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Angina bolhosa hemorrágica – uma revisão de 14 ... - Rev@Odonto

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<strong>Angina</strong> <strong>bolhosa</strong> hemorrágica – <strong>uma</strong>revisão <strong>de</strong> <strong>14</strong> casos<strong>Angina</strong> bullosa haemorrhagica – a review of <strong>14</strong> casesMauricio Roth Volkweis *Stephania Galeazzi **Objetivo: O propósito do presente estudo é realizarum levantamento <strong>de</strong> <strong>14</strong> casos <strong>de</strong> angina <strong>bolhosa</strong> hemorrágica.<strong>Angina</strong> <strong>bolhosa</strong> hemorrágica (ABH) é <strong>uma</strong><strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m restrita à mucosa bucal, mais comumenteencontrada no palato mole, caracterizada pela formação<strong>de</strong> <strong>uma</strong> bolha com conteúdo sanguíneo, <strong>de</strong> etiologia<strong>de</strong>sconhecida e ausência <strong>de</strong> discrasia sanguíneaou doença vesiculo<strong>bolhosa</strong> associada. Depen<strong>de</strong>ndo dovolume apresentado e da severida<strong>de</strong> da lesão, po<strong>de</strong>ráproduzir no paciente a sensação <strong>de</strong> choque, o que motivao uso do termo angina. O prognóstico da angina<strong>bolhosa</strong> hemorrágica é bom. O tratamento é sintomático,visando prevenir infecção secundária e favorecer oprocesso cicatricial da lesão. Métodos: Este é um estudoretrospectivo no qual os autores revisaram quatorze casos<strong>de</strong> angina <strong>bolhosa</strong> hemorrágica, através da análisedos prontuários dos pacientes atendidos neste serviço.Resultados: Esta patologia representou 1,5% <strong>de</strong> todas aslesões observadas durante três anos. A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>dos pacientes foi <strong>de</strong> 53 anos; notou-se prevalência nogênero feminino e o palato mole foi a localização maiscomumente acometida. Nenhum paciente apresentoualterações em exames hematológicos <strong>de</strong> rotina. Conclusões:É possível o estabelecimento <strong>de</strong> um diagnósticoessencialmente clínico. Exames hematológicos sãorecomendados para a exclusão <strong>de</strong> outras patologias. Aprescrição <strong>de</strong> bochechos com clorexidina mostrou-seeficaz como auxiliar do processo <strong>de</strong> cicatrização.Palavras-chave: <strong>Angina</strong> <strong>bolhosa</strong> hemorrágica. Palatomole.IntroduçãoA angina <strong>bolhosa</strong> hemorrágica (ABH) é <strong>uma</strong><strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m <strong>de</strong> etiologia <strong>de</strong>sconhecida caracterizadapela formação aguda <strong>de</strong> bolhas <strong>de</strong> conteúdo sanguíneona mucosa bucal e orofaríngea. As lesões sãosubepiteliais, indolores, assintomáticas e ocorremmais comumente no palato mole 1,2 . Não são atribuídasa discrasias sanguíneas, doenças sistêmicas ou<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>ns vesiculo<strong>bolhosa</strong>s. Tra<strong>uma</strong> local pareceser o maior fator predisponente, mas outros fatores,como o longo tempo <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> esteroi<strong>de</strong>s inalatóriose diabetes mellitus, também po<strong>de</strong>m ser contribuintes3,4 .As bolhas são geralmente <strong>de</strong>senvolvidas duranteas refeições e curam espontaneamente sem a formação<strong>de</strong> cicatriz em sete a <strong>de</strong>z dias. A frequência eduração com que ocorrem os episódios variam consi<strong>de</strong>ravelmenteentre os pacientes 4 . Ambos os sexossão igualmente afetados e a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m é característica<strong>de</strong> pessoas mais velhas. A lesão nunca foi documentadaem crianças com menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>ida<strong>de</strong> 2,4 .Embora muitos casos <strong>de</strong> ABH não requeiramtratamento, possíveis causas <strong>de</strong>vem ser removidas.Alg<strong>uma</strong>s lesões po<strong>de</strong>m causar obstrução aguda dasvias aéreas, produzindo no paciente a sensação <strong>de</strong>sufocamento 4,5 .O objetivo do presente trabalho é revisar quatorzecasos <strong>de</strong> angina <strong>bolhosa</strong> hemorrágica observadosnum serviço <strong>de</strong> estomatologia durante umperíodo <strong>de</strong> três anos.*Especialistra, mestre e Doutor, Grupo Hospitalar Conceição, Centro <strong>de</strong> Especialida<strong>de</strong>s Odontológicas, Porto Alegre, RS, Brasil.**Resi<strong>de</strong>nte em CTBMF, Grupo Hospitalar Conceição, Centro <strong>de</strong> Especialida<strong>de</strong>s Odontológicas, Porto Alegre, RS, Brasil.298RFO, Passo Fundo, v. 15, n. 3, p. 298-301, set./<strong>de</strong>z. 2010


