Revista_MDA_N10

Ivanildo Gomes
Carta ao Leitor
Omundo nem bem se recuperou da crise de
2008, se é que houve recuperação, e já luta
para enfrentar a mais recente crise, que tem
assolado a economia de muitos países, especialmente
no Ocidente. No caso do Brasil, a situação parece
mais crítica.
Especialistas preveram que 2015 traria uma crise
de proporções grandes para a economia brasileira.
Com pilares frágeis, pois dependemos do equilíbrio
da economia americana, europeia e chinesa, a economia
brasileira luta para se manter estável, diante
das pressões internas e externas. Eles disseram que
as marcas da crise de 2015 seriam a volta da inflação,
a alta exagerada do dólar americano e restrições de
crédito. Não precisaram de bola de cristal, e as suas
previsões, infelizmente, estão se cumprindo.
Não bastassem as pressões do mercado, o Brasil
sofre também os efeitos de uma séria crise política,
com corrupção, desvio de dinheiro e a desmoralização
internacional de sua maior multinacional. Isto
sem contar com a queda de braço que se instalou,
entre a oposição e o governo.
O que é que isso tem a ver com a igreja? Muito.
Apesar de ser corpo de Cristo, sal da Terra e luz do
mundo, a igreja está situada entre as instituições sociais
que compõem a nossa nação. Os cristãos vendem,
compram, são empregados, empregadores, importam,
exportam, alugam, etc. Jesus disse que o Pai
do céu “faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama
chuva sobre justos e injustos” (Mateus 5.45). Não
gostaríamos que assim fosse, mas as secas e o frio
acometem crentes e não crentes igualmente.
A diferença do cristão é que ele tem uma esperança
viva. O cristão conta com um aliado poderoso
que é a graça de Deus e o auxílio do Espírito Santo. O
cristão tem irmãos e família em quem se apoiar e se
planejar para o futuro. O cristão faz como a formiga,
que guarda no verão para comer no inverno. Ele é um
bom administrador dos bens que pertencem a Deus,
e que coube a ele administrar, em prol de sua família,
de si mesmo e do Reino de Deus.
Porém, todos nós sabemos que não é exatamente
assim. Muitos cristãos têm dificuldades de economizar
e de administrar corretamente os seus bens
e recursos. Por isso mesmo, em tempos de crise, é
importante trazer à tona assuntos que vão ajudar a
todos nós a passar por ela, sem arranhões e prejuízos
maiores.
Nesta edição, falamos de finanças, finanças na
igreja e finanças na vida pessoal. Você verá que a Bíblia
fala muito de dinheiro. Cerca de setenta por cento
das parábolas de Jesus têm a ver com dinheiro e
finanças. Dinheiro é um dos temas mais recorrentes
na Palavra de Deus.
Aqui, você encontrará instruções para lidar com
as finanças pessoais, com as finanças da família e
da igreja. E esperamos que você, não somente, esteja
entre aqueles que creem na graça soberana de
Deus, mas também venha dar passos sábios, em
termos de economia e uso coerente dos recursos
que Deus lhe dá.
Mas, não falamos somente de finanças. Os temas
recorrentes do MDA estão aqui. Há ferramentas e
subsídios para que sejamos bons despenseiros da
multiforme graça de Deus, em todas as áreas, para
a glória de Jesus.
Boa leitura, e muita bênção de Deus.
O editor
Revista MDA | 3

SUMÁRIO
Revista MDA
Visão escrita para ler e viver
Out-Nov-Dez 2015
Revista cristã focada no crescimento da igreja, discipulado,
células, evangelismo, missões e liderança.
Fórum de debates para igrejas e lideranças que
partilham mesmos valores e propósitos. Palco para
apresentação de ideias e debates sobre o que Deus
está fazendo no mundo eclesiástico contemporâneo,
mas especificamente, nas igrejas em grupos
pequenos nos lares.
Diretor Geral
Ivanildo Gomes | direcao@revistamda.com
Diretor Administrativo
Whodson Almeida | comercial@revistamda.com
Jornalista Responsável
Israel Gomes | redacao@revistamda.com
Redação e Edição
Ivanildo Gomes & Israel Gomes
redacao@revistamda.com
Diagramação, Arte e Capa
Jean Lins | arte@revistamda.com
Revisão
Rebeca Kelly | rebek_kelly@hotmail.com
Colaboradores desta edição
Abe Huber, Cléa Gomes, Edina Crispiniano, Erivaldo
Amaral, Hermes Monteiro, Luciano Subirá, Ricardo
Bentes, Sandro Oliveira e Whodson Almeida.
Elogios, críticas e sugestões de pauta
contato@revistamda.com
30 | CAPA
PRINCÍPIOS FINANCEIROS
ALTAMENTE BÍBLICOS
36 | RICARDO BENTES
GESTÃO FINANCEIRA
EM IGREJAS
38 | HERMES MONTEIRO
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE
DAS FINANÇAS NA VIDA PESSOAL
E NAS ORGANIZAÇÕES
42 | WHODSON ALMEIDA
NA CRISE FINANCEIRA,
O QUE FAZER?
Tiragem desta edição
10.000 exemplares
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Visão escrita para ler e viver
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4 | Revista MDA
44 | LUCIANO SUBIRÁ
O PRINCÍPIO
DO ORÇAMENTO
e mais
8 | ABE HUBER
CUIDANDO BEM DE TODAS AS OVELHAS
22 | IVANILDO GOMES
POR QUEM OS SINOS DOBRAM?
26 | SANDRO OLIVEIRA
O CORAÇÃO NA PONTA DO CAJADO

Discipulado FÁCIL
O DISCIPULADO FÁCIL, DE LONGE, NÃO É APENAS UM LIVRO!
Muitas perguntas têm sido feitas sobre discipulado
nas últimas décadas. E o livro Discipulado Fácil
tem sido usado como uma fonte de inspiração
para sanar estas questões. Por isso, o pastor Elvis Oliveira
sentiu a necessidade de transformar o seu livro em um
curso presencial. Curso este — baseado na publicação —
que tem a capacidade, de forma simples e clara, de nos
deixar face a face com o “ide de Jesus”, conforme Mateus
28.19.
O curso tem sido, sem dúvida nenhuma, um instrumento
poderoso que Deus tem usado para a edificação
da Igreja, ensinando princípios bíblicos e a expansão do
Reino de Deus. Tem como característica ser interdenominacional,
podendo ser ministrado em qualquer Igreja,
cultura ou país. Vale ressaltar que já temos versões em
espanhol e inglês, pois países como a Alemanha, Suíça,
Holanda, Portugal e outros estão abrindo portas para o
MDA e utilizando essa ferramenta para o aperfeiçoamento
dos santos.
Podemos dizer que a visão de discipulado profundo
tem sido levada às nações em forma de literatura e ministrações
poderosas de homens de Deus, como o pastor
Elvis Oliveira. Não é apenas resultado de um método de
treinamento, mas sim de um princípio aplicado, vivenciado
e, hoje, multiplicado na vida de outros.
Já são dezenas e dezenas de Igrejas debaixo da Visão
MDA que, em momentos de transição, têm de forma concentrada,
passado aos seus membros este curso, trazendo
uma consciência de cuidado através destes temas:
1. Origem do discipulado;
2. O padrão do discipulado;
3. A relação do discípulo com o discipulado;
4. Qualificação do discipulador;
5. Fazendo discípulos;
6. Abusos no discipulado;
7. Discipulado com eficácia;
8. Os três níveis do discipulado;
9. A visão de um discipulado profundo;
10. O que é discipulado vitalício.
Este é o depoimento do pastor Joel Cardoso Júnior, da
Igreja Metodista Renovada, no estado de São Paulo, após
receber o curso Discipulado Fácil em sua Igreja: “O alvo
do curso é que cada vida alcance outra vida para Cristo,
fazendo a Igreja crescer com qualidade e quantidade
para honra e glória de Jesus Cristo, rompendo barreiras e
fronteiras. O curso Discipulado Fácil, com certeza, é uma
das ferramentas que Deus tem nos dado para alcançar as
multidões para Ele, e cremos que foi um marco na vida de
cada discípulo e discipulador dentro desta denominação”.
Entre muitas atribuições dadas ao curso, são três áreas
específicas que se trabalha fortemente:
• Tira as dúvidas de todos os líderes e membros da igreja
ou congregação;
• Dá clareza e mostra o grande mandamento sobre o IDE
e FAZER discípulos;
• Traz unidade e parceria entre igrejas e lideranças para
juntos ganharmos muitas almas e cuidar bem delas,
através do discipulado.
O pastor Elvis Oliveira conta, hoje, com mais três livros:
1. Critérios práticos de um líder de célula;
2. Prestação de contas no discipulado (Elvis Oliveira e
Marivaldo Rodrigues);
3. Células e discipulado - Implantação com sucesso
(Implantação do presbitério de governo em uma transição).
Elvis Oliveira, escritor,
conferencista e pastor da Igreja
da Paz Sorocaba (SP). É casado
com a pastora Elisete Gomes
de Oliveira e tem dois filhos
(Elisa Larissa e Elvis Júnior).
Ministério Paz Sorocaba: (15) 3326.6005 | 98104.6548
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Edina CRISPINIANO
O PERIGO DA
FOME ESPIRITUAL
“Por aquele tempo, em dia de sábado, passou
Jesus pelas searas. Ora, estando os seus
discípulos com fome, entraram a colher espigas
e a comer” (Mateus 12.1).
Opovo está com fome espiritual. Atualmente,
temos visto a nova geração matando
pai, mãe, pai matando filhos, aumento da
prostituição, nunca houve tantos casos de
pedofilia, de violência, de desvalorização da
imagem e semelhança de Deus.
Precisamos entender que a alma não anda sozinha;
ela precisa de companhia ou do Espírito Santo,
ou do espírito maligno. Se nós não ocupamos essa
geografia do corpo humano com o Espírito Santo, a
fome será tanta que os discípulos vão comer qualquer
coisa que veem na frente. Então, se a alma não
estiver acompanhada pelos ensinos espirituais, com
fome, ela começará a buscar alimentos não saudáveis
para suprir essa carência.
Nossa alma funciona da seguinte forma:
Se ela vai ao culto, alimenta-se, adora, tem comunhão
com os irmãos. Ela vai sair feliz, dizendo: “Que
culto maravilhoso!” Sai cantando a música do momento
do louvor, sai da igreja repetindo o que o Espírito
Santo pregou. Ela fica muito alegre.
Se a alma vai ao baile, ela dança a noite toda,
bebe, fica cheia de uma falsa e momentânea alegria,
e diz: “Me diverti muito ontem. Estou de ressaca, mas
foi muito bom. Bebi muito, beijei muitoooo!” A alma
não fica sozinha, ou ela está acompanhada de coisas
espirituais santas, ou está de coisas espirituais
profanas. E tem horas que ela se alimenta de coisas
espirituais, e horas que se alimenta de coisas carnais.
Por isso, o discipulador deve estar cheio da plenitude
do Espírito Santo para alimentar o discípulo.
1. TODO LÍDER DE CÉLULA TEM MUITA FOME
Quando o líder não alimenta o liderado espiritualmente,
ele enfraquece e começa a buscar comida em
outros lugares, e também no mundo. A consequência
disso é que a célula não se alimenta, pois o líder não
tem comida espiritual para dar, e, assim, morre mais
uma força da igreja em células. Esta força está nas células
em unidade na igreja.
Um exemplo de um líder que passa fome espiritual
é quando a célula fica estagnada, sempre as
mesmas pessoas. Começam as fofocas, as ovelhas
começam a faltar na célula, pois a grama mais verde
está na igreja. Começam as intigras, pois a tendência
da alma é buscar as coisas da carne. Mas, se o líder
está cheio de comida espiritual, as células ficarão
também cheias dela, aí crescem e multiplicam.
Todo líder deve saber subjulgar a alma e elevar o
espírito. Isso só se faz com leitura da Palavra e oração.
O que não pode é alimentar a alma dentro das
células, nas celebrações da igreja, e depois, o líder
muda o cardápio da célula com o desânimo, chega
atrasado, cancela células; ele não tem uma vida de
oração, de leitura da Palavra. O líder espiritual vive
das coisas espirituais.
Mateus 12.33 diz: “Ou fazei a arvore boa e o seu
fruto bom ou a arvore má e o seu fruto mau; porque
pelo frutos se conhece a árvore”. O mundo está com
fome e cabe a nós, do Reino de Deus, alimentá–lo
com a boa comida, que é a Palavra de Deus.
Em Lucas 22.29,30, Jesus disse: “Assim como meu
Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio, para que comais
e bebais à minha mesa no meu reino; e vos assentareis
em tronos para julgar as doze tribos de Israel”.
6 | Revista MDA

Deus entregou o Reino Dele a Jesus, e Jesus nos
entregou. E agora? Ele confiou o Reino de Deus em
suas mãos!
2. DISCÍPULOS NÃO MEDEM ESFORÇOS PARA
ALCANÇAR COMIDA
“Ora, estando os seus discípulos com fome, entraram
a colher espigas e a comer” (Mateus 12.1). Os
discípulos de Jesus estavam com fome e era em um
sábado. Eles entraram no campo e colheram a boa
comida, e Jesus começou a colher as boas espigas
para eles.
Vemos que Jesus anda no meio da
colheita. Isso quer dizer que temos
que andar no meio do povo que está
com fome e alimentá-lo com a comida
espiritual. Cabe ao líder levar seus
liderados ao local onde há pessoas
com fome e alimentá-las. Ele deve
levar os discípulos onde tem almas
sedentas.
As almas estão lá fora; não estão
dentro das igrejas, mas no campo.
Isso quer dizer que o líder deve levar sua célula para
evangelizar, para socorrer os aflitos, pois os que estão
com fome estão lá fora, nos campos, prontos
para serem colhidos.
Discípulo bem alimentado é o que ora, que lê a
Palavra, jejua para que o Espírito Santo mostre onde
está o campo da colheita reservada para aquela célula.
Esse líder e seus liderados, com essa boa comida,
vão libertar os cativos, tirar algemas, curar, levar
luz onde há trevas, consolar os que choram, tirar as
cinzas e colocar o óleo da alegria, em vez de pranto.
Tem uma multidão com fome esperando por essa
comida espiritual, e um discípulo bem alimentado
nunca irá sozinho, pois seus liderados irão acompanhá-lo
para receber o bom alimento.
3. DISCÍPULOS COM FOME ESPIRITUAL NÃO SE
APEGAM AOS VALORES PEQUENOS
Se o discípulo vê um pão com mofo, ele tira o
mofo, pois sabe que o miolo está bom. Ele olha com
“Discípulo bem
alimentado é o que
ora, que lê a Palavra,
jejua para que o Espírito
Santo mostre onde está
o campo da colheita
reservada para aquela
célula”.
profundidade. Se vê alguém no campo com fome,
ele vai querer alimentar essa pessoa, cuidar das feridas,
pois sabe que ali dentro será a casa do Espírito
Santo. Mas, quando foca no mofo, e não lembra do
miolo, esse discípulo não cresce, pois seu foco é externo,
nas coisas pequenas.
As pessoas que estão nos campos de colheitas
estão com mofo. É preciso ter visão espiritual, pois o
discípulo sabe que cada pessoa não salva está com
mofo colocado por nosso inimigo. Com esse discernimento,
ele colhe e tira o mofo; o Espírito Santo
passa a habitar o corpo do novo convertido
e a colheita é feita.
Viemos ao mundo para ajuntar a
grande colheita, que são as almas;
mas, parece que os espinhos estão
tomando conta das igrejas. Pois, hoje
em dia, tudo é normal. Você não sabe
mais quem é crente e quem não é. O
que precisamos fazer é levar a igreja
ao mundo, e não trazer o mundo para
dentro da igreja.
O discípulo rebelde nunca sente
fome, acha que, na hora da célula, pode preparar
tudo em dez minutos antes da reunião. Não raras
vezes, ele troca a oração, a leitura da Palavra pela
televisão, por redes sociais, pois não sente fome da
verdadeira comida. Esse discípulo alimenta a alma,
mas deixa o espírito com fome.
Deus falou para Ezequiel (3.1): “come este rolo”. O
discípulo bem alimentado é uma brasa viva, uma tocha
que por onde passa ilumina a multidão. A prova
disso é que, em Mateus 5.13-16, Jesus disse que nós
somos o sal da terra e a luz do mundo. Assim, essa luz
precisa de mais lâmpadas para clarear o mundo.
A apóstola Edina
Crispiniano da Silva
é casada com o apóstolo
Gedeão Souza da Silva,
e juntos são os presidentes
da Igreja Batista Nova
Ebenézer.
Rua Luiza de Carvalho, 79 - Vicente de Carvalho - Rio de Janeiro - RJ - CEP 21371-250 - FONE: (21) 3391.0300
Revista MDA | 7

