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Curso Extensivo – A Curso Extensivo – D 3. série – Ensino Médio

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12. Leia o fragmento a seguir sobre a Irlanda e responda às questões.O preço da felicidade, o custo da desgraça“[...] O problema para o novo Estado irlandês era comoproporcionar trabalho à população. Os melhores empregos eram nofuncionalismo público. Quase não havia indústria; a Irlanda era aindaum país basicamente agrícola. Dos anos 20 em diante muitos jovensemigraram para a Grã-Bretanha e Estados Unidos em busca detrabalho. [...] Depois da guerra, enquanto a Europa era reconstruídacom dinheiro do Plano Marshall, a Irlanda ficou, assim como aEspanha e Portugal, à margem da nova prosperidade.Era, nos anos 50, um lugar atrasado, do qual era um alívio, quaseum prazer, emigrar. No final daquela década estava claro que erapreciso fazer algo para modernizar o país. [...]A década de 60 foi, então, um tempo de mudanças na Irlanda. Nãoape nas o pensamento econômico se liberalizou, como também ainfluência da Igreja começou a declinar [...]. Isso levou no norte àascensão do IRA, que estava disposto a matar e mutilar pelo fim dadivisão do país e pela derrubada do domínio britânico na região. [...]Assim, quando começou a década de 70, o sul decidiu ignorar aviolência no norte e passou a olhar para fora. Queria ingressar naComunidade Econômica Europeia ao mesmo tempo que a Grã-Bretanha. Depois de prolongadas negociações e de uma vitóriaesmagadora num referendo, a República da Irlanda entrou na CEE,como era então chamada, em 197<strong>3.</strong> [...] Então, a partir de 1985, e daassinatura do Acordo Anglo-Irlandês, os governos britânico e irlandêstrabalharam juntos, e esse trabalho levou, uma década depois, ao fimda campanha do IRA no norte. [...]No início do novo século, [...] a Irlanda estava integrada ao euro,introduzido em janeiro de 2002. [...] No início, operaram-se mara vilhasna Irlanda, com a ajuda de um aumento da atividade multi nacionalnorte-americana. Atingimos pleno emprego. [...] Políticos [...]competiam entre si reivindicando o crédito pelo que ficaria conhecidocomo o Tigre Celta. [...]Em 2008, quando o governo americano permitiu que o banco deinvestimentos Lehman Brothers falisse, o Banco Central Europeu de cidiuque isso não aconteceria com os seus bancos. [...] Nesse ínterim, a bolhaimobiliária tinha estourado. A receita governamental em 2009 foi de 35bilhões, enquanto os gastos foram de 55 bilhões. A Irlanda precisaria pedirdinheiro emprestado em 2010 e nos três ou quatro anos seguintes. [...] Osbancos irlandeses estavam sobrevivendo com dinheiro do Banco CentralEuropeu; a Comissão Europeia também tinha um fundo para ajudar paísesnecessitados, mas isso traria consigo o Fundo Monetário Internacional,como ocorrera na Grécia, e a ajuda só seria fornecida sob as mais severascondições. A chegada da Comissão e do FMI significaria que a Irlanda,poucos anos antes um dos países mais ricos do mundo, era agora umaeconomia moribunda. [...]”TÓIBÍN, Colm. “O preço da felicidade, o custo da desgraça”. Revista Piauí,ed 52, Carta da Irlanda. Disponível em:. Acesso em jul. 2011.a) O autor faz um relato da História da Irlanda. Qual o problemaenfrentado pelo país europeu na atualidade?b) Explique o termo “Tigre Celta” (5º parágrafo).RESOLUÇÃO:a) Desde a crise financeira de 2008, a União Europeia tem enfrentadodificuldades para se reerguer. As economias mais frágeis do bloco têmpassado por dificuldades ainda maiores, como Portugal, Espanha,Grécia e Irlanda. O FMI e a Comissão Europeia apresentam pacotesde ajuda financeira a tais países, entretanto, grandes cortes públicosestão sendo feitos em contrapartida. Países como o Reino Unido e aItália, apesar de serem economias mais fortes, também estãoenfrentando grandes dificuldades financeiras, e têm realizado uma sériede cortes públicos.b) O termo refere-se à Irlanda em decorrência de seu rápido crescimentoeconômico entre a década de 1990 e a primeira década dos anos 2000.O termo faz analogia aos Tigres Asiáticos que, anteriormente, tambémhaviam crescido de forma bastante acelerada.1<strong>3.</strong> “Revoltas no Chile, em Israel e em Londres são uma resposta dajuventude ao quadro de devastação social legado por décadas deneoliberalismo. Pela primeira vez em um século, na Europa, as novasgerações têm um nível de vida inferior ao de seus pais”.Hoje é diferente. O mundo está pior e as esperanças esmo re ceram.Pela primeira vez em um século, na Europa, as novas gerações têm umnível de vida inferior ao de seus pais. O processo globalizador neoliberalbrutaliza os povos, humilha os cidadãos e despoja os jovens de futuro.E a crise financeira, com suas “soluções” de auste ri dade contra a classemédia e os mais humildes, piora o mal-estar ge ral.Um aspecto particular do neoliberalismo que incomoda muito, doChile a Israel, é a privatização dos serviços públicos, pois significa umroubo manifesto do patrimônio da população. Para os que não possuemnada, deveria existir a escola pública, o hospital público, o transportepúblico, gratuitos ou subvencionados pela coletividade. Quando essesdireitos básicos e inalienáveis são privatizados, não se configura apenaso roubo dos bens da cidadania (pois foram custeados com impostos),mas também a destituição do único patrimônio das camadas maispobres. Trata-se de uma dupla injustiça, e uma das raízes da onda de iraatual.No Chile, há três meses, milhares de estudantes apoiados por umaparte importante da sociedade reivindicam a estatização da edu cação,privatizada durante a ditadura neoliberal do general Pinochet (1973-1990). Exigem, ademais, que o direito a uma educação pública dequalidade seja garantido pela Constituição. E explicam que, como está,“a educação já não é um mecanismo de mobilidade social. Aocontrário: é um sistema que reproduz as desigualdades sociais”.Em Tel Aviv, no dia 6 de agosto, com o grito de ordem “O povoquer justiça social!”, cerca de 300 mil pessoas se manifestaram emapoio ao movimento dos jovens “indignados” que pedem mudançasnas políticas públicas do governo neoliberal de Benyamin Netanyahou.Um estudante declarou: “Quando o salário de alguém que trabalha nãodá nem para cobrir os gastos com alimentação, é porque o sistema nãofunciona. E isso não é um problema individual, é um problema dogoverno, e coletivo”.GEOGRAFIA AD 3ª. S– 45

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