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Projeto de pesquisa de pos doc ECA revisado - ECA - USP

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8 intensida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> afetos. Não se trata <strong>de</strong> um mero pedaço <strong>de</strong> carne, <strong>de</strong> algo neutro à própriahistória, ao outro, ao contexto em que vive. Corpo é, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Freud, uma materialida<strong>de</strong>perpassada <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong>.Trabalhando a partir das obras <strong>de</strong> Nazareth Pacheco, Cindy Sherman e MarinaAbramovic, pu<strong>de</strong> acompanhar três modos <strong>de</strong> recolocar esse corpo feminino em jogo, partindosempre <strong>de</strong> um corpo que, mesmo na história da arte, sempre esteve dado passivamente aoolhar do espectador ou à ação do artista e que, em <strong>de</strong>terminado momento, faz uso <strong>de</strong>sse lugar<strong>de</strong> ser olhado em que é colocado para justamente <strong>de</strong>slocar-se <strong>de</strong>le e criar um incômodo emseu espectador. Esse corpo fixado nesse lugar submetido ao olhar do outro – que nas artesassim aparece em total consonância com o modo como também aparecia no campo social e,até mesmo, no campo psicanalítico – é o que chamei <strong>de</strong> um corpo asséptico, retirado <strong>de</strong> todasua corporeida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> tudo o que lhe faz ser corpo e, ainda mais, <strong>de</strong> tudo o que lhe faz sercorpo feminino. Esse corpo asséptico que se apresenta ao olhar é o corpo sem corporeida<strong>de</strong>que só po<strong>de</strong>rá resgatar-se em sua condição mais carnal na medida em que os artistas, em seucampo, ou as histéricas, no âmbito da clínica psicanalítica, começarem a criar problemas ao<strong>de</strong>slocá-lo <strong>de</strong>sse lugar <strong>de</strong> conforto. O corpo submetido e passivo ao olhar e à ação do outropassa a ser, então, e é aí que as obras das artistas acima citadas muito me auxiliaram aenten<strong>de</strong>r como tal <strong>de</strong>slocamento se opera, uma estratégia <strong>de</strong> provocação e <strong>de</strong> aprisionamento<strong>de</strong>sse outro, que cai na cilada <strong>de</strong>sse corpo para <strong>de</strong>frontar-se, então, com um corporeencarnado, sangrando, perturbador. Estratégia <strong>de</strong> recolocar o corpo em cena a partir dopróprio lugar e pelos mesmos meios pelos quais ele havia sido retirado.Penso que seja <strong>pos</strong>sível perceber, neste ponto, que o corpo e sua materialida<strong>de</strong>tornaram-se, para o escopo da minha <strong>pesquisa</strong>, o ponto fundamental sobre o qual busquei me<strong>de</strong>ter a fim <strong>de</strong> perscrutar um lugar <strong>pos</strong>sível para que algo seja <strong>pos</strong>to em jogo, movimentado edaí tirar as conseqüências <strong>pos</strong>síveis para o que seja do âmbito da constituição subjetiva. Pois