Abe HUBER
CUIDANDO BEM
DE TODAS AS OVELHAS
As minhas ovelhas vaguearam por todos
os montes e por todas as altas colinas. Elas
foram dispersas por toda a terra, e ninguém
se preocupou com elas nem as procurou
Ezequiel 34.6
8 | Revista MDA

Deus via a nação de Israel
como um grande rebanho
do qual Ele sempre
foi o Pastor-Mor, o cuidador
amoroso e responsável.
Uma prova disso é o verso
emocionado do salmista quando
expressa, colocando-se no lugar de
toda a gente: “O Senhor é meu pastor”
(Jeová Rohí. Salmo 23.1).
Contudo, esse Pastor amoroso e
responsável gosta de delegar responsabilidades
e repartir funções.
Na Antiga Aliança, Ele escolheu os
sacerdotes e profetas para serem
Seus pastores auxiliares, para Lhe
ajudarem a cuidar da saúde espiritual
da nação, e não deixar que
as “ovelhas” fossem enganadas ou
comidas pelos predadores, nem
vagassem perdidas como se não
tivessem pastor. Na Nova Aliança,
o apóstolo Pedro diz que todos nós
somos sacerdotes desse Supremo
Pastor e, portanto, copastores Seus
no cuidado de todas as ovelhas (I
Pedro 2.9).
Os cuidadores do antigo Israel
nem sempre cumpriram o seu papel.
Por isso mesmo o Senhor constantemente
os relembrava de sua
função e insistia para que a desempenhassem
com responsabilidade e
amor. Um destes exemplos bem claros
aparece em Ezequiel capítulo 34.
O texto mencionado acima traz
forte ênfase nos cuidados e responsabilidades
que devem recair
sobre os pastores e líderes. No
sentido original e literal, o texto
traz cobrança e advertência sobre
todos os pastores de Israel. Mas,
o Israel de hoje, simbolicamente
falando, é a Igreja e sua liderança.
Assim, o texto tem tudo a ver
conosco, líderes na igreja de Jesus
dos dia atuais.
Devemos cuidar bem do rebanho
de Deus, mas primeiro devemos
cuidar de nós mesmos,
conforme Paulo aconselhou aos
presbíteros de Éfeso, em Atos
20.28. Este é um bom conselho,
mas Ezequiel está se posicionando
contra os pastores que somente
cuidam de si mesmos. Ele diz no
verso 3 que eles “comem a coalhada,
vestem-se de lã e abatem
os melhores animais, mas não tomam
conta do rebanho”, o que se
constituía numa séria falta diante
de Deus.
Os pastores em pauta não tinham
providenciado cuidado e
cura para as ovelhas doentes.
Elas estavam soltas, entregues
a si mesmas, como o próprio Senhor
reclama: “As minhas ovelhas
vaguearam por todos os montes
e por todas as altas colinas. Elas
foram dispersas por toda a terra,
e ninguém se preocupou com elas
nem as procurou” (Ezequiel 34.6).
Existem pelos menos cinco tipos
de ovelhas que precisam de nossa
atenção, de acordo com o texto de
Ezequiel, em pauta.
As ovelhas fracas
Elas podem enfraquecer por falta
de revelação, de compromisso,
de fé ou de amor para com Deus.
Eis o que diz o versículo 4: “Vocês
não fortaleceram a fraca nem
curaram a doente nem enfaixaram
a ferida. Vocês não trouxeram
de volta as desviadas nem procuraram
as perdidas. Vocês têm dominado
sobre elas com dureza e
brutalidade”.
Os cuidadores do antigo
Israel nem sempre cumpriram
o seu papel. Por isso mesmo,
o Senhor constantemente os
relembrava de sua função e
insistia para que a desempenhassem
com responsabilidade
e amor.
Algumas faltam aos cultos, não
valorizam a comunhão com os irmãos,
não conseguem vencer certos
pecados e hábitos errados. Às
vezes, essa ovelha não está tendo
problema direto com ninguém,
mas ela precisa de ajuda e encorajamento.
Ela precisa ser fortalecida
com a Palavra, com vínculos de
relacionamentos pela comunhão
dos santos. Ela precisa ser fortalecida
no homem interior com a
graça e a unção do Espírito Santo.
As ovelhas doentes
Doenças podem ser causadas
por uma bactéria, por uma ferida
mal curada, por vírus, água ou comida
estragada, etc.. É responsabilidade
do pastor cuidar das saúde
do seu rebanho. As pessoas doentes
são acometidas por algo patológico.
Aqui é mais fácil julgar. A
fraca, nós sabemos que é convertida,
mas é fraca. Mas a doente, a
nossa tendência é pensar que ela
não é convertida e que não quer
nada. Esta ovelha precisa de cura,
e cura requer maior tratamento do
que somente encorajamento.
O Senhor disse que Ele mesmo
apascentaria as Suas ovelhas com
justiça, cuidando de suas feridas e
enfermidades. Ele disse que as fortaleceria
e ligaria as suas feridas,
trazendo cura e fortalecimento.
Até mesmo sobre as sadias, Ele coloca
a Sua vigilância, para que elas
não se desviem de Sua presença.
O discipulado e o cuidado pastoral
devem cumprir esse papel.
As ovelhas feridas
Neste caso, é preciso enfaixá-la.
A ovelha ferida, num certo sentido,
é mais fácil de cuidar do que a
doente. O diagnóstico é mais fácil,
pois a causa está exposta. Precisa
ser enfaixada.
Revista MDA | 9

Nos tempos bíblicos o pastor
ungia suas ovelhas com azeite, e o
óleo curava as feridas feitas pelos
predadores, também ajudava a repelir
insetos que causavam feridas
profundas. Deus é o seu pastor e
quer curar o seu passado e levá-
-la para longe daqueles que querem
prejudicá-la no presente! As
ovelhas feridas precisam confiar
e abrir seu coração para o Senhor,
pois Ele está atento a sua oração.
As ovelhas desviadas
Devem ser trazidas de volta. Há
muito a dizer sobre isto. São aqueles
que se afastaram do caminho,
ou andam por caminhos complicados
ao redor do aprisco. Erraram
o alvo e ainda pensam que estão
certas.
Conhecer a Jesus significa conhecer
um Salvador digno de confiança.
Precisamos compreender
as razões que as levaram a se afastar
da graça de Deus ou da comunhão
do Corpo: graça para voltar
para Cristo, graça para manter-se
com Cristo, e graça para retornar
a Cristo. Precisamos vivenciar e
levar aos seus corações o texto da
Palavra de Deus, que diz. “Portanto,
dize-lhes: Assim diz o Senhor
dos Exércitos: Tornai-vos para
mim, diz o Senhor dos Exércitos,
e eu me tornarei para vós outros,
diz o Senhor dos Exércitos” (Zacarias
1.3).
As ovelhas perdidas
Este caso é bem mais sério. A
“perdição” destas ovelhas pode
ser algo bem mais complexo, pois
elas podem ter se afastado para
tão longe do aprisco e do pastor
que não sabem mais quem são ou
onde estavam. Estas estão perdidas
interiormente.
Não podemos nos empolgar
com uma grande frequência na
Não podemos nos empolgar
com uma grande frequência
na igreja, com os números
altos. Casa cheia não quer
dizer, necessariamente, saúde
espiritual e compromisso
profundo. Precisamos ter certeza
de que cada pessoa está
profundamente relacionada
com o corpo todo, e servindo
ao Senhor com alegria
igreja, com os números altos. Casa
cheia não quer dizer, necessariamente,
saúde espiritual e compromisso
profundo. Precisamos ter
certeza de que cada pessoa está
profundamente relacionada com o
corpo todo, e servindo ao Senhor
com alegria.
É responsabilidade de cada pastor
e líder garantir que ninguém
esteja distante da comunhão do
corpo. Todos os supervisores, e
até líderes de célula, devem chamar
para si a responsabilidade de
ir atrás das ovelhas, seja em qual
condição mencionada em que se
encontrem.
Ezequiel 34.4 diz que os pastores
dominaram com dureza e
brutalidade sobre as ovelhas. Deve
ser o contrário: devemos ser amorosos,
solícitos, e garantir que todo
mundo seja bem tratado, amado, e
receba palavras claras, onde a motivação
e o coração do pastor seja
claramente comunicado, sem deixar
dúvida alguma.
Devemos nos humilhar muito,
pedir muito perdão, quando as ovelhas
têm qualquer queixa. Quando
assim o fazemos, temos surpresas
esclarecedoras, mas nem sempre
agradáveis, pois descobrimos que
em algum lugar, de alguma forma,
“pisamos na bola”. O sucesso não
justifica algumas atitudes erradas
para com os outros. Precisamos
garantir que nenhuma ovelha fique
triste por nossa causa.
CONCLUSÃO
Quando temos um espírito de
amor, carinho e humildade, mesmo
aquelas que se afastam sabem
que nós temos um coração voltado
para o seu bem-estar. Muitos
desses sabem que devem voltar, e
quando falam da razão de estarem
fora, atribuem a causa a si mesmos,
e não á igreja ou aos líderes.
Alguns estão fora porque estão feridos
consigo mesmos, e não com
outras pessoas da igreja.
Hoje, qualquer igreja que prega
na unção do Espírito, vai atrair
pessoas. Mas não podemos atrair
pessoas por um lado e ferir muitas,
por outro lado.
A pessoa pode estar doente
como for, mas se tiver alguém que
acredita nela e demonstra essa
fé e confiança, afirmando-a e demonstrando
fé e confiança, a pessoa
vai vencer. Palavras de fé, com
encorajamento santo, vão garantir
que a pessoa encontrará forças
para reagir e vencer as lutas, dificuldades
e limitações.
Sejam quais forem as causas
que levam alguém a se distanciar
do rebanho, devemos cuidar para
que ninguém fique sem cuidado,
sem assistência. Tudo que estiver
ao nosso alcance deve ser feito
para que ninguém se afaste do
convívio da igreja, da célula e do
discipulado.
Abe Huber é diretor
e pastor presidente da
Base Regional da Igreja
da Paz Fortaleza (CE).
Supervisor da Igreja da
Paz Sede Regional Santarém
(PA). Idealizador
e gestor da Visão MDA.
10 | Revista MDA

Revista MDA | 11

Israel GOMES
ANALFABETISMO
BÍBLICO
“Respondeu-lhes Jesus:
Errais, não conhecendo as
Escrituras nem o poder de
Deus” (Mateus 22.29).
Os cristãos afirmam que a Bíblia é a Palavra de
Deus. Eles têm plena convicção que ela foi divinamente
inspirada por Deus, e que é o seu
manual. Entretanto, apesar de serem conhecedores
dessas verdades, eles estão ignorando a leitura do Livro
Sagrado, desencadeando em um analfabetismo
bíblico nas igrejas.
Um levantamento feito recentemente pela LifeWay
Research, nos Estados Unidos, país mais cristão do
mundo, mostrou que apenas 45% das pessoas que
frequentam a igreja regularmente leem a Bíblia mais
de uma vez por semana; 40% leem de vez em quando,
talvez uma ou duas vezes por mês. A pesquisa revela
que 1 em cada 5 fiéis dizem que não ler as Sagradas
Escrituras diariamente.
Esse problema pode vir desde o berço. Isso porque
uma pesquisa feita Sociedade Bíblica Britânica, divulgada
ano passado, identificou que muitas crianças
daquele país desconhecem histórias famosas da Bíblia.
Quando dada uma lista de histórias, quase um
terço das crianças não associou o nascimento de Jesus
como parte do Livro Sagrado, e mais da metade (59%)
não sabia que está na Bíblia o engolimento de Jonas
por um grande peixe.
Mas, os pais britânicos não ficam atrás dos filhos.
Cerca de 30% deles não sabiam que as figuras de
Adão e Eva, Davi e Golias ou o Bom Samaritano estão
na Bíblia, conforme a pesquisa. Para piorar a situação,
27% responderam que o Superman é ou pode ser uma
história bíblica. E ainda, 54% afirmaram que Jogos Vo-
12 | Revista MDA

azes é ou pode ser uma passagem contida na Palavra
de Deus, e um terço dos pais pesquisados acredita o
mesmo sobre Harry Potter.
DOUTRINAS ANTIBÍBLICAS
O estudo da LifeWay Research mostra que a falta
de conhecimento das Escrituras leva as pessoas a não
seguir a doutrina bíblica. Entre os cristãos americanos
pesquisados, 67% acreditam que o céu é um lugar
real e 45% creem que há muitas maneiras de chegar
até lá.
Conforme o levantamento, mais da metade dos
evangélicos (59%) acredita que o Espírito Santo é
uma força e não uma Pessoa, o que reflete um contraste
com o ensino bíblico da Trindade, ou seja, três
Pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) formando o ser
único de Deus. No geral, muitos cristãos têm pontos
de vista antibíblicos sobre o inferno, o pecado, a salvação,
Jesus, a humanidade e a própria Bíblia.
Outro contraste, revelado no levantamento, é que a
maioria dos cristãos tem o desejo de se tornar seguidores
maduros de Cristo. Dos entrevistados, 90% dos
fiéis afirmaram que têm o desejo de agradar e honrar
a Jesus em tudo o que faz e quase 60% disseram
que refletem diariamente sobre as verdades bíblicas.
Entretanto, para alcançar essas duas metas, é preciso
conhecimento da Palavra de Deus, e isso é adquirido
através da leitura e meditação.
TRATAMENTO DA EPIDEMIA
De acordo com o presidente da LifeWay Research,
Ed Stetzer, as células são a chave para combater e
mudar a epidemia do analfabetismo bíblico. Ele pontua
que as quatro facetas mais importantes dos pequenos
grupos são: ligação (relacionamentos), reprodução
(multiplicação), assimilação (aprendizado) e
transformação (mudança).
Segundo Stetzer, as células com essas quatro características
conectam as pessoas em relacionamentos
genuínos, em um ambiente em que a Bíblia é ensinada,
discutida, valorizada e praticada.
Ele afirma ainda que, através dos pequenos grupos,
as pessoas são inspiradas a ler mais a Bíblia, não por
obrigação, mas porque sabem da alegria dessa ligação
entre elas e Deus por meio da sua Palavra.
Israel Gomes, 27, é o jornalista responsável da Revista MDA.
Revista MDA | 13

IGREJA É A INSTITUIÇÃO
MAIS CONFIÁVEL DO BRASIL
A igreja é a instituição que detém
a maior confiança dos brasileiros,
enquanto o governo, o parlamento
e os partidos políticos
são os que geram a maior desconfiança.
Esse é o resultado de uma
pesquisa divulgada no começo do
segundo semestre deste ano pela
Confederação Nacional do Transporte
(CNT).
De acordo com o levantamento,
43% dos brasileiros sempre confia
nas igrejas. Em segundo lugar, vem
as Forças Armadas, com 19,2%. Na
sequência, vêm a imprensa, com
13,2%, seguida pela Justiça, com
10%, e pela Polícia, que tem a plena
confiança de apenas 8,9% das
pessoas entrevistadas.
As maiores taxas de desconfiança,
conforme o estudo, se refletiram
nas instituições políticas do
país. No caso do governo, somente
2% dos entrevistados demonstraram
sempre ter confiança. Os resultados
foram ainda piores para o
Congresso Nacional (1,6%) e para
os partidos políticos (1%).
Ainda segundo o estudo, a taxa
de aprovação do governo da presidente
Dilma Rousseff se situa em
7,7%, com um índice de rejeição
de 70,9%.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas
de 137 municípios de todas
as regiões do país. A margem de
erro da pesquisa é de 2,2%.
NÚMEROS
Automóveis
O Brasil possui 49 milhões de automóveis,
segundo dados do Departamento
Nacional de Trânsito
(Denatran). Esse número representa
55,09% da frota brasileira, que é
constituída por 89.080.562 veículos
(automóveis, caminhão, motocicletas,
ônibus, etc.). O Estado São Paulo lidera
o ranking (16.640.880 automóveis);
Roraima é o último da lista (61.101).
Nascimentos
A população mundial teve um acréscimo,
até o início de setembro, de 2,4 milhões
de pessoas. De acordo com o site “Countrymeters”,
esse número representa a
quantidade de nascimentos em todos os
continentes. Ainda segundo a publicação,
a população atual da Terra é de
207.071.506 (49,2% homens e 50,8%
mulheres).
Mortalidade
Infantil
Cerca de 16 mil crianças com menos
de cinco anos morrem diariamente no
mundo, revela novo relatório da ONU
sobre mortalidade infantil. Apesar
desse índice apresentar quedas contínuas
desde 1990, os países ainda não
estão fazendo o suficiente para prevenir
novas mortes.
Os televisores foram os produtos que
observaram maior queda no setor,
com apenas 4,85 milhões de unidades
vendidas no primeiro semestre
deste ano no Brasil. Os dados são da
Associação Nacional de Fabricantes de
Produtos Eletrônicos (Eletros). No mesmo
período do ano passado, foram vendidos
7,93 milhões de aparelhos.
Internet
Os internautas brasileiros passam
uma média de 5,3 horas diárias na
frente do computador pessoal. O levantamento
feito pelo CONECTAí, realizado
em junho de 2015, com mil internautas
que possuem computador
e/ou tablet de todo o país, identificou
ainda que os internautas têm, em média,
1,9 computadores por domicílio.
Refugiados
Cerca de 8.400 refugiados de 81
nacionalidades vivem no Brasil, dos
quais 25% são mulheres. Entre os refugiados
reconhecidos pelo país, os
sírios (2.077) são o maior grupo, com
23% do total, seguidos pela Colômbia,
Angola e a República Democrática do
Congo.
14 | Revista MDA

