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Ivanildo GOMES<br />
POR QUEM<br />
OS SINOS DOBRAM?<br />
famoso escritor norte-americano, Ernest Hemingway, escreveu<br />
um livro que veio a tornar-se um clássico da literatura mundial<br />
intitulado “Por quem os sinos dobram”. O título foi tirado por ele<br />
do poema de outro escritor, que termina mais ou menos assim:<br />
“NUNCA PERGUNTES POR QUEM OS SINOS DOBRAM; ELES DO-<br />
BRAM POR TI”. Ele quer dizer que, mais cedo ou mais tarde, todos<br />
seguirão o caminho comum de todos os homens, todos morrerão.<br />
REALIDADE E MITO<br />
A morte sempre foi um mito, um mistério, uma<br />
inconformidade da raça humana. Nossos entes<br />
queridos se vão, pessoas já não mais fazem parte<br />
dos nossos círculos de amizades. A separação é,<br />
muitas vezes, brutal, e tudo caminha inexoravelmente<br />
para a mesma direção: a morte do corpo, e,<br />
muitas vezes, da memória, da história, das lembranças<br />
para aqueles que não plantaram coisas<br />
dignas de fazê-los vivos e lembrados, depois da<br />
sua ida.<br />
Retratada como uma velha feia e enrugada,<br />
encurvada e carregando uma foice igualmente<br />
arqueada, a morte é dita como andando à procura<br />
de suas “vítimas” para cortar-lhes o pescoço<br />
com aquela carinhosa ferramenta. Rodeada de<br />
mistérios e suposições, temida, mas nem sempre<br />
evitada, ela chega muitas vezes mais cedo<br />
para aqueles que vivem de maneira irresponsável,<br />
irrefletida, correndo riscos desnecessários,<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>MDA</strong>