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planeta verde<br />

Em Jundiaí, cidade do interior de São Paulo, as<br />

bolsas retornáveis substituíram definitivamente<br />

as sacolinhas plásticas, que deixaram de circular<br />

nos supermercados graças a um projeto pioneiro<br />

no Brasil. Customizadas, viraram até acessório<br />

de moda. E você já tem uma?<br />

Entre nessa onda<br />

Mais resistentes, as sacolas retornáveis são<br />

comercializadas pelos supermercados<br />

Acostumada a encher o portamalas<br />

do carro com as compras do mês,<br />

a educadora Samantha Costa, 35 anos, levou<br />

um susto quando soube que as sacolinhas<br />

plásticas não seriam mais fornecidas pelos<br />

supermercados de Jundiaí, cidade a 50 quilômetros<br />

de São Paulo. “Como levar as compras<br />

para casa?”, perguntou. “Achei que seria<br />

muito difícil me acostumar, mas hoje tenho<br />

duas sacolas retornáveis no carro e, quando<br />

me esqueço de levá-las, acabo comprando<br />

as biodegradáveis.” A mudança de hábitos de<br />

Samantha é resultado de um projeto pioneiro<br />

no Brasil, que simplesmente retirou de circulação<br />

as sacolas plásticas dos supermercados<br />

desde agosto do ano passado. A experiência<br />

deu certo e foi aprovada pela população da<br />

cidade. “Deveria ser uma lei nacional, assim<br />

o nosso país teria um problema a menos”, sugere<br />

a cabeleireira Vera Omizolo, que se preocupa<br />

com as questões ambientais e adotou<br />

medidas a favor do planeta no seu dia a dia.<br />

Por Ana Paula Bardella<br />

“Pelo menos 12 cidades de São Paulo, além<br />

de outros cinco Estados, já buscaram informações<br />

sobre a iniciativa de Jundiaí”, conta<br />

Edwaldo Bronzeri, vice-presidente da Associação<br />

Paulista de Supermercados (Apas),<br />

responsável pelo projeto em parceria com<br />

a prefeitura. A primeira capital a aderir foi<br />

Belo Horizonte, que, em abril, também disse<br />

adeus às sacolinhas. Enquanto vai dando o<br />

exemplo, Jundiaí comemora os resultados e<br />

as 560 toneladas de plástico poupado, o que<br />

corresponde a 160 milhões de sacolas que<br />

deixaram de circular nesse período. A campanha<br />

também chegou à Assembleia Legislativa<br />

de São Paulo, onde tramita o projeto<br />

de lei 745/2010 que propõe a proibição do<br />

fornecimento de sacolas plásticas pelos estabelecimentos<br />

comerciais em todo o Estado.<br />

“A tendência é que a campanha se estenda<br />

para todo o Brasil”, reforça Bronzeri. Mas<br />

um acordo entre o governo paulista e redes<br />

de supermercado já prevê o fim do uso das<br />

FOTOS: ANA PAULA BARDELLA<br />

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