2ª CONFERÊNCIA
DO MDA - ACRE
Entre os dias 13 a 16 de agosto
foi realizada na cidade de Rio
Branco, Acre, a 2ª Conferência Estadual
da Visão do MDA, com o seguinte
tema: “Os detalhes que fazem
a diferença na Visão do MDA”.
O evento teve como preletores
os pastores Geraldo Oliveira,
Gilvane Batista e Rico Assunção
(Igreja da Paz de Santarém); Jango
Guimarães (Igreja da Paz de Porto
Velho) e Junior Rocha (Igreja da
Paz de Rio Branco).
Foram dias de muita edificação
espiritual e aprendizado sobre detalhes
importantíssimos da visão.
Pastores e líderes que estiveram
presentes saíram com a certeza de
que, a cada ano, essa conferência
tem se tornado importantíssima
para consolidar o MDA no Acre.
Igreja da Paz de Rio Branco
Rua Itamarati nº 53
Bairro João Eduardo II
Fone: (068) 9953.9201 | 9935.4864
Revista MDA | 15

Revista MDA | 17

Cléa GOMES
A
QUE GERA SALVAÇÃO
H
oje em dia, temos visto
muitos valores trocados, as
virtudes e os princípios ensinados
por Jesus sendo esquecidos. Infelizmente,
uma grande parte da sociedade
os acha ultrapassados, irrelevantes.
Ou, por outro lado, é como
se estivéssemos voltando para a
Velha Aliança, em que “dente por
dente, olho por olho” era a norma
de lidar com ofensas e quebra de
mandamentos. Como discípulos
de Jesus, precisamos ter coragem
para fazer valer os Seus ensinamentos,
andando de acordo com
Suas virtudes e princípios.
Olhando para a nossa sociedade
dos dias atuais, podemos
ver homens e mulheres em muitas
situações críticas. Na maioria
dos casos, se nós, discípulos de
Jesus, não formos até eles, eles
certamente irão para a perdição
eterna. Quando olhamos para o
ministério de Jesus, podemos ver
que Ele sempre Se movia de íntima
compaixão, e, depois disso, os
milagres aconteciam. A Palavra de
Deus está recheada de histórias
que tocam os nossos corações. É
uma dessas histórias que está em
Lucas 7.36-50.
UMA INTERRUPÇÃO
INESPERADA
O texto acima é o relato de Je-
18 | Revista MDA
sus entrando para comer na casa
de Simão, um proeminente fariseu.
Este não lavou os pés nem
as mãos de Jesus, nem O beijou,
como a cortesia cultural e cerimonial
exigia. Contudo, uma mulher
de reputação duvidosa quebrou
um vaso caro de alabastro para
ungir Jesus. Ela lavou Seus pés
com lágrimas e os enxugou com
os seus cabelos, e os ungiu com o
perfume. Na sequência, diante da
reprovação dos fariseus, Jesus lhes
deu uma lição de amor, misericórdia
e perdão.
Essa mulher, além de pecadora,
era corajosa também, pois Jesus
estava na casa de um fariseu.
Com certeza, ela já tinha ouvido
várias histórias de milagres e de
tudo que Ele fazia por onde passava
ou entrava. Assim, de uma
forma corajosa, entrou naquele
lugar e conseguiu chamar a
atenção do Mestre, interrompendo
aquela refeição filosófica e teológica.
Agora, qual atitude trouxe
maior satisfação para Jesus
naquele momento: o banquete
de Simão ou os atos despojados
de adoração da pecadora?
ADORAÇÃO EXTRAVAGANTE
Aquela mulher não perdeu sua
grande oportunidade. Talvez, ela já
houvesse pensado, muitas vezes,
Na maioria dos
casos, se nós, discípulos
de Jesus, não formos
até eles, eles certamente
irão para a perdição
eterna
em fazer aquilo, em outros lugares,
mas faltara oportunidade ou
coragem. Mas, agora, estava ali o
grande momento para isso. Antes
de chegar diante do Mestre, certamente
seu coração já havia sido
quebrantado, e quando ela se dobra
diante Dele, ela simplesmente
exterioriza o que já tinha acontecido
em seu interior. Ela lavou os
pés de Jesus com suas lágrimas e
os enxugou com seus próprios cabelos.
Ela quebrou o vaso e derramou
o conteúdo precioso nos pés
de Jesus. Aquela atitude chamou a
atenção de Deus para ela.
UMA MULHER DOS
DIAS DE HOJE
Eu conheço a história de certa
mulher que foi pela primeira vez
a uma igreja evangélica. Essa mulher
era prostituta, mas, quando
chegou naquele lugar, foi tão
tocada por Deus que pediu logo
para ir para um retiro espiritual
que aquela igreja estava realizando.
Ao pedir para fazer a

inscrição, houve um silêncio por
parte das pessoas que estavam
preenchendo as fichas. Alguém
ali a conhecia.
Como essa mulher se atreve
a pedir para ir para um evento
como esse? Aquele retiro era
para os membros da igreja, pessoas
que já estavam caminhando
na fé e tinham testemunho de
vida com Deus. Poderia dar uma
impressão errada levar aquela
mulher no meio das demais.
As pessoas que faziam as inscrições
não reagiram assim por
maldade; elas simplesmente não
sabiam o que fazer. E exatamente
por isso foram procurar a liderança
daquela igreja atrás de
conselhos. Graças a Deus, a liderança,
com muito amor, explicou
que a igreja é um hospital, onde o
Senhor Jesus quer curar e socorrer
a todos quantos precisarem
Dele para a cura das mazelas do
mundo e do pecado.
Hoje, aquela mulher é uma discípula
abençoada de Jesus, é casada,
está cheia do Espírito Santo, e
tem ganhado muitas almas para
Jesus. Ela e seu esposo não apenas
estão discipulando várias pessoas,
mas também são líderes de célula
bem-sucedidos.
É PRECISO REJEITAR
O ESPÍRITO DE SIMÃO
Precisamos rejeitar os pensamentos
semelhantes aos de Simão
e pedir ao Espírito Santo que nos
dê as mesmas atitudes de Jesus,
pois Ele aceita e Se compadece de
todos os que O buscam, como foi o
caso, ao dar salvação eterna para
aquela mulher.
Muitas vezes, aqueles que assumem
uma atitude julgadora,
mesmo em seus pensamentos,
não têm tido uma vida de adoração
a Deus, de quebrantamento,
pois, infelizmente, não conseguem
ter compaixão dos pecadores. Devemos
pedir a Deus que encha os
nossos corações de misericórdia.
É a vontade de Deus perdoá-los e
transformá-los em homens e mulheres
cheios do Espírito Santo, e
testemunhas vivas da graça e da
benevolência do Senhor.
Cléa Gomes é enfermeira
e pastora. Lidera trabalhos
sociais há quase 20 anos.
É presidente do Instituto
Melvin, no Ceará. Casada
com o pastor Ivanildo Gomes
e mãe de Victor Samuel.
Revista MDA | 19

Humor
A estratégia do
vendedor
Um vendedor de aspirador de pó apareceu na porta da
casa de campo de uma velha senhora e, sem permitir que
a mulher falasse, correu para a sala e jogou um grande
saco de sujeira por todo o seu tapete limpo. Ele disse:
— Se esse novo aspirador de pó não pegar todo cisco e
barro de seu tapete, eu mesmo vou comer toda essa sujeira.
A mulher, que a esta altura já estava perdendo a paciência,
olhou bem para ele, e disse:
— Senhor, se eu tivesse dinheiro suficiente para comprar
essa coisa, eu teria pagado a conta de energia, antes
que eles a cortassem. Agora, o que você prefere: uma colher,
ou garfo e faca?
Prova da dívida
Um homem foi para o seu advogado, e lhe disse:
— Meu vizinho me deve R$ 2.000,00 e não quer me
pagar. O que devo fazer?
— Você tem alguma prova de que ele lhe deve o dinheiro?
— perguntou o advogado.
— Não — respondeu o homem.
— OK. Então, escreva uma carta para ele pedindo-lhe
para devolver os R$ 4.000,00 que lhe deve — disse o advogado.
— Mas são apenas R$ 2.000,00 — respondeu o homem.
— Exatamente! Isso é o que ele vai responder, e então
você terá a sua prova!
Um bom vendedor
Um rapaz foi para uma entrevista de emprego, e o gerente
lhe entregou seu laptop, dizendo:
— Eu quero que você tente vender isto para mim. Se
você conseguir, o emprego é seu.
Então, o rapaz colocou o laptop debaixo do braço, saiu
do prédio e foi para casa. Duas horas depois, o gerente
ligou para o seu celular, e disse:
— Traga meu laptop de volta aqui, agora!
— Por R$ 500,00 ele é seu, senhor.
— Que absurdo. Traga-o agora! Como vou pagar tudo
isso por uma coisa que já é minha.
— Eu gravei a conversa. O senhor me pediu para vendê-
-lo para o senhor. Mas aceito a proposta. Quanto mesmo o
senhor quer pagar por ele?
20 | Revista MDA

Revista MDA | 21

Ivanildo GOMES
POR QUEM
OS SINOS DOBRAM?
famoso escritor norte-americano, Ernest Hemingway, escreveu
um livro que veio a tornar-se um clássico da literatura mundial
intitulado “Por quem os sinos dobram”. O título foi tirado por ele
do poema de outro escritor, que termina mais ou menos assim:
“NUNCA PERGUNTES POR QUEM OS SINOS DOBRAM; ELES DO-
BRAM POR TI”. Ele quer dizer que, mais cedo ou mais tarde, todos
seguirão o caminho comum de todos os homens, todos morrerão.
REALIDADE E MITO
A morte sempre foi um mito, um mistério, uma
inconformidade da raça humana. Nossos entes
queridos se vão, pessoas já não mais fazem parte
dos nossos círculos de amizades. A separação é,
muitas vezes, brutal, e tudo caminha inexoravelmente
para a mesma direção: a morte do corpo, e,
muitas vezes, da memória, da história, das lembranças
para aqueles que não plantaram coisas
dignas de fazê-los vivos e lembrados, depois da
sua ida.
Retratada como uma velha feia e enrugada,
encurvada e carregando uma foice igualmente
arqueada, a morte é dita como andando à procura
de suas “vítimas” para cortar-lhes o pescoço
com aquela carinhosa ferramenta. Rodeada de
mistérios e suposições, temida, mas nem sempre
evitada, ela chega muitas vezes mais cedo
para aqueles que vivem de maneira irresponsável,
irrefletida, correndo riscos desnecessários,
22 | Revista MDA

seja pelo seu comportamento social, de saúde, ou
mesmo espiritual. Muitos se entregam a práticas
e comportamentos que conspiram contra a sua
saúde e segurança, e a consequência, muitas vezes,
é um encontro prematuro com a “velhinha”.
O SERVO DO SULTÃO
Conta-se a história de um sultão árabe e seu
servo, na antiga Bagdá. O sultão mandou seu servo
ao mercado para fazer as compras do dia. Enquanto
comprava numa feira apinhada de gente,
o servo viu a figura tétrica e horripilante da Morte
diante dele. Ela olhou para ele, fez um gesto
ameaçador, e disse:
— Hoje é o nosso dia. Vou te levar à noite. Mas,
por que tu estás...?
Ela nem terminou de falar. O servo deixou cair
todas as compras e fugiu desesperado para casa.
— Amo, amo, ajude-me!
Branco como um véu, o servo quase nem podia
falar. O sultão, depois de muitas perguntas, descobriu
que o servo tinha visto a Morte, e que este
corria sério risco.
— Amo, por favor, empreste-me seu cavalo e
eu correrei, o mais rápido que puder, e me esconderei
na vila de Samara. Lá, ela não poderá me
achar.
O sultão emprestou seu cavalo veloz, e lá se foi
o servo para Samara. Passadas algumas horas, o
sultão decidiu ir ao mercado, procurar a Morte
para tirar satisfações. Ele a encontrou sentada
numa taberna, tomando um gelado licor de damasco,
e foi logo perguntando:
— Que história é essa de querer levar o meu
servo, sem sequer me pedir permissão?
Ao que a Morte lhe respondeu:
— E desde quando eu tenho que pedir permissão?
Você quer ser levado no lugar dele?
— Não, não! — respondeu o sultão.
— Mas — perguntou ainda o sultão — por que
a senhora fez um gesto ameaçador para o meu
servo?
— Foi porque eu fiquei muito surpresa de vê-
-lo aqui, esta manhã, pois eu tenho um encontro
marcado com ele hoje à noite em Samara! — a
Morte respondeu.
A “VELHINHA” VEM PARA TODOS
Por fábula que seja, temos aqui a ideia da inevitabilidade
da morte. É nela onde todos os seres
humanos se igualam. Pobres e ricos, feios e
bonitos, ignorantes e inteligentes; pretos, brancos,
amarelos, vermelhos e mestiços; homens e
mulheres, religiosos e ateus: todos, sem exceção,
passarão por este estágio inevitável. Mas quando,
como, e por quê? Há leis e desígnios eternos,
superiores, que regem este domínio, mas, a nós
cabe viver em disciplina, equilíbrio, amor próprio
e amor ao próximo, e, acima de tudo, amor a
Deus, para que possamos retardar, ao máximo, o
encontro com a tal “velhinha”.
UMA DATA PARA RECORDAR?
No dia 2 de novembro, em todo o mundo católico
ou onde a Igreja Católica tem muita influência,
celebra-se o Dia de Finados. Os cemitérios são
pintados, seus terrenos e alamedas limpos para
eles acorrerem milhares e milhares de pessoas,
levando flores, grinaldas, velas, fitas, etc., como
uma forma de homenagear seus entes queridos
que já se foram. Mas por quê? Porque há um sentimento,
uma certeza no coração de todos os homens
de que a morte não é o fim.
Revista MDA | 23

Há uma certeza profunda de que a existência
continua, que há uma possibilidade de reencontro,
e que nós não somos como os animais, que
apenas morrem e viram componentes orgânicos
para o solo, e nada mais que isso. Para os seres
humanos há esperança, há a certeza de continuar
existindo, e a possibilidade de tornar essa existência
saudável, prazerosa e cheia de deleites e
alegrias.
O QUE VEM DEPOIS?
Se nós podemos acreditar na imortalidade da
alma, na continuação da existência após a morte,
podemos também crer na existência de céu e
inferno. E, assim sendo, todos sabem e acreditam
também haver critérios de distinção entre os dois
lugares, existindo um para recompensar o bem e
o outro para punir o mal. Logo, as nossas escolhas
e atitudes, aqui em baixo, são fundamentais
para definir o nosso estado futuro, o que não pode
ser alterado por nada que nossos entes queridos
que ficam possam fazer, nem no Dia de Finados
nem em qualquer outro dia. Tudo que acontecerá
conosco depois, será em decorrência de nossas
escolhas e do nosso próprio trabalho, não das
ações de outros. Na verdade, o grande trabalho e
o grande preço já foi feito e pago por Cristo, na
cruz, e é com Ele que nós temos de nos acertar
antes de passar daqui para lá, para que possamos
continuar certos ao chegar na glória. Caso contrário,
nem sequer chegaremos lá, no céu, pois
não existe a possibilidade de acertos posteriores.
DOBRAM POR QUEM MESMO?
Hemingway pergunta por quem os sinos dobram.
O autor do poema citado por ele responde
que os sinos “dobram por ti”. Ele quer dizer que,
mesmo estando vivos, cada vez que os sinos dobram
por alguém que morre, eles também estão
dobrando por nós. Aquele autor diz que ninguém
é uma ilha, e que nós estamos inseridos no contexto
de toda a humanidade. Querendo ou não, todos
somos parte uns dos outros. Ainda, querendo
ou não, sendo parte uns dos outros, morremos um
pouco junto com todos aqueles que morrem antes
de nós. Assim, os sinos dobram por nós, anunciam
que não somos eternos aqui em baixo, e que precisamos
aproveitar bem o tempo que nos resta.
HÁ VIDA DEPOIS!
O segredo para viver eternamente? É Cristo!
Ele disse para as irmãs de Lázaro: “Eu sou a ressurreição
e a vida. Quem crê em mim, ainda que
esteja morto, viverá” (João 11.25). A Bíblia compara
a existência humana à erva, a plantinha de
vida curta que enche os campos. “Toda a carne
é como a erva, e toda a glória do homem, como
a flor da erva. Seca-se a erva, e cai a sua flor...”
(I Pedro 1.24). Mas diz também em I João 2.17:
“Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência, mas
aquele que faz a vontade de Deus permanece para
sempre”. Dessa forma, ainda que os sinos dobrem
por mim, a mão de Cristo também se estende para
mim, para que eu viva eternamente.
Ivanildo Gomes, 48, é pastor-adjunto
na Igreja da Paz Fortaleza. É teólogo,
advogado, especialista em Missões e
Educação, Mestre em Teologia, diretor do
Sistema de Ensino MDA, autor de vários
livros, editor-chefe da Revista MDA e da
MDA Publicações.
direcao@revistamda.com
24 | Revista MDA

