As saídas do MP8D são em dois formatos:elétrico, no padrão AES/EBU, através de um conectorDB9 com quatro saídas balanceadas;ótico, no padrão ADAT Lightpipe, através de um conectorde fibra ótica Toslink.Além desses, estão presentes dois conectores do tipoBNC, com entrada e saída de wordclock para perfeita sincronizaçãodo MP8D a outros equipamentos digitais, sejacomo master ou como slave.Na unidade que testamos, a alimentação é por 120V, e aentrada de AC é do tipo padrão.Os controlesOs controles do MP8D são extremamente simples, comoconvém a um pré-amp que se propõe a uma respostaessencialmente pura.No painel frontal, temos o controle de ganho, com gamade 60dB. Com tamanha gama, pode-se usar a entradaXLR tanto como entrada de microfone, com alto ganho,quanto como entrada de linha, neste caso suportandoáudio música e tecnologia | 41
ANÁLISEsinais de entrada de até +24dBu sem distorção. O nível de entrada é sinalizado por três leds: um verde,que acende quando o sinal ultrapassa -20dB do máximo, um amarelo, que acende a 0dB (nível máximonominal) e um vermelho, que acende 3dB abaixo do nível de saturação.Além do controle rotativo (infelizmente não calibrado) de ganho, temos para cada canal a chave de acionamentodo phantom power, e a chave de acionamento do filtro passa-altas.À direita, temos a chave (tipo pushbutton) seletora de sample rate, de 44.1 a 192kHz, e a chave seletora de clockinterno ou externo. Na extremidade direita, fica a chave liga-desliga, protegida dentro de um rebaixo no painel.O painel traseiro não possui controles, apenas as entradas XLR, os jaques P10 de Insert, as conexõesdigitais e de AC.Traseira do MP8DO som do MP8DPara avaliar a sonoridade do MP8D, utilizamos samples de bateria absolutamente limpos e sem qualquer efeito,reproduzidos em 24 bits pela interface TC Electronic Konnekt 24, e ouvidos através de monitores YamahaMSPL7 Studio e por confiáveis fones AKG D701. Usamos também uma guitarra Fender Telecaster, com captadoresSeymour Duncan, para testar a entrada de alta impedância.Em níveis moderados, o MP8D se mostra absolutamente transparente. A bateria aparece com todo o brilho dohi-hat e dos pratos, e com o bumbo extremamente firme e pleno, fazendo os dutos de graves dos monitoresproduzirem vento a uma boa distância! Toda a dinâmica da bateria é reproduzida, sem o menor esforço aparente,pelo pré-amp.Ao se esquentar as coisas, o Esotar MP8D diz a que veio. Quando aumentamos radicalmente o ganho, vão surgindoharmônicos e outros “efeitos especiais”, que transformam a bateria, antes absolutamente limpa, em trash,com bumbo e caixa rascantes e muito brilho nos pratos todos. Quando os leds vermelhos finalmente acendem,a distorção começa a se tornar insuportável - para o nosso gosto, é claro.Com a nossa Tele, o resultado foi muito agradável. A impedância de entrada se mostrou bem alta, valorizando ostão amados harmônicos desse instrumento. Mesmo sem nenhum simulador, o timbre da guitarra compareceu inteiro.Aumentando-se um pouco mais o ganho, surge um efeito de crunch, que pode ser usado com moderação.Vem, então, a tentação de “arregaçar” o ganho para saturar o MP8D... Péssima idéia! Não esqueça, este pré,apesar de seu bonito timbre limpo, é solid state, e sua saturação produz distorção muito áspera. Se você quiseroverdrive, use um pedal ou um plug-in simulador - e deixe o MP8D fazer bem o que ele sabe.Análise técnicaPara a análise técnica do MP8D, usamos o nosso fiel Neutrik A2D. O analisador foi complementado pelo softwareAS04, rodando num PC com Windows XP.42 | áudio música e tecnologia