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Teatro Municipal do Rio de Janeiro - Lume Arquitetura

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c a p a<strong>Teatro</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>Por Tatiana TelesSob a merecida luz <strong>do</strong>s refletoresO TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO É UMAconstrução característica da arquitetura acadêmica francesada segunda meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> século XIX, propalada mun<strong>do</strong> afora,seguin<strong>do</strong> os ditames da Escola <strong>de</strong>s Beaux Arts <strong>de</strong> Paris.Nitidamente inspira<strong>do</strong> <strong>do</strong> Palais Garnier, que abriga a Ópera<strong>de</strong> Paris, exerce papel <strong>do</strong>minante no conjunto arquitetônico daPraça Floriano (Cinelândia), juntamente com o Palácio PedroErnesto (Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> janeiro), a BibliotecaNacional e o Museu Nacional <strong>de</strong> Belas Artes.Assim como a Ópera <strong>de</strong> Paris, em menores proporções, aconstrução se caracteriza pela profusão <strong>de</strong> a<strong>do</strong>rnos em sua<strong>de</strong>coração interna e externa, esta marcada tanto pela riqueza<strong>do</strong>s ornatos, quanto pela varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> materiais aplica<strong>do</strong>s,nos quais observam-se sutis sobreposições cromáticas, nascantarias, mármores, bronzes e elementos <strong>de</strong> cobre. Nãobastassem estas características e sua posição urbana<strong>do</strong>minante emolduran<strong>do</strong> a perspectiva da Cinelândia, suamagnitu<strong>de</strong> é acrescida também pela vizinhança qualificadadas construções <strong>do</strong> Museu Nacional <strong>de</strong> Belas Artes, daBiblioteca Nacional e <strong>do</strong> Palácio Pedro Ernesto.Foto: Fabiano Xavier▼10L U M EA R Q U I T E T U R A


Por isto, o projeto luminotécnico das fachadasexternas <strong>do</strong> prédio, assina<strong>do</strong> pelo o arquitetoFabiano Xavier e o lighting <strong>de</strong>signer Alain Maître,da Atelier Lumière, buscou valorizar o <strong>Teatro</strong>,dan<strong>do</strong>-lhe uma imagem noturna condizente com aimponência materializada por sua arquitetura ecom a função ímpar que exerce no cenário urbanoe cultural da cida<strong>de</strong>.O projeto faz parte <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> revitalizaçãoda Cinelândia, promovi<strong>do</strong> pela Secretaria <strong>de</strong>Energia, Indústria Naval e Petróleo <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong><strong>Janeiro</strong> e <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> em parceria com a ElPaso, multinacional <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> energia que jáinvestiu mais <strong>de</strong> R$ 20 milhões, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, eminiciativas semelhantes.Inicia<strong>do</strong> no segun<strong>do</strong> semestre <strong>de</strong> 2003, a obraselou mais uma parceria entre a Atelier Lumière ea Citéluz Serviços <strong>de</strong> Iluminação Urbana, filialbrasileira <strong>do</strong> grupo francês Citélum, que realizou aobra da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> e daCatedral <strong>de</strong> Petrópolis. O grupo Citélum é responsável,<strong>de</strong>ntre outras, pela iluminação externa <strong>do</strong>Museu <strong>do</strong> Louvre e <strong>do</strong> Hotel <strong>de</strong> Ville <strong>de</strong> Paris.“Teatralizan<strong>do</strong>” a PraçaTen<strong>do</strong> em vista o contexto urbano no qual estáinseri<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se dizer que “o <strong>Teatro</strong> inexiste sema Praça”, pois sua arquitetura exige um recuoproporciona<strong>do</strong> pela mesma para a perfeitavisualização das suas partes altas e apreensão <strong>do</strong>inteiro quadro composicional. Portanto, o parti<strong>do</strong><strong>de</strong> iluminação a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pela Atelier Lumière para afachada principal buscou “teatralizar” to<strong>do</strong> oespaço da Praça Floriano objetivan<strong>do</strong> retomar aconcepção histórica <strong>de</strong> que o espetáculo teatralse dá tanto <strong>de</strong>ntro quanto fora <strong>do</strong> <strong>Teatro</strong>, como sedava outrora, na representação da chegada <strong>do</strong>sanônimos e ilustres, no jogo social da representaçãopública <strong>de</strong> certos papéis. Assim, “irradian<strong>do</strong> o<strong>Teatro</strong>” sobre a Praça e restauran<strong>do</strong> o espíritoprofun<strong>do</strong> <strong>do</strong> espetáculo, da representação e <strong>do</strong>encontro, faz-se ressurgir o <strong>Teatro</strong> físico como odécor <strong>de</strong> um outro espetáculo, o da vida social“O projeto luminotécnico das fachadas externas <strong>do</strong> prédiobuscou valorizar o <strong>Teatro</strong>, dan<strong>do</strong>-lhe uma imagem noturnacondizente com a imponência materializada por sua arquiteturae com a função impar que exerce no cenáriourbano e cultural da cida<strong>de</strong>.”urbana. Portanto, a fachada <strong>do</strong> <strong>Teatro</strong> assumemais um papel “atuan<strong>do</strong>” como pano <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> <strong>do</strong><strong>Teatro</strong> da Rua, transforman<strong>do</strong>-se em cenárioilumina<strong>do</strong> <strong>do</strong> palco da vida citadina, que é aPraça, a Cinelândia.Para tanto, e contrariamente à atual iluminaçãocuja tendência é atenuar a percepção <strong>do</strong>svolumes, optou-se por salientar a tridimensionalida<strong>de</strong>da construção através <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong>aparelhos posiciona<strong>do</strong>s sobre o prédio, propician<strong>do</strong>uma melhor leitura <strong>do</strong> conjunto arquitetônico, apartir da apreensão <strong>de</strong> sua riqueza <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes,inclusive pela variação das tonalida<strong>de</strong>s, emharmonia com a policromia da edificação.Posicionamento <strong>do</strong>s refletoresDevi<strong>do</strong> às dimensões da construção, foiutiliza<strong>do</strong> véu geral vin<strong>do</strong> <strong>de</strong> projetores <strong>de</strong> fachosemi concentra<strong>do</strong>, com lâmpadas HPI-T 250 eFigura 1:Devi<strong>do</strong> às dimensões <strong>do</strong> prédio, foi utiliza<strong>do</strong> véu geralvin<strong>do</strong> <strong>de</strong> projetores <strong>de</strong> facho semi-concenta<strong>do</strong>,posiciona<strong>do</strong>s em postes no entorno <strong>do</strong> teatro.L U M EA R Q U I T E T U R A11▼


