12.07.2015 Views

Abril 2012 - Agência de Defesa Agropecuária do Paraná - ADAPAR

Abril 2012 - Agência de Defesa Agropecuária do Paraná - ADAPAR

Abril 2012 - Agência de Defesa Agropecuária do Paraná - ADAPAR

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Monitoramento e controle da Vespada-galha(Leptocibe invasa) emeucalipto no <strong>Paraná</strong>No dia 13 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2012</strong>,estiveram reuni<strong>do</strong>s no CentroNacional <strong>de</strong> PesquisasFlorestais -CNPF – da EMBRAPA, emColombo – PR, Pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Centro,Fiscais Agropecuários Fe<strong>de</strong>rais <strong>do</strong>Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento, e Fiscais Estaduais daSecretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Agricultura e <strong>do</strong>Abascimento <strong>do</strong> Parana – SEAB-PR,para discutirem e abordarem sistemas<strong>de</strong> monitoramento da Praga Vespa-da-Galha <strong>do</strong> Eucalipto, e <strong>de</strong> ações a seremtomadas nas <strong>de</strong>tecções e comprovaçõesda mesma.O Dr. Leonar<strong>do</strong> Barbosa apresentou ecaracterizou a praga, mostran<strong>do</strong> a sua distribuiçãono mun<strong>do</strong>, e a provável chegada <strong>do</strong>inseto no Brasil, mostran<strong>do</strong> a provável distribuiçãoe avanço da praga nos esta<strong>do</strong>s produtores<strong>de</strong> eucalipto. Dissertou sobre osSintomas e Danos, e os possíveis prejuízosque po<strong>de</strong>m advir <strong>do</strong> ataque da praga na eucaliptoculturanacional. Ressaltou que nomomento não existe Agrotóxico Registra<strong>do</strong>para utilização no controle, e que a pesquisaesta estudan<strong>do</strong> a ação <strong>de</strong> diferentes princípiosativos, sen<strong>do</strong> recomendada a <strong>de</strong>struição<strong>de</strong> mudas atacadas e queima <strong>do</strong> materialinfecta<strong>do</strong>. Na região <strong>de</strong> origem da vespa-da-galhaexistem parasitói<strong>de</strong>s que realizamo controle biológico e mantém o equilíbriopopulacional da praga.A Engenheira Agrônoma Dirlene AparecidaRinaldi, da SEAB, Núcleo Regional <strong>de</strong>Maringá discorreu sobre a interceptação daPraga em um Viveiro da Região, e as medidasa<strong>do</strong>tadas visan<strong>do</strong> a eliminação <strong>do</strong> focojunto ao viveiro.Ficou <strong>de</strong>finida a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>do</strong>ção<strong>de</strong> medidas visan<strong>do</strong> monitorar a ocorrênciada praga e sua distribuição no esta<strong>do</strong>, paraavaliação da dimensão <strong>do</strong> problema e a realsituação. Serão mapea<strong>do</strong>s os viveiros <strong>de</strong>produção <strong>de</strong> mudas, e obrigan<strong>do</strong>-os a realizaro monitoramento da praga com armadilhasa<strong>de</strong>sivas amarelas, que serão monitoradaspelos fiscais da Seab, na diferentesregiões.O Engenheiro Agrônomo Marcilio MartinsAraújo, da área <strong>de</strong> sanida<strong>de</strong> florestal da Secretariada Agricultura, apresentou os diferentesprojetos relaciona<strong>do</strong>s a sanida<strong>de</strong> florestalno esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>, e as ações quevem <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> em parceria com a Embrapa,no monitoramento <strong>do</strong> Percevejo Bronzea<strong>do</strong><strong>do</strong> eucalipto, praga também recentementeintroduzida no esta<strong>do</strong>, e também daações <strong>do</strong> monitoramento e controle da Vespa-da-ma<strong>de</strong>irana cultura <strong>do</strong> Pinus.Na reunião apresentou-se as ações queserão <strong>de</strong>mandadas principalmente naCuritiba, abril <strong>2012</strong>. Página 7


capacitação <strong>do</strong>s agentes fiscais, eresponsáveis técnicos, visan<strong>do</strong> disseminarpráticas <strong>de</strong> manejo silviculturais, eprincipalmente nas ações <strong>de</strong> monitoramentoda ocorrência das pragas florestais, e buscarconhecimentos na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> possíveisepizootias nas populações das pragas, e<strong>de</strong>ssa forma interagir com os pesquisa<strong>do</strong>resna i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> controlemenos impactante aos sistemas florestais.Contribução: Engenheiro agrônomoMarcílio Martins Araújo, ULSAV <strong>de</strong>Palmas, Defis/DDSV.Foto: <strong>de</strong>talhe <strong>de</strong> mudas com galhas.Seab promove campanha <strong>de</strong>prevenção, controle e combate aformigas corta<strong>de</strong>irasASecretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> daAgricultura e <strong>do</strong> Abastecimento(Seab), através <strong>do</strong> seu NúcleoRegional <strong>de</strong> Apucarana, o Instituto Emater ea Prefeitura <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Apucaranaestão promoven<strong>do</strong> umacampanha cujo objetivoprincipal é a orientação<strong>de</strong> técnicos e produtoresrurais quanto àlegislação e méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong>prevenção e controle <strong>de</strong>formigas corta<strong>de</strong>iras.Na primeira etapa dacampanha houve a Palestra <strong>do</strong> Engenheiro Agrônomo Antoniorealização <strong>de</strong> uma <strong>de</strong> Padua Andra<strong>de</strong> Salva<strong>do</strong> (Emater).palestra sobremorfologia, hábitos, i<strong>de</strong>ntificação e méto<strong>do</strong>s<strong>de</strong> controle <strong>de</strong>sses insetos. A palestra foiproferida pelo Biólogo e EngenheiroAgrônomo Antonio <strong>de</strong> Pádua Andra<strong>de</strong>Salva<strong>do</strong>, <strong>do</strong> Instituto Emater, no dia 25 <strong>de</strong>novembro <strong>de</strong> 2011, no auditório <strong>do</strong> ConselhoRegional <strong>de</strong> Engenharia e Agronomia(CREA-PR), regional <strong>de</strong> Apucarana, que foidirecionada a engenheiros agrônomos,médicos veterinários e técnicos agrícolas daSEAB, EMATER e iniciativa privada. Além dapalestra houve visita acampo para averificação <strong>do</strong>problema e orientaçãoprática <strong>de</strong> controleatravés <strong>do</strong> uso <strong>de</strong>iscas formicidas.A segunda etapaocorreu no dia 01 <strong>de</strong>março <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. Nessedia o EngenheiroAgrônomo Amaril<strong>do</strong> Luiz Passarin, da SEAB<strong>de</strong> Apucarana, proferiu uma palestra sobrelegislação e méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> prevenção e controle<strong>de</strong> formigas corta<strong>de</strong>iras aos produtores ruraisda comunida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Barreiro, município <strong>de</strong>Apucarana. Além <strong>do</strong>s agricultores, estiveramCuritiba, abril <strong>2012</strong>. Página 8