Revista MDA | 25

Sandro OLIVEIRA
O CORAÇÃO
NA PONTA
DO CAJADO
“Pastoreai o rebanho de Deus que
há entre vós, não por constrangimento,
mas espontaneamente,
como Deus quer; nem por sórdida
ganância, mas de boa vontade;
nem como dominadores dos que
vos foram confiados, antes, tornando-vos
modelos do rebanho. Ora,
logo que o Supremo Pastor se manifestar,
recebereis a imarcescível
coroa da glória” (I Pedro 5.2-4).
A
Visão do MDA está se espalhando
pelo Brasil e por
muitos outros países, porque atende
ao seguinte grande clamor: um
pastoreio de qualidade. É por isto
que trabalhamos muito e enfatizamos
tanto a célula e como o discipulado
um a um, pois entendemos
a importância de um pastoreio de
muita qualidade.
Às vezes, é investido muito
esforço em ganhar almas para
Jesus, mas se investe pouco no
pastoreio dessas preciosas ovelhas.
E, para pastorear bem, tem
de se relacionar bem. Pastoreio é
relacionamento.
Certa vez, eu estava vendo
uma pesquisa sobre o número de
desviados no Brasil e, pasmem,
mais de 50% são afetados pelo
ressentimento com a liderança.
Todavia, precisamos entender
que, como pastores e líderes, temos
uma responsabilidade enorme
diante do rebanho. Temos a
26 | Revista MDA
tarefa de alimentar, encorajar,
ensinar, corrigir e guardar o rebanho.
O que seria das ovelhas
se não tivessem o cuidado de um
pastor?
Como pastorear
com o coração na
ponta do cajado?
O pastoreio deve ser uma atividade
prazerosa. Você, amado,
sente prazer em ser um pastor?
Sente alegria em pastorear? Sente-se
animado a pastorear? Ou
tem se queixado do ministério
pastoral? Se não tem sentido
prazer em cuidar do rebanho,
pode ser que você está sendo tomado
pelo desânimo e, por conta
disso, ser pastor está sendo um
fardo pesado.
Todavia, o apóstolo Pedro deixa
claro que esse ofício deve ser
algo espontâneo (e a espontaneidade
é alimentada pelo prazer).
Na realidade, Deus quer nos dar
muita alegria por intermédio das
ovelhas sob o nosso cuidado. E,
como diz o texto bíblico de I Pedro
5.2-4, esse ministério (o pastoreio)
deve ser exercido “como
Deus quer” (v.2), ou seja, de modo
prazeroso.
O pastor deve manter
o coração blindado
É importante blindar o coração
para que a alegria não seja
perdida. Alguns líderes, às vezes,
perdem a alegria no pastoreio. E
isso acontece por vários motivos.
Há aqueles que se sentem abandonados
pelo fato de terem se
dedicado tanto ao ministério, no

trato das ovelhas e, no final, toda
essa dedicação e todo o tempo
investido parecem em vão.
As pessoas vão embora, deixam
tudo, abandonam a fé, depois de
tanto esforço. Então, tais líderes
ou pastores ficam com o coração
apertado. Afinal, tudo o que fizeram
não resultou em gratidão.
As pessoas não foram gratas.
Sem contar com aqueles que sofrem,
porque são alvos de falatórios,
ou seja, são “mordidos” pelas
ovelhas. E mordida de ovelha dói!
Bem, poderíamos falar de outras
situações, mas creio não ser
necessário. Por isso, o nosso relacionamento
com Deus é tão importante.
Devemos sempre está
em comunhão com o Senhor.
Davi é um dos personagens
da Bíblia que mais sentia prazer
em pastorear. Mas, houve um
momento em que ele se sentiu
profundamente angustiado e desanimado:
sua cidade, Ziclague,
havia sido destruída; seus filhos
e filhas, levados prisioneiros,
suas esposas também. E, ainda
estava sendo ameaçado de apedrejamento.
Mas, a Bíblia diz
que “Davi, porém, fortaleceu-se
no Senhor, seu Deus” (I Samuel
30.6b).
Assim, amado, você que é pastor,
ou líder, invista no seu relacionamento
com Deus, porque
somente o Senhor pode garantir
um sentimento de alegria, de satisfação,
de realização no seu ministério.
Fortaleça-se no Senhor!
Não importam as atitudes erradas,
rebeldes, de ingratidão de
suas ovelhas. Creia no Senhor.
Busque-O! Afinal, é o Senhor
quem nos fortalece, nos reanima.
É o Senhor quem nos dá força
para não desistirmos das nossas
ovelhas.
Quando temos comunhão com
o Espírito Santo, quando buscamos
ao Senhor, as ovelhas percebem
bem isso, e logo, sentem o
quanto são amadas.
Como pastores, devemos:
É justamente isso que
irá manter o nosso coração
blindado: investir na vida
daqueles a quem estamos
discipulando. Devemos colocar
os nossos discípulos, as
ovelhas que estão sob nossos
cuidados, debaixo de uma
cobertura de oração.
Investir no discipulado
É justamente isso que irá manter
o nosso coração blindado: investir
na vida daqueles a quem
estamos discipulando. Devemos
colocar os nossos discípulos, as
ovelhas que estão sob nossos
cuidados, debaixo de uma cobertura
de oração. Devemos expor a
nossa vida, sendo transparentes,
a ponto de as ovelhas conseguirem
enxergar o nosso coração.
Sejamos transparentes.
Temos que valorizar nossas
ovelhas. Somente assim, teremos
um coração blindado. Isto é,
quando buscamos ao Senhor, somos
fortalecidos por Ele, por seu
Espírito Santo, e somos revigorados
na fé e na comunhão. Com
isso, temos maturidade e unção
suficientes para apascentarmos
com alegria as ovelhas, porque
toda essa intimidade irá manter
o nosso coração blindado. Assim,
coração blindado é igual a fé e
confiança no Senhor.
“Nem por sórdida ganância”
(I Pedro 5.2). Isso significa que o
ato de apascentar, o ministério
pastoral, de forma alguma, pode
ser exercido por dinheiro, por
prestígio, por poder, por promoção:
mas por uma motivação nobre.
A motivação de ganhar vidas
para Jesus.
Manter o foco no
chamado divino
“Nem como dominadores dos
que vos foram confiados, antes,
tornando-vos modelos do rebanho”
(I Pedro 5.3). Muitas vezes,
um líder, porque já foi enganado,
traído, “mordido” por uma ou
muitas ovelhas, se torna extremamente
controlador. Porque se
decepcionou com muitos, agora,
quer controlar tudo. E, para não
sofrer novamente, resolve ser
um dominador, um ditador.
Em I Pedro 3.8,9, lemos: “Finalmente,
sede todos de igual
ânimo, compadecidos, fraternalmente
amigos, misericordiosos,
humildes, não pagando mal por
mal ou injúria por injúria; antes,
pelo contrário, bendizendo, pois,
para isto mesmo fostes chamados,
a fim de receberdes bênção
por herança”.
O desejo do diabo é que brote
no coração do líder ou do pastor
um sentimento de arrogância,
de desprezo, ou atitudes do tipo:
“Vou dar um gelo nele”.
A Bíblia diz que temos de
manter a harmonia. A ideia é de
que devemos olhar com empatia
para aquele que foi embora. Em
verdade, devemos olhar para os
“rebeldes” com a mesma perspectiva
de Deus e não da nossa,
porque, se fecharmos o nosso
coração, podemos até perder a
oportunidade de ministrar a eles,
de levá-los ao arrependimento.
O objetivo, amado pastor, amado
líder, é focar no seu chamado
em vez de se sentir ofendido.
Não mantenha sua mente focada
só na mágoa. Foque no seu chamado.
Revista MDA | 27

28 | Revista MDA
E, logo, começa a desejar
a situação de outros, sendo
dominado pelo sentimento de
inveja pelas ovelhas de outro
rebanho. Começa a desejar
tudo o que o outro possui.
Então, infelizmente, acaba
desprezando o seu chamado e
os dons que recebeu
O mandamento é: pastoreie
o rebanho por amor e não por
obrigação. É preciso tomar muito
cuidado, porque alguns, por não
se cuidarem, acabaram desejando
o ministério de outra pessoa.
Diziam: “Ah, como eu desejaria ter
um prédio como este”. Ou, então,
vai a outro lugar e diz: “Ah, se eu
vivesse numa cidade igual a essa!”.
Quando não, chega a uma igreja e,
logo, comenta: “Nossa, o dirigente
de louvor, aqui, é fantástico. Se
eu tivesse um dirigente de louvor
como este, e também esta equipe
pastoral... Caramba!”.
E, logo, começa a desejar a
situação de outros, sendo dominado
pelo sentimento de inveja
pelas ovelhas de outro rebanho.
Começa a desejar tudo o que o
outro possui. Então, infelizmente,
acaba desprezando o seu chamado
e os dons que recebeu.
Mas, Pedro está nos dizendo
que o Senhor Deus nos deu um
rebanho. Cuidemos dessas ovelhas,
porque foi Deus quem as
confiou a nós. Pedro também
nos advertiu de que devemos ser
modelo, um referencial para o
rebanho. E isso é feito por meio
de atitudes e de um coração precioso.
Se seguirmos os conselhos
do apóstolo, teremos “rebanhos”
da mais alta qualidade.
Deus o escolheu, amado pastor,
para cuidar deste rebanho.
Então, honre ao Senhor Deus com
o que Ele confiou a você. Foque no
rebanho que Deus entregou aos
seus cuidados e experimente o
crescimento da obra e da qualidade
das ovelhas.
Vejamos o que Pedro diz: “nem
como dominadores” (I Pedro 5.3).
Ou seja, fomos chamados para
servir as pessoas e não dominá-
-las, subjugá-las. Assim, não use
as pessoas para construir o seu
ministério, antes, use o ministério
para edificar as pessoas. O
foco daquilo que estamos fazendo
deve estar na edificação das
pessoas.
Ter sempre um
espírito de fé
“Ora, logo que o Supremo Pastor
se manifestar, recebereis a
imarcescível coroa da glória” (I
Pedro 5.4). Não podemos ter um
pastoreio bem-sucedido se não
tivermos um espírito de fé. Declare
sempre palavras de fé sobre
a vida das suas ovelhas. Você
sabia que algumas igrejas nunca
crescem, porque não têm um espírito
de fé? Normalmente, ficam
declarando derrotas do tipo: “Ah,
aquele ali não tem jeito”; “Ah, é
um rebelde”; “É um ingrato”; “Então”,
dizem, “melhor é ele ir congregar
em outra igreja mesmo, já
que não muda nunca”.
Mas, por outro lado, há igrejas
que crescem muito, porque
têm um espírito de fé e declaram
sempre palavras de fé: “Nós vamos
crescer sim”; “Aquele irmão
já está sendo transformado”; “Já
vejo nele um grande líder de célula,
um futuro pastor, um discipulador
poderoso”; “Temos os
melhores líderes de células”; “Temos
a melhor equipe pastoral”;
“Temos as ovelhas mais preciosas”.
Da sua boca e do seu púlpito
nunca irão sair palavras de incredulidade.
A Bíblia diz que,
sem fé, é impossível agradar a
Deus, mas que, pela fé, tudo é
possível.
O diabo quer que você, amado
pastor ou líder, ocupe a sua mente
com problemas. Mas, a Bíblia
diz o contrário, em Filipenses 4.8:
“Finalmente, irmãos, tudo o que
é verdadeiro, tudo o que é respeitável,
tudo o que é justo, tudo o
que é puro, tudo o que é amável,
tudo o que é de boa fama, se alguma
virtude há e se algum louvor
existe, seja isso o que ocupe
o vosso pensamento”.
O diabo quer ocupar a sua
mente com problemas, com dificuldades
para que você não escute
a voz de Deus, não sonhe,
não veja o seu crescimento.
“Ah! Quer dizer que eu não vou
ver mais o problema?”, alguém
pode indagar. Mas, a resposta é:
“Não”. Você ainda pode ver o problema,
só que, agora, pela ótica
da solução.
Lemos, em II Coríntios 4.13:
“Como está escrito: Cri, por isso,
falei. Nós cremos também; por
isso, também falamos”.
Deus tem nos dado um rebanho
muito precioso. Então, amado
pastor, gostaríamos de encorajá-lo
a cuidar deste rebanho.
Invista em um discipulado profundo,
gerando líderes da mais
alta qualidade.
Esta é a geração de pastores
que vai alegrar o coração de
Deus, ganhando multidões para
Cristo e cuidando bem das ovelhas
com o coração do Bom Pastor
na ponta do cajado!
Sandro Oliveira é o pastor
de jovens na Igreja da Paz de
Fortaleza (Ceará). Jornalista,
coordenador executivo
da Conferência Nacional
da Visão do MDA para
Pastores e Líderes.

Revista MDA | 29

CAPA
PRINCÍPIOS FINANCEIR
ALTAMENTE BÍBLICOS
Estas instruções de Deus são para
que Seus filhos possam resolver
seus problemas financeiros.
Algumas pessoas esmagam
latas, amassam
garrafas ou
trituram jornais e revistas
para promover a causa da
ecologia moderna. Contudo, muitos
proprietários e gerentes de
agências de reciclagem acreditam
na preservação dos recursos
naturais e humanos do planeta
também, porém do ponto de vista
das finanças pessoais.
Há dez princípios financeiros
encontrados na Palavra de
Deus para aconselhar e ajudar a
“reciclar” muitas pessoas, especialmente
os cristãos que foram
esmagados, amassados ou triturados
pelas misérias do endividamento
e má gestão financeira.
Para falar bem claramente,
é fácil ver, em primeira mão, o
espectro dos problemas financeiros
que podem encurralar desesperadamente
as pessoas, numa
sociedade na qual são vitimadas
pelo cartão de crédito, pela síndrome
do “compre agora/pague
depois”.
Um irmão, que é agente de
cobranças, diz que seu negócio
é tentar receber contas de cre-
30 | Revista MDA
dores que não foram fiéis no pagamento.
Diariamente, ele vê as
pessoas com problemas financeiros
graves. Milhares de pessoas
neste país entraram em bagunças
financeiras, que podem levar
a consequências mais graves.
Este mesmo irmão diz que
durante anos, todo o seu aconselhamento
pessoal sobre finanças,
terminou em fracasso.
Então, ele descobriu, na Palavra
de Deus, os dez princípios financeiros
poderosos que se seguem.
Aconselhamento financeiro
tornou-se uma questão de
ensinar esses princípios para
pessoas com dificuldades financeiras
e deixar que elas decidam
escolher se querem ou não
obedecê-los. Estes princípios
revelam as instruções de Deus
a Seus filhos para a realização
de seus problemas financeiros.
Acreditamos que um dos
principais temas da Bíblia é a
obediência ao Senhor. Estes são
princípios financeiros reais, e a
obediência a eles vai demonstrar
que os cristãos estão confiando
em Deus em outra área
de suas vidas.
Aconselhamento financeiro
tornou-se uma questão de
ensinar esses princípios para
pessoas com dificuldades
financeiras e deixar que elas
decidam escolher se querem
ou não obedecê-los
Deus é a fonte
O primeiro princípio é que
Deus é a fonte de tudo. Filipenses
4.19 diz: “O meu Deus suprirá todas
as necessidades de vocês, de
acordo com as suas gloriosas riquezas
em Cristo Jesus”. Provérbios
8.20-21, acrescenta: “Ando
pelo caminho da retidão, pelas
veredas da justiça, concedendo
riqueza aos que me amam e enchendo
os seus tesouros”.
II Coríntios 9.8 diz: “E Deus
é poderoso para fazer que lhes
seja acrescentada toda a graça
para que, em todas as coisas, em
todo o tempo, tendo tudo o que
é necessário, vocês transbordem