Fotos: Fabiano Xavier e Alain MaîtreFigura 2: Aparelhos embuti<strong>do</strong>s, com facho muito fecha<strong>do</strong>,iluminam as partes baixas das rotundas......enquanto os embuti<strong>do</strong>s no piso da calçadamarcam as arestas das bases das colunas.400W, posiciona<strong>do</strong>s em postes no entorno <strong>do</strong>teatro, crian<strong>do</strong> a base suave necessária sobre aqual se sobrepõem as intervenções pontuais queobjetivam sublinhar os <strong>de</strong>talhes mais relevantes dafachada (ver fig. 1).Aparelhos embuti<strong>do</strong>s no piso da calçada(Tipo 1: assimétrico CDM-T 35W; Tipo 2: assimétricoCDM-TD 70W; Tipo 3: simétrico aberto CDM-TD150W; Tipo 3A: concentra<strong>do</strong> CDM-R PAR 20)marcam as arestas das bases das colunas edirigem o público para o acesso principal. Outros,também embuti<strong>do</strong>s, com facho muito fecha<strong>do</strong> –Tipo 3A: 10 graus – iluminam as partes baixas dasduas rotundas <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> tão somente ascariáti<strong>de</strong>s em bronze, com temperatura <strong>de</strong> cormais quente (ver fig. 2).O parti<strong>do</strong> <strong>de</strong> iluminar as colunas em contraluz,<strong>de</strong> baixo para cima, com aparelhos escondi<strong>do</strong>satrás <strong>de</strong>stas, com temperatura <strong>de</strong> cor quente, à3000K (em contraponto ao véu <strong>de</strong> cor maisbranca, à 4500K), foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para reforçar avolumetria <strong>de</strong>sta parte <strong>do</strong> prédio. Estes aparelhosmarcam a verticalida<strong>de</strong> das colunas e pilastrascaneladas e <strong>de</strong>stacam a ornamentação <strong>do</strong>sbalcões e <strong>do</strong>s arcos das portas.No friso da cornija principal, on<strong>de</strong> se lêem onome <strong>do</strong> teatro e os nomes <strong>de</strong> artistas e compositores,foi necessário dar um tratamento linear, poiseste é o elemento articula<strong>do</strong>r das partes inferiorese também <strong>de</strong> transição com as partes elevadas <strong>do</strong>ático e <strong>do</strong>s telha<strong>do</strong>s. Por este motivo e em<strong>de</strong>corrência da escala reduzida, em altura, e dasOs técnicos da Citéluz instalaramos projetores, com extremo cuida<strong>do</strong>para preservação <strong>do</strong> patrimôniohistórico.▼12L U M EA R Q U I T E T U R A