Visita a um formigueiro na fazenda Valéria emApucarana. Da esquerda para a direita: Eng.Agr. Rafael Broggi Domingues <strong>de</strong> Oliveira, daSecretaria Municipal da Agricultura, Indústria eComércio <strong>de</strong> Apucarana; Eng. Agr. A<strong>de</strong>nir <strong>de</strong>Carvalho, Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Regional da Área <strong>de</strong>Sustentabilida<strong>de</strong> da Emater e o Biólogo e Eng.Agr. Antonio <strong>de</strong> Padua Andra<strong>de</strong> Salva<strong>do</strong>, daEmater.Em relação à legislação, a Lei n o 11.200/95 estabelece que a <strong>Defesa</strong> SanitáriaVegetal é instrumento fundamental para aprodução e produtivida<strong>de</strong> agrícola e, porconsequência, compete ao Esta<strong>do</strong>, atravésda Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Agricultura e <strong>do</strong>Abastecimento, a <strong>de</strong>finição e execução dasnormas para o <strong>Paraná</strong>.Esta lei estabelece ainda que a <strong>Defesa</strong>Sanitária Vegetal <strong>de</strong>verá ser efetuadaatravés <strong>de</strong> programas, projetos ecampanhas <strong>de</strong> prevenção, controle ecombate <strong>de</strong> pragas, <strong>do</strong>enças <strong>de</strong> vegetais epartes <strong>de</strong> vegetais e <strong>de</strong> plantas invasoras,bem como pela imposição <strong>de</strong> regras enormas que estabeleçam procedimentosfitossanitários e práticas culturais. Nestesenti<strong>do</strong>, a Resolução SEAB n o 12/90 instituio Programa Estadual <strong>de</strong> Combate àsFormigas Corta<strong>de</strong>iras e a Resolução SEABn o 123/87 <strong>de</strong>termina a obrigatorieda<strong>de</strong> daa<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> controle das formigascorta<strong>de</strong>iras pelos responsáveis diretos eindiretos pelas proprieda<strong>de</strong>s rurais.Ressalte-se que o Decreto Estadual n o 3287/97, que regulamenta a Lei n o 11.200/95,esten<strong>de</strong> as medidas <strong>de</strong> controle também àsáreas urbanas.A Resolução SEAB n o 123/87 <strong>de</strong>terminatambém que o Departamento <strong>de</strong>Fiscalização - DEFIS - a<strong>do</strong>te medidaspunitivas aos seus infratores, que consistemem advertências, cobranças compulsórias<strong>do</strong>s serviços que tiverem que executar nocombate às formigas corta<strong>de</strong>iras, e inclusive,formalização <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncias às Delegacias <strong>de</strong>Polícia competentes, com base no dispostono artigo 259 <strong>do</strong> Código Penal que trata <strong>do</strong>crime <strong>de</strong> difusão <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença ou praga quepossa causar dano a floresta, plantação ouanimais <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> econômica. Além disso,<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a Lei n o 11.200/95 e oDecreto n o 3287/97, o proprietário autua<strong>do</strong>estará sujeito a pena <strong>de</strong> multa, cujo valorpo<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> R$ 50,00 (cinquenta reais) aR$ 5.000,00 (cinco mil reais), proibição <strong>de</strong>comércio, interdição da proprieda<strong>de</strong> agrícolae vedação ao crédito rural e acesso aprogramas oficiais <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.Quanto ao controle, é importante que sejafeito <strong>de</strong> maneira integrada, pois as formigasnão respeitam cercas nem divisas <strong>de</strong>municípios.Também é importante fazer o primeirocombate antes <strong>de</strong> iniciar qualquer ativida<strong>de</strong>no local escolhi<strong>do</strong> para plantio. Além disso,<strong>de</strong>ve-se dar atenção a to<strong>do</strong>s os formigueiros,pequenos e gran<strong>de</strong>s, localiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro daárea e também aqueles localiza<strong>do</strong>s nasdivisas e nas áreas <strong>de</strong> reservas. Procurepercorrer até 100 metros <strong>de</strong> distância aore<strong>do</strong>r das áreas <strong>de</strong> plantio.Embora existam outros méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong>controle, o uso <strong>de</strong> iscas formicidasgranuladas à base <strong>de</strong> sulfluramida e fiproniltem si<strong>do</strong> o mais indica<strong>do</strong> por ser eficiente eo mais viável <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista operacional,econômico, social e ambiental.No caso das saúvas, a quantida<strong>de</strong>necessária <strong>de</strong> iscas é <strong>de</strong>terminada emCuritiba, abril <strong>2012</strong>. Página 10


função da espécie e da área <strong>de</strong> terra solta<strong>do</strong> sauveiro, que é obtida multiplican<strong>do</strong>-se omaior comprimento pela maior largura <strong>do</strong>formigueiro. Para as formigas quenquéns as<strong>do</strong>ses po<strong>de</strong>m variar <strong>de</strong> 5 a 20 gramas <strong>de</strong>iscas por quenquenzeiro. Porém, neste caso,recomenda-se fazer um cinturão <strong>de</strong> 6 metrosnas bordaduras da área tratada, colocan<strong>do</strong>seuma <strong>do</strong>se <strong>de</strong> 6 gramas <strong>de</strong> formicida acada 4 metros.Recomenda-se que as iscas sejamcolocadas próximas aos olheiros <strong>de</strong>abastecimento e ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s carreiros outrilhas. Não se <strong>de</strong>ve colocá-las <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>solheiros nem no meio das trilhas. Paraproteger o produto e aumentar a segurança<strong>do</strong>s seres humanos e animais, po<strong>de</strong>-secolocá-lo em porta-isca apropria<strong>do</strong> ou cobrilocom algum tipo <strong>de</strong> material como telha oubambu, por exemplo.Engenheiro agrônomo Amaril<strong>do</strong> Passarin.Outras recomendações que <strong>de</strong>vem ser observadas: Fazer primeiro o controle <strong>de</strong> saúvas e <strong>de</strong>pois das quenquéns; Fazer o controle somente em formigueiros ativos; Não aplicar produtos em dias chuvosos; Colocar a isca protegida da umida<strong>de</strong>; Não tocar a isca com as mãos ou com material que exale cheiro; Usar luvas <strong>de</strong> PVC e colher <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra para manusear o formicida; Lavar as mãos e o rosto sempre que utilizar isca formicida; Não fumar, comer ou beber durante a aplicação da isca formicida; Antes <strong>de</strong> usar o produto leia atentamente o rótulo, a bula e a receita e conserveosem seu po<strong>de</strong>r; É obrigatório o uso <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteção individual; É obrigatória a <strong>de</strong>volução <strong>de</strong> embalagem vazia.O Departamento <strong>de</strong> Fiscalização (Defis) da Seab coloca-se à disposição daassistência técnica e <strong>do</strong>s produtores rurais para orientações que se façam necessáriase para o acolhimento e atendimento a <strong>de</strong>núncias.Contribuição: Engenheiro agrônomo Amaril<strong>do</strong> Passarin, NR Seab Apucarana.Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 11


CONTROLE PREVENTIVO DEFORMIGAS CORTADEIRASAfundação <strong>de</strong> novos ninhos <strong>de</strong>saúvas e quenquéns ocorre porrevoada <strong>de</strong> reprodutoresproduzi<strong>do</strong>s durante o verão, a partir <strong>do</strong> mês<strong>de</strong> outubro. De acor<strong>do</strong> com o engenheiroagrônomo Wilson Reis, da EmbrapaFlorestas, em Colombo, os ninhos iniciaisdas saúvas são i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s por“cachimbinhos” ou “chaminezinhos” <strong>de</strong> terra,construí<strong>do</strong>s pelas formigas até cerca <strong>de</strong> trêsmeses após a fundação <strong>do</strong> ninho. Nestaépoca <strong>do</strong> ano é possível encontrar este tipo<strong>de</strong> ninho e eliminá-lo com auxílio <strong>de</strong> uma páou uma enxada, pois se eliminan<strong>do</strong> a rainhao ninho não seguirá seu <strong>de</strong>senvolvimento. Emáreas maiores, po<strong>de</strong>-se optar pela utilizaçãoFoto <strong>do</strong> “Cachimbinho” <strong>do</strong> ninho <strong>de</strong> saúvasda aração e gradagem, o que expõe osninhos aos preda<strong>do</strong>res e também eliminaboa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ninhos por ação mecânica<strong>de</strong>ssas práticas agrícolas, pois ainda estãoa uma profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apenas 15 a 20 cm.No caso das quenquéns, os ninhos novostambém estarão muito pequenos esuperficiais, cobertos por um monte <strong>de</strong> cisco,sen<strong>do</strong> mais facilmente elimina<strong>do</strong>s nestaépoca <strong>do</strong> ano.Quan<strong>do</strong> os ninhos <strong>de</strong> saúvas crescem,po<strong>de</strong>m alcançar uma profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais<strong>de</strong> 8 metros, tornan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> difícil controle.O mesmo se po<strong>de</strong> dizer das quenquéns, queFoto Ninho <strong>de</strong> monte <strong>de</strong> cisco construí<strong>do</strong>pelas quenquéns.os ninhos quan<strong>do</strong> mais velhos, po<strong>de</strong>m atingiraté 1,80 metro <strong>de</strong> diâmetro. Depois da faseCuritiba, abril <strong>2012</strong>. Página 12