Relato dos casos clínicosForam revisados 879 prontuários, com <strong>uma</strong> prevalência<strong>de</strong> <strong>14</strong> casos <strong>de</strong> angina <strong>bolhosa</strong> hemorrágica,representando 1,5% do total <strong>de</strong> lesões diagnosticadasno período <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2006 a outubro <strong>de</strong>2009 no Serviço <strong>de</strong> Estomatologia do Grupo HospitalarConceição <strong>de</strong> Porto Alegre/RS. Esta pesquisa éparte <strong>de</strong> um projeto aprovado pelo Comitê <strong>de</strong> Éticaem Pesquisa do Grupo Hospitalar Conceição sob on o 007/08.O resultado das informações obtidas está <strong>de</strong>scritono Quadro 1, que apresenta um resumo <strong>de</strong> todosos casos <strong>de</strong>scritos. Observa-se que a média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>dos pacientes foi <strong>de</strong> 53 anos, sendo o mais jovemcom quarenta e o mais idoso com setenta anos. Houvea ocorrência em <strong>de</strong>z mulheres e quatro homens.Caso Sexo Ida<strong>de</strong> Localização Ep. Evolução HMPMedicaçõescrônicasExameshematológicosTabagismo1. F 51 palato mole 2 25 dias nega nega Normais nega2. M 70 palato mole 2 vários anos HASbesilato <strong>de</strong>amlodipinaNormaisnega3. F 52 palato mole 1 5 dias osteoporose nega Normais nega4. F 52 palato mole 1 7 dias HAS, diabetescaptopril,propranolol,hidroclorotiazidaglicose 230 mg/dLex-tabagista12 anos5. F 40 palato mole 2 1 ano HAScaptopril,hidroclorotiazida, Normaisnegaamitriptilina6. F 42 palato mole 1 3 dias Nega nega Normais 20 cigarros dia7. F 45 palato mole 1 4 dias alergia a iodo nega Normaisex-tabagista5 meses8. F 45 Lábios 4 1 ano nega nega Normais 10 cigarros dia9. F 62palato molemucosa jugal8 6 anos nega AAS 100 mg/dia Normais10. M 64 palato mole 2 6 anos nega nega Normais11. F 43 palato mole 2 15 dias12. M 65palato molelábios1 5 diasartritere<strong>uma</strong>tói<strong>de</strong>anginapectoris,CA próstata há10 anosprednisona,amitriptilina,omeprazolcaptopril, warfarin,sinvastatina,hidroclorotiazida,metoprololleucocitose11.000<strong>de</strong>svio a direitaNormaisex-tabagista37 anosex-tabagista anos10 nos13. M 60 palato mole 1 1 dia nega nega Normais 2 cigarros dia<strong>14</strong>. F 64 palato mole 1 15 dias HASatenolol e AAS100mg/diaNormaisnegaNegaex-tabagista4 anosAbreviaturas: F – feminino; M – masculino; Ep. – episódios; HMP – história médica pregressa; HAS – hipertensão arterial sistêmica; CA – carcinoma; AAS –ácido acetilsalisílico; Ex – exames.Quadro 1: Descrição dos casos <strong>de</strong> angina <strong>bolhosa</strong> hemorrágica observados nos pacientes do estudoObservando-se a localização das lesões, percebe-seque onze pacientes <strong>de</strong>senvolveram a lesão exclusivamenteno palato mole (Fig. 1 e 2); um paciente,no palato mole e nos lábios; um, no palato molee na mucosa jugal, e outro, somente na mucosa doslábios. Quanto aos episódios <strong>de</strong> aparecimento dalesão, cinco pacientes tiveram dois episódios; emsete a lesão se manifestou somente <strong>uma</strong> vez; umpaciente teve quatro episódios e um, oito episódios<strong>de</strong> aparecimento da lesão. O tempo <strong>de</strong> evolução daenfermida<strong>de</strong>, entendido como o intervalo entre aprimeira ocorrência e a última consulta realizada,foi <strong>de</strong> 25 dias em um paciente; cinco dias em dois;sete dias em um; um ano em dois; um dia em um;três dias em um; quatro dias em um; seis anos emdois; 15 dias em dois e um paciente relatou apresentara lesão por vários anos.Figura 1: Lesão <strong>de</strong> ABH em palato mole299RFO, Passo Fundo, v. 15, n. 3, p. 298-301, set./<strong>de</strong>z. 2010


