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Boletim 159 - Ordem dos Arquitectos

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03 ARQUITECTOSDEZ MANDAMENTOS1. Os riscos de nos centrarmos noPlaneamento de Pormenor são os demultiplicar as fragmentações agora demaior escala... para evitar as das pequenas;2. Para reduzir esses riscos será necessárioque nos PDM (ou PU) existam traça<strong>dos</strong>estruturantes liga<strong>dos</strong>, ou ligando as áreasprioritárias de desenvolvimento – já que ozonamento é espaço vago, não morfológico;3. Os traça<strong>dos</strong> (ditos de espaço público, EP)têm por bases a infra-estrutura (mobilidade,saneamento básico) e a paisagem aconstruir ou reforçar e são transversais àspartes e fragmentos urbanos: as malhas pordefinição são contínuas;4. A regula(menta)ção da edificação devereferir-se, em primeiro lugar, àscaracterísticas de EP existente ouprojectado; sendo o recurso a índicesfuncionais, quando existam, medidas dereferência para os critérios de equidadeou/e controlo das cargas sobre os sistemas;as «visões» arquitectónicas sãoexemplificações e não determinaçõesprematuras, senão abusivas.5. O Planeamento de Pormenor – quetendencialmente se compõe decaracterísticas de um Plano (regulação) eProjecto (estrutura EP) – deve ter ematenção a temporalização e o seguimentodas várias acções previstas: as imediatasbem definidas e as diferidas e mutáveis (aregular com flexibilidade q.b.) remetendopara futuros documentos.6. Assim: se o PP não pode ser concebidocomo se fosse para fazer tudo ao mesmotempo – como se o programa inicial nãopudesse mudar – também não pode serdesenhado como se fosse o seu autor aante-projectar os projectos de realização;logo deve ser regido pelo critério deeconomia do que é determinante,distinguindo-o do que não o é.7. O Planeamento de Pormenor tende a serassociado a uma Unidade de Execução ouuma UOPG embora não necessariamente:pode tratar-se de uma operação de simplesloteamento (por iniciativa de proprietárioúnico ou unificado pelo regime de«associação»). Em ambas as situações, asobrigações de obras de urbanização,cedências ao domínio público, limitações aodestino social ou funcional <strong>dos</strong> produtosfinais, devem ser tidas em conta no própriodesenho, incluindo eventuais ligaçõesexteriores ao seu perímetro exigidas pelomunicípio. Mas mesmo nestes casos devemser deixadas margens para futurasalterações nos programas e projectos daedificação e do próprio parcelário adiferenciar na altura oportuna.8. Nos casos correntes (não processa<strong>dos</strong>como Unidade de Execução), o Planeamentode Pormenor deve apoiar-se eminstrumentos tão simplifica<strong>dos</strong> quantopossível que permitam resposta clara desdea informação inicial às pretensõesparticulares: sobre as orientações <strong>dos</strong> PDM(ou PU, caso exista); a clarificação da rede deespaço público que permite a operação, oónus das ligações em falta que traduzem ograu de prioridade para o município.Só em casos de maior complexidade serálegítima a interposição de PP mesmosimplifica<strong>dos</strong> devido à sua morosidadeprocessual e dificuldade de alteração.9. A administração local deve fazer apedagogia, exemplificada pelos seus actosformais, <strong>dos</strong> critérios de economia esustentabilidade que justificam umadiscriminação positiva em favor da utilizaçãoda infra-estrutura instalada e daproximidade <strong>dos</strong> serviços públicos, quer setrate da cidade herdada quer da emergente.10. A selectividade da informação com ocarácter impositivo que se recomenda –traçado e regras – aproximam o PP do PUparcial, em desuso, e permite estender a suaárea às ligações necessárias e suficientespara garantir a coesão <strong>dos</strong> teci<strong>dos</strong> epaisagens urbanas sem impor coletes deforça, dispensáveis, ou prematuros, aopreenchimento das malhas. Na “escalaintermédia”, o excesso de definição funcionale arquitectónica do edificado tem andado apar com o défice de prévia definição damorfologia urbana nos Planos Municipais,principal responsável pela confusão efragmentação <strong>dos</strong> territórios urbanos.Os PP são um instrumento imprescindível,aí sim, para ajustar às “realidades” planossuperiores, o que justifica a sua morosidade.NUNO PORTAS(nas conclusões do encontro Cidade para oCidadão)ABRIL 2006A SULOSCAR NIEMEYERRECEBE NOVONÚMERO DO JANuma viagem ao Brasil, com ointuito de (re)visitar a obra dealguns mestres da arquitecturabrasileira, organizada por JoséManuel Rodrigues e RicardoCarvalho – onde, entre outraspessoas se incluíam a Arq. LeonorCintra Gomes e o Arq. José Adrião– foi entregue a Mestre ÓscarNiemeyer um exemplar do novonúmero do JA. Óscar Niemeyer éMembro Honorário da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong><strong>Arquitectos</strong> desde 17 de Maio de2002.JOSÉ MANUEL RODRIGUESBAIXA DEPOIS DA BAIXANo passado sábado dia 25 deFevereiro realizou-se mais umavisita guiada no âmbito do ciclo«Baixa depois da Baixa». Destafeita o convidado foi o ArquitectoMichel Toussaint, com o tema «Osprojectos modernos para a Baixa».Foi abordado o olhar que amodernidade teve sobre esta zonada cidade, desde as intervençõesrealizadas até às várias propostasque nunca saíram do papel, masque nem por isso deixaram de serelementos que proporcionaram odebate sobre como intervir e emque moldes nesta parte do tecidourbano.JOSÉ MANUEL RODRIGUESSEMINÁRIOTURISMO E SUSTENTABILIDADEA SRS organiza um seminário sobre ordenamento do território, em data aanunciar, na Biblioteca Municipal de Tavira, com o tema «Turismo eSustentabilidade».O edifício da nova biblioteca, uma recuperação da antiga Cadeia Civilrealizada por Miguel Mertens e João Luís Carrilho da Graça, abre aopúblico no início de Junho, pelo que o seminário só se realizará numa dataposterior.Está estruturado em dois painéis:❚ Painel 1. Desígnio e RealidadeOportunidades e ameaças❚ Painel 2. A Encomenda enquanto realidadeTransformar a paisagemTurismo como patrimónioSílvia Leiria ViegasTel. 213 241 140/45formacaocontinua@oasrs.orgPRÉMIO AICAARQUITECTURA 2005Os arquitectos Manuel Aires Mateus e Francisco Aires Mateus foramdistingui<strong>dos</strong> com o Prémio AICA 2005, atribuído pela Secção Portuguesada Associação Internacional de Críticos de Arte, com o Patrocínio doMinistério da Cultura - Instituto das Artes, na categoria de Arquitectura.O júri, constituído por João Pinharanda, Ana Tostões, Leonor Nazaré, RuiMário Gonçalves, Michel Toussaint e Lúcia Marques atribuiu o Prémio deArquitectura 2005 por unanimidade aos arquitectos, "pelo seu percursoprofissional, revelado na exposição “Aires Mateus: Arquitectura”, queesteve patente no Centro Cultural de Belém, e confirmado também narecente inauguração do Centro Cultural de Sines."Daniel Malhão Sara AndradeJosé Manuel RodriguesA NORTEEDITALProcessoDisciplinar n.º4/2001João Pedro Serôdio, Presidente doConselho Directivo Regional doNorte da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong>,no cumprimento das competênciasatribuídas pelo n.º 1 do art.º 66.º doEstatuto da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong><strong>Arquitectos</strong> – EOA:FAZ SABER que o ConselhoNacional de Disciplina da <strong>Ordem</strong><strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong>, por Acórdãodatado de 24 de Janeiro de 2005,entretanto transitado em julgado,referente ao Processo Disciplinarn.º 4/2001, em que é Participante oInstituto Português do PatrimónioArquitectónico, Direcção Regionaldo Porto, considerou que a arguidaArq. Ana Maria de Jesus SousaRoque Figueiredo, membro n.º3962N, residente na AvenidaAlexandre T. Car<strong>dos</strong>o, Lote 11, emTarouca, violou o disposto no n.º 1do art.º 45.º, na alínea a) do art.º47.º e nas alíneas a) e b) do art.º50.º, to<strong>dos</strong> do EOA, pelo que foicondenada pela prática dainfracção disciplinar na pena de:censuranos termos da al. b) do n.º 1 do art.º 55.