Foto <strong>de</strong> Rainha <strong>de</strong> saúva.<strong>do</strong> “cachimbinho” o controle <strong>de</strong>sse ninho fica muito difícil, restan<strong>do</strong> apenas o controle comisca formicida granulada, aplican<strong>do</strong>-se uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 5 gramas para cada trilhalocalizada. Lembramos que não se <strong>de</strong>ve colocar isca sobre a trilha das formigas e sim aola<strong>do</strong> da trilha, o que aumenta a chance da isca ser carregada mais rapidamente pelasformigas.Foto <strong>de</strong> ninho inicial <strong>de</strong> saúvas a uma profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 25 cm.Contribuição: Engenheiro agrônomo Wilson Reis, Embrapa Florestas - ColomboCuritiba, abril <strong>2012</strong>. Página 13


Reunião <strong>do</strong> CONESA -Conselho Estadual <strong>de</strong> Sanida<strong>de</strong><strong>Agropecuária</strong>Marco Antonio Teixeira Pinto, Chefe <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Fiscalização e <strong>Defesa</strong> <strong>Agropecuária</strong>; NorbetoOrtigara, Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Agricultura e <strong>do</strong> Abastecimento; Aurelino Menarin, Secretário Executivo<strong>do</strong> CONESA e Daniel Gonçalves Filho, Superinten<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> MAPA.O Conselho Estadual <strong>de</strong> Sanida<strong>de</strong><strong>Agropecuária</strong> (Conesa), presidi<strong>do</strong> pelosecretário da Agricultura, Norberto Ortigara,reuniu-se na segunda-feira (12), em Curitiba,para discutir a nova resolução sobre ocadastro <strong>de</strong> agrotóxicos – em vigor no<strong>Paraná</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia 26 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>2011. Durante o encontro, também foramapresentadas avaliações sobre a situaçãoda raiva em bovinos no Esta<strong>do</strong> e a posição<strong>do</strong> Brasil em relação às <strong>do</strong>enças da vacalouca e scrapie (que atinge ovinos ecaprinos).A resolução sobre o cadastro <strong>de</strong>agrotóxicos permite que as indústrias <strong>de</strong>agrotóxicos que têm produtos já libera<strong>do</strong>spara o merca<strong>do</strong> pelo governo fe<strong>de</strong>ralpossam comercializá-los no <strong>Paraná</strong>.Apesar da simplificação <strong>do</strong>sprocedimentos, a engenheira agrônomaCelia Regina Nascimento, <strong>do</strong> Departamento<strong>de</strong> Fiscalização e <strong>Defesa</strong> <strong>Agropecuária</strong>(Defis), disse que as indústrias <strong>de</strong>verãoaten<strong>de</strong>r as normas da <strong>Agência</strong> Nacional <strong>de</strong>Vigilância Sanitária (Anvisa), que exigetestes <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s para verificação <strong>de</strong>resíduos <strong>de</strong> agrotóxicos nos alimentos.Segun<strong>do</strong> Ortigara, a iniciativa <strong>de</strong>revisar a lei <strong>de</strong> agrotóxicos buscou aten<strong>de</strong>ra carência <strong>de</strong> agricultores sem acesso aprodutos mais novos e eficientes lança<strong>do</strong>spela indústria, vendi<strong>do</strong>s normalmente emoutros esta<strong>do</strong>s. Segun<strong>do</strong> o secretário, osbons agricultores vinham sen<strong>do</strong> penaliza<strong>do</strong>scom a perda <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> diante <strong>de</strong>outros que recorriam ao contraban<strong>do</strong>.Havia restrições excessivas para oregistro <strong>de</strong> novos agrotóxicos, principalmenteos indica<strong>do</strong>s para as lavouras <strong>de</strong> mandioca,arroz e frutas. Consequentemente, asempresas não investiam para registrar osprodutos no <strong>Paraná</strong>. A medida foi bemrecebida pelos membros <strong>do</strong> Conesa. Parao presi<strong>de</strong>nte da Socieda<strong>de</strong> Rural <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>,Gustavo Lopes, o produtor rural se viaimpedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalhar com produtos <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> por falta <strong>de</strong> registro.Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 14


Segun<strong>do</strong> Ortigara, a nova resoluçãobusca atrair o investimento <strong>de</strong>empresas que querem registrarprodutos mais seguros <strong>do</strong>s que existematualmente, com menos toxicida<strong>de</strong> e queprovocam menos danos ao meio ambiente.Ele <strong>de</strong>stacou que a secretaria está seesforçan<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> fazer valer as boaspraticas <strong>de</strong> produção em sintonia com ogoverno fe<strong>de</strong>ral, para estimular as empresasinteressadas em investir no registro <strong>de</strong> novosprodutos.“A Secretaria vai continuartrabalhan<strong>do</strong> para que as <strong>do</strong>sagens, misturase carências <strong>do</strong>s produtos atendam asnormas estabelecidas pelo Ministério daAgricultura”, disse o secretário. “Essa é anossa preocupação, e vamos seguirfiscalizan<strong>do</strong> o uso excessivo <strong>de</strong>agrotóxicos”, acrescentou.Outra linha <strong>de</strong> trabalho a<strong>do</strong>tada pelasecretaria é orientar o produtor para quefaça o Manejo Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pragas (MIP),em que o agrotóxico só <strong>de</strong>ve ser aplica<strong>do</strong>quan<strong>do</strong> for verificada a infestação <strong>de</strong> pragase <strong>do</strong>enças e na medida que estejamprovocan<strong>do</strong> danos econômicos. “É maisracional e reduz o custo <strong>de</strong> produção”,explicou o secretário.Raiva em bovinosA médica veterinária Elzira JorgePierre (foto), responsável pela área <strong>de</strong> raiva<strong>do</strong> Defis, apresentou um relato sobre asituação da raiva em bovinos no <strong>Paraná</strong> –<strong>do</strong>ença transmitida por mordidas <strong>de</strong>morcegos hematófagos contamina<strong>do</strong>s.Segun<strong>do</strong> ela, a Secretaria da Agriculturaconstatou uma situação atípica naincidência da <strong>do</strong>ença na região Norte <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong>, que neste ano registrou o maiornúmero <strong>de</strong> casos, enquanto em anosanteriores não registrou circulação viral.Em to<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong>, foram notifica<strong>do</strong>s50 casos <strong>de</strong> raiva bovina em 44 focos<strong>de</strong>tecta<strong>do</strong>s. Apenas na região <strong>de</strong> Londrinaforam registra<strong>do</strong>s 21 casos. Em PontaGrossa, on<strong>de</strong> a incidência era maior nosanos anteriores, foram notifica<strong>do</strong>s somentequatro casos nos <strong>do</strong>is primeiros meses<strong>de</strong>ste ano. Em 2011, foram 45.De acor<strong>do</strong> com a médica veterinária,para que o Defis possa acompanhar oscasos e a<strong>do</strong>tar as medidas profiláticas quea situação exige, é necessário que asocorrências sejam registradas nos NúcleosRegionais da Secretaria <strong>de</strong> Agricultura (são21 em to<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong>) ou nas Unida<strong>de</strong>sLocais <strong>de</strong> Sanida<strong>de</strong> Animal e Vegetal(ULSAV). “É responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produtorcomunicar à secretaria a presença <strong>de</strong>abrigos <strong>de</strong> morcegos em suas proprieda<strong>de</strong>sou nas <strong>de</strong> seus vizinhos para que possamoscontrolar a evolução <strong>do</strong>s casos”, alertou.Estão cadastra<strong>do</strong>s na secretaria 919abrigos <strong>de</strong> morcegos em 164 municípios. Amaioria fica nas regiões Sul e Central. Essesabrigos po<strong>de</strong>m ser bueiros, casasCuritiba, abril <strong>2012</strong>. Página 15


