real impacto social <strong>do</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> po<strong>de</strong> ser quantifica<strong>do</strong> atravésda diminuição <strong>de</strong> atendimento médico, hospitalizações e <strong>do</strong> uso <strong>de</strong>medicamentos, como também, me<strong>no</strong>r absenteísmo <strong>do</strong>s pais ao trabalho,uma vez que as crianças que recebem leite <strong>mater<strong>no</strong></strong> a<strong>do</strong>ecem me<strong>no</strong>s(GIUGLIANI, 2000 apud ALMEIDA, FERNANDES E ARAÚJO, 2004 p. 02).
10É <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância que o enfermeiro esteja próximo a mãe <strong>no</strong> <strong>de</strong>correr<strong>do</strong> parto e após o mesmo, prestan<strong>do</strong> assistências as mães nas primeiras mamadas<strong>do</strong> recém-nasci<strong>do</strong>, “para que o aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> seja inicia<strong>do</strong> o mais precocepossível, <strong>de</strong> preferência imediatamente após o parto, conforme preconiza a WorldHealth Organization” (GIUGLIANI, 2000 apud ALMEIDA, FERNANDES E ARAÚJO,2004). É importante que o enfermeiro observe como o recém-nasci<strong>do</strong> pega o peitoprestan<strong>do</strong> cuida<strong>do</strong>s a mãe e ao recém-nasci<strong>do</strong>.Segun<strong>do</strong> Almeida e Do Vale (2003, apud Almeida, Fernan<strong>de</strong>s e Araújo, 2004)se torna necessário e <strong>de</strong> fundamental importância a comunicação <strong>do</strong> profissional <strong>de</strong>enfermagem <strong>no</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>. É importante que esteprofissional auxilie a mãe nas “diversas posições, promoven<strong>do</strong> relaxamento eposicionamento confortável, explican<strong>do</strong> a fonte <strong>do</strong>s reflexos da criança e mostran<strong>do</strong>como isso po<strong>de</strong> ser usa<strong>do</strong> para ajudar na sucção <strong>do</strong> recém-nasci<strong>do</strong>” (ALMEIDA &DO VALE, 2003).O aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> sob acessível <strong>processo</strong> carece ser encoraja<strong>do</strong> a fim<strong>de</strong> abrandar a perda <strong>de</strong> peso inicial <strong>do</strong> recém-nasci<strong>do</strong> e promover o estímuloprecoce da apojadura. Contu<strong>do</strong>, o aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> garante a conservação <strong>do</strong>vínculo mãe e filho que tem inicio <strong>no</strong> <strong>de</strong>correr da gestação, cresce e se fortifica,<strong>de</strong>ven<strong>do</strong> portanto ser incentiva<strong>do</strong> a sua continuida<strong>de</strong> para garantir bem-estar,segurança e saú<strong>de</strong> da criança (BRASIL, 2001 apud ALMEIDA, FERNANDES EARAÚJO, 2004).Os primeiros dias após o parto são cruciais para o aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> bemsucedi<strong>do</strong>, pois é nesse perío<strong>do</strong> que a lactação se estabelece, além <strong>de</strong> serum perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> intenso aprendiza<strong>do</strong> para a mãe e adaptação <strong>do</strong> recémnasci<strong>do</strong>.Daí a importância <strong>do</strong> acompanhamento intensivo <strong>no</strong> pós-parto eatravés <strong>de</strong> visitas <strong>do</strong>miciliares após a alta hospitalar, pois várias dúvidas eproblemas po<strong>de</strong>m surgir e tornar a mulher vulnerável e insegura. Nestaetapa <strong>de</strong> adaptação às modificações puerperais, a mulher necessitaconhecer sobre o auto-cuida<strong>do</strong>, o aleitamento, o planejamento familiar e oscuida<strong>do</strong>s com o recém-nasci<strong>do</strong>. Nesse perío<strong>do</strong> o enfermeiro po<strong>de</strong>rá intervirreforçan<strong>do</strong> as orientações, buscan<strong>do</strong> solucionar os problemas, prevenin<strong>do</strong> eajudan<strong>do</strong> a superar as dificulda<strong>de</strong>s da puérpera, evitan<strong>do</strong>, assim, o uso <strong>de</strong>complementos e seus possíveis efeitos <strong>de</strong>letérios (ALMEIDA, FERNANDESE ARAÚJO, 2004, p. 03)