9 constituir-se em sujeito, ter um psiquismo, existir, em um tempo que eu <strong>de</strong>nominei comosendo aquele em que a ausência <strong>de</strong> obra expandiu-se por todo o campo da subjetivida<strong>de</strong>humana, tornou-se tão improvável que, ao psicanalista, cabe indagar-se sobre os modos e osmeios que ainda permitem que algo como a constituição <strong>de</strong> uma subjetivida<strong>de</strong> ocorra.Explico-me.Quando Michel Foucault (1972) escreveu seu História da Loucura na Ida<strong>de</strong> Clássica,ele juntou ao texto um pequeno apêndice intitulado “Loucura: ausência <strong>de</strong> obra” em queapresenta a idéia <strong>de</strong> que, se durante muito tempo a loucura foi entendida como produtora <strong>de</strong>obra, ou seja, como portadora <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> um sentido passíveis <strong>de</strong> seremconsi<strong>de</strong>rados a partir da superstição, da magia ou até mesmo da religiosida<strong>de</strong>... Ou seja, sedurante muito tempo o louco era alguém que dizia uma verda<strong>de</strong>, naquilo que chamou <strong>de</strong>experiência trágica da loucura, quando a loucura começa a passar pelo longo processo quefará com que ela ganhe o contorno <strong>de</strong> uma doença mental, o que se per<strong>de</strong> com isso éjustamente esse seu caráter <strong>de</strong> fazer sentido, <strong>de</strong> trazer a verda<strong>de</strong> ou, enfim, <strong>de</strong> produzir obra.O louco doente mental não produz obra nenhuma, sendo passivo ao saber sobre ele que ésempre do outro, <strong>pos</strong>to que ele nada tem a dizer sobre si que <strong>pos</strong>sa ser consi<strong>de</strong>rado. O que erauma experiência, um modo <strong>de</strong> existência torna-se uma condição patológica e a loucura passaa ser entendida como ausência <strong>de</strong> obra.O que acontece, a partir <strong>de</strong>ssa localização da loucura nesse lugar da ausência <strong>de</strong> obra,é que isso se alastra para outros cam<strong>pos</strong> da subjetivida<strong>de</strong> humana. Muito do que sempre foivivido e experimentado como modos subjetivos <strong>de</strong> ser – como a loucura a qual acabo <strong>de</strong> fazerreferência – vai sendo englobado pelo campo das doenças mentais e, ao se tornar doença,<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> produzir sentido, <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> trazer alguma verda<strong>de</strong> sobre o sujeito ali presente, torna-seausência <strong>de</strong> obra. Conseqüentemente, o meu ponto <strong>de</strong> partida ao longo da tese <strong>de</strong> doutorado


10 foi precisamente essa expansão da idéia <strong>de</strong> ausência <strong>de</strong> obra para muitos âmbitos do acontecerhumano o que trouxe, em seu bojo, a seguinte questão: se não há quase lugar <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>obra, hoje em dia, e se isso faz com que não haja quase lugares <strong>de</strong> constituição subjetiva, on<strong>de</strong>e como essas subjetivida<strong>de</strong>s conseguem acontecer?Minha hipótese naquele momento: a subjetivida<strong>de</strong> só consegue se dar nos cam<strong>pos</strong> <strong>de</strong>borda e <strong>de</strong> fronteira, nos cam<strong>pos</strong> marginais ao que estaria pro<strong>pos</strong>to atualmente como via <strong>de</strong>subjetivação e que serviria, pelo contrário, muito mais à domesticação e ao disciplinamentodos seres. Os lugares <strong>de</strong> borda, aqueles sobre os quais essa domesticação inci<strong>de</strong> da maneiramais violenta e que, paradoxalmente, ou talvez justamente por isso, constituem-se nos lugaresem que uma rebelião se faz <strong>pos</strong>sível. Os lugares <strong>de</strong> borda perscrutados por aquela <strong>pesquisa</strong>: ocorpo e o feminino.Se bem que su<strong>pos</strong>ta a partir do campo psicanalítico, ou guardando <strong>de</strong>le seu potencialmais <strong>de</strong>salienante, aquele mesmo que começa com Freud e suas histéricas cujos cor<strong>pos</strong> serebelam à domesticação e obrigam a conceber uma nova idéia <strong>de</strong> corpo, um corpo pulsional,marcado pelo <strong>de</strong>sejo, pelas marcas <strong>de</strong> memória, pelos afetos e representações, ou seja, umcorpo radicalmente subjetivo, tal hipótese dos lugares <strong>de</strong> subjetivação nas bordas apenasganhou corpo quando pu<strong>de</strong> me <strong>de</strong>parar com o movimento análogo que se dá no campo dasartes visuais e com os modos pelos quais os artistas – entre os quais aquelas três por mimcitadas – escolhem <strong>de</strong> recolocar tal corpo em questão e <strong>de</strong>slocá-lo <strong>de</strong> seu lugarconfortavelmente alienado <strong>de</strong> ausência <strong>de</strong> obra. Não apenas a discussão que as mesmaspropõem a respeito do corpo, mas também as estratégias que utilizam para fazê-lo, pu<strong>de</strong>ramme auxiliar em avançar a idéia <strong>de</strong> que, se há subjetivação <strong>pos</strong>sível, ela não apenas se faz nasbordas do corpo e do feminino como, também, a partir <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong> tomá-los em seulugar clichê para, dali, obrigá-los a se movimentarem. Ou seja, <strong>de</strong> uma <strong>pos</strong>ição perversa, namedida em que a perversão remete, em psicanálise e entre outras coisas, à fixi<strong>de</strong>z dos lugares