aban<strong>do</strong>nadas, ocos <strong>de</strong> árvores, e cavernas,entre outros.Para evitar a <strong>do</strong>ença nos animais, asecretaria recomenda a vacinação contra araiva bovina. Segun<strong>do</strong> a médica veterinária,a <strong>do</strong>ença não tem cura e, uma vezcontamina<strong>do</strong>, o animal morre. E po<strong>de</strong> setransmitida <strong>do</strong>s animais para os homens,levan<strong>do</strong>-os também à morte. “A vacina éeficaz e barata, custa menos <strong>de</strong> R$ 1 porcabeça e funciona muito bem”, esclareceuElzira.Nos animais <strong>de</strong> criação, a vacinação éfeita a partir <strong>do</strong>s três meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, comreforço após 30 dias e <strong>de</strong>pois uma vez porano. Proprietários das áreas em que tenhamsi<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s os casos <strong>de</strong> raiva bovina<strong>de</strong>vem vacinar seus rebanhos e também osanimais <strong>do</strong>mésticos. “Embora não hajacampanha <strong>de</strong> vacinação contra a raiva, elaé recomendada nas regiões endêmicas”,disse a veterinária.Doença da Vaca LoucaDe acor<strong>do</strong> com Elzira Pierre, aOrganização Internacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Animal(OIE) <strong>de</strong>verá fazer, em maio <strong>de</strong>ste ano, umanova avaliação <strong>de</strong> risco <strong>do</strong> Brasil para aincidência da Encefalopatia EspongiformeBovina (mais conhecida como <strong>do</strong>ença davaca louca) e <strong>do</strong> scrapie (outra <strong>do</strong>ençapriônica que afeta os animais ruminantes).A tendência é que o Brasil, que nuncaregistrou casos da <strong>do</strong>ença da vaca louca,seja alça<strong>do</strong> a país <strong>de</strong> risco insignificante,situação que melhora o cenário para asexportações <strong>de</strong> carne bovina. “Atualmente,a <strong>do</strong>ença da vaca louca é a segunda barreirasanitária que mais prejudica as exportações<strong>de</strong> carne <strong>de</strong> um país”, disse a veterinária.A técnica alertou o Conesa para que seenvolva na conscientização <strong>do</strong>s produtores,que <strong>de</strong>vem evitar o uso <strong>de</strong> cama <strong>de</strong> aviáriocomo alimentação para animais – pois osresíduos <strong>de</strong> animais são agentes causa<strong>do</strong>resdas <strong>do</strong>enças priônicas que afetam o cérebro<strong>do</strong>s animais ruminantes.No <strong>Paraná</strong>, o uso <strong>de</strong> cama <strong>de</strong> aviáriocomo alimentação <strong>de</strong> animais está proibi<strong>do</strong>,e o produtor que infringir a legislação po<strong>de</strong>sofrer multas pesadas e abate <strong>de</strong> seusanimais. Segun<strong>do</strong> Elzira, os ConselhosMunicipais <strong>de</strong> Sanida<strong>de</strong> <strong>Agropecuária</strong>(CSAs) <strong>de</strong>vem alertar os produtores para queevitem essa prática. Para ela, somente afiscalização, educação e a informação vãoajudar o Esta<strong>do</strong> e o País a alcançar umaclassificação melhor, que aju<strong>de</strong> os produtoresa exportarem mais seus produtos esubprodutos <strong>de</strong> origem animal.Contribuição: Vânia Casa<strong>do</strong>, jornalista -SEAB.Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 16


Fiscais da Seab apreen<strong>de</strong>m e<strong>de</strong>stroem mudas frutíferasilegais no su<strong>do</strong>este <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>ASecretaria da Agricultura e <strong>do</strong>Abastecimento <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong> <strong>de</strong>struiuna última semana cerca <strong>de</strong> milmudas clan<strong>de</strong>stinas que estavam sen<strong>do</strong>comercializadas no município <strong>de</strong> Verê, nooeste <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.As mudas vinham <strong>de</strong> Sapiranga, no RioGran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul e eram oferecidas diretamentenas proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s agricultores. Osven<strong>de</strong><strong>do</strong>res ambulantes passavam pela manhã,ofereciam a merca<strong>do</strong>ria, quan<strong>do</strong> haviainteresse anotavam o pedi<strong>do</strong> e <strong>de</strong>poisretornavam à tar<strong>de</strong> para fazer a entrega. Estaé uma forma <strong>de</strong> burlar a fiscalização, umavez que eles não apresentavam a <strong>do</strong>cumentaçãonecessária que <strong>de</strong>ve acompanhar acarga. Sem origem <strong>de</strong> procedência, mudase sementes não po<strong>de</strong>m ser vendidas.Para esse tipo <strong>de</strong> comércio é preciso tercadastro no Registro Nacional <strong>de</strong> Sementese Mudas (RENASEM), <strong>do</strong>cumento obrigatórioobti<strong>do</strong> junto ao Ministério da Agricultura;apresentação <strong>de</strong> nota fiscal; Termo <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong><strong>de</strong> Mudas; Certifica<strong>do</strong>Fitossanitário <strong>de</strong> Origem e a Permissão <strong>de</strong>Trânsito <strong>de</strong> Vegetais.A apreensão foi feita pelos engenheirosagrônomos Eduar<strong>do</strong> Martins Portelinha eJoão Fernan<strong>do</strong> Guarienti, da DFI (Divisão <strong>de</strong>Fiscalização <strong>de</strong> Insumos) da Secretaria daAgricultura, Núcleo <strong>de</strong> Franciscol Beltrão.Eles chegaram até os ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res pormeio <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia anônima. De acor<strong>do</strong> comos fiscais, a falta <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos é uma evidência<strong>de</strong> que as mudas foram introduzidas<strong>de</strong> forma clan<strong>de</strong>stina e ilegal em territórioparanaense. “Essas mudas provavelmentesão <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> viveiros sem registros epo<strong>de</strong>m trazer pragas e <strong>do</strong>enças <strong>de</strong> difícilcontrole, ou mesmo pragas que não existemno <strong>Paraná</strong>”, esclareceu Eduar<strong>do</strong> Portelinha.Os ambulantes <strong>de</strong> Sapiranga vendiammudas florestais, ornamentais e frutíferas(principalmente cítricas e rosáceas, comopêssego, nectarina e maçã).Depois <strong>de</strong> conversaremcom vários agricultores os técnicosestimam que mais <strong>de</strong> 20 mil mudas clan<strong>de</strong>stinasforam comercializadas só no município<strong>de</strong> Verê, nas últimas semanas.Eduar<strong>do</strong> Portelinha <strong>de</strong>staca que o objetivoda fiscalização da Secretaria da Agricul-Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 17