ºdo EOA.Para constar se passou o presenteedital que vai ser afixado epublicado de harmonia com asdisposições legais aplicáveis.Porto, 10 de Fevereiro de 2006JOÃO PEDRO SERÔDIOCICLO DE EXPOSIÇÕESREUNIÃO DE OBRA | NORTETerminou no dia 12 de Março aprimeira exposição do Ciclo Reuniãode Obra dedicada ao tema:Recuperação sobre a obra Palácio doFreixo, de Fernando Távora e JoséBernardo Távora.Trata-se de um ciclo de conferência,exposição e visita guiada a obras dearquitectura, tendo como objectivodar a conhecer a um público alargadoa natureza complexa e interdisciplinardo trabalho do arquitecto, noprocesso de obra, focando as fase doProjecto de Execução e AssistênciaTécnica à obra, e caracterizando trêsmomentos complementares:❚ O trabalho no Atelier, a lenta procurada forma, incluindo ensaios demateriais e amostras, apoio técnicode especialistas, maquetes, etc;❚ A Reunião de Obra propriamentedita, com o projecto de execução,elementos de procedimentosNO BERÇO DA NAÇÃOOBRA ABERTAContinua a decorrer o ciclo ObraAberta, com as visitas guiadas aobras do arquitecto FernandoTávora.A visita ao Mercado Municipal deSanta Maria da Feira e à Pousadade Santa Marinha, em Guimarães,conduzidas respectivamente pelosarquitectos José AntónioBandeirinha e Francisco Barata,foram as últimas visitas realizadas.O ciclo termina a 6 de Maiopróximo, com a visita à Quinta daConceição, em Leça da Palmeira,passando antes pela Casa de Ofire pela Casa da Covilhã emGuimarães.CARLOS ALBERTO FAUSTINOoperacionais, cronogramas detrabalhos, e outros;❚ As Fases da Obra, descritas atravésde registos múltiplos, procurandodocumentar a sua evolução easpecto final.Próxima ExposiçãoHABITAÇÃO UNIFAMILIAR30 Março > 21 MaioCasa Carlota – Casa LaranjeiraArq. José Paulo <strong>dos</strong> SantosMuseu <strong>dos</strong> Transportese Comunicações, PortoO tema da habitação individualconstitui um espaço experimentalpor excelência para o arquitecto.Mas é também um exercício degrande complexidade e enormeinvestimento. As duas casas que seapresentam, projectadas econstruídas, em paralelo, para doisamigos, têm percursos eAlexandre KumagaiCICLO DE CONFERÊNCIASEM TRANSITO“em trânsito” é uma linha deprogramação aberta da OA-SRNque tem como objectivo apoiar,partilhar e ampliar a programaçãocultural com ligação àarquitectura, de outras entidades,não incluídas no seu plano deactividades.“em trânsito” destina-se a acçõestransitórias e efémeras, a realizarem parceria com outras entidades,tirando partido da oportunidadetemporal e/ou geográfica <strong>dos</strong> seuseventos, possibilitando a sua fácilextensão ao Norte de Portugal.“em trânsito” promove emespecial conferências ouexposições, que possam serorganizadas de forma simples,económica e célere, que envolvamduas ou mais entidades numesforço conjunto.Conferênciasagendadas12 MaioSerginson Bates18 MaioVesely Dalibor26 MaioCaruso St John02 JunhoVitorrino LampugnaniOrganizaçãoPelouro da Cultura OA–SRNComissariadoLuís Tavares Pereira, TeresaNovais e Filipa Guerreirocultura@oasrn.orgTel. 222 074 250 | Fax 222 074 259www.oasrn.orgreferências diferentes, enfrentamcontextos diversos, mas são oresultado intencional da pesquisapor uma “mesma casa”.A casa Laranjeira, surge de umacrescento e transformação deuma construção existente, decarácter labiríntico, comreferências a Adolf Loos, enquantoa casa Carlota, mais racional, comreferências a Louis Kahn, sendouma construção de raíz, tem, porseu lado, que se ‘vergar’ àvolumetria fraccionada imposta porum ‘indecifrável’ regulamento. Noexíguo espaço <strong>dos</strong> lotes José Paulo<strong>dos</strong> Santos trabalhou e ‘manobrou’a proporção e ritmo por forma aevidenciar uma leitura simples ehierárquica <strong>dos</strong> elementosconstitutivos destes agrega<strong>dos</strong>.PELOURO DA CULTURA OA-SRNwww.oasrn.orgCasa Carlota. Fotografia de Christian Richters


04 ARQUITECTOSIAPXX PARA TODOSBARCELONA, PORTO, LISBOA E INTERNETCom Abril, chegou a fase de apresentação pública do resultado doIAPXX – Inquérito à Arquitectura do Século XX em Portugal.A apresentação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> do inquérito e o lançamento docatálogo terão lugar, em estreia, em Barcelona, na Fundació Miesvan der Rohe a 24 e 25 Abril, e na cidade do Porto, a 28 Abril. Nofinal de Maio, a sede nacional da <strong>Ordem</strong> acolhe um painel de conferências,com apresentações pelos arquitectos coordenadoresdas equipas de trabalho de campo em cada região.A aposta mais forte na divulgação está centrada na divulgação <strong>dos</strong>ite IAPXX [www.iapxx.pt], que abre com uma selecção de fotografiasde 20 edifícios considera<strong>dos</strong> representativos da diversidadeque caracteriza o Inquérito. As mesmas fotografias serão utilizadasnuma campanha de mupis urbanos de âmbito nacional.Cinco centenas de obras foram seleccionadas para a produção docatálogo e de um CD-Rom a serem disponibiliza<strong>dos</strong> brevemente.Os textos publica<strong>dos</strong> integram o catálogo na sua versão integral.O PROJECTO IAPXXO Inquérito à Arquitectura doSéculo XX em Portugal (IAPXX) éuma iniciativa da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong><strong>Arquitectos</strong> em parceria com aFundació Mies van Der Rohe e oInstituto das Artes, co-financiadapelo Interreg/SUDOE, que temcomo objectivo inventariar opatrimónio arquitectónico <strong>dos</strong>éculo XX criando as bases para oseu conhecimento, valorização epreservação. O IAPXX foiestruturado em três fases: 1. adefinição metodológica econceptual, com a realização do ISeminário Internacional dereflexão sobre a matéria, aorganização no campo com aconstituição das equipas e aconcepção da base de da<strong>dos</strong>suporte do arquivo digital; 2. otrabalho de campo e ocarregamento <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> na basede da<strong>dos</strong>, com a avaliaçãointermédia no II SeminárioInternacional; 3. após um balanço<strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> que teve lugar no IIISeminário em Novembro de 2005,o trabalho nos conteú<strong>dos</strong> e oinvestimento na pesquisadocumental que culminará com adisponibilização de uma base deda<strong>dos</strong> on-line onde constarãocerca de 6.000 obras.DURAÇÃODuração projectada: 24 mesesDuração final: 32 mesesInício: Setembro de 2003Término: Abril de 2006ORÇAMENTOOrçamento global: ¤1.150.066,00Apoio Interreg/SUDOE através doFEDER: ¤845.050,00 (cerca de 74%)DADOS ESTATÍSTICOSConcelhos visita<strong>dos</strong>: 299Quilómetros percorri<strong>dos</strong>: 120.122Fichas: 6.112Fotografias: 82.328(...) Encaro a nossa arquitectura como um “campo” (próximo daformulação de Pierre Bourdieu) “magnetizado” por sucessivaspolaridades culturais – umas vezes em oposição, outras emcomplementaridade – geradoras de tensões na relação <strong>dos</strong>arquitectos portugueses com a própria sociedade em transformação.Para isso, e consciente do risco de simplificar o que é naturalmentecomplexo, apresento alguns universos dicotómicos que, em meuentender, induziram a produção do nosso espaço edificado, ao longodo último século, situando-os, grosso modo, entre os limitesdefini<strong>dos</strong> na periodização deste levantamento, perspicazmenteenquadra<strong>dos</strong> pela sua coordenadora científica e pelos seiscoordenadores das diferentes regiões inquiridas.Se olharmos para o século XX português, percebemos que, apesarda sua condição geograficamente periférica, este País atravessou,em pouco mais de meia dúzia de décadas, os grandes impactospolíticos que definiram a História da Europa Contemporânea. Nestesentido, e entre nós, os “movimentos” republicano (com epicentroem 1910), fascista (em 1926) e socialista (em 1974) “semearam”,no pensamento e na prática arquitectónicas, novas convicçõesideológicas que depressa geraram também novas dúvidas metódicas.De igual modo, o confronto com realidades externas, como apacificação e a modernização da Europa (pós-1945) ou a integraçãona CEE (a partir de 1986), obrigaram a cultura portuguesa areposicionar-se em face, primeiro, do internacionalismo políticoe, mais tarde, da globalização económica e cultural, fenómenosmarcantes da segunda metade do século.Estes cinco factores históricos tiveram naturalmente reflexosna produção arquitectónica retratada pelo presente Inquérito,sobretudo naquela em que a arquitectura se constituiu comoinstrumento de poder e, por reacção, também de contracultura. (...)Campo Magnético, Polaridades e tensões na Arquitectura Portuguesa do Século XXNUNO GRANDE(...) Se ficamos deslumbra<strong>dos</strong> perante a admirável arquitectura <strong>dos</strong>éculo XX em Portugal, reprimimos simultaneamente um choqueduplo em face das mudanças que, a longo prazo, se vão fazer sentirno ambiente: o consumo constante da terra para a construção e aconflagração cíclica das áreas florestais. (...) Os dois elementos quemais claramente dão relevo a este desenvolvimento damodernização no domínio do desenvolvimento