12.07.2015 Views

gregório arrué vicente fauth - Talento Universitario

gregório arrué vicente fauth - Talento Universitario

gregório arrué vicente fauth - Talento Universitario

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALEGREGÓRIO ARRUÉ VICENTE FAUTHESTUDO DE MERCADO PARA A ABERTURA DE UMA REDE DECOOPERAÇÃO DE VÍDEO-LOCADORASCENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALEINSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADASCURSO DE ADMINISTRAÇÃOHABILITAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESASProfessora Orientadora: Elisabeth Cristina DrummNovo Hamburgo, Maio de 2008


GREGÓRIO ARRUÉ VICENTE FAUTHESTUDO DE MERCADO PARA A ABERTURA DE UMA REDE DECOOPERAÇÃO DE VÍDEO-LOCADORASMonografia apresentada ao CentroUniversitário Feevale, como requisitoparcial para a obtenção da graduação noCurso de Administração de Empresas.ORIENTADORA: PROF.ª ESP. ELISABETH CRISTINA DRUMMNOVO HAMBURGO, MAIO DE 2008.


GREGÓRIO ARRUÉ VICENTE FAUTHTrabalho de Conclusão do Curso de Administração – HabilitaçãoAdministração de Empresas, com título Estudo de mercado para a abertura deuma rede de cooperação de vídeo-locadoras, submetido ao corpo docente doCentro Universitário Feevale, como requisito necessário para a obtenção do grau deBacharel em Administração de Empresas.Aprovado por:__________________________Profª. Espª. Elisabeth Cristina DrummOrientadora____________________________Profª. 1Banca Examinadora____________________________Prof. 2Banca ExaminadoraNovo Hamburgo, maio de 2008.


AGRADECIMENTOSPrimeiramente, quero agradecer ao senhor e salvador Jesus Cristo, por serum amigo fiel e verdadeiro a cada segundo em minha vida.Existem dezenas de pessoas que devo agradecer pelo apoio recebido paraa realização de mais esta etapa de minha vida, iniciarei pela minha família: à minhamãe Jane, por ter ensinado-me grandes valores e por ser uma grande mulher.A minha noiva Taís Weber, que com seu jeitinho tem conquistado a cada diao meu coração. À minha dinda Sônia, por sempre se lembrar de mim no meuaniversário. A todas minhas tias e tios, principalmente a meu tio Eduardo, queenquanto não tive pai, foi a minha referência masculina em casa.A minha orientadora, Profª. Elisabeth Cristina Drumm, que ajudou nesseperíodo de realização da monografia, inclusive ajudando a definir melhor o tema, aconversar com pessoas, participar de reuniões, ler outros livros. E também gostariade agradecer à professora Daniela Muller de Quevedo, de estatística, por terajudado em alguns cálculos.A cada pessoa que me recebeu na sua casa e respondeu o questionário dapesquisa, muitas vezes me oferecendo alguma coisa para comer ou beber,agradecer aqueles que foram estúpidos e mal-educados ao me receber, e com issover como os pesquisadores das instituições são recebidos, às vezes com carinho etambém com estupidez.


5Aos donos das vídeo-locadoras que responderam a pesquisa. Aos amigos,principalmente o Rodrigo, o Maicon, o Carlos, o Clóvis e o Giles.Enfim, a todos que de uma forma ou de outra estiveram presentes nestaetapa, e contribuíram para a realização deste trabalho.


RESUMOEste trabalho apresenta um estudo de mercado para a abertura de uma rede de cooperação devídeo-locadoras. O objetivo geral foi analisar a viabilidade de abertura de uma rede de cooperação devídeo-locadoras na cidade de São Leopoldo/RS, utilizando-se de serviços inovadores. Comoobjetivos específicos buscou-se estudar a teoria relacionada ao empreendedorismo, plano denegócios e redes de cooperação; analisar as condições mercadológicas, financeiras e comerciais daviabilidade da rede de cooperação proposta. Para tanto, realizou-se inicialmente uma pesquisabibliográfica sobre o empreendedorismo, sobre planos de negócios e sobre redes de cooperaçãoonde consta, conceitos relacionados, o empreendedorismo no mundo e no Brasil segundo a últimagrande pesquisa sobre o tema realizada pelo GEM. A metodologia utilizada para a coleta de dadosjunto à população de São Leopoldo foi à amostragem não probabilística por conveniência eintencional, mediante aplicação de questionários nos Bairros Cristo Rei, Campina e Centro. Com aanálise dos dados coletados, verificou-se que mais de 72% dos clientes das locadoras avaliam oatendimento como ótimo/bom, quais serviços são indispensáveis no ponto de vista desses clientes; apesquisa mostrou que 61,6% têm acesso à internet, apesar disso apenas 15,4% afirmou ter baixadofilme pela internet e 41% afirmou que gostaria de alugar DVD pela internet; além de outras variáveis.Junto aos donos de vídeo-locadoras formais da cidade, aplicou-se um questionário que visava saberse os mesmos gostariam de participar de uma futura rede de cooperação de vídeo-locadoras, onde56% afirmaram que gostariam de participar desde que conhecessem melhor o programa.Palavras-chave: Empreendedorismo, Redes de Cooperação, Micro e PequenasEmpresas, Inovação.


ABSTRACTThis work presents a study of market for the opening of a net of cooperation of video rentals. Thegeneral objective was to analyze the viability of opening of a net of cooperation of video rentals in theSão Leopodo City/RS, using itself of innovative services. As specific objective searched to studythe related theory versus the entrepreneurship, business plan and nets of cooperation; to analyzethe marketing, financial and commercial conditions of the viability of the cooperation net proposal.For in such a way, a bibliographical research was become fulfilled initially on the entrepreneurship,business plan and nets of cooperation where it consists, concepts related, the entrepreneurship inthe world and according to last Brazil great research on the subject carried through for the GEM. Themethodology used for the collection of data together the population of São Leopoldo was the notprobabilistic sampling for intentional and convenience, by means of application of questionnairesin the Quarters Christ King, Campina and Centro. With the analysis of the collected data, 72% of thecustomers of the landlords were verified as excellent/good, which services are indispensable in thepoint of view of these customers; the research showed that 61.6% have access to internet, despitethis only 15.4% affirmed to have lowered film for the internet and 41% affirmed that it would like torent DVD for the internet; beyond other variables. Together to the owners of formal video rentals ofthe city, a questionnaire was applied that it aimed at to know if someone would like to participate ofone future net of cooperation of video rentals, where 56% had affirmed that they would like toparticipate since that it knew better the program.Words-key: Entrepreneurship, Nets of Cooperation, Micron and Small Business, Innovation.


SUMÁRIOLISTA DE GRÁFICOS................................................................................................ 9LISTA DE TABELAS/QUADROS ............................................................................. 11SIGLAS..................................................................................................................... 12INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 141 METODOLOGIA DA PESQUISA........................................................................... 191.1 Tipo de pesquisa............................................................................................. 191.2 Universo e amostra ......................................................................................... 221.2.1 Amostragem não probabilística por conveniência e intencional ............... 231.3 Técnicas de coleta de dados .......................................................................... 231.3.1 Questionários ........................................................................................... 241.4 Tratamento dos dados .................................................................................... 252 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 262.1 Empreendedorismo......................................................................................... 262.1.1 Dados sobre o Empreendedorismo no Brasil 2006 .................................. 282.1.2 Idéia e Oportunidade ................................................................................ 292.2 A Inovação ...................................................................................................... 322.2.1 A Importância da Inovação para os Empreendimentos Brasileiros .......... 342.3 Redes de Cooperação .................................................................................... 372.4 O Plano de Negócios ...................................................................................... 393 RESULTADOS DA PESQUISA ............................................................................. 473.1 Estruturada da Cidade de São Leopoldo ........................................................ 473.2 Apresentação das VÍdeo-Locadoras da Cidade.............................................. 483.2.1 Apresentação e Análise dos Dados das Vídeo-Locadoras....................... 493.3 Apresentação e Análise dos resultados da Investigação junto ao Público...... 58CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 93REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 98ANEXOS................................................................................................................. 103


LISTA DE GRÁFICOSGráfico 01: Motivação............................................................................................... 49Gráfico 02: Motivo da oportunidade.......................................................................... 50Gráfico 03: Preço do DVD lançamento junto aos fornecedores ............................... 52Gráfico 04: Preço do DVD lançamento para o cliente final....................................... 53Gráfico 05: Se conhece programa redes de cooperação ......................................... 53Gráfico 06: Avaliação do programa redes de cooperação........................................ 54Gráfico 07: Gostaria de se associar a uma rede de cooperação.............................. 57Gráfico 08: Preocupação em relação ao futuro das vídeo-locadoras ....................... 58Gráfico 09: Vídeo-locadoras mais lembradas........................................................... 59Gráfico 10: Percentual representativo de cada bairro............................................... 60Gráfico 11: Sexo dos entrevistados.......................................................................... 60Gráfico 12: Idade dos entrevistados e sexo.............................................................. 61Gráfico 13: Escolaridade dos entrevistados ............................................................. 62Gráfico 14: Renda familiar bruta dos entrevistados.................................................. 63Gráfico 15: Famílias com filhos e sem filhos ............................................................ 66Gráfico 16: Idade dos filhos ...................................................................................... 66Gráfico 17: Famílias que possuem 1 filho, classificação por idade .......................... 67Gráfico 18: Famílias com 1 filho e com dois filhos.................................................... 68Gráfico 19: Aparelho de DVD ................................................................................... 69Gráfico 20: Se possui cadastro em uma locadora, mais de uma locadora ou se nãopossui ....................................................................................................................... 70Gráfico 21: Futuros clientes...................................................................................... 71Gráfico 22: Principais motivos pelos quais os clientes tem cadastro em mais de umavídeo-locadora.......................................................................................................... 72Gráfico 23: Avaliação do atendimento das locadoras............................................... 73Gráfico 24: Principais atividades nas horas de lazer ................................................ 75Gráfico 25: Compra de DVD pirata........................................................................... 76Gráfico 26: Se possui acesso à internet ................................................................... 77Gráfico 27: Aonde acessa à internet......................................................................... 78Gráfico 28: Se já baixou filmes pela internet ............................................................ 79Gráfico 29: Gostaria de alugar DVD pela internet .................................................... 80Gráfico 30: Gostaria de alugar DVD pela internet e a entrega ser pelos correios .... 82Gráfico 31: DVD pela internet e tele-entrega de no máximo duas horas.................. 83Gráfico 32: Valor das locações descontado em seu contra-cheque no final do mês 84Gráfico 33: Se a sua locadora possui sistema de milhagem .................................... 85Gráfico 34: Acha interessante o sistema de milhagem/brindes................................ 85


Gráfico 35: Sistema de relacionamento da locadora com o cliente .......................... 86Gráfico 36: Como gostaria de receber as informações da sua locadora .................. 87Gráfico 37: Se a sua locadora possui um cadastro seu (ex: sabe que tipo de filmevocê gosta) ............................................................................................................... 88Gráfico 38: O valor de uma locação é importante para você.................................... 89Gráfico 39: Se as promoções são importantes......................................................... 90Gráfico 40: Se o prazo de devolução é importante para você.................................. 9010


LISTA DE TABELAS/QUADROSQuadro 01: Número médio de clientes ..................................................................... 51Quadro 02: Média de locações dos clientes ativos por mês..................................... 51Quadro 03: Dificuldades que vê se viesse a participar de uma rede........................ 55Quadro 04: Nota média atribuída as vantagens que vê em uma rede ..................... 56Quadro 05: Pessoas que dependem da renda familiar ............................................ 65Quadro 06: Se pretende adquirir DVD no corrente ano............................................ 69Quadro 07: Nota média atribuída a estes serviços................................................... 74Quadro 08: Justificativa dos entrevistados referente resposta “não” da questão 22 81Quadro 09: Justificativa dos entrevistados referente resposta “não” da questão 23 82


SIGLASACIS/SL – Associação Comercial, Industrial e de Serviços de São LeopoldoBCB – Banco Central do BrasilCAGED – Cadastro Geral de Empregados e DesempregadosCDT – Centro de Apoio TecnológicoCPP – Centro de pesquisa e planejamento da FeevaleDVD – Disco de vídeo digitalFEEVALE – Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior em NovoHamburgoFINEP – Financiadora de Estudos e ProjetosDNRC – Departamento Nacional de Registro do ComércioFCDL – Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do BrasilGEM – Global Entrepreneurship MonitorIBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaMTE – Ministério do Trabalho e EmpregoP & D – Pesquisa e DesenvolvimentoPINTEC – Pesquisa industrial sobre inovação tecnológica do IBGE no BrasilPMEs – Pequenas e Médias Empresas BrasileirasPN – Plano de Negócios


13SBA – Small Business AdministrationSEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas EmpresasSEDAI – Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos InternacionaisSELIC – Taxa Básica de Juros da Economia Brasileira (definida pelo BCB)START – UPS – Pequenas e Médias Empresas Norte-Americanas


INTRODUÇÃOO Brasil é um grande mercado, que oferece perspectivas de crescimento,principalmente no ramo varejista. Prova disso é a atual expansão do crédito, quedada taxa de juros, ganho real com o aumento do salário mínimo nos últimos anos. Aampliação do emprego formal e da renda têm favorecido a alta das vendas nocomércio e impulsionado a produção industrial, conforme os últimos relatórios doIBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), BCB (Banco Central do Brasil),e FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas).As pequenas e micro empresas brasileiras sempre estiveram presentes nodesenvolvimento do país, uma vez que a economia do Brasil é formada, em suamaioria, por elas. Com a globalização, a abertura dos mercados e a concorrênciados produtos estrangeiros, essas micro e pequenas empresas passaram aconfigurar no foco da reestruturação produtiva e no desenvolvimento do país.Cada vez mais às empresas, segundo Amato Neto (2000), vêm buscandonovas maneiras de organização mais enxutas e flexíveis como forma de semanterem no mercado por mais tempo. Dentre às diversas formas de organizaçãocriadas e desenvolvidas desde então, as redes de empresas, por seu aspectodinâmico, vêm cada vez mais ganhando espaço, e ramificando-se entre micro,pequenas e médias empresas das mais diferentes áreas tanto industriais, como devarejo e serviços.Para o autor, às redes de empresas podem ser descritas como associaçõesde firmas, normalmente micro e pequenas empresas, que buscam através da


15coordenação e cooperação, o aumento de seu valor e sua perenidade no mercado.Atualmente, segundo as últimas pesquisas mundiais sobre o tema, oentretenimento é uma forma de passatempo, em que todas as classes sociaisprocuram emoções, respostas, unir à família e os filmes muitas vezes retratam, avida das pessoas, o que faz com que pessoas do mundo inteiro pelo menos uma vezpor mês aluguem um filme/DVD.A escolha pelo tema se deu também pela vontade de inovar no ramo deentretenimento, pois pela observação direta do autor como consumidor observa-se afalta de capacidade de gestão das empresas deste ramo, percebida no ponto devista da falta de qualidade no atendimento.Diante disso, o presente trabalho apresenta como tema um estudo demercado para a implantação de uma rede de cooperação de vídeo-locadoras,analisando o assunto sobre o ponto de vista dos consumidores e dos proprietáriosde vídeo-locadoras.O objetivo geral foi analisar a viabilidade de mercado para a abertura de umarede de cooperação de vídeo locadoras na cidade de São Leopoldo/RS, ou seja,investigar junto aos atuais empresários da cidade se os mesmos aprovariam ourejeitariam, a abertura de uma rede de cooperação que viesse a agregar serviçosinovadores para os integrantes da rede, e posteriormente para os clientes das vídeolocadoras.Sendo assim, para atingir o objetivo proposto, foi necessário delimitaralguns objetivos específicos:- Estudar a teoria relacionada ao empreendedorismo, plano de negócios,especialmente estudo do mercado e redes de cooperação.- Analisar as condições mercadológicas e comerciais da rede decooperação proposta.


16Do ponto de vista social, o presente trabalho mostra-se importante porque aatuação em rede propicia que as empresas consigam reduzir e dividir custos,qualificar produtos e serviços, acessar novas tecnologias, entre outras vantagens,muitas vezes inatingíveis se atuassem isoladamente. Não esquecendo demencionar, que a pirataria vem sendo um grande problema para os donos de vídeolocadora,produtoras cinematográficas mundiais e nacionais, e também os varejistasem geral.Do ponto de vista acadêmico, a presente pesquisa é importante no sentidode difundir o tema redes de cooperação para as empresas, que é novo no país, masque vem se tornando cada vez mais objeto de estudos, dada a sua importância, paratodos os tipos de organizações.A metodologia foi à coleta de dados por meio da aplicação de questionáriojunto aos empresários e população em geral de três (3) bairros do município de SãoLeopoldo, Rio Grande do Sul, a saber: Campina, Centro e Cristo Rei.As hipóteses do presente trabalho são as seguintes:H1 – caso os resultados da pesquisa demonstrem que os empresários dacidade gostariam de fazer parte de uma rede de cooperação, apresentamos outrastrês hipóteses para o sucesso dessa nova rede ou nova organização que seriam.H2 - o sucesso do empreendimento redes de cooperação de vídeolocadorasserá a celebração de convênios com empresas, independente do ramo,para que os colaboradores das mesmas aluguem filmes na futura rede decooperação de vídeo-locadoras, com desconto no final do mês nas respectivasfolhas, de pagamento dos mesmos.H3 - o sucesso da rede de cooperação será também a utilização da internet(aluguel e/ou venda dos DVDs) para os pedidos e o serviço postal brasileiro(correios) e também como forma de inovar.H4 – o sucesso da rede de cooperação será também a utilização da internet


17(aluguel e/ou venda dos DVDs) para os pedidos e o sistema de tele-entrega para adistribuição, e também como forma de inovar.Conseqüentemente, a rede de cooperação ajudaria às atuais vídeolocadorasa se informatizarem(a maioria não está informatizada) e atingirem opúblico que utiliza à internet para verificação de filmes e para a sua posteriorlocação. Com este sistema a futura rede não precisaria arcar com os custos de umagrande equipe de pessoal ou de uma grande infra-estrutura física, podendo tambémpor meio da internet alcançar lares de várias cidades da região do Vale do Sinos,após verificar à sua viabilidade, com conseqüente expansão da rede para outrosmunicípios da região e do Estado.O presente estudo encontra-se dividido em cinco capítulos. O primeiroapresenta os objetivos do trabalho, justificativa, bem como o problema em estudo eas hipóteses levantadas para posterior aplicação de pesquisa.No segundo capítulo, estão definidos os princípios metodológicos a partirdos quais o estudo foi desenvolvido, apresentando seu caráter qualitativo equantitativo, bem como a técnica de investigação, o instrumento de coleta de dadose as fontes secundárias de informação.O terceiro capítulo do desenvolvimento do trabalho é a abordagem teórica,destacando o que aborda a literatura atual nas questões mais relevantes para oestudo, acerca da inovação, das redes de empresa, dados atuais sobre oempreendedorismo no Brasil, a metodologia de desenvolvimento de um plano denegócios.O quarto capítulo apresenta o resultado dos dados coletados por meio degráficos e tabelas, bem como a interpretação e análise dos dados, de acordo com osobjetivos dessa investigação.Finalmente, o quinto capítulo coloca as principais conclusões resultantes doestudo e, considerando as limitações existentes, desenvolve algumasrecomendações e medidas para melhoria e continuidade do processo de gestão das


18locadoras formais estudadas, bem como a efetivação da rede de cooperaçãoproposta.


1 METODOLOGIA DA PESQUISAA metodologia descreve como o trabalho será realizado já que “[...]pesquisar também é planejar. É antever toda a série de passos que devem serdados para chegarmos a uma resposta segura sobre a questão que deu origem àpesquisa” (PRODANOV, 2003, p.19).1.1 TIPO DE PESQUISAO estudo aqui exposto tem como base três tipos de pesquisa: a bibliográfica,a exploratória qualitativa e quantitativa, e a descritiva. A pesquisa bibliográfica ou defontes secundárias, segundo Lakatos e Marconi (1991), “abrange toda à bibliografiajá tornada pública em relação ao tema de estudo” (p.183), no trabalho em questãoserão utilizadas entre as principais fontes secundárias, o relatório GEM sobre oempreendedorismo no Brasil, relatórios do IBGE, pesquisas do Sebrae, dados sobrea cidade provenientes da ACIS/SL e da Prefeitura de São Leopoldo, além de livros,artigos, revistas sobre empreendedorismo de diversos autores. No entanto, para aelaboração da metodologia de um plano de negócios será utilizado como base olivro “Empreendedorismo Transformando Idéias em Negócios”, de Dornelas (2005).As pesquisas exploratórias segundo Gil:[...] têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema,com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizerque estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéiasou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastanteflexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectosrelativos ao fato estudado (GIL, 2002, p.41).