12 <strong>de</strong>sapropriado <strong>de</strong> qualquer inteligibilida<strong>de</strong> acerca <strong>de</strong> si mesmo, esse corpo fundante trazidopela psicanálise aparece o tempo todo atravessado, marcado, influenciado por todas essasforças, pelo sexual, pelo <strong>de</strong>sejo, pelas marcas <strong>de</strong> memória, pela instituição <strong>de</strong> um eu, ou seja,por tudo aquilo que ele mesmo <strong>de</strong>manda e cria. Corpo absolutamente subjetivo e marcadopela constituição <strong>de</strong> uma subjetivida<strong>de</strong>, indissociável do psiquismo que criou para suportá-lo.Além disso, essa presença do corpo em alguns dos conceitos fundantes do saberpsicanalítico se contrapõe ao movimento em psicanálise que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> lado e <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra essecorpo, tanto ao longo da experiência <strong>de</strong> análise quanto ao teorizar sobre ela, <strong>de</strong>sprezando acontundência com a qual o mesmo invariavelmente aparece. Os psicanalistas,paradoxalmente, e surpreen<strong>de</strong>ntemente, nada querem saber sobre o corpo, esse corpo mesmoque permitiu que Freud criasse a psicanálise e que ele mesmo jamais <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rou. Algo <strong>doc</strong>orpo se per<strong>de</strong>u no campo psicanalítico.E, por fim, para retomarmos a linha que vínhamos seguindo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que iniciei estareflexão acerca do trabalho da artista Rosângela Rennó, a psicanálise nos aponta que o corpo– e, conseqüentemente, como pretendo mostrar ao longo <strong>de</strong>ssa <strong>pesquisa</strong>, sua materialida<strong>de</strong> –são centrais para o entendimento daquilo que se enten<strong>de</strong> como memória. Pois a memória,enquanto representação, é precisamente marca psíquica, marca que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> umamaterialida<strong>de</strong> para se fazer, como bem observou Derrida (2001), que soube apontar comprecisão para essa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma materialida<strong>de</strong> naquilo que se inscreve como memória.Derrida (2005), ao <strong>de</strong>ter-se sobre os textos freudianos que tratam do tema, e especialmentesobre o texto do bloco mágico 3 , nos aponta essa materialida<strong>de</strong> imprescindível do suporte da3 Bloco mágico, ao qual Freud (1925[1924]) faz referencia em seu texto, é aquele brinquedo <strong>de</strong> criançacom<strong>pos</strong>to <strong>de</strong> uma lousa sobre a qual se escreve ou <strong>de</strong>senha e <strong>de</strong> uma segunda camada na qual esse traçado ficamarcado, usualmente <strong>de</strong> cera ou outro material parecido que, quando separado da primeira camada, faz com queo traço <strong>de</strong>sapareça. Freud nota que, se essa marca <strong>de</strong>saparece <strong>de</strong>ssa camada externa sobre a qual foi feita, elapermanece sobre a camada <strong>de</strong> cera e, ainda que visível, existe enquanto marca. Esse brinquedo funciona para ele,


