13/10/99 18/10/99 Score Pistola dupla 13/10/99 L 0,65 175,90 114,34 18/10/99 23/10/99 Súlfur Pistola dupla 23/10/99 L 6 1,52 9,12 1/11/99 Impact Pistola dupla 23/10/99 L 1 33,41 33,41 Tilt Pistola dupla 23/10/99 L 0,47 71,56 33,63 1/11/99 Lannate Pistola dupla 23/10/99 Kg 2,33 14,50 33,79 Thio<strong>da</strong>n Pistola dupla 1/11/99 L 3,86 13,42 51,80 TOTAL 658,59 1 Os preços dos produtos fitossanitários apresentados nesta tabela não correspondem <strong>ao</strong> preço de balcão <strong>da</strong>s lojas especializa<strong>da</strong>s, apenas para compras de grande volume como é o caso <strong>da</strong> MAÍSA. Para amostragem de adultos, ninfas e ovos, durante a realização do experimento, 5 folhas foram coleta<strong>da</strong>s, em ca<strong>da</strong> tratamento e repetição de tratamento. Em ca<strong>da</strong> folha, uma área de 4 cm 2 foi amostra<strong>da</strong>. Para determinação do número de indivíduos, adultos e ninfas <strong>da</strong> mosca branca, em nível de campo, uma escala de valores únicos foi elabora<strong>da</strong>: 1= (0 – 5), 2= (6 – 10), 3= (11 – 20), 4= (21 – 30), 5= (31 – 40), 6= (41 – 50) e 7= >50. Os resultados <strong>da</strong> amostragem foram convertidos em um índice médio de infestação (IMI) para ca<strong>da</strong> tratamento e repetição de tratamento. Para processamento dos <strong>da</strong>dos, registrou-se a quanti<strong>da</strong>de de amostras realiza<strong>da</strong>s em ca<strong>da</strong> categoria de infestação (fx), multiplicando-se a quantia observa<strong>da</strong> e dividindo-se pela somatória do número total de amostras realiza<strong>da</strong>s (modificado de Sena 1996): IMI = f 1 (1) + f 2 (2) + f 3 (3) + f 4 (4) + f 5 (5)/número de amostras. Os resultados obtidos dos experimentos realizados foram submetidos à análise de múltipla variância (ANOVA), do teste F de Scheffé, obedecendo-se as diferenças entre as médias pelo teste “Least significant difference (LSD)” e limite de confiança de 95%. As análises realiza<strong>da</strong>s dos <strong>da</strong>dos obtidos revelaram ser extremamente promissoras apesar <strong>da</strong> grande pressão exerci<strong>da</strong> por populações <strong>da</strong> mosca branca durante o desenvolvimento do experimento. No início do experimento com o aparecimento <strong>da</strong>s primeiras folhas de melão, a população <strong>da</strong> mosca branca era relativamente baixa, aproxima<strong>da</strong>mente 3 adultos/folha quando comparado com folhas de plantas de áreas adjacentes. Contudo, à medi<strong>da</strong> que o estudo avançava, uma nuvem de mosca branca surgiu em to<strong>da</strong> a região do Pólo Açu/Mossoró, vin<strong>da</strong> provavelmente de regiões próximas, de áreas abandona<strong>da</strong>s ou de término de colheita. A partir de então, a população <strong>da</strong> mosca branca aumentou consideravelmente em to<strong>da</strong> a região e conseqüentemente, na área experimental. Em áreas adjacentes <strong>ao</strong> experimento, ovos e ninfas foram contados sobre folhas de melão e melancia. Obteve-se um número médio por folha e por cm 2 de 362,9 (200,7) ovos e 15,0 (14,0) ninfas sobre o melão e em melancia, 30 (16,4) ovos e 128,0 (89,0) ninfas. .