tura é evitar que a população adquira mudas<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> duvi<strong>do</strong>sa , pois elas po<strong>de</strong>m disseminaruma série <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças. Para conquistara clientela alguns ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res agiam<strong>de</strong> má-fé, aproveitan<strong>do</strong> inclusive da ingenuida<strong>de</strong>das pessoas.“ Um agricultor nos relatou que esses ven<strong>de</strong><strong>do</strong>resfizeram propaganda enganosa dizen<strong>do</strong>que tinham mudas <strong>de</strong> "morango emárvore" ou "eucalipto para plantar no banha<strong>do</strong>",disse o agrônomo da Seab.Os técnicos da DFI fazem um alerta aosconsumi<strong>do</strong>res. Quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>sejarem adquirirmudas, procurem comerciantes registra<strong>do</strong>sno Ministério da Agricultura e fiscaliza<strong>do</strong>spela Secretaria da Agricultura, pois nessesestabelecimentos eles terão garantias e po<strong>de</strong>rãovoltar para reclamar seus direitos casoas mudas não estejam a contento. Já quan<strong>do</strong>a compra é feita na comunida<strong>de</strong>, na proprieda<strong>de</strong>rural ou na porta <strong>de</strong> casa, comoaconteceu no município <strong>de</strong> Verê, dificilmenteisso po<strong>de</strong>rá ser feito.Eduar<strong>do</strong> Portelinha lembra ainda que muitosagricultores pagam por essa mudas clan<strong>de</strong>stinaspreços superiores aos pratica<strong>do</strong>snum viveiro legaliza<strong>do</strong>. “Quem compra <strong>de</strong>clan<strong>de</strong>stino só tem prejuizo. Alguns ven<strong>de</strong><strong>do</strong>rescobram até R$ 30 por muda, enquantoque no merca<strong>do</strong> legaliza<strong>do</strong> essa mesmamuda po<strong>de</strong> custar R$ 8. Mas nesse momentonão estamos nem questionan<strong>do</strong> o valor dasmudas e sim a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la”, acrescentouo técnico da Seab.Contribução: Jornalista Vânia Casa<strong>do</strong>,Seab.Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 18


Eliminação <strong>do</strong> BHC inicia naregião <strong>de</strong> Cornélio ProcópioProprieda<strong>de</strong> rural em Assaí mantinha 2,5 toneladas<strong>de</strong> produtos estoca<strong>do</strong>s há mais <strong>de</strong> 20 anosNa última sexta-feira (23), nomunicípio <strong>de</strong> Assaí, foi realiza<strong>do</strong>o primeiro recolhimento naregião <strong>de</strong> Cornélio Procópio <strong>de</strong> BHC e/ououtros agrotóxicos proibi<strong>do</strong>s por lei,auto<strong>de</strong>clara<strong>do</strong>s ao Governo em 2009. A açãofaz parte <strong>de</strong> uma iniciativa <strong>do</strong> Governo <strong>do</strong><strong>Paraná</strong> por meio da Secretaria <strong>do</strong> MeioAmbiente e Recursos Hídricos, IAP (InstitutoAmbiental <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>), SEAB (Secretaria daAgricultura e <strong>do</strong> Abastecimento) e Emater,além <strong>de</strong> representantes <strong>do</strong> setor priva<strong>do</strong>InpEV, Sistema Ocepar e Sistema FAEP, quese reuniram para viabilizar o cadastramento,recebimento, transporte e <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong>ssesprodutos. O presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Sindirural(Sindicato <strong>do</strong>s Produtores Rurais <strong>de</strong>Cornélio Procópio), Floriano Leite Ribeiro eo vice-presi<strong>de</strong>nte, Marcos Geraix, marcarampresença na ação.O Projeto teve início em 2009, quan<strong>do</strong> osagricultores tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>clarar a existência <strong>de</strong>sses produtos emsuas proprieda<strong>de</strong>s rurais com respal<strong>do</strong> <strong>de</strong>uma Lei Estadual que os isentou <strong>de</strong>quaisquer sanções cíveis, penais ouadministrativas, relacionadas à posse<strong>de</strong>sses agrotóxicos. Os produtores rurais ouinstituições paranaenses que <strong>de</strong>clararam aposse <strong>do</strong> produto <strong>de</strong>verão <strong>de</strong>volvê-los a 20armazéns espalha<strong>do</strong>s pelas regiões <strong>do</strong>Produtos sao ancodiciona<strong>do</strong>s,primeiramente, em sacos plásticosEsta<strong>do</strong> que foram licencia<strong>do</strong>s para recebertemporariamente os produtos.Segun<strong>do</strong> Carla Paiva, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>projeto na região, a ação visa retirar <strong>do</strong>campo agrotóxicos obsoletos, em especialos organoclora<strong>do</strong>s, cuja fabricação,comercialização e utilização estão proibidaspor lei no Brasil. “Só na região <strong>de</strong> Cornélio,que compreen<strong>de</strong> 23 municípios, temos emtorno <strong>de</strong> 100 toneladas <strong>de</strong> produtosestoca<strong>do</strong>s. Estes produtos sãoextremamente persistentes e não se<strong>de</strong>gradam facilmente no ambiente. Elescontaminam solo, água, plantas, animais e opróprio homem e ainda, se acumulam nascamadas gordurosas <strong>do</strong> organismo e aolongo <strong>de</strong> toda a ca<strong>de</strong>ia alimentar”, salientou.Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 19


O recolhimento <strong>de</strong> 2,5 toneladas <strong>de</strong>produtos agrotóxicos ocorreu na proprieda<strong>de</strong><strong>do</strong> Sr.Fernan<strong>de</strong>s Koguishi, que mantinha omaterial estoca<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1985, quan<strong>do</strong> o usofoi proibi<strong>do</strong> por Lei nacional. “Na década <strong>de</strong>60 usávamos este produto sem nenhumaproteção, inclusive, com as próprias mãos.Não sabíamos <strong>do</strong>s riscos que estávamoscorren<strong>do</strong>”, explica o agricultor. Ele se mostrousatisfeito com a ação e alivia<strong>do</strong> ao se<strong>de</strong>sfazer, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> vários anos, <strong>de</strong>stesprodutos altamente tóxicos. “Sem a parceria,a união e colaboração <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, com certezanão conseguiríamos solucionar este problemae o maior responsável e beneficia<strong>do</strong>por esta ação é o próprio produtor rural quearmazenou com zelo, por vários anos, esteproduto e fez a auto-<strong>de</strong>claração ao GovernoEstadual”, completou Carla.Para o acondicionamento e transporte <strong>do</strong>sprodutos aos armazéns temporários, foramdistribuí<strong>do</strong>s diretamente aos produtoresrurais, kits <strong>de</strong> segurança personaliza<strong>do</strong>sconten<strong>do</strong> sacos <strong>de</strong> acondicionamento, EPIscompletos, folhetos explicativos sobre osprocedimentos da operação, com os locaispara <strong>de</strong>volução e cópia <strong>de</strong> uma licençaespecial emitida pelo IAP (Instituto AmbientalProdutos sen<strong>do</strong> carrega<strong>do</strong>s no veículo.Kit <strong>de</strong> segurança para manipulação <strong>do</strong>sprodutos.<strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>) para transporte <strong>do</strong> material, que<strong>de</strong>verá ser apresentada na <strong>de</strong>voluçãojuntamente com a via da auto-<strong>de</strong>claraçãofeita em 2009. Será fornecida ao agricultor,no ato da <strong>de</strong>volução, uma certidão atestan<strong>do</strong>que os produtos foram <strong>de</strong>vidamenteentregues ao Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e que osenvolvi<strong>do</strong>s estão isentos <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>s.Entre os meses <strong>de</strong> março e julho, cerca<strong>de</strong> 2 mil agricultores e instituiçõesparanaenses, que <strong>de</strong>clararam a posse <strong>de</strong>mais <strong>de</strong> 600 toneladas <strong>de</strong> produtos emdiversas regiões <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Após a<strong>de</strong>volução aos armazéns temporários, osprodutos serão encaminha<strong>do</strong>s para aincineração, um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>struiçãotérmica realiza<strong>do</strong> sob alta temperatura eutiliza<strong>do</strong> para o tratamento <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong>alta periculosida<strong>de</strong>, ou que necessitam <strong>de</strong><strong>de</strong>struição completa e segura. “Sem dúvidanenhuma, o <strong>de</strong>stino final a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para estesprodutos será um bem enorme para oambiente”, concluiu Carla Paiva,coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> projeto na região <strong>de</strong>Cornélio Procópio.Contribuição: Eng a Agrônoma CarlaPaiva, NR SEAB Cornélio Procópio.Matéria da jornalista Laiz Auriglietti.Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 20