Figura 2: Aspecto clínico cicatricial <strong>de</strong> lesão <strong>de</strong> ABH em palato moleHistória positiva <strong>de</strong> doenças sistêmicas foi observadaem oito pacientes. Hipertensão arterial sistêmicafoi encontrada em três pacientes, os quaisfaziam uso <strong>de</strong> medicação crônica, como besilato <strong>de</strong>amlodipina, captopril, propranolol, hidroclorotiazida,amitriptilina, atenolol e AAS 100 mg/dia. Umpaciente apresentava diabetes mellitus e hipertensãoarterial, sendo a taxa <strong>de</strong> glicose <strong>de</strong> 230 mg/dLmedida no momento da consulta. Osteoporose foirelatada por um indivíduo. Um paciente apresentavaartrite re<strong>uma</strong>toi<strong>de</strong> e leucocitose (11.000/ul) associada.Alergia a iodo foi relatada por um pacientee angina pectoris encontrada em outro, o qual faziauso <strong>de</strong> captopril, warfarin, sinvastatina, hidroclorotiazidae metoprolol. Três pacientes eram tabagistas;cinco, ex-tabagistas e seis negaram fazer uso docigarro. Os sintomas mais graves manifestados foramdiscreta dor ou <strong>de</strong>sconforto e preocupação como inusitado do fato acontecido.DiscussãoA angina <strong>bolhosa</strong> hemorrágica é <strong>uma</strong> condiçãocaracterizada pela rápida formação <strong>de</strong> <strong>uma</strong> bolhacom conteúdo sanguíneo. Segundo Giuliani et al. 6(2002), a ABH frequentemente afeta o palato mole,mas lesões também po<strong>de</strong>m se <strong>de</strong>senvolver na mucosabucal, lábio e superfície lateral da língua. Palatoduro e gengiva parecem não ser afetados 6 .ABH afeta homens e mulheres igualmente, <strong>de</strong>meia ida<strong>de</strong> para mais idosos. De acordo com Badham1 (1967), os pacientes são usualmente do sexofeminimo e as bolhas aparecem frequentemente noperíodo menstrual. É relativamente comum e a severida<strong>de</strong>das lesões po<strong>de</strong> causar a sensação <strong>de</strong> choque(daí o termo “angina”) 5 .Em muitos casos publicados 3,7,8 , as lesões <strong>bolhosa</strong>ssão originadas <strong>de</strong> um tra<strong>uma</strong> mastigatório leve 7 ,uso prolongado <strong>de</strong> inalantes a base <strong>de</strong> esteroi<strong>de</strong>s 3,9 ,consumo <strong>de</strong> bebidas quentes 10 e também estão associadasa diabetes melitus 4 . Num estudo realizadopor Grispan et al. 4 (1999), dos 54 casos reportados<strong>de</strong> angina <strong>bolhosa</strong> hemorrágica, em 24 (44,4%) ospacientes tinham diabetes mellitus, hiperglicemiaou histórico familiar <strong>de</strong> diabetes associado.Segundo Bahdam 1 (1967), que <strong>de</strong>screveu as bolhasbucais sanguíneas, elas não são atribuídas adiscrasia sanguínea, <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m sistêmica ou <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>mvesiculo<strong>bolhosa</strong> (pênfigo, penfigoi<strong>de</strong>) 1,4 . O mesmofoi observado no presente relato <strong>de</strong> <strong>14</strong> casos.Depen<strong>de</strong>ndo do volume apresentado, a lesão po<strong>de</strong>ráproduzir no paciente a sensação <strong>de</strong> estar sufocado,obstruindo as vias áreas 5,11 . Pahl et al. 12 (2004)relataram um caso <strong>de</strong> ABH no qual a rápida expansãoda bolha causou obstrução da orofaringe. O tamanhoda bolha e o sangue na via aérea impedirama visualização da laringe, tendo esta <strong>de</strong> ser asseguradapela cirurgia <strong>de</strong> traqueostomia. No presenteestudo, nenhum caso <strong>de</strong> dispneia foi observado.Lesões da angina <strong>bolhosa</strong> hemorrágica são semelhantesàs <strong>de</strong> trombocitopenia, mas a contagemsanguínea normal e a função hemostática ajudama distinguir entre duas <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>ns. Pênfigo e penfigoi<strong>de</strong><strong>de</strong>vem ser excluídos, pois diferem histologicamentee ten<strong>de</strong>m a ser associados com anormalida<strong>de</strong>simunológicas ausentes na ABH 4 . Todos ospacientes acompanhados realizaram exames hematológicosque incluíam provas <strong>de</strong> coagulação, masnenh<strong>uma</strong> alteração neste particular foi observada.Penfigoi<strong>de</strong> é, provavelmente, a mais comumdoença das mucosas com vesiculação subepitelial.Po<strong>de</strong> ser clinicamente diferenciada da ABH porquepo<strong>de</strong> haver cicatrizes e <strong>de</strong>scamação da membranamucosa do penfigoi<strong>de</strong> 8 .Yamamoto et al. 13 (2006) <strong>de</strong>screvem a