Estes fatos explicam a evolução do crescimento geométrico <strong>da</strong> população deste inseto durante o desenvolvimento do experimento. Em nível de campo, três avaliações foram realiza<strong>da</strong>s, que foram 20, 35 e 61 dias após o início do experimento. Na primeira avaliação apenas adultos foram contados, na segun<strong>da</strong> e terceira, adultos e ninfas. A Figura 1 mostra o IMI obtido para ninfas e a Figura 2, para o de adultos, para ca<strong>da</strong> tratamento, respectivamente. Após a colheita dos frutos, o IMI também foi obtido para ovos e ninfas, a partir de contagens realiza<strong>da</strong>s com o auxílio do microscópio estereoscópio e pode ser visto na Figura 3. Através <strong>da</strong> ANOVA, observou-se que para ninfas <strong>da</strong> mosca branca não houve diferenças significativas entre as repetições de tratamento (F= 0,73, p> 0,5, nível de significância= 0,53), porém, entre os tratamentos e avaliações quanto a presença desta fase <strong>da</strong> mosca branca nas plantas do ensaio, as diferenças foram significativas (F= 17,08, p< 0,05, nível de significância= 0,53) e (F= 61,47, p< 0,05, nível de significância= 0), respectivamente. Quanto à presença de adultos, as diferenças foram significativas quando as avaliações e tratamentos foram comparados entre si, (F= 37,08, p< 0,05, nível de significância= 0) e (F= 9,31, p< 0,05, nível de significância= 0), respectivamente. Entre as repetições do tratamento estas diferenças não foram significativas (F= 1,26, p> 0,5, nível de significância= 0,29). Quando o número de ovos entre as repetições de tratamentos e tratamentos foram comparados, observou-se que no primeiro caso não houve diferença significativa (F= 0,72, p> 0,5, nível de significância= 0,55), <strong>ao</strong> contrário dos tratamentos (F= 2,18, p>1,0, nível de significância= 0,07), O número médio de adultos obtidos, de acordo com a escala de valores únicos, foi menor na segun<strong>da</strong> avaliação, 2,21 e nos tratamentos 8, 2,5; os tratamentos 1 e 3 foram os que apresentaram o maior IMI, 5,27 e 5,58, respectivamente. Para ninfas, esse número foi menor na primeira avaliação, 1,93 e nos tratamentos 1 e 3, apresentando 5,66 e 5,91, respectivamente. Contudo, no tratamento de número 6, esse número foi bem menor, 1,93. Para ovos, os tratamentos 1, 3 e 4 foram os que apresentaram o maior número, 7, para os três tratamentos e os de número 5 e 7, a menor quanti<strong>da</strong>de, 2, para ambos. O IMI total para estas três categorias, durante o período de duração do experimento, de acordo com a escala de valores únicos, foi de 5,0 para ovos, 4,0 para ninfas e 3,68 para adultos. Pode-se observar que o nível de infestação, na área experimental, tanto para adultos como para ovos e ninfas superou em muito o nível de <strong>da</strong>no e limite estabelecidos por países que tiveram grandes per<strong>da</strong>s com a cultura do melão. Palumbo et al. (1994) citado em Camberos (1998) recomendou um limite econômico para o biótipo B de 3 adultos/folha em melão, no Arizona, EUA. Riley & Palumbo (1995 a,b) citado em Camberos (1998) estimaram 0,5 ninfas (4 o instar)/7,7 cm 2 de área foliar, e 1,0 adulto/folha em melão no Texas, EUA, ou 3,0 adultos/folha no Arizona. Nava (1996) citado em Camberos (1998) determinou 8,1 a 10,5 ninfas por 6,45 cm 2 de área foliar e de 4,1 a 8,6 adultos/folha em melão. De acordo ain<strong>da</strong> com Palumbo et al. 1994 citado em Camberos (1998) e Tonhasca et al. (1994) citado em Camberos (1998), é necessário minimizar o estabelecimento <strong>da</strong> mosca branca em regiões nas quais sua presença foi detecta<strong>da</strong>, porque se em uma área for encontra<strong>da</strong> uma média de 25 adultos <strong>da</strong> mosca branca por folha, a redução na colheita de melão será de 52%, com per<strong>da</strong> de 2% no brix e 50% <strong>da</strong>s frutas ficarão cobertas pela excreção açucara<strong>da</strong> elimina<strong>da</strong> pela mosca branca, o que compromete a comercialização dos frutos e a ren<strong>da</strong> que seria gera<strong>da</strong>. No México este inseto causou per<strong>da</strong>s totais em 1991/92, nas culturas de melão e melancia (Cardenas-Morales et al 1996). No estado <strong>da</strong> Califórnia (EUA) os prejuízos ultrapassaram US$ 0,5 milhão/ano entre 1991 e 1994, provocando uma taxa de desemprego de 15.364 indiretamente e de 9.184 diretamente. Atualmente, naquele estado <strong>ao</strong> invés de duas safras <strong>ao</strong> ano tem-se apenas uma (Henneberry & Toscano, 1998).