Treinamento em tecnologia <strong>de</strong>aplicação <strong>de</strong> agrotóxicos nacultura <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcarFig. 1 - Treinamento realiza<strong>do</strong> pelos Engeheiros Agrônomos Ralph Rabello Andra<strong>de</strong> (DEFIS/DFI), Amaril<strong>do</strong>Luiz Passarin (DEFIS/DDSV) e Nelson Harger (EMATER).A SEAB/DEFIS e o Instituto EMATERrealizou 2 treinamentos na empresa RenukaVale <strong>do</strong> Ivaí S/A, no município <strong>de</strong> São Pedro<strong>do</strong> Ivaí, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a 53 funcionários, entreEngenheiros Agrônomos, técnicos eopera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> pulveriza<strong>do</strong>res, nos dias 22e 23 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2012</strong> (Fig. 1).Em função <strong>de</strong> alguns problemasassocia<strong>do</strong>s à <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> agrotóxicosaplica<strong>do</strong>s na cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar e queatingiram culturas vizinhas, houvenecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se elaborar um treinamentoespecífico para os aplica<strong>do</strong>res <strong>de</strong>agrotóxicos nessa cultura.O uso <strong>de</strong> agrotóxicos na cultura da cana<strong>de</strong>-açúcarestá restrita, principalmente, àsequipes <strong>de</strong> trabalho das usinas <strong>de</strong> açúcar eálcool, o que facilita o acesso a treinamentosem tecnologia <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> agrotóxicospelos órgãos oficiais <strong>de</strong> fiscalização eassistência técnica.Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 21


No treinamento, além <strong>do</strong>s aspectos legais referentes à aplicação <strong>de</strong> agrotóxicos, foramavaliadas as condições <strong>do</strong>s equipamentos <strong>de</strong> pulverização da empresa tais comodistribuição da calda ao longo da barra da pulverização (Fig. 2.a) e as consequências <strong>do</strong>uso <strong>de</strong> pressão <strong>de</strong> pulverização distinta daquela recomendada em receita agronômica (Fig.2.b). O aumento da pressão provoca gotas mais finas que as recomendadas, aumentan<strong>do</strong>o risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>riva. Após regular o pulveriza<strong>do</strong>r foi feita avaliação <strong>do</strong> tamanho das gotas aolongo da barra <strong>de</strong> pulverização, mostran<strong>do</strong> a efetivida<strong>de</strong> das técnicas apresentadas (Fig. 3).a) Distribuição da pulverização b) Tamanho <strong>de</strong> gotasFigura 2. Avaliação da distribuição <strong>do</strong> volume distribuí<strong>do</strong> ao longo da barra <strong>de</strong> pulverização (a) etamanho das gotas quan<strong>do</strong> submetidas sob pressões diferentes (b).Figura 3. Avaliação <strong>do</strong> tamanho das gotas em 4 pontos da barra <strong>de</strong> pulverização após calibração <strong>do</strong>equipamento.Em 2011, o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong> produziu 52milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar emuma área aproximada <strong>de</strong> 650 mil hectares.Mesmo consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se a taxa <strong>de</strong> expansãoda área da cultura ocorrida nas últimas 5safras, sua área ocupada ten<strong>de</strong> a estabilizarseem níveis abaixo <strong>de</strong> 750 mil hectares napróxima década.No ano <strong>de</strong> 2011 foram emitidas 17.409receitas <strong>de</strong> produtos agrotóxicos para usona cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><strong>Paraná</strong>, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o Sistema <strong>de</strong>Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 22


Eng. Agr. Amaril<strong>do</strong> Passarin, NR SEAB <strong>de</strong> Apucarana.Monitoramento <strong>do</strong> Comércio e Uso <strong>de</strong>Agrotóxicos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong> (SIAGRO).Relativamente à classe <strong>do</strong> produto, houvemaior recomendação <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> herbicidasque, juntamente com espalhantes a<strong>de</strong>sivose adjuvantes, representou mais <strong>de</strong> 90% dasrecomendações <strong>de</strong> agrotóxicos para acultura, conforme figura 4.Figura 4. Quantida<strong>de</strong> recomendada <strong>de</strong> agrotóxicos para a cultura da cana-<strong>de</strong>açúcar,no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>, durante o ano <strong>de</strong> 2011, conforme classe <strong>de</strong> produto.Fonte: Sistema <strong>de</strong> Monitoramento <strong>do</strong> Comércio e Uso <strong>de</strong> Agrotóxicos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>(SIAGRO).Em relação à sazonalida<strong>de</strong> da comercialização <strong>de</strong> agrotóxicos e herbicidas para a culturada cana-<strong>de</strong>-açúcar, verifica-se que houve sazonalida<strong>de</strong> tanto <strong>de</strong> agrotóxicos em geral quanto<strong>de</strong> herbicidas em particular no perío<strong>do</strong> compreendi<strong>do</strong> entre agosto e janeiro, conforme fig.5.Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 23


a) Totalb) HerbicidasFigura 5. Sazonalida<strong>de</strong> da comercialização <strong>de</strong> agrotóxicos (total) e herbicidas na culturada cana-<strong>de</strong>-açúcar no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong> no ano <strong>de</strong> 2011.Fonte: Sistema <strong>de</strong> Monitoramento <strong>do</strong> Comércio e Uso <strong>de</strong> Agrotóxicos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong> (SIAGRO).É importante salientar que gran<strong>de</strong> parte<strong>do</strong>s princípios ativos herbicidas utiliza<strong>do</strong>s nacana-<strong>de</strong>-açúcar são altamente persistentese móveis no solo e, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à forte correlaçãoentre a época <strong>de</strong> maior aplicação e o perío<strong>do</strong><strong>de</strong> maior intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chuvas, uma<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> Planejamento Conservacionista,consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> um eficiente controle <strong>do</strong>escorrimento superficial <strong>de</strong> água e daerosão <strong>do</strong> solo, é essencial para anecessária proteção <strong>do</strong> ambiente, sobretu<strong>do</strong>relativamente à contaminação das águassuperficiais e lençóis freáticos.Dos herbicidas mais utiliza<strong>do</strong>s na culturada cana-<strong>de</strong>-açúcar, <strong>de</strong>stacam-se osingredientes ativos Glifosato, Diurom,Hexazinona, MSMA, Ametrina, Thebuthiuron,2,4-D e Clomazone, representan<strong>do</strong> mais <strong>de</strong>92% <strong>do</strong> volume recomenda<strong>do</strong> para essacultura, conforme tabelas 1 e 2.Tabela 1. Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> herbicidas recomenda<strong>do</strong>s para a cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar, noEsta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>, durante o ano <strong>de</strong> 2011, conforme ingrediente ativo.Ingrediente Ativo Quantida<strong>de</strong> (Kg/L) Área (ha)Glifosato 307.875 31,70% 120.208 26,50%Diurom + Hexazinona 205.366 21,10% 90.938 20,00%MSMA 134.479 13,80% 58.296 12,80%Ametrina 65.579 6,70% 12.342 2,70%Tebuthiuron 52.315 5,40% 26.987 5,90%2,4-D 39.750 4,10% 28.208 6,20%Hexazinona 34.332 3,50% 30.238 6,70%Clomazone 24.643 2,50% 16.602 3,70%Diurom 19.673 2,00% 6.078 1,30%Clomazone + Hexazinona 7.385 0,80% 3.779 0,80%Clomazone + Ametrina 3.860 0,40% 762 0,20%Outros 76.433 7,90% 59.962 13,20%Total 971.691 100,00% 454.400 100,00%Fonte: Sistema <strong>de</strong> Monitoramento <strong>do</strong> Comércio e Uso <strong>de</strong> Agrotóxicos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong> (SIAGRO).As tabelas 1 e 2 mostram a baixa varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos utiliza<strong>do</strong>s na cultura da cana<strong>de</strong>-açúcar,o que torna mais simples a tecnologia <strong>de</strong> aplicação, por não haver necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> gran<strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> nas recomendações <strong>de</strong> aplicação (pressão <strong>de</strong> pulverização, tipos<strong>de</strong> pontas <strong>de</strong> pulverização, volume <strong>de</strong> calda, etc.).Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 24


