CÂMARA DE TORTURA NO QUARTEL DA PM - Nosso Tempo Digital
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c<br />
Do Rock in Rio<br />
ao Rock in Foz<br />
O assunto j8 foi objeto de<br />
breve matéria na "Folha de S.<br />
Paulo" (de 23-2-): o prefeito de<br />
Foz do Iguaçu, Wádis Benvenutti,<br />
enviou expediente ao empresário<br />
carioca Roberto Medina convidando-o<br />
a transferir para cá o<br />
festival do rock, ou o Rockódromo,<br />
já que o governador Leonel<br />
Brizola mandou desmontar todo o<br />
aparato do Rock in Rio. O festival<br />
foi um estrondoso sucesso e pode<br />
muito bem continuar sendo, em<br />
que pese o ranço dos que se<br />
opuseram á promoção. A iniciativa<br />
de atrair para Foz do Iguaçu a<br />
instalação øermsnente do Rockóromo<br />
é boa, desde que não custe<br />
um centavo aos cofres públicos<br />
municipais, que têm mais é que<br />
tomar urgentes medidas no<br />
sentido de socorrer a população<br />
faminta, doente, sem escola, sem<br />
:asa, sem vontade até de viver.<br />
Due venha o rock, sim, é um boa,<br />
nas que isso não sirva para<br />
nvolver o município em projetos<br />
nirebolantes e faraônicos apresentados<br />
como fatores de geraão<br />
de emprego e coisas assim,<br />
)orque, na verdade, o que acaba<br />
icontecendo é sempre a abertura<br />
e novas chances de enriquecinento<br />
maior pare as mesmas<br />
>assoas, cuja ganância não tem<br />
imites.<br />
Figueiredo e sua<br />
incompetência<br />
Pela Lei de Segurança Nadotal,<br />
quem chamasse o presidente<br />
igueiredo de incompetente seria<br />
wocesseo e, possivelmente,<br />
ri<br />
RENAPEL<br />
Atendemos das 7:30 às 23 horas<br />
Inclusive domingos e feriados<br />
Iv<br />
preso. Alias, não faltou, durante o<br />
governo dele, gente que foi parar<br />
atrás das grades por bombardeálo<br />
em função de sua administração<br />
raquítica, incapaz mesmo.<br />
Mas não é que agora é o<br />
próprio Figueiredo que admite<br />
sua incapacidade? Naquela melancólica<br />
entrevista concedida<br />
recentemente ao jornalista Alexandre<br />
Garcia, da TV Manchete.<br />
o Fig contou que, quando foi<br />
convidado por Geisel para ser<br />
presidente, respondeu: "Você<br />
não me conhece direito; eu me<br />
conheço e sei que não sirvo para<br />
isso". Ora, tail o homem sabia<br />
que não tinha capacidade, mas<br />
fechou os olhos e foi lá,<br />
contrariando a vontade do povo,<br />
sem ser eleito e tudo mais. Agora<br />
vem se queixar proque leva pau?<br />
Vem com choramingas, tipo<br />
quem pede compaixão? Quem<br />
pode ter pena de uma figura<br />
dessas?<br />
Presidente<br />
medíocre e<br />
vazio<br />
Semana passada, o presidente<br />
Figueiredo voltou a dar<br />
entrevista através de cadeia<br />
nacional de rádio e televisão. Pra<br />
quê? Só para ressaltar, outra vez,<br />
mediocridade e falta de aptidão<br />
para o cargo que exerceu durante<br />
seis anos. Desta vez, ele estava<br />
tentando se redimir das bobagens<br />
que dissera em outra entrevista.<br />
Disse: "Nos Alagados, de Salvador,<br />
me comovi diante daquela<br />
gente humilde, mergulhada na<br />
miséria e na sujeira, e que sorria<br />
para mim, me aplaudindo, enquanto<br />
eu estava ali, de mãos<br />
vazias, sem nada para lhes<br />
oferecer. Sebe de uma coisa?<br />
Naquele momento, na Bahia,<br />
como em muitos lugares parecidos,<br />
vendo tanta gente na mist,çia<br />
e sem esperanças sorrindo para<br />
mim, senti dor e vergonha de ser<br />
presidente. Então eu pensava: se<br />
eu estivesse no lugar dessas<br />
pessoas, ao invés de aplaudir um<br />
governante, seria capaz de lhe dar<br />
uma surra". Mas é evidente:<br />
junto ao povo miserável vai-se<br />
fazer demagogia, de mãos vazias,<br />
enquanto junto à minoria que vive<br />
na opulência vai-se de mãos<br />
cheias. Arrrre, malditosl<br />
Defesa do<br />
consumidor já<br />
Há muito que fazer em todos<br />
os níveis e em todas as frentes da<br />
vida do povo, mas se há algo de<br />
extrema urgência e importância é<br />
a organização da sociedade na<br />
defesa do consumidor. Os abusos<br />
que se cometem com os preços e<br />
a qualidade dos produtos no<br />
Brasil é qualquer coisa de<br />
diabólico e estúpido - coisa de<br />
sociedade vivendo o processo de<br />
autofagia. É preciso chegar logo a<br />
um nível de resistência tal que os<br />
preços se comportem de acordo<br />
com as possibilidades de acesso<br />
popular ao consumo. O preço da<br />
água vai além da conta? Ninguém<br />
paga água. A luz eleva seu preço<br />
