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Carta-Polis-AGO-Final

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POLÍTICA / BRASÍLIA<br />

O que<br />

se passa<br />

COM A PROPAGANDA DO GDF?<br />

Fernando Vasconcelos (*)<br />

O colunista Fernando Vasconcelos publicou hoje no seu blog uma análise que me deixou estarrecido.<br />

Se é que eventos como esse – licitação pública para agências de publicidade – ainda podem<br />

deixar estarrecido um profissional com 39 anos de vivência que já viu de tudo.<br />

Mas, cada dia aprendo novas facetas sobre esse mundo criativo da publicidade oficial. O texto<br />

abaixo é sobre a recente licitação que escolheu novas agências pata atender as contas do governo<br />

Rodrigo Rollemberg.<br />

Com a palavra, Fernando Vasconcelos:<br />

Concorrência do GDF em saia justa<br />

A Licitação realizada pelo Governo do Distrito Federal,<br />

para contratação de três agências de publicidade<br />

para atendimento de sua conta publicitária, recebeu quatro recursos.<br />

“No último dia 27, foi publicado no Diário Oficial do DF<br />

o resultado da classificação das agências. A Sette Graal ficou<br />

em primeiro lugar, Propaganda Desigual em segundo e Propeg<br />

Comunicação em terceiro, e foram declaradas vencedoras da<br />

Concorrência Pública, iniciando o prazo para recebimento de<br />

recursos.<br />

As agências que apresentaram recursos são: Propaganda Desigual,<br />

Tempo Propaganda, Agnelo Comunicação e Binder.<br />

A Propaganda Desigual, mesmo tendo sido declarada vencedora,<br />

pede o aumento de suas notas. A agência não ficou satisfeita<br />

com a pontuação recebida da análise técnica realizada<br />

pela subcomissão de licitação, nos quesitos: Estratégia de Mídia<br />

e Não Mídia, Capacidade de Atendimento, Repertório, Solução<br />

de Problemas e adequação de profissionais. Seu representante<br />

jurídico está pleiteando a pontuação máxima.<br />

O recurso da Agência Tempo, desclassificada em 14º lugar,<br />

pede a anulação da Licitação, apontando graves vícios e sugerindo<br />

a abertura de uma nova Concorrência. A Tempo atende atualmente<br />

o GDF, e questiona a capacidade técnica dos membros<br />

da Subcomissão que julgou as propostas. Além disso, um dos<br />

erros considerados muito grave, inclusive presente em todas as<br />

argumentações das recorrentes, foi o descumprimento de uma<br />

das regras do edital – de não apresentar justificativa por escrito<br />

para cada nota concedida. Essa prática é estabelecida pela Lei<br />

12.232/10, que orienta as regras do edital para Licitações do<br />

Tipo Melhor Técnica, que é o caso. Também, aponta vedação<br />

legal no fato de um dos sócios da Sette Graal ter vínculo familiar<br />

com o Subchefe de Divulgação da Agência Brasília – órgão<br />

da estrutura de Comunicação Institucional e Interação Social da<br />

Governadoria do DF, responsável pela seleção das agências.<br />

Já a Agnelo Comunicação, classificada em 5º lugar, pede a<br />

desclassificação sumária da primeira colocada, Sette Graal, pela<br />

mesma vedação legal apresentada pela Tempo, quanto ao ferimento<br />

do Princípio da Legalidade pela participação de parentes,<br />

impedimento previsto na forma da Lei. Sugere, inclusive, que o<br />

processo seja analisado pela Secretaria de Transparência do DF,<br />

além do Tribunal de Contas do Distrito Federal e da Procuradoria<br />

Geral do DF. Esse recurso, pede, também, a desclassificação da<br />

Propaganda Desigual, 2ª colocada. Alega que soa muito estranho<br />

o fato da agência vencer uma Concorrência de Grande Porte ter<br />

sido fundada em 21 de dezembro de 2010, não ter site próprio na<br />

CARTA POLIS | AGOSTO 2016<br />

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