Tabela 2. Principais ingredientes ativos recomenda<strong>do</strong>s para a cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><strong>Paraná</strong> no ano <strong>de</strong> 2011, as principais marcas comercializadas e observações pertinentes para cadaingrediente ativo.Ingrediente Ativo Marca Comercial Observações importantes para aplicaçãoGlifosato Trop O uso <strong>de</strong> água barrenta diminui a ação <strong>do</strong> produto.RoundupDiurom Velpar A pulverização <strong>de</strong>verá produzir um tamanho médio<strong>de</strong> gotas <strong>de</strong> 420 a 520 µm; Intervalo <strong>de</strong> Segurança<strong>de</strong> 150 dias.HexaronHexazinona Velpar A pulverização <strong>de</strong>verá produzir um tamanho médio<strong>de</strong> gotas <strong>de</strong> 420 a 520 µm;DiscoverUma única aplicação durante a safra;Cana objeto <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong>ste herbicida não po<strong>de</strong>ráser utilizada para alimentação animal.MSMA Volcane Apenas 1 (uma) aplicação por safra;Não aplicar em dias nubla<strong>do</strong>s.Ametrina Gesapax Não aplicar nas rebrotas <strong>de</strong> touceiras <strong>de</strong> braquiária ecapim-colonião;Sinergetamanho médio <strong>de</strong> gotas <strong>de</strong> 200 a 300 µm.Tebuthiuron Combine Tamanho médio <strong>de</strong> gotas <strong>de</strong> 200 a 300 µm;ButironPara a rotação <strong>de</strong> culturas <strong>de</strong>ve-se aguardar umperío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 24 meses após a última aplicação.Clomazone Gamit O diâmetro médio das gotas <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> 450 µm;DiscoverUma única aplicação durante a safra;Não aplicar a menos <strong>de</strong> 800 m <strong>de</strong> girassol, milho,hortas, pomares, ...2,4-D Aminol Tamanho médio <strong>de</strong> gotas: acima <strong>de</strong> 200 µm;DMAO produto não po<strong>de</strong> ser mistura<strong>do</strong> com óleo.Fonte: Bulas <strong>do</strong>s produtos.Uso <strong>de</strong> agrotóxicosA aplicação <strong>de</strong> agrotóxicos que atingeárea e cultura distinta daquelasrecomendadas em receita agronômicachama-se <strong>de</strong>riva. To<strong>do</strong> agrotóxico que nãoatinge seu alvo (<strong>de</strong>terminada planta daninha,inseto, <strong>do</strong>ença, etc.) sofre <strong>do</strong> fenômeno da<strong>de</strong>riva. Quan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>riva ocorre comagrotóxico que causa efeito tóxico emlavoura vizinha, o agricultor prejudica<strong>do</strong> po<strong>de</strong>realizar reclamação junto ao Departamento<strong>de</strong> Fiscalização da SEAB. Se houveri<strong>de</strong>ntificação da <strong>de</strong>riva e relação entre causa(aplicação) e efeito (fitotoxicida<strong>de</strong>), oresponsável pela má aplicação será autua<strong>do</strong>.Palestra <strong>do</strong> Eng. Agr. Ralph R. Andra<strong>de</strong>,Seab/DEFIS/DFI, ApucaranaDeriva por agrotóxicos sempre éresulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma aplicação ineficiente e asprincipais causas <strong>de</strong>ssa ineficiência são:a) o <strong>de</strong>srespeito às recomendações da bulae da Receita Agronômica;Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 25


) a falta <strong>de</strong> manutenção <strong>do</strong>s equipamentos<strong>de</strong> pulverização;c) a falta <strong>de</strong> treinamento ao aplica<strong>do</strong>r,e sãoexatamente essas causas que <strong>de</strong>seja-seeliminar no treinamento elabora<strong>do</strong> porSeab/Defis e Emater.Uma prescrição a<strong>de</strong>quada, através <strong>de</strong>Receita Agronômica, sempre <strong>de</strong>ve prece<strong>de</strong>ruma correta aplicação <strong>de</strong> agrotóxicos.Informações <strong>de</strong>talhadas relativas àtecnologia <strong>de</strong> aplicação como <strong>do</strong>sagem,pressão <strong>de</strong> pulverização, tipo <strong>de</strong> ponta (bico)<strong>de</strong> pulverização, tamanho <strong>de</strong> gota econdições climáticas (temperatura, umida<strong>de</strong>relativa e velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong> vento) <strong>de</strong>vem constarna Receita Agronômica e <strong>de</strong>vem serseguidas pelo usuário. Porém, <strong>de</strong> nadaadianta seguir as orientações da receita seos equipamentos para pulverização nãopassarem por manutenção periódica ou seo aplica<strong>do</strong>r não for capaz <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r asrecomendações da receita.ConclusõesSão poucos os princípios ativos utiliza<strong>do</strong>sem gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s na cultura da cana<strong>de</strong>-açúcarno Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>, o que tornao trabalho <strong>de</strong> uma prescrição técnica correta(receita agronômica) uma ativida<strong>de</strong> menostrabalhosa e difícil.Gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>sses ingredientes ativossão muito persistentes e móveis, o que éimportante quan<strong>do</strong> se compara com aqualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> manejo <strong>do</strong> solo agrícola on<strong>de</strong>essa cultura está instalada e a área total quea cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar ocupa no<strong>Paraná</strong>. Sob essas circunstâncias não sepo<strong>de</strong> trabalhar a fiscalização sobre o uso <strong>de</strong>agrotóxicos <strong>de</strong> forma dissociada dafiscalização sobre o uso <strong>do</strong> solo agrícola eda fiscalização sobre a qualida<strong>de</strong> da águasuperficial das microbacias on<strong>de</strong> a cultura dacana-<strong>de</strong>-açúcar pre<strong>do</strong>mina.Nota-se um problema generaliza<strong>do</strong> daqualida<strong>de</strong> das prescrições técnicas, através<strong>de</strong> receitas agronômicas com falta <strong>de</strong>informações referentes à(s) tecnologia(s) <strong>de</strong>aplicação correta(s) <strong>do</strong>s agrotóxicosrecomenda<strong>do</strong>s, assim como sua falta <strong>de</strong>clareza, dificultan<strong>do</strong> o entendimento daquelesque, em tese, <strong>de</strong>veriam lê-las e aplicá-las àrisca. Também há um problema generaliza<strong>do</strong><strong>de</strong> falta <strong>de</strong> manutenção a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong>sequipamentos <strong>de</strong> pulverização, notadamente<strong>do</strong>s filtros <strong>de</strong> linha e pontas gastas,normalmente causa<strong>do</strong>s pela má qualida<strong>de</strong>da água utilizada na pulverização e pelabaixa frequência <strong>de</strong> substituição das pontas.Recomenda-se um programa <strong>de</strong>treinamento sobre legislação <strong>de</strong> agrotóxicos,com foco na receita agronômica, para osprofissionais que as prescrevem para acultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar, sobretu<strong>do</strong>aqueles que trabalham para usinas <strong>de</strong> açúcare álcool. Também se recomenda umprograma <strong>de</strong> treinamento sobre tecnologia<strong>de</strong> aplicação para os profissionais querealizam prescrições agronômicas e paraaqueles que executam as aplicações.Engenheiro agrônomo Nelson Harger, Emater,no treinamento com produtores.Contribuição: Engenheiro AgrônomoRalph Rabelo Andra<strong>de</strong>, fiscal DFI, NRSEAB <strong>de</strong> Apucarana.Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 26