15 - na primeira (parte 1), aprofundar a reflexão acerca da produção da artista Rosângela Rennó,através <strong>de</strong> entrevistas com a mesma, do estudo <strong>de</strong> catálogos e registros <strong>de</strong> ex<strong>pos</strong>ições, além daleitura dos textos críticos <strong>de</strong>dicados à sua produção. A ênfase <strong>de</strong>ssa reflexão será <strong>pos</strong>ta naarticulação <strong>de</strong> suas produções com os arquivos e a memória, além da centralida<strong>de</strong> damaterialida<strong>de</strong> da imagem para a produção <strong>de</strong> seu trabalho;- <strong>de</strong>pois (parte2), realizar o mesmo tipo <strong>de</strong> reflexão acerca das obras do artista ChristianBoltanski, também por meio <strong>de</strong> entrevistas, leitura dos textos críticos e estudo dos catálogos eregistros <strong>de</strong> ex<strong>pos</strong>ições. A ênfase <strong>de</strong>ssa reflexão será <strong>pos</strong>ta na articulação <strong>de</strong> suas produçõescom os arquivos e a memória, além da centralida<strong>de</strong> da materialida<strong>de</strong> da imagem para aprodução <strong>de</strong> seu trabalho. Isso implicará na realização <strong>de</strong> um período <strong>de</strong>ssa <strong>pesquisa</strong> naFrança, on<strong>de</strong> a <strong>pos</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participação no grupo <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong>s do professor JacquesLeenhardt, professor especialista em estética do Centre <strong>de</strong> recherches sur les arts et le langageda Ecole <strong>de</strong>s Hautes Etu<strong>de</strong>s en Sciences Sociales já está sendo articulada para o segundosemestre <strong>de</strong> 2011 (<strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2011 a março <strong>de</strong> 2012);- em seguida (parte 3), a partir das produções dos artistas, articulá-las com a noção <strong>de</strong>imagem e da materialida<strong>de</strong> da imagem presentes especialmente nas reflexões <strong>de</strong> Hans Beltinge Georges Didi-Huberman e;- por fim (parte 4), resgatar as noções <strong>de</strong> corpo e <strong>de</strong> memória existentes no campopsicanalítico e tentar uma amarração entre essas idéias a partir da noção <strong>de</strong> imagem antesapresentada, problematizando assim o entendimento que a psicanálise faz das mesmas.Como é <strong>pos</strong>sível constatar em cronograma apresentado a seguir, a <strong>pesquisa</strong> organizase<strong>de</strong> forma a que tenha a duração <strong>de</strong> dois anos.


16 Cronograma:Ativida<strong>de</strong>sParte 1 –Parte 2 –Parte 3 – Pesquisa noParte 4 –/ PeríodoRosângelaChristianEHESS, Paris, FrançaCorpo eRennóBoltanski // ImagemmemóriaPesquisa noEHESS, Paris,França.maio /Estudo das2011 a jun/produções da2011artistasjun/ 2011 aEntrevistasjul / 2011com a artistaago / 2011Produção <strong>de</strong>a set / 2011texto síntese eapresentaçãoset / 2011 aEstudo dasout/ 2011produções doartistanov / 2011Entrevistas com oa <strong>de</strong>z/ 2011artista


17 jan /2012 afev / 2012Produção <strong>de</strong>texto síntese eapresentaçãoset / 2011 amar / 2012Apresentação ediscussão da<strong>pesquisa</strong> com oprofessor JacquesLeenhardt naEHESS, Paris,Françaset / 2011 amar / 2012Acompanhamento <strong>de</strong>seminário do professorGeorges Didi-Huberman na EHESS,Paris, França ediscussão do projeto <strong>de</strong><strong>pesquisa</strong>mar / 2012a jun/ 2012Estudo dos textos sobreimagemjul/ 2012 aago / 2012Produção <strong>de</strong> textosíntese e apresentaçãoset/ 2012 aRetomada dostextos