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Figura 3:O ático e seus <strong>de</strong>talhesforam <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>s graças a aparelhosposiciona<strong>do</strong>s na cornija superior.vida útil <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> cem mil horas, o que significauma manutenção quase <strong>de</strong>snecessária durantevários anos.As partes altasdificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso a esta parte da fachada, asolução a<strong>do</strong>tada foi a <strong>de</strong> luminárias linearesequipadas com LEDs com temperatura <strong>de</strong> cormais quente, obtida pela ação <strong>de</strong> LEDs âmbar(2200K). Esta tecnologia gera aparelhos com umaO ático e seus <strong>de</strong>talhes foram <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>sgraças a aparelhos posiciona<strong>do</strong>s na cornijasuperior (ver fig. 3), on<strong>de</strong> as estátuas recebemfocos em tiros laterais e cruza<strong>do</strong>s a partir dacornija e <strong>do</strong> telha<strong>do</strong>, crian<strong>do</strong> uma iluminaçãodramática e teatral sobre elas (Tipo 8: concentra<strong>do</strong>CDM-R 35W, Tipo 9: aberto CDM-TD 70W).As cúpulas das rotundas foram tratadas <strong>de</strong>duas formas: a primeira consiste <strong>de</strong> projetorescompactos (aberto 70W CDM-TD), posiciona<strong>do</strong>s nacornija principal (Tipo 10A), logo abaixo <strong>de</strong> cadaóculo, iluminan<strong>do</strong> as partes baixas da cúpula e<strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> os ornamentos <strong>do</strong>s óculos. A outraforma consiste <strong>de</strong> aparelhos assimétricos (Tipo10B), exclusivamente nas partes posteriores, quemantêm o ritmo <strong>do</strong>s primeiros, a partir da partesuperior <strong>do</strong>s óculos, atingin<strong>do</strong> a base <strong>do</strong> globo <strong>de</strong>vidro que coroa a parte alta <strong>do</strong> telha<strong>do</strong>.Para os globos <strong>de</strong> vidro foi utilizada umailuminação <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora com lâmpadas <strong>de</strong>sódio <strong>de</strong> 250W, <strong>de</strong> cor alaranjada, crian<strong>do</strong> umcontraste com o ver<strong>de</strong> da cobertura <strong>de</strong> cobre.Projetores assimétricosajudam a <strong>de</strong>stacaras cúpulas das rotundas(aparelho 10B).Projetor <strong>de</strong> fachoconcentra<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>na iluminação dasestátuas (aparelho 8).Fotos: Fabiano Xavier e Alain Maître▼14L U M EA R Q U I T E T U R A