SECRETÁRIO NORBERTO ORTIGARANA EXPOBEL <strong>2012</strong>A Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Agricultura e<strong>do</strong> Abastecimento <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong> SEAB-PResteve representada junto com a Claspar eo Iapar, no módulo (tenda) <strong>do</strong> programaAvança <strong>Paraná</strong> (Secretaria <strong>de</strong> AssuntosEstratégicos) na 25º EXPOBEL realizada <strong>de</strong>09 à 18 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2012</strong> no Parque <strong>de</strong>Exposições <strong>do</strong> município <strong>de</strong> FranciscoBeltrão, evento que ocorre a cada <strong>do</strong>is anose que reúne segmentos industriais,comerciais e principalmente agropecuários.Foram 503 expositores no total, sen<strong>do</strong>consi<strong>de</strong>rada uma das maiores exposições<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>, neste ano houve umnovo recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> público com 271.514visitantes (55.412 visitantes num único dia).O espaço da SEAB foi visita<strong>do</strong> poragropecuaristas, estudantes, autorida<strong>de</strong>smunicipais e estaduais alem <strong>do</strong> público emgeral, na ocasião os funcionários da SEAB,Claspar e Iapar <strong>de</strong>ram explicações aopúblico sobre ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelosórgãos, bem como distribuíram folhetosinformativos <strong>do</strong>s respectivos órgãos.Na foto, o Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> daAgricultura e <strong>do</strong> Abastecimento NorbertoOrtigara, o Chefe <strong>do</strong> Núcleo Regional daSeab <strong>de</strong> Francisco, Beltrão Neri Munaro efuncionários da Seab, Claspar e Iapar,prestigian<strong>do</strong> o evento.Equipe Seab que aten<strong>de</strong>u ao evento.Contribuição: Eng. Agrônomo DDSVNúcleo Regional <strong>de</strong> Francisco BeltrãoEdson Marcos Maurício.Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 27


CARTA DA REGIÃO SUDOESTEPARA A AGROINDUSTRIALIZAÇÃOA Região Su<strong>do</strong>este <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>, tradicional produtora <strong>de</strong> matériaprima agropecuária, sofreu ao longo <strong>do</strong>tempo com a falta <strong>de</strong> investimentos no setor,exportan<strong>do</strong> esta mesma matéria prima,permitin<strong>do</strong> que outros locais agregassemvalor.Recentemente, com o crescimento daca<strong>de</strong>ia da Bovinocultura <strong>de</strong> Leite houve umefeito positivo na agroindustrializaçãoresultan<strong>do</strong> na criação <strong>de</strong> um númeroexpressivo <strong>de</strong> pequenas e médias indústrias.O setor da carne também se solidificou comas gran<strong>de</strong>s indústrias, principalmente naavicultura, necessitan<strong>do</strong> <strong>de</strong> apoio para aspequenas e médias indústrias, ligadas àsca<strong>de</strong>ias produtivas da suinocultura,bovinocultura, caprino/ovino e piscicultura. Asca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Olericultura e Fruticultura tambémestão em fase <strong>de</strong> ampliação e com umnúmero expressivo <strong>de</strong> produtores <strong>de</strong> suco <strong>de</strong>uva e vinho.Em encontro realiza<strong>do</strong> em 27 <strong>de</strong> outubro<strong>de</strong> 2011 em Francisco Beltrão, na RegiãoSu<strong>do</strong>este <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>, cujos focos principaissão as ca<strong>de</strong>ias produtivas <strong>do</strong> leite e da carne,e posteriormente os outros sistemas, houvea tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> iniciar o processo<strong>de</strong> implantação <strong>do</strong> Sistema SISBI/SUASA.Esta disposição envolve os compromissos<strong>de</strong> <strong>de</strong>finir encaminhamentos regionais naárea <strong>de</strong> abrangência da AMSOP, uma vezque os municípios individualmente têmdificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> implementar um sistema <strong>de</strong>inspeção.Para que o processo chegue a bom termo,há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio das entida<strong>de</strong>senvolvidas no processo.Reuni<strong>do</strong>s nesse evento, consi<strong>de</strong>raramque:1 – O futuro <strong>de</strong> muitas comunida<strong>de</strong>s rurais<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> iniciativasna agroindustrialização;2 - As pequenas e médias agroindústriasencontram dificulda<strong>de</strong>s em avançar, pelafalta <strong>de</strong> política <strong>de</strong> investimentos, pelatributação injusta e pelo sistema <strong>de</strong> inspeçãoina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> a sua realida<strong>de</strong>;3 – Há um número expressivo <strong>de</strong>agroindústrias, constituídas, legalizadas queprecisam evoluir;4 – Há um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong>agroindústrias na informalida<strong>de</strong> quenecessitam emergir <strong>de</strong>sta condição;5 – Há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estimular ainovação nestas agroindústrias para produzircom diversida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>, condiçãoessencial para sua evolução;6 - Estas pequenas indústrias têm altoretorno social, dinamizam a economia, epermitem que os municípios menores sejamincluí<strong>do</strong>s no processo;7 – A região tem alto potencial turístico eestas iniciativas preparam as condiçõespara que esta ativida<strong>de</strong> altamenteagrega<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> valor, e <strong>de</strong> baixo impactoambiental, se <strong>de</strong>senvolva.Médico veterinário Horácio Slongo, chefe<strong>do</strong> SIP/POA da Seab/Defis.Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 28


8 – A região <strong>de</strong>staca-se pela produção <strong>de</strong> alimentos <strong>de</strong> origem animal e vegetal. Na áreavegetal é expressivo o número <strong>de</strong> produtores <strong>de</strong> sucos <strong>de</strong> uva e vinho que necessitamapoio.Ten<strong>do</strong> em vista estas consi<strong>de</strong>rações, solicitaram apoio para:1 - Desenvolver ações visan<strong>do</strong> a implantação <strong>do</strong> SISBI/SUASA no âmbito <strong>do</strong>s 42municípios da área abrangida pela AMSOP – Associação <strong>do</strong>s Municípios <strong>do</strong> Su<strong>do</strong>este <strong>do</strong><strong>Paraná</strong>.2 - Destinar recursos financeiros para estruturar o serviço <strong>de</strong> inspeção na região;3 - Destinar recursos para a a<strong>de</strong>quação, consolidação e melhoria das agroindústriasque <strong>de</strong>cidirem entrar no processo;4 - Privilegiar o apoio às formas cooperativas <strong>de</strong> atuação;5 - O apoio e recursos para equipamentos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s e adapta<strong>do</strong>s à realida<strong>de</strong> daspequenas e médias agroindústrias, tais como resfria<strong>do</strong>res, fábricas <strong>de</strong> gelo, pasteuriza<strong>do</strong>rese outros para serem disponibiliza<strong>do</strong>s em forma <strong>de</strong> comodato a estas formas associativas,com contra-partida <strong>do</strong>s beneficiários;6 - Destinar recursos para capacitação <strong>do</strong>s profissionais para trabalharem na inspeção,agroindustrialização e organização;7 - Apoio ao intercâmbio com outras regiões e paises para buscar informações ealternativas para as nossas agroindústrias;8 - Capacitação <strong>do</strong>s produtores rurais e agroindústrias;9- Gestionar junto ao MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que<strong>de</strong>legue aos esta<strong>do</strong>s e municípios a inspeção e controle <strong>de</strong> sucos e vinho.Contribução: Medicos veterinários Aurelino Menarin, secretário executivo <strong>do</strong> Conesae Horácio Slongo, chefe <strong>do</strong> SIP/POA da Seab/Defis.Curitiba, abril <strong>2012</strong>. Página 29

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!