às nuvens? Então que o preço<br />
fique lá, mas ninguém paga. A<br />
gasolina está com preço proibitivo,<br />
misturada de pinga, graspa,<br />
álcool e água? Pronto, ninguém<br />
mais compra gasolina. E assim<br />
por diante. Quando chegaremos<br />
lá?<br />
A verdadeira<br />
causa da fome<br />
Ë assustador. O Brasil tem<br />
mais miseráveis do que toda a<br />
população do Paraguai, da<br />
Argentina e do Uruguai juntos.<br />
possível sair disso? Essa gente<br />
ainda vai fazer desabar tudo, no<br />
dia em que descobrir sua força.<br />
Vai acontecer como conteceu ao<br />
Império Romano, que, em sua<br />
opulência, foi desmantelado pelo<br />
vandalismo dos bárbaros, os<br />
marginalizados de então. Pois é,<br />
se a causa da fome fosse a falta<br />
de alimentos ou a impossibilidade<br />
de produzi-los, paciência. Mas a<br />
causa da fome está na injustiça,<br />
no egoísmo, na desorganização,<br />
na lei do quem-pode-mais-choramenos.<br />
Isso tem de mudar. Do<br />
contrário, nem será preciso fazer<br />
pregação revolucionária para que<br />
a marginália parta para a<br />
depredação, o saque, o crime<br />
enfim. Aliás, isso j8 esta em<br />
andamento e está num eslágio<br />
mais avançado do que a<br />
sociedade pensa.<br />
Bota mau<br />
gosto nisso<br />
Nesses dias, encontramos<br />
pela rue uns milicos do Exército<br />
perambulando com aquele indecente<br />
corte de cabelos e<br />
quisemos fotografá-los, mas eles<br />
não deixaram, por medo de<br />
complicação. Nem de costas<br />
permitiram a foto. Respeitamos a<br />
vontade deles, mas não podemos<br />
ficar sem descer uma lanhada<br />
nesse costume bobo dos quartéis<br />
de transformar a cabeça dos seus<br />
soldadinhos em cabeças de<br />
palhaços. Horrorosol Tremendo<br />
mau gostol Agride os moços e<br />
agride a cidade. Um insulto à<br />
estética, no mínimo.<br />
Escuridão pública<br />
vai bem<br />
Atenção, Prefeitura. Há muitas<br />
ruas da cidade pagando taxa<br />
de escuridão pública, não de<br />
iluminação, uma vez que as<br />
lâmpadas não acendem nunca.<br />
Vão ver, por exemplo, a rua<br />
Bartolomeu de Gusrnão e toda a<br />
área próxima ao Corpo de<br />
Bombeiros. Nem a metade das<br />
lâmpadas acende. E os moradores<br />
- tome pagar iluminação pública.<br />
Dá para resolver isso? Lógico<br />
que dá. E vai ser resolvido (o bom<br />
desta nota é saber que ela vai ser<br />
lida e atendida). O povo agradece<br />
antecipadamente.<br />
Alimento no<br />
se come,<br />
exporta-se<br />
"As lavouras de exportação<br />
crescem mais rapidamente que as<br />
culturas de alimentação. Melhor<br />
dizendo: as primeiras avançam, as<br />
segundas declinam. A produção<br />
de alimentos por habitante, na<br />
estrutura da dieta do povo,<br />
registra acentuado declinio nos<br />
últimos quinze anos, com perdas<br />
tenebrosas no trigo, no arroz,<br />
rio feijão, no milho, na mandioca,<br />
na carne, no leite". O texto é da<br />
1c0<br />
60<br />
U t e<br />
Recapagem<br />
Av. J uscelino<br />
Kubitschek, 2739<br />
Esq. C/Olavo Bilac<br />
Fone: 73-2314<br />
Foz do Iguaçu-Pr.<br />
coluna de Joelmir Beting do<br />
último sábado. Ê, a agricultura<br />
está com o papel de burro-de-carga<br />
da economia dependente,<br />
mergulhada na dívida externa, a<br />
ser paga com a fome do povo.<br />
Margaridas<br />
jogadas aos<br />
porcos<br />
Correram noticias de que o<br />
governador José Richa, ao levar a<br />
Tancredo Neves nomes paranaenses<br />
para ocuparem cargos<br />
públicos federais no Estado, teria<br />
feito a indicação do advogado<br />
Wagner Rocha O' Angelis,<br />
de Curitiba, para o comando da<br />
Delegacia Regional do Trabalho,<br />
em substituição ao general<br />
Adalberto Massa, que está no<br />
cargo há uma eternidade. O sr.<br />
Wagner é aquele mesmo que<br />
presidiu a Comissão de Justiça e<br />
Paz no Paraná o tempo todo, istó<br />
é, o tempo suficiente para<br />
ergué-la, tirar dela o maior<br />
proveito pessoal possível e depois<br />
enterrá-la. Lideranças populares,<br />
movimentos de trabalhadores e<br />
pastorais, quando souberam que<br />
Wagner poderia assumir o cargo<br />
e delegado do Trabalho no<br />
Paraná, ficarem horrorizados.<br />
Tentaram fazer chegar ao Richa o<br />
repúdio à indicação, mas ninguém<br />
ficou sabendo ainda o que<br />
há de concreto sobre o caso. O<br />
certo é que se a escolha existe,<br />
ela é péssim a e extremamente<br />
infeliz - para o governo e para o<br />
trabalhador paranaense.<br />
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