20A pesquisa exploratória qualitativa segundo Sâmara e Barros (1997) “éadequada para se obter um conhecimento mais profundo de casos específicos,porém não permite à generalização em termos de probabilidade de ocorrência”(p.47). No trabalho em questão, pretende-se verificar a viabilidade de se abrir umarede de cooperação de vídeo-locadoras na cidade de São Leopoldo, e como fontesprimárias da pesquisa qualitativa foram aplicados dois questionários, um para osproprietários de vídeo-locadoras formais 1 da cidade, e outro questionário, para apopulação amostral dos Bairros Cristo Rei, Campina e Centro da cidade de SãoLeopoldo/RS.Para Oliveira (2000, p. 61), “o método qualitativo sempre foi considerado ummétodo exploratório e auxiliar na pesquisa científica”. Para o referido autor com onovo paradigma da ciência, com visão holística de mundo, este método é colocadodentro de uma nova base de concepção teórica na mensuração, processamento eanálise de dados científicos.A principal diferença entre o método qualitativo e quantitativo, segundoOliveira (2000) é que enquanto “o método quantitativo mensura o objeto, o métodoqualitativo mensura suas categorias e atributos tais como: qualidade, relação, ação,paixão, dor, amor, hábitos, atitudes, prazer e preferências, entre outras variáveis”(p.61). Mas o autor complementa seu raciocínio observando que um métodocomplementa o outro e cita o seguinte exemplo:Com o avanço da tecnologia da micro-informática, sofisticados programasde computador têm sido desenvolvidos para a realização de análisesqualitativas com base em dados quantitativos. O inverso também ocorre, ouseja, abordagem quantitativa para o estudo de um problema ou eventosqualitativos (OLIVEIRA, 2000, p. 63).O método ou as pesquisas descritivas na concepção de Gil:[...] têm como objetivo primordial à descrição das características dedeterminada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento entrevariáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob estetítulo e uma de suas características mais significativas está na utilização detécnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e aobservação sistemática. (GIL, 2002, p.42).1 Locadoras formais neste estudo são aquelas que estão regulares junto à Receita Federal, Governo do Estado eMunicípio com alvará do presente ano deste estudo.


21Segundo Prodanov (2003), dados primários são aqueles extraídos da própriarealidade, pelo trabalho do pesquisador, segundo ele, estes são úteis aopesquisador em todo o processo da pesquisa, e sem os mesmos não há pesquisapropriamente dita, apenas especulação. Para Prodanov (2003), tanto os dadosprimários, quanto os dados secundários, são fundamentais para o processo dapesquisa e servem principalmente para: especificar o assunto em tema; definir oproblema da pesquisa; elaborar hipóteses; verificar a validade das hipóteses.Na presente pesquisa os dados primários foram coletados junto á populaçãoamostral dos Bairros Centro, Campina e Cristo Rei da cidade de São Leopoldo,através de dois questionários, um para a população dos bairros acima citados eoutro para os empresários formais da cidade. E os principais dados secundáriosforam extraídos de sites como o IBGE, o Sebrae, a ACIS/SL, entre outros relatórios.Em suas colocações sobre os métodos e suas definições Oliveira (2000)afirma que “[...] o método quantitativo na pesquisa científica está sempre associadoà experimentação e manipulação de um objeto estudado em uma população ouuniverso” (OLIVEIRA, 2000, p.68).No trabalho em questão este método auxiliará no estudo de plano denegócio para verificar junto à população amostral de São Leopoldo e junto aosproprietários de vídeo-locadoras, através de questionários a viabilidade de aberturade uma rede de cooperação de vídeo-locadoras com diferenciais e serviçosinovadores.


221.2 UNIVERSO E AMOSTRAO universo da pesquisa é formado pelas trinta e quatro (34) vídeo-locadorasexistentes na cidade de São Leopoldo, para verificar a viabilidade junto aosproprietários da viabilidade ou não de formação uma rede. (Anexo 1 – Listagem devídeo-locadoras). Esta pesquisa visa levar em consideração apenas as locadoras devídeos que são formais, ou seja, as que estão corretamente cadastradas junto aosórgãos públicos federais, estaduais, e municipais. A listagem das vídeo-locadoras foisolicitada e retirada junto á Prefeitura Municipal de São Leopoldo, e nela constam aslocadoras regulares e formais em 30/01/2008. Portanto as vídeo-locadoras informais,que não têm alvará de funcionamento da Prefeitura, não têm inscrição no CNPJ, nãoserão objeto de estudo desta pesquisa.Durante a fase de aplicação dos pré-testes junto aos proprietários de vídeolocadoras,verificou-se que algumas locadoras que constam, na relação fornecidapela Prefeitura, fecharam recentemente, e talvez não tivessem dado baixa junto àautoridade municipal, após verificação pessoal do pesquisador. As locadoras quefecharam são as seguintes: Sepp Locadora de Vídeo Ltda (Matriz e Filial), VídeoJawa Ltda, Vídeo Locadora Garota, Eliton Paz de Medeiros ME, Luiz Carlos deFreitas, Helena dos Santos, Eldorado Jogos Eletrônicos Ltda, Uebel e Uebel Ltda,totalizando nove locadoras fechadas, a partir disso o universo das locadoraspesquisadas diminui dos iniciais 34 empreendimentos para 25 empreendimentospesquisados.Para o público amostral da cidade, foi aplicado outro questionário (Anexo 2),visando responder as hipóteses do presente estudo, levando em consideração que apopulação total da cidade ou o universo a ser pesquisado é de 209.611 milhabitantes segundo o IBGE (estimativa de 2005), a amostra considerada mínimapelo Centro de Pesquisa e Planejamento da Feevale – CPP – foi de 379 habitantespara aplicação da pesquisa, esta amostra foi distribuída da seguinte forma nosbairros: Campina (população: 11.323), Centro (população: 11.930), Cristo Rei(população: 3.532 habitantes). Os dados da população desses bairros, que sãoobjeto de estudo deste trabalho, foram fornecidos pela Secretaria de Planejamento eUrbanismo do Município e se referem ao ano de 2003.


231.2.1 Amostragem não probabilística por conveniência e intencionalA amostragem não probabilística, por conveniência e intencional, para aaplicação dos questionários, da amostra em questão, foi distribuída nos BairrosCampina, onde foram entrevistados 160 habitantes, no Bairro Cristo Rei, onde foramentrevistados 50 habitantes, e no Bairro Centro, onde foram entrevistados 173habitantes, totalizando assim 383 habitantes, conforme cálculos efetuados pelaprofessora Dra. Daniela Muller de Quevedo, do CPP.A presente pesquisa optou pela amostragem não probabilística porconveniência e intencional por questões de tempo e custo. A Amostragem nãoprobabilística é aquela em que a seleção dos elementos da população para compora amostra depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou doentrevistador no campo. (Mattar, F. 1996). Segundo a autor ela pode ser porconveniência (acidental), intencional (julgamento) ou por quotas (proporcional).1.3 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOSA coleta de dados junto à população amostral de São Leopoldo foi daseguinte maneira: os questionários foram entregues, em casas e apartamentos, paraque os moradores os preenchessem, e nos dias seguintes foram recolhidos paraposterior análise estatística. A coleta de dados junto às vídeo-locadoras foi feitamediante pré-agendamento por telefone e e-mail.A coleta de dados secundários foi realizada por meio de pesquisas em sitesespecíficos sobre a cidade de São Leopoldo, como o site da Prefeitura de SãoLeopoldo, IBGE, ACIS/SL. A listagem das vídeo-locadoras foi solicitada e retiradajunto à Prefeitura Municipal de São Leopoldo e à ACIS/SL, pois foi de bastanteimportância para a localização das locadoras.Foram aplicados, portanto, dois tipos de questionários, um junto ao público(amostra) da cidade, e outro junto aos proprietários de vídeo-locadoras formais dacidade, durante os meses de Março e Abril de 2008.


241.3.1 QuestionáriosFoi aplicado questionário (Anexo 3) junto aos proprietários de vídeolocadorasna cidade de São Leopoldo, com o propósito de investigar as seguintesquestões: o conhecimento sobre o programa redes de cooperação, sobre o desejo ea intenção de participar de uma rede dentro do seu ramo de atividade, e qual a suaavaliação em relação ao programa, entre outras perguntas. Além disso, essequestionário também foi um instrumento para verificar quantos clientes a locadorapossui; qual a média de locações de cada cliente por mês; qual o preço doslançamentos para o cliente final; qual o preço de compra de DVDs junto aosfornecedores; se o empreendedor quando abriu sua vídeo-locadora, abriu poroportunidade ou por necessidade; se por oportunidade, qual a conveniência que omesmo verificou.Foi elaborado ainda, como fonte de dados primários, para a amostrapopulacional da cidade, um questionário com questões fechadas e abertas (Anexo2) para verificar se os entrevistados aceitam ou reprovam receberem filmes nas suascasas via Correios ou tele-entrega; levando em consideração que o tempo deentrega dos correios é em torno de 7 dias e o de uma tele-entrega em no máximoduas horas. Também se pretende verificar como os clientes assalariadosenxergariam a oportunidade de locar filmes em uma vídeo-locadora devidamenteassociada a uma rede de cooperação e o valor das locações ser descontadosomente no final do mês no seu respectivo contra-cheque; se eles já possuem fichaem uma ou mais vídeo-locadora; como os clientes avaliam o atendimento dalocadora que possuem ficha; se já compraram DVDs piratas; o motivo que os levou acomprar; se recebem da locadora em que tem ficha alguma ligação de parabéns nodia de seu aniversário ou outra forma de contato; se a locadora tem alguma espéciede sistema de milhagens com posterior recompensa em brindes;etc.Em ambos os questionários foram utilizados, a escala do tipo “Likert”, decinco pontos que apresenta cinco opções, do “mais” ao “menos”, ou do “muitoimportante” ao “sem importância”, ou ainda do “discordo totalmente” ao “concordototalmente”, esta escala é atualmente muito utilizada em pesquisas de opinião,segundo Mattar (1996).


251.4 TRATAMENTO DOS DADOSPara análise e interpretação dos resultados, os questionários coletadosforam reunidos e digitados em planilhas de excel, a partir dos dados obtidos darealidade oriunda da pesquisa de campo.Os dados foram analisados procurou-se estabelecer relações entre os dadoscoletados e os referenciais teóricos da pesquisa apresentados, tendo em vista oproblema focado no início do trabalho, bem como seus objetivos propostos.Portanto, após a coleta e análise de todos os dados e informações necessários, oobjetivo primordial da pesquisa descritiva que é “[...] a descrição das característicasde determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento entrevariáveis” (GIL, 2002, p.42), foi plenamente cumprido.Ainda assim, para o referido autor são inúmeros os estudos que podem serclassificados sob o título de pesquisa ou método descritivo, em suas colocaçõesafirma que a pesquisa descritiva tem como uma de suas características maissignificativas à utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como oquestionário e a observação sistemática (GIL, 2002).


2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICANeste capítulo serão abordados os temas sobre empreendedorismo, osdados mais recentes sobre os empreendimentos no Brasil, segundo a pesquisa doGEM de 2006, a diferença entre idéia e oportunidade, conceitos de inovação, aimportância da inovação para os empreendedores brasileiros na era dacompetitividade, além de uma abordagem sobre redes de cooperação e plano denegócios seguindo a metodologia do autor referência neste assunto, José Dornelas.2.1 EMPREENDEDORISMOO conceito de empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, nosúltimos anos, intensificando-se no final da década de 1990. No caso brasileiro,segundo Dornelas (2005), a preocupação com a criação de pequenas empresasduradouras e a necessidade da diminuição das altas taxas de mortalidade dessesempreendimentos são, sem dúvida, motivos para a popularidade do termoempreendedorismo, que tem recebido especial atenção por parte do governo e deentidades de classe.O tema empreendedorismo apesar de recente no país vem sendo estudadopor diversos autores, entre eles, Dolabela, e na sua linha de pensamento:[...] o empreendedorismo é um neologismo derivado da livre tradução dapalavra entrepreneurship e utilizado para designar os estudos relativos aoempreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seuuniverso de atuação (DOLABELA, 1999, p. 43).No seu livro “Oficina do Empreendedor” (1999), o empreendedorismo é


27utilizado por Dolabela:Para designar principalmente as atividades de quem se dedica à geração deriquezas, seja na transformação de conhecimentos em produtos ouserviços, na geração do próprio conhecimento ou na inovação em áreascomo marketing, produção, organização, etc. (DOLABELA, 1999, p. 43).Tradicionalmente autores como Dornelas definem empreendedorismo comoo “envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformaçãode idéias em oportunidades, e a perfeita implementação destas oportunidades leva àcriação de negócios de sucesso” (DORNELAS, 2005, p. 39).Outros autores como Hisrich e Peters afirmam que:[...] empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor dedicandoo tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicose sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes recompensas desatisfação e independência econômica e pessoal (HISRICH; PETERS,2004, p. 29).Já autores como Fialho (et al) afirmam que:O empreendedorismo é um processo para iniciar e desenvolver um negócioou um conjunto de atividades que resultem na criação de um novoempreendimento de sucesso. É a criação de valor através dodesenvolvimento de uma organização por meio de competências quepossibilitam a descoberta e o controle de recursos aplicando-os da formaprodutiva [...] O empreendedorismo nada mais é do que a capacidade decriação, por meio do estabelecimento de objetivos e obtenção de resultadospositivos. É a materialização de um sonho, de uma imagem mental. Oobjetivo a ser atingido origina-se na visão sistêmica que se destrincha naintenção dos atos do empreendedor (FIALHO, 2006, p. 26).O empreendedorismo é também uma forma de realização pessoal, esegundo Dolabela (2006, p. 25), “o empreendedor é um ser social, produto do meioem que vive (época e lugar), já que se uma pessoa vive em um ambiente em que serempreendedor é visto como algo positivo terá motivação para ter o seu próprionegócio”.


28Um outro aspecto interessante que não pode ser esquecido é:O interesse dos governos, associações, escolas, universidades,organizações não governamentais, entre outros, pelo desenvolvimento locale pelo incentivo ao empreendedorismo, não é algo inovador e muito menosrecente; vem de longa data a disposição de encontrar alternativas viáveis ecoerentes com a realidade das comunidades para desenvolver um trabalhosério e atender aos anseios dos empreendedores, contribuindo assim parao desenvolvimento e a melhoria das condições de vida das pessoas (ZENI,2003, p. 105).E esse é um fenômeno que vai transformando o Brasil num paísempreendedor, tanto pelas mudanças culturais, psicológicas, tecnológicas eeconômicas que o país vem sofrendo, mas o empreendedorismo no país irá sertratado no sub - capítulo seguinte.2.1.1 Dados sobre o Empreendedorismo no Brasil 2006A principal mudança no cenário empreendedor brasileiro apontado pela novapesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que mede as taxas deempreendedorismo mundial, foi o número de empresas estabelecidas de formaconsolidada no País. O percentual delas tem crescido regularmente, de 7,6%, em2003, para 12,9% em 2006 (ou 14,2 milhões de empreendimentos).Esse crescimento percentual de empresas estabilizadas traduz umamelhoria nas condições de sobrevivência dos empreendimentos no País. No rankingmundial, o Brasil está em 5º lugar no número de empreendedores estabelecidos,mantendo a mesma colocação de 2005.A pesquisa mostra que o Brasil é o décimo país com o maior número depessoas que abrem negócios no mundo. São cerca de 13,7 milhões deempreendedores iniciais (que estão em fase de implantação do negócio ou que já omantêm por até 42 meses). Eles correspondem a 11,65% da população adulta de118 milhões de brasileiros com 18 a 64 anos de idade.O País passou de 7º colocado no ranking em 2005 para 10º em 2006, o quepode ser explicado pela entrada de novos países no consórcio GEM apresentando


29taxas superiores às brasileiras, como por exemplo, Uruguai, Filipinas, Colômbia.A pesquisa GEM trabalha com duas categorias para montar o rankingmundial. Uma delas é a taxa de empreendedores em estágio inicial, medida a partirda pesquisa com a população adulta (18 a 64 anos) que está ativamente envolvidana criação de novos empreendimentos ou à frente de empreendimentos com até trêsanos e meio. A outra categoria é a de empresas estabelecidas há mais de três anose meio (42 meses).Na categoria de empreendedores iniciais, os países mais empreendedoressão Peru (40,15%), Colômbia (22,48%), Filipinas (20,44%), Jamaica (20,32%),Indonésia (19,28%), China (16,19%), Tailândia (15,20%), Uruguai (12,56%) eAustrália (11,96%). Já os cinco países menos empreendedores são EmiradosÁrabes (3,74%), Itália (3,47), Suécia (3,45%), Japão (2,90%) e Bélgica (2,73%).Os países que saem na frente na categoria de empresas estabelecidas sãoFilipinas (19,72%), Indonésia (17,62%), Tailândia (17, 42%), Peru (12,37%) e Brasil(12,09%), desbancando países como China (8,98%), Estados Unidos (5,42%) eJapão (4,76%).O relatório GEM mostra que entre 2005 e 2006, não houve variaçõesimportantes nas taxas de empreendedores por oportunidade e por necessidade noBrasil. O empreendedorismo por necessidade não variou significativamente epassou de 5,3% para 5,6%. No ranking o Brasil ante os 42 países passou de 4ºcolocado para 6º colocado. Já o empreendedorismo por oportunidade manteve-seem 6° lugar em 2005 e 2006, fazendo o país ir da 15° para a 20° posição. Aprincípio, é possível dizer que para cada indivíduo que empreende por oportunidadeexiste outro que o faz por necessidade. (Relatório GEM 2006). A seguir serãocolocadas as principais diferenças entre idéia e oportunidade.2.1.2 Idéia e OportunidadeAlém dos temas abordados anteriormente, outro motivo de reflexão, que nãopode ser esquecido, é a diferença fundamental entre idéia e oportunidade, a partir


30deste conceito consideramos que:[...] empreendedores sem sucesso confundem idéia com oportunidade. Oapego à idéia, por razões psicológicas, pode impedir que ela sofra umprocesso de validação e, não raro, faz com que se torne umas das causasde insucesso. O jovem empreendedor deve aprender a ver sua idéia comdistanciamento emocional, de modo a poder fazer uma análise detalhadadela (DOLABELA, 1999, p. 34).Existe a partir de então uma grande confusão entre idéia e oportunidadeentre os empreendedores iniciantes, pois segundo Dolabela:Identificar e agarrar uma oportunidade é, por excelência, a grande virtudedo empreendedor de sucesso. É necessário que o pré-empreendedordesenvolva a capacidade de distinguir entre idéia e oportunidade,praticando sempre. Atrás de uma oportunidade sempre existe uma idéia,mas apenas um estudo de viabilidade, que pode ser feito por meio do Planode negócios, indicará seu potencial de transformar-se em bom negócio(DOLABELA, 2006, p. 62).Segundo Dolabela algumas fontes de idéias são:• Os negócios existentes: pode haver excelentes oportunidades emnegócios em falência. É lógico que os bons negócios são adquiridos porpessoas próximas (empregados, diretores, clientes, fornecedores).• Franquias e patentes.• Licença de produtos: uma fonte de boas idéias é assinar revistas daárea.Corporações, universidades e institutos de pesquisas não-lucrativospodem ser fontes de idéias.• Feiras e exposições.• Empregos anteriores: muitos negócios são iniciados por produtos ouserviços baseados em tecnologia e idéias desenvolvidas porempreendedores enquanto eles eram empregados de outros.• Contatos profissionais: advogados de patentes, contadores, bancos,associações de empreendedores.• Consultoria: dar consultoria pode ser uma fonte de idéias.• Pesquisa universitária.• A observação do que se passa em volta, nas ruas.• Idéias que deram certo em outros lugares.• Experiência adquirida enquanto consumidor.• Mudanças demográficas e sociais, mudanças nas circunstâncias demercado.• Caos econômico, crises, atrasos (quando há estabilidade, asoportunidades são mais raras).• Uso de capacidades e habilidades pessoais.• Imitação.• Dar vida a uma visão.• Abordar um problema de forma a transforma-lo em oportunidade.• “Descobrir” o novo em algo que já existe: melhorar, acrescentar umainovação a uma idéia pré-existente.• Combinar de forma nova. (DOLABELA, 2006, p. 62)


31Em vista disso, pode-se considerar como uma fonte de idéia osrestaurantes 2 já que os mesmos englobam diversas oportunidades, que podem sersegmentadas para os mais diversos tipos de públicos, como, por exemplo, osrestaurantes coloniais, orientais, árabes, etc, em vista disso sobre a oportunidade esão muitas, Dolabela descreve:• Ela deve se ajustar ao empreendedor. Algo que é uma oportunidadepara uma pessoa pode não ser para outra, por vários motivos (know-how,perfil individual, motivação, relações, etc).• É um alvo móvel. Se alguém vê, ainda há tempo de aproveitá-la.• Um empreendedor habilidoso dá forma a uma oportunidade ondeoutros nada vêem, ou vêem muito cedo ou tarde demais.• Ideais não são necessariamente oportunidades (embora no âmago deuma oportunidade exista uma idéia).• A oportunidade é a fagulha que detona a explosão doempreendedorismo.• Há maior quantidade de idéias do que boas oportunidades denegócio.• Características da oportunidade: é atraente, durável, tem hora certa,ancora-se em um produto ou serviço que cria ou adiciona valor para seucomprador.• Apresenta um desafio: reconhecer uma oportunidade enterrada emdados contraditórios, sinais, inconsistências, lacunas de informação e outrosvácuos, atrasos e avanços, barulho e caos do mercado (quanto maisimperfeito o mercado, mais abundantes são as oportunidades).• Reconhecer e agarrar oportunidades não são questão de usartécnicas, checklists e outros métodos para identificar e avaliar; não háreceita de bolo (a literatura registra mais de 200 métodos) tudo depende dacapacidade do empreendedor. (DOLABELA, 2006, p. 63)Tradicionalmente, estudiosos como Dornelas, afirmam que:[...] o empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, emconjunto, levam á transformação de idéias em oportunidades. E a perfeitaimplementação destas oportunidades leva á criação de negócios desucesso (DORNELAS, 2005, p. 39).O empreendedor é de fato muito importante para o desenvolvimento ecrescimento de qualquer nação, ele é importante para a geração de empregos, parao aumento da renda, e a transformação de uma comunidade, uma cidade, um bairro,um país, mas antes de abrir seu negócio é preciso que ele não confunda idéia comoportunidade e que ele não se apegue a emoções, que poderão levá-lo aoinsucesso empresarial, fechando a sua empresa e alimentando os tristes dadosestatísticos do Sebrae, os quais indicam que 60% das 500 mil pequenas e micro2 Local onde pessoas se reúnem para almoçar, jantar, tomar café, ou até mesmo para confraternizar.