OS
em toda boa obra”. Sempre que
precisamos de dinheiro ou bens,
a oração é a resposta. Olhe para o
Senhor, porque ele vai providenciar
conforme a Sua vontade.
Dar é essencial
O segundo princípio é dar. Lucas
6.38 é um verso-chave sobre
essa questão, e ele diz: “Deem, e
lhes será dado: uma boa medida,
calcada, sacudida e transbordante
será dada a vocês. Pois,
a medida que usarem, também
será usada para medir vocês”. De
acordo com Deuteronômio 14.23,
um propósito do dízimo era ensinar
o povo de Israel a colocar
Deus em primeiro lugar em suas
vidas.
Existem, pelo menos, duas maneiras
de colocar Deus em primeiro
lugar diariamente. Uma é
ter um tempo de silêncio e meditação.
Se eu não estou disposto a
encontrar o Senhor cada manhã,
quando me levanto, isso significa
que eu estou colocando outra
pessoa ou outra coisa diante do
Senhor.
Por exemplo, quantas pessoas
pensaram seriamente em deixar
de ler ou assistir o jornal diário?
O homem que não está disposto
a cancelar uma assinatura
de jornal, que o está impedindo
de ler a Palavra de Deus, pode,
muitas vezes, ser o mesmo homem
que está tendo problemas
para pagar as prestações da TV
a cabo, que o está impedindo de
fazer as coisas que vão ajudá-lo a
crescer, para estar mais perto do
Senhor. Assim, isto pode ser um
ciclo vicioso. E com as dezenas
de comerciais de TV exortando-o
a comprar, gastar, viajar, comer,
não é de se admirar que milhares
de pessoas estejam tão moldadas
pelo mundo!
O Tempo a Sós com Deus (TSD)
é uma maneira de como uma
pessoa pode colocar Deus em primeiro
lugar. E cremos que uma
outra é separar um décimo de
sua renda para a obra de Deus,
antes de qualquer outro gasto.
Provérbios 3.9 declara: “Honre
o Senhor com todos os seus recursos
e com os primeiros frutos
de todas as suas plantações; os
seus celeiros ficarão plenamente
cheios, e os seus barris transbordarão
de vinho”.
Viva com margem
O terceiro princípio é o de viver
com margem. Todo mundo
deve viver com margem — seja
margem física, margem espiritual,
margem de tempo e uma
margem financeira. Viver com
margem simplesmente significa
deixar espaço para que as coisas
aconteçam.
Só há realmente três maneiras
pelas quais uma pessoa pode
chegar a qualquer lugar. Ela
pode chegar mais cedo, pode chegar
na hora ou chegar atrasada.
Quando nós calculamos chegar
Revista MDA | 31

exatamente na hora certa, o mais
provável é que vamos sempre
chegar uns cinco minutos atrasados.
Isso acontece porque não
estamos permitindo margem.
Aqueles preciosos minutos
contam. Pense no esforço cumulativo,
apenas para falar da saúde,
apressando-se durante 15
minutos, mas sempre chegando
cinco minutos atrasado. É bom
nadar três vezes por semana, na
piscina de um clube ou academia
para ficar em forma, comer direito
e manter o peso baixo, uma vez
que queremos servir ao Senhor e,
portanto, não queremos morrer
de um ataque cardíaco. Porém,
15 minutos de corrida, três vezes
ao dia, durante 15 anos, darão
um total de quase seis meses de
dias de 24 horas, nos quais estamos
sob estresse desnecessário,
apenas correndo para chegar
atrasados. E o estresse é uma
das principais causas de ataques
cardíacos. Que ridículo! Mas, o
Senhor nos convida a operar em
um planejamento do tempo que
deixe margem para chegar cedo,
ao invés de andar apressado, mas
sem chegar a tempo.
A Bíblia apoia a
economizar
O quarto princípio financeiro
sobre economizar dinheiro diz
respeito a guardar para o dia
chuvoso. Provérbios 21.20 diz:
“Na casa do sábio há comida e
azeite armazenados, mas o tolo
devora tudo o que pode”. E Provérbios
22.3, enfatiza: “O prudente
percebe o perigo e busca refúgio;
o inexperiente segue adiante
e sofre as consequências”.
Para um exemplo bem simples,
se um casal com uma renda
mensal de R$ 3.000,00, o que
equivaleria a R$ 36.000,00 por
ano, economizar R$ 3.000,00
em cada um desses anos e deixar
este dinheiro aplicado a 6%
(seis por cento) de juros compostos
anualmente, eles teriam R$
74.017,68, no final de um período
de 15 anos. E só teriam que
guardar R$ 250,00 por mês.
Se, ao final de 15 anos poupando
fielmente, um filho ou uma
filha estiver pronto para a faculdade
ou a família precisar se mudar
para uma casa maior ou quer
servir ao Senhor num regime de
tempo integral, o casal poderá começar
a sacar as suas poupanças.
Eles podem sacar R$ 6.000,00 por
ano, durante 10 anos e ainda teriam
R$ 45.966,51, que ainda é ligeiramente
mais do que eles depositaram.
Isto significa fazer o seu
dinheiro trabalhar para você! Deus
tem uma razão para o princípio de
economizar dinheiro.
Fuja da dívida
O quinto princípio é manter-
-se longe da dívida desnecessária
e, assim, evitar a armadilha
dela. Contrair empréstimos para
uma casa ou um carro, é uma
coisa, mas assumir obrigações financeiras
que não pode manter
— comprar para além da capacidade
de pagar — é outra. Salmo
37.21 diz: “Os ímpios tomam
emprestado e não devolvem, mas
os justos dão com generosidade”.
No minuto em que uma pessoa
entra em dívida, ele perde uma
parte de sua liberdade. Como
Provérbios 22.7, diz: “O rico domina
sobre o pobre; quem toma
emprestado é escravo de quem
empresta”.
Agora, suponha que aquele
mesmo jovem casal com o rendimento
anual de R$ 36.000,00
ou renda mensal de R$ 3.000,00
tivesse decidido que em vez de
economizar R$ 3.000,00 por
ano, eles entrariam numa dívida
de R$ 3.000,00 para comprar
alguns móveis. E suponha que
eles continuassem a aumentar
seu endividamento por R$
3.000,00, a cada ano durante 15
32 | Revista MDA

anos, sem pagar um centavo de
volta. Com apenas 10 por cento
de juros compostos anualmente,
sobre o aumento da dívida, e ela
teria sido um astronômico R$
104.849,22. A dívida de apenas
R$ 3.000,00, para o mesmo período,
sem qualquer reembolso,
teria sido de R$ 12.531,63.
Muitas pessoas pensam que podem
comprar agora e pagar depois.
Isso não é verdade. O crédito fácil
agora, deixa as pessoas inquietas
depois. Normalmente, uma pessoa
paga mais pelo uso de dinheiro
emprestado do que ela recebe, em
juros, para economizá-lo.
O crédito fácil agora,
deixa as pessoas inquietas
depois. Normalmente, uma
pessoa paga mais pelo uso
de dinheiro emprestado do
que ela recebe, em juros, para
economizá-lo
O segredo do
contentamento
O sexto princípio é estar contente
com o que se tem. Hebreus
13.5 diz, sucintamente: “Conservem-se
livres do amor ao dinheiro
e contentem-se com o que
vocês têm, porque Deus mesmo
disse: ‘Nunca o deixarei, nunca o
abandonarei’”.
Uma área em que as pessoas,
muitas vezes, se tornam descontes,
em primeiro lugar, envolve
o carro antigo. Muitas pessoas
trocam ou vendem seus carros,
antes deles estarem realmente
usados. Há uma grande diferença
entre consertar um carro funcional
e dirigir mais três anos com
ele e comprar um carro novo.
Muitos vendedores fazem uma
observação direta: “Você vai conseguir
pagar essa prestação facilmente”.
Em geral, há nada fácil
com essa prestação mensal. Ela
parece ficar mais difícil de honrar,
à proporção que o tempo passa. II
Coríntios 6.10 é um texto tão bonito
para aplicar aqui. Diz: “Entristecidos,
mas sempre alegres; pobres,
mas enriquecendo a muitos; nada
tendo, mas possuindo tudo”.
Os vendedores do ramo de automóveis
dizem que a maioria
dos carros podem rodar muito
mais quilômetros do que seus
donos acham que eles podem.
Só porque um carro tem mais de
150 mil quilômetros, não significa
que uma pessoa tenha que se
livrar dele. Basta olhar para ônibus,
caminhões e carros que ainda
continuam fortes e operantes,
com quilometragem que vai às
centenas de milhares, especialmente
nos interiores do Brasil e
em países da América latina. São
carros da mesma idade e quilometragem
que, em alguns lugares
do Brasil e nos países ricos,
já estão no ferro velho há muito
tempo.
Um ditado que vale a pena
lembrar sobre o contentamento
é este: “Use, use mais; faça valer,
faça sem”.
Mantenha registro,
faça um orçamento
O sétimo princípio é manter
registros e fazer um orçamento.
A Palavra de Deus diz: “Compre
a verdade e não abra mão dela,
nem tampouco da sabedoria, da
disciplina e do discernimento”
(Provérbios 23.23). “Com sabedoria
se constrói a casa, e com
discernimento se consolida. Pelo
conhecimento os seus cômodos
se enchem do que é precioso e
agradável” (24.3,4).
Se alguém disser que outrovai
executar o seu negócio sem
manter todos os registros, nós
diríamos que este homem é absolutamente
estúpido. E é ainda
pior para quem realmente quer
ser um bom mordomo do dinheiro
do Senhor.
Um pai cristão, mesmo não
tendo um grande salário, decidiu
ensinar administração financeira
para seus filhos que estavam
começando a escola. Ele dividiu
suas prioridades em três categorias.
Toda semana, ele distribuía
a mesada de cada um. A mesada
era de R$ 15,00 para cada filho.
Ele deu também três caixinhas
de cores diferentes para cada
um, nas quais eles guardariam
esses valores. Nas caixinhas estava
escrito o seguinte: “poupança”,
“igreja”, “gastar”. As crianças
tinham um sistema de controle
visual. Se não havia dinheiro em
determinada caixinha, elas não
tinham dinheiro para gastar com
aquele item. Fazer um orçamento
familiar não é tão simples assim,
mas a ideia é a mesma.
Um homem que passou por
aconselhamento financeiro pensou
que ele estava indo muito bem,
porque, nos os últimos oito meses,
ele só tinha pegado emprestado
R$ 1.000,00. Quando o conselheiro
lhe perguntou como ele conseguiu
se dar tão bem, ele admitiu que
havia vendido sua semana de suas
férias por R$ 1.000,00 e fez várias
horas extra, pelas quais recebeu
mais pagamento.
O conselheiro percebeu que o
sujeito estava, na verdade, gastando
R$ 525,00, por mês, a mais
do que ele estava ganhando durante
o período de oito meses,
apesar do extra das férias vendidas
e do dinheirinho a mais
que vinham das horas extras de
trabalho. No momento em que a
empresa cortou a possibilidade de
fazer horas extra e não havia mais
férias para vender, “o sapato começou
a apertar”. Um ano, a partir
Revista MDA | 33

de agora, com sua taxa atual de
gastos excessivos, ele estaria devendo
R$ 6.300 a mais, com juros
adicionados à sua dívida, totalizando
mais de R$ 90,00 cada mês,
só de juros.
Ao manter bons registros, ter
um plano e ser honesta consigo
mesma, uma pessoa não vai entrar
em dificuldades financeiras.
Raramente, se vê pessoas financeiramente
bem-sucedidas que
não mantêm bons registros de
suas atividades e gastos.
Não seja fiador
O oitavo princípio é não ser
fiador. Deus diz, em Provérbios
27.13, para agir com extrema
cautela em assuntos de fiança.
O conselho infere que o risco
de crédito mais pobre do mundo
é o homem que concorda em
pagar a dívida de um estranho.
Quando uma pessoa avaliza uma
nota, ele é quem realmente está
pedindo o dinheiro, o bem ou o
serviço emprestado. A razão pela
qual uma pessoa precisa de um
fiador é porque o credor não está
disposto a emprestar o dinheiro
ou confiar na pessoa que solicita
o empréstimo ou faz a compra.
Trabalhe duro
O nono princípio é trabalhar
duro. As Escrituras são bem claras:
“Todo trabalho árduo traz
proveito, mas o só falar leva à pobreza”
(Provérbios 14.23). “Quem
lavra sua terra terá comida com
fartura, mas quem persegue fantasias
se fartará de miséria” (Provérbios
28.19).
É importante trabalhar. “No
princípio Deus criou” (Gênesis
1.1). Até mesmo Deus trabalha.
Este é um princípio presente em
toda a Bíblia. Muitas vezes, parece
que as pessoas com dificuldades
financeiras não estão realmente
trabalhando duro.
Conselheiros financeiros têm
descoberto, muitas vezes, que
jovens em sérios problemas financeiros
perdem muito tempo
com bobagens, e rodam até
3.000 quilômetros, por mês, em
seus carros ou motos. Para esses,
é aconselhável ter um segundo
emprego. Isso vai aumentar sua
renda e diminuir suas despesas,
e ainda impedí-los de fazer mau
uso ou desperdiçar o seu tempo.
Procure conselho
espiritual
O último princípio é o da busca
de conselhos divinos. Salmo
1.1, declara: “Bem-aventurado o
homem que não anda segundo o
conselho dos ímpios”. A pessoa
que precisa de aconselhamento
financeiro não deve ir atrás de
alguém que ganha a vida vendendo
a mesma coisa que ele
está pensando em comprar. “Os
planos fracassam por falta de
conselho, mas são bem sucedidos
quando há muitos conselheiros”
(Provérbios 15.22).
Antes de comprar uma casa,
comprar um carro ou apenas tomar
dinheiro emprestado, ore sobre
isso e procure o conselho de
pessoas de Deus. Elas podem ajudá-lo
a não cometer um monte
de erros. A razão pela qual tantas
pessoas não procuram conselho
é que eles não querem ouvir
de alguém que determinada ação
pretendida não é saudável – elas
só gostam de fazer aquilo que
lhes dá na cabeça.
Acima de tudo, não assine
nada, até que você verifique o negócio
completamente, antes. Não
se apresse em nenhum negócio.
A pior coisa do mundo é, muitas
vezes, aquilo que a pessoa é levada
a assinar apressadamente
— capitulando diante das táticas
manipulativas de um vendedor
implacável, que diz ser essa “a
melhor chance de sua vida”. A
melhor oferta no mundo pode
esperar.
CONCLUSÃO
Estes são os dez princípios financeiros
bíblicos: Deus é a fonte;
dar é essencial; viva com margem;
a Bíblia apoia economizar;
fuja da dívida; se contentar com o
que você tem; mantenha registros
(faça um orçamento); não seja fiador;
trabalhe duro e busque o conselho
espiritual.
Quando aprendermos e seguirmos
estes princípios eternos, em
nossas finanças pessoais, experimentaremos
a alegria que é confiar
e obedecer a Deus. Façamos isso e
veremos toda a realidade financeira
ao nosso redor mudada para melhor,
para a glória de Deus.
Adaptado do texto 10 financial
principles that are biblical, de George
Fooshee. Em: www.backtothebible.org/
10-financial-principles-that-are-biblical.
34 | Revista MDA

Revista MDA | 35

Ricardo BENTES
GESTÃO FINANCEIRA
EM IGREJAS
Em meio ao grande avanço da fé, agregado com o crescimento financeiro
em nossas igrejas, nos deparamos com a responsabilidade de não só
cuidarmos bem de pessoas que buscam um equilíbrio espiritual em suas
vidas, MAS TAMBÉM DE SABERMOS COMO ADMINISTRAR os
recursos entregues por elas dentro de uma perspectiva de ordenança e
promessa bíblica.
Hoje em dia, não podemos
olhar para nossas igrejas
apenas como uma congregação,
onde nos reunimos para
buscar a presença de Deus, pois
dentro de uma ótica administrativa,
igrejas também são empresas
que precisam de gerenciamento,
planejamento, controle,
corpo operacional e colaborador
dentro de um plano de gestão
administrativa. E, gerenciar
uma igreja exige-se cautela e
serenidade, pois a área mais
visada da administração eclesiástica
é a financeira, e, em meio
a este grande desafio de gestão,
muitos pastores têm encontrado
dificuldades como gestores
justamente pelo fato de saberem
como pastorear, mas de não
saberem como administrar.
Como em toda empresa,
há momentos em que surgem
situações que precisam ser
gerenciadas e resolvidas, seja à
luz da legalidade, nas questões
contábeis e fiscais ou na forma
de administrar o dinheiro con-
36 | Revista MDA
forme estabelecido em estatuto
ou regime interno da instituição,
garantindo, com isso, segurança
para uma gestão eficaz,
trabalhando com transparência,
comunicação e compromisso
mútuo, perante à sociedade.
Por serem entidades filantrópicas,
sem fins lucrativos,
igrejas visam os fins sociais.
Os recursos financeiros auferidos
através de ofertas, dízimos
e primícias são destinados à
manutenção e construção de
novos templos, pagamentos de
prebendas pastorais, salários
de colaboradores, investimentos
missionários, aquisição
de equipamentos que, sob um
ponto de vista estratégico, são
aplicados na manutenção e
propagação do Reino de Deus
aqui na Terra. Quanto mais o
dinheiro entra, mais a responsabilidade
aumenta. E o que
fazer com todo este recurso?
Precisamos de planejamento
dentro de um plano técnico para
sabermos como devem ser bem
distribuídos e aplicados, onde
possamos atender a todas as
necessidades do Reino e proporcionar
a nossa membresia
segurança, conforto e qualidade
de vida dentro de nossas igrejas.
Por isso, além de focarmos
em uma boa administração
competente, e por ela ser humana,
nos sentimos motivados
pela transparência em virtude
de devolvermos uma resposta
como uma prestação de contas
de nossos atributos aplicados
de uma forma perceptível a
nossos projetos sociais, através
dos quais levamos nossos
membros a avaliar a qualidade
e profissionalismo de
nossa gestão administrativa.
Trabalho há nove anos na
administração da Igreja da Paz
de Santarém, Pará. No início
achei que todo conhecimento
que adquiri na administração
hoteleira poderia ser utilizado
nessa nova logística administrativa.
Porém, logo percebi que
os ramos administrativos eram