18 <strong>de</strong>z / 2012psicanalíticossobre memóriae corpojan/ 2013 amar/ 2013Produção <strong>de</strong>texto final eapresentaçãoMaterial e métodosAs partes 1 e 2 consistem da investigação das produções dos artistas e dolevantamento das questões que as mesmas trazem para o campo psicanalítico, a partir <strong>de</strong> suasinjunções no âmbito da memória. Serão realizadas a partir das entrevistas com os respectivosartistas, além da leitura aprofundada dos textos críticos <strong>de</strong> suas obras, bem como pela consultados catálogos e outros materiais <strong>de</strong> ex<strong>pos</strong>ições.As partes 3 e 4 consistem do trabalho <strong>de</strong> reflexão teórica mais propriamente dito, emque o aporte trazido pelas produções dos artistas será examinado primeiramente naquilo quecontribuem para a discussão acerca da imagem presente no próprio campo das artes visuais e,em seguida, em seu potencial <strong>de</strong> questionamento das noções <strong>de</strong> memória e <strong>de</strong> corpo tais quaisa psicanálise as propõe. Serão realizadas tomando por base a bibliografia indicada,especialmente no que diz respeito aos dois autores principais para que tal articulação se faça,Georges Didi-Huberman e Hans Belting.Além dos métodos <strong>de</strong> investigação, cada etapa da <strong>pesquisa</strong> será apresentada ediscutida com o supervisor da mesma no Departamento <strong>de</strong> Artes Visuais da <strong>ECA</strong>-<strong>USP</strong>,


19 professor Ta<strong>de</strong>u Chiarelli, assim como com os professores que me receberão no período <strong>de</strong>estágio na universida<strong>de</strong> francesa, bem como com os gru<strong>pos</strong> <strong>de</strong> trabalho dos respectivosprofessores e em outras ocasiões públicas que se apresentem.Forma e análise dos resultadosAo final <strong>de</strong> cada parte, pretendo apresentar uma produção / síntese da mesma, umapublicação preferencialmente em formato <strong>de</strong> artigo ou monografia, acompanhada ao final daquarta e última parte <strong>de</strong> uma produção mais extensa, <strong>pos</strong>sivelmente no formato <strong>de</strong> livro. Essesseriam os resultados publicados <strong>de</strong> tal <strong>pesquisa</strong>, baseados no trabalho <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> todo omaterial a partir das entrevistas, textos e bibliografia apresentada, tendo por base o referencialpsicanalítico.BibliografiaAGAMBEN, Giorgio: Profanações. São Paulo: Boitempo editorial, 2007.BELTING, Hanns: Pour une anthropologie <strong>de</strong>s images. Paris: Gallimard, 2004DERRIDA, Jacques: Mal <strong>de</strong> arquivo – uma impressão freudiana. Rio <strong>de</strong> Janeiro,Relume Dumará, 2001.________________: A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 2005.DIDI-HUBERMAN, Georges: Devant l’image. Paris: Les éditions <strong>de</strong> minuit, 1999._______________________ : L’image ouverte. Paris: Gallimard, 2007.


20 FOUCAULT, Michel: História da loucura na Ida<strong>de</strong> Clássica, São Paulo, editora Perspectiva,1972.FREUD, Sigmund: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas <strong>de</strong> SigmundFreud, volumes I-XXIV, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Imago editora, 1996. [Os volumes citados abaixoreferem-se à essa edição]______________ (1895): “<strong>Projeto</strong> para uma psicologia científica”, vol.I.______________ (1900): “A interpretação dos sonhos”, vols.IV-V.______________ (1905): “Três ensaios sobre a teoria da sexualida<strong>de</strong>”, vol.VII, pp.119-232.______________ (1915): “Os instintos e suas vicissitu<strong>de</strong>s”, vol.XIV, pp.117-146.______________ (1923): “O ego e o id, vol.XIX, pp.15-82.______________ (1925[1924]): “Algumas notas sobre o bloco- mágico”, vol.XIX, pp290-299.LACAN, Jacques (1959-60): O Seminário: livro 7 – A ética da psicanálise. (1959-60). Rio <strong>de</strong>Janeiro, Jorge Zahar editor, 1988.RENNÓ, Rosângela: Rosângela Rennó: <strong>de</strong>poimento. Belo Horizonte, C/ Arte, 2003._______________ Rosângela Rennó- o arquivo universal e outros arquivos. São Paulo,Cosac & Naify, 2003.RIBEIRO, Alessandra Monachesi (2010): « Da perversão à sublimação : algumas estratégiasdas artes visuais para a criação <strong>de</strong> lugares <strong>de</strong> subjetivação e presença <strong>de</strong> obra nas bordas <strong>doc</strong>orpo e do feminino ». Tese <strong>de</strong> doutorado. Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em TeoriaPsicanalítica, IP, UFRJ.

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