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Plano Diretor Participativo - Etapas do Projeto - Prefeitura Municipal ...

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<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 1


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>sPLANO DIRETOR PARTICIPATIVO- ETAPAS DO PROJETO -ÍNDICE• Resumo 03• Palavra da coordenação 03• 1 - Os fundamentos 04• 2 - Diagnóstico Urbano e Rural 05o Diagnóstico Urbano 05o Diagnóstico Rural 09• 3 - Processo de elaboração <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> 11o Equipe de trabalho 11o Setorização 12o Critérios para eleição <strong>do</strong>s Delega<strong>do</strong>s 13o Preparação <strong>do</strong> processo 14o <strong>Projeto</strong> Piloto – Distrito de Tibiriçá / Barra Grande 15o Mobilização Popular 17o <strong>Etapas</strong> <strong>do</strong> processo 19• 1ª Etapa: Sensibilização 19• 2ª Etapa: Leitura Comunitária e Leitura Técnica 21• 3ª Etapa: Apresentação das propostas e eleição <strong>do</strong>s Delega<strong>do</strong>s 23• 4ª Etapa: Congresso Final 25• Palavra Final da Coordenação 27<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 2


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>sRESUMOO presente trabalho tem por objetivo descrever o processo deelaboração <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> <strong>do</strong> Município de Bauru,apresentan<strong>do</strong> os princípios fundamentais que nortearam esse trabalho,atenden<strong>do</strong> ao disposto no Estatuto da Cidade e Constituição Federal, e umdiagnóstico sucinto da realidade <strong>do</strong> Município.O processo teve início com a nomeação <strong>do</strong> Grupo de Trabalho, constituí<strong>do</strong> portécnicos municipais, encarrega<strong>do</strong> da coordenação e elaboração <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong>,auxilia<strong>do</strong> pelo Núcleo Gestor, composto por representantes da sociedade civil e poderpúblico.A setorização <strong>do</strong> Município, aprovada na II Conferência da Cidade, procurou respeitaros limites das bacias hidrográficas, contemplan<strong>do</strong> as políticas nacionais e estaduais depreservação <strong>do</strong> meio ambiente e de desenvolvimento sustentável.O primeiro passo foi a capacitação <strong>do</strong>s técnicos das diversas secretarias municipais eamplo trabalho de mobilização, a fim de garantir a efetiva participação popular em todas asetapas: sensibilização, leitura comunitária, elaboração de propostas, eleição <strong>do</strong>s delega<strong>do</strong>srepresentantes da sociedade civil (movimentos sociais, entidades de classe, instituições depesquisa), finalizan<strong>do</strong> com o Congresso Final para discussão e aprovação da minuta <strong>do</strong>projeto de lei.PALAVRA DA COORDENAÇÃOO Estatuto da Cidade, Lei Federal n°10.257/2001, que regulamenta ocapítulo de política urbana (artigos 182 e 183) da Constituição Federal,atribuiu aos municípios a tarefa de definir a função social da cidade e dapropriedade urbana oferecen<strong>do</strong> uma série de institutos que ampliam aintervenção pública na garantia <strong>do</strong> acesso da população carente aos benefícios da urbanização.Propõe uma nova forma de gestão <strong>do</strong> território que implica na participação direta dapopulação nos processos decisórios e na condução da política urbana, em especial naelaboração <strong>do</strong>s seus planos diretores.O processo de construção <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> surge, portanto, como umaoportunidade da comunidade, urbana e rural, debater seus problemas, identificarpotencialidades e propor soluções.No entanto, no Brasil não são poucos, nem simples, os dilemas que os planos diretoresvêm enfrentan<strong>do</strong>, já que, entre os diversos grupos sociais envolvi<strong>do</strong>s com o assunto, não háconsenso sobre a sua eficiência e eficácia. Nesse senti<strong>do</strong>, determina<strong>do</strong>s setores defendem umplano diretor que contenha apenas princípios gerais, políticas e objetivos, ou seja, não deveter, enquanto lei, dispositivos auto-aplicáveis, o que o torna inócuo.Flávio Villaça cita em seu texto Dilemas <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> que :” .... os interessesliga<strong>do</strong>s ao setor imobiliário lutam por um plano que se limite a princípios gerais, exceto emum aspecto: àqueles referentes às limitações <strong>do</strong> Coeficiente de Aproveitamento.”, temen<strong>do</strong> osurgimento de novos dispositivos contrários a seus interesses.Muito <strong>do</strong> descrédito e inoperância <strong>do</strong>s planos diretores se deve à generalidade <strong>do</strong>smesmos, quan<strong>do</strong> não trazem ações em seus conteú<strong>do</strong>s.Historicamente os planos diretores tiveram um formato tecnicista ou, quan<strong>do</strong> muito,elabora<strong>do</strong> com pequenas parcelas da comunidade. Um <strong>do</strong>s fatores que pode ser imputa<strong>do</strong> ao<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 3


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>sinsucesso de inúmeros deles é a falta de conhecimento e identidade da comunidade com o quefoi planeja<strong>do</strong>.O conceito a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para elaboração <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> <strong>do</strong> Município deBauru foi de partir de um diagnóstico da realidade física, social e econômica <strong>do</strong> Municípioelabora<strong>do</strong> de forma participativa, com o envolvimento <strong>do</strong>s vários segmentos sociais e apopulação em geral. As propostas foram tiradas durante as reuniões realizadas com ossegmentos produtivos e nos diversos setores, urbanos e rurais, buscan<strong>do</strong> o desenvolvimentosócio-econômico-ambiental e a organização <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo compatibiliza<strong>do</strong> com a capacidadedas redes de infra-estrutura, definin<strong>do</strong> metas a curto, médio e longo prazo.Durante o trabalho demonstrou-se claramente, nos diversos setores, a exclusão socialdevi<strong>do</strong> a vários fatores, como a dificuldade de acesso à moradia, falta de creches, carência deatividades de lazer e cultura, deixan<strong>do</strong> à margem da vida social, grande parte da população.Na zona rural o processo de exclusão é ainda maior na medida em que parcelas dapopulação não encontram condições mínimas para atendimento de suas necessidades básicasem virtude das distâncias e precariedade <strong>do</strong> sistema viário rural.A mudança desse quadro é o desafio que se apresenta à comunidade bauruense. Osproblemas não são novos e só se avolumam: periferias longínquas e desprovidas deequipamentos urbanos essenciais, favelas, enchentes, retenção especulativa de terrenos,poluição ambiental, dificuldade de locomoção, desemprego e outros.Por outro la<strong>do</strong>, foram feitas muitas descobertas e afloraram muitas idéias, em especialvalorizan<strong>do</strong> o potencial logístico <strong>do</strong> Município.A oportunidade de livre participação de to<strong>do</strong>s na construção <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong><strong>Participativo</strong>, opinan<strong>do</strong> sobre os desafios a serem enfrenta<strong>do</strong>s, propon<strong>do</strong> soluções por meio dereuniões, audiências e congressos, deu ao processo muita credibilidade.A comunidade hoje compreende que planejamento é um processo e o <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong><strong>Participativo</strong> apenas um <strong>do</strong>s instrumentos da política de desenvolvimento <strong>do</strong> Município,sen<strong>do</strong> necessário acompanhamento durante sua aprovação, assim como na suaimplementação.1. OS FUNDAMENTOSOs princípios fundamentais que nortearam a elaboração <strong>do</strong> <strong>Plano</strong><strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> <strong>do</strong> Município de Bauru foram os estabeleci<strong>do</strong>s naConstituição Federal e no Estatuto da Cidade, entre eles o cumprimento dafunção social da cidade e da propriedade, o desenvolvimento sustentável e aparticipação popular.As constituições brasileiras, embora já fizessem menção à função social dapropriedade, sempre garantiram o direito de propriedade como um direito absoluto.A Constituição de 1934 já estabelecia que o direito de propriedade não poderia serexerci<strong>do</strong> contra o interesse social ou coletivo. Porém, somente na Constituição Federal de1988, é que a garantia ao direito de propriedade, erigida em cláusula pétrea, condiciona-seexpressamente ao seu uso, ou seja, ao exercício de sua função social.Com relação à função social da propriedade, prevê a Constituição de 1988, a faculdadede o município promover o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, comosanção ao proprietário que descumpra exigência formal quanto ao adequa<strong>do</strong> aproveitamentoda sua propriedade e permite, também, a cobrança de impostos com alíquotas progressivas.A função da propriedade, voltada para a preservação <strong>do</strong> ambiente natural e construí<strong>do</strong>consagrou juridicamente a idéia da outorga onerosa, permitin<strong>do</strong> a transferência <strong>do</strong> direito deconstruir sem atingir o <strong>do</strong>mínio da propriedade.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 4