32empresas abertas todos os anos no Brasil fecham as portas antes de completaremcinco anos. No sub-capítulo seguinte serão abordados conceitos de inovação.2.2 A INOVAÇÃOEste capítulo dedica-se a uma consideração sobre inovação, principalmenteos conceitos. Inicialmente para desenvolver este tema e de acordo com oespecialista norte-americano em marketing, Peter Drucker “[...] a empresa tem duas– e somente duas - funções básicas: marketing e inovação. Marketing e inovaçãoproduzem resultados, todo o restante é custo” (DRUCKER apud MCDONALD, 2001,p. 108). Na concepção de Drucker (2003) “A inovação é o instrumento específico dosempreendedores, o meio pelo qual eles exploram a mudança como umaoportunidade para um negócio diferente ou um serviço diferente” (DRUCKER, 2003,p. 25).Considerando que:Os empreendedores inovam. A inovação é o instrumento específico doespírito empreendedor. É o ato que contempla os recursos com a novacapacidade de criar riqueza. A inovação, de fato, cria um recurso(DRUCKER, 2003, p. 39).Pode-se concluir que de fato a inovação acaba por gerar maiores riquezaspara a sociedade. Um exemplo é o fungo da penicilina 3 . Portanto, com este exemplopretende-se reforçar a importância da inovação que nada mais é que “[...] novassoluções que ofereçam valor para o cliente“ (MCDONALD, 2001, p. 109).Nos dias atuais muitos dirigentes empresariais confundem invenção einovação. Para Mcdonald (2001), “[...] invenção é trazer novos e tecnologias para omercado, ao passo que inovação é fornecer novas soluções que ofereçam valorpara o cliente” (MCDONALD, 2001, p. 109). Para o referido autor a inovação tem deser vista à longo prazo e ser direcionada para o cliente, pode-se considerar que “[...]a inovação de sucesso é uma resposta as causas da mudança e requer uma3 O fungo da penicilina era considerado uma praga pelos bacteriologistas que faziam tudo que era possível paraproteger suas culturas de bactérias da contaminação pelo fungo. Um dia, porém o médico londrino AlexanderFleming percebeu que a dita praga do fungo era na verdade um recurso de valor, sendo utilizado há muitos anosno tratamento das pessoas que têm diabetes. (apud BIRCH)


33estratégia de longo prazo direcionada para o cliente”. (MCDONALD, 2001, p.109)Para o mesmo autor qualquer inovação seja de produtos/serviços novos ou noaperfeiçoamento de serviços já existentes deve ser voltada para o cliente e criarvalor para o mesmo já que “[...] as inovações são novas soluções que ofereçam ummelhor valor para os clientes” (MCDONALD, 2001, p.119).O economista austríaco Joseph Schumpeter (1984), em sua abordagemmais ampla sobre a inovação, afirma que a mesma constitui-se no fenômenofundamental do desenvolvimento econômico, e pode manifestar-se por meio de umaou de algumas das seguintes situações:a) introdução de um novo bem;b) introdução de um novo método de produção;c) abertura de um novo mercado;d) conquista de uma nova fonte de oferta de matérias-primas ou bemsemimanufaturados;e) estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria.Para os seguidores desta abordagem como os autores Humphrey e Schmitz:[...] a inovação pode ser chamada de upgrading, ou seja, consiste em fazerprodutos de maneira mais eficiente, agregar valor aos produtos, fazendobens e processos mais sofisticados... O upgrading pode ser de três tipos: deprocesso, em que ao reorganizar o sistema de produção ou ao usar umanova técnica faz-se com que o processo seja mais eficiente; de produto,originado a partir da fabricação de produtos com maior valor agregado;funcional, originado de novas funções que a firma pode deter ao longo dacadeia, como design ou marketing (HUMPHREY; SCHMITZ apud NETO,2005, p. 192).É claro que a revolução tecnológica a partir da década de 90 no mundoglobalizado, trouxe muitas inovações para dentro das organizações tanto em termosde novos processos como na construção de novos produtos/serviços, ou para foradas organizações, onde as organizações a partir do mundo globalizado começaram


34a explorar novos mercados ou ter acesso a novas fontes de matérias-primas, emvista disso “[...] a inovação tecnológica constitui uma ferramenta essencial paraaumentar a produtividade e a competitividade das organizações, assim como paraimpulsionar o desenvolvimento econômico de regiões e países” (TIGRE, 2006, p.07).Neste capítulo aborda-se a inovação tecnológica, e conceitos sobreinovação. O ato de inovar porém, pode ser bem simples e descomplicado, comouma forma de enxergar uma nova oportunidade, uma nova maneira de fazer ascoisas, segundo um processo ou tecnologia já consolidado, como descreveuSchumpeter (1984). Como exemplos, de um processo já consolidado, o antigo sabãoartesanal que nossas avós e mães faziam, de cheiro desagradável, sendoatualmente apresentado com aromas e embalagens bem elaborados, e a produçãode velas artesanais utilizando um processo de produção já conhecido, masinovando, por exemplo, no design, nas cores, no odor e daí gerando um novoproduto.2.2.1 A Importância da Inovação para os Empreendimentos BrasileirosSegundo o relatório GEM do Brasil de 2006, embora o Brasil figure entre ospaíses mais empreendedores, os negócios, sejam eles iniciais (nascentes e novos)ou estabelecidos, caracterizam-se, porém como pouco inovadores. Algumas razõespodem explicar este quadro. Uma das razões é a elevada taxa de participação doempreendedorismo por necessidade, de aproximadamente 50% dosempreendimentos iniciais realizados no Brasil de 2001-2006. Esse tipo deempreendimento, com raras exceções caracteriza-se por baixo nível de investimentoe baixo conteúdo tecnológico (Relatório GEM 2006)O fato é que os empreendimentos no Brasil caracterizam-se como de baixopotencial de inovação e a maioria das atividades está relacionada ao comérciovarejista, sendo empreendedores mais freqüentemente identificados: vendedoresambulantes de alimentos e bebidas, comerciantes de bebidas, vendedores deartigos de vestiário e vendedoras autônomas de cosméticos e produtos de beleza(Relatório GEM 2006).


35Inovar tecnologicamente, inovar até mesmo em algum processo de um tipode empresa já conhecida pelo mercado ou morrer, eis o dilema pelo qual passa todaempresa, não só no Brasil, mas no mundo todo, pois:Tem sido alto o número de empresas que não chegam a completar doisanos de vida no mercado. E são igualmente altos os índices referentes aempresas de pequeno porte gradativamente engolido pela globalização, pornão terem se adequado à modernidade empresarial de competência ecompetitividade. Nas duas últimas décadas, mesmo grandes empresas tidascomo sólidas, deixaram de existir no cenário brasileiro (HELENO, 2007,p.32).Em 2005, o investimento médio das empresas brasileiras em P & D foi de2,8% do faturamento, enquanto em países como a Alemanha este índice chega a5%, considerado uma referência mundial. Com relação à introdução de produtostecnologicamente novos no mercado nacional o percentual de empresas inovadorasé maior nas grandes organizações, acima de 250 empregados, onde atinge 33,4%(apud 4 HELENO, 2007, p. 33).Entretanto, este índice diminui consideravelmente nas empresas menores.Entre as empresas com 100 a 249 empregados, o percentual das inovadoras é de6,5%, que cai para 3,7% entre empresas com 50 a 99 pessoas. Finalmente entre asmicro e pequenas empresas, de 10 a 49 empregados, o percentual das inovadoras éde apenas 2,1% (apud HELENO, 2007, p. 33).Quando se fala em inovação, pode-se pensar em tecnologias sofisticadase/ou processos complexos de trabalho, ou em grandes organizações como a 3M, aArtecola, que desenvolveram e cultivam uma cultura inovadora, mas na verdade ainovação pode ser bem simples e descomplicada, como uma forma de enxergar umanova oportunidade, uma nova maneira de fazer as coisas, segundo um processo outecnologia já consolidado. Em decorrência deste enfoque:[...] as inovações tecnológicas podem ser divididas em dois grandes grupos:de produto e de processo. O primeiro grupo pode assumir duas formasabrangentes, com produtos tecnologicamente novos ou produtostecnologicamente aprimorados. Um produto tecnologicamente novo é4 Usa-se obrigatoriamente a palavra latina apud, quando se faz uma citação de segunda mão, isto é, a citação deuma citação. Em outras palavras, ela se refere à transcrição ou paráfrase de uma frase ou um trecho de que sótomamos conhecimento no livro de outro autor.


36aquele cujas características técnicas ou usos pretendidos diferem daquelesproduzidos anteriormente. Tais inovações podem envolver tecnologiasradicalmente novas, ou podem basear-se na combinação de tecnologiasexistentes em novos usos (exemplo: rastreamento por satélite nas grandescidades, importante item de segurança para automóveis, ônibus ecaminhões). Quanto á inovação tecnológica de processo, trata-se daadoção de técnicas de produção novas ou significativamente melhoradas,incluindo métodos de entrega dos produtos. Tais métodos podem envolvermudanças no equipamento ou na organização da produção, ou umacombinação dessas mudanças, e pode derivar ainda do uso de novoconhecimento. Neste grupo estão serviços como tele-entrega, que têm seconstituído em incremento de vendas com o diferencial do atendimento(HELENO, 2007, p. 35).Nos dias atuais, “[...] além da busca da qualidade e do controle de custos, ainovação é um fator de competitividade, que não é exclusiva para as empresas dossetores de alto conteúdo tecnológico, mas sim para quem sabe criar” (HELENO,2007, p. 36). Ou seja, a inovação deve estar presente em todas as organizações,visto que a sobrevivência delas num mundo globalizado e altamente competitivo vaidepender de um maior investimento financeiro das empresas em pesquisa edesenvolvimento, ou em novos processos; ou na busca de novos mercados; ou atémesmo pela cooperação com empresas do mesmo ramo, assunto este abordado aseguir.Para Reis um exemplo da tentativa da busca da inovação é a constituição deredes colaborativas:A organização de pequenos varejistas em centrais de compras é umexemplo de inovação no processo de compra, antes realizadaindividualmente, mas não constitui uma rede de inovação. Para tantoprecisam ir além do que somente buscar redução de preços. No momentoem que atuarem junto aos fornecedores, sugerindo mudanças e melhorias,aí sim farão, efetivamente, parte de uma rede de inovação (apud HELENO,2007, p. 36).O Programa Redes de Cooperação é um exemplo dessa tentativa da buscade inovação, desenvolvido desde 2000, pelo Governo do Estado do Rio Grande doSul, através da SEDAI, em parceria com a Feevale, que foi um agente deoperacionalização deste programa.A Feevale teve um papel muito importante, pois foi o Centro Universitáriopioneiro na realização do programa e através deste na região do Vale do Rio doSinos encontram-se várias centrais de compra de pequenos varejistas, como


37exemplos: Mercados RedeFort, Mercados Unisuper, Mercados Redemax, Redlar (demóveis projetados), Rede Agavidro, Rede Arte Cosmética, Auto Rede (de serviçosautomotivos), entre outras redes.capítulo.Nesse sentido, esse assunto será abordado de maneira teórica no próximo2.3 REDES DE COOPERAÇÃOO programa Redes de Cooperação surgiu da necessidade de fortalecimentode micro, pequenas e médias empresas, com o propósito de fazer frente àsmudanças no padrão de competição empresarial, para lidar com ás novastecnologias, a gestão profissional, a governança corporativa e as inúmeras variáveisque a globalização vem colocando perante às Nações e principalmente ás empresas(apud VERSCHOORE, 2004, p. 9-19).No Rio Grande do Sul, conforme referido pela Secretaria deDesenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, em seu site, o programa Redes deCooperação foi concebido no ano de 2000 por iniciativa do Governo do Estado coma finalidade de desenvolver a cultura associativa entre pequenas empresas daindústria, comércio e serviços, garantindo melhores condições de concorrênciafrente ás atuais exigências competitivas dos mercados.No mesmo ano, o Centro Universitário Feevale, conforme consta em seu sitefirmou convênio com o Governo do Estado para participar do programa redes decooperação, sendo a primeira instituição de ensino a fazê-lo e posteriormentecomeçou a operacionalizar o referido programa.Conforme a Secretária do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais –SEDAI 5 , o Programa Redes de Cooperação do Governo do Estado, são redes quedecorrem da união de empresas que tenham objetivos comuns na mesma área deatuação. É formada uma nova entidade jurídica estabelecida sob uma nova e única5 www.sedai.rs.gov.br


38marca, englobando todas as associadas, porém cada empresa mantém suaindependência e individualidade.No Programa Redes de Cooperação da Feevale, as redes são constituídaspor grupos de empresas de um mesmo segmento que cooperam nodesenvolvimento conjunto de um projeto, complementando-se mutuamente e seespecializando na superação de problemas comuns, adquirindo eficiência coletiva eaumentando a oportunidade de penetração em novos mercados.Ainda, segundo consta no site do Programa Redes de Cooperação daFeevale 6 , participar de uma rede significa:- Preservar a individualidade;- Valorizar seu negócio;- Adquirir suporte gerencial e técnico contínuo;- Participar de programas de capacitação;- Fazer negociações em condições vantajosas;- Construir marcas fortes;- Realizar publicidade e propaganda do seu negócio;- Oferecer produtos e serviços com melhor qualidade e com preços maisvantajosos aos clientes.Conforme descreve Verschoore (2004) a idéia de rede está irreversivelmenteconsolidada na sociedade, e muito utilizada como explicação para fenômenos queenvolvam mais de dois agentes interligados e, devido a sua grande abrangência, emdiferentes áreas.Para Teixeira (2005), as redes de empresas representam uma aliançainterorganizacional, que possui um projeto coletivo visando o aumento decompetitividade das empresas e que proporciona uma dinâmica específica dasrelações existentes entre elas.6 www.feevale.br


39Amato Neto (2000) apresenta de maneira mais abrangente a definição deredes, salientando que consistem:[...] em um tipo de agrupamento de empresas cujo objetivo principal é o defortalecer as atividades de cada um dos participantes da rede, sem que,necessariamente, tenham laços financeiros entre si. Atuando em redes, asempresas podem complementar-se umas às outras, tanto nos aspectostécnicos (meios produtivos), como mercadológicos (redes de distribuição).Por outro lado ainda, a constituição de uma rede de empresas pode ter porobjetivo, por exemplo, a criação de uma central de compras comum àsempresas da rede. Trata-se, pois, de um modo de associação por afinidadede natureza informal e que deixa cada uma das empresas responsável porseu próprio desenvolvimento (NETO, 2000, p. 47).Tradicionalmente, alguns estudiosos como Verschoore definem que “[...] asredes constituem grupos de organizações fechadas, amplamente conectadas entresi, gerando vantagens comparativas inacessíveis às empresas externas“(VERSCHOORE, 2004, p. 23).Para tanto as redes de cooperação precisam ir além do que somente buscarredução de preços, o que acaba por acontecer na maioria das redes cooperaçãoconstituídas no Vale do Sinos. No momento em que estas redes atuarem junto aosfornecedores, sugerindo mudanças e melhorias, aí sim elas farão, efetivamente,parte de uma rede de inovação e cooperação além de reduzirem os custos deaquisição de seus produtos/serviços.2.4 O PLANO DE NEGÓCIOSEsta pesquisa limita-se ao estudo do empreendedorismo, com vistas àformação de uma nova organização, por meio da ferramenta PN.Segundo Dolabela (2006), a utilização do PN, é ainda incipiente no Brasil.Para o autor, poucos empreendedores e empresas trabalham com essametodologia. O autor confirma que, na Europa, e principalmente no Canadá e nosEstados Unidos, é uma ferramenta usual, utilizada por empreendedores novos eantigos (DOLABELA, 2006).Ainda segundo Dolabela, “[...] o plano de negócios pode ser visto como um


40mapa que indica os caminhos a serem percorridos pelo empreendedor”(DOLABELA, 1999, p.149).Para Sahlman (2002, p. 36) “[...] poucas áreas de negócios chamam tanto aatenção quanto novos empreendimentos, e poucos aspectos da criação de novosempreendimentos atraem tanto a atenção quanto o plano de negócios”.Entre outros autores, Dornelas afirma, que:O plano de negócios é um documento usado para descrever umempreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Suaelaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e,ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios(DORNELAS, 2005, p. 98).Autores como Hisrich e Peters, definem que:O plano de negócio é um documento preparado pelo empreendedor em quesão descritos todos os elementos externos e internos relevantes envolvidosno início de um novo empreendimento. È com freqüência uma integração deplanos funcionais como os de marketing, finanças, produção e recursoshumanos (HISRICH; PETERS, 2004, p. 210).O plano de negócios é uma excelente ferramenta de planejamento, tantopara aquele que pretende abrir um negócio, como para aquele detentor de umaorganização, e quer planejar e situar a sua empresa tanto no curto prazo como nolongo prazo. O PN auxilia o empreendedor qual já possui uma organização, comotambém aquele que pretende abrir uma, já que o mercado está em constantemutação, visto que a concorrência muda, as pessoas mudam, adquirindo eabsorvendo novos costumes e novas culturas impostos pela globalização.