epi<strong>de</strong>rmólise<strong>bolhosa</strong> como diagnóstico diferencial, relatandoque apresenta características clínicas semelhantes,porém po<strong>de</strong> também ser acompanhada <strong>de</strong> lesõescutâneas.Segundo Hosain et al. <strong>14</strong> (1991), lesões cutâneasdo eritema multiforme, as múltiplas erosões e aparência<strong>de</strong> crosta hemorrágica nos lábios não <strong>de</strong>vemser confundidas com angina <strong>bolhosa</strong> hemorrágica. Acicatrização é geralmente completada em sete a <strong>de</strong>zdias 15 .A ruptura das bolhas ocorre tipicamente duranteas refeições, liberando o conteúdo sanguíneo naboca e <strong>de</strong>ixando a erosão coberta por <strong>uma</strong> crosta 4,16 ,fato frequentemente relatado pelos pacientes estudados.O prognóstico da angina <strong>bolhosa</strong> hemorrágica ébom e somente tratamento paliativo é necessário.Em muitos casos é prescrita clorexidina 0,12-0,20%para bochecho, a fim <strong>de</strong> prevenir infecção secundária17,18 , e analgésicos 19 . Entretanto, segundo Hopkinse Walker 7 (1985), gran<strong>de</strong>s lesões <strong>de</strong> bolhassanguíneas <strong>de</strong>veriam ser incisadas para prevenirextensão que possa causar obstrução da via aérea 7 .Neste estudo, todos os casos foram conduzidos exclusivamentecom bochechos <strong>de</strong> clorexidina a 0,12%duas vezes ao dia, por um minuto, e evoluíram satisfatoriamente,sem intercorrências.300RFO, Passo Fundo, v. 15, n. 3, p. 298-301, set./<strong>de</strong>z. 2010


Consi<strong>de</strong>rações finaisCom base na literatura e no observado nos casosavaliados, é possível o estabelecimento <strong>de</strong> um diagnósticoessencialmente clínico, atentando para critérioscomo faixa etária do paciente, aspecto clínicodas lesões, ausência <strong>de</strong> doenças sistêmicas e lesõesvesiculo<strong>bolhosa</strong>s na pele e outras mucosas, verificadastanto na anamnese quanto no exame físico. Noentanto, exames hematológicos são recomendadospara a exclusão <strong>de</strong> outras enfermida<strong>de</strong>s. A prescrição<strong>de</strong> bochechos com clorexidina mostrou-se eficazcomo auxiliar do processo <strong>de</strong> cicatrização.AbstractObjective: This article <strong>de</strong>scribes <strong>14</strong> cases of anginabullosa haemorrhagica. <strong>Angina</strong> bullosa haemorrhagicais a pathology restricted to the oral mucosa, commonlyobserved on the soft palate. It’s characterized by abloody bubble without systemic blood diseases associatednor any other known illness related. The expressionangina is used because the lesion can produce a chocksensation in the patient. The prognosis is good andthe treatment is only symptomatic, avoiding secondaryinfection and improving the wound healing. Methods:That is a retrospective study performed on the recordsof clinical reports of the outpatients clinic in fourteencases diagnosed as this pathology. Results: This lesionrepresents 1.5% of all the lesions observed during threeyears. The average age was 53 years old, prevalencein females and the soft palate is the most commonlygen<strong>de</strong>r and anatomical location found. No alteration ofblood exams was found in any patient. Conclusion: Theclinical diagnosis can be easily achieved. Blood examsare recommen<strong>de</strong>d to eliminate the possibility of associatedpathologies. Mouthwash with clorexidine wasefficient to improve the wound healing.Key words: <strong>Angina</strong> bullosa haemorrhagica. Soft palate.Referências9. High AS, Main DMG. <strong>Angina</strong> bullosa hemorrhagica: a complicationof long term steroid inhaler use. Br Dent J 1988;165:176-9.10. Damm DD, White DK, Brinkok CM. Variations of palatalerythrema secondary to fellatio. Oral Surg Oral Med OralPathol 1981; 52:417.11. Beraldo dos Santos R, Figueiredo MAZ, Oliveira PT, YurgelLS. <strong>Angina</strong> <strong>bolhosa</strong> hemorrágica: um caso incomum. RevFac Odontol Univ Passo Fundo 2001; 6(1):7-10.12. Pahl C, Yarrow S, Steventon N, Saeed NR, Dyar O. <strong>Angina</strong>bullosa haemorrhagica presenting as acute upper airwayobstruction. Br J Anaesth 2004; 92:283-6.13. Yamamoto K, Fujimoto M, Inoue M, Maeda M, YamakawaN, Kirita T. <strong>Angina</strong> bullosa hemorrhagica of the soft palate:report of 11 cases and literature review. 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