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>sO atual modelo de crescimento econômico, de mo<strong>do</strong> geral, provoca enormesdesequilíbrios, pois se, por um la<strong>do</strong>, trás riqueza e fartura, por outro la<strong>do</strong> gera a miséria e adegradação ambiental. Diante desta realidade, surge a necessidade de se planejar o municípiobasean<strong>do</strong>-se no princípio <strong>do</strong> Desenvolvimento Sustentável, buscan<strong>do</strong> conciliar odesenvolvimento econômico e social com a preservação ambiental.Estratégias voltadas para o combate das diferenças sociais é requisito básico para odesenvolvimento sustentável de mo<strong>do</strong> a satisfazer às necessidades <strong>do</strong>s cidadãos, elevan<strong>do</strong> onível de vida de to<strong>do</strong>s, obten<strong>do</strong> ecossistemas melhor protegi<strong>do</strong>s e gerencia<strong>do</strong>s para aconstrução de um futuro mais próspero e seguro.Para que as cidades se tornem justas, humanas, saudáveis e democráticas é precisoincorporar no campo da governança um novo mo<strong>do</strong> de gestão e políticas públicas que tenhamresulta<strong>do</strong> e impacto na eliminação de práticas de segregação de indivíduos, de grupos sociaise comunidades, em razão <strong>do</strong> tipo de moradia e da localização <strong>do</strong>s assentamentos em quevivam.A implantação da gestão participativa tem se mostra<strong>do</strong> eficaz no tocante às transformações darealidade urbana. Com a participação popular, o poder público tem a oportunidade deconhecer a cidade real, priorizar, em conjunto com a sociedade, as ações a serem realizadas.Fica demonstra<strong>do</strong> que, somente a mobilização, através da sociedade organizada e suaparticipação efetiva, pode transformar o modelo equivoca<strong>do</strong> das políticas urbanas numcaminho de justiça social.Com base nos princípios da Função Social da Cidade e da Propriedade, daSustentabilidade e fundamenta<strong>do</strong> na Participação Popular, construiu-se a minuta <strong>do</strong> projeto delei <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> que prevê o desenvolvimento de uma cidade compacta, comcontrole da expansão urbana, ocupação criteriosa <strong>do</strong>s vazios urbanos, otimização da infraestruturainstalada, controle e soluções para os graves problemas de drenagem, proteção <strong>do</strong>srecursos naturais em especial das reservas de cerra<strong>do</strong>s e recursos hídricos com a criação <strong>do</strong>sparques de fun<strong>do</strong> de vale, regularização fundiária e urbanização de favelas, orientação deinvestimentos públicos e priva<strong>do</strong>s e inclusão da zona rural no planejamento <strong>do</strong> Município.Para dar sustentação a esse novo modelo de planejamento tornou-se necessário preverno PDP a implantação de um sistema de gestão participativa, com a criação e fortalecimento<strong>do</strong> Conselho <strong>do</strong> Município, mobilização popular continuada com capacitação de lideranças ecomunidade em geral, além <strong>do</strong> fortalecimento de associações e movimento popular.2. DIAGNÓSTICO URBANO E RURAL2.1 Diagnóstico UrbanoBauru, não diferentemente das outras cidades brasileiras, seurbanizou de forma muito rápida, visto que até a década de 40 a populaçãourbana correspondia a 50% <strong>do</strong> total. Já na década de 50 passou para 80% e, segun<strong>do</strong> o censode 2000, os valores chegaram a 98 %.Este processo de transformação, que ocorreu no Brasil de mo<strong>do</strong> geral, modificou ohabitat e a sociedade brasileira, produzin<strong>do</strong> uma urbanização predatória, desigual e injusta.Bauru não foi exceção e sofre hoje com os impactos decorrentes desse processo.O alto custo <strong>do</strong> terreno, devi<strong>do</strong> à intensa procura, fez com que grande parte dapopulação procurasse áreas cada vez mais distantes, muitas vezes fora <strong>do</strong> perímetro urbano, jáque a terra tinha valor reduzi<strong>do</strong>, em função da falta de infra-estrutura e melhoramentos.Houve perío<strong>do</strong>s em que muitos loteamentos foram executa<strong>do</strong>s utilizan<strong>do</strong> como regra aobtenção <strong>do</strong> maior número de lotes possível, sem observação adequada de técnicas que<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 5


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>srespeitassem a topografia, drenagem e menos ainda, que levassem em conta as questõessociais e ambientais.São evidentes, até hoje, as conseqüências decorrentes desses fatos, ainda mais que nasdécadas de 50 a 70 surgiram vários loteamentos distantes da malha urbana, como SantaEdwirges, Parque Jaraguá, Vila Aviação, Parque Bauru, Parque Giansante, Vila São Paulo,Bairro de Tangarás, Parque Industrial Manchester, Jardim Mary, Jardim TV, Jardim Marília, eoutros, to<strong>do</strong>s aprova<strong>do</strong>s e registra<strong>do</strong>s antes da Lei Federal 6.766/79.» Regiões Periféricas e IsoladasVistaaérea <strong>do</strong>loteamentoParqueIndustrialManchester.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Sem a execução de infra-estrutura, ou seja, iluminação, água, esgoto, guia, sarjeta,galeria e pavimentação, surgiram problemas de toda ordem, como erosão, pontos dealagamentos, falta de segurança, assoreamento <strong>do</strong>s córregos, exigin<strong>do</strong> altos investimentos porparte <strong>do</strong> poder público.Em toda a área urbana existem loteamentos nestas condições e, apesar <strong>do</strong> tempodecorri<strong>do</strong>, em muitos a situação encontra-se praticamente inalterada em relação à infraestrutura.O resulta<strong>do</strong> é uma forte segregação espacial, onde a população mais abastada ocupa asáreas mais bem servidas de melhoramentos públicos e a população carente mora cada vezmais distante, nos loteamentos periféricos, precariamente servi<strong>do</strong>s de infra-estrutura.O adensamento desses bairros, e conseqüente impermeabilização, sem o sistemaadequa<strong>do</strong> de coleta de águas pluviais, alia<strong>do</strong> à condição desfavorável <strong>do</strong> solo (arenoso), temocasiona<strong>do</strong> um grande número de erosões urbanas.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 6