12nas extremida<strong>de</strong>s (alvéolos),essas flores estão ligadas a pequenas ediversas ramificações (canalículos) <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ramificações mais largas emais compridas (canais galactóforos) que se dilatam sob a base areolar,forman<strong>do</strong> a ampola galactófora, cada qual, com um ducto lactífero excretorin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, que se abre na papila da mama. Estas dilatações sob a baseda aréola também são chamadas <strong>de</strong> seios galactóforos ou reservatórios <strong>de</strong>leite e têm como finalida<strong>de</strong> servir <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito para parte <strong>do</strong> leite queproduzi<strong>do</strong> <strong>no</strong>s intervalos das mamadas. Para cada conjunto <strong>de</strong> alvéolos,canalículos, canais, ampola galactófora e ducto lactífero excretor,<strong>de</strong><strong>no</strong>mina<strong>do</strong>s <strong>de</strong> lobo, que se constitui, na unida<strong>de</strong> estrutural básica damama feminina. Cada lobo, por sua vez, é forma<strong>do</strong> <strong>de</strong> muitos lóbulos quesão significativamente variáveis em número e tamanho. Possuem <strong>de</strong> 3 a100 ou mais áci<strong>no</strong>s ou alvéolos que se apresentam atapeta<strong>do</strong>s porcamadas <strong>de</strong> células produtoras <strong>de</strong> leite e estão ricamente providas <strong>de</strong>células mioepiteliais contráteis e vasos sanguíneos em sua pare<strong>de</strong>. Aoconjunto <strong>de</strong> 15 a 20 lobos (pedúnculos com inflorescências ramificadas)<strong>de</strong><strong>no</strong>mina<strong>do</strong>s <strong>de</strong> glândula mamária (SCHMITZ, 2000.p.26).Conforme Neme (2000, p. 242): O ponto mais importante para manter aprodução leite huma<strong>no</strong> consiste <strong>no</strong> conhecimento e na tranquilização da mãe e <strong>no</strong>esvaziamento recorrente das mamas através <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nha, manuais ou mecânicas,simulan<strong>do</strong> a sucção ao seio.Conforme Neme (2000, p. 242), Cabe ressaltar que este tipo <strong>de</strong> procedimentoé consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> <strong>de</strong> fundamental importância para a manutenção <strong>de</strong> níveis eleva<strong>do</strong>s <strong>de</strong>prolactina. O leite, na primeira fase da amamentação, é produzi<strong>do</strong> pelas célulaslactóforas 1 , estimuladas pelo hormônio (prolactina) produzi<strong>do</strong> na hipófise anterior.Este hormônio aumenta <strong>no</strong> final da gestão da mulher, elevan<strong>do</strong> o seu nívelplasmático em função <strong>de</strong> diversos fatores, inclusive pela estimulação total da mama.Segun<strong>do</strong> Neme (2000), os hormônios responsáveis pela lactação po<strong>de</strong>m serinibi<strong>do</strong>s por vários fatores. A própria ação <strong>de</strong> outros hormônios associa<strong>do</strong>s aoestresse, como a adrenalina, po<strong>de</strong> diminuir a secreção <strong>do</strong> hormônio hipofisário,impedin<strong>do</strong> em nível periférico, a captação da prolactina <strong>no</strong>s locais <strong>de</strong> ação e <strong>no</strong>sreceptores da célula lactóforas.A imediata sucção estimula a produção <strong>de</strong> ocitocina que favorece a<strong>de</strong>quitação, em virtu<strong>de</strong> <strong>do</strong> estímulo da contração uterina. A oferta <strong>do</strong> primeiro leite,que é colostro, é importante para a estimulação <strong>do</strong>s primeiros movimentos1 Que produzem o leite.