arquitectónico eurbano, na segunda metade do século XX, são a habitação unifamiliare o automóvel particular. (...) Neste sentido, a modernização consisteno processo através do qual a luta pela autonomia absoluta, a nívelpessoal e colectivo, se vai gradualmente realizando. O seu momentoestético procura libertar, abstrair de tudo o que conserva umfenómeno cultural dentro do seu contexto original. (...)De modo sucinto e necessariamente redutor, penso que, ao longodo século XX, em Portugal, é possível observar uma mudança deuma preocupação colectiva com a identidade cultural através daconstituição da sua arquitectura, para uma preocupação individualcom a identificação com a concepção arquitectónica do próprioarquitecto. A geração mais antiga de arquitectos, em especialaqueles que estiveram em actividade durante as longas décadasdo regime salazarista, viveu aquilo que já designei por umaoscilação de sentimentos. Subsequentemente à afirmaçãodeterminada de um urbanismo e princípios arquitectónicosmodernos, no famoso Congresso Nacional de Arquitectura de1948, surgiu uma torrente de realizações de construção urbana,complexos habitacionais e edifícios inspira<strong>dos</strong> no racionalismoda Europa central – principalmente no trabalho de Le Corbusier.No entanto, em nenhum momento do século XX terá havido umestilo consistente, ou mesmo dominante, partilhado por to<strong>dos</strong> osarquitectos. Houve, em todas as épocas, figuras individuais, cujareflexão sobre as questões então contemporâneas, a nível político,social, cultural e tecnológico, as levou a formularem uma atitudeconceptual coerente e madura, relativamente à situação modernaem permanente mudança. (...)A Arquitectura do Século XX em Portugal: A Modernidade como Fonte de Orgulhoe MelancoliaWILFRIED WANGEm busca daArquitecturaPortuguesado século XX1. As transformações que ao longo<strong>dos</strong> últimos cem anos, emparticular a partir <strong>dos</strong> anos 50, sederam no território portuguêscolocam-nos perante contradiçõesa que, como arquitectos, nãopodemos fugir: como é possívelque, num século em que tanto seconstruiu, o sentimento maisgeneralizado seja o de que o País“está destruído”? Até que ponto éque esta “destruição” (a serverdadeira) nos responsabiliza?Qual o lugar da arquitecturacontemporânea no nossoterritório e, mais especificamente,no nosso património cultural?A falta de distanciamentotemporal, a diversidade de escalase tipologias, o carácter “vulgar” degrande parte da produção e orecurso a tecnologias e materiaisperecíveis fazem com que aarquitectura do século XX não sejasequer reconhecida como algo devalioso que deve ser preservado. Épor isso que se trata de umpatrimónio frágil e ameaçado dedegradação e extinção. E, noentanto, como nos ensinouFernando Távora, “património é sóum, passado, presente e futuro”. Oséculo XX faz parte dessa herança,que nos cabe preservar e ampliar.É essa a razão de ser destetrabalho.2. Há cem anos, construía-se paravárias gerações. A própriaexpressão inglesa para“património imobiliário” (realstate) transmite esse conceito desegurança intimamente associadoao acto de construir. Mas asrevoluções tecnológicas e aprópria aceleração da histórialevaram à contracção do tempo devida do edificado, numavoracidade de mudança patente àescala global. Entretanto, aesperança de vida humanaaumentou espectacularmente,apesar de tais aumentos seencontrarem muitodesigualmente distribuí<strong>dos</strong> noPlaneta, ou seja, a relação entre otempo de vida <strong>dos</strong> edifícios e otempo de vida de quem os habitainverteu-se. Hoje, as pessoasduram mais do que o seu quadrode vida. Esta inversão contribuipara um sentimento deinstabilidade e nostalgia face aosquadros de vida para sempreperdi<strong>dos</strong>, o que traz consigo umdesejo de “musealizar” vestígiosde um passado que se mitifica, oude impor o regresso a pretensas“traças originais” (que ninguémsabe quais são), desprezando ovalor inovador da produçãoarquitectónica contemporânea,aliás profundamentedesconhecida entre nós.3. Por todas estas razões,sentimos que era dever da <strong>Ordem</strong><strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong> contribuir paraum melhor conhecimento daarquitectura portuguesa nosúltimos cem anos. Daí nasceu oprojecto do IAPXX – Inquérito àArquitectura do Século XX emPortugal, em boa hora financiadopelo Interreg-Sudoeste. Partíamosde uma vontade de conhecer e dara conhecer, anima<strong>dos</strong> peloexemplo daquela geração dearquitectos que, nos anos 50,lançou o Inquérito à ArquitecturaRegional Portuguesa. Baseámonosnuma metodologia análoga –a divisão do País em regiões, nestecaso quatro para o Continente eduas para os Açores e Madeira.Obviamente, usámos os novosmeios ao nosso alcance: carros emvez de lambretas, computadores,máquinas fotográficas digitais,base de da<strong>dos</strong>, softwareapropriado. Porque o tempo eraescasso e o campo de análisevastíssimo, impusemos às equipasritmos infernais e à coordenaçãocientífica a enorme tarefa decoordenar critérios, cronologias eselecções que, à partida, jásabíamos nunca poderem serabsolutamente objectivos. Mas,sem o entusiasmo heróico deto<strong>dos</strong> os que participaram nestetrabalho, o resultado que aquitrazemos, mesmo que provisório eincompleto, seria de todoimpossível.4. O que agora submetemos àavaliação do público e <strong>dos</strong> nossospares é necessariamente, comoescreve José Bandeirinha, um“processo aberto”, ou uma“construção de pistas, mesmo quemínimas”, como diz SérgioFernandez. As dificuldades forammuitas, a começar pelaacessibilidade a fontesiconográficas que a cooperaçãocom as autarquias permitiu, emalguns casos, superar, mas queficou largamente aquém dodesejado. Vale a pena recordar aurgência de pôr de pé um depósitolegal de projectos de arquitectura,previsto na lei, mas semexequibilidade até à data. Na suaausência, os arquivos camaráriose as bases de da<strong>dos</strong> de entidadescomo a Direcção-Geral de Edifíciose Monumentos Nacionais(DGEMN) e o Instituto Portuguêsdo Património Arquitectónico(IPPAR) são as principais fontesdisponíveis, a que agora se iráacrescentar a base de da<strong>dos</strong> doIAPXX – que será colocada on-line.Facilmente se compreenderá quenão só admitimos, comoagradecemos, a correcção e oaprofundamento de todo omaterial que iremos tornarpublicamente acessível e que dirárespeito a mais de 6000 fichas deedificações inventariadas, 100.000fotografias, 180.000 kmpercorri<strong>dos</strong> e 290 municípioscobertos (num total de 308).5. Os critérios de selecção <strong>dos</strong>casos inventaria<strong>dos</strong> ficaramintegralmente à responsabilidadedas equipas e respectivoscoordenadores, sob a orientaçãocientífica de Ana Tostões. Ametodologia do trabalho previatrês seminários internacionais emque tais critérios, bem como otrabalho de campo realizado,fossem discuti<strong>dos</strong> e avalia<strong>dos</strong>.Esses seminários tiveram lugarem Lisboa (Fevereiro de 2004 eMarço de 2005) e Coimbra(Novembro de 2005), e foi possível,quer aos nossos consultoresinternacionais, quer aos parceirosiniciais do projecto, quer ainda aosmembros do Conselho Consultivoalargado que entretanto foiconstituído, discordar, criticar esugerir. Mas há uma <strong>dos</strong>einescapável de subjectividade emto<strong>dos</strong> os inventários nãoexaustivos, como este. De ummodo geral, os critérios reti<strong>dos</strong>foram os da representatividadecronológica, estilística, regional outipológica, sem ignorar algumavaloração da “qualidadearquitectónica”.Se o País é desigual, as marcasque no seu território foramdeixadas pela arquitectura <strong>dos</strong>éculo XX também são muitodesiguais. Daí que, em cadaregião, tivesse de haveradaptações destes critérios, deacordo com as especificidades ecom a importância relativa quecada equipa entendeu dar aomaterial inventariado. Seja comofor, o todo é mais do que a somadas partes. A visão de conjuntoexplica mais do que a sequênciade seis visões regionalizadas. Háuma interpenetração deinfluências que permite umaleitura mais global e uma melhorcompreensão do porquê e daimportância de certas obras emcertos lugares. Por issoprivilegiamos, no livro, não a lógicaregional, mas a organizaçãocronológica geral, balizada pelosperío<strong>dos</strong> evidencia<strong>dos</strong> no texto deAna Tostões que, de certamaneira, constitui um “guião”desta história.6. O Inventário resultante doIAPXX não