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s» Problemas Crônicos X Infra-estruturaNa foto acima, erosão provocadapelas chuvas, em rua <strong>do</strong> ParqueViaduto.Ao la<strong>do</strong>, vista aérea da erosão <strong>do</strong>Córrego Água <strong>do</strong> Sobra<strong>do</strong>.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Os processos erosivos têm início nas vias públicas, com ravinas que dificultam acirculação de veículos, não só de mora<strong>do</strong>res, como de transporte coletivo, coleta de lixo,viatura de polícia e ambulância, e tornam vulneráveis as redes de água e esgoto.Como conseqüência temos a dificuldade de mobilidade e acessibilidade das pessoasem suas diversas atividades econômicas e sociais, além de prejuízos às finanças municipais,com investimentos inócuos e paliativos, promoven<strong>do</strong> o desperdício <strong>do</strong> dinheiro público, jáque as soluções definitivas exigem medidas estruturais, de alto custo, com a implantação desistema de drenagem e pavimentação.Por outro la<strong>do</strong>, são inúmeras as glebas situadas no perímetro urbano sem qualquerutilização, esperan<strong>do</strong> a valorização imobiliária, servin<strong>do</strong> de depósito de lixo e criação dega<strong>do</strong>, propician<strong>do</strong> o desenvolvimento de epidemias graves, como a Leishmaniose.Outro inconveniente dessas glebas vazias é a barreira criada entre bairros, obrigan<strong>do</strong> oaumento <strong>do</strong> trajeto <strong>do</strong> transporte coletivo, forçan<strong>do</strong> a expansão <strong>do</strong> perímetro urbano,encarecen<strong>do</strong> os custos de implantação de infra-estrutura.» Vazios UrbanosVista aérea <strong>do</strong> Residencial <strong>do</strong> Castelo.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Os lotes vagos correspondem a 40% <strong>do</strong> total de lançamentos de IPTU, númerosignificativo.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 7


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>sDe forma conflitante com essa realidade, ou seja, tanta área desocupada, Bauru possuihoje 22 favelas, com aproximadamente 3.000 barracos, ocupan<strong>do</strong> muitas vezes áreas verdes eAPP - Áreas de Preservação Permanente, não se justifican<strong>do</strong>, portanto, uma expansão urbanadescontrolada e sim a implantação de uma política de otimização e ocupação adequada <strong>do</strong>sespaços existentes, em busca de uma cidade sustentável.» Exclusão SocialOcupaçãode APP(Área dePreservaçãoPermanente)no ParqueJaraguá.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Neste processo de crescimento e urbanização as questões ambientais forampraticamente desconsideradas, com avanços somente após o advento da Lei Federal 6766/79,que instituiu áreas não edificantes ao longo <strong>do</strong>s corpos d´água.Em Bauru, especialmente, a Lei <strong>Municipal</strong> nº 2339 de 1982 impôs regras aoparcelamento <strong>do</strong> solo, com exigência de reserva de áreas verdes e institucionais, assim comoimplantação de infra-estrutura, melhoran<strong>do</strong> a condição <strong>do</strong>s novos empreendimentos.E ainda, no <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> de 1996, foram criadas as APAs - Áreas de ProteçãoAmbiental, com restrições quanto à ocupação das áreas mais fragilizadas, ou seja, encostasacidentadas <strong>do</strong> Rio Batalha, nascentes <strong>do</strong> Água Parada e entorno das reservas de cerra<strong>do</strong>,resultan<strong>do</strong> em avanços nas questões ambientais.A área urbana de Bauru é cortada pelo Rio Bauru e seus 10 afluentes sen<strong>do</strong> que, aolongo de muitos deles, existem ocupações irregulares das APPs, em especial favelas quesofrem com riscos de inundação e deslizamento. A maioria <strong>do</strong>s córregos possui processosavança<strong>do</strong>s de assoreamento, receben<strong>do</strong> ainda esgoto “in natura” e resíduos sóli<strong>do</strong>s quecontaminam esses corpos d’água.Ações urgentes e enérgicas devem ser a<strong>do</strong>tadas no senti<strong>do</strong> de recuperar os recursoshídricos, que devem ser preserva<strong>do</strong>s para que possamos garantir qualidade de vida, não sóhoje, mas também não comprometer as futuras gerações.Encontra-se em implantação a rede de interceptores, ao longo de to<strong>do</strong>s os cursosd'água, que irá conduzir o esgoto para a Estação de Tratamento.É necessário aban<strong>do</strong>nar a visão de que podemos abusar negligentemente das fontes deágua porque, de alguma maneira, a tecnologia virá nos salvar.É fundamental o reconhecimento de que os melhores defensores da água são ascomunidades e os cidadãos, que devem participar das ações de preservação <strong>do</strong> meio ambiente,através da gestão participativa.Outra grave questão ambiental e de saúde pública diz respeito às áreas contaminadascom chumbo, que nos obrigam a impor controle de ocupação na região, além de açõescorretivas.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 8


