Roedores do Quaternário de Minas Gerais e Bahia, Brasil - ICB ...
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1995). Dentre os acha<strong>do</strong>s mais importantes estão a presença <strong>de</strong> Protopithecus sp.(Hartwig & Cartelle, 1996) e Caipora bambuiorum (Cartelle & Hartwig, 1996), as duasmaiores espécies <strong>de</strong> primatas Platyrrhine, várias espécies <strong>de</strong> preguiça-gigantes ecarnívoros (Lessa et al. 1998). Czaplewsky e Cartelle (1998) registraram a presença e<strong>de</strong>screveram, 19 espécies <strong>de</strong> morcegos que juntamente com os registros em outrasgrutas <strong>do</strong> mesmo sistema, formam um <strong>do</strong>s mais importantes estu<strong>do</strong>s sobre morcegosfósseis no <strong>Brasil</strong>.Apesar <strong>de</strong>ste amplo registro fóssil <strong>de</strong> mamíferos, o único roe<strong>do</strong>r registra<strong>do</strong> paraa gruta foi Coen<strong>do</strong>u prehensilis (Cartelle, 1995; Cartelle & Hartwig, 1996). Os roe<strong>do</strong>ressão uma parte importante da fauna <strong>de</strong> mamíferos <strong>do</strong> continente sul-americano,representan<strong>do</strong> mais <strong>de</strong> vinte por cento das espécies conhecidas da mastofauna (Pardiñas,et al 2002). Por apresentarem requisitos ecológicos específicos e ampla distribuição, osroe<strong>do</strong>res são muito utiliza<strong>do</strong>s, para estu<strong>do</strong>s paleoecológicos e reconstruções <strong>de</strong>paleoambiente (Hadler, 2008).Estu<strong>do</strong>s sobre roe<strong>do</strong>res fósseis <strong>do</strong> Quaternário são raros no <strong>Brasil</strong>, e apenas afauna <strong>de</strong> Lagoa Santa (Winge, 1888) e <strong>de</strong> sítios no Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul (Rodrigues &Ferigolo, 2004, Hadler et al, 2008) são relativamente bem conhecidas.O Quaternário foi um perío<strong>do</strong> marca<strong>do</strong> por oscilações climáticas, marca<strong>do</strong> portemperaturas muito baixas intercaladas por curtos momentos <strong>de</strong> temperaturas maiselevadas (Salga<strong>do</strong>-Laboriau, 1994). Auler et al. 2004 estudaram Travertinos(espeleotemas) <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssas cavernas e por meio <strong>de</strong> datações proporcionaram umimportante registro das mudanças climáticas durante o Quaternário. Este estu<strong>do</strong> sugereque essa área, atualmente semi-árida, passou por perío<strong>do</strong>s mais úmi<strong>do</strong>s que o presente.32