é, nem um ranking da“melhor” arquitectura do séculopassado, nem uma listagemcompleta e final de tudo o que sefez. Seleccionámos para o livrocerca de 500 obras do total dasmais de 6000 inventariadas. Ocritério de selecção não significouuma escolha de excelência. Casospioneiros ou inaugurais podemsobrepor-se a outros, de eventualmelhor “qualidade”, mas menorrepresentatividade cronológica. Ainsuficiência de da<strong>dos</strong> disponíveistambém levou a sacrificarprioridades iniciais. Por outraspalavras, o IAPXX não pretendeser um catálogo de prémios, nemuma História da ArquitecturaPortuguesa do século XX. Éapenas um ponto de partida,corajoso e extenso, sem dúvida,mas sempre incompleto. E sobreele terão de incidir agora outrosolhares que o contextualizemhistoricamente, como o faz NunoGrande, que o aprofundem einterpelem, como o fazem NunoPortas ou Wilfried Wang.Investigadores deverão continuaro que se lançou, críticos ehistoriadores dissecar einterpretar o que se inventariou. Enovas gerações de arquitectosirão acrescentar a estetestemunho a sua própriacontribuição para o património daarquitectura em Portugal. É comeste sentimento de humildadeperante a incompletude dotrabalho feito, mas ao mesmotempo de grande alegria pelocontributo que ele representa, queo trazemos à luz. (...)11. (...) O que fica, disse um diaHölderlin, os poetas o fundam. Aarquitectura é uma marca física dacapacidade poética de fundar etransformar a “casa do ser”. Creioque nas obras que se incluemneste livro podemos ler algunsversos, apenas alguns versos,desse poema maior que é o dahistória de um País que sereconhece e projecta numterritório aberto ao mar e numacultura aberta ao Mundo.HELENA ROSETAABRIL 2006


05 ARQUITECTOS7101 Vila Marques, autor desconhecido, Estação Caminho-deferroOrtiga (Mação), 1906; Habitação Unifamiliar – Centro2 Edifícios de Comando e Descarga da Barragem de Mirandado Douro, João Archer – Hidroeléctrica do Douro, SARL,1956-1959; Hidroeléctrica – Centro3 Fábrica da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas,Eduardo Iglésias, Vialonga (Vila Franca de Xira), 1965-1968;Equipamento Industrial – Lisboa e Vale do Tejo4 Igreja da Ribeira Chã, Eduardo Read Teixeira, Lagoa,1960-1962; Igreja – Açores15 Central Hidroeléctrica da Ribeira da Janela, Raul ChorãoRamalho, Porto Moniz, 1958-1971; Hidroeléctrica – Madeira486 Edifício da Valentim de Carvalho, Atelier Conceição Silva,Paço de Arcos (Oeiras), 1969-1970; Equipamento Industrial –Lisboa e Vale do Tejo117 Casa Almeida Lima, João Correia Rebelo, Ribeira Grande,1960-1961; Habitação Unifamiliar – Açores28 Moradia João Barros, Teresa Goes Ferreira, Funchal, 1998;Habitação Unifamiliar – Madeira59 Pousada da Nossa Senhora das Neves, Cristiano Moreira e J.Coutinho, Almeida, 1971-1987; Pousada – Norte10 Instituto de Socorro a Náufragos, autor desconhecido,Fuseta (Olhão), sem data; Equipamento Público – Sul11 Farmácia Vitália, Manuel Marques, Porto, 1932; Loja – NorteUma obra abertaO trabalho que agora se concluirepresenta o culminar de umaárdua tarefa de levantamento daprodução arquitectónica do séculoXX em Portugal. Foi conduzido comperseverança e paixão por seisequipas que, no terreno,inventariaram mais de cinco milobras recolhidas em base de da<strong>dos</strong>.A cronologia foi baseadaestritamente no que significa o arcotemporal do século XX,considerando-se obra terminadaaté ao final do ano 2000 e, namesma medida, concluída em 1900.A base de da<strong>dos</strong> foi elaborada coma ambição de aprofundar oconhecimento e permitir trabalharcom rastreios mais finosorganiza<strong>dos</strong> por autores, tipologiasfuncionais ou cronologias, entremuitas das diversas hipóteses.A base de da<strong>dos</strong> que foi possívelelaborar tem, sem dúvida,numerosas lacunas e, até,eventuais imprecisões. Nestapublicação, revela-se uma primeiraapresentação de cerca de cincocentenas de entradas quecorrespondem não só às obras maisimportantes, mas também àquelasque foi possível completar e juntarinformação. Muitas outras fichas,no conjunto das mais de seis milobras ou conjuntos inventaria<strong>dos</strong>,deverão, desejavelmente, sercompletadas. Obra em aberto,importa encarar esta tarefa como oinício de um esforço que deverá serpotenciado em tempo mais longo.Por isso o encaramos comofundamento de novas pesquisas,mais amplas e aprofundadas, quevenham a completar ou corrigir oselementos forneci<strong>dos</strong>.No conjunto das obrasseleccionadas para este livro, éapresentada uma visão parcial dolevantamento efectuado organizadocronologicamente. Diluí<strong>dos</strong> notempo e no território do Continentee das Ilhas, surgem os trabalhosrealiza<strong>dos</strong> pelas seis zonas detrabalho. No Norte, para além doPorto e da produção qualificadamais conhecida nacionalmente edivulgada internacionalmente,constrói-se uma genealogia desde oinício do século que ajuda a percebermomentos e figuras referenciais depercurso, e que permite realizar comobjectividade a dimensão de umconjunto de produções específicaslocalizadas no território e que vãodesde os processos de construçãoABRIL 20063 6das barragens transmontanas, aoepicentro com enfoque em Caminha,e que tem sido qualificadamentefixado de Ventura Terra a ÁlvaroSiza. As estruturas de lazerconstituem uma das maisinteressantes concentrações dazona Centro, do Buçaco à Figueirada Foz, ajudando-nos a perceber oprocesso de ocupação do territórioaté às surpreendentesmanifestações contidas noentendimento das estruturas dopassado, referenciadasmodelarmente ao trabalho que, aolongo de uma década, tem vindo aser conduzido pelo Atelier 15 emIdanha-a Velha. Lisboa e a região doVale do Tejo surgem como umafixação estabilizada de um século deprodução concentrada na capital,mas onde se marca no território aconquista de uma modernidadeligada ao veraneio, ao equipamentopúblico ou às estruturas industriais.Mas é na produção da habitação emquadro urbano que se vislumbrauma maior transformação ao longode todo o século XX, num quadroque implica uma reflexão e umaactuação conformes. A Sul, um largoe vasto território concentra pulsõesentre um litoral transformado apartir <strong>dos</strong> anos 60 e uma genuínaespecificidade mantida no interior,onde se podem situar as maioresdisparidades e, talvez também,ameaças de sobre-ocupação queimporta transformarqualificadamente.Os territórios insulares mostram acompetência e a originalidade dasua produção arquitectónica. DosAçores, com os surpreendentesmomentos surgi<strong>dos</strong> através da obraqualificada de um Read Teixeira, dacoragem fixada na denúnciamoderna de um “Não!” de JoãoCorreia Rebelo ou da referênciacontemporânea de Pedro MaurícioBorges. Na Madeira, com a plêiadeda novíssima geração até àreferência de um Chorão Ramalho e,passando, é claro, obrigatoriamentepelo Casino Parque Hotel deNiemeyer e Viana de Lima, regista--se a construção de um século deouro onde se fixa o melhor dessaprodução.ANA TOSTÕES(da introdução ao catálogo)Uma IdeiaÉ curioso pensar agora que esteprojecto começou há 3 anos atrás,antes do Ano Nacional daArquitectura 2003, antes do Euro2004 e de to<strong>dos</strong> os estádios, antesdas sucessivas mudançasgovernamentais, antes de tantosacontecimentos que tornam estetempo imenso e tão curto para arealização do «Inquérito àArquitectura do Século XX».Uma questão, na minha opiniãosem interesse, tem sido colocadapor diversas pessoas no decorrerdeste Inquérito e para a qual eutenho a resposta, embora tambémirrelevante. A pergunta é simples:“Quem teve a ideia?”; e a resposta,também: “Não sei”.Na verdade, a ideia de uminventário da arquitectura <strong>dos</strong>éculo XX foi no final do séculopassado diversas vezes enunciada,a propósito de trabalhosespecíficos como exposições ouestu<strong>dos</strong> sobre temáticas ouperío<strong>dos</strong> delimita<strong>dos</strong> , tendomesmo chegado a ser formuladoum programa de trabalho einiciado o levantamento com amesma designação em 1995. Aideia deste inventário, a quechamámos “Inquérito àArquitectura do Século XX”, foi doConselho Directivo Nacional da<strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong>, presididopor Helena Roseta, e é o resultadode um objectivo, de umaoportunidade e de um legado.OBJECTIVOEm 2002, ao longo de algunsmeses, um grupo de arquitectos,por vezes mais de meia centena,debateu o modelo de organizaçãode arquitectos que pretendia, ouseja, como é que deveria ser ecomo deveria actuar a <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong><strong>Arquitectos</strong>, e qual poderia ser oseu contributo para a alteração dasituação que então se vivia;debate e respectivas conclusõesderam origem a uma candidaturaa to<strong>dos</strong> os órgãos da <strong>Ordem</strong>, cujoresultado foi a eleição a nívelnacional e sul.Vários foram os temas entãodiscuti<strong>dos</strong> e depois transpostospara o programa eleitoral mashouve um que, embora váriasvezes abordado, não foiapresentado porque havia aconsciência de ser um trabalhoque os meios existentes na <strong>Ordem</strong>não permitiriam concretizar: olevantamento do trabalho <strong>dos</strong>9 12arquitectos no país, em particularno século XX.A inexistência de um registo deautorias <strong>dos</strong> trabalhos dearquitectura, de um inventário dearquitectura do século XX é – embreve poderemos dizer era –umadebilidade para o debate sério ejustificado da importância dotrabalho do Arquitecto emPortugal; saber o que fizeram osarquitectos, onde, quando e, sepossível, como, é imprescindívelpara avaliar o seu contributo paraa qualidade de vida em Portugal,para passar do exemplo daexcelência para o principio de quea arquitectura pode ser um bemcomum acessível a to<strong>dos</strong>.OPORTUNIDADEEm 2003 foram abertascandidaturas para um programada União Europeia no âmbito doFEDER designado Interreg-SUDOE,destinado às regiões do sudoesteeuropeu o que abrange todo opais, o sul de Espanha e de França;este programa comunitário visa odesenvolvimento regional e entreos vários âmbitos de trabalhopossível encontra-se ainventariação, com diversos fins.Este programa destina-se a cofinanciariniciativas de parceriasentre entidades, <strong>dos</strong> municípios aassociações como é a <strong>Ordem</strong>.Quando a Arq. Helena Roseta,ainda então deputada, trouxe, viaAssembleia da República, o<strong>dos</strong>sier do Interreg, chegámos àconclusão que seria possívelconcretizar uma candidatura poiso objectivo estava definido etínhamos as condiçõesnecessárias para o efectuar:condições internas na <strong>Ordem</strong> paraalbergar um projecto deste tipo econtacto com os parceirosnacionais e internacionaisexigi<strong>dos</strong>.LEGADOEm 2004 publicámos a quartaedição da “Arquitectura Popularem Portugal”, publicaçãoanunciada no Ano Nacional daArquitectura na homenagemefectuada a to<strong>dos</strong> osintervenientes no Inquérito –Francisco Keil do Amaral,Fernando Távora, Rui Pimentel,António Menéres, Octávio LixaFilgueiras, Arnaldo Araújo, CarlosCarvalho Dias, José Huertas Lobo,João José Malato, Nuno TeotónioPereira, António Pinto de Freitas,Francisco Silva Dias, FredericoGeorge, António Azevedo Gomes,12 Casa de Retiro com Capela, Gomes da Costa, São Lourençodo Palmeiral (Silves), sem data; Equipamento Religioso – SulAlfredo Mata Antunes, Artur PiresMartins, Celestino de Castro,Fernando Torres e José AntónioGalhoz - numa inesquecível sessãopública de atribuição do título demembro honorário, onde foramhomenagea<strong>dos</strong> os presentes e osausentes.A publicação não foi apenas areedição de um livro de sucessomas um tributo, por parte da<strong>Ordem</strong> ao qual se associou o IPPAR,a um trabalho essencial da culturaportuguesa e que constituiu olegado que transportámos comoexemplo para este novo inquérito.Exemplo de princípio, deconhecimento, de abrangência e decontributo <strong>dos</strong> arquitectos para asociedade, mas tambémmetodológico, nomeadamente naforma de organização por equipase na importância do registo factual.Para concluir, que o maisimportante não é quem teve aideia ou definiu a iniciativa que deucorpo ao objectivo, aproveitámos aoportunidade e, no respeito e nacontinuidade do legado doInquérito à Arquitectura RegionalPortuguesa, temos a esperança deque os resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong>venham a ser úteis para to<strong>dos</strong> osinteressa<strong>dos</strong> contribuindo para oconhecimento, divulgação e defesada Arquitectura passada e futura.NOTAApesar de considerar que oresultado e as obras identificadassão mais importantes do que ainiciativa em si mesma, não querodeixar de salientar que acandidatura foi elaborada pelasarquitectas Helena Roseta e LeonorCintra Gomes e pelo Eng. JoãoPaulo Saraiva, tendo também eutido a oportunidade de participarnesta equipa, que contou com aimediata disponibilidade do entãoDirector do Instituto da ArteContemporânea (actual Institutodas Artes), Arq. José ManuelFernandes, e do Director daFundação Mies van der Rohe, DrLluis Hortet.A candidatura, efectuada numcurtíssimo espaço de tempo, só foipossível graças aos inúmerosamigos a que recorreu e aos quaisa <strong>Ordem</strong> está reconhecida.JOÃO AFONSOFICHA TÉCNICAEquipa de CoordenaçãoResponsáveis do ProjectoHelena Roseta e João Afonso (OA)Interlocutores <strong>dos</strong> Parceiros noProjecto Manuel Henriques(Instituto das Artes) e Laura Arenas(Fundació Mies van der Rohe)Coordenação Científica doProjecto Ana TostõesGestor do ProjectoJoão Paulo SaraivaAssessoria do ProjectoMariana Franco e Ana PaulistaTrabalho de campoEquipa NorteCoordenador: Sérgio Fernandezcom Inês Calor, José ManuelCapela, José Miguel BrásRodrigues, Paulo Monteiro e PedroAraújoEquipa CentroCoordenador: José AntónioBandeirinhacom Gonçalo Canto Moniz, IsabelBolas, José Manuel Oliveira,Susana Loboe a colaboração de Marco BrunoAndrade Maio, Raquel Pratase Sabina KaramehdovichEquipa Lisboa e Vale do TejoCoordenadores: João Vieira Caldase José Silva Carvalhocom Conceição Corte Real, JoãoSanta Rita, João Alves da Cunha,Miguel Judas, Pedro Garcia daFonseca e Sofia CurtoEquipa SulCoordenadores: Michel Toussainte Ricardo Carvalhocom José Manuel Rodrigues,Patrícia Bento d'Almeida,Rui Mendes e Vítor MestreEquipa AçoresCoordenador: João Maia Macedocom Manuela Braga, MafaldaVicentee a colaboração de Luís Moreirae Marco PimparelEquipa MadeiraCoordenador: Luís Vilhenacom Pilar LuzOutros ColaboradoresAo longo do projecto um conjuntode colaboradores da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong><strong>Arquitectos</strong>, da Fundació Mies vander Rohe e Instituto das Artescontribuíram para a concretização<strong>dos</strong> seus objectivos.


06 ARQUITECTOSCONCURSOSAGENDAABRILORDEM DOS ARQUITECTOSA DECORRERPRÉMIO INTERNACIONAL TEKTÓNICA ’06LUXO PARA TOD@SAssociação Industrial Portuguesa / <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong>Com a novidade de ter um âmbito internacional, o prémio instituído pelaAssociação Industrial Portuguesa - Feira Internacional de Lisboa eorganizado pela <strong>Ordem</strong> tem este ano por tema o Luxo. O conceito «Luxo»não deriva necessariamente da noção de riqueza. Sobretudo em tempos decrise existe a tendência para uma exacerbação do luxo transformando-onum espectáculo de orçamento sem limites. Neste concurso de ideiaspretende-se uma reflexão sobre o Luxo, enquanto valor do desenho eutilização de materiais e soluções inteligentes. Pretende-se uma reflexãosobre a melhoria da qualidade de vida que não redunde numa operação devaidade ou demonstração de poder. Pretende-se que o concorrentedesenhe um espaço de luxo, para habitação temporária de um casal, quenão exceda a volumetria de 250m3. Ao concorrente compete identificargenericamente o local para o qual projectou este espaço, que poderá serdesde um edifício existente até um habitáculo a dispor num parque naturalou numa praça. Para cada proposta a concurso é necessário incluir umaestimativa de custos. As propostas de arquitectos inscritos na <strong>Ordem</strong>(membros efectivos e estagiários com a situação regularizada e que nãoapresentem incompatibilidades ou relações familiares com os elementosdo Júri), nos termos fixa<strong>dos</strong> no ponto VI – Elaboração da Candidatura doRegulamento, podem ser entregues até 21 de Abril.Rita Palma / Tel. 213 241 110 / Fax 213 241 101 / cultura@ordem<strong>dos</strong>arquitectos.ptwww.ordem<strong>dos</strong>arquitectos.ptCELEBRAÇÃO DAS CIDADES 2, CC2CONCURSO INTERNACIONAL DE IDEIAS PARA ARQUITECTOSE ESTUDANTES DE ARQUITECTURANa primeira edição (2003-2004), o concurso Celebração das Cidades reuniuexemplos de acupunctura, ou seja, propostas locais – mesmo pontuais, poranalogia – para requalificar a cidade em áreas sensíveis. Desta feita, oconvite da UIA retoma a sugestão da «acupunctura urbana» para darresposta a três desafios: tornar a cidade atraente e sedutora; tornar acidade acolhedora e assegurar a mobilidade