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>sApesar <strong>do</strong>s problemas aponta<strong>do</strong>s, o Município possui IDHM (Índice deDesenvolvimento Humano) de 0,825, que representa o 178º IDHM nacional e 50ª posição noEsta<strong>do</strong> de São Paulo, com características de alto desenvolvimento humano.De acor<strong>do</strong> com um estu<strong>do</strong> sobre Índice de Exclusão Social, organiza<strong>do</strong> por Pochmanne Amorin (2003) basea<strong>do</strong> no censo de 2000, entre os 5.507 municípios brasileiros, Bauru é o49º com menor índice de exclusão social, de 0,654, sen<strong>do</strong>: pobreza, 0,829; vulnerabilidadejuvenil, 0,789; escolaridade, 0,756; emprego formal,0,238; violência,0,930 e desigualdade,0,364.O índice de pobreza na cidade, portanto, não é tão eleva<strong>do</strong>, mas o grande desafio é ofosso da desigualdade, que trás sérias conseqüências, como violência e, em potencial, o riscojuvenil.De fato, Bauru reproduz a profunda desigualdade de distribuição de renda da sociedadebrasileira: 1/5 da população mais pobre detém 9% da renda, enquanto o 1/5 mais rico seapropria de 42%.No entanto, a desigualdade não se reflete apenas na distribuição de renda, mas noacesso à riqueza e bens que a sociedade produz. Tanto é verdade, que a população com menorrenda, vive nas regiões periféricas da cidade, particularmente nas favelas, cujo rendimentomédio é inferior a <strong>do</strong>is salários mínimos, carentes de serviços de infra-estrutura urbana, detransporte, de escolas e serviços de saúde. Ao contrário, a zona centro-sul da cidade, providade infra-estrutura e demais serviços, assegura melhor qualidade de vida, onde concentram-seos <strong>do</strong>micílios com renda maior que 15 salários mínimos. Tem-se assim um bolsão de riquezacerca<strong>do</strong> de ampla extensão de exclusão.Deve-se ressaltar, ainda, que a desigualdade na distribuição de renda é diretamenteproporcional à desigualdade na escolaridade da população. Na região centro-sul, a mais ricada cidade, concentra-se a maior incidência de população com maior escolaridade. Aocontrário, nas regiões periféricas, reside a maior incidência da população analfabeta,especialmente nas favelas.Nesse senti<strong>do</strong>, foi necessário analisar o papel das políticas públicas referentes aoplanejamento municipal, mudan<strong>do</strong> paradigmas, redefinin<strong>do</strong> o papel <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, da sociedadecivil e da propriedade, apontan<strong>do</strong> para ampliação da co-gestão entre público e priva<strong>do</strong>,aumentan<strong>do</strong> a possibilidade de minimizar os efeitos negativos da urbanização.2.2 Diagnóstico RuralO desenvolvimento da agricultura no Município de Bauru foi marca<strong>do</strong>, no final <strong>do</strong>século XIX, com a implantação da cultura cafeeira, época em que o Esta<strong>do</strong> de São Paulo era omaior produtor e o Brasil líder no merca<strong>do</strong> mundial.A cultura cafeeira, principalmente no início de sua exploração demandava grandeutilização de mão de obra e estrutura física nas propriedades (terreiro para secagem, armazém,casas de moradia para os trabalha<strong>do</strong>res etc.). No entanto a crise de 1929, que atingiu omerca<strong>do</strong> de café, a baixa produtividade das lavouras, o êxo<strong>do</strong> rural provoca<strong>do</strong> pelaurbanização <strong>do</strong> Município e a implantação da rede ferroviária provocaram o declínio dalavoura, sen<strong>do</strong> que em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XX, a taxa de urbanização já atingia 80% dapopulação e a cultura de café é substituída principalmente pela pastagem extensiva.No inicio da década de 70, com a introdução da variedade smoth cayenne, a cultura deabacaxi no município teve seu apogeu. Porém a necessidade de renovação constante das áreasplantadas, entre outras causas, levou também ao declínio desta lavoura.Estes foram <strong>do</strong>is marcos na história da exploração agrícola <strong>do</strong> Município, porém háoutras iniciativas de proprietários rurais na busca de utilização e rentabilidade das terrasagrícolas, que além da pecuária bovina coloca o Município dentro de um contexto produtivona área de silvicultura, piscicultura, avicultura, apicultura, suinocultura, ovinocultura,<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 9


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>shortaliças e diversos produtos agrícolas, inclusive com produtos para exportação, colocan<strong>do</strong>em xeque uma antiga crença de que as terras brancas <strong>do</strong> Município de Bauru não eramadequadas à exploração agrícola.Por muitos anos, o poder público municipal relegou a segun<strong>do</strong> plano odesenvolvimento da agricultura e da comunidade rural. Ainda são incipientes os programas dedesenvolvimento rural e projetos de pesquisa volta<strong>do</strong>s para nossas características, levan<strong>do</strong>-seem conta nossos potenciais e limitações.Levantamento realiza<strong>do</strong> pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, noano de 2000 constatou a existência de 588 propriedades rurais no Município, sen<strong>do</strong> 67% comárea inferior a 50ha e ocupam 6,6% da zona rural. Enquanto que 3,5% das propriedadespossuem área superior a 500ha e ocupam 42% da zona rural. Esse da<strong>do</strong>s revelam que pelomenos 402 propriedades são de pequeno porte e, portanto necessitam de apoio especial epolíticas públicas de desenvolvimento e inclusão social para se tornarem rentáveis.O projeto de Lei <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> de Bauru contempla, pela primeira vez, de formaparticipativa, os anseios e as necessidades da comunidade rural. Foram realizadas mais devinte reuniões, abrangen<strong>do</strong> todas as regiões, que por meio de debates, elaboração dediagnósticos e propostas procura contemplar o desenvolvimento sustentável no meio rural <strong>do</strong>Município.Nessas reuniões ficou demonstra<strong>do</strong> que um <strong>do</strong>s maiores problemas hoje existente é adificuldade de acesso à saúde, educação, segurança, escoamento da produção e insumos,devi<strong>do</strong> a falta de trafegabilidade das estradas rurais.» Dificuldades de AcessoAs comunidades rurais enfrentamgrandes problemas de falta deinfra-estrutura e manutenção dasestradas e pontes.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «O prejuízo ambiental causa<strong>do</strong> pela má conservação das estradas rurais, alia<strong>do</strong> à faltade mata ciliar e o manejo inadequa<strong>do</strong> <strong>do</strong> solo, são os maiores responsáveis pela degradação<strong>do</strong>s recursos hídricos. Pode-se considerar que a zona rural é a maior produtora de água, noentanto o seu consumo pela comunidade rural é feito de forma precária, sem qualquer controlede qualidade.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 10


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s» Degradação AmbientalEstradas rurais e o manejo inadequa<strong>do</strong> <strong>do</strong> solo acabamgeran<strong>do</strong> erosões e assoreamento de rios e córregos.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «3. PROCESSO DE ELABORAÇÃO3.1. Equipe de trabalhoPara elaboração <strong>do</strong> PDP, procurou-se definir uma equipe de trabalhocom colabora<strong>do</strong>res das mais diversas áreas, com objetivo de garantir uma visão sistêmica e ainterdisciplinariedade.» Primeiros PassosO Prefeito Tuga Angerami reuni<strong>do</strong> com oGrupo de Trabalho <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong>.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Inicialmente foi defini<strong>do</strong> o Grupo de Trabalho, nomea<strong>do</strong> pelo Sr. Prefeito através <strong>do</strong>Decreto 10.039/2005, acresci<strong>do</strong> pelos decretos 10.160/2006 e 10.177/2006. Juntou-se a este, oGrupo de Apoio, com representação das demais secretarias.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 11


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s» Equipes de TrabalhoNa fotoacima,reunião<strong>do</strong>sGrupo deTrabalhoe Apoio.Abaixo,osmembros<strong>do</strong>NúcleoGestor.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Aproveitan<strong>do</strong> a realização da II Conferência da Cidade, a Mesa Temática“Participação e Controle Social”, discutiu e aprovou a proposta de setorização <strong>do</strong> Município,a forma de representatividade da população no processo de elaboração <strong>do</strong> plano diretor, acomposição e eleição <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> Núcleo Gestor.O Núcleo Gestor, nomea<strong>do</strong> pelo Decreto 10.111/2005, composto por 5 representantes<strong>do</strong> poder público e 6 representantes da sociedade civil, compartilhou a coordenação <strong>do</strong>strabalhos, estabelecen<strong>do</strong> o cronograma das atividades, verifican<strong>do</strong> o cumprimento das regrasestabelecidas coletivamente, garantin<strong>do</strong> ampla divulgação e participação da comunidade emtodas as etapas de elaboração <strong>do</strong> <strong>Plano</strong>.3.2. SetorizaçãoPara a elaboração <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> <strong>do</strong> Município de Bauru, tanto a áreaurbana como a zona rural, foram divididas em setores, onde foram realizadas as reuniões desensibilização, leitura comunitária, elaboração das propostas e eleição <strong>do</strong>s delega<strong>do</strong>s.Na zona urbana foram defini<strong>do</strong>s os setores, numera<strong>do</strong>s de 1 a 12. As divisas <strong>do</strong>s setorescorrespondem aos limites das bacias hidrográficas <strong>do</strong>s afluentes <strong>do</strong> Rio Bauru, com pequenosajustes em função das barreiras criadas pelo sistema viário, ro<strong>do</strong>viário e ferroviário, exceto oSetor 1 – Área Central, destaca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s demais por suas peculiaridades.Na zona rural foram defini<strong>do</strong>s 9 setores, denomina<strong>do</strong>s por letras, de A a I.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 12


