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quem é, é! quem não é, cabelo avoa! - XI Congresso Luso Afro ...

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correspondente a “derrubada” e crescimento do irun, demarcando um tempo novo, denascer para o dono do seu orí (cabeça) o seu Olórí, na sequência, percebe-se oempoderamento que tal processo implica.Se anteriormente a vergonha era escondida por lenços, acessórios e fibras, hojeo orgulho é revelado com o uso do oja, dos turbantes que implicam e demonstramhierarquias, cargos, tempos de feitura e pertencimento de ordem religiosa.As experiências com o sagrado aqui apresentadas, explicitam o orgulho de serfilho de uma determinada entidade e a capacidade de manifestá-lo a partir de um corpoimpregnado de ancestralidade e de orí repletos de àse, condições essas indispensáveispara a manifestação desse mesmo sagrado.Descobri de onde se vem (solo de origem), sua identidade ontológica,possibilita/favorece os sujeitos da pesquisa aqui apresentada de forma bastante sintética,delinear os planos para onde se deseja ir e o que se vislumbra alcançar.A sacralidade presente nas territorialidades aqui apresentadas encontram-se naspedras, nas árvores, nos diferentes objetos pertencentes e utilizados nos rituais e cultos ecomo representatividade desse contexto maior vive, sobretudo, através dos mitos e òwe,sem esquecer de mencionar aqui, também, a própria sacralidade existente nos corpos eorí escolhidos para manifestar esse sagrado.Uma vez recebido o adosu, sacralizado esta esse orí, de agora por diante e paratoda a existência terrena esta o elégun (iniciado que manifesta o transe de“incorporação”), pronto, disponível para que o seu olórí possa manifestar a suavontade, o seu desejo, a partir das danças e cantos (korin), dos toques dos atabaques,linguagens essas seculares, que servem de “portais” para acessar o orun, a dimensãosacra por excelência, para que o sagrado existente em cada corpo possa mais uma vez eenquanto durar a existência do elégun manifestar e “repetir” atos de bravura e sagashistóricas naqueles escolhidos por tais entidades.REFERÊNCIAS:ALBERTI, Verna. Manual de História Oral. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas,2005.BAUER, Martin W.; JOVCHELOVITCH, Sandra. “Entrevista Narrativa”. In: PesquisaQualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petropólis: Vozes, 2008.14

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