13peristálticos eficazes, e consequentemente a maior eliminação <strong>de</strong> mecônio(primeiras fezes <strong>do</strong> recém-nasci<strong>do</strong>). Esta ativida<strong>de</strong> é <strong>de</strong> na prevenção e na redução<strong>de</strong> icterícia fisiológica com níveis <strong>de</strong> bilirrubina (para diminuir a reabsorção dabilirrubina através <strong>do</strong> circuito êntero-hepático). É importância <strong>de</strong>ixar a criança mamarquan<strong>do</strong> quiser, pelo tempo que quiser, manten<strong>do</strong>-<strong>no</strong>s vigilantes junto com a mãe(Neme, 2000, p. 247).A lactação segun<strong>do</strong> Neme (2000, p. 239), se <strong>de</strong>senvolve nas seguintes fases:mamogênese, lactogênese, galactopoiese e galactocinese.A mamogênese po<strong>de</strong> ser compreendida como a fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento daglândula mamária. Inicia-se com a puberda<strong>de</strong> e se completa <strong>no</strong> perío<strong>do</strong>gestacional. No <strong>de</strong>correr da gestação seu <strong>de</strong>senvolvimento é acelera<strong>do</strong> e secompleta.A lactogênese é consi<strong>de</strong>rada o início da produção láctea, portanto, não ocorre<strong>no</strong> perío<strong>do</strong> da gestação, em função <strong>do</strong> efeito competitivo exerci<strong>do</strong> por estrogeneo eprogesterona, que inibem a atuação da prolactina ao nível da célula mamária. Elatem <strong>do</strong>is núcleos – endócri<strong>no</strong> e nervoso. Após o parto, a ausência <strong>do</strong>s hormôniosplacentários libera a ação da prolactina. Então, a secreção láctea e um efeito <strong>de</strong>privação estrogênica.A lactogênese é o início da secreção <strong>de</strong> leite. A prolactina (PRL) <strong>de</strong>sempenhaum importante <strong>papel</strong> neste <strong>processo</strong>, liberan<strong>do</strong>-se quan<strong>do</strong> o mamilo é manipula<strong>do</strong>,pelo neonato (sucção) e mediante estimulação mecânica ou manual (or<strong>de</strong>nha).A galactopoiese é entendida como a manutenção da produção láctea e<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> diretamente da secreção <strong>de</strong> prolactina. A prolactina mantém níveiseleva<strong>do</strong>s durante a gestação e apresenta <strong>de</strong>clínio gradual <strong>no</strong> pós-parto, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> àbaixa <strong>do</strong>s esterói<strong>de</strong>s ovaria<strong>no</strong>s.O efeito da sucção é media<strong>do</strong> por neurônios <strong>do</strong>paminérgicos e caracteriza-sepela manutenção <strong>de</strong> pequena produção <strong>de</strong> PIF (Fator Inibi<strong>do</strong>r da Prolactina), comprodução aumentada <strong>de</strong>corrente da prolactina. O reflexo <strong>de</strong> sucção po<strong>de</strong> ateproduzir o aumento da mama e lactação. Tanto em presença quanto em ausência<strong>do</strong>s ovários o aleitamento (o reflexo <strong>de</strong> sucção) po<strong>de</strong> manter sozinho a lactação.