41Em detalhes o plano de negócios para Dolabela:• É uma forma de pensar sobre o futuro do negócio: para onde ir, comoir mais rapidamente, o que fazer durante o caminho de forma a diminuirincertezas e riscos.• Descreve-se um negócio: os motivos da existência da oportunidadede negócio, como o empreendedor pretende agarrá-la e como irá buscar egerenciar os recursos para aproveitá-la.• É mais um processo do que um produto. È dinâmico, vivo e deve sersempre atualizado.• Não deve ser confundido com a empresa: o Plano de Negócios não éo negócio, mas sua descrição. O PN pode indicar que o empreendimentotem grande potencial de sucesso, mas também dar evidências de que ele éirreal, que existem obstáculos jurídicos ou legais intransponíveis, que osriscos são incontroláveis ou que a rentabilidade é aleatória ou insuficientepara garantir a sobrevivência da empresa ou do novo negócio. Pode sugerirtambém que a ação de empreender deva ser adiada.• É um instrumento de negociação interna e externa para administrar ainterdependência com sócios, empregados, financiadores, incubadoras,clientes, fornecedores, bancos, etc...• É um instrumento para obtenção de financiamentos, empréstimos,peça de persuasão de novos sócios, de controle interno, de integração daequipe e envolvimento dos empregados e colaboradores.(DOLABELA,2006, p. 77-78).Uma pesquisa realizada com ex-alunos de administração da HarvardBusiness School, nos Estados Unidos, e de acordo com Dornelas, “concluiu que oplano de negócios aumenta em 60% a probabilidade de sucesso dos negócios”.(Dornelas, 2005, p.99). Para Bangs (apud Dornelas, 2005, p.99), muitas pessoasdeixam de escrever um plano de negócios por uma série de desculpas, comoexemplos: ”eu não necessito de um”; “eu tenho um em minha cabeça”; “eu não seicomo começar”; “eu não tenho tempo”;”eu não sou bom com os números”ou ainda“eu tenho muito dinheiro e não preciso disso, pois já tenho sucesso”.Para Bangs (apud DORNELAS, 2005, p. 99), pode ser até “óbvio quesempre haverá pessoas de sorte, com sucesso nos negócios, sem o plano, etambém aquelas que ganham na loteria”. Mas serão casos isolados, pois para oautor, com o plano é possível: entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio;gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas; monitorar odia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário; conseguirfinanciamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores, capitalistasde risco, etc, identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivopara a empresa; estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa econvencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores,


42associações, etc).Segundo Dornelas, não existe um modelo padrão de plano de negócios, queseja universal e aplicado a qualquer negócio, pois para o autor uma empresa deserviços, é diferente de uma empresa que fabrica produtos ou bens de serviços. Apriori, segundo Dornelas “[...] qualquer plano de negócios deve possuir um mínimode seções as quais proporcionarão um entendimento completo do negócio”(DORNELAS, 2005, p. 100-101). Seguindo a fundamentação teórica do autor tem-sea seguinte estrutura de plano de negócios, que o autor recomenda para pequenasempresas prestadoras de serviços:A) Capa: Apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes doplano de negócios, pois é a primeira parte que é visualizada por quem irá ler o PN, edeve ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes.B) Sumário: O sumário segundo o autor deve conter o título de cada seçãodo PN e a respectiva página onde se encontra, assim como os principais assuntosrelacionados em cada sessão, para que o leitor do PN encontre rapidamente o quelhe interessa.C) Sumário Executivo: Segundo Dornelas (2005, p. 101), “o sumárioexecutivo é a principal seção do plano de negócios. O Sumário Executivo fará oleitor decidir se continuará ou não a ler o plano de negócios”. Ele deve ser a últimasessão a ser escrita, pois depende de todas as outras seções do plano para serelaborado.D) Descrição do Negócio: O que se tem claro segundo Dornelas é que:O aspecto mais importante da descrição do negócio é mostrar que aempresa possui pessoas qualificadas e comprovadamente experientes nosníveis de comando. A equipe de gestão é o principal foco dos investidoresquando analisam um plano de negócios. Só depois eles avaliam aoportunidade de mercado, a idéia inovadora e as perspectivas de altoslucros (DORNELAS, 2005, p. 129).Para o referido autor a descrição das pessoas que decidirão os rumos da


43empresa assume papel essencial, outros aspectos, como estrutura legal,localização, manutenção de registros, segurança e seguro, também devem sercitados, se for o caso, mas os mais importantes são as pessoas que darão rumo áfutura empresa.(a) Descrição dos Produtos/Serviços: De acordo com Dornelas (2005), essaseção do PN descreve como os produtos/serviços da empresa serão produzidos,quais os recursos utilizados, os fatores tecnológicos envolvidos, o processo depesquisa e desenvolvimento, se a futura empresa detém marca e/ou patente dealgum produto ou serviço.(b) Mercado: Dornelas relata que na análise de mercado deve-se mostrarque os executivos da empresa conhecem muito bem o mercado consumidor do seuproduto/serviço (por meio de pesquisas de mercado). Neste item devem serabordadas as análises da concorrência, sua participação de mercado, se existesegmentação, como está segmentado, o crescimento desse mercado, ascaracterísticas do consumidor e sua localização, se existe sazonalidade e como agirnesse caso.No presente trabalho, será abordada principalmente a análise de mercadodentro do plano de negócios, onde o estudo abordará principalmente ascaracterísticas do consumidor e a análise das vídeo-locadoras para verificar aviabilidade de mercado para a implantação da rede.(c) Localização: Para o autor apesar da localização ser considerada umaquestão referente à estratégia de marketing de um negócio, cabe uma brevedescrição a respeito desse assunto no PN. Para Dornelas (2005) se a empresa forvarejista/comercial, a localização deve ser numa região onde há grande tráfego depedestres, além de outros itens importantes: as instalações telefônicas, elétricas,hidráulicas e de internet serem de qualidade e de fácil disponibilidade; se forimportante ter estacionamento para clientes; se o valor do aluguel é competitivo(nem sempre o menor valor de aluguel significa um melhor custo/benefício); se aárea é adequada para as necessidades de ocupação da empresa; se o tipo denegócio pode ser instalado naquela região da cidade (verificar na Prefeitura); se o


44local é de fácil acesso para fornecedores, clientes e funcionários; se o imóvel é novoe de boa aparência; e se o imóvel é seguro e bem protegido.Para o autor se o imóvel for da empresa, seu valor será transferido para obalanço patrimonial da empresa. Caso o imóvel seja alugado, o valor serátransportado para a parte financeira do PN, nas projeções de custo mensal para ofluxo de caixa.(d) Competidores (concorrência): Sob o ponto de vista do autor a análise daconcorrência é de suma importância em qualquer PN. Afirma ainda que:A concorrência (competidores) de uma empresa não se limita aosconcorrentes diretos, aqueles que produzem produtos similares ao daempresa. Devem ser considerados também os competidores indiretos,aqueles que de alguma forma desviam a atenção de seus clientes,convencendo-os a adquirir os seus produtos (DORNELAS, 2005, p. 142).O autor cita como exemplo as locadoras de vídeo e DVD. A primeira coisaque vem à mente de qualquer um em relação aos seus concorrentes seria: outralocadora, localizada no mesmo bairro ou região. Sem dúvida esta locadora é umaconcorrente direta do futuro negócio. Mas para Dornelas é importante a análise dosconcorrentes indiretos, no exemplo, o que faz com que os clientes deixem de alugarum vídeo ou DVD no final de semana para realizarem outro programa. No tocante aesta questão ele afirma que:A questão neste caso é muito mais complexa e o empreendedor deve saberanalisá-la.Na verdade, a locadora concorre em um mercado em grandeascensão, o de entretenimento. Cinemas, parques temáticos, clubes, etc.são concorrentes indiretos da locadora.(DORNELAS, 2005, p. 142).Dornelas conclui afirmando que:A análise do ambiente de negócios (oportunidades e ameaças) mostracomo o mercado se apresenta para a empresa. No entanto, é preciso que aempresa conheça seus pontos fortes e fracos, para que consiga definir asoportunidades de negócio mais atrativas e a quais riscos (ameaças) estámais suscetível, para então definir objetivos e metas, bem como suaestratégia de negócio. (DORNELAS, 2005, p. 143).Ele recomenda como técnica a elaboração de uma Matriz SWOT, que serve


45para a elaboração de uma análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças)e a análise do ambiente interno (forças e fraquezas). Com a matriz SWOT definida,autor ressalta que a empresa pode identificar seus fatores críticos de sucesso, eestes devem ser o foco de atenção de sua gestão. “Assim sendo os objetivos emetas podem ser definidas com mais precisão e coerência” (DORNELAS, 2005, p.160).(e) Equipe Gerencial: Segundo Dornelas (2005), muitos investidores depoisde lerem o sumário executivo do plano, vão direto para os currículos das pessoasque irão administrar a empresa. Para o autor, muitos investidores ao analisarem oPN fazem “perguntas como: Por que eu deveria investir o meu dinheiro nessaempresa? Na verdade podem ser traduzidas como Por que eu deveria investir o meudinheiro nessas pessoas?” (DORNELAS, 2005, p. 129).Essas considerações, sobre a equipe que irá formar uma futura empresa,através de um plano de negócio, são de grande valia para o Angel, ou investidorpessoa física, segundo o autor pessoa muito comum nos Estados Unidos, sendo omesmo considerado um capitalista de risco que possui dinheiro e busca alternativaspara obter melhor rentabilidade para o seu dinheiro. É um tipo de investidor aindadesconhecido no Brasil, “ele é quem coloca o seed money (dinheiro semente inicial)necessário para a criação de muitos negócios. Mas para isso ele analisa muito bemo plano de negócio da empresa e o seu potencial” (DORNELAS, 2005, p.177).As pessoas ou a equipe gerencial são de extrema importância já que:Os investidores normalmente investem em pessoas, que são o principalativo das empresas nascentes. E quanto mais capacitadas em técnicas degestão e experientes essas pessoas são, melhores as chances de aempresa conseguir o capital solicitado (DORNELAS, 2005, p. 131).(f) Estrutura Funcional: Conforme o Sebrae uma empresa pode ser montadasob diferentes formas jurídicas, conforme as leis do país, sendo as mais comuns noBrasil classificadas como: empresa individual (no qual o empreendedor é quemgerencia e é o único proprietário); sociedade por cotas de responsabilidade limitada(empresa limitada possui mais de um sócio); e as sociedades anônimas (S/A),utilizadas geralmente para empreendimentos econômicos de grande porte, as S/A


46podem ser de capital aberto (que tem suas ações negociadas em bolsas de valores)e as de capital fechado (que não negociam suas ações em bolsas de valores,empresas familiares).Mostrando a natureza da empresa (se é micro, pequena ou média), épossível verificar quais impostos incidirão sobre ela, se a empresa terá algumbenefício fiscal, em que regime tributário se encaixará e demais informaçõespertinentes (DORNELAS, 2005).Segundo Dornelas (2005), é importante explicar no PN, qual vai ser oenvolvimento dos sócios (se todos retirarão pró-labore, se há sócios com dedicaçãoparcial, etc.), além disso, é importante explicar como será feita a distribuição doslucros e de quem será a responsabilidade financeira por qualquer perda.O PN segundo Dornelas (2005), deve conter nos dados financeiros: a fontedos recursos necessários; os investimentos necessários; o balanço patrimonial; aanálise do ponto de equilíbrio; o demonstrativo de resultado; a projeção do fluxo decaixa; a análise de rentabilidade, além do respectivo cálculo dos indicadores deliquidez, de atividade, de endividamento e de lucratividade. Ainda assim, entre oscálculos considerados de suma importância pelo autor estão o prazo de payback, ovalor presente líquido, e a taxa interna de retorno.Nesse capítulo foram analisados os aspectos que envolvem a elaboração deum plano de negócios, desde a elaboração da capa, do sumário, do sumárioexecutivo até os principais indicadores financeiros para a efetiva abertura de umnegócio; e essas são as razões que explicam por que o PN é uma ferramentaindispensável no planejamento de novas empresas, mas interessam ao objeto destainvestigação, o item “D” que é a Descrição do Negócio, em especial o subitem “b” omercado e a sua descrição para posterior formação de uma rede de cooperação.


3 RESULTADOS DA PESQUISAConforme descrevem Hair Jr. (et al, 2005), os dados somente tornam-seconhecimento depois de a análise ter identificado um conjunto de descrições,relações e diferenças úteis na tomada de decisão. Diante disso, segue a análise e ainterpretação dos dados coletados para a presente monografia.3.1 ESTRUTURA DA CIDADE DE SÃO LEOPOLDOAntes da pesquisa referente à amostra da população, abaixo seguem algunsdados socioeconômicos 7 da cidade de São Leopoldo.População Total: 209.611 habitantes (IBGE – estimativa de 1/7/2005)Taxa de crescimento: 1,72%Densidade Populacional: 2.048,78 hab/km²Taxa de analfabetismo (2000): 4,78 %Expectativa de vida ao nascer (2000): 69 anosCoeficiente de mortalidade infantil (2004): 10,16 por mil nascidos vivosPIB (2002): R$ 1.492.420.862PIB per capita (2002): R$ 7.429Exportações totais (2004): U$ FOB 154.822.611ICMS (2004): R$ 88.218.296Leopoldo/RS.7 Fonte: Tribunal Regional Eleitoral, Fundação de Economia e Estatística do RS, Prefeitura de São


48Eleitores: 138.563Comparecimento nas últimas eleições: 123.126 votantes (88,86%)·A cidade possui 24 bairros (Arroio da Manteiga, Boa Vista, Campestre,Campina, Centro, Cristo Rei, Duque de Caxias, Fazenda São Borja, Feitoria, Fião,Jardim América, Morro do Espelho, Padre Réus, Pinheiro, Rio Branco, Rio dosSinos, Santa Teresa, Santo André, Santos Dumont, São João Batista, São José,São Miguel, Scharlau, Vicentina); 100 praças; além de 2.868 quadras.A infra-estrutura empresarial da cidade está dividida, conforme consta nosite da Prefeitura da seguinte maneira:Bancos: 23Indústrias: 406Comércio: 2.008Prestadores de serviços: 3.999Autônomos: 5.780Entidades sem fins lucrativos: 114Comércio ambulante automotivo: 73.2 APRESENTAÇÃO DAS VÍDEO-LOCADORAS DA CIDADEAs empresas que integraram o universo da pesquisa são aquelasregistradas na Prefeitura Municipal de São Leopoldo, ou seja, as locadoras formais ecom devido alvará de funcionamento da autoridade municipal. As empresas quefizeram parte da amostra estudada são as que seguem relacionadas.- ST Fernandes Vídeo Locadora "Welt Vídeo"- Vídeo Klip Com. E Loca. De Fitas e Vídeo Ltda- Redeker, Redeker e Redeker Ltda "Vídeo Klip"- Vídeo Klip Com. E Loca. De Fitas e Vídeo Ltda- Jeane Inês Kremer "Vídeo Klip"- Valquiria Rezende de Oliveira- Cleber Airton F. Teixeira "Styllus Vídeo"- Luis Carlos Amaral Martins e cia Ltda "Gaspar Games"


49- Valdonei de Moura ME "Charrua Vídeo Locadora"- Neusa Maria de Oliveira Velho- Fernando Guterres Martins "Locação Vídeo Store”- Locação Vídeo Art Ltda- Marcos F. Fagundes "Taty Vídeo"- Jalusa Araujo Soares "Pop Vídeo"- Patrícia Maria de Souza ME "Chaplin Vídeo"- Jarlen Vídeo Ltda "Zepellin"- Margarete Aparecida de Carvalho "Top Vídeo Locadora"- Vídeo Pan ME " Vídeo Pan"- Buhler Vídeos Ltda "Estação do Vídeo”- R.E. Vídeo Locadora Ltda "Mídia Vídeo Locadora"- Lancheria e Locadora de Vídeo Ltda- Janice L. O Leite "Jamal Vídeo"- Locadora Dika de Vídeo Ltda ME "Dika de Vídeo"- D.E. Wingert- Natalina Borges Prates3.2.1 Apresentação e Análise dos Dados das Vídeo-LocadorasO questionário aplicado aos donos e/ou sócios das empresas formais,conforme se verifica no anexo 03, foi estruturado da seguinte forma: a primeirapergunta é quando a organização iniciou, o empreendedor abriu a empresa poroportunidade ou por necessidade.Motivação83260Necessidade Oportunidade OutrosGráfico 01: MotivaçãoFonte: Coleta de dados


50Ao analisar os dados coletados do Gráfico 01, do total das vinte e cincolocadoras que responderam à pesquisa, verifica-se que 60% abriram seuempreendimento por oportunidade de mercado, enquanto que 32% por necessidade,8% representando outros motivos (4% por hobby e os outros 4% consideram avontade de ter um negócio próprio).O relatório GEM de 2006 mostra que entre 2005 e 2006, não houvevariações importantes nas taxas de empreendedores por oportunidade e pornecessidade. O empreendedorismo por necessidade não variou significativamente epassou de 5,3% para 5,6%. No ranking do empreendedorismo por necessidade oBrasil ante os 42 países passou de 4º colocado para 6º colocado.Já o empreendedorismo por oportunidade manteve-se em 6° lugar em 2005e 2006, fazendo o país ir da 15° para a 20° posição. A princípio, é possível dizer quepara cada indivíduo que empreende por oportunidade existe outro que o faz pornecessidade. (Relatório GEM 2006, p. 48). No caso da presente pesquisa pode-seobservar que 60% empreendeu por oportunidade diferentemente do que diz apesquisa GEM, mas há de considerar que o universo desta pesquisa é muito menor,e a amostra das locadoras foi somente do município de São Leopoldo/RS e com aslocadoras formais.Na questão dois, respondida somente por aqueles empreendedores queabriram seu empreendimento por oportunidade, buscou-se verificar qual aoportunidade que este empresário vislumbrou na época, conforme mostra o Gráfico02:Motivo da oportunidade13%33%54%Renda extra Mercado em expansão OutrosGráfico 02: Motivo da oportunidadeFonte: Coleta de dados


51A principal oportunidade que verificaram foi que o mercado na época em queabriram estava em expansão, e existia pouca concorrência segundo osentrevistados, totalizando 54%; já 33% tem a locadora como uma forma de rendaextra (esses entrevistados afirmaram que possuem outro trabalho, seja comofuncionário de uma empresa, ou até mesmo como sócios de negócios de ramostotalmente distintos), sendo a locadora uma forma de “renda extra”, os outros13,33% citaram outros motivos para a oportunidade encontrada na época dasinstalações.Em relação ao número médio de clientes, as locadoras responderam: numaescala de até 250 clientes á acima de 3.000 clientes, a pesquisa obteve os seguintesresultados, conforme quadro 01:Até 250 clientes 4%Entre 251 e 500 clientes 12%Entre 501 e 1.000 clientes 12%Entre 1001 e 2.000 clientes 24%Entre 2.001 e 3.000 clientes 12%Acima de 3.000 clientes 36%Quadro 01: Número médio de clientesFonte: Coleta de dadosOs dados coletados mostraram que 4% das locadoras formais possuem até250 clientes ativos, 12% delas possuem entre 251 e 500 clientes ativos, 12%mencionaram possuir entre 501 e 1.000 clientes ativos. Já 24% afirmaram que tementre 1001 à 2000 clientes ativos, outros 12% possuem entre 2.001 à 3.000 clientes,e o dado mais relevante é que 36% das locadoras, ou seja, 9 locadoras possuemacima de 3.000 clientes ativos.A questão quatro dirigida aos proprietários das vídeo-locadoras perguntou:qual a média de locações de cada cliente por mês e as respostas foram descritas noquadro 02:Até 2 locações 20%Entre 3 e 4 locações 16%Entre 5 e 6 locações 24%Entre 7 e 8 locações 4%Acima de 8 locações 32%Não respondeu/Não avaliou 4%Quadro 02: Média de locações dos clientes ativos por mêsFonte: Coleta de dados


52Ao analisar os dados coletados verifica-se que em 20% das locadoras osclientes locam em média até duas vezes por mês, em 16% delas os clientes locamem média entre 3 e 4 vezes, já em 24% delas os clientes alugam em média entre 5 e6 locações, 4% responderam que os clientes alugam filmes em média entre 7 e 8vezes por mês, e o dado mais relevante, 32% das locadoras, ou seja, 8 locadoras,afirmaram que a média de locações de seus clientes é acima de 8 locações por mês.Apenas 1 locadora, ou seja, 4% não quis responder à questão, justificando que ainformação era confidencial.A questão cinco do questionário perguntou qual era o preço médio dosDVD/lançamentos junto aos fornecedores, que as locadoras pagam.Preço médio dos dvds lançamentos junto aosfornecedoresR$ 140,00R$ 120,00R$ 100,00R$ 80,00R$ 60,00R$ 40,00R$ 20,00R$ -R$ 119,00R$ 96,92R$ 80,00MÉDIA MÍNIMO MÁXIMOSeqüência1Gráfico 03: Preço do DVD lançamento junto aos fornecedoresFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados pode-se afirmar que o preço mínimo deDVDs/lançamentos pago junto aos fornecedores é de R$ 80,00, o preço médio é deR$ 96,92, e o preço máximo é de R$ 119,00. Os donos de vídeo-locadora napresente pesquisa revelaram que compram a maioria de seus filmes em PortoAlegre, na Av. Farrapos, onde segundo os empresários se encontram a maioria dosfornecedores de filmes/DVDs para o Estado do Rio Grande do Sul, também foicitada uma revendedora de filmes em Novo Hamburgo.


53A questão seis da presente pesquisa perguntou para os empreendedores doramo qual era o preço dos DVDs/lançamentos para o cliente final. Os resultados seencontram no Gráfico 04. Ao analisar os dados coletados verifica-se que o preçomédio de locação dos DVDs/lançamentos para o cliente final é de R$ 3,79, enquantoque o preço máximo é de R$ 5,00 e o preço mínimo é de R$ 2,50.PREÇO DE LOCAÇÃO DOS LANÇAMENTOS PARA OCLIENTE FINALR$ 6,00R$ 5,00R$ 4,00R$ 3,00R$ 2,00R$ 1,00R$ 0,00R$ 5,00R$ 3,79R$ 2,50MÉDIA MÍNIMO MÁXIMOSeqüência1Gráfico 04: Preço do DVD lançamento para o cliente finalFonte: Coleta de dadosA questão número sete para os empreendedores era “Conheces/já ouviufalar do programa redes de cooperação?” antes de participarem da pesquisa, e osresultados foram os seguintes:SE CONHECE PROGRAMA REDES DECOOPERAÇÃO5644SIM, CONHEÇONÃO CONHEÇOGráfico 05: Se conhece programa redes de cooperaçãoFonte: Coleta de dados


54Ao analisar os dados coletados, verifica-se que 56% dos entrevistados nãoconhecem o programa redes de cooperação, ou seja, dos 25 empresáriosentrevistados, 14 não conheciam o programa redes de cooperação, os outros 11 jáconheciam o programa redes, o que representa 44% dos entrevistados.A questão de número oito foi respondida pelos proprietários do ramo devídeo-locadoras, após a leitura de um material, intitulado “Pequena ficha para oempresário” (Anexo 4), houve também do pesquisador para explicações de comofunciona o programa redes de cooperação, e citando exemplos de redes bemsucedidascomo a Redefort de Supermercados, e a Redemac, de materiais deconstrução. Nesta questão os responsáveis pelas locadoras avaliaram qual a suaimpressão do programa, e as opções de escolha eram Ótima, Boa, Razoável, Ruimou Péssima. Os resultados foram os seguintes:Avaliação do programa redes de cooperaçãoPÉSSIMORUIMRAZOÁVEL28BOM44ÓTIMO280 10 20 30 40 50Seqüência1Gráfico 06: Avaliação do programa redes de cooperaçãoFonte: Coleta de dadosOs dados constantes no gráfico demonstram que 28% avaliam o programacomo razoável, enquanto que 44% consideram o programa bom e 28% assinalaramo programa como ótimo. Sendo assim, 72% aprovam o programa, ou seja, têm umaimpressão positiva do programa redes de cooperação.