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No espaço <strong>do</strong> telha<strong>do</strong>,os ângulos <strong>de</strong> tirossão muito favoráveisa uma boa iluminaçãopor uniformida<strong>de</strong>.As posições <strong>do</strong>spostes já existentesforam preservadas,mas com substituição<strong>do</strong>s aparelhose altura <strong>de</strong> fixação.No espaço <strong>do</strong> telha<strong>do</strong>, os ângulos <strong>de</strong> tirossão muito favoráveis a uma boa iluminação poruniformida<strong>de</strong>, tanto para a águia como para agran<strong>de</strong> cúpula, e permitem uma iluminação global<strong>do</strong>s elementos marcantes <strong>de</strong>sta parte <strong>do</strong> prédio,que são muito visíveis tanto da Praça Florianoquanto por quem passa pelo Aterro.Adaptan<strong>do</strong> a iluminação <strong>do</strong> entornoPara maximizar o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste projeto, foinecessário o redimensionamento da iluminaçãoexistente em certas partes. O sistema instala<strong>do</strong>nas laterais, <strong>de</strong> véu por projeção à distância, foimanti<strong>do</strong> para evitar uma total ruptura entre osistema mais elabora<strong>do</strong> da fachada principal e asFotos: Fabiano Xavier e Alain Maîtrelaterais mais singelas. As posições <strong>do</strong>s postesforam preservadas, mas houve substituição <strong>do</strong>saparelhos e da altura <strong>de</strong> fixação <strong>do</strong>s mesmos,para permitir um controle mais preciso da iluminaçãoprojetada em direção às partes “menosnobres” <strong>do</strong> prédio, além da redução da potência.Isto fica mais visível <strong>do</strong> la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong> da construção,já que para o la<strong>do</strong> direito a presença <strong>de</strong>muitas árvores dificulta a regularida<strong>de</strong> da iluminaçãoprojetada (ver foto na página 10).A iluminação pública da calçada <strong>do</strong> la<strong>do</strong>esquer<strong>do</strong> também foi modificada, em razão daincompatibilida<strong>de</strong> estética entre a edificação e omobiliário <strong>de</strong> iluminação utiliza<strong>do</strong>. Este sistema éabsolutamente necessário para tornar mais seguroo trânsito <strong>de</strong> pessoas nas entradas laterais e nasbilheterias, proporcionan<strong>do</strong> o a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> nível <strong>de</strong>iluminância ao passeio e às escadarias. Comaltura <strong>de</strong> montagem <strong>de</strong> cinco metros e meio, asnovas luminárias proporcionam, além <strong>de</strong> um bomnível <strong>de</strong> iluminação no solo, a projeção <strong>de</strong> umailuminação <strong>de</strong> volume complementar para asfachadas. As luminárias <strong>de</strong> época situadas <strong>de</strong> umla<strong>do</strong> e <strong>de</strong> outro da entrada principal, por fazeremparte da composição original, foram recuperadase mantidas acesas, para leve contribuiçãoluminosa às escadarias, equipadas com lâmpadasfluorescentes compactas, com 2700K <strong>de</strong>temperatura <strong>de</strong> cor, para possibilitar uma perfeitareprodução <strong>de</strong> cores quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> acesso daspessoas ao <strong>Teatro</strong>.Critérios <strong>de</strong> especificaçãoAs luminárias, lâmpadas e equipamentos <strong>de</strong>controle foram <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s visan<strong>do</strong> à obtenção damelhor combinação possível entre rendimentoluminoso, consumo, possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutençãoe o almeja<strong>do</strong> equilíbrio estético.Tatiana Teles é jornalista e Assessora <strong>de</strong> Imprensada Atelier LumièreFicha TécnicaProjetorojetores:es: Faeber Lumi (mo<strong>de</strong>los Tau, Zeta, Delta,Speddy, Maxi Truck), Schré<strong>de</strong>r (mo<strong>de</strong>los Corus e Focal)e Indalux (Zeus IZX-S e IZX-C) ● Lâmpadas: Philips▼16L U M EA R Q U I T E T U R A


Cria<strong>do</strong>res <strong>do</strong> ProjetoFabiano Xavier é arquiteto, forma<strong>do</strong> pelaÉcole d’Architecture <strong>de</strong> Paris-Belleville (1995),lighting <strong>de</strong>signer e gerente <strong>de</strong> criação daCitéluz, entre 1999 e 2002. Arquiteto titularda Atelier Lumière, coor<strong>de</strong>na a criação e orelacionamento com o merca<strong>do</strong>.Foto: Divulgação ElPasoAlain Maître é lighting <strong>de</strong>signer, suíço,com formação em eletrônica e vastaexperiência em iluminação, inclusive <strong>de</strong>espetáculos e exposições. Trabalhou trêsanos na Citéluz. Sócio funda<strong>do</strong>r da AtelierLumière, coor<strong>de</strong>na criação e supervisiona aexecução <strong>de</strong> projetos.Um espetáculo ao ar livre inaugurou a nova iluminação <strong>do</strong> <strong>Teatro</strong> <strong>Municipal</strong>.L U M EA R Q U I T E T U R A17▼

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