14Já a galactocinese é consi<strong>de</strong>rada a seqüência <strong>de</strong> eventos por meio <strong>do</strong>s quaisse dá a remoção <strong>do</strong> leite <strong>no</strong> <strong>de</strong>correr da sucção. Cabe ressaltar que apenas apequena porção <strong>de</strong> leite que se acumula <strong>no</strong>s seios lactóforos, sob a aréola, po<strong>de</strong> serremovida por forças mecânicas.4 RESULTADOS E DISCUSSÃOEm se tratan<strong>do</strong> <strong>do</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> a mãe po<strong>de</strong> apresentar váriostipos <strong>de</strong> sentimentos.Conforme Marques e Pereira (2010), apesar <strong>de</strong> reconhecer a importânciada mulher <strong>no</strong> <strong>processo</strong> da amamentação, hoje em dia os programas nem sempreanalisam a astúcia feminina sobre a amamentação e sua influência na vidacotidiana. Portanto, é necessário repensar o atual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> amamentação a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>pelas políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.No que se refere ao significa<strong>do</strong> atribuí<strong>do</strong> pela mulher ao aleitamento<strong>mater<strong>no</strong></strong>, <strong>de</strong>staca-se a importância que o universo femini<strong>no</strong> usualmenteatribui a tal prática. Em geral os discursos retratam uma idéia positiva comrelação ao aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>, seja por vonta<strong>de</strong> própria e sensação <strong>de</strong>bem-estar da mulher ao amamentar, seja por ela julgar que amamentar fazbem ao bebê (MARQUES E PEREIRA, 2010, p. 216).Assim sen<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> se discute sobre a lactação e sua percepção a mesmase direciona aos valores e crenças pessoais da mulher que provavelmente resultamtanto <strong>de</strong> fatores atuais <strong>no</strong> seu meio familiar como <strong>de</strong> contextos referentes aosserviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> utiliza<strong>do</strong>s.Em se tratan<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>papel</strong> <strong>do</strong> enfermeiro <strong>no</strong> que diz respeito aos sentimentosvivencia<strong>do</strong>s pela mãe <strong>no</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>, é importante que omesmo promova ativida<strong>de</strong>s educativas ten<strong>do</strong> como <strong>de</strong>sígnio o avanço da percepçãomaterna sobre amamentação, aban<strong>do</strong>nan<strong>do</strong> o caráter <strong>no</strong>rmativo <strong>do</strong> qual as
15estratégias <strong>de</strong> incentivo ao aleitamento têm se a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>, apesar das estratégias <strong>de</strong>mudanças que são focalizadas <strong>no</strong>s cursos <strong>de</strong> aconselhamento em aleitamento<strong>mater<strong>no</strong></strong>.Constatou-se que a mulher sente sobrecarregada com suas tarefas<strong>do</strong>mésticas e sua <strong>de</strong>dicação ao mari<strong>do</strong>, o que resulta em gran<strong>de</strong>s dilemas,que nem sempre são resolvi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma harmônica entre os casais(MARQUES E PEREIRA, 2010, p. 216).Várias mulheres sentem <strong>de</strong>sprazer <strong>no</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> amamentação, sen<strong>do</strong>necessária uma avaliação <strong>do</strong>s impactos das atuais estratégias que circundam oaleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> e compreen<strong>de</strong>r que esta prática reflete um conjunto <strong>de</strong> fatoressociais e culturais como também aspectos fisiológicos.Conforme Marques, Cotta e Araújo (2009) caso a mulher não obtenhasucesso <strong>no</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> amamentação, em presença o aleitamento po<strong>de</strong> levar àmesma ao sentimento <strong>de</strong> culpa, acreditan<strong>do</strong> que não conseguiu exercercompletamente seu <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> boa mãe. Assim sen<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar o <strong>papel</strong> <strong>do</strong>sprofissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> familiares como sen<strong>do</strong> os incentiva<strong>do</strong>res <strong>do</strong> aleitamento<strong>mater<strong>no</strong></strong>, permitin<strong>do</strong> assim uma melhor segurança a mãe em relação a suahabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar o seu bebê, agin<strong>do</strong> em prol <strong>do</strong> aleitamento e da promoçãoda saú<strong>de</strong>.