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s» CartografiaMapa <strong>do</strong>s Setores Urbanos e Rurais.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «A Setorização <strong>do</strong> Município estrutura-se a partir de uma concepção sistêmica ten<strong>do</strong>como unidade de planejamento e gestão ambiental as bacias hidrográficas, configuran<strong>do</strong>-senuma proposta de transição <strong>do</strong> modelo de desenvolvimento vigente para um modeloecologicamente sustentável, economicamente viável e socialmente justo, volta<strong>do</strong> à construçãoda autogestão na qual to<strong>do</strong>s os sujeitos envolvi<strong>do</strong>s são chama<strong>do</strong>s a participar <strong>do</strong> processo deformulação e implementação das ações. Essa forma de setorização segue uma políticanacional e estadual que a<strong>do</strong>ta as bacias hidrográficas como unidade de planejamento, paraefetivação <strong>do</strong> desenvolvimento sustentável.O fato de ter si<strong>do</strong> feita uma subdivisão territorial por bacias hidrográficas, aproximoua comunidade em torno de problemas comuns liga<strong>do</strong>s às questões ambientais e deacessibilidade, entre outros, amplian<strong>do</strong> o foco que, em geral, estava limita<strong>do</strong> aos problemasde iluminação e asfalto na própria rua (na área urbana) e nenhuma forma de manifestação nazona rural.Outro avanço é a elaboração <strong>do</strong>s <strong>Plano</strong>s Urbanísticos Setoriais, a serem desenvolvi<strong>do</strong>sde forma participativa, o que possibilitará um pacto mais amplo entre os diversos agentessociais, além de definições de ações estratégicas para o cumprimento <strong>do</strong> PDP.3.3. Critérios para eleição <strong>do</strong>s Delega<strong>do</strong>sO número de Delega<strong>do</strong>s representantes <strong>do</strong>s movimentos sociais, entidades de classe,sindicatos, instituições de pesquisa e poder público foi defini<strong>do</strong> na II Conferência da Cidade:<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 13


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>sNa Área Urbana:• 60% - Movimentos Sociais: 1 delega<strong>do</strong> para cada 3.000 habitantes <strong>do</strong> setor, de acor<strong>do</strong>com o Censo IBGE – 2000 – 103 Delega<strong>do</strong>s;• 20% - Sindicatos, entidades de classe, instituições de pesquisa, clubes de serviço – 34Delega<strong>do</strong>s;• 20% - Poder público municipal, estadual e federal – 34 Delega<strong>do</strong>s.Na Zona Rural:• 60% - Representantes por setor, sen<strong>do</strong>, no mínimo, 1 proprietário, 1 mora<strong>do</strong>r e 1trabalha<strong>do</strong>r rural.o até 30 participantes nas Audiências: 03 delega<strong>do</strong>s por setor;o de 30 a 60 participantes nas Audiências: 04 delega<strong>do</strong>s por setor;o de 60 a 90 participantes nas Audiências: 05 delega<strong>do</strong>s por setor;o Total: 27 a 45 Delega<strong>do</strong>s• 20% Entidades organizadas <strong>do</strong> setor rural (Sindicato Rural, Sindicato <strong>do</strong>sTrabalha<strong>do</strong>res, Associações e Conselhos) – 9 a 15 Delega<strong>do</strong>s.• 20% Membros <strong>do</strong> Poder Público <strong>Municipal</strong>, Estadual e Federal, com atuação na zonarural (Sagra, Deprn, Cati, Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros, Ibama, Incra) – 9 à15 Delega<strong>do</strong>sPara escolha <strong>do</strong>s delega<strong>do</strong>s da área urbana e zona rural foram estabeleci<strong>do</strong>s critériosdiferencia<strong>do</strong>s, devi<strong>do</strong> às peculiaridades de cada área, garantin<strong>do</strong>, no entanto, a mesmaproporcionalidade entre os diversos segmentos da comunidade.A forma de escolha <strong>do</strong>s Delega<strong>do</strong>s foi definida pelo Núcleo Gestor, sen<strong>do</strong> que,qualquer pessoa da comunidade poderia se candidatar a Delega<strong>do</strong>, desde que tivesseparticipação nas reuniões <strong>do</strong> seu Setor. A eleição, tanto da comunidade em geral como dasentidades, ocorreu em plenárias, abertas à população.3.4. Preparação <strong>do</strong> processoPara que o Município pudesse coordenar o processo <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> foi necessária acapacitação <strong>do</strong>s técnicos <strong>do</strong> poder público, da equipe de trabalho e colabora<strong>do</strong>res. A gestãoparticipativa requer uma nova postura, uma nova forma de agir e compartilharresponsabilidades, além <strong>do</strong> necessário conhecimento, não só <strong>do</strong>s instrumentos <strong>do</strong> Estatuto daCidade, mas principalmente de seus princípios e objetivos, de forma que possamproporcionar mudanças de paradigmas e de conceitos, resultan<strong>do</strong> em ações no planejamentourbano e rural.O grupo participou de diversos cursos de capacitação promovi<strong>do</strong>s pelo Ministério daCidade, CREA e Instituto Polis.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 14


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s» Treinamento das EquipesNa fotoacima,membros<strong>do</strong> CREAduranterealizaçãodacapacitação<strong>do</strong> GrupodeTrabalho;Abaixocursoministra<strong>do</strong>peloInstitutoPolis.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Para a estruturação da meto<strong>do</strong>logia, planejamento <strong>do</strong>s trabalhos e integração da equiperecorreu ainda ao SEBRAE, que realizou curso de Planejamento Estratégico.Uma das primeiras tarefas <strong>do</strong> Grupo de Trabalho foi avaliar as experiências anteriores econhecer o encaminhamento da<strong>do</strong> em outros Municípios na elaboração de planos diretores,concluin<strong>do</strong> que as dinâmicas que vêm sen<strong>do</strong> a<strong>do</strong>tadas, apesar de atenderem às exigênciaslegais de participação popular, nem sempre atingem a população como um to<strong>do</strong>, que, porvezes, não se sente representada pelas lideranças institucionais.Foi elabora<strong>do</strong> um <strong>Plano</strong> de Trabalho com descrição das atividades a seremdesenvolvidas, cronograma preliminar, atribuição de responsabilidades, definição <strong>do</strong>smateriais e equipamentos necessários e proposta de meto<strong>do</strong>logia a ser a<strong>do</strong>tada nas reuniões.Foi cria<strong>do</strong> um logo para o <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong>, um site para divulgação <strong>do</strong> calendáriode atividades e uma Cartilha sobre o PDP e o Estatuto da Cidade.3.5. <strong>Projeto</strong> Piloto – Distrito de Tibiriçá / Barra GrandePara realização da primeira reunião foi escolhi<strong>do</strong> o Distrito de Tibiriçá, pequenonúcleo urbano, em que muitos mora<strong>do</strong>res têm vínculos com a atividade rural, área em quegrande parte <strong>do</strong>s técnicos não tinha nenhuma afinidade, mas que deveria também sertrabalhada no <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong>.O local, data e horário foram cuida<strong>do</strong>samente escolhi<strong>do</strong>s para facilitar o acesso demaior número de pessoas. A divulgação se deu por cartazes em estabelecimentos comerciais,igrejas, escolas e convites entregues aos alunos da rede estadual, sen<strong>do</strong> o administra<strong>do</strong>rregional encarrega<strong>do</strong> dessa divulgação por ser uma liderança local.A meto<strong>do</strong>logia dessa 1ª etapa consistia de:Abertura, com a palavra <strong>do</strong> Administra<strong>do</strong>r Regional que fazia a apresentação <strong>do</strong> grupopresente1. Apresentação <strong>do</strong> vídeo institucional sobre <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> forneci<strong>do</strong> pelo Ministério dasCidades<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 15


