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MÓDULO 2.2: O GEODÍNAMO

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O conhecimento sobre o geodínamo éfundamental para compreendermos sobre aorigem dos fenômenos que observamos nasuperfície terrestre, como o decaimento do dipoloe a deriva para oeste. Mas se só conseguimosobservar o campo na superfície terrestre, comosabemos sobre o campo no núcleo? Medidas docampo na superfície terrestre podem serprojetadas para o núcleo aplicando métodosmatemáticos. Nesta projeção considera-se que omanto e a crosta são isolantes elétricos e, portantonão alteram o campo magnético do núcleo.Se o campo magnético observado fosse umsimples dipolo alinhado com o eixo de rotação daTerra, o mapa do campo magnético do núcleo seriaazul no hemisfério norte e vermelho no hemisfériosul. O equador geográfico coincidiria com oequador magnético e os fluxos mais intensosseriam nos pólos geográficos. Entretanto, sabemosque um dipolo com um ângulo de 11,5º em relaçãoeixo de rotação terrestre é o que mais se aproximado campo magnético observado. Em geral, o mapado campo magnético também mostra a saída daslinhas do campo magnético do hemisfério sul, queé na sua maior parte vermelho, para o hemisférionorte, que é na sua maior parte azul (Figura 11A).Mas na realidade o campo magnéticoobservado não é tão simples assim. Como vocês jáaprenderam no decorrer do curso, além do campodipolar, há um campo não-dipolar, que tem umaestrutura mais complexa. Esse campo não-dipolar éfacilmente visível quando compararmos o campode um dipolo ideal (Figura 11A) com o campo realmapeado na superfície terrestre, por exemplo, noano 2000 (Figura 11B). O mais interessante équando estas observações são projetadas no limitenúcleo-manto, o campo não-dipolar fica ainda maisevidente (Figura 11C).Pesquisas sobre o geodínamo vêmmostrando grandes avanços devido a aquisição denovos dados de observatórios magnéticos esatélites de alta resolução, assim como pelodesenvolvimento de modelos computacionais maiscomplexos e experimentos realizados emlaboratório. Esse assunto será abordado em maisdetalhes no módulo 4 deste curso.Figura 11. Campo magnético de um dipolo ideal inclinado de 11,5º em relação ao eixo de rotaçãoterrestre (A); campo magnético mapeado na superfície terrestre em 2000 (B) e campo mapeado nolimite núcleo-manto em 2000 (C).6

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