É importante que sejam bem informa<strong>do</strong>s os aspectos emocionais queenvolvem a mulher <strong>no</strong> <strong>de</strong>correr da amamentação.No <strong>processo</strong> da amamentação segun<strong>do</strong> Arantes (2005), a mãe po<strong>de</strong> passarpor diversas mudanças <strong>no</strong>s aspectos fisiológicos e mudanças emocionais setornan<strong>do</strong> mais sensível, insegura e emotiva, sofren<strong>do</strong> por fases on<strong>de</strong> o sofrimentoserá inevitável.Em se tratan<strong>do</strong> <strong>do</strong>s sentimentos vivencia<strong>do</strong>s pela mãe <strong>no</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong>amamentação o <strong>papel</strong> <strong>do</strong> profissional <strong>de</strong> enfermagem, <strong>do</strong> pai e <strong>do</strong>s familiares queacompanham nesse percurso tem que ser compreensivo, acolhe<strong>do</strong>r, escutan<strong>do</strong>-a
16com carinho e com interesse, valorizan<strong>do</strong>-a e ajudan<strong>do</strong>-a superar a os sentimentosnegativos.Após a leitura <strong>de</strong> alguns artigos po<strong>de</strong>-se discorrer sobre os principaissentimentos vivencia<strong>do</strong>s pelas mães em relação ao aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>.Primeiramente vem a ansieda<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> que a mesma se relaciona àsperspectivas quanto à integrida<strong>de</strong> física <strong>do</strong> bebê, ocorren<strong>do</strong> dúvidas por parte damãe sobre a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar. Por meio da ansieda<strong>de</strong> a mãe fica comdúvidas sê da conta <strong>de</strong> cuidar <strong>do</strong> bebê.Em seguida vem o me<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> este presente na gestação, na <strong>do</strong>r <strong>do</strong> parto,<strong>no</strong> pós-parto, a mãe sente me<strong>de</strong> <strong>do</strong> leite não ser forte e que o mesmo não venha emquantida<strong>de</strong> satisfatória para amamentar seu bebê. Também tem o me<strong>do</strong> que o leitenão <strong>de</strong>sça. Mas se ela for orientada pela equipe <strong>de</strong> enfermagem saberá que o leitepara <strong>de</strong>scer po<strong>de</strong> <strong>de</strong>morar <strong>de</strong> 24 a 72 horas, ou mais. Outro tipo <strong>de</strong> me<strong>do</strong> tambémse refere em ser trocada por outra mulher por não estar fisicamente tão atraentequanto antes e por estar se sentin<strong>do</strong> feia aos olhos <strong>do</strong> mari<strong>do</strong>.A culpa também é outro sentimento vivencia<strong>do</strong> pela mãe, pois estesentimento se <strong>de</strong>senvolve quan<strong>do</strong> a mãe não consegui amamentar seu filho, fican<strong>do</strong>assim com a sensação <strong>de</strong> que não cumpriram o seu <strong>papel</strong> <strong>de</strong> mãe, se questionan<strong>do</strong>sobre até que ponto algum problema que tenha advin<strong>do</strong> <strong>no</strong> <strong>de</strong>correr da vida <strong>do</strong> bebêseja careci<strong>do</strong> à falta <strong>de</strong> leite <strong>mater<strong>no</strong></strong>.A auto-estima se torna o sentimento que a mãe tem da própria auto-imagem,ou <strong>do</strong> próprio valor. Portanto, a constituição da auto-estima, <strong>no</strong> significa<strong>do</strong> <strong>de</strong> serhábil <strong>de</strong> produzir leite <strong>de</strong> apropriada qualida<strong>de</strong> e em quantia suficiente paraalimentar o filho. Mas vale ressaltar que é importante a mãe ter autoconfiança,geran<strong>do</strong> assim o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> amamentar, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância <strong>no</strong> <strong>processo</strong><strong>de</strong> amamentar.Outro sentimento, é a autoconfiança,pois é por meio da confiança que a mãetem em si para <strong>de</strong>sempenhar bem a amamentação e a maternida<strong>de</strong>. Contu<strong>do</strong>, a éum fator <strong>de</strong> extrema importância, pois ajuda a mãe a ter sucesso na amamentação.