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s2. Esclarecimentos, por parte da coordenação, <strong>do</strong> que é um <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong>, a exigêncialegal, como as pessoas podem participar, qual seria a dinâmica utilizada na reunião3. Divisão em grupos, de no máximo 10 pessoas, de livre escolha <strong>do</strong>s participantes, paraum “bate papo” mais informal sobre os problemas que eles enfrentam no dia a dia,com transporte, educação, abastecimento, saúde... O media<strong>do</strong>r era treina<strong>do</strong> paraestimular a participação de to<strong>do</strong>s e valorizar cada manifestação registran<strong>do</strong>-a empapeletas diferenciadas por cor: “o que está bom”, “o que está ruim”, “qual o sonho?”4. Concluída essa etapa, as papeletas eram afixadas em local visível a to<strong>do</strong>s e feita aleitura5. As pessoas eram estimuladas a acrescentar sugestões, propostas de solução para osproblemas apresenta<strong>do</strong>s e/ou pensar e discutir com amigos e vizinhos os assuntosdebati<strong>do</strong>s na reunião, trazen<strong>do</strong> mais sugestões para uma segunda reunião, previamenteagendada.A meto<strong>do</strong>logia aplicada foi aprimorada e repetida nos demais setores.» Méto<strong>do</strong>s de Apresentação e AbordagemReuniões <strong>do</strong> Grupo de Trabalho com a comunidade de Tibiriçá.Grupos de discussãolevantavam as questõessociais, enquanto......os assuntos eramdebati<strong>do</strong>s e estimula<strong>do</strong>spor media<strong>do</strong>res.A experiência se repetiu nacomunidade rural de Barra Grande,com resulta<strong>do</strong>s bem satisfatóriosem termos de presença eparticipação.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 16


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s3.6. Mobilização PopularA coordenação <strong>do</strong>s trabalhos em cada setor ficou sob a responsabilidade de integrantes<strong>do</strong> Grupo de Trabalho, que tiveram como apoio as Regionais Administrativas.As reuniões realizadas nos diversos setores foram precedidas de amplo trabalho demobilização e divulgação junto à comunidade local, levan<strong>do</strong>-se em conta as especificidadesde cada uma delas (densidade, dispersão, lideranças, mobilidade, equipamentos sociaisexistentes, características sociais da comunidade etc.).Consideran<strong>do</strong> os fatores acima descritos, a divulgação se deu através de faixas, carrode som, contatos com as lideranças, convites distribuí<strong>do</strong>s junto às comunidades, notas atravésde jornal, rádio e televisão, além de divulgação junto aos usuários <strong>do</strong>s serviços públicos deeducação, assistência social, saúde, sempre procuran<strong>do</strong> atingir o maior número possível depessoas da comunidade.» Divulgação <strong>do</strong>s TrabalhosUtilização de faixas para divulgação das reuniões e......visitas <strong>do</strong>miciliares <strong>do</strong>s técnicos, para convidar a população.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «O trabalho de divulgação na zona rural encontrou maior dificuldade, exigin<strong>do</strong> <strong>do</strong>stécnicos visitas a proprietários e lideranças. Em virtude da dificuldade de locomoção <strong>do</strong>sinteressa<strong>do</strong>s em participar das reuniões, foi ofereci<strong>do</strong> o transporte de ida e volta.Uma questão preponderante foi proporcionar à toda comunidade facilidades de acessoaos locais de reunião o que exigiu, na maioria <strong>do</strong>s casos, a subdivisão <strong>do</strong>s setores, em razãodas barreiras físicas (rio, ro<strong>do</strong>via, ferrovia, vazios urbanos, mobilidade, afinidade entre osmora<strong>do</strong>res e seus problemas específicos etc.), resultan<strong>do</strong> em mais de 25 (vinte e cinco) subsetores.Para local de reunião buscou-se, preferencialmente, escolas públicas, centroscomunitários, locais de referência para a comunidade local, que permitissem totalacessibilidade e que não inibissem a participação de toda e qualquer pessoa.Todas as reuniões contaram com equipe de apoio responsável pela preparação <strong>do</strong>local, instalação <strong>do</strong>s equipamentos, lista de presença, crachá para identificação <strong>do</strong>s presentes,papel e caneta para anotações, café e água, etc.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 17


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>sDurante o processo procurou-se envolver todas as unidades educacionais (professorese alunos) públicas e particulares, com o objetivo de despertar o interesse nas discussões <strong>do</strong>sproblemas.O momento foi propício, ten<strong>do</strong> em vista trabalho desenvolvi<strong>do</strong> em 2005 pelaDelegacia de Ensino de Bauru denomina<strong>do</strong> “Estu<strong>do</strong> da qualidade ambiental das baciashidrográficas da base territorial da Delegacia de Ensino de Bauru”, que consistia nodiagnóstico ambiental das bacias onde estão inseridas as unidades escolares estaduais,coincidin<strong>do</strong> com o início <strong>do</strong>s trabalhos de divulgação <strong>do</strong> PDP e das reuniões setoriais deLeitura Comunitária.» Sociedade ParticipativaEscola ViverConseg Centro-SulEMEF Ivan EnglerSESIConferência<strong>do</strong>s Porta<strong>do</strong>res deNecessidades EspeciaisConselho de LeigosPDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Foram realizadas, ainda, reuniões com comunidades religiosas, entidades de classe,clubes de serviço, secretarias municipais, no senti<strong>do</strong> de motivar para participação edivulgação das reuniões setoriais.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 18


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s» Entidades de classeOsrepresentantesdas entidadesde classeforamchama<strong>do</strong>s aopinar sobreas questõeslevantadas naprimeira etapa<strong>do</strong> projeto.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «3.7. <strong>Etapas</strong> <strong>do</strong> processoA meto<strong>do</strong>logia decidida pelo Núcleo Gestor para condução <strong>do</strong> processo consistia dasseguintes etapas:3.7.1. Primeira Etapa: SensibilizaçãoEssa primeira etapa tinha por objetivo sensibilizar a população sobre o <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong><strong>Participativo</strong>, composta de duas reuniões, com intervalo médio de uma semana entre elas.» Participação PopularNas reuniõescom apopulaçãoforamlevantadasquestõessociais,ambientais edeacessibilidade.As fotos aola<strong>do</strong>, mostrammomentos dareunião nosetor 10.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 19


