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Há uma certeza profunda de que a existência<br />
continua, que há uma possibilidade de reencontro,<br />
e que nós não somos como os animais, que<br />
apenas morrem e viram componentes orgânicos<br />
para o solo, e nada mais que isso. Para os seres<br />
humanos há esperança, há a certeza de continuar<br />
existindo, e a possibilidade de tornar essa existência<br />
saudável, prazerosa e cheia de deleites e<br />
alegrias.<br />
O QUE VEM DEPOIS?<br />
Se nós podemos acreditar na imortalidade da<br />
alma, na continuação da existência após a morte,<br />
podemos também crer na existência de céu e<br />
inferno. E, assim sendo, todos sabem e acreditam<br />
também haver critérios de distinção entre os dois<br />
lugares, existindo um para recompensar o bem e<br />
o outro para punir o mal. Logo, as nossas escolhas<br />
e atitudes, aqui em baixo, são fundamentais<br />
para definir o nosso estado futuro, o que não pode<br />
ser alterado por nada que nossos entes queridos<br />
que ficam possam fazer, nem no Dia de Finados<br />
nem em qualquer outro dia. Tudo que acontecerá<br />
conosco depois, será em decorrência de nossas<br />
escolhas e do nosso próprio trabalho, não das<br />
ações de outros. Na verdade, o grande trabalho e<br />
o grande preço já foi feito e pago por Cristo, na<br />
cruz, e é com Ele que nós temos de nos acertar<br />
antes de passar daqui para lá, para que possamos<br />
continuar certos ao chegar na glória. Caso contrário,<br />
nem sequer chegaremos lá, no céu, pois<br />
não existe a possibilidade de acertos posteriores.<br />
DOBRAM POR QUEM MESMO?<br />
Hemingway pergunta por quem os sinos dobram.<br />
O autor do poema citado por ele responde<br />
que os sinos “dobram por ti”. Ele quer dizer que,<br />
mesmo estando vivos, cada vez que os sinos dobram<br />
por alguém que morre, eles também estão<br />
dobrando por nós. Aquele autor diz que ninguém<br />
é uma ilha, e que nós estamos inseridos no contexto<br />
de toda a humanidade. Querendo ou não, todos<br />
somos parte uns dos outros. Ainda, querendo<br />
ou não, sendo parte uns dos outros, morremos um<br />
pouco junto com todos aqueles que morrem antes<br />
de nós. Assim, os sinos dobram por nós, anunciam<br />
que não somos eternos aqui em baixo, e que precisamos<br />
aproveitar bem o tempo que nos resta.<br />
HÁ VIDA DEPOIS!<br />
O segredo para viver eternamente? É Cristo!<br />
Ele disse para as irmãs de Lázaro: “Eu sou a ressurreição<br />
e a vida. Quem crê em mim, ainda que<br />
esteja morto, viverá” (João 11.25). A Bíblia compara<br />
a existência humana à erva, a plantinha de<br />
vida curta que enche os campos. “Toda a carne<br />
é como a erva, e toda a glória do homem, como<br />
a flor da erva. Seca-se a erva, e cai a sua flor...”<br />
(I Pedro 1.24). Mas diz também em I João 2.17:<br />
“Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência, mas<br />
aquele que faz a vontade de Deus permanece para<br />
sempre”. Dessa forma, ainda que os sinos dobrem<br />
por mim, a mão de Cristo também se estende para<br />
mim, para que eu viva eternamente.<br />
Ivanildo Gomes, 48, é pastor-adjunto<br />
na Igreja da Paz Fortaleza. É teólogo,<br />
advogado, especialista em Missões e<br />
Educação, Mestre em Teologia, diretor do<br />
Sistema de Ensino <strong>MDA</strong>, autor de vários<br />
livros, editor-chefe da <strong>Revista</strong> <strong>MDA</strong> e da<br />
<strong>MDA</strong> Publicações.<br />
direcao@revistamda.com<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>MDA</strong>