17O último sentimento se refere a ambivalência, sen<strong>do</strong> a mesma um elementofundamental da amamentação, são conflitos, sentimentos opostos em relação aamamentação, o querer e o não querer amamentar.Portanto, o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> amamentar tem momentos agradáveis e também<strong>de</strong>sagradáveis, daí surge a necessida<strong>de</strong> da orientação da equipe <strong>de</strong> enfermagem <strong>no</strong><strong>processo</strong> <strong>de</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>.Diante <strong>do</strong> exposto, o profissional <strong>de</strong> enfermagem possui um <strong>papel</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>importância <strong>no</strong> <strong>processo</strong> <strong>do</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>, fazen<strong>do</strong> com que as mães sintamprazer pela amamentação e mostran<strong>do</strong> a elas que o leite <strong>mater<strong>no</strong></strong> po<strong>de</strong>rá trazervários benefícios para elas, como dito anteriormente.Segun<strong>do</strong> Almeida, Fernan<strong>de</strong>s e Araújo (2004), o enfermeiro carece estarconsciente e disponível para agir diretamente com as puerperais, observan<strong>do</strong> aprimeira mamada e a pega, prevenin<strong>do</strong> futuras complicações. Pois o enfermeiro é oprofissional que comprovadamente está habilita<strong>do</strong> e capacita<strong>do</strong> para <strong>de</strong>sfazer osmitos e tratar as complicações. A prevenção é uma das filosofias basais daenfermagem. É importante que enfermeiro assuma o seu <strong>papel</strong> <strong>de</strong> educa<strong>do</strong>r,orienta<strong>do</strong>r e incentiva<strong>do</strong>r das práticas corretas <strong>de</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> e, também,garantir a assistência multidisciplinar à mulher e à criança.5 CONSIDERAÇÕES FINAISO objetivo <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> foi o <strong>de</strong> mostrar o sentimento <strong>mater<strong>no</strong></strong> <strong>no</strong><strong>processo</strong> <strong>de</strong> amamentação relaciona<strong>do</strong> ao <strong>de</strong>spreparo da mãe com essa prática,ten<strong>do</strong> como enfoque o <strong>papel</strong> da enfermagem na orientação as mães sobre essaprática.Portanto, os objetivos <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> foram alcança<strong>do</strong>s, pois foi mostra<strong>do</strong>os benefícios <strong>do</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> e que o mesmo trazem para mãe e para póbebê; mostrou a importância da assistência <strong>de</strong> enfermagem junto às mães que estão<strong>no</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> amamentação e por fim <strong>no</strong>s resulta<strong>do</strong>s foram discorri<strong>do</strong>s os
18principais sentimentos vivencia<strong>do</strong>s pelas mães em relação a prática daamamentação.Respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aos problemas levanta<strong>do</strong>s para a realização <strong>do</strong> presenteestu<strong>do</strong> os benefícios que a amamentação traz para a saú<strong>de</strong> infantil, são vários comoresguardar o bebê <strong>de</strong> diversos tipos <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença, diminui à mortalida<strong>de</strong> infantil, ehospitalizações, enriquece a nutrição, sen<strong>do</strong> o mesmo, além disso, mais econômico,além <strong>de</strong> proporcionar qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida à criança <strong>de</strong>ntre outras vantagens.Outro problema levanta<strong>do</strong> foi sobre qual o <strong>papel</strong> da equipe <strong>de</strong> enfermagem <strong>no</strong><strong>processo</strong> <strong>do</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>, portanto, o profissional enfermeiro é um educa<strong>do</strong>rem potencial. Ele elabora, executa e avalia programas <strong>de</strong> aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>. No<strong>processo</strong> <strong>do</strong> aleitamento, cabe a este profissional ajudar a mãe por meio <strong>de</strong>orientação e ajuda, explican<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma individual, na gravi<strong>de</strong>z, <strong>no</strong> pré-parto, <strong>no</strong>parto e <strong>no</strong> puerpério, especialmente <strong>no</strong>s primeiros dias após o parto.É importante que o enfermeiro esteja presente durante e após o parto, dan<strong>do</strong>auxilio as mães nas primeiras mamadas <strong>do</strong> recém-nasci<strong>do</strong>. A comunicação torna-seum fator primordial <strong>no</strong> <strong>de</strong>correr das orientações as mães, preferencialmente após oparto.Foram mostra<strong>do</strong>s os sentimentos vivencia<strong>do</strong>s pela mãe <strong>no</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong>amamentação, sen<strong>do</strong> eles: ansieda<strong>de</strong>, o me<strong>do</strong>, a culpa, a perda da auto-estima, aautoconfiança e a ambivalência.O profissional <strong>de</strong> enfermagem, o mari<strong>do</strong> e os familiares <strong>de</strong>vem se esforçar aomáximo para aliviar a ansieda<strong>de</strong> da mãe, e isto se consegue dan<strong>do</strong> a ela atenção,proteção e carinho.Em relação ao fator me<strong>do</strong> se a mãe for orientada, ela saberá que a <strong>de</strong>scida<strong>do</strong> leite po<strong>de</strong> <strong>de</strong>morar <strong>de</strong> 24 a 72 horas e até mais, e só se tranquiliza <strong>de</strong>pois que oleite jorrar. Uma mãe previamente bem orientada certamente estará mais tranqüila epreparada para enfrentar seus temores, seus me<strong>do</strong>s.No que diz respeito à culpa, quan<strong>do</strong> a mãe não consegui amamentar seusfilhos, ficam com a sensação que não cumpriu o seu <strong>papel</strong> <strong>de</strong> mãe, fica se sentin<strong>do</strong>impotente para remover tantos obstáculos coloca<strong>do</strong>s <strong>no</strong> caminho da amamentação.O profissional <strong>de</strong> enfermagem tem condições <strong>de</strong> modificar esse quadromelhoran<strong>do</strong> o apoio e a proteção a esta mãe e com isso facilitan<strong>do</strong> a remoções <strong>de</strong>muitos <strong>de</strong>sses obstáculos.