Cada dia é como
um novo aprendizado.
Às vezes, temos
necessidade de fazer
novos ajustes para uma
melhor gestão .
totalmente opostos, e me levaram
a conhecer mais profundamente
a gestão focada para
fins sociais e benefícios para
o Reino de Deus, sabendo que
não existe uma fórmula mágica
para se administrar. No entanto,
precisei compreender os processos,
regimentos, prioridades,
sistema de uma igreja com
61.000 mil membros, em que,
de repente, me deparei com
um quadro cheio de desafios
que precisavam ser enfrentados,
controlados e resolvidos.
Administrar uma empresa e
tornar esta administração um
sucesso não seria tão fácil como
imaginava. Inicialmente, passei
por um processo de adaptação
ao sistema, interagindo com as
necessidades cotidianas, agregando
alternativas que facilitariam
a desenvoltura de minha
gestão e que contribuíram para
o desempenho na produtividade,
organizando tudo de uma
maneira favorável a coordenar
as atividades financeiras.
Hoje, trabalhamos seguros
dentro de uma gestão eficaz.
Formamos um corpo administrativo
de quatro pastores que
trabalham em escala diária,
divididos entre setores operacionais
e financeiros, os quais
participam das questões administrativas
a serem discutidas,
acordadas e executadas. Dentre
estes, contamos também com
uma assessoria contábil, jurídica
e RH, que nos auxiliam nas
tarefas diárias a serem cumpridas.
Nossa gestão evoluiu
muito. Agora, trabalhamos com
segurança e sempre respaldados
pelo regimento de nossa liderança,
que nos auxilia em todas
as decisões a serem tomadas.
A gestão é complexa e geral
e exige muito de nossa capacidade,
por isso precisamos ter
um equilíbrio entre o racional e
o espiritual, agindo com santidade
e lealdade, sabendo que
em tudo e com tudo, estamos
cuidando de um pedaço dos
céus aqui na Terra. Cada dia é
como um novo aprendizado.
Às vezes, temos necessidade de
fazer novos ajustes para uma
melhor gestão. Administramos,
hoje, a sede regional da Igreja
da Paz, 36 núcleos interligados
e uma catedral que está
em construção, porém a parte
térrea, já sendo utilizada para
cultos. Temos semanalmente,
aos domingos, 66 cultos de
celebração, e nas terças-feiras,
33 TADÉIS. Isso exige
planejamento e preparação
para os serviços espirituais.
O ato de administrar não é
fácil, sobretudo, em um mundo
tão dinâmico. Mas, o conhecimento
tem sido uma ferramenta
indispensável para o sucesso de
um pastor-administrador. Um
bom administrador deve, a cada
dia, buscar refletir sobre suas
ações, considerando seu trabalho
e objetivos. A visão que
traz eficácia e eficiência deve
nortear todos os trabalhos de
maneira integral e simultânea,
pois a lealdade e a eficácia são
imprescindíveis para resultados,
e, por outro lado, a eficiência
serve para aperfeiçoar a utilização
dos recursos na perspectiva
do alcance de seus objetivos.
Sejamos, assim, bons mordomos
do Senhor, cooperando
em tudo que fizermos para a
expansão do Reino. Ao administrarmos,
precisamos ser
perseverantes, pois o Reino
dos céus é ganho por esforço.
Posso ter defeitos, viver ansioso e
ficar irritado algumas vezes, mas não
esqueço que a minha vida é a maior
empresa do mundo. E que posso
evitar que ela vá à falência. Ser feliz é
reconhecer que vale a pena viver, apesar
de todos os desafios, incompreensões e
períodos de crise. Ser feliz é deixar de
ser vítima dos problemas e se tornar um
autor da própria história. É atravessar
desertos fora de si, mas ser capaz de
encontrar um oásis no recôndito da sua
alma. É agradecer a Deus a cada manhã
pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter
medo dos próprios sentimentos. É saber
falar de si mesmo. É ter coragem para
ouvir um “não”. É ter segurança para
receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou
construir um castelo...
Fernando Pessoa
Ricardo Bentes é
pastor-adjunto e administrador
da Igreja da Paz de
Santarém (PA). É bacharel
em teologia e graduando
em arquitetura. Casado
com a pastora Hanna Batista
Bentes, é pai de dois
filhos (Rihan e Enzo) e
genro e discípulo do pastor
Geraldo Batista.
Revista MDA | 37

Hermes MONTEIRO
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE
DAS FINANÇAS NA VIDA PESSOAL
E NAS ORGANIZAÇÕES
“Economia frequentemente não tem
relação como o total de dinheiro
gasto, mas com a sabedoria
usada em gastá-lo”. Henry Ford
3. CLASSIFICAÇÃO: Minha dica é que sejam
criadas classes de despesas, e cada classe deve pos-
Uma pergunta que tende a tirar o sono de
muita gente, em dias de economia instável,
é: Qual é o segredo para uma vida
financeira equilibrada? A reposta poderia
vir com uma simples frase: Receitas precisam
ser maiores que despesas.
Mas, de fato, não há uma única resposta para tão
complexa pergunta. Creio que são vários fatores
que determinam a qualidade financeira de uma família,
de uma empresa, de uma igreja e de outras
organizações.
Neste artigo, não será possível esgotar todos os
aspectos envolvidos a este tema, mas acompanhando
a afirmação de Ford, quero deixar algumas dicas
que tenho aplicado em minha vida pessoal, na
gestão da empresa e da igreja, que tem permitido o
equilíbrio e a tranquilidade que tantos almejam em
suas vidas. Então, aperte o cinto e vamos lá.
A maioria das pessoas está atenta ao valor das
receitas ou, em uma linguagem do dia a dia, só olha
para o quanto de dinheiro que entrou, não se preocupando
em observar, controlar, analisar o quanto
de dinheiro que saiu. Aí é onde começam as dificuldades
para se obter um resultado positivo ao final
de um período (semana, mês, semestre, ano).
A afirmação que mais se ouve é: “Trabalho, tra-
balho, trabalho... e nunca sobra um tostão”.
Lembre-se: Economia está relacionada com a sabedoria
sobre os gastos.
Entendo que, para termos domínio sobre os gastos,
precisamos dos dados sobre cada despesa realizada,
permitindo que, após algum tempo, tenhamos
condições de transformar esses dados em INFORMA-
ÇÕES que nos auxiliarão na formação de uma projeção
para gastos futuros.
As INFORMAÇÕES serão melhores aproveitadas se
observarmos três aspectos:
1. PONTUALIDADE: A transferência das INFOR-
MAÇÕES para uma planilha, caderneta, software
deve acontecer imediatamente após a realização do
gasto. O acúmulo dessas informações sem o devido
apontamento trará perda de qualidade ou mesmo
causar a não inclusão deste gasto em um banco de
dados.
2. PRECISÃO: As INFORMAÇÕES devem ser
precisas, no que diz respeito a datas, valores, credores,
etc..
38 | Revista MDA

suir grupos para que tenhamos uma melhor visualização
e os controles possam permitir análises tanto
sintéticas (quando analisamos as classes) quanto
analíticas (quando analisamos os grupos).
EXEMPLOS
PESSOAL
Classes Moradia Transporte Educação
Grupos
Aluguel
Energia
Água
Condomínio
Prestação Carro
Seguro
Combustível
IPVA
Mensalidade escolar
Material
Uniforme
Curso de inglês
EMPRESA / IGREJA / OUTRAS ORGANIZAÇÕES
Classes Administrativo Operacional Pessoal
Grupos
Aluguel
Material de Escritório
Telefonia
Soſtwares
Veículos
Serv. Terceirizados
Manutenção
Transp. de Pessoas
Salários
Rescisões
Plano de saúde
Vale alimentação
Após um período fazendo apontamentos pontuais,
precisos e classificados, será muito mais fácil
planejar gastos futuros, com informações sobre tipos,
valores, períodos de despesas.
Planejamento é o princípio bíblico indispensável
para uma vida financeira de sucesso.
“Qual de vocês, se quiser construir uma torre,
primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver
se tem dinheiro suficiente para completá-la? Pois,
se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la,
todos os que a virem rirão dele, dizendo: ‘Este homem
começou a construir e não foi capaz de terminar’”
(Lucas 14.28-30).
Cuidado com quatro raposinhas que silenciosamente
devoram qualquer planejamento financeiro:
• Deixar para depois;
• Não auditar;
• Maquiar resultados;
•Não fazer por medo do que vai encontrar.
Posso lhe afirmar que para mudar a direção das
finanças, em sua vida pessoal e nas organizações
que participa, você precisará de foco e disciplina.
A prosperidade é alicerçada em duas barreiras: fé em
Deus e controle por parte do homem. Faça a sua parte!
Hermes Monteiro é sócio da Nova Era Consultoria
Aduaneira, gestor comercial, consultor e
gestor da Igreja da Paz em Fortaleza. Também,
é obreiro-referência da Igreja da Paz em Aquiraz
(CE). Casado com Paula, é pai de quatro filhos:
Ana Luiza, Felipe , Rafah e Josh.
Revista MDA | 39

Finanças
COMO
LIVRAR-SE
DAS DÍVIDAS
Problemas financeiros
podem afetar a todos
nós em algum momento
de nossas vidas. Nós
não temos problemas
financeiros devido à falta
de capacidade administrativa,
mas porque
nos faltam critérios
bíblicos para tomar
decisões econômicas.
CAUSAS DA ESCRAVIDÃO
Não temos a informação correta porque não fomos
ensinados a administrar nosso dinheiro de acordo com a
Palavra de Deus. Quando se trata de finanças, não lemos
nada ou quase nada, não nos preparamos, não perguntamos
a ninguém como administrar melhor as finanças.
Às vezes, quando queremos consertar nosso carro, especialmente
os homens, olhamos no manual que veio da
montadora.
Nós lemos todas as informações e todas as instruções.
E ainda pedimos conselhos para mecânicos, vendedores
ou para amigos que têm carros iguais. Então, nós partimos
para consertá-lo, porque estamos preparados para
fazê-lo.
No entanto, quando se trata de finanças, não lemos
nada, não nos preparamos, não perguntamos a ninguém
como administrar melhor as finanças. Não comentamos
nossos problemas com ninguém. Mas Deus o sabe. É por
isso que Deus quer nos desafiar agora a ficar preparados
e começar a administrar o nosso dinheiro de acordo com
seus princípios e Sua santa vontade.
Aqui, vão três dicas, três princípios que irão ajudá-lo
a gerenciar melhor suas finanças. Provérbios 24.3,4 diz:
“Com sabedoria se constrói a casa, e com discernimento,
se consolida. Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem
do que é precioso e agradável”.
Sabedoria não é ter conhecimento, ou possuir determinadas
informações. É informação, conhecimento e
compreensão, juntamente com o critério de saber qual a
coisa certa a se fazer. Tiago capítulo 1 nos ensina que se
qualquer um de nós precisar de sabedoria deve pedi-la
ao Senhor.
PRIMEIRO CONSELHO: oração com sabedoria
O primeiro conselho é começar, hoje mesmo, a orar
regularmente: “Senhor, eu preciso de tua sabedoria para
lidar com a minha vida financeira, e me comprometo a
obedecer aos teus preceitos”. Não subestime o poder da
oração. Comece a orar ao Senhor por sabedoria financeira,
e Ele a concederá. Comece hoje, faça-o talvez durante
as refeições, mas comece agora.
A prudência, por outro lado, é essencial para o sucesso
econômico a longo prazo. Muitas perdas econômicas
observadas entre os homens de negócios da América Latina
e do Brasil devem-se a decisões erradas e precipitadas,
em matéria de investimentos empresariais.
SEGUNDO CONSELHO: Aja com prudência
nas tomadas de decisões econômicas
Tire um tempo razoável para orar, e buscar direção
na Palavra de Deus, tanto nos pequenos investimentos
do Senhor como nos maiores e mais importante. Mesmo
que “sinta” que o Senhor quer que você faça alguma
coisa, não siga os sentimentos que tem em seu coração,
siga a Palavra de Deus. Lembre-se: “Enganoso é o coração...”.
Finalmente, a palavra “ciência” é traduzida na NVI
como “bom senso”. A única maneira de ter bom senso
na tomada de decisões é ter a informação certa, ter educação
bíblica e financeira.
TERCEIRO CONSELHO: Eduque-se
Invista tempo a partir de agora para aprender sobre
a mordomia integral, a como Deus quer que você administre
as três letras “T”: tempo, talento e tesouros. Assim,
você não apenas prevenirá a escravidão financeira, mas
vai também exterminá-la de uma vez por todas.
Baseado no livro ¿Cómo salgo de mis deudas?, de Andrés
Panasiuk. Editora Thomas Nelson, 2003. 114p.
40 | Revista MDA

Revista MDA | 41

Whodson ALMEIDA
NA CRISE
FINANCEIRA,
O QUE FAZER?
Na Bíblia, existem milhares
de promessas para as pessoas
que acreditam na Palavra de
Deus, inclusive sobre prosperidade
financeira e riquezas aos que
desenvolvem princípios imprescindíveis
em relação ao dinheiro.
Eu quero deixar um conceito
sobre dinheiro que aprendi com
um grande homem de Deus:
“Dinheiro é meramente uma
recompensa que nós temos por
resolvermos o ‘problema’ das
pessoas, seja físico ou jurídico”.
Não podemos perder de vista
que a fonte do nosso dinheiro é
Deus. Para isso, obviamente, Ele
usa vários meios como, por exemplo,
a empresa onde você trabalha,
seu patrão, sua igreja e demais
pessoas. Todos estes, Deus
usa para abençoar você e sua
família, dando-lhes o que os especialistas
em finanças chamam
de “solvência monetária”, ou seja,
poder de liquidez e compra.
Existem pessoas que fazem
declarações simplistas, irônicas e
depressivas, como: “dinheiro não
faz ninguém feliz”. Bem, tampouco
a pobreza o fará feliz. É preciso
respeitar o dinheiro, pois dizem
que ele não leva desaforo para
casa. Em tempos remotos, alguns
pregadores chegaram a dizer que
o “dinheiro é coisa do diabo”. Certamente,
tais homens estavam
42 | Revista MDA
equivocados. Na verdade, o grande
apóstolo Paulo diz que o “amor
ao dinheiro é a raiz de todos os
males”, mas não o dinheiro em si.
Ele é um veículo de bênçãos para
o povo de Deus. A partir dos anos
90, no Brasil, as igrejas evangélicas
começaram a quebrar os
paradigmas de não falar sobre
dinheiro em seus cultos. Alguns
pastores, até mesmo de projeção
nacional, desvendaram esse “mistério”
e desafiaram o povo cristão
a crer na Palavra e a ser mais generoso.
CRÊ NA PALAVRA E
BUSCAR AO SENHOR
Em Isaías 65.10, lemos: “Sarom
servirá de campo de pasto de ovelhas
e o vale de Acor de lugar de
repouso de gado para o meu povo
que me buscar”.
Vamos entender um pouco melhor
este versículo. Primeiro, SA-
ROM situava-se numa planície e
havia duas regiões de pastagens
com este nome. A primeira é
“Em tempos remotos,
alguns pregadores
chegaram a dizer que
o “dinheiro é coisa do
diabo”. Certamente,
tais homens estavam
equivocados”.
aquela planície entre as montanhas
de Efraim e o mar Mediterrâneo,
e entre o Carmelo, ao norte,
e Jope, ao sul. Foi esta Sarom
que se tornou célebre pela sua
beleza e fertilidade, e ainda hoje
conserva suas qualidades, encontrando-se
na primavera adornada
de rosas brancas e vermelhas, de
narcisos, de cravos encarnados,
e de lírios brancos e cor de laranja.
Nas suas pastagens, apascentaram-se
as manadas do rei
Davi (I Crônicas 27.29). A beleza
e a utilidade desses campos eram
tantas que a sua perda seria considerada
como uma calamidade.
Certamente, Sarom era símbolo
da prosperidade. Segundo, Sarom
achava-se ao oriente do Jordão, e
constava de terras de pasto de Gileade
e Basã, onde o povo de Gade
alimentava seus rebanhos (I Crônicas
5.16).
Voltando para o texto, é entendível
quando o profeta Isaías diz
que esta região será de pasto para
as ovelhas. Agora, o intrigante
é quando ele fala sobre o “vale
de Acor”. No hebraico, a palavra
“akar” significa “perturbar”. Tanto
o nome do vale quanto do homem
(Acã) são relacionados com esta