dentro da cidade e entre ascidades. Os trabalhos distingui<strong>dos</strong> estarão na Bienal de Arquitectura deVeneza. O Concurso desenvolve-se on-line, onde se processa, num mesmomomento, a inscrição e o envio das propostas, entre 19 e 27 de Abril.ri@ordem<strong>dos</strong>arquitectos.pt / info@celebcities2.orgwww.celebcities2.orgCONCURSO INTERNACIONAL SOBRE TECNOLOGIAS FOTOVOLTAICASPROPOSTAS ATÉ 15 JULHO 2006O Centro de Estu<strong>dos</strong> em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimentodo Instituto Superior Técnico organiza a competição internacional dedesign «Lisbon Ideas Challenge (LIC) – Designing with Photovoltaics – NewEnergy Concepts for the Built Environment». A competição destina-se aarquitectos, engenheiros e designers com interesses na área de novosconceitos energéticos para o meio urbano e pode ser desenvolvida quer porequipas universitárias quer por equipas individuais com espíritoempreendedor. Pretende promover ideias inovadoras que integrem na suaconcepção sistemas e tecnologias fotovoltaicas.Joana Fernandes / jomifernandes@gmail.com / Tel. 963 303 023www.lisbonideaschallenge.com.ptEUROPAN 8ENCERRAMENTO DO CONCURSOEntre Abril e Junho realizam-se os eventos de encerramento do ConcursoEuropan 8 a nível nacional e internacional.O evento a nível nacional realiza-se em Palmela e terá uma visibilidadeacrescida, com <strong>dos</strong>siers em vários órgãos de comunicação, nomeadamentena separata da revista “Arquitecturas”.A entrega de prémios, a exposição <strong>dos</strong> trabalhos e o lançamento docatálogo nacional terão lugar em Palmela no dia 5 de Maio na BibliotecaMunicipal de Palmela (Largo São João Baptista).Na oportunidade são apresenta<strong>dos</strong> os projectos distingui<strong>dos</strong> em Coimbra,Figueira da Foz, Funchal, Palmela e Sintra, pelas respectivas equipasprojectistas. Está ainda prevista uma conferência por um membro do JúriEuropan 8 Portugal (convite a Frédéric Bonnet, premiado Europan 3 emAlicante). A exposição estará patente ao público entre 22 de Abril e 12 deMaio no mesmo local. O evento é aberto a to<strong>dos</strong> e não necessita deinscrição prévia.O encerramento internacional realiza-se a 30 de Junho em Dordrecht(Holanda), com apresentação <strong>dos</strong> projectos premia<strong>dos</strong> em to<strong>dos</strong> os paísesparticipantes.CONCURSO PÚBLICO DE IDEIAS PARA O MERCADODE CASCAIS E ZONA ENVOLVENTEConforme previsto foi no dia 15 de Março reaberto o Acto Público, no qual ojúri divulgou a hierarquização <strong>dos</strong> trabalhos, tendo sido atribuidas asseguintes posições:1.ª Posição: Neri Marco2.ª Posição: Arkibyo - Arquitectura e Urbanismo, Lda3.ª Posição: Bernardo Almeida LopesMembro do júri nomeado pela <strong>Ordem</strong>: Arq. José Mateus6 > 2107. REUNIÃO DE OBRAJOÃO MENDES RIBEIROEdifício do CENTRO DE ARTESVISUAIS, em CoimbraDia 6. Inauguração daExposição + Conferência,Sede da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong><strong>Arquitectos</strong>, Lisboa, 21hDia 8. Visita guiada pelo autorà obraLocal de encontro: 10h,entrada sede nacionalda <strong>Ordem</strong>, Lisboa15h, entrada Centro de ArtesVisuais em CoimbraInscrições: máximo 60 pessoasPatrocínio SAPA PORTUGALTel. 213 241 140/5secretaria2@oasrs.org8Visitas guiadas a obras dearquitectura de FernandoTávoraOBRA ABERTACASA DE OFIRSérgio FernandezInscrições a partir de 3 deAbril: máximo 40 pessoasTel. 222 074 250Programação completa emwww.oasrn.org/cultura.php17PROFISSÃO: ARQUITECTOEnvio do questionáriopreenchido em envelope RSFwww.ordem<strong>dos</strong>arquitectos.pt18Ciclo de Conferências paraProfissionaisTERÇAS TÉCNICAS‘FACHADA AUTOSUSTENTÁVEL –TECNOLOGIA COMAVALIAÇÃO DO IMPACTOENERGÉTICO’Auditório da AssociaçãoNacional de JovensEmpresários, Porto,Participação sujeitas ainscrição (lugares limita<strong>dos</strong>)Promoção TECHNALA ficha de inscrição foi publicada nocaderno Destaque no mês de Março e estádisponível para download emwww.ordem<strong>dos</strong>arquitectos.pt22Visitas guiadas a obras dearquitectura de FernandoTávoraOBRA ABERTACASA DA COVILHÃJosé Bernardo TávoraInscrições a partir de 17 deAbril: máximo 40 pessoasTel. 222 074 250Programação completa emwww.oasrn.org/cultura.php24 > 25Exposição + ConferênciasEXPOSIÇÃO RESULTADOS IAP-XXCol.legi d’Arquitectesde CatalunyaPlaca Nova, 508002 Barcelonawww.ordem<strong>dos</strong>arquitectos.pt28ExposiçãoHABITAR PORTUGAL 2003/2005SELECÇÃO MAPEI/OAData limite para apresentaçãode candidaturasRita PalmaTel. 213 241 110 / Fax 213 241 101cultura@ordem<strong>dos</strong>arquitectos.ptwww.ordem<strong>dos</strong>arquitectos.pt29Visita GuiadaBAIXA DEPOIS DA BAIXACafé Martinho da Arcada,Praça do Comércio, Lisboa, 10hpor Arq. Gonçalo ByrneInscrições - 10¤ (IVA incluído)Pagamento - Os interessa<strong>dos</strong>deverão pré-inscrever-se paraa visita pretendida a partir dodia 1 do mês correspondente.Deverão, depois, confirmar ainscrição que pode ser feitaaté ao dia 17 de cada mês:> na secretaria da Secçãoregional do Sul, de 2.ª a 6.ª,entre as 10 e as 19h> por cheque ou portransferência bancária (NIB0007.0023.0046637.0007.06),enviando o(s) nome(s) da(s)inscrição(ções) e ocomprovativo de pagamentocom a seguinte referência:«Baixa depois da Baixa, Ciclode visitas guiadas» por fax ouemail.Tel. 213 241 140/5.Fax 213 241 169secretaria2@oasrs.org30 > 21 MAIO#002 REUNIÃO DE OBRA[NORTE]HABITAÇÃO UNIFAMILIARCASA CARLOTA - CASALARANJEIRAJosé Paulo <strong>dos</strong> Santos, PortoMuseu <strong>dos</strong> Transportes eComunicações, Alfândega,Porto, de 3.ª a 6.ª das 10 às 12e das 14 às 18 horas; Sábadoe Domingo, das 15 às19 horasEntrada Livre1 Mai. Visita guiada à obraProgramação completa emwww.oasrn.org/cultura.php> 28 MAIOexposiçãoPRÉMIO SECIL DEARQUITECTURA 2004Átrio do novo Edifício daCâmara Municipal de TorresVedras, Av. Cinco de Outubro,Torres Vedras, das 8h30 às18h, to<strong>dos</strong> os diaswww.ordem<strong>dos</strong>arquitectos.ptAPOIODIVULGAÇÃO3 > 13exposiçãoSANTA-RITA ARQUITECTOS:A POÉTICA DA FRAGMENTAÇÃOSala mostre Guido Nardi,Via Ampere 2, MilãoOrganização: InstitutoPolitécnico de Milão (IPM),a convite da Prof. EleonoraBersani e Alessandro Solci.A exposição abrange umconjunto de trabalhosrecentes do Atelier Santa-Rita<strong>Arquitectos</strong> cuja abordagempromove um modo de olharo mundo e o universoarquitectónico através dafragmentação <strong>dos</strong> espaços edas formas como uma procuracontínua de enquadrar eredefinir a escala <strong>dos</strong> objectose das intervenções. Conta coma apresentação de umconjunto de desenhos e comdois textos de apresentação,da autoria do Arq. José ManuelFernandes (Portugal) e do Arq.Juhani Karanka (Finlândia).Entre os vários trabalhosapresenta<strong>dos</strong> destacam-seum projecto para as Casasmortuárias em Beja e umprojecto para um Conjunto deedifícios de habitação emÉvora.Na inauguração (dia 3, às 17horas) intervieramo Vice-Reitor do IPM,Arq. Cesare Stevan,e o Arq. João Santa-Rita.Apoio: Departamento de Projectode Arquitectura do IPM;Patrocínio: Hewlett-Packard> 10candidatura2.º SEMINÁRIO AVANÇADO(MASTERCLASS)BNA, UIA REGIÃO I EBERLAGE INSTITUTEO seminário é dirigido porBurton Hamfelt, em Almere(Países Baixos), entre 21 e 26de Agosto e aborda os CentrosRegionais de Educação(«Regionale Opleidings Centra,ROC»), grandes complexos queintegram várias escolas, umagrande diversidade deprogramas educativos e umnúmero de estudantes quepode ultrapassar os 20.000.Os interessa<strong>dos</strong>, arquitectosaté 35 anos, devem fazerchegar à <strong>Ordem</strong>, até 10 deAbril, os elementos seguintes:- breve CV (max. 2 A4),- Portfolio, com o formato de 3A3 ou 6 A4 (max.),- Carta de motivação (max. 1 A4).Os custos individuais departicipação elevam-se a730,00 ¤ (+ IVA à taxa de 19%),acresci<strong>dos</strong> de transporte e«ajudas de custo».Clélia Fernandesri@ordem<strong>dos</strong>arquitectos.ptBerlage Instituteinfo@ berlage-institute.nlwww. berlage-institute.nl19ciclo de debatesA CIÊNCIA E A CIDADEA MOBILIDADEJosé Manuel Viegas (IST)Fundação CalousteGulbenkian, Auditório 2,Avenida de Berna 45A,em Lisboa, 18hJoão Caraça, directordo Serviço de Ciência daFundação, lança o conviteporque «to<strong>dos</strong> sãoindispensáveis no processode construção da CidadeNova» e propõe um encontropor mês, moderado por JoséVítor Malheiros.Tel. 217 823 525. Fax 217 823 019.randrade@gulbenkian.ptwww.gulbenkian.pt/cienciaecidade19 E 26X Curso Livrede História da ArteCIDADES PORTUGUESASPATRIMÓNIO DA HUMANIDADEFaculdade de Ciências Sociaise Humanas da UniversidadeNova de Lisboa, Av. de Berna26 C, LisboaSob direcção de ManuelJustino Maciel e RaquelHenriques da Silva.19 Abr. MACAU, UMA CIDADEPORTUGUESA – Prof. DoutorRafael Moreira (FCSH – UNL)26 Abr. A CANDIDATURA DABAIXA A PATRIMÓNIO DAHUMANIDADE – Prof. DoutoraRaquel Henriques da Silva(FCSH/UNL)3 Mai. MAZAGÃO: A ÚLTIMAPRAÇA PORTUGUESA NONORTE DE ÁFRICA – Arq. JorgeCorreia (DAA-UM)Instituto de História da Arte /FCSHAna Parente | Maria Luis Rodrigues |Ana Paula LouroTel. 