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Revista_MDA_N10

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Ivanildo GOMES<br />

POR QUEM<br />

OS SINOS DOBRAM?<br />

famoso escritor norte-americano, Ernest Hemingway, escreveu<br />

um livro que veio a tornar-se um clássico da literatura mundial<br />

intitulado “Por quem os sinos dobram”. O título foi tirado por ele<br />

do poema de outro escritor, que termina mais ou menos assim:<br />

“NUNCA PERGUNTES POR QUEM OS SINOS DOBRAM; ELES DO-<br />

BRAM POR TI”. Ele quer dizer que, mais cedo ou mais tarde, todos<br />

seguirão o caminho comum de todos os homens, todos morrerão.<br />

REALIDADE E MITO<br />

A morte sempre foi um mito, um mistério, uma<br />

inconformidade da raça humana. Nossos entes<br />

queridos se vão, pessoas já não mais fazem parte<br />

dos nossos círculos de amizades. A separação é,<br />

muitas vezes, brutal, e tudo caminha inexoravelmente<br />

para a mesma direção: a morte do corpo, e,<br />

muitas vezes, da memória, da história, das lembranças<br />

para aqueles que não plantaram coisas<br />

dignas de fazê-los vivos e lembrados, depois da<br />

sua ida.<br />

Retratada como uma velha feia e enrugada,<br />

encurvada e carregando uma foice igualmente<br />

arqueada, a morte é dita como andando à procura<br />

de suas “vítimas” para cortar-lhes o pescoço<br />

com aquela carinhosa ferramenta. Rodeada de<br />

mistérios e suposições, temida, mas nem sempre<br />

evitada, ela chega muitas vezes mais cedo<br />

para aqueles que vivem de maneira irresponsável,<br />

irrefletida, correndo riscos desnecessários,<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>MDA</strong>

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