Jornal Cocamar Agosto 2016
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55 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong> | <strong>Agosto</strong> <strong>2016</strong><br />
SAFRA <strong>2016</strong>/17<br />
Dólar baixa e ‘segura’<br />
custo do plantio<br />
Colhido o milho de inverno,<br />
produtores dessecam a<br />
vegetação, preparando para o<br />
início da semeadura da soja,<br />
após o Vazio Sanitário, que<br />
termina a 15 de setembro<br />
Fatores externos também contribuíram<br />
para redução do custo que, na<br />
comparação com o ciclo 2015/16,<br />
deve ser 4,5% menor, em média<br />
Após uma disparada<br />
nos custos de produção,<br />
inflados pelo<br />
dólar valorizado ante<br />
o real, a nova safra <strong>2016</strong>/17<br />
no Brasil tende a ser marcada<br />
por uma queda nos gastos<br />
com as lavouras, pelo menos<br />
em termos reais, levando-se<br />
em conta a inflação. Se as projeções<br />
anuais se confirmarem,<br />
será a primeira vez em cinco<br />
anos que os custos da oleaginosa<br />
recuam, empurrados<br />
não apenas pelo arrefecimento<br />
do câmbio, mas também<br />
pela queda nos preços dos fertilizantes.<br />
Levantamento da consultoria<br />
Céleres indica que o custo<br />
operacional nominal para o<br />
plantio de um hectare de soja<br />
no país cairá 4,5% no novo<br />
ciclo, para R$ 2.247 por hectare.<br />
Em termos reais (deflacionado<br />
pelo IPCA de 8,86%<br />
dos últimos 12 meses, período<br />
que coincide com a véspera do<br />
plantio), a queda é ainda<br />
maior, de 12%, segundo indicam<br />
cálculos do Valor Data, do<br />
jornal Valor Econômico. De<br />
acordo com a Céleres, os gastos<br />
com o plantio de soja vinham<br />
crescendo desde 2012/13.<br />
“O custo tende a cair principalmente<br />
por conta de fatores<br />
externos, O preço dos fertilizantes<br />
caiu muito no mercado<br />
internacional, e isso acaba<br />
sendo transferido para o mercado<br />
interno”, explica Anderson<br />
Galvão, CEO da Céleres.<br />
O real mais forte ante o<br />
dólar e o viés baixista das cotações<br />
internacionais, com a<br />
expectativa de oferta global<br />
abundante de soja, tendem a<br />
levar a uma receita também<br />
mais enxuta em <strong>2016</strong>/17.<br />
“Nos últimos 30 a 40 dias,<br />
a relação de troca [da soja<br />
por insumos] já piorou com<br />
a queda da soja. O real também<br />
se valorizou no período,<br />
mas os insumos já foram<br />
comprados há meses<br />
pelos produtores. A Céleres<br />
calcula que a margem operacional<br />
bruta da soja em<br />
<strong>2016</strong>/17 ficará 5,5% abaixo<br />
de 2015/16, em R$ 1.108 por<br />
hectare, um nível ainda remunerador.<br />
AQUI - Na região da <strong>Cocamar</strong>,<br />
que compreende as regiões<br />
noroeste e norte do Paraná,<br />
oeste de São Paulo e sudoeste<br />
do Mato Grosso do Sul, devem<br />
ser cultivados 725 mil hectares<br />
com soja, praticamente a<br />
mesma área do ano passado.<br />
Os produtores vêm fazendo a<br />
dessecação química da vegetação,<br />
como preparativo para<br />
a semeadura, sendo que os<br />
trabalhos devem iniciar após<br />
o término do Vazio Sanitário<br />
da Soja, em 15 de setembro.<br />
Como já é tradição, os primeiros<br />
municípios da região da<br />
cooperativa a semear a safra<br />
devem ser Floresta, Ivatuba,<br />
Maringá, Atalaia<br />
e Iporã.