217 933 519, 217 933 769ou 217 933 869, ext. 540.Fax 217 977 759iha@fcsh.unl.pt | www.fcsh.unl.pt27 > 29 ABRILencontro internacionalPATRIMÓNIO MUNDIALDE ORIGEM PORTUGUESAAuditório da Faculdade deDireito, Universidade deCoimbraPromovido pela Universidadede Coimbra, pelo IPPAR e pelaComissão Nacional daUNESCO, o principal objectivodo Encontro é o de contribuirpara a criação de uma rede decooperação internacionalentre especialistas de to<strong>dos</strong> ospaíses com património deorigem portuguesa.Tel. 239 480 944. Fax 239 480 960whpo@ci.uc.ptInscrições gratuitas: www.uc.pt/whpoPrograma:www.uc.pt/whpo/programa.html4 > 5 MAIOseminário internacionalTEORIA E PRÁTICA EMCONSERVAÇÃOLaboratório Nacional deEngenharia Civil, LisboaUm grupo dirigido peloinvestigador do LNEC, DelgadoRodrigues, por ocasião - entreoutras justificações maisABRIL 2006


08 ARQUITECTOSCONVOCATÓRIAASSEMBLEIA GERAL ORDINARIA27 de Abril, 20h30Nos termos da Lei e do Estatuto, convoco a Assembleia Geral da<strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong> para reunir em Assembleia Ordinária noauditório da Fundação Maria Isabel Guerra Junqueiro e LuísPinto de Mesquita Carvalho, sita na rua D. Hugo 15, no Porto, nodia 27 de Abril de 2006, pelas 20H30, com a seguinte ordem detrabalhos:Ponto 1Aprovação da Acta da Assembleia anterior;Ponto 2Relatório e Contas da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong> referentes a 2005;Ponto 3Projecto de Lei n.º 183/X – “Arquitectura: Um direito <strong>dos</strong>Cidadãos, um acto próprio <strong>dos</strong> arquitectos (revogação parcial doDec. 73/73, de 28 de Fevereiro)” – Ponto de situação.Se à hora marcada não estiver presente, pelo menos, metade<strong>dos</strong> membros efectivos, a reunião terá início uma hora depois,com a presença de qualquer número de membros.Lisboa, 24 de Março de 2006O Presidente da Mesa da Assembleia GeralCARLOS GUIMARÃES, ARQUITECTOASSEMBLEIAS APROVAM PLANOSE ORÇAMENTO PARA 2006❚ A Assembleia Geral aprovou, com uma abstenção e um voto contra, oOrçamento para 2006, instrumento de gestão que reúne os orçamentosparciais apresenta<strong>dos</strong> pelos Conselhos Directivos (Nacional, RegionalNorte e Regional Sul) e que apresenta um montante global de 5.624milhares de euros. O Orçamento reflecte os planos de actividades nacionale regionais e representa um acréscimo de 17,9% relativamente aoOrçamento de 2005. Este acréscimo deve-se ao aumento do número demembros, à realização do Congresso em 2006 e aos grandes projectos emcurso ou a lançar. É o caso do IAPXX, que termina este ano, do Inquérito àProfissão, cujos resulta<strong>dos</strong> devem ser presentes ao Congresso, e da Basede Da<strong>dos</strong> Nacional e Certificação Digital, que poderá permitir um saltoqualitativo apreciável na desburocratização das relações entre osmembros e a <strong>Ordem</strong> ou entre os membros e terceiros, nomeadamenteentidades públicas da Administração local e central.Para uma avaliação sumária do documento e sua comparação, não apenascom orçamentos anteriores, mas também com as execuções orçamentaisanteriores, remetemos para a leitura do texto «Introdução ao Orçamentopara 2006 da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong>», em www.ordem<strong>dos</strong>arquitectos.pt❚ O Plano de Actividades da SRSul 2006 e o Relatório de Actividades de2005 foram aprova<strong>dos</strong> na Assembleia Regional do Sul realizada em 23 deFevereiro. Estes documentos, bem como o Plano de Actividades dasDelegações e Núcleos da SRSul para 2006, estão disponíveis para consultaem www.oasrs.org (em OASRS/Direcção).❚ No passado dia 16 de Março, decorreu no Porto a Assembleia RegionalNorte, onde foram aprova<strong>dos</strong>, por unanimidade, o Relatório de Actividadesde 2005 e o Plano de Actividades da SRNorte para o ano de 2006.silva!designersPROVA DEADMISSÃO 2006NO DIA 9 DE MARÇO O CONSELHO DIRECTIVO NACIO-NAL HOMOLOGOU OS RESULTADOS DA PROVACOMPLEMENTAR: 67% DE APROVADOS.A Prova de Admissão estáregulamentada no Anexo IV doRegulamento de Admissão (RA) edestina-se a aferir da aptidão <strong>dos</strong>candidatos à admissão para osactos próprios (art.º 42.º doEstatuto) e o conhecimento doenquadramento legal edeontológico do exercício daactividade profissional.Para esta Prova de Admissãoinscreveram-se 16 candidatosprovenientes de cursosreconheci<strong>dos</strong> pela <strong>Ordem</strong>, ouequivalentes, que, tendo realizadoas acções de formaçãocomplementar, concluíram oestágio da <strong>Ordem</strong> com aprovaçãodo relatório; destes, 7 eramprovenientes de escolasestrangeiras e 9 provenientes deescolas nacionais. Dos inscritos,15 concretizaram a Prova deAdmissão, 7 <strong>dos</strong> quais com aclassificação de “aprovado”, 1 coma classificação de “reprovado”, e 7com a classificação de “admitido aprova complementar”. Após arealização da ProvaComplementar, 2 candidatosobtiveram a classificação de“aprovado”. No conjunto <strong>dos</strong>candidatos reprova<strong>dos</strong>, 4 sãoprovenientes de escolasestrangeiras e 2 provenientes deescolas nacionais. Realizando umbalanço, verifica-se que 67% <strong>dos</strong>candidatos que realizaram a provade Admissão obtiveram aclassificação de “aprovado”. Nasanteriores edições da Prova deAdmissão verificou-se um elevadoíndice de reprovações, facto quemereceu especial atenção porparte <strong>dos</strong> órgãos sociais da<strong>Ordem</strong> e levou, em parte, àrevisão do Regulamento Internode Admissão (RIA), para o quecontribuiu a resolução do 10.ºCongresso, no sentido de serimplementado um sistema deprovas e créditos, a realizar eobter no decurso e/ou final doestágio, o que se veio aconcretizar com a aplicação doRA. Antes, os candidatos àadmissão tinham de seraprova<strong>dos</strong> na Prova de Admissãopara poderem realizar o estágioda <strong>Ordem</strong>.O Grupo de Trabalho “Admissão”,que acompanhou o processo derevisão do RIA, propôs uma linhade orientação para a Prova deAdmissão, assim como aconstituição de um Grupo deTrabalho “Provas de Admissão”cuja tarefa seria elaborar omodelo de prova. O Grupo deTrabalho “Provas de Admissão”reuniu 6 vezes; nas primeirasreuniões analisou o objectivo daProva de Admissão no âmbito doRA, a sua relação com o Estágio eFormação Complementar; aexperiência das Provas deAdmissão realizadas no âmbito doRIA e outros modelos de admissãoa organizações profissionais, taiscomo os pratica<strong>dos</strong> pelo AmericanInstitut of Architects e oArchitects Registration Board.Foram coloca<strong>dos</strong> os cenários depossíveis provas – questionáriosde modelo americano, provaprojectual, prova de um dia, provaem sistema de workshop ao longode uma semana. Finalmente o GTacordou no princípio da prova serealizar fora das instalações dasescolas de arquitectura, ter comobase a resposta a um problemareal de dimensão média econcretizada em dois momentosdistintos, um primeiro ao longo dequinze dias durante os quais ocandidato elaboraria um port-foliodo projecto e um segundo deresposta a questões relacionadascom o enunciado de projecto, pelasua maior proximidade à realidadeda prática profissional. Dotrabalho desenvolvido pelo Grupode Trabalho resultaram o modelode Prova de Admissão, avaliaçãoda prova, classificação <strong>dos</strong>candidatos e definição do formatoda Prova Complementar. Porforma a verificar o modelo deProva de Admissão (aprovado peloCDN em Maio de 2005) foirealizada uma simulação da Prova,entre 4 e 18 de Outubro de 2005. Aexperiência adquirida permitiuinformar o trabalho da ComissãoNacional de Provas, constituída,por deliberação do CDN deNovembro de 2005, com oobjectivo de redigir o enunciadoda prova. A Comissão Nacional deProvas reuniu 4 vezes, procedendoà análise da simulação da provarealizada, propondo alterações aomodelo de prova de admissão,definindo o local de intervenção,os enuncia<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> momentos 1 e2 da prova, formalizando asperguntas, os critérios deavaliação e o quadro de apoio àavaliação da Prova. Paralelamentefoi aberto um concurso, a nívelnacional, para a selecção demembros efectivos, com pelomenos 5 anos de inscrição na<strong>Ordem</strong>, para constituir o Júri deAvaliação da prova. O Júri deAvaliação foi seleccionado poranálise <strong>dos</strong> currículosrecepciona<strong>dos</strong>, tendo em conta:experiência profissional, quercomo liberal, quer a prestarserviços de projecto ou análise ementidade pública ou privada;docência; participação emactividades previstas no RA, quercomo Patrono, quer emComissões de Apreciação deRelatórios de Estágio. O 1.