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>sA primeira reunião seguia a meto<strong>do</strong>logia já descrita em Tibiriçá, acrescida de umaexposição na qual se demonstrava, através de imagens e explanação, como se deu ocrescimento da cidade e os impactos decorrentes, com objetivo de entender a importância <strong>do</strong>planejamento que oriente a organização espacial da cidade e que proporcione qualidade devida a to<strong>do</strong>s, assim como a importância da participação da população nas decisões <strong>do</strong> destino<strong>do</strong> Município.Além disso, introduzia-se conceitos legais que fundamentaram o processo deelaboração <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong>, ou seja, Constituição Federal, Estadual e Estatutoda Cidade, evidencian<strong>do</strong> sempre que <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> é um processo, assim como a participaçãopopular, e que requer o acompanhamento efetivo das ações e programas.Na seqüência, era realizada uma dinâmica com grupos menores, possibilitan<strong>do</strong> amanifestação de to<strong>do</strong>s a respeito das necessidades <strong>do</strong> local, inclusive com identificação <strong>do</strong>sproblemas em imagens aéreas e mapas <strong>do</strong> setor.» Reuniões SetoriaisSetor 2 Setor 6Setor I - ruralSetor C - ruralSetor 5 Setor 4PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «O objetivo foi proporcionar aos participantes uma visão mais sistêmica e crítica darealidade <strong>do</strong> bairro, da bacia hidrográfica a qual estava inseri<strong>do</strong> e também <strong>do</strong> município,sugerin<strong>do</strong> assim a reflexão <strong>do</strong> papel fundamental que to<strong>do</strong>s desempenham neste processo.Na segunda reunião, eram apresenta<strong>do</strong>s os resulta<strong>do</strong>s da dinâmica de grupo, sobre oque percebiam como bom, ruim e as propostas para soluções <strong>do</strong>s problemas, abrin<strong>do</strong> um novoespaço para contribuições, sugestões e complementações.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 20


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s» Diversifica<strong>do</strong> Material de ApoioSetor 5 Setor 5Setor 4Setor G - ruralSetor 8 Setor 9PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «To<strong>do</strong> o material produzi<strong>do</strong> nessas reuniões foi digita<strong>do</strong> e distribuí<strong>do</strong> pelo Sr. Prefeitoàs Secretarias Municipais com a recomendação que as demandas imediatas fossem analisadase, na medida <strong>do</strong> possível, atendidas na programação das ações de curto prazo e orçamentoseguinte.3.7.2. Segunda Etapa: Leitura Comunitária e Leitura Técnica.Por diversas vezes a Leitura Comunitária, iniciada na reunião de Sensibilização, sedava através de vistorias "in loco", em geral acompanhadas de pessoas da comunidade, paraconstatação <strong>do</strong>s problemas que haviam si<strong>do</strong> levanta<strong>do</strong>s, com registro fotográfico edemarcação em mapas.A Leitura Técnica consistia de vistorias acerca <strong>do</strong>s pontos positivos e negativos,especialmente àqueles pertinentes a elaboração <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong>, assim como visitas àsdiversas Secretarias Municipais e órgãos técnicos, levan<strong>do</strong> as situações constatadas, para quebuscassem soluções para as demandas imediatas, além de propostas para ações de médio elongo prazo que atendessem aos anseios da comunidade.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 21


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s» Objetivo Comun de GovernoVárias reuniões com secretários municipais foram realizadas,em busca de soluções <strong>do</strong>s problemas da comunidade.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Foi organiza<strong>do</strong> um “tour” rural e um urbano para os integrantes <strong>do</strong> Grupo de Trabalhoe Núcleo Gestor, para conhecimento <strong>do</strong>s principais problemas aponta<strong>do</strong>s, e também <strong>do</strong>spontos positivos a serem valoriza<strong>do</strong>s.» Trabalho de CampoVisita em loco aos problemas enfrenta<strong>do</strong>s pela periferia.Técnicos <strong>do</strong> <strong>Plano</strong><strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong>durante o tour urbano.O tour rural foi importantepara levantar aspectosfundamentais <strong>do</strong> campo.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Finalizan<strong>do</strong> essa etapa, foi realizada uma Audiência Pública na Câmara <strong>Municipal</strong>,com a comunidade rural e entidades ligadas ao setor, onde foi apresenta<strong>do</strong> o diagnóstico gerale as primeiras propostas. Após a exposição <strong>do</strong>s problemas e potencialidades levanta<strong>do</strong>s pelacomunidade nas reuniões setoriais, foi feita a divisão em grupos de trabalho, que discutirampropostas para as questões de infra-estrutura (mobilidade, meio ambiente, desenvolvimento,apoio técnico etc.); sociais (serviços de saúde, transporte escolar, assistência social, esporte,<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 22


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>scultura etc.); demandas urbanas <strong>do</strong>s loteamentos destina<strong>do</strong>s às chácaras de recreio e/ouresidenciais que estão inseri<strong>do</strong>s na zona rural.» Participação da Comunidade RuralReunião na Câmara <strong>Municipal</strong> quan<strong>do</strong> foi concluí<strong>do</strong> o diagnósticorural e apresentadas as primeiras propostas.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «A presença e participação de todas as secretarias municipais resultou em ações a seremencaminhadas a curto prazo e programas a serem desenvolvi<strong>do</strong>s especificamente para atenderà comunidade rural, dentro de suas especificidades.3.7.3. Terceira Etapa: Apresentação das propostas e eleição <strong>do</strong>s Delega<strong>do</strong>sAo retornar para essa última fase nos setores, era apresenta<strong>do</strong> um diagnóstico epropostas relativas às questões de mobilidade, ambiental, infra-estrutura, desenvolvimento,função social da propriedade, habitação, entre outros. Em várias oportunidades, ainda foramagregadas novas propostas “riscan<strong>do</strong>-se” no próprio mapa.Ao final das reuniões eram eleitos os Delega<strong>do</strong>s representantes <strong>do</strong> Setor, dentre ospresentes.» Representantes <strong>do</strong>s Movimentos SociaisVárias plenárias foram realizadas para escolha<strong>do</strong>s delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s movimentos sociais.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Concluída essa etapa foi realizada Plenária na Câmara <strong>Municipal</strong> para escolha <strong>do</strong>sDelega<strong>do</strong>s representantes das entidades.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 23