palavra. É o vale da perturbação,
das intempéries da
vida, preocupações e problemas
financeiros. Mas, o texto
bíblico acima mostra que nesse
vale teremos descanso para o
nosso gado. Os animais naqueles
tempos eram “moedas” vivas. Istó
é, era o dinheiro que os senhores
feudais tinham para transacionar
mercadologicamente. Hoje,
o gado pode ser compreendido
como instituições, empresas e
igrejas. Quero que você entenda,
caro leitor (a), que Deus quer que
descansemos Nele, mesmo passando
pelo vale. O final do versículo
diz que o descanso só vem
porque buscamos ao Senhor.
“
Eu e minha esposa, desde que casamos, usamos uma planilha financeira.
Nela está nossas receitas e a descrição minuciosa de nossas despesas mensais”.
CONTROLE RIGOROSO DE
SUAS RECEITAS, DESPESAS
E INVESTIMENTOS
Por alguns anos, trabalhei
como consultor organizacional,
atuando no setor financeiro de
empresas. Lembro que alguns
empresários cometiam um grande
pecado financeiro de não saber
o quanto ganhavam e nem o
que gastavam. Infelizmente, suas
empresas encontravam-se em
situações difíceis. Vale lembrar
que esse problema de não ter um
controle preciso, também, os brasileiros,
em sua grande maioria, o
enfretam. Na verdade, muitos até
evitam tentar ter esse controle
para não terem o veredicto real
de sua situação financeira.
Eu e minha esposa, desde que
casamos, usamos uma planilha
financeira. Nela está nossas receitas
e a descrição minuciosa
de nossas despesas mensais. É
uma bússola que mostra como
está a nossa saúde financeira
e o que devemos “cortar” para
termos uma receita melhor. Se
você acha difícil alimentar uma
planilha dessas, pelo menos registre
em um caderno para que
não perca o controle. Hoje, temos
softwares específicos para
gerenciar as finanças das igrejas.
São ferramentas importantíssimas
para uma gestão eficaz.
Entretanto, é preciso um investimento
maior na capacitação
dos administradores eclesiásticos.
De nada vale bons softwares
se não temos pessoas qualificadas
para alimentarem tais
sistemas, contribuindo para as
tomadas de decisões mais precisas.
Outro ponto a ser analisado:
muitas vezes, é necessário constituir
um “mentor financeiro” para
lhe instruir a como administrar o
seu dinheiro. Ele pode levar você
a ter uma viagem contínua de
onde você está e para aonde quer
chegar. Isso envolve uma coleção
de instruções e mudanças de rotas
e atitudes. Também, as igrejas
evangélicas têm agendado com
vários pastores — que chamo de
“libertadores financeiros” — para
ministrarem em suas igrejas.
Eles carregam uma unção que
quebra o espírito de pobreza
e destranca uma fé financeira
para investir mais no Reino de
Deus. Istó é um bom investimento
que a igreja faz.
Para chegar ao epílogo deste
artigo, creio piamente que precisamos
estar alinhados à Palavra,
buscar ao Senhor com inteireza
de coração e praticarmos
um bom controle dos nossos
recursos, sem perder de vista o
investimento no Reino de Deus.
Somente assim, descansaremos
na crise financeira.
Whodson Almeida, 30, é
administrador de empresas e
possui MBA em marketing e
gestão empresarial. Gestor do
SEMDA e Revista MDA, ele é
casado com Andrezza
Santos e discípulo do pastor
Ivanildo Gomes, da Igreja
da Paz.
Revista MDA | 43

Luciano SUBIRÁ
O PRINCÍPIO DO
ORÇAMENTO
Quando falamos de honrar ao Senhor com os nossos bens, percebemos que as
verdadeiras perdas não são as dos nossos bens e dinheiro, e sim as do mau testemunho
gerado pela falta de pagamento. Portanto, o fato de termos um orçamento
pessoal e familiar nos ajuda muito a evitarmos uma má administração financeira,
que, certamente, terá um consequente mau testemunho.
“Orçamento” é a sua programação
(e consequente administração)
financeira. Seja no planejamento
mensal das contas
domésticas, ou no planejamento
da aquisição de um bem específico,
nós sempre devemos fazer
um orçamento.
O Senhor Jesus, falando de um
princípio espiritual de pessoas
que queriam seguí-Lo sem saberem
o quanto isto lhes custaria
em termos de renúncia, proferiu
uma parábola acerca da necessidade
de um orçamento, de um
planejamento financeiro:
“Pois qual de vós, querendo
edificar uma torre, não se
senta primeiro a calcular as
despesas, para ver se tem com
que a acabar? Para não acontecer
que, depois de haver posto
os alicerces, e não a podendo
acabar, todos os que a virem
comecem a zombar dele, dizendo:
Este homem começou
a edificar e não pôde acabar”
(Lucas 14.28-30).
A fim de ilustrar uma verdade
espiritual, Jesus mencionou o orçamento
de um empreendimento
como sendo a coisa mais natural
e lógica que qualquer um faria.
Este é um princípio de vida que
até os incrédulos utilizam (e que
nós também deveríamos utilizar!).
Se quisermos honrar ao
Senhor em nossa vida financeira,
teremos que gastar de forma regrada
e programada.
Fazer o orçamento é algo simples:
você calcula as suas entradas
(os salários da família e qualquer
outro rendimento) e começa a
deduzir delas as suas despesas fixas:
os dízimos; as ofertas; o aluguel
(ou prestação
da casa); as contas,
como água, luz, telefone,
condomínio,
etc.; despesas de
transporte (ônibus ou
a gasolina do carro,
além da sua manutenção);
convênio médico;
supermercado;
roupas; estudos; etc.
Você ainda deveria
“A fim de ilustrar
uma verdade
espiritual, Jesus
mencionou o
orçamento de um
empreendimento
como sendo a
coisa mais natural
e lógica que
qualquer um faria”.
ter uma margem de “sobra” (um
fundo de reserva) para eventuais
despesas não-programadas, como
farmácia, consertos do carro ou
de algum eletro-doméstico.
Se as suas despesas forem
maiores que o seu ganho, você
terá que cortar algumas delas.
Talvez você tenha que mudar o
seu padrão de vida, seja em relação
à casa onde você mora, ao
carro que você possui, aos gastos
supérfluos nas áreas menos necessárias
(como gastos em restaurantes),
às coisas que você consome,
etc. Senão, sempre haverá um saldo
negativo e você terá que tomar emprestado
para cobrir o
rombo. Com o acúmulo
dos empréstimos,
além dos juros, a sua
dívida se tornará uma
“bola de neve”, algo
sempre crescente.
Quando vivemos
de forma desordenada
em nossas finanças,
escandalizamos outras
pessoas e damos
44 | Revista MDA

oportunidade para que elas falem
mal do Evangelho. Por isso, somos
instruídos pelo Senhor a agirmos
de forma oposta a esta:
“Tendo o vosso viver honesto
entre os gentios, para que,
naquilo em que falam mal de
vós, como de malfeitores, glorifiquem
a Deus no dia da visitação,
pelas boas obras que
em vós observem. Porque assim
é a vontade de Deus, que,
fazendo o bem, tapeis a boca
à ignorância dos homens loucos;
como livres e não tendo
a liberdade por cobertura da
malícia, mas como servos de
Deus” (I Pedro 2.12,15,16).
Em vez de permitirmos que
falem mal de nós, devemos tapar
a boca dos que querem nos
difamar. E a melhor forma de
fazermos isto é com a nossa integridade.
Infelizmente, porém, muitos
crentes têm dado uma oportunidade
para os que querem falar
mal da fé, especialmente pela sua
falta de testemunho em sua vida
financeira. Por que isto acontece
tanto?
Como pastor, tenho percebido,
em muitas e muitas horas
de aconselhamento com pessoas
com a vida financeira arrebentada,
que, na maioria das vezes,
a intenção não é lesar ninguém
através de uma inadimplência ou
calote, mas o que acontece é por
pura falta de controle. Este tipo
de mau testemunho acontece não
só por dolo e maldade, mas também
porque não temos o hábito de
trabalharmos com orçamentos, o
que gera um descontrole, o qual,
por sua vez, gera dívidas maiores
que os ganhos, e, com os juros
aumentando o rombo, leva à bancarrota.
Porém isto não remove a
culpa nem o mau testemunho; só
desgasta o que pensamos sobre
as intenções da pessoa!
Muitas pessoas, no entanto, se
dizem cristãs e não têm escrúpulo
algum. São maldosas, ganham
dinheiro com lucros desonestos,
mentiras, roubos, sonegações de
impostos, etc. E, vivendo desta
forma, não serão os dízimos e as
ofertas entregues na igreja que as
colocarão na posição de estarem
honrando ao Senhor com os seus
bens. O que estas pessoas fazem
em suas vidas financeiras contradiz
e anula qualquer prática de
honra financeira que queiram dar
ao Senhor nos cultos! É hora de
mudarmos a nossa atitude se desejamos
que o Senhor nos honre
em nossas finanças.
Luciano Subirá é o responsável
pelo Orvalho.Com – um
ministério de ensino bíblico ao
Corpo de Cristo. Também é pastor
da Comunidade Alcance em Curitiba
(PR). Casado com Kelly, é pai
de dois filhos: Israel e Lissa.
Alex Rangel | Autor
Revista MDA | 45

A Igreja Batista da Liberdade nasceu com o objetivo de ser mais uma agência poderosa do céu para
a cidade de João Pessoa (PB). É originada da sólida Igreja Evangélica Batista, instituição idônea com
92 anos de história. Nossa primeira reunião foi em células, em 17/01/2013. Em 03/03/2013, celebramos
o culto inaugural da congregação. Em 01/07/2014 fomos emancipados, e nesses dois anos
de existência, temos atravessado lutas e dificuldades, mas contabilizamos inúmeras vitórias, com a
certeza de estarmos no centro do propósito de Deus.
No dia 21/08/2014, apaixonados pela visão MDA, que resgata a vivência da igreja de Atos, iniciamos
as primeiras células da Liberdade. Somos, atualmente, os 300 de Gideão que, animados, sonhamos
em plantar células em cada canto da capital paraibana, e, JUNTOS E UNÂNIMES, ser mais do que
os 3 mil de Atos. Dentre algumas estratégias, Deus nos presenteou com o Congresso Perfumadas,
oportunidade em que mais de 3 mil mulheres são edificadas na Palavra.
Somos um lugar de libertação e vida, cuja missão é ganhar pessoas e cuidar bem delas por meio
do discipulado, em que cada membro é um discípulo e cada discípulo, um líder compromissado. Temos
absoluta certeza que no Senhor, e em unidade com igrejas coirmãs que compartilham da mesma
visão, impactaremos a cidade de João Pessoa com as Boas-Novas de Jesus.
Seja bem-vindo a essa família! Louve, celebre, pois você faz parte dessa história, uma história de
LIBERDADE. E isso é só o começo!!!
Ismael e Andréa Machado
São os pastores da Igreja Batista da Liberdade. Os dois
são graduados em administração e direito. Pastor Ismael
é teólogo e assessor jurídico do CREA/PB.
Rua Orestes Lisboa, 136 | Pedro Gondim | João Pessoa | PB
Fone: (83) 3576.2879 e 98810.9693 (whatsapp)
iebl@outlook.com | facebook: IBL/JoãoPessoa
www.mulheresperfumadas.org.br
facebook: PERFUMADASJP
Revista MDA | 47

DICAS PARA
ECONOMIZAR
Você sabia que o Dia Mundial da Poupança é comemorado em 31 de outubro? A data
foi criada pelo Instituto Mundial de Bancos de Poupança, em 1925, na Itália, um ano após
a sua fundação, com o objetivo de conscientizar a população mundial sobre os benefícios
da poupança e as consequências negativas que a falta de planejamento financeiro
podem acarretar para a vida familiar.
Sabemos que muitas pessoas não fazem qualquer tipo de poupança, seja diária, semanal,
mensal ou anual. No entanto, a poupança é essencial em período de crise, seja
nacional ou familiar (como a perda de um emprego, por exemplo). Se alguns passos forem
seguidos, não se torna tão difícil começar a poupar e reduzir custos.
Com base em dicas de especialistas, a Revista MDA lista 10 maneiras para você economizar:
1. Tenha um objetivo fixo
(comprar uma casa nova, um
carro, fazer uma viagem e
etc.);
2. Faça um cálculo de quanto
será necessário para
concretizar o objetivo;
3. Quando receber o salário,
poupe um pouco antes de
gastar com qualquer outra
coisa. Guarde ao menos 10%
do que ganha;
4. Evite comprar por impulso;
5. Pesquise e procure sempre
comprar à vista;
6. Use o cartão de crédito e
débito com moderação;
7. Esteja atento às despesas
fixas da casa (conta de água,
luz, telefone, internet e etc.);
8. Procure sempre fazer uma
lista de compras antes de ir
ao supermercado;
9. Prefira comer em casa e
não jogue comida fora,
pois desperdiçar alimento é
desperdiçar dinheiro.
10. Ao ir às compras, não
custa nada pechinchar para
conseguir um desconto;
48 | Revista MDA

Revista MDA | 49

Sociedade
Seja um comprador inteligente. Não há nada mais perigoso para os
sistemas de venda com grandes promoções do que um consumidor
bem informado. Seja pela internet, por telefone ou diretamente nas lojas,
precisamos ser consumidores conscientes e sábios.
COMO PODEMOS COMPRAR DE
MANEIRA INTELIGENTE?
Como consumidores, precisamos ser inteligentes,
quando se trata de ler e reagir
diante da publicidade. Em muitos casos,
serviços especializados de marketing usam
falsa publicidade para nos induzir a comprar
um produto que realmente não precisamos.
Para isso, muitos usam recursos de convencimento
psicológico e linguagem subliminar.
No Brasil, além da Constituição Federal e
do Código de Defesa do Consumidor, há órgãos
como o PROCON e o DECON, que garantem
que os compradores e recebedores
de serviços não sejam enganados por empresas
ou pessoas inescrupulosas.
LETRAS PEQUENAS E ASTERISCOS
Em primeiro lugar, preste bem atenção
nas letras pequenas e nos asteriscos. Os
anúncios devem informar claramente todas
as condições, tais como: prazo de vigência,
estoque, preço e formas de pagamento.
Recomenda-se ler atentamente as letras
miúdas e as informações contidas nos asteriscos,
principalmente quando elas são jogadas
para o rodapé da página ou do texto.
Geralmente, eles são utilizados para claras
restrições de promoções e ofertas.
PREÇO
Em segundo lugar, veja tudo que envolve
o preço. Insista para que o preço à vista seja
respeitado, aquele que é comunicado no produto,
mesmo que eles digam que foi um erro
ou que se refere a outro produto. O anúncio ou
informação no ponto de venda deve informar
claramente que o preço anunciado se aplica a
determinados produtos.
FORMAS DE PAGAMENTO
Verifique sempre se as formas de paga-
50 | Revista MDA

mento anunciadas estão corretas. Preste
atenção se a propaganda indica, que para
as promoções anunciadas, eles aceitam
somente determinado cartão de crédito ou
apenas dinheiro em espécie. Observe também
a duração da oferta. Ofertas e promoções
têm um período de tempo limitado. Se
a data não estiver informada na publicidade,
você tem o direito de exigir que a oferta
ainda seja mantida, mesmo que eles digam
que o prazo acabou.
Em resumo, aqui estão algumas recomendações:
• O anunciado nas propagandas deve ser
considerado como parte do contrato.
Tudo que aparece no anúncio pode ser
reivindicado, se você cumprir as condições
estabelecidas. Não se deixe influenciar
pelas grandes promessas, lembrando-se
sempre daquele ditado que diz:
“quando a esmola é muito grande, o santo
desconfia”. Existem promoções boas
demais para ser verdade.
• Concentre-se na informação relevante do
produto. Pergunte sobre os benefícios e
descontos anunciados. As propriedades
e os benefícios atribuídos aos produtos
devem ser verificáveis, ou seja, eles devem
ter evidência científica ou técnica
para apoiar o que está sendo prometido.
• A publicidade deve garantir que suas
mensagens não discriminarão qualquer
público. Não adianta dizer: “Serão cinco
dias de desconto”, se não se indica, claramente,
quando começam ou terminam
os cinco dias. Os consumidores têm o direito
de exigir que o que foi anunciado na
propaganda seja cumprido e respeitado.
Seja um comprador inteligente. Não há
nada mais perigoso para os sistemas de
venda com grandes promoções do que um
consumidor bem informado.
Revista MDA | 51