ºmomento da Prova de Admissãoteve lugar no dia 6 de Janeiro de2006, no auditório da <strong>Ordem</strong>,tendo-se realizado o 2.º momentono dia 20 de Janeiro, em espaçocedido pelo Museu dasComunicações, próximo àsinstalações da sede nacional.O júri de avaliação reuniu durantedois dias tendo elaborado aclassificação da prova, que o CNApropôs para homologação peloCDN. O que veio a suceder pordeliberação de 16 de Fevereiro de2006, na qual foi tida em conta aRecomendação n.º 10/B/2005 doSenhor Provedor de Justiça.Finalmente, a 6 de Março de 2006,teve lugar a Prova Complementar,tendo o júri de avaliação reunidoantes e depois da Prova paraclassificar os candidatos, que veioa ser proposta pelo CNA ao CDN ehomologada por deliberação de 9de Março de 2006. Ainda em jeitode balanço, importa referir que ainscrição na Prova de Admissãoobriga ao pagamento, por parte docandidato, de uma taxa deinscrição no valor de ¤150 e que aavaliação de cada candidatototaliza um custo de ¤165, sem terem conta o trabalho da Comissãoe do GT.13 ANOS DE BOLETIMJá foi dito que uma organização associativa tem de ter um instrumentopara coesionar os seus membros – transmitir informação, convicção,reflexão em torno de uma plataforma. Hoje cada vez mais estanecessidade requer não um mas uma diversidade de meios, e clarezaquanto à função de cada um e à sua articulação no todo <strong>dos</strong> out-putscomunicativos. Na então AAP tínhamos o Jornal <strong>Arquitectos</strong>. E estávamosnuma fase de “fecho”, de uma cultura e de uma estrutura associativa(enquadramento legal da profissão, desempenho da função de serviço,com instalações, serviços operacionais de concursos, documentação,apoio à prática..., ) e produção de uma visão estratégica sobre a profissão(o Livro Branco). O jornal desdobrava-se mas difícilmente conseguiaresolver a quadratura do círculo, entre a tentação da revista e a modéstiada newsletter/circular – centrado nos temas associativos, profissionaisou disciplinares.O boletim veio discretamente ocupar um lugar simples – a presença daAssociação nas nossas mãos ao dia certo do mês, com informação útil (asfichas do RGEU do atelier Bagulho, as fichas técnicas organizadas pelaFátima C. Silva, as publicações entradas na Biblioteca, da Ana Isabel...) emensagem condensada (tanto que até escrevíamos nas margens paraaproveitar as 8 páginas ao tutano). Dando o tom certo a tudo, a Cristina...Nada disto impediu o “boletim” de ser criativo, às vezes inspirado, cadavez mais um quase-jornal, que veio permitir ao “outro” ser (o que precisaser) a revista da <strong>Ordem</strong>. Oxalá seja! Se compararmos com a necessidadeactual, de também especializar os veículos e conteu<strong>dos</strong> em novasfrentes/meios, diría que também não se pode hoje colocar a dúvida sobrese os meios digitais eliminam o papel, e se entre jornais on-line, sites eblogs não fica tudo dito? Não fica – o que podemos é diversificar, por aí,as funções de participação, discussão e debate, e ainda de comunicarconteú<strong>dos</strong> documetais e serviços que anteriormente não tinham suporte.Especializar um órgão associativo não é, contudo, afastá-lo daorganização, entregando-o a “profissionais” da informação. Pelocontrário, há que cultivar a nossa comunicação como útil e estratégica,para os nossos fins enquanto organização. Sem sofismas: fazer políticaassociativa é, como na outra, escolher assuntos, apontar prioridades,coesionar o colectivo numa direccção.PEDRO BRANDÃOPrimeiro director do boletim, do n.º 1 (Abril 93) ao n.º 34 (Janeiro 96)Concurso para constituirCOMISSÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃOO Conselho Nacional de Admissão (CNA) abriu um concurso para selecçãode membros efectivos, com pelo menos 5 anos de inscrição na <strong>Ordem</strong>,com o objectivo de constituir a Comissão Nacional de Acreditação. Deacordo com o disposto na alínea a), do n.º 7, do anexo VI e nos n.º 2, 6 e 7do anexo VII do Regulamento de Admissão, to<strong>dos</strong> os aspectos que sãoobjecto de análise num processo de Acreditação serão aprecia<strong>dos</strong> poruma Comissão Nacional de Acreditação, que o Conselho Nacional deAdmissão proponha constituir, ouvi<strong>dos</strong> os Conselhos Regionais deAdmissão, com homologação pelo Conselho Directivo Nacional. Ascandidaturas deverão ser formalizadas mediante apresentação decurrículo resumido, até ao dia 2 de Maio, dirigido ao CNA, para o endereçoda sede nacional da OA, Travessa do Carvalho 23, 1249-003 Lisboa.jdaniel@ordem<strong>dos</strong>arquitectos.ptVITTORIO FERREIRA DAVID1923 – 2006A partir de 1997 comecei atrabalhar com ele na CâmaraMunicipal de Lisboa. Desde logosurgiu uma grande amizade egrande comunicação pessoal.Descobri um colega deextraordinária cultura esensibilidade artística. Um homemde formação moral e humanasuperior e única. Já reformado daCML mantinha uma extraordináriavitalidade e grande lucidez. Era deuma modéstia tocante. Aliava oque de bom pode ter um lusoitaliano,natural de Florença, docruzamento das duas culturas.Formado em Lisboa e Milão emarquitectura, trabalhou emPortugal e em Itália. Estudoutambém em França onde cursoupaisagismo. Era um desenhadorsensível e com grande capacidadede captar a vida. Também pintava.Da geração e amigo de Pomar e SáNogueira. Foi bailarino tendopertencido ao Verde Gaio.Da natureza extraía inspiraçãofazendo de alguns <strong>dos</strong> seusfragmentos objectos de arte.Desenvolveu uma actividadediscreta mas eficaz nos ateliers(contribuindo para a valorizaçãode colegas mais jovens, lembro--me do arquitecto Taveira), noEstado e na CML.O Vittorio merece esta atenção.CARLOS DOS SANTOS FERREIRAMARIA JOÃO GEORGE1948 – 2006Natural de Lisboa e licenciada pelaESBAL em 1974, tinha uma grandecompreensão das questões do“habitat”, como parte integrante daqualidade de vida das populações ecomo factor decisivo dodesenvolvimento local e essa foiuma das grandes causas da suavida. Desde sempre empenhadapoliticamente, participou emmovimentos cívicos e estudantise integrou o Núcleo de Estu<strong>dos</strong>Urbanos e Regionais do Centro deEstu<strong>dos</strong> e Planeamento doMinistério das Finanças e Plano em1975. Dedicou-se a projectos degestão urbana, sempre em serviçopúblico (Barreiro, 1975, e Beja, 1977a 1981). A partir de 1981, trabalhoudez anos na Cooperação, primeirona Guiné-Bissau e, mais tarde,entre 1990 e 1992, no Zimbabwe.Recebeu o Prémio Municipal deArquitectura «Espiga de Ouro» em1993, pela intervenção num edifícioem ruína no Centro Histórico deBeja, onde actualmente funciona aCasa das Artes Jorge Vieira.Entre 1994 e 2003 coordenou aintervenção da EDIA na Aldeia daLuz, visando a recomposição doquadro físico, mas também amanutenção da rede de relaçõessociais que estruturam a vida dacomunidade na nova aldeia.PRESIDENTE DA ORDEM Helena Roseta EDIÇÃO João Afonso e Pedro Milharadas (CDN), João Miguel Braga (CDRNorte) e João Costa Ribeiro (CDRSul) COORDENAÇÃO Cristina Meneses, António Henriques (CDRSul) e Carlos Faustino (CDRNorte) PUBLICIDADE Maria Miguel e Sofia MarquesDIRECÇÃO DE ARTE E PAGINAÇÃO Silva!designers ADMINISTRAÇÃO Travessa do Carvalho 23, 1249-003 Lisboa - tel.: 213241110, fax: 213241101, e-mail: cdn@ordem<strong>dos</strong>arquitectos.pt IMPRESSÃO Ligrate, atelier gráfico, Lda, Rua Augusto Gil 21, Moinhos da Funcheira, 2700-098 Amadoratel.: 214986550, fax 214986555 TIRAGEM 15.000 exemplares DEPÓSITO LEGAL 63720/93 PERIODICIDADE Mensal ISSN 0872-4415 O título “<strong>Arquitectos</strong> Informação” é propriedade do Centro Editor Livreiro da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong> PREÇO 0,50€ Distribuição gratuita a to<strong>dos</strong> os membros.ABRIL 2006

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