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s» Representantes da Sociedade OrganizadaAssembléia na Câmara <strong>Municipal</strong> para eleição <strong>do</strong>sdelega<strong>do</strong>s representantes das entidades de classe.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Os delega<strong>do</strong>s representantes <strong>do</strong> poder público foram tira<strong>do</strong>s entre os integrantes <strong>do</strong>Núcleo Gestor, Grupo de Trabalho, secretários municipais diretamente envolvi<strong>do</strong>s (Secretariade Planejamento, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Secretaria das AdministraçõesRegionais, Secretaria <strong>do</strong> Meio Ambiente), representantes das demais secretarias e órgãospúblicos estaduais e federais, com atuação direta nas questões tratadas no <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong>, emespecial nas questões ambientais, viárias, habitação, desenvolvimento urbano e rural.» Instrumentalização e ConsultoriaReunião com Instituto Polis.Reunião com o CEPAM.Encontro com a Profª. Dra. Ermínia Maricato.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «Ao longo <strong>do</strong> processo, o Grupo de Trabalho manteve contato e fez consultorias com aProfª. Dra. Ermínia Maricato, com o CEPAM - Centro de Estu<strong>do</strong>s e Pesquisa emAdministração <strong>Municipal</strong> da Fundação Prefeito Faria Lima e Instituto Polis, discutin<strong>do</strong> osinstrumentos adequa<strong>do</strong>s para aplicação no PDP de Bauru.Foi realiza<strong>do</strong> Curso de Capacitação para to<strong>do</strong>s os delega<strong>do</strong>s eleitos, onde foramdiscuti<strong>do</strong>s com mais profundidade os instrumentos <strong>do</strong> Estatuto da Cidade e sua aplicação,<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 24


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>spara que houvesse perfeita compreensão das propostas contidas no <strong>Plano</strong>, em especial àsrelativas ao parcelamento, uso e ocupação <strong>do</strong> solo.» CapacitaçãoOs delega<strong>do</strong>s eleitospassaram porcapacitação, voltada aoentendimento <strong>do</strong>sinstrumentos <strong>do</strong>Estatuto da Cidade.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «3.7.4. Quarta Etapa: Congresso FinalPara realização <strong>do</strong> Congresso Final foram designa<strong>do</strong>s responsáveis pela Organização(escolha <strong>do</strong> local, preparação <strong>do</strong> espaço, instalação <strong>do</strong>s equipamentos e); Mobilização(colocação das faixas de divulgação, elaboração de convites para autoridades e delega<strong>do</strong>s,elaboração <strong>do</strong>s crachás, listas de presença, etc); e Sistematização (preparação das pastas comminuta <strong>do</strong> Regimento e <strong>do</strong> <strong>Projeto</strong> de Lei).O Congresso Final reuniu os delega<strong>do</strong>s eleitos nos diversos setores com a finalidadede analisar a minuta <strong>do</strong> <strong>Projeto</strong> de Lei <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong>.A minuta levada ao Congresso Final foi elaborada por técnicos da <strong>Prefeitura</strong><strong>Municipal</strong>, com acompanhamento <strong>do</strong> Núcleo Gestor. Embasaram esse trabalho os resulta<strong>do</strong>sdas diversas reuniões realizadas com a comunidade, entidades de classe, secretariasmunicipais, materiais resultante das diversas conferências municipais e <strong>do</strong> <strong>Projeto</strong> Bauru+10.O Congresso teve início no dia 27 de maio de 2006, com a presença de 146 delega<strong>do</strong>scredencia<strong>do</strong>s, além de diversos secretários municipais, funcionários públicos, convida<strong>do</strong>s epopulação em geral.Teve início com a leitura e aprovação <strong>do</strong> Regimento Interno e, em seguida, a leitura daMinuta <strong>do</strong> <strong>Projeto</strong> de Lei onde cada delega<strong>do</strong> podia fazer destaques para emendamodificativa, supressiva ou aditiva, apresentan<strong>do</strong> a nova redação para o Grupo deSistematização.Os trabalhos foram suspensos no final da tarde e nova plenária agendada para o dia 03de junho, quan<strong>do</strong> foi dada continuidade à leitura, apresentação de emendas e aprovação <strong>do</strong>texto final.<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 25


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>s» DemocraciaApós três reuniões <strong>do</strong> congresso com os delega<strong>do</strong>s,foi aprovada a minuta <strong>do</strong> <strong>Projeto</strong> de Lei.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «A minuta aprovada foi encaminhada ao Sr. Prefeito em 19 de junho, para revisão pelaSecretaria <strong>do</strong>s Negócios Jurídicos, quanto à forma legal e constitucionalidade das propostas.As adequações e complementações sugeridas pela SNJ e Instituto Polis foram analisadas peloNúcleo Gestor que deliberou pela realização de reunião específica para apresentação aosDelega<strong>do</strong>s. Foi convocada uma nova Plenária, realizada no auditório <strong>do</strong> Automóvel Clube, nodia 16/09/2006, que resultou no <strong>Projeto</strong> de Lei encaminha<strong>do</strong> à Câmara <strong>Municipal</strong> em 22 desetembro de 2006.» Trabalho Concluí<strong>do</strong>Com aconclusão<strong>do</strong>strabalhos o<strong>Projeto</strong> deLei foiencaminha<strong>do</strong>ao PrefeitoTugaAngerami.Abaixomomento daentrega <strong>do</strong>projeto peloPrefeito, aopresidenteda Câmara<strong>Municipal</strong> em22 desetembro de2006.PDP - Bauru de To<strong>do</strong>s «<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 26


<strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong> <strong>Participativo</strong> – Bauru de to<strong>do</strong>sPALAVRA FINAL DA COORDENAÇÃOPlanejar participativamente um município significa, antes de tu<strong>do</strong>,mudar paradigmas, e isso exige vontade e decisão política, assim comomudanças de comportamento da sociedade, uma vez que as tarefas deplanejamento sempre tiveram caráter tecnicista sem a participação dapopulação.A construção coletiva de idéias pressupõe o exercício da prática dialética,compartilhan<strong>do</strong> saberes. O planejamento e ações de implementação devem ser entendi<strong>do</strong>scomo processo de cidadania, não só para a equipe de trabalho, mas para a toda sociedade.Durante o processo ficou demonstra<strong>do</strong> que a participação popular independe de nívelintelectual e de classe social. To<strong>do</strong>s podem contribuir, a partir de sua realidade, <strong>do</strong>s traçosculturais, da sua concepção de homem e de mun<strong>do</strong>.A participação e envolvimento <strong>do</strong>s profissionais da prefeitura foram fundamentais naelaboração <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>Diretor</strong>, mas deverá haver continuidade, principalmente, na suaimplementação.O planejamento é transdisciplinar e deve ser elabora<strong>do</strong> dentro de uma visão sistêmica,portanto, a equipe deve ter profissionais das mais diversas áreas.As entidades de classes, movimentos sociais e população devem ser capacita<strong>do</strong>scontinuamente, para que, nos momentos de debate e processos de decisão, tenham condiçõesde participar de forma efetiva e com conhecimento, ten<strong>do</strong> compreensão clara <strong>do</strong>s pontosconflitantes como: redirecionamento de investimentos públicos e priva<strong>do</strong>s, da imposição delimitações ao merca<strong>do</strong> imobiliário especulativo, da cidade real, <strong>do</strong>s graves problemashabitacionais, <strong>do</strong>s modelos inadequa<strong>do</strong>s de planejamento e suas conseqüências, de forma queto<strong>do</strong>s os agentes sociais possam enfrentar os desafios que hoje se apresentam, na busca dequalidade de vida para to<strong>do</strong>s os cidadãos.BAURU-SP. dez. 2006 - www.bauru.sp.gov.brcontato: planejamento@bauru.sp.gov.br<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> de Bauruwww.bauru.sp.gov.br 27

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