55A questão nove perguntou para os empreendedores do ramo quais asprincipais dificuldades que percebem se viessem a participar de uma rede decooperação.Não vê dificuldade 12%Inadimplência no mercado 16%Compartilhar informações 40%Grau de instrução dos componentes da rede 20%Outros motivos 16%Quadro 03: Dificuldades que vê se viesse a participar de uma redeFonte: Coleta de dadosOs dados coletados demonstram que 12% dos entrevistados não vêemnenhuma dificuldade se viessem a participar de uma rede de cooperação; 16%afirmam que a inadimplência do mercado é o fator inibidor para que participe de umarede; já 40%, ou seja, a maioria vê como principal dificuldade ter que compartilharinformações com concorrentes do mesmo ramo; e outros 20% afirmam que aprincipal dificuldade é o grau de instrução dos futuros componentes da rede. Osoutros motivos citados totalizam 12%, onde 4% afirma que a padronização para oscomponentes da rede seria o fator inibidor, 4%(ou uma Locadora) afirmam que sevaleria a pena pela questão financeira participar de uma rede, ou seja, a locadoraafirmou se na hora da compra vale a pena mesmo para a redução do preço decompra do DVD junto ao fornecedor, 4% afirmam que vêem dificuldade em participarde uma rede por que teriam que negociar com concorrentes que trabalham compirataria, totalizando os referidos 12%.Como a pesquisa evidencia, 40% dos entrevistados coloca como principalempecilho de participar de uma rede, ter que compartilhar informações, essa é umacaracterística não só dos empresários do ramo do entretenimento. Roese e Gitahy(2003) apud Tigre (2006) ao estudarem pequenas empresas do ramo moveleiroargumentam que entre as características do empresariado brasileiro está a falta deinformação, o imediatismo, o ceticismo e o individualismo, este último dadoconfirmando os resultados da pesquisa.A questão número dez trata das vantagens que a empresa percebe em umarede de cooperação. Nesta questão, o entrevistado tinha que classificar numa escala


56de 1 a 5, sendo: 1 sem importância, o 2 Pouco Importante, o 3 Parcialmenteimportante, o 4 Importante e o 5 muito importante. As opções para avaliação de 1 à5 eram: poder de compra; recursos humanos e capacitação; marketing,comunicação e publicidade; a tecnologia e os sistemas de gestão utilizando técnicasde administração. O valor médio para cada um dos itens foi o seguinte:Poder de compra 4,4Recursos Humanos e Capacitação 4,04Marketing, Comunicação e Publicidade 4,04A tecnologia e os sistemas de gestão utilizando técnicas de administração 4Quadro 04: Nota média atribuída as vantagens que vê em uma redeFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados verifica-se que o marketing, comunicação epublicidade e os recursos humanos e a capacitação receberam em média a nota4,04, sendo considerados itens importantes pela grande maioria dos participantes, atecnologia e os sistemas de gestão utilizando técnicas de administração recebeu emmédia a nota 4, e a maior nota média foi dada ao poder de compra, com 4,4 esteitem foi considerado o mais relevante e o mais vantajoso para os proprietários dasvídeo-locadoras, conforme a Teoria dos Custos de Transação onde a mesma:[...] vê as redes de empresas essencialmente como uma forma de reduzircustos, sem considerar seu potencial de cooperação para acomplementação de recursos e aprendizagem, como propõe a teoria dedependência dos recursos (TIGRE, 2006, p. 219).Em resumo, na atual conjuntura econômica, os pesquisados colocam que aredução de custos na aquisição de filmes para as suas respectivas locadoras é demaior importância, sendo este um dos objetivos do programa redes de cooperação.A pergunta onze abordou para o empresário se o mesmo gostaria de seassociar a uma futura rede de cooperação de vídeo-locadoras.


57Gostaria de se associar a uma redede cooperação4456Sim, gostariaNão gostariaGráfico 07: Gostaria de se associar a uma rede de cooperaçãoFonte: Coleta de dadosOs dados coletados revelam que 56% dos entrevistados querem se associara uma futura rede de cooperação de vídeo-locadoras, porém como essa perguntapoderia ser justificada no final, entre os que responderam que gostariam de seassociar, afirmaram que só se associariam depois que conhecessem “mais a fundo oprograma”, os outros 44% afirmaram que não gostariam de se associar, e comojustificativa, colocaram como respostas: E10 “Acredito que as locadoras irão acabar”;E20 ”em função da decadência do ramo”; já E13 ”experiência negativa com a antigarede Cena 01”; E18 “não acredito nas pessoas, pois são egoístas”; E2, E4, E5, E6”por causa da inadimplência”; E16 ”precisaria conhecer melhor o funcionamento”; E6“terei que trabalhar com pessoas que trabalham com pirataria”, E15 “visão própria demarketing para se firmar no mercado e depois expandir-se”.A pergunta número doze colocou para os empresários do ramo qual a maiorpreocupação deles em relação ao futuro das vídeo-locadoras. As respostas eram asseguintes:1) A grande concorrência atual existente neste ramo; 2) A globalização e omovimento econômico neoliberal; 3) O acesso facilitado a internet, com muitaspessoas baixando filmes pela internet; 4) A pirataria; e a resposta 5) seria outromotivo onde o empresário teria que justificar.Nessa questão o empresário poderia assinalar mais de uma alternativa, outodas, e as respostas foram:


58Preocupação em relação ao futuro das vídeo-locadoras16 128496PiratariaPopulação baixando filme pela internetProdutoras locando filmes direto para o consumidor final"VODU"Outros motivosGráfico 08: Preocupação em relação ao futuro das vídeo-locadorasFonte: Coleta de dadosOs dados revelam que; para 96% dos entrevistados a população baixandofilmes pela internet é a maior preocupação para o futuro do ramo; enquanto que 84%revelam que a pirataria é um grande inimigo das vídeo-locadoras e para o futuro dasmesmas; as produtoras locando filmes direto para o consumidor final o chamado“VODU” foi citado por 16% dos entrevistados; outros motivos totalizaram 12% (agrande concorrência no ramo foi citado por 4%, a globalização e o movimentoeconômico neoliberal também por 4%, a inadimplência das locadoras também 4%,somando temos 12%).3.3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DAINVESTIGAÇÃO JUNTO AO PÚBLICOO questionário aplicado à população, conforme se verifica no anexo 02, éestruturado da seguinte forma: a primeira parte quanto ao perfil do entrevistado; asegunda parte, busca identificar o comportamento do entrevistado em relação aoentretenimento. Porém antes do mesmo começar a responder seu questionário eletinha que responder á pergunta “quando você pensa em vídeo-locadora que nomede vídeo-locadora que lembras”. As mais lembradas encontram-se no gráfico 09:


59Vídeo locadoras mais lembradas6%Vídeo Klip24%5%6%6%53%ChaplinTaty VídeoRota 110Outras vídeolocadorasNão responderamGráfico 09: Vídeo-locadoras mais lembradasFonte: Coleta de dadosOs dados revelam que para 53% dos entrevistados a marca mais lembradaquando se pensa em vídeo-locadora é a Vídeo-Klip; 6% lembram da Chaplin; 6% selembram da Taty Vídeo; enquanto que para 5% a mais lembrada é a Rota 110; 24%dos entrevistados citaram outras vídeo-locadoras, que não adquiriram um percentualrepresentativo para constarem neste gráfico; outros 6% não responderam àpergunta.A força da marca é de grande importância para as vendas de umaorganização e também para a longevidade das empresas, em vista disso:Com tantas oportunidades de fracasso ou sucesso em todo ponto decontato com o consumidor, a força da marca é uma porta giratória que abree fecha em diversos canais de cada vez. Trata-se de uma experiência demarca 360 graus. Gira e evolui a cada dia. E somente através deexperiências holísticas, centradas no cliente, é que as marcas poderãosobreviver e prosperar nesse mercado circular e, muitas vezes, cíclico(MOONEY; BERGHEIM, 2002, p. 38).A amostragem não-probabilística por conveniência e intencional, conforme ametodologia da pesquisa mensurou anteriormente, para a aplicação dosquestionários, da amostra em questão, foi distribuída da seguinte maneira nosBairros Campina, onde foram entrevistados 160 habitantes, no Bairro Cristo Rei,onde foram entrevistados 50 habitantes, e no Bairro Centro, onde foram


60entrevistados 173 habitantes, totalizando assim 383 habitantes, conforme cálculosefetuados pelo CPP. Abaixo está o gráfico representativo dos bairros:Percentual dos Bairros em relação ao total134245Campina Centro Cristo ReiGráfico 10: Percentual representativo de cada bairroFonte: Coleta de dadosOs dados coletados ficaram distribuídos no bairro Campina, 42%, ondeforam entrevistados 160 moradores, no bairro Centro 45%, onde foram entrevistados173 moradores, e no bairro Cristo Rei 13%, onde foram entrevistados 50 moradores.Todos os entrevistados totalizaram 383 habitantes do município.O Gráfico 11 revela o sexo dos entrevistados:Sexo dos Entrevistados28%72%MasculinoFemininoGráfico 11: Sexo dos entrevistadosFonte: Coleta de dados


61Ao analisar os dados coletados, verifica-se que 72% dos entrevistados sãodo sexo feminino e 28% do sexo masculino. Uma das observações feitas durante acoleta dos dados, é que nas famílias onde residiam casais quem respondia osquestionários eram as mulheres, e por isso a maioria dos entrevistados são do sexofeminino.Em relação à idade e ao sexo dos entrevistados tem-se o seguinte gráfico:Idade dos entrevistados e sexo1201009780604020053412832332623 211559de 14 a 19 de 20 a 29 de 30 a 39 de 40 a 50 de 51 a 65 Não informadoMasculinoFemininoGráfico 12: Idade dos entrevistados e sexoFonte: Coleta de dadosO gráfico 12 mostra que de 14 à 19 anos, 5 entrevistados responderam serdo sexo masculino e 28 do sexo feminino; dos que responderam ter de 20 à 29anos, 97 são do sexo feminino e 32 do sexo masculino; os que tem idade de 30 à 39anos, 26 são do sexo masculino e 53 do sexo feminino. Aqueles que tem entre 40 à49 anos, 15 são do sexo masculino e 41 do sexo feminino; e os que têm entre 51 à65 anos, 9 entrevistados são do sexo masculino e 23 do sexo feminino. Os quepreferiram não identificar à sua idade, 21 são do sexo masculino e 33 do sexofeminino. Pode-se concluir que 50% dos entrevistados são do sexo feminino e tementre 20 à 50 anos.


62A pergunta de número cinco do questionário é em relação à escolaridadedos entrevistados, conforme gráfico 13:Escolaridade dos entrevistados70605040302010011,519,6157,711,2Alfabetizado/1° Grau incompleto1° Grau completo/2° Grau incompleto2° Grau e/ou técnico completo/superior incompletoSuperior completo/pós graduados/mestrado/doutoradoGráfico 13: Escolaridade dos entrevistadosFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados em relação à escolaridade dosentrevistados; 11,5% dos entrevistados possuem 1º grau incompleto; 19,6% afirmamter 2° grau incompleto; 57,7% ou mais da metade (quase 60%) afirmam ter 2° graucompleto / Superior incompleto e apenas 11,2% afirmam ter superior completo / pósgraduação/ mestrado / doutorado.A questão 06 perguntou qual é a renda familiar bruta dos entrevistados. Asrespostas encontram-se no gráfico 14:


63Renda familiar bruta dos entrevistados45,0040,0039,9535,0030,0025,0020,0015,0010,005,00-3,3915,9318,2814,6216,531,31Classe E Classe D Classe C Classe B2Classe B1 Classe A2 Classe A1Gráfico 14: Renda familiar bruta dos entrevistadosFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados estatisticamente, a classe E (renda até R$394,00),representa 3,39% dos entrevistados; a classe D (renda de R$395,00 á R$ 745,00)representa 15,39% dos entrevistados; a classe C (renda de R$746,00 á R$1.600,00)representa 39,95% e, portanto a maioria dos entrevistados. A classe B2 (renda deR$1601,00 á R$2.664,00), representa 18,28% dos entrevistados; já a classe B1(renda de R$2665,00 á R$4.425,00) representa 14,62% dos entrevistados. A minoriados entrevistados ficou por conta da classe A, a classe A2 (renda de R$ 4.426,00 áR$8.353,00) representa 6,53%; e a classe A1 (renda de R$ 8354,00 ou acima)representa 1,31% dos entrevistados. A divisão das classes sociais por renda emE,D,C, B2, B1, A2, A1 está de acordo com o IBGE.A questão 07 perguntou quantas pessoas dependiam da renda familiarbruta, respondida na questão 06. O quadro 05 mostra os resultados, aonde 3entrevistados da classe E responderam que até 1 pessoa depende dessa renda; 5entrevistados da classe E responderam que de 2 à 3 pessoas dependem dessarenda; 4 entrevistados da classe E responderam que de 4 à 6 pessoas dependemdessa renda; 1 entrevistado da classe E respondeu que mais de 15 pessoas


64dependem dessa renda.Na classe D, 21 entrevistados responderam que até 1 pessoa dependedesta renda; 32 entrevistados da classe D responderam que de 2 à 3 pessoasdependem dessa renda; 6 entrevistados da classe D responderam que de 4 à 6pessoas dependem dessa renda; 2 entrevistados da classe D responderam que de 7à 9 pessoas dependem dessa renda.Na classe C, 24 entrevistados afirmaram que até 1 pessoa depende dessarenda; 104 entrevistados da classe C afirmaram que dependem da renda de 2 à 3pessoas; 23 entrevistados responderam que dependem da renda de 4 à 6 pessoas;e 2 entrevistados da classe C responderam que dependem dessa renda de 7 à 9pessoas.Na classe B2, 4 entrevistados responderam que até 1 pessoa dependedessa renda; 52 entrevistados da classe B2 responderam que dependem dessarenda de 2 à 3 pessoas; 13 entrevistados da classe B2 responderam que dependemdessa renda de 4 à 6 pessoas; 1 entrevistado da classe B2 respondeu quedependem dessa renda de 7 à 9 pessoas.Na classe B1, 2 entrevistados responderam que dependem dessa renda até1 pessoa; 24 entrevistados da classe B1 responderam que dependem dessa rendade 2 à 3 pessoas; 29 entrevistados da classe B1 responderam que dependem dessarenda de 4 à 6 pessoas; e 1 entrevistado da classe B1 respondeu que dependedessa renda de 7 à 9 pessoas.Na classe A2, 12 entrevistados responderam que dependem dessa renda de2 à 3 pessoas; 10 entrevistados da classe A2 responderam que dependem dessarenda de 4 à 6 pessoas; 3 entrevistados da classe A2 responderam que dependemdessa renda de 7 à 9 pessoas.Na classe A1, 2 entrevistados responderam que dependem dessa renda de2 à 3 pessoas; 3 entrevistados da classe A1 responderam que dependem dessarenda de 4 à 6 pessoas. As respostas encontram-se no quadro 05:


65Classe N° de entrevistados Pessoas que dependem da renda PercentualClasse E 3 até 1 pessoa 0,8%Classe E 5 de 2 à 3 pessoas 1,3%Classe E 4 de 4 à 6 pessoas 1,0%Classe E 1 Mais de 15 0,3%Classe D 21 até 1 pessoa 5,5%Classe D 32 de 2 à 3 pessoas 8,4%Classe D 6 de 4 à 6 pessoas 1,6%Classe D 2 de 7 à 9 pessoas 0,5%Classe C 24 até 1 pessoa 6,3%Classe C 104 de 2 à 3 pessoas 27,2%Classe C 23 de 4 à 6 pessoas 6,0%Classe C 2 de 7 à 9 pessoas 0,5%Classe B2 4 até 1 pessoa 1,0%Classe B2 52 de 2 à 3 pessoas 13,6%Classe B2 13 de 4 à 6 pessoas 3,4%Classe B2 1 de 7 à 9 pessoas 0,3%Classe B1 2 até 1 pessoa 0,5%Classe B1 24 de 2 à 3 pessoas 6,3%Classe B1 29 de 4 à 6 pessoas 7,6%Classe B1 1 de 7 à 9 pessoas 0,3%Classe A2 12 de 2 à 3 pessoas 3,1%Classe A2 10 de 4 à 6 pessoas 2,6%Classe A2 3 de 7 à 9 pessoas 0,8%Classe A1 2 de 2 à 3 pessoas 0,5%Classe A1 3 de 4 à 6 pessoas 0,8%Quadro 05: Pessoas que dependem da renda familiarFonte: Coleta de dadosAo analisar estatisticamente os percentuais mais representativos da tabela,observa-se que 27,2% dos entrevistados são da classe C e essas famílias sãocompostas de 2 a 3 pessoas, provavelmente, um casal e um filho (a), e 13,6% sãoda classe B2 e essas famílias são compostas de 2 à 3 pessoas, provavelmente, umcasal e um filho(a). Somando esses dois abrange-se 40,8% do total dosentrevistados.A questão número 8 indagou sobre quem possuía filho. As respostasconstam no gráfico 15:


66Famílias com filhos e sem filhos42,857,2Com FilhosSem filhosGráfico 15: Famílias com filhos e sem filhosFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, temos 42,8% dos entrevistados sem filhos ea maioria, ou seja, 57,2 % dos entrevistados afirmando que possui filho.A questão 9 perguntou qual era à idade dos filhos. Nesta questão oentrevistado poderia colocar mais de uma resposta, dependeria do número de filhosque tivesse.Idade dos filhos35,0032,5630,0025,0020,0018,6015,0010,0013,9511,639,30 9,30Seqüência15,00-Entre 9à 14anos eentre 15à 21anosEntre 0à 3 anose entre 4à 8 anosEntre 0à 3 anose entre 9à 14anosEntre 4à 8 anose entre15 à 21anosEntre 4à 8 anose entre 9à 14anosEntre 15à 21anos eacimade 21anos2,33 2,33Entre 0à 3 anose entre15 à 21anosEntre 9à 14anos eacimade 21anosGráfico 16: Idade dos filhosFonte: Coleta de dados


67Dos entrevistados que tem dois filhos, 32,56% responderam que seus filhostem entre 9 à 14 anos e entre 15 à 21 anos; enquanto que 18,60% responderam queseus dois filhos tem entre 0 à 3 anos e entre 4 à 8 anos; outros 13,95% que tem doisfilhos, os mesmos possuem entre 0 à 3 anos e entre 9 à 14 anos; 11,63% dosentrevistados que tem dois filhos afirmam que à idade deles é entre 4 à 8 anos eentre 15 à 21 anos. Famílias que tem dois filhos e a idade desses filhos é entre 4 à 8anos e entre 9 à 14 anos somam 9,30%; mesmos 9,30% das famílias que tem seusdois filhos entre 15 à 21 anos e acima de 21 anos; 2,33% das famílias que tem doisfilhos afirmaram que à idade deles é entre 0 à 3 anos e entre 15 à 21 anos; estemesmo percentual de 2,33% vale para as famílias que afirmaram que seus doisfilhos tem entre 9 à 14 anos e acima de 21 anos. O total das famílias que tem doisfilhos é 43, do total de 219 que afirmam ter filhos, ou seja, 19,6%.O restante das famílias, ou seja, 176 entrevistados ou 80,4% do total, possuium filho e à idade dos seus filhos encontra-se no gráfico 17:Famílias que possuem somente 1 filho, classificação por idade30,025,020,015,010,018,823,925,613,118,85,00,0Entre 0 à 3anosEntre 4 à 8anosEntre 9 à 14anosEntre 15 à 21anosAcima de 21anosSeqüência1Gráfico 17: Famílias que possuem 1 filho, classificação por idadeFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, observa-se que 18,8% das famílias comfilho único sendo sua idade entre 0 à 3 anos; 23,9% das famílias com filho único eidade entre 4 à 8 anos, 25,6% das famílias com filho único em idade entre 9 à 14anos; enquanto que 13,1% das famílias com filho único sendo sua idade entre 15 à21 anos; outros 18,8% dos entrevistados tem um filho e a idade desse é acima de 21anos.