19Em se tratan<strong>do</strong> a autoconfiança, a mãe sente-se frágil. Mas perceben<strong>do</strong> oapoio <strong>de</strong> uma pessoa ao seu la<strong>do</strong> e saben<strong>do</strong> que não estará sozinha, ela aumenta asua autoconfiança e estará mais segura <strong>de</strong> vencer os prováveis obstáculos.Sobre a ambivalência, a amamentação para a mãe tem momentos agradáveise <strong>de</strong>sagradáveis. Portanto, o contato com o bebê po<strong>de</strong> ser muito bom para ambasas partes.Conforme os resulta<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s sobre os sentimentos vivencia<strong>do</strong>s pelasmães em relação ao aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>, conclui-se que em se trata<strong>do</strong> <strong>do</strong>ssentimentos pelas mães em relação ao aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>importância que as elas tenham uma orientação antecipatória para os principaiseventos <strong>do</strong> pós-parto torna-se imprescindível.Cabe ressaltar a importância <strong>do</strong> profissional <strong>de</strong> enfermagem <strong>no</strong> auxilio <strong>no</strong><strong>processo</strong> <strong>de</strong> amamentação, elaboran<strong>do</strong>, executa<strong>do</strong> e avalian<strong>do</strong> programas <strong>de</strong>aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>. Este profissional tem como finalida<strong>de</strong> orientar, ajudar, explicara cada mãe individualmente, na gravi<strong>de</strong>z, <strong>no</strong> pré-parto, <strong>no</strong> parto e <strong>no</strong> puerpério,principalmente <strong>no</strong>s primeiros dias após o parto.6 BIBLIOGRAFIAACCIOLY, E; SAUNDERS, C; LACERDA, EMA. Manual em Obstetrícia e Pediatria.3. ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Cultura Médica, 2003.ALMEIDA, N. A. M., FERNANDES, A. G.; ARAÚJO, C. G. - Aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong>:uma abordagem sobre o <strong>papel</strong> <strong>do</strong> enfermeiro <strong>no</strong> pós-parto. Revista Eletrônica <strong>de</strong>Enfermagem, v. 06, n. 03, 2004. Disponível em http://www.fen.ufg.br. Acesso dia 10<strong>de</strong> <strong>no</strong>vembro <strong>de</strong> 2011.ALMEIDA, J.S.; VALE, I.N. Enfermagem Neonatal e aleitamento <strong>mater<strong>no</strong></strong> [online].Disponível em:http://www.aleitamento.org.br/arquivos/enfermeira.html. Acesso em 25 <strong>de</strong> <strong>no</strong>vembro<strong>de</strong> 2011.ALMEIDA, João Aprigio Guerra; NOVAK, Franz Reis. Amamentação: um híbri<strong>do</strong>natureza-cultura. J. Pediatr. (Rio J.). 2004, vol.80, n.5, suppl., pp. s119-s125.Disponível em: http://www.scielo.br. Acesso em 25 <strong>de</strong> <strong>no</strong>vembro <strong>de</strong> 2011.ARANTES CLS. Amamentação – visão das mulheres que amamentam. J Pediatr.2005; 71(4): 195-202.
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