Ivanildo GOMES
Seu nome de batismo era
AGNES GONXHA BOJAXHIU,
nascida em 27 de agosto
de 1910, em Skopje, na
Macedônia. Era filha de
um merceeiro albanês. Foi
para a Irlanda em 1928,
mas, logo em seguida
embarcou para a Índia, onde
solicitou permissão para
trabalhar com os pobres de
Calcutá. Criou uma obra
de caridade de repercussão
mundial, a Ordem das
Missionárias da Caridade,
e, em 1979, foi laureada
com o Prêmio Nobel da
Paz, honraria concedida
apenas a pouquíssimas
personalidades mundiais
até hoje.
A PRINCESA
DE CALCUTÁ
Sua obra
Até a idade de 87 anos, ela
trabalhou duro pelas ruas de
Calcutá, ativamente engajada
em ajudar os pobres e destituídos.
Assim, ela proclamava a
sua mensagem de que os pobres
devem ser amados, porque um
Deus amoroso os criou. Não que
Deus tenha prazer em que as
pessoas sejam famintas, doentes
e miseráveis, mas as estruturas
sociais, políticas e, principalmente,
as castas discriminatórias,
como é caso da Índia, cooperam
52 | Revista MDA
para que o estado de miséria se
agrave. A injustiça tem suas origens
no pecado e na corrupção
moral da raça humana, mas, em
Jesus estão todas as respostas de
redenção, de revalorização do ser
humano, de resgate da dignidade
e da vida. Foi por isso e para
isso que a Madre Tereza viveu e
morreu.
Ela dizia: “Felizmente, há neste
mundo pessoas que lutam
pela justiça e pelos direitos humanos,
que lutam para mudar as
estruturas. O contato diário de
nossas irmãs é com pessoas que
não têm sequer uma migalha
de pão para se alimentar. Nossa
missão é considerar o problema
numa base individual, ao invés
de coletiva. Nossa preocupação é
com uma pessoa, não com uma
multidão. Nós estamos procurando
aquele ser humano com
quem Jesus se identificou, quando
disse: “Tive fome e me destes
de comer”.
Dominique Lapierre, em seu
livro The City of Joy, diz que Madre
Tereza acreditava que os po-

es não são somente os milhões
que passam fome, mas também
os milhões de pessoas excluídas,
solitárias, intocadas ou sem teto.
O que mais essas pessoas precisam,
segundo ela, é do toque humano
de coisas como amor, justiça,
esperança e dignidade.
Língua afiada
Madre Tereza cria e vivia a realidade
de que a maior cura que
o ser humano precisa é a cura
da sua alma, do seu coração, e
isto torna mais fácil a cura e a
recuperação físicas. Ela dizia
que “a mais terrível doença que
pode atingir o ser humano é não
ter perto de si alguém para ser
amado. Sem um coração cheio
de amor, sem mãos generosas, é
impossível curar um homem sofrendo
de solidão”.
Quando os astronautas foram
à lua, em 1969, repórteres das
grandes redes de televisão americanas
e inglesas perguntaram
a Madre Tereza o que ela achava
deste grande salto no progresso
da humanidade. Ela respondeu
o seguinte: “Se eles descobrirem
que há mendigos, pobres e excluídos
na lua, eu abro uma extensão
da minha ordem lá, no
próximo mês”. Em outras palavras,
o verdadeiro progresso da
humanidade não é a conquista
da lua vazia ou o domínio de tecnologias
espaciais avançadíssimas,
onde bilhões de dólares são
queimados e perdidos, como tem
acontecido com a destruição de
naves espaciais da Nasa, como
foi o caso da Columbia. Progresso
verdadeiro seria a transformação
dos homens, mudanças significativas
na qualidade de vida e nas
relações entre os seres humanos.
Numa entrevista com muitos
repórteres ingleses, referindo-se
a algumas visitas que ela fizera
à Inglaterra, Madre Tereza lhes
disse: “Eu tenho andado à noite
pelas vossas ruas. Eu tenho entrado
nas vossas casas. Eu tenho
encontrado nelas mais pobreza
do que na Índia. Eu tenho encontrado
a pobreza da alma, da falta
de amor”.
Sua morte
Madre Tereza morreu no dia
05 de setembro de 1997. Em
outras circunstâncias, seu falecimento
teria sido um acontecimento
de repercussão mundial, e
personalidades do mundo inteiro
teriam ido prestigiar seu funeral.
Mas não foi assim. Ela morreu e
foi enterrada tão discretamente
quanto viveu. E por quê? Simplesmente,
porque, na mesma
semana, morreu Diana, a Princesa
de Gales, em um acidente automobilístico,
em Paris.
O enterro das duas coincidiu.
Diana foi velada por uma semana,
e teve ampla e total cobertura
da mídia mundial. Madre
Tereza foi velada por dois dias, e
recebeu curtas menções, uma rápida
e tímida cobertura da mídia
internacional. Todos os holofotes
se voltaram para o funeral real,
na Europa.
Ofuscada pela princesa de Gales?
Não creio. Na verdade, diante
de Deus e dos pobres de Calcutá,
dos milhões ajudados por ela
e pela sua ordem, a verdadeira
princesa era ela, a Princesa-Madre
Tereza de Calcutá.
Alguns mais
pensamentos de
Madre Teresa:
“Todas as nossas palavras
serão inúteis, se não brotarem
do fundo do coração. As
palavras que não dão luz
aumentam a escuridão”.
“O que eu faço, é uma gota no
meio de um oceano.
Mas, sem ela, o oceano será
menor”.
“Há medicamentos para toda
a espécie de doenças, mas, se
esses medicamentos não forem
dados por mãos bondosas,
que desejam amar, não será
curada a mais terrível das
doenças: a doença de não se
sentir amado”.
“Sou apenas um instrumento,
um pequeno lápis nas mãos do
Senhor, com o qual Ele escreve
aquilo que deseja. Por mais
imperfeitos que sejamos, Ele
escreve magnificamente”.
Revista MDA | 53

MISSÕES
MÁRTIRES
BOKO HARAM
A CADA CINCO MINUTOS
UM CRISTÃO É ASSASSINADO
A perseguição aos cristãos está ultrapassando
um recorde histórico em todo o mundo. Mesmo
diante de toda a divulgação feita pelas agências
missionárias a respeito dessa violência, nenhuma
solução, em larga escala, para conter esses atos, foi
tomada pelas autoridades.
Os dados dessas organizações mostram que um
cristão é martirizado a cada cinco minutos, em algum
lugar do planeta. Outras estatísticas revelam
que 100.000 cristãos (católicos, evangélicos, ortodoxos)
são assassinados por ano, ou seja, 11 por hora.
Só no ano passado, 4.344 cristãos foram mortos por
causa de sua fé, e 1.062 igrejas foram atacadas em
todo o mundo, segundo a agência Portas Abertas.
No Oriente Médio e norte da África, essa perseguição
vem através de grupos muçulmanos, como Boko
Haram e Estado Islâmico. Na Ásia, o principal perseguidor
é o governo. Na Coreia do Norte, por exemplo,
há relatos que milhares de cristãos estão detidos em
campos de concentração; na China, um número não
revelado de cristãos enfrenta ameaças diárias.
ATAQUES LEVAM 500 MIL CRIANÇAS
A DEIXAR SUAS CASAS
Cerca de 500 mil crianças foram forçadas a fugir
dos seus locais de origem, nos últimos cinco meses,
devido à intensificação dos ataques do grupo radical
islâmico Boko Haram na Nigéria, em Camarões,
no Chade e Níger, anunciou em setembro o Fundo
das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Com esses números, chega a 1,4 milhão o número
de crianças da região que deixaram suas casas por
causa dos ataques islâmicos, concentrados principalmente
em áreas remotas do Nordeste da Nigéria.
Mais 265 mil crianças foram atingidas em Camarões,
no Chade e Níger. Esses países têm sido
cada vez mais visados pelo Boko Haram, desde que
se juntaram ao Exército da Nigéria, em uma contraofensiva
regional.
O Boko Haram luta para estabelecer um Estado
Islâmico no Nordeste da Nigéria, desde 2009.
Pelo menos 15 mil pessoas foram mortas nesses
seis anos de conflitos. As informações são da Agência
Lusa.
54 | Revista MDA

A Igreja da Paz em Macapá tem experimentado um tempo precioso de conquistas. A cada dia
Deus tem manifestado a sua graça sobre o seu povo, nos trazendo vitórias em meio às batalhas que
enfrentamos para estabelecer o Reino de Deus no Estado do Amapá.
Recentemente, para a glória de Deus, ultrapassamos a marca das 1.000 células, o que mostra que
a Visão do MDA tem sido passo a passo consolidada no coração do povo. O Senhor tem levantando
líderes de células que aceitaram o desafio do “Ide de Jesus”, de fazer discípulos em todas as nações.
Pois sabemos que quando somos cheios do Espírito Santo, devemos ser testemunhas de Jesus, a
começar por nossa Jerusalém, no nosso caso, o Amapá.
Para marcar essa conquista e continuarmos a aprender sobre a Visão que Deus tem nos dado,
realizamos, entre os dias 25 a 29 de agosto, a Conferência da Visão do MDA Amapá. Foram dias tremendos,
de grande manifestação do Espírito Santo, através das ministrações dos pastores: Geraldo
Batista (Santarém-PA), Rico Assunção (Santarém), Jango Guimarães (Porto Velho-RO), Nilton
Almeida (Santana-AP) e Luis Alberto (Macapá). Participaram também da Conferência, na parte
musical, o Ministério Paz de Louvor e Adoração de Macapá e o cantor Carlos Rilmar, da Igreja da Paz
de Fortaleza, derramando sobre o povo de Deus uma poderosa unção de alegria.
Finalizando a Conferência, realizamos a Celebração de Células, no Ginásio de Esportes Avertino
Ramos, com capacidade para sete mil (7.000) pessoas, onde uma multidão vestida com as cores
da Visão fizeram uma grande festa, celebrando as nossas multiplicações e profetizando que o Amapá
pertence ao Senhor Jesus.
Revista MDA | 55

Erivaldo AMARAL
O pastor Erivaldo
Amaral e sua
família são
missionários
na Itália
DESAFIOS PARA
CONQUISTAR UMA NAÇÃO
D
esde 1994 que o Senhor me
chamou para a nação italiana,
e, desde então, que tenho
um clamor que arde no meu coraçao,
pois meu grande desafio é
conquistar o propósito do Pai para
minha vida. Em abril daquele ano,
quando ainda era um obreiro da
JOCUM (Jovens Com Uma Missão)
em Belém (PA), o Senhor, de um
modo audível, me chamou, fazendo
ver a vida de Paulo, quando
escrevia a carta aos Romanos,
em uma prisao domiciliar. Então,
o Senhor me disse que Paulo não
era um cidadão romano de nascença
e sim de direito, e, assim,
Ele me faria nessa nação. Daquele
momento em diante, iniciei meu
clamor e desafios para essa conquista.
Viver o propósito de Deus é algo
desafiador a qualquer cristão. Nós
escolhemos isso para nossa vida,
digo NOSSA VIDA, porque esses
desafios não se limitavam somente
a mim, mas também a minha
esposa (Andréa Carla) e meus filhos
(Abner e Abraão). O desafio
de ser marido, pai e perseguidor
dos sonhos de Deus foi algo que
levou muitos anos de aprendiza-
56 | Revista MDA
do, até que nós pudéssemos chegar
à terra prometida. Assim como
Josué teve seus desafios, depois da
morte de Moisés, tendo de conduzir
o povo de Israel a alcançar o
propósito de Deus, assim, o Senhor
me desafiava sempre a me espelhar
em Jesus e na vida de Josué,
e, até hoje, tenho vivido desafiado
por Ele.
O tempo é algo muito determinante
para conquistar os desafios,
pois esse fator foi a chave para nós
que temos chamado, pois o tempo
de Deus não é o nosso tempo,
assim, nós tivemos algo que nos
impulsionou muito a não desistir,
que foi a PERSEVERANÇA. Isso
nos fez crer nos momentos de desânimos
e de sentimentos de frustração,
por não ter ainda conquistado
o nosso chamado.
Por que digo que o tempo foi
algo que gerou perseverança em
nossos corações e que não nos deixou
jamais desistir? Porque esperamos
16 anos, até entrarmos na
terra prometida. Levantamos intercessores,
durante esses longos
anos, por toda a nação brasileira:
amigos e irmãos em Cristo de diferentes
denominações clamaram
pela nação italiana, e isso gerou
um vínculo de amor incondicional
com muitos, em todo Brasil. Assim,
Deus também levantou pessoas
com uma chamado específico
a vir doar seu tempo e vida a Ele
na Itália: dois casais da Igreja da
Paz de Santarém (pastores Luís e
Zuleide, Fernando e Silvia) se juntaram
a nós. E, nesse ano de 2015,
tivemos mais um casal de pastores
que vieram da Igreja da Paz de
Altamira (PA), Haroldo e Marcela
Marinho, para nos ajudar a cumprir
os sonhos de Deus nessa nação.
Meus filhos cresceram nos ouvindo
clamar por um país, sem
saber o que poderia acontecer no
futuro, da mesma maneira que
semelhantemente Deus chamou a
Abraão, sem ele saber o que aconteceria
em seu futuro. Mas, tinha
algo que o sustentava: eram as
promessas do Pai. Assim fizemos,
nossos filhos cresceram crendo
junto conosco, nas promessas do
Pai para Itália.
Em agosto de 2010, entramos
na terra prometida. Era o dia do
aniversário de minha esposa, 25
de agosto, e Deus falou, no seu

coração, que a entrada no solo
italiano seria o Seu presente de
aniversário. Desde então, nós intensificamos
em nos contextualizar
com o povo daqui, sendo que
nossos filhos se inseriram muito
rápido, familiarizando-se com a
língua e alguns costumes da região
em que vivemos até hoje. Foi
um grande desafio estar em uma
nação que não sentíamos que era
a nossa por herança, mas nao desistimos
e jamais desistiremos, e
tem valido a pena perseverar.
A cultura de uma país tem seus
prós e contras. Temos orado pedindo
direção para que o Senhor nos
use a redimir essa parte da cultura
que tem levado o povo italiano
à escravidão, através de uma religiosidade
que tem causado uma
cegueira espiritual, mas cremos
que os princípios da Palavra são
imutáveis e transculturais.
A língua é um fator muito crucial,
e esse tem sido um dos grandes
desafios de nossa equipe, pois
o idioma é o coração de um povo.
Quando conseguimos dominar
uma outra língua que não é de
nascença e sim de direito, conseguimos
entender melhor aquele
povo, e se torna mais fácil levar a
cultura a uma redenção cristã.
Em outrubro de 2013, iniciamos
a primeira célula com nossas
famílias de pastores, e o Senhor
foi acrescentando os santos, de
forma sobrenatural. E, em maio,
deste ano, tivemos o privilégio de
ter conosco os nossos líderes da
Missão Paz, pastores Paulo e Rebecca
Hubrik, para a inauguraçao
da primeira Igreja da Paz na Itália
e na Europa, pois cremos que
seremos milhares nessa nação e
continente.
Nosso desafio continua, até que
o Senhor Jesus volte, pois cremos
que tudo que passamos e que temos
conquistado, até hoje, é um
pequeno começo que não desprezaremos
jamais; pelo contrário,
queremos valorizar ao máximo
cada momento que o Senhor tem
nos proporcionado aqui. Recentemente,
o pastor Luís e sua família
foram para o norte da Itália
(Turim), iniciar a segunda Igreja
da Paz no país, e ficaram conosco
os pastores que vieram este ano.
E que nós possamos conquistar
cada desafio que enfrentaremos,
porque ISTO É SÓ O COMEÇO!!!
Erivaldo Silva do
Amaral, 45 anos, é o
pastor-presidente da Igreja
da Paz Itália, desde 2013. Foi
missionário da JOCUM (Jovens
Com Uma Missão) por 18
anos. É casado com a pastora
Andréa Carla e pai de dois
filhos (Abner Giácomo e
Abraão Giovanni).
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Fortaleza | Ceará | Fone: (85) 3476.1205 | 99917.3781
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