68O gráfico 18 mostra uma divisão percentual das 219 famílias que possuemfilhos mostrando às que tem 1 filho e às que possuem 2 filhos:Famílias com um filho e com dois filhosUm filho80,4Dois filhos19,60,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0Seqüência1Gráfico 18: Famílias com 1 filho e com dois filhosFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados tem-se 80,4% das famílias com um filho e19,6% das famílias com dois filhos.Para o maior best-seller em marketing da atualidade Philip Kotler:[...] a família é a mais importante organização de compra de produtos deconsumo na sociedade e tem sido exaustivamente estudada. Os membrosda família constituem o grupo de referência primário mais influente(KOTLER, 2000, p.187).O autor complementa seu raciocínio ao afirmar ainda que “uma influênciamais direta no comportamento de compra diário é a chamada família de procriação –o cônjuge e os filhos” (KOTLER, 2000, p.187).A pergunta de número 10 perguntou se a família possuía aparelho de DVDem casa. As respostas constam no gráfico 19:


69Aparelho de DVD10,01,06,592,40,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0N ão po ssui D VD P o ssui D VD N ão tem o s, m as pedimo s em prestado N ão seiGráfico 19: Aparelho de DVDFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, observa-se que 92,4% dos entrevistadosrespondeu que à sua família possui aparelho de DVD em casa; apenas 6,5% nãopossuí aparelho de DVD em casa; e 1% dos entrevistados apesar de não possuiraparelho de DVD em casa, pedi emprestado. Todos os entrevistados responderam aessa questão.A pergunta 11 do questionário era somente para os 29 entrevistados quenão possuem aparelho de DVD em casa, se os mesmos tem interesse em adquirirno presente ano, as respostas constam na quadro 06:SituaçãoTotal em número PercentualNão possui DVD e pretende adquirir no corrente ano 16 55,2%Não possui DVD e não pretende adquirir no corrente ano 6 20,7%Não possui DVD e não sabe se vai adquirir no corrente ano 3 10,3%Não possui DVD, pedi emprestado e não pret. adquirir no corrente ano 1 3,4%Não possui DVD, pedi emprestado e pretende adquirir no corrente ano 3 10,3%Total 29 100%Quadro 06: Se pretende adquirir DVD no corrente anoFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados os dados coletados, observa-se que a maioria, ou seja,55,2% dos que não possuem DVD, pretendem adquirir no corrente ano.


70A questão número 12 perguntou “você possui cadastro em quantas vídeolocadoras”,as respostas constam no gráfico 20:Se possui cadastro em uma locadora, mais de uma locadora ou se nãopossui60,050,050,9Possui cadastro em maisde uma locadora40,030,020,031,118,0Possui cadastro em umalocadora10,0Não possui cadastro0,01Gráfico 20: Se possui cadastro em uma locadora, mais de uma locadora ou se não possuiFonte: Coleta de dadosDos 383 entrevistados, 50,9% respondeu que possui cadastro em mais deuma vídeo-locadora, 31,1% respondeu que possui cadastro em uma locadora, e18% não possui cadastro em vídeo-locadora. Os dados coletados nos mostram que31,1% dos entrevistados é fiel a uma só locadora, e para Kotler e Keller (2006)“conquistar novos clientes pode custar até cinco vezes mais do que satisfazer e reteros já existentes” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 153), portanto é mais importantesatisfazer e reter os clientes que a locadora já possui, do que a organização sepreocupar em buscar novos clientes (no caso desta amostra há 18% de futurosclientes).A pergunta número 13 do questionário era voltada para os que responderamque não possuem cadastro em nenhuma locadora, se os mesmos tinham interesseem abrir cadastro em alguma, as respostas constam no gráfico 21:


71Futuros clientes60,056,550,040,034,830,020,010,08,70,01Não tem cadastro em locadora e pretende abrirNão tem cadastro em locadora e não pretende abrirNão tem cadastro e não sabe se quer abrirGráfico 21: Futuros clientesFonte: Coleta de dadosDos 69 entrevistados que não tem cadastro em nenhuma locadora, 56,5%pretende abrir, enquanto que 34,8% não tem cadastro e não pretende abrir, eapenas 8,7% não tem cadastro e não sabe se quer abrir.A questão 14 perguntou aqueles que têm cadastro em mais de uma vídeolocadorapor que fizeram esta opção. As respostas encontram-se no gráfico 22:


72Principais motivos pelos quais os clientes tem cadastro emmais de uma locadora35,030,028,730,825,020,015,010,05,00,017,9 17,94,61Uma das locadoras é do bairro onde moro, e na outra há mais opçõesTenho ficha em mais de uma locadora, por opçãoVariedadePreços e melhores alternativas de escolhaOutros motivosGráfico 22: Principais motivos pelos quais os clientes tem cadastro em mais de uma vídeo-locadoraFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, dos 195 entrevistados que tem cadastro emmais de uma vídeo-locadora, 28,7% dos entrevistados coloca que o motivo é por queumas das locadoras é do bairro onde mora, e na outra há mais opções elançamentos; outros 30,8% coloca que são os preços e melhores alternativas deescolha que o levam a ter cadastro em mais de uma vídeo-locadora; 17,9% colocaque tem e é por pura opção mesmo; 17,9% colocam que o motivo de suainfidelidade é por causa da variedade. Outros motivos totalizam 4,6% dosentrevistados.A pergunta 15 é a avaliação que os entrevistados fazem do atendimentoprestado pelas locadoras da cidade de São Leopoldo/RS, conforme consta nográfico 23:


73Avaliação do atendimento das locadoras60,054,650,040,030,020,017,513,113,810,00,011,0ÓtimoBomRazoávelRuimPéssimoNão avaliaram/não responderamGráfico 23: Avaliação do atendimento das locadorasFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, 17,5% dos entrevistados avalia oatendimento como ótimo; enquanto que 54,6% avalia como bom, ou seja, aosomarmos os dois itens bom e ótimo temos um total de 72,1% aprovando oatendimento das locadoras da cidade. Já considerando o atendimento comorazoável temos um total de 13,1%; enquanto que apenas 1% considera oatendimento como ruim. Nenhum entrevistado avaliou como péssimo o atendimentodas locadoras, mas se somarmos a avaliação dos itens ruim e razoável temos umtotal de 14,1% da amostra em questão. Nesta pergunta, 13,8% dos entrevistados, ouseja, 53 pessoas não avaliou / não respondeu a essa questão.Na questão 16, o entrevistado teve que dar uma nota de 1 á 5, conforme aescala Likert, para os itens avaliados. No quadro 07 temos a nota média atribuída acada serviço avaliado pelos entrevistados:


74ServiçoNota médiaCafezinho/Água/Lanche 2,3Internet gratuita, para o cliente 2,82Atendimento 4,69Muitas opções de filmes 4,7Relacionamento com equipe de atendimento 4,19Ambiente Climatizado 3,69Promoções 4,45Quadro 07: Nota média atribuída a estes serviçosFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, a nota média mais alta foi o atendimentocom 4,69 e muitas opções de filmes para escolha com nota 4,7, se aproximando danota máxima que é 5 (muito importante). As promoções receberam nota média de4,45. O item relacionamento com equipe de atendimento recebeu nota média 4,19se aproximando de 4 (considerado importante). Ter um ambiente climatizadorecebeu nota média de 3,69 pelos entrevistados, se aproximando da nota 4(considerada importante). O item ter internet gratuita para quem é cliente dalocadora recebeu nota média de 2,82, se aproximando da nota 3 (consideradaparcialmente importante). O item que recebeu nota média mais baixa foi constar nasdependências da locadora, cafezinho/água/lanche, este item recebeu nota média de2,3, se aproximando de 2 (considerado pouco importante).Nesta questão, 359 entrevistados responderam à pergunta, e apenas 24 ou6,3% do total de 383 entrevistados não avaliaram/não responderam/anularam aquestão.Na questão 17, a pessoa teve que descrever três coisas que gosta de fazerno seu tempo de lazer, e por se tratar de uma pergunta aberta, as principaisrespostas, (apenas 4% dos entrevistados não respondeu a essa questão)encontram-se no gráfico 24:


75Principais atividades nas horas de lazer (%)25,0021,6420,0016,7315,0011,36 11,0010,005,008,007,006,455,735,094,363,73-FilmeEstudarPassearesporteTVDescansar/ DormirViajarAmigosoutrosGráfico 24: Principais atividades nas horas de lazerFonte: Coleta de dadosAnalisando estatisticamente os dados coletados, para 16,73% atividadesrelacionadas a filmes (assistir filmes) aparecem em primeiro lugar; estudar ficou emsegundo lugar com 11,36%; em terceiro lugar com 11,00% está passear; em quartolugar com 8,00% foi citado a família (estar/fazer programas com a família); em quintolugar com 7,00% estão atividades ligadas a música (ouvir/tocar); em sexto lugar com6,45% estão atividades ligadas ao esporte (ver/praticar); em sétimo lugar com 5,73%atividades ligadas à Televisão (principalmente assistir TV); em oitavo lugar com5,09% descansar/dormir; em nono lugar 4,36% dos entrevistados citaram viajar; eem décimo lugar com 2,64% estão atividades ligadas aos amigos. Pode-se concluirque a atividade preferida pela amostra pesquisada é assistir filmes.Outros motivos totalizaram 21,64%. Entre estes motivos, encontram-secompras; games; outro hobby; camping; namorar; alimentação; cinema; chimarrão;internet; religião; além de outros (tricotar, fazer crochê, artesanatos).Uma das maiores preocupações das vídeo-locadoras atualmente conformeconsta na presente pesquisa é a pirataria, a questão 18 do questionário perguntou


76aos entrevistados se eles já compraram DVD pirata. As principais respostas constamno gráfico 25:Compra de DVD pirata(%)60,050,050,740,030,026,920,014,910,00,0Sim,pois é maisbaratoSim,mas nãocompro maisNão, nempretendocomprar4,2 2,9Não, maspretendocomprarComprei, masestragou meuaparelho e nãopretendo maiscomprar0,5Nãoavaliaram/nãoresponderamSeqüência1Gráfico 25: Compra de DVD pirataFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, 50,7% dos entrevistados já comprou DVDpirata, pois é mais barato; já 14,9% compraram alguma vez, mas não comprammais. Outros 26,9% não compraram e nem pretendem comprar; enquanto 4,2% dosentrevistados não compraram, mas pretendem comprar. Outros 2,9% responderamque já compraram, mas estragou seu aparelho de DVD e não pretendem maiscomprar. Nesta questão apenas 0,5% dos entrevistados não respondeu/não avaliou.Estes dados claramente mostram que mais da metade (50,7%) da amostrajá comprou DVD pirata, pelo fato do mesmo ser mais barato, e para 4,2% apesar deainda não terem comprado DVD pirata, pretendem comprar. A concorrência ilegal,mas existente por parte da pirataria, tem espaço na sociedade civil em função dopreço do DVD pirata, que é mais barato e acaba por retirar parte dos lucros dosempresários das vídeo-locadoras da cidade.A pergunta 19 teve o objetivo de saber quem possui acesso à internet.Sendo assim temos o gráfico 26:


77Se possui acesso à internet0,537,961,6Sim Não Não Avaliaram/Não ResponderamGráfico 26: Se possui acesso à internetFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, 61,6% dos entrevistados possui acesso àinternet, enquanto que 37,9% não possui acesso à internet, apenas 0,5% nãoavaliou/não respondeu à questão. Mooney;Bergheim coloca que:Os computadores e a internet foram incorporados à vida moderna de talmaneira, que hoje são ferramentas comuns em nosso arsenal cotidiano dedispositivos de comunicação e informação. Como o telefone, a televisão e orádio (e o telégrafo e a imprensa, se quisermos voltar bastante ao tempo), ainternet conecta pessoas um às outras e empresas a consumidores demaneiras revolucionárias, eliminando as barreiras (MOONEY; BERGHEIM,2002, p. 21).A questão número 20 colocou para aqueles que tem acesso à internet,aonde eles possuem este acesso, o entrevistado tinha três opções; em casa, naescola, ou no trabalho. Das três opções ele pode marcar uma; mais de uma ou atémesmo as três (casa,escola, trabalho). As respostas constam no gráfico 27:


78Aonde acessa á internet80,075,460,040,031,8 31,820,00,0Casa Escola TrabalhoSeqüência1Gráfico 27: Aonde acessa à internetFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, dos 236 entrevistados, ou 61,6% que temacesso à internet, 75,4% ou 178 pessoas do total de 236 possui acesso à internetem casa, 31,8%(75 pessoas) possui acesso à internet na escola, e outros 31,8%(75pessoas) possui acesso à internet no trabalho.Nos dias atuais:Graças à internet, os consumidores hoje podem comparar os preços erecursos em questão de segundos, estudar doenças antes mesmo de ascontraírem, trocar fotos e momentos depois de tirá-las, comprar o trajeperfeito para a festa de amanhã e enviar um e-mail para qualquer empresado planeta, com a certeza de que poderá receber uma resposta (MOONEY;BERGHEIM, 2002, p. 21).Em vista do que Mooney; Bergheim (2002) descrevem, ou seja, osconsumidores podem até mesmo baixar filmes antes de eles chegarem ao cinema ea questão 21 perguntou para os entrevistados se eles já baixaram filmes pelainternet. As respostas encontram-se no gráfico 28:


79Se já baixou filmes pela internet100,080,060,040,020,00,081,715,42,9Sim Não Não responderamSeqüência1Gráfico 28: Se já baixou filmes pela internetFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, observa-se que apenas 15,4% dosentrevistados já baixou filmes pela internet; enquanto que 81,7% nunca baixoufilmes pela internet e apenas 2,9% dos entrevistados não respondeu à questão. Aquestão 19 e o gráfico 26 mostram que 61,6% dos entrevistados possui acesso àinternet, no entanto o gráfico 28 da questão número 21 mostra que apenas 15,4% jábaixaram filmes pela internet, sendo esta uma das principais preocupações dosdonos das vídeo-locadoras em relação ao futuro das mesmas ao lado da pirataria,mas não é uma tendência geral do mercado consumidor, conforme a amostraavaliada.A questão número 22 é uma das mais importantes do presente estudo, poispretende ajudar a responder a duas das quatro hipóteses do presente estudo quesão as hipóteses três e quatro. A pergunta colocou para o entrevistado se elegostaria de alugar DVD pela internet, a resposta poderia ser sim ou não:


80Gostaria de alugar dvd pela internet60,050,040,030,020,010,00,056,941,02,1Sim Não Não responderamSeqüência1Gráfico 29: Gostaria de alugar DVD pela internetFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, observa-se que a maioria, ou 56,9%, nãogostaria de alugar DVD pela internet; enquanto que 41% dos entrevistados gostariade alugar DVD pela internet, apenas 2,1% não responderam a essa questão.É possível concluir que apesar da maioria não querer alugar DVD pelainternet, existe um mercado em potencial de consumidores dentro da amostracoletada para que uma futura rede de cooperação ofereça esse serviço, que éinovador no Vale do Sinos, mas independente da futura rede de cooperaçãotrabalhar “on-line ou off-line, por telefone ou por carta, ou face a face, osconsumidores exigem um alto nível de respeito, serviço e qualidade das empresascom as quais fazem negócio” (MOONEY;BERGHEIM, 2002, p. 32), aqui a autora dolivro “Os dez mandamentos da demanda: afinal de contas, o que os clientesquerem?”, coloca que entre os mandamentos do comércio eletrônico pela internet,está o respeito pelos dados que o consumidor fornece as empresas através da redemundial de computadores, para que os seus dados sejam antes de tudo,respeitados. Philip Kotler (2000) coloca que os serviços on-line vêm se tornandocada vez mais populares e oferecem três grandes benefícios: a conveniência (ondeo cliente pode fazer pedidos 24 horas por dia, independente de que local esteja), ainformação (onde os clientes podem comparar empresas, serviços, preços semdeixar seu local de trabalho ou residência), e maior comodidade (onde osconsumidores não precisam entrar em fila e nem lidar com vendedores, e não seexpor a fatores de persuasão e emocionais). Não é objetivo deste trabalho analisar o


81futuro funcionamento da rede, mas a internet tornou-se um grande mercado paraqualquer organização deste mundo globalizado, e as locadoras atuais devemaproveitar melhor as oportunidades que a rede mundial de computadores oferece.Apesar de os dados coletados demonstrarem que a maioria dosentrevistados, ou seja, 56,9% não gostaria de alugar DVD pela internet, estesentrevistados que não gostariam de alugar pela internet DVD, colocaram entre asprincipais justificativas, não possuir internet ou não possuir computador, ou nãoachar seguro locar pela internet, ou preferir ir pessoalmente até a locadora.No quadro 08 encontram-se as justificativas pelas quais os respondentes(118 entr.) não gostariam de alugar DVD pela internet, dentro as quais destaca-seque 27,1% não têm acesso a internet e/ou computador, 24, 6% consideram oambiente da internet inseguro e 17,8% prefere ir até a locadora.MotivoPercentualNão têm acesso àinternet/computador 27,1%Falta de segurança da internet 24,6%Prefere ir até a locadora 17,8%Não sei trabalhar na internet 6,8%Provável custo mais alto 3,4%Outros motivos 20,3%Total 100,00%Quadro 08: Justificativa dos entrevistados referente resposta “não” da questão 22Fonte: Coleta de dadosNão pode-se esquecer que nos últimos quatro anos no Brasil migraram dasclasses D e E para a classe C, 20 milhões de brasileiros (conforme IBGE), devido aconquistas da economia brasileira, como estabilidade econômica, juros emdecadência, ampliação do emprego formal e da renda, aumento real do saláriomínimo, e estes “novos consumidores classe C” acabaram adquirindo computadorese outros bens. Os esforços do governo federal são evidentes nos últimos 14 anospara fazer do Brasil um grande consumidor de bens e serviços.Portanto, nos próximos anos mais e mais cidadãos estarão consumindoprodutos e serviços oferecidos pela internet, ao adquirirem seus computadores e


82migrarem de classe social, indo da classe C para a B ou da classe B para a A, oudas classes D e E migrando para a classe C.À questão 23 perguntou aos entrevistados se eles gostariam de alugar DVDpela internet e ter o filme entregue pelos correios, o que demoraria em torno de 7dias para recebê-los, as respostas seguem no gráfico 30:Gostaria de alugar dvd pela internet e a entrega ser peloscorreios1008060402007754Sim Não NãoresponderamSeqüência114Não seiGráfico 30: Gostaria de alugar DVD pela internet e a entrega ser pelos correiosFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, observa-se que 77% dos entrevistados nãogostaria de alugar DVD pela internet se a entrega fosse pelos correios; 5% gostariade alugar DVD pela internet e a entrega ser pelos correios; 14% dos entrevistadosnão soube responder á questão; outros 4% não quis responder á pergunta.Segue o quadro 09 dos entrevistados que justificaram o porquê nãogostariam de alugar DVD pela internet e esse ser entregue pelos correios:MotivoPercentualPela demora 77,80%Outros motivos 16,20%Não possui computador 3,40%Inseguro 2,60%Total 100%Quadro 09: Justificativa dos entrevistados referente resposta “não” da questão 23Fonte: Coleta de dados


83Ao analisar a tabela as principais justificativas pelas quais os respondentes(117) não gostariam de alugar DVD pela internet e esse ser entregue pelos correios,destaca-se a demora com 77,80%, os outros motivos somam 22,2%.A pergunta número 24 colocou para os entrevistados se os mesmosgostariam de alugar DVD pela internet, e que o mesmo fosse entregue por teleentregaem no máximo duas horas, as respostas constam no gráfico á seguir:Dvd pela internet e tele-entrega de no máximo duas horas7060504030201003Nãoresponderam64239Não sabem/sei Não SimSeqüência1Gráfico 31: DVD pela internet e tele-entrega de no máximo duas horasFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, 64% dos entrevistados afirmam quegostariam de alugar DVD pela internet e ter o filme entregue em no máximo duashoras; outros 23% não querem esse serviço; enquanto que 9% não souberamresponder; outros 3% não responderam á essa questão. Para Dan Finkelman, vicepresidentesênior de planejamento de marcas e negócios da The Limited, Inc., aocomentar que algumas empresas não conseguem suprir as necessidades de seusconsumidores, não entendendo o valor da internet, ele coloca que “para osvarejistas, a internet não revolucionou nosso pensamento, revolucionou nossaentrega” (FINKELMAN apud MOONEY, 2002, p. 100).Entre aqueles que justificaram o “Sim”, que totalizaram 100 entrevistados,todos colocaram que por ser mais rápido, ágil e prático é que gostariam desse tipo


84de serviço. Algumas frases: E19 “mais cômodo”, E113 “seria mais rápido”, E273 “porser mais rápido”, E300 “agilidade”.À pergunta número 25 colocou para os entrevistados se eles gostariam dealugar filmes e ter o valor descontado das locações em seu contra-cheque no finaldo mês, as respostas constam no gráfico 32:Valor das locações descontado em seu contra-cheque no final domês807060504030201003,1Nãoresponderam72,317,57,1Não sabem Sim NãoSeqüência1Gráfico 32: Valor das locações descontado em seu contra-cheque no final do mêsFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, observa-se que 72,3% dos entrevistadosnão quer ter o valor descontado das locações em seu contra-cheque no final domês; 17,5% quer ter o valor descontado das locações em seu contra-cheque no finaldo mês; 7,1% dos entrevistados não soube responder à questão; outros 3,1% nãoquiseram responder.Todos os entrevistados (79 entr.) que justificaram o “não”, da questão 25,colocaram como justificativa que preferem pagar no ato da devolução o filme, pornão quererem misturar lazer com trabalho.A questão 26 perguntou ao entrevistado se a locadora dele possui algumsistema de milhagem que viesse a lhe trazer brindes ou recompensas futuras. Asrespostas constam no gráfico 33:


85Se a sua locadora possui sistema de milhagem70,060,050,040,030,020,010,00,04,7Nãoresponderam58,217,8 19,3Não sabe/sei Sim NãoSeqüência1Gráfico 33: Se a sua locadora possui sistema de milhagemFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, observa-se que 58,2% das locadorassegundo os entrevistados não possui um sistema de milhagem que venha a lhetrazer brindes ou recompensas futuras; já 19,3% afirmaram que a sua locadorapossui sim um sistema de milhagem que vem a lhe trazer brindes/recompensasfuturas; 17,8% dos entrevistados não soube dizer se a sua locadora possui algumsistema de milhagem e outros 4,7% não respondeu a essa questão.A questão 27 perguntou aos entrevistados se eles achavam interessante osistema de milhagem para recompensá-los com brindes/recompensas futuras. Asrespostas encontram-se no gráfico 34:Acha interessante o sistema de milhagem/brindes80,070,060,050,040,030,020,010,00,071,811,0 12,54,7N ã o r e sponde r a m N ã o se i / sa be m N ã o S i mSeqüência1Gráfico 34: Acha interessante o sistema de milhagem/brindesFonte: Coleta de dados


86Ao analisar os dados coletados, 71,8% dos entrevistados acha interessanteo sistema de milhagem que venha a lhe trazer brindes/recompensas futuras; 12,5%não acha interessante este sistema; 11,0% não soube responder; e 4,7% dosentrevistados não respondeu á pergunta.Nessa questão, o entrevistado poderia justificar, e entre aqueles quejustificaram o “sim”, todos os 78 entrevistados colocaram que este sistema atrai ocliente incentivando-o a locar mais, por causa das promoções e dos brindes.Tanto para Kotler (2000) como para Mooney; Bergheim (2002), a tática derecompensar os clientes à medida que eles passem a comprar produtos/serviçosdas organizações é uma estratégia de retenção e fidelização de clientes, visto que“não basta dominar as técnicas para atrair novos clientes; a empresa deve retê-los”(KOTLER, 2000, p. 69), e para reter os clientes, a organização segundo esse autor,deve satisfazê-lo, e o presente estudo mostra que 71,8% acha interessante que alocadora venha a lhe trazer brindes/recompensas futuras à medida que locam, masno entanto 58,2% afirmou que a sua locadora não tem um sistema de milhagemrecompensador.A questão 28 perguntou aos entrevistados como é o sistema derelacionamento da locadora. Os resultados encontram-se no gráfico 35:Sistema de relacionamento da locadora com o cliente90807060504030201000,3 1,3 1,35,711,280,2Outra formaLigam/e-mailpara sobreofertasLigam/e-mailno aniversárioLigam/e-mailsobrenovidadesNãoresponderamNão entramem contatoSeqüência1Gráfico 35: Sistema de relacionamento da locadora com o clienteFonte: Coleta de dados


87Ao analisar os dados coletados observa-se que 80,2% dos entrevistadosafirmou que a sua locadora não entra em contato; 11,2% não responderam à essaquestão; 5,7% afirmaram que a sua locadora liga ou envia e-mail para informarsobre novidades; 1,3% afirmaram que a sua locadora liga ou envia e-mail no dia doseu aniversário; 1,3% afirmaram que a sua locadora liga ou envia e-mail parainformar sobre ofertas; e 0,3% afirmaram que a sua locadora tem outra forma decontato. No atual mundo globalizado em que os clientes têm sido estudados pordiversos autores, tanto para pesquisas de mercado, como para conseguir entenderos hábitos dos consumidores de uma determinada região, a pesquisa revela que aslocadoras da cidade não têm nenhum interesse pela fidelidade desses, já que 80,2%afirmaram que as suas locadoras sequer entram em contato com eles.A questão 29 perguntou aos entrevistados como ele gostaria de receber asinformações da sua locadora. As respostas encontram-se no gráfico 36:40,035,030,025,020,015,010,05,00,0Como gostaria de receber as informações da sua locadora29,018,58,19,11,333,9Outra forma decontatoPelo siteSeqüência1NãoresponderamPor telefonePor e-mailNão gostaria,prefere ir lápessoalmenteGráfico 36: Como gostaria de receber as informações da sua locadoraFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, 33,9% dos entrevistados afirmou que nãogostariam de receber as informações da sua locadora, pois prefere ir pessoalmenteà sua locadora; no entanto para 29,0% dos entrevistados a forma ideal da sualocadora repassar as suas informações é através de e-mail; o tradicional telefone foicolocado como forma ideal de contato para 18,0% dos entrevistados; para outros8,1% de entrevistados a forma de contato para saber as informações da locadora é


88através do site da locadora; outros 1,3% afirmaram ser outra forma de contato aideal para ter as informações da sua locadora. Não responderam a essa questão9,1% dos 383 entrevistados.Esses dados mostram que 29,0% dos entrevistados querem as informaçõesda sua locadora por e-mail, se somarmos os que preferem acessar um site (8,1%)da sua locadora têm-se um total de 37,1% dos entrevistados preferindo receber asinformações da sua locadora por meio da internet. Para Kotler (2000) os serviços onlineoferecem vantagens aos profissionais de marketing, como exemplos; ajustesrápidos às condições do mercado; custos mais baixos; construção derelacionamento e cálculo do número de visitantes (quando os mesmos acessam asites) o que leva á concluir que a melhor forma das locadoras atuais manterem seusclientes informados é através da internet, por meio de site ou e-mail, nãoesquecendo de ligar para aqueles que não têm acesso ao mundo virtual ou preferemrecados por telefone, o que ajudaria também as locadoras a diminuir o percentual,constatado no Gráfico 34, em que os clientes afirmam que 80,2% das locadoras nãoentram em contato.À questão 30 perguntou se a locadora do entrevistado possuía um cadastrodetalhado, ou seja, se a locadora sabia que tipo de filme o cliente gostava (ex:comédia, terror, etc). As respostas constam no gráfico 37:70,060,050,040,030,020,010,00,0Se a sua locadora possui um cadastro seu (ex: sabe que tipo de filmevocê gosta)6,8Nãoresponderam13,6 13,8SimSeqüência1Não sabe/Nãosei65,8NãoGráfico 37: Se a sua locadora possui um cadastro seu (ex: sabe que tipo de filme você gosta)Fonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, 65,8% dos entrevistados afirmaram que assuas locadoras sequer sabem quais tipos de filme esses gostam; 13,8% dos


89entrevistados não souberam responder a questão; 13,6% afirmaram que as suaslocadoras sabem o tipo de filme que eles gostam; enquanto que 6,8% nãorespondeu a essa questão.A questão 31 perguntou se o valor de uma locação é importante na hora dalocação de um filme. As respostas constam no gráfico 38:90,080,070,060,050,040,030,020,010,00,0O valor de uma locação é importante para você2,1 3,4 4,7 5,2Não sei/NãosabeNãoSeqüência1NãoresponderamIndiferente84,6SimGráfico 38: O valor de uma locação é importante para vocêFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados, para 84,6% dos entrevistados o valor deuma locação é importante na hora de locar um filme; enquanto 5,2% afirmaram queo valor de uma locação é indiferente; 4,7% não respondeu a questão; para outros3,4% o valor de uma locação não é importante na hora da locação de um filme;outros 2,1% dos entrevistados não soube responder a questão.A questão 32 perguntou se as promoções são importantes na hora dalocação de um filme. As respostas constam no gráfico 39:


9090,080,070,060,050,040,030,020,010,00,0Se as promoções são importantes1,0 3,1 4,7 5,5Indiferente85,6SimSeqüência1Gráfico 39: Se as promoções são importantesFonte: Coleta de dadosAo analisar os dados coletados para 85,6% dos entrevistados as promoçõessão importantes na hora de locar filmes; para 5,5% dos entrevistados as promoçõessão indiferentes; para 3,1% dos entrevistados as promoções não são importantes.Nessa questão 4,7% dos entrevistados não respondeu a pergunta e outros 1,0% nãosoube responder.À questão 33 perguntou para os entrevistados se o prazo de devolução éimportante. As principais respostas constam no gráfico 40:100,090,080,070,060,050,040,030,020,010,00,0Se o prazo de devolução é importante para você1,0 1,8 3,1 4,7Não sei/sabe Não Indiferente NãoresponderamSeqüência189,3SimGráfico 40: Se o prazo de devolução é importante para vocêFonte: Coleta de dados


91Ao analisar os dados coletados para 89,3% dos entrevistados o prazo dedevolução é importante; 4,7% dos entrevistados preferiram não responder a estapergunta; outros 3,1% acham indiferente o prazo de devolução; para 1,8% dosentrevistados o prazo de devolução não é importante; 1,0% dos entrevistados nãosouberam responder a presente questão.A questão número 34 e última do presente questionário eram para aquelesque queriam fazer alguma sugestão, comentário final ou opinião. Apresenta-se aseguir algumas frases dos 80 entrevistados que deixaram seu recado:• E21 “Manter a qualidade das fitas; criar as promoções; receber maisinformações da locadora; funcionários treinados com conhecimentodos filmes disponíveis (pelo menos os lançamentos)”;• E34 “A parte do sistema de milhagem e brindes foi ótima idéia”;• E118 “Nunca vi uma locadora que tivesse banheiro em suasdependências. Eu acho isso importante”;• E122 “O valor das locações e as promoções que proporcionam ficarcom os filmes por mais dias são muito importantes para mim”;• E130 “A locação ter mais prazo de entrega e ser mais barata”;• E206 “Não gosto desse meio virtual e nem que fiquem me ligando,prefiro este contato direto que é muito mais importante e gera umaamizade”;• E277 “Achei a pesquisa sobre esse ramo muito importante, pois achoque deveria existir mais atenção com esse ramo de atividade. Estafaltando na nossa cidade e também no nosso bairro mais locadoras”;• E281 ”Penso que as locadoras vão diminuir com o crescimento dapirataria e falta de política para seu controle. Facilidade de acesso áinternet”;• E283 “Uma boa locadora funciona com qualidade, quando oferecelançamentos e variedades, preço e bom atendimento”;• E286 “Com a facilidade que se compra DVD, no trabalho, na rua enos lugares mais diversos e por preços tão mais acessíveis eu achoque as locadoras deveriam como nesta pesquisa se interessar mais


92pelo cliente fazendo promoções e buscando, levando e por que nãomelhorando e facilitando a locação”.A análise dos questionários da população amostral encerrou com a pergunta34 onde o entrevistado poderia emitir uma opinião, sugestão ou comentário finalsobre o questionário que respondeu. A seguir serão apresentadas as consideraçõesfinais sobre o presente estudo, além de serem respondidas todas as hipóteseslevantadas na introdução.


CONSIDERAÇÕES FINAISEste trabalho fez referência que as micro e pequenas empresas encontramseno foco da reestruturação produtiva e no desenvolvimento de regiões e países.Porém, isso não é suficiente para o sucesso. A grande maioria busca organizar-sede forma a aumentar sua permanência no mercado. Dentre elas encontram-se asredes de cooperação que por seu aspecto dinâmico vêm cada vez mais ganhandoespaço.Constante no leque de assuntos que envolvem as pequenas empresas estáa formação das redes de empresas, que podem ser descritas como associações defirmas, normalmente micro e pequenas empresas, que buscam através dacoordenação e cooperação, o aumento de seu valor e sua perenidade no mercado.A presente monografia buscou verificar a viabilidade de mercado para aformação de uma rede de cooperação de vídeo-locadoras na cidade de SãoLeopoldo/RS. Para tanto foram utilizadas a pesquisa descritiva, bibliográfica,qualitativa e quantitativa.Para a coleta dos dados, foi aplicado aos donos das vídeo-locadoras formaisdo município de São Leopoldo/RS, um questionário onde constavam questõesrelacionadas a abertura de seu negócio; se a abertura do empreendimento ocorreupor oportunidade ou por necessidade; quantos clientes a locadora possui; a médiade locações de cada cliente por mês; o preço médio de DVD/lançamento que aslocadoras pagam junto aos fornecedores; o preço do DVD/lançamento para o clientefinal. Além dessas, constavam duas questões com o objetivo de descobrir se os


94empresários do ramo conheciam o programa redes de cooperação; qual a impressãoque tinham do programa; quais as vantagens e as dificuldades que esses vêem emuma rede de cooperação; e a pergunta fundamental que verificou junto a essesempresários se gostariam de se associar a uma futura rede de cooperação. Apergunta final colocava em cheque, qual seria a maior preocupação dos donos devídeo-locadoras em relação ao futuro das mesmas. Todos os vinte e cincoentrevistados responderam o questionário.Ao analisar o referencial teórico verifica-se que é unânime entre os autores aimportância da inovação nos dias atuais, não só para as grandes organizações, mastambém para as micro, pequenas e médias empresas de todas as áreas. E as redesde cooperação têm oportunizado o trabalho unificado das empresas, oferecendoentre as principais vantagens informações sobre o segmento em que as empresasatuam, marketing compartilhado e redução de custos de aquisição, sendo tambémuma forma de inovação organizada.Através dos dados coletados e da análise realizada, pôde-se verificar que ahipótese número 01 “caso os resultados da pesquisa demonstrem que osempresários da cidade gostariam de fazer parte de uma rede de cooperação” foiconfirmada, pois as empresas pesquisadas têm interesse em participar de umafutura rede de cooperação (56% disseram sim), mas gostariam de conhecer melhoro programa antes de se associar.Outra afirmação que pôde ser feita mediante a análise e verificação dasrespostas apresentadas pelos entrevistados, constatou que 56% já conhecia oprograma antes mesmo do questionário ser aplicado; a avaliação do programa porparte dos pesquisados é de ótima (28%) e boa (44%), totalizando 72% de aprovaçãopelo empresariado pesquisado. No entanto, a principal dificuldade que estesempresários vêem é a de compartilhar informações, citado como dificuldade por40%.Com relação à análise da amostra da população da cidade estudada,verificou-se que os 383 que responderam à pesquisa, em sua grande maioria,apesar de avaliar positivamente o atendimento das vídeo-locadoras (aprovação total


95de 72,1%), não recebe informações da sua locadora pelo fato delas não entraremem contato (80,2%), e ainda as locadoras não possuem sistema milhagem quevenha trazer recompensas/brindes para os clientes, segundo 58,2% dosentrevistados, sendo que para 71,8% este sistema é interessante.Ao analisar os dados coletados, a hipótese 02 levantada de que “o sucessodo empreendimento redes de cooperação de vídeo-locadoras será a celebração deconvênios com empresas, independente do ramo, para que os colaboradores dasmesmas aluguem filmes na futura rede de cooperação de vídeo-locadoras comdesconto no final do mês nas respectivas folhas de pagamento dos mesmos”, foidescartada já que 72,3% dos entrevistados não gostaria de ter em seu contrachequeno final do mês o desconto das locações, apesar disso existe uma parcelada amostra analisada, 17,5%, que disseram sim, o que permite afirmar que existemercado para este serviço na cidade de São Leopoldo/RS.A hipótese número 03 levantada no trabalho de que “o sucesso da rede decooperação será também a utilização da internet para os pedidos e o serviço postalbrasileiro (correios) para a distribuição”, foi descartada já que mais de 77% dosentrevistados não gostaria de alugar DVD pela internet e o ter os filmes entreguespelos correios, apesar disso existe uma pequena parcela da amostra analisada, 5%,que disseram sim, o que permite afirmar que existe mercado para este serviço nacidade de São Leopoldo/RS.O uso da internet para comércio de bens/serviços já é uma realidade queprecisa ser encarada pelos empresários das vídeo-locadoras da cidade, visto que61,6% da amostra da população pesquisada possui acesso à internet, sendo 75,4%dos acessos em casa; na presente pesquisa constatou-se que 41% dosentrevistados gostariam de alugar DVD pela internet.A hipótese 04 “o sucesso da rede de cooperação será também a utilizaçãoda internet (aluguel e/ou venda dos DVDs) para os pedidos e o sistema de teleentregapara a distribuição, e também como forma de inovar”, foi confirmada, já que64% dos entrevistados afirmam que gostariam de alugar DVD pela internet e ter ofilme entregue em no máximo duas horas via tele-entrega, outros 23% não gostariam


96desse serviço, enquanto que 9% não souberam responder e 3% não responderam áessa questão. Para Dan Finkelman, vice-presidente sênior de planejamento demarcas e negócios da The Limited, Inc., ao comentar que algumas empresas nãoconseguem suprir as necessidades de seus consumidores, não entendendo o valorda internet, ele coloca que “para os varejistas, a internet não revolucionou nossopensamento, revolucionou nossa entrega” (FINKELMAN apud MOONEY;BERGHEIM, 2002, p.100).Por fim, cabe ressaltar que os entrevistados informaram, ainda quegostariam de receber as informações da sua locadora por e-mail (29%) ou pelo site(8,1%), portanto claramente a amostra analisada tem acesso à internet e querreceber através da rede mundial de computadores as informações de sua locadorapor e-mail ou por site, mas não foi objetivo deste trabalho analisar o futurofuncionamento de uma rede, e sim estudar a implantação de uma com serviçosinovadores.Sem sombra de dúvida a internet tornou-se um grande mercado paraqualquer organização deste mundo globalizado, e as locadoras atuais devemaproveitar melhor as oportunidades que a internet oferece, sejam sozinhas ou emrede, e a quebra de barreiras culturais como o “não compartilhar informações” e o“egoísmo”, precisam ser urgentemente superados para se trabalhar em rede,fornecer serviços inovadores através da internet, compartilhar conhecimento emarketing, reduzir custos de aquisição, que são os grande objetivos de uma rede decooperação, que pode vir a se formar, dependendo única e exclusivamente dosempresários das vídeo-locadoras formais da cidade de São Leopoldo/RS, para quemsabe uma expansão a nível de Vale do Sinos e posteriormente Rio Grande do Sul,como é o caso da bem sucedida rede de mercados Redefort.A realização da presente monografia trouxe ao pesquisador, além de umconhecimento específico sobre os temas – micro e pequenas empresas,empreendedorismo, inovação e redes de cooperação – a possibilidade de retomarvários assuntos estudados durante todo o curso de Administração, que muitasvezes, por não fazerem parte do dia-a-dia, vão sendo esquecidos. A grandeinspiração para escrever a monografia e buscar as respostas para as hipóteses


97levantadas teve origem no livro de Kelly Mooney e Laura Bergheim intitulado Os 10mandamentos da demanda: afinal de contas, o que os clientes querem? Onde asautoras falam sobre uma locadora localizada nos Estados Unidos, que utiliza oscorreios para a entrega dos DVDs e a internet como forma de os clientes reservaremseus filmes.Com a realização da presente monografia, surgiram alguns questionamentosque podem servir como base para a realização de novas pesquisas sobre o assunto.As empresas têm real conhecimento do significado e da importância de se trabalharem rede? Até que ponto as práticas de gestão das redes já constituídas econsolidadas, servem como modelo para a formação de novas redes de empresas?Por que os pontos fundamentais das redes de cooperação (redução de custos deaquisição, marketing compartilhado, e troca de informações sobre o segmento) queaceleram a competitividade das micro e pequenas empresas, muitas vezes acabamfracassando na tentativa de formação de uma nova rede (como exemplo a antigaRede Cena 01)?Foram diversas as limitações encontradas para a realização do presentetrabalho. A primeira foi com relação ao tempo, já que poderiam ser feitos muitoscruzamentos de informações pela quantidade dos dados coletados.A segunda limitação foi à dificuldade em receber respostas aosquestionários entregues à amostra da população da cidade de São Leopoldo, onde oobjetivo final que era o de entrevistar 383 pessoas para testar três hipóteses (sendo160 do bairro Campina, 50 do bairro Cristo Rei, e 173 do bairro Centro), o objetivofinal foi alcançado, e as hipóteses respondidas. Mas como os questionários eramentregues em um dia para serem recolhidos no dia posterior, muitas pessoas (emtorno de 50), extraviaram esses documentos.Diante disso, finaliza-se o presente trabalho com a expectativa inicial dapesquisa e os objetivos alcançados. Espera-se a partir de agora novos estudossobre os temas – micro e pequenas empresas, empreendedorismo, inovação eredes de cooperação – venham a ser realizados e incentivados, face o crescimentodo interesse corporativo sobre eles, como estratégias para o desenvolvimento eperenidade de muitas empresas.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASALBRECHT, Karl; BRADFORD, Lawrence J. Serviços com qualidade: a vantagemcompetitiva. Tradução: Sara Gedanke. São Paulo: Makron Books,1992.AZEVEDO, João Humberto de. A saga de um microempresário in RevistaBrasileira de Administração. Maio/Junho de 2007, Ano XVII, n°58, págs 8-12._____. A saga de um microempresário in Revista Brasileira de Administração.Julho/Agosto de 2007, Ano XVII, n°59, págs 32-38.BIRCH, Beverley. Alexander Flemimg. São Paulo, SP: Globo, 1993.BOSSIDY, Larry; CHARAN, Ran. Desafio: Fazer Acontecer. Rio de Janeiro,Campus, 2002.Departamento Nacional de Registro do Comércio. Disponível em Acesso em 18/12/2007.DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. 3ªedição. São Paulo, Cultura, 2006._____. Oficina do Empreendedor. 6ªedição. São Paulo, Cultura, 1999.DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias emnegócios. Rio de Janeiro, Campus, 2001.


99_____. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro,Campus, 2005.DRUCKER, Peter F. Inovação e Espírito Empreendedor: prática e princípios.São Paulo, Pioneira Thomson, 2003._____. The discipline of innovation. Harvard Business Review. Nov/Dez, 1998.EHRLICH, Pierre Jacques. Avaliação e Seleção de Projetos de Investimento. SãoPaulo, Atlas, 1979.FEEVALE. Como o programa funciona. Disponível em:http://aplicweb.feevale.br/rededecooperacao/. Acesso em: 05 de Março de 2008._____. Participar de uma rede significa. Disponível em:http://aplicweb.feevale.br/rededecooperacao/. Acesso em: 05 de Março de 2008.FIALHO, Francisco Antonio Pereira et al. Empreendedorismo inEmpreendedorismo na era do conhecimento. Florianópolis, Visual Books, 2006.FILION, Louis Jacques; Dolabela, Fernando.Boa Idéia! E Agora. São Paulo,Cultura, 2000.GAYER, Elaine Cristina. Estudo de viabilidade econômica e financeira paraimplantação de uma loja de langeries.Novo Hamburgo, Trabalho de Conclusão deCurso, Departamento Icsa, 2005.GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, Atlas,2002,4° edição.Global Entrepreneurship Monitor. Disponível em Acesso em 10/05/2007.HAIR, Jr., Joseph F. et al. Fundamentos de Métodos de Pesquisa emAdministração. Porto Alegre: Bookman,2005.


100HELENO, Guido. A era da inovação e da competitividade in Revista Brasileirade Administração. Maio/Junho de 2007, Ano XVII, n°58, págs 32-37._____. A força dos pequenos in Revista Brasileira de Administração.Julho/Agosto de 2007, Ano XVII, n°59, págs 46-52.HISRICH, Robert D; PETERS, Michael P. Empreendedorismo. Porto Alegre,Bookman, 2004.KRAMER, Raquel Valim. Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira paraimplantação de um restaurante em Gramado/RS. Novo Hamburgo, Trabalho deConclusão de Curso, Departamento Icsa, 2005.KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. SãoPaulo, Pearson Prentice Hall, 2000.KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. São Paulo,Pearson Prentice Hall, 2006.LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. SãoPaulo, Atlas, 1991._____. Metodologia Científica. São Paulo, Atlas, 1986.LICHT, René Henrique; OLIVEIRA, Paulo Sérgio Gonçalves de; VENTURA, VeraLúcia da Silva. Avaliação do perfil de empreendedores utilizando a teoria detipos psicológicos. Revista Brasileira de Gestão de Negócios. Maio/Agosto de2007, n° 24, volume 9, págs 31-40MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing. São Paulo, Atlas, 1996.MCDONALD, Malcolm et al. Clientes: os verdadeiros donos da empresa. Comoconstruir uma organização orientada para o mercado. São Paulo, Futura, 2001.


101MILAN, Gabriel Sperandio. Ampliando entendimento sobre a emoção existentenas interações de serviços. Revista Brasileira de Gestão de Negócios.Janeiro/Abril de 2007, n°23, volume 9, págs 51-60.Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em Acessoem 26/12/2007.MOONEY, Kelly; BERGHEIM, Laura. Os 10 mandamentos da demanda: afinal decontas, o que os clientes querem? Rio de Janeiro, Campus, 2002.NETO, João Amato. (Organizador). Redes entre organizações: domínio doconhecimento e da eficácia operacional. São Paulo, Atlas, 2005._____. Redes de Cooperação produtiva e clusters regionais: oportunidadespara as pequenas e médias empresas. São Paulo, Atlas, 2000.OLIVEIRA, Claudionor dos Santos. Metodologia Científica: planejamento etécnicas de pesquisa: uma visão holística do conhecimento humano. SãoPaulo,LTR,2000.Pesquisa industrial sobre inovação tecnológica do IBGE no Brasil. Disponível em Acesso em 15/12/2007.Prefeitura Municipal de São Leopoldo Acessoem 12/05/2007PRODANOV, Cleber Cristiano. Manual de Metodologia Científica. NovoHamburgo, Feevale, 2003.SCHUMPETER, Joseph A. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro,Zahar,1984.SAHLMAN, William A. Como elaborar um grande plano de negócios inEmpreendedorismo e Estratégia. Rio de Janeiro, Campus, 2002.


102SAMARA, Beatriz Santos; BARROS, José Carlos. Pesquisa de marketing: conceitose metodologia. São Paulo, Makron Books, 1997.Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais Acesso em 01/03/2008Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas. Disponível em Acesso em 11/05/2007Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas. Disponível em Acesso em 02/01/2008Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas. Disponível em Acesso em 03/01/2008TEIXEIRA, Francisco. Gestão de Redes de Cooperação Interempresariais.Salvador: Casa da Qualidade, 2005.TIGRE, Paulo Bastos. Gestão da inovação: a economia da tecnologia do Brasil.Rio de Janeiro, Elsevier, 2006.VEPPO, Gilberto. Administração: gestão do invisível. Novo Hamburgo, Feevale,2003.VERSCHOORE, Jorge Renato de Souza. (Organizador). Redes de Cooperação:uma nova organização de pequenas e médias empresas no Rio Grande do Sul.Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais. PortoAlegre,FEE,2004.ZENI, Alexandre. O desenvolvimento regional através do empreendedor inEstudos em desenvolvimento regional: o vale do sinos em perspectiva. NovoHamburgo, Feevale, 2003.


ANEXOSAnexo 1: Listagem das vídeo-locadorasAnexo 2: Questionário para a população da cidadeAnexo 3: Questionário para os proprietários das vídeo-locadorasAnexo 4: Pequena ficha para empresário


104Anexo 1: Listagem das Vídeo-locadorasBairroNome da Locadora com nome fantasia entre aspasCentroST fernandes Vídeo Locadora "Welt Vídeo"CentroVideo Klip Com. E Loca. De Fitas e Vídeo Ltda “Vídeo Klip”CentroRedeker,Redeker e Redeker Ltda "Vídeo Klip"Cristo Rei Video Klip Com. E Loca. De Fitas e Vídeo Ltda “Vídeo Klip”Rio Branco Jeane Inês Kremer "Vídeo Klip"FeitoriaValquiria Rezende de Oliveira “Delta Vídeo”FeitoriaCleber Airton F. Teixeira "Styllus Vídeo"Santo André Luis Carlos Amaral Martins e cia Ltda "Gaspar Games"São Miguel Valdonei de Moura ME "Charrua Vídeo Locadora"Vicentina Neusa Maria de Oliveira VelhoCentroFernando Guterres Martins "Locação Vídeo Store"CentroLocação Vídeo Art Ltda “Vídeo Art”CentroMarcos F. Fagundes "Taty Vídeo"CentroJalusa Araujo Soares "Pop Vídeo"Morro do Espelho Patricia Maria de Souza ME "Chaplin Vídeo"Santa Teresa Jarlen Vídeo Ltda "Zepellin"Cristo Rei Margarete Aparecida de Carvalho "Top Vídeo Locadora"São João Batista Vídeo Pan ME “Vídeo Pan”Scharlau Buhler Vídeos Ltda "Estação do Vídeo”Arroio da Mantega R.E. Vídeo Locadora Ltda "Mídia Vídeo Locadora"Arroio da Mantega Lancheria e Locadora de Vídeo LtdaCampina Janice L. O Leite "Jamal Vídeo"Scharlau Locadora Dika de Vídeo Ltda ME "Dika de Vídeo"Scharlau D.E. WingertCampina Natalina Borges Prates


105Anexo 2: Questionário para a população da cidadeCENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALECurso de Graduação em Administração de EmpresasA presente pesquisa é um instrumento de coleta de dados que será utilizada para amonografia de conclusão de curso do aluno Gregório Arrue Vicente Fauth, intitulada “Planode Negócio para uma rede de cooperação de vídeo-locadora – Viabilidade Econômica eFinanceira”Questionário 01 – Público em geral1. Quando você pensa em vídeo-locadora, que nome de vídeo-locadora que lembras?Parte 01 - Perfil do entrevistado2. Nome (não é obrigatório identificar-se):__________________________________________________________3. Sexo:1 |__| Masculino 2 |__| Feminino4. Idade: ____________________5)Qual é a sua escolaridade?1 |__| Alfabetizado / Primeiro Grau Incompleto2 |__| Primeiro Grau Completo / Ensino Médio Incompleto3 |__| Ensino Médio/Técnico Completo / Superior Incompleto4 |__| Superior Completo / Pós Graduados / Mestrado / Doutorado6)Qual é a renda familiar bruta? (Conforme IBGE)1 |__| Até R$ 394,00 Classe E2 |__| De R$ 395,00 á R$ 745,00 Classe D3 |__| De R$ 746,00 á R$ 1600,00 Classe C4 |__| De R$ 1601,00 á R$ 2.664,00 Classe B15 |__| De R$ 2.665,00 á 4.425,00 Classe B26 |__| De R$ 4.426,00 á R$ 8353,00 Classe A27 |__| De 8354,00 ou acima Classe A17)Quantas pessoas dependem dessa renda?1 |__| até 1 2 |__| de 2 a 3 3 |__| de 4 a 64 |__| de 7 a 9 5 |__| de 10 a 15 6 |__| Mais de 158)Tem filhos?1 |__| Sim 2 |__| Não9) Se sim, qual é a idade dos filhos que residem com você?1 |__| Entre 0 á 3 anos 2 |__| Entre 4 á 8 anos3 |__| Entre 9 á 14 anos 4 |__| Entre 15 á 21 anos5 |__| Acima de 21 anos10) A sua família possui aparelho de DVD em casa?1 |__| Não 2 |__| Sim, possui 1 aparelho (vá para a questão 12)3 |__| Não sei 4 |__| Não temos DVD em casa, mas pedimos emprestado


10611) Se você não possui aparelho de DVD, pretende adquirir no corrente ano?1 |__| Sim 2 |__| Não 3 |__| Não sei12) Você possui cadastro em quantas Vídeo-locadoras?1 |__| Não Possuo2 |__| Sim, numa locadora (vá para a questão 15)3 |__| Sim, em mais de uma locadora (vá para a questão 14)13) Se não, você tem interesse em abrir um cadastro em alguma? (vá para a questão 16)1 |__| Sim 2 |__| Não 3 |__| Não sei14) Se você que possui cadastro em mais de uma vídeo-locadora, porque você fez estaopção?1 |__| Uma das locadoras é do bairro em que moro, e nesta não possui muitas opções e nemmuitos lançamentos, enquanto que na outra vídeo locadora tenho muitas opções2 |__| Tenho ficha em mais de uma locadora, por pura opção mesmo3 |__| Variedade4 |__| Preços e melhores alternativas de escolha5 |__|__________________________________________________________15) Como você avalia o atendimento prestado pela(s) locadora(s)?1 |__| Ótimo 2 |__| Bom3 |__| Razoável 4 |__| Ruim5 |__| PéssimoPor quê? ________________________________________________________________16) Enumere, em ordem decrescente de importância, quais os serviços indispensáveis quevocê procura em uma vídeo locadora?1 Cafezinho/Água/LancheExiste acesso a internet gratuito,2para quem é cliente3 AtendimentoMuitas opções de filmes para4escolhaRelacionamento com equipe de5atendimento.6 Ambiente (Climatizado)7 Promoções8 ..................................................Grau de Importância5 - MuitoImportante 4 – Importante 3 - ParcialmenteImportante2 - Pouco 1 - SemImportante importânciaParte 2 – Comportamento em relação ao entretenimento17) Escreva três coisas que você gosta de fazer no seu tempo de lazer?18) Você já comprou DVD Pirata?1 |__| Sim, já comprei, pois é mais barato2 |__| Sim, já comprei mas não compro mais3 |__| Não comprei, nem pretendo comprar4 |__| Não comprei, mas pretendo comprar5 |__| Já comprei, mas estragou meu aparelho e não pretendo mais comprar


10719) Você possui acesso á internet?1 |__| Não, Vá para a questão 222 |__| Sim20) Se sim, onde tem acesso?1 |__| Em casa2 |__| Na escola3 |__| No trabalho21) Você já baixou filmes pela Internet?|__| Sim|__| Não22) Você gostaria de alugar DVD pela internet?1 |__| Sim2 |__| Não, justificativa: _____________________________________________________23) Se você alugasse pela internet DVD, você gostaria que o mesmo fosse entregue pelocorreio, o que demoraria em torno de 7 dias para recebê-los?1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Não seiJustificativa ____________________________________________________________24) Se você alugasse pela internet DVD, você gostaria que o mesmo fosse entregue portele-entrega em no máximo duas horas?1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Não seiJustificativa ____________________________________________________________25)Você gostaria de alugar filmes e ter o valor descontado das locações em seucontracheque no final do mês?1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Não seiJustificativa ____________________________________________________________26)A sua locadora possui algum sistema de milhagem que venha a lhe trazer brindes ourecompensas futuras?1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Não sei27) Achas interessante este sistema?1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Não seiJustificativa ____________________________________________________________28) Como é o sistema de relacionamento da sua locadora com você?1 |__| Ligam ou enviam e-mail para informar sobre novidades2 |__| Ligam ou enviam e-mail para informar sobre ofertas3 |__| Ligam ou enviam e-mail no dia do meu aniversário.4 |__| Não entram em contato.5 |__| Outro ...........................................29) Como gostaria de receber as informações da sua locadora?1 |__| Pelo site da locadora2 |__| Por e-mail3 |__| Por telefone4 |__| Não gostaria, prefiro ir até a locadora para me informar.5 |__| ..............................................................................30) A sua locadora possui seu cadastro detalhado(por exemplo: a locadora sabe que tipo defilme você mais gosta: se é comédia, terror, ficção científica, suspense, etc....1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Não sei31) O Valor de uma locação é importante para você?1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Indiferente 4 |__| Não sei


10832) As promoções são importantes para você?1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Indiferente 4 |__| Não sei33) O prazo de devolução é importante para você?1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Indiferente 4 |__| Não sei34) Alguma sugestão, comentário final ou opinião?____________________________________________________________________Muito obrigado pela sua atenção.


109Anexo 3: Questionário para os proprietários das vídeo-locadorasCENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALECurso de Graduação em Administração de EmpresasA presente pesquisa é um instrumento de coleta de dados que será utilizadapara a monografia de conclusão de curso do aluno Gregório Arrué Vicente Fauth,intitulada “Plano de Negócio para uma rede de cooperação de vídeo-locadora –Viabilidade Econômica e Financeira”1) Quando abriu a vídeo-locadora a fez por oportunidade de mercado ou fez pornecessidade, ou seja, para questões de sobrevivência?2) Se fez por oportunidade, qual a oportunidade que o senhor vislumbrou na época?3) Quantos clientes a locadora possui atualmente?1 |__| Até 250 clientes2 |__| Entre 251 e 500 clientes3 |__| Entre 501 e 1.000 clientes4 |__| Entre 1001 á 2.000 clientes5 |__| Entre 2.001 á 3.000 clientes6 |__| Acima de 3.000 clientes4) Qual a média de locações de cada clientes por mês?1 |__| Até 2 locações2 |__| Entre 3 e 4 locações3 |__| Entre 5 e 6 locações4 |__| Entre 7 e 8 locações5 |__| Acima de 8 locações5) Qual o preço médio de DVD/lançamentos junto aos fornecedores que a suaempresa paga?6) Qual o preço de locação dos lançamentos para o cliente final?7) Conheces/já ouviu falar do programa redes de cooperação?1 |__| Sim2 |__| Não


1108) Qual a impressão que tens do programa? ( Escala likert Para avaliação)1 |__| Ótima2 |__| Boa3 |__| Razoável4 |__| Ruim5 |__| Péssimo9) Quais as principais dificuldades que o senhor vê se viesse a participar de umarede de cooperação de vídeo-locadoras?1 |__| Compartilhar informações2 |__|O grau de instrução dos futuros componentes da Rede3 |__| .........................................................................10) Quais as vantagens que percebes em uma rede de cooperação?Grau de importância: 5 - Muito Importante; 4 – Importante; 3 ParcialmenteImportante 2 - Pouco Importante; 1 - Sem importância1 |__| Poder de compra2 |__| Recursos Humanos e Capacitação3 |__| Marketing, Comunicação e Publicidade4 |__| A tecnologia e os sistemas de gestão utilizando técnicas de administração11) O Programa redes de cooperação oportuniza o trabalho unificado das empresas,no nosso caso a cooperação seria entre empresários do ramo de vídeo-locadoras,oferecendo vantagens aos mesmos, como a troca de informações sobre o segmento(Entretenimento), marketing compartilhado e redução de custos de aquisição, osenhor gostaria de se associar a uma futura rede de cooperação de vídeolocadoras?1 |__| Sim2 |__| NãoJustifique ......................................................................12) Qual a sua maior preocupação em relação ao futuro das vídeo-locadoras?1 |__| A grande concorrência atual existente neste ramo2 |__| A globalização e o movimento econômico neoliberal3 |__| O acesso facilitado á internet, com muitas pessoas baixando filmes pelainternet4 |__| A pirataria5 |__| Outro motivo(favor especificar):


111Anexo 4: Pequena ficha para empresárioPrograma Redes de Cooperação:O programa Redes de Cooperação nasceram da necessidade defortalecimento de micro, pequenas e médias empresas, com o propósito de fazerfrente ás mudanças no padrão de competição empresarial, para lidar com ás novastecnologias, a gestão profissional, a governança corporativa e as inúmeras variáveisque a globalização vem colocando perante ás Nações e principalmente ásempresas.Diante desse contexto, no ano de 2000, o Governo do Estado do Rio Grandedo Sul, através da Sedai (Secretaria de Desenvolvimento e dos AssuntosInternacionais), e a Feevale começou a operacionalizar o Programa Redes deCooperação. E a Feevale teve um papel muito importante, pois foi a Universidadepioneira na realização, reunião e operacionalização do Programa Redes deCooperação.O Programa oportuniza o trabalho unificado das empresas, neste estudocaso pretende-se verificar através de pesquisa se existe a viabilidade de cooperaçãoe aceitação dos empresários do ramo de vídeo-locadoras na cidade de SãoLeopoldo, oferecendo vantagens aos mesmos, como a troca de informações sobre osegmento, marketing compartilhado e redução de custos de aquisição. Fonte:Folheto Guia de Integração de Redes da FeevaleEmpreeendedorismo por oportunidade e empreendedorismo por necessidade:Oportunidade: São empreendimentos que percebem uma oportunidade nomercado, então esses empreendimentos aproveitam essa oportunidade que omercado está proporcionando para oferecer serviços novos ou até mesmo ofertarserviços que já existiam, porém, aplicando porém conceitos de administração etécnicas gerenciais, padronizando o produto/serviço, desenhando processos eequipamentos, baseando o treinamento de seu pessoal na análise do trabalho a ser


112feito e a partir daí estabelecendo os padrões de qualidade que exigiria. Asorganizações que fazem isso acabam, muitas vezes, criando um novo mercado e umnovo consumidor. Exemplos destes tipos de empresas: Mcdonalds, Habibs, China inBox, etc. Fonte: Peter Drucker(Inovação e Espírito Empreendedor)Necessidade: O casal que abre mais uma confeitaria ou mais um restaurante nocentro da cidade, ou que em grande parte, abre um negócio com o dinheiro darescisão do seu útimo emprego de carteira assinada. Portanto, entende-se porempreendedorismo por necessidade, aquele empreendimento que acaba nãocriando uma nova satisfação para